Teorico 4
Teorico 4
Ciências Ambientais
Material Teórico
Ciclo Celular, Metabolismo Energético
Revisão Textual:
Profa. Ms. Selma Aparecida Cesarin
Ciclo Celular, Metabolismo Energético
• Introdução
• Metabolismo Energético
Atenção
Como método de estudo, você deverá realizar as atividades de leitura; na sequência, as atividades
de fixação dos conteúdos (Atividade de Sistematização) e as atividades de interação (Fórum,
Reflexiva ou Aplicação).
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Unidade: Ciclo Celular, Metabolismo Energético
Contextualização
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Introdução
Em nossa conversa anterior, abordamos as principais diferenças entre os seres vivos e os não
vivos, as moléculas fundamentais à manutenção da vida e a síntese de proteínas, mas ainda
falta entender como há energia disponível para os componentes realizarem as tarefas para a
manutenção das atividades intracelulares.
Para avançarmos no estudo das células e na investigação de seu funcionamento, vamos
relembrar e denominar que todo o conjunto de transformações químicas que integram o ciclo
de vida da célula (obter energia, transformar compostos, produzir e degradar biomoléculas) é
chamado de metabolismo.
Dentro do conjunto de transformações que fazem parte do metabolismo, está o catabolismo
ou fase de degradação de moléculas orgânicas que irão liberar energia no momento em que
forem quebradas em compostos menores e o anabolismo, fase de produção de moléculas
maiores, a partir de compostos menores, necessitando de energia para tal (fase de anabolismo).
Os organismos obtém energia por meio da transformação da matéria, de modo que seja
possível liberar/retirar dela a energia armazenada; dessa forma, evidenciamos a íntima relação
entre energia e matéria.
De acordo com a forma de obter energia, os organismos podem ser divididos em autótrofos
e heterótrofos. Os primeiros (incluem-se aqui grupos vegetais e de algumas bactérias especiais)
conseguem produzir compostos ricos em energia (matéria orgânica) a partir da energia do Sol
pelo processo denominado de fotossíntese e os segundos (grupos animais e fungos) retiram
energia da matéria produzida pelos primeiros.
A interação entre esses dois grupos de organismos se dá não só pelo fato de os organismos
heterotróficos serem dependentes da matéria orgânica produzida pelos autotróficos, mas
também pelo fato de o subproduto das reações de um ser necessário para as reações do outro:
organismos autótrofos utilizam o CO2 atmosférico e liberam O2, enquanto que os heterótrofos
utilizam o O2 e liberam CO2 em suas reações:
Nesta Unidade, será importante nosso conhecimento a respeito dos carboidratos, pois esses
são os principais compostos fornecedores de energia aos organismos.
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Metabolismo Energético
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Fotossíntese
Processo celular que na maioria dos seres autotróficos ocorre na organela citoplasmática
cloroplasto, na qual encontramos o pigmento clorofila, típico dos vegetais e capaz de absorver
a energia luminosa.
Esse processo ocorre nos vegetais clorofilados (presença do pigmento clorofila em cloroplastos),
algas e algumas bactérias especiais que na sua maioria não apresentam a organela cloroplasto,
mas apresentam um tipo especial de clorofila.
Outro fator importante para lembrarmos é o fato de a fotossíntese ser o processo responsável
pela produção e renovação de quase todo o gás oxigênio da atmosfera terrestre (cerca de 21%
do volume do ar atmosférico).
Alguns dados científicos apontam que os seres autotróficos seriam capazes de renovar todo o
volume de gás oxigênio da atmosfera terrestre a cada dois mil anos.
Os processos que ocorrem na fotossíntese são influenciados pelos fatores ambientais (luz,
temperatura, umidade do ar e do solo, vento, concentração de CO2, interações bióticas) e
intrínsecos ao próprio organismo (status nutricional, idade, metabolismo, anatomia e morfologia)
e o resultado final possui profundas consequências ecológicas.
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Uma forma mais simples de abordar as reações químicas que ocorrem na fotossíntese é lembrar
que as reações que precedem a fixação do carbono, ou seja, a fotólise da água, o transporte de
elétrons com a produção de NADPH e síntese de ATP dependem diretamente da presença da luz.
Esse conjunto de reações em conjunto pode ser denominado de etapa fotoquímica da
fotossíntese ou reações do claro.
A etapa do ciclo das pentoses ou da fixação do carbono só depende da disponibilidade de
NADPH e ATP para a formação dos carboidratos, não dependendo diretamente da presença
da luz. Essa etapa final da fotossíntese pode ser denominada de etapa puramente química ou
reações de escuro.
Nos dias atuais, fala-se muito da importância da cobertura vegetal das florestas que pelo processo
de fotossíntese trabalham na fixação de carbono que prende o carbono da molécula de dióxido de
carbono (CO2) na síntese de carboidratos, para atenuar os efeitos do aquecimento global.
Em contrapartida, as queimadas têm efeito nocivo nesse processo, vez que diminui a área de
cobertura vegetal e libera mais CO2 na atmosfera.
O gás oxigênio pode ser letal para as bactérias anaeróbias como o agente causador do tétano
(Clostridium tetani) restringindo a ocorrência desses organismos a solos profundos e regiões em que
o teor de oxigênio é praticamente zero. A esses organismos damos o nome de anaeróbios estritos.
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Outros organismos são considerados anaeróbios facultativos, vez que realizam a fermentação
na ausência de oxigênio e a respiração aeróbia na presença desse gás, como é o caso de certos
fungos (Saccharomyces cerevisiae – levedura) e de muitas bactérias.
O corpo d´água recebe uma descarga de produtos ricos em nutrientes como: - água da
chuva carreada de uma área que recebeu fertilizantes, os compostos contendo fósforo (fosfatos)
e nitrogênio (nitratos), substâncias nutrientes que promovem o crescimento de vegetais.
O esgotamento do oxigênio leva à morte por asfixia de peixes e crustáceos, mas não de
bactérias, que recorrem à fermentação e respiração anaeróbia.
Existem diversos tipos de fermentação, que variam quanto ao produto final. No processo de
fermentação, o aceptor final de hidrogênios é o produto final.
O catabolismo da glicose com o objetivo de produzir energia (ATP) pode se dar pela via
aeróbia ou anaeróbia, ou seja, na presença ou ausência de O2 respectivamente.
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Fermentação Alcóolica
A fermentação ocorre no citoplasma da célula e podemos resumi-la em duas etapas:
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As leveduras, espécies de fungos e algumas bactérias, são capazes de fermentar açúcares,
produzindo duas moléculas de ácido pirúvico, que são convertidas em álcool etílico (etanol),
com a liberação de duas moléculas de CO2 e a formação de duas moléculas de ATP.
Fermentação Lática
A fermentação ocorre no citoplasma da célula e podemos resumi-la em duas etapas:
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O ácido lático gerado como subproduto nesse processo se acumula nas fibras musculares, o
que pode gerar certo desconforto popularmente conhecido como câimbras.
São alimentos que possuem aroma e sabor característicos que resultam direta ou indiretamente
dos organismos fermentadores.
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Respiração Aeróbia
Como já mencionamos anteriormente, o metabolismo aeróbico (na presença de O2) é mais
eficiente do que o metabolismo anaeróbico, em termos de ganho líquido e produção de ATP.
As células da grande maioria dos seres vivos consomem oxigênio para o desempenho de
suas atividades metabólicas no processo chamado de respiração celular, fonte de energia
(ATP) para as células.
- Glicólise
O ácido pirúvico e o NADH2 são transferidos para o interior das mitocôndrias, especificamente
na matriz mitocondrial (solução aquosa no interior das mitocôndrias). Já na entrada, o ácido
pirúvico reage com a coenzima A, dando origem a duas moléculas de gás carbônico e duas de
acetil-coenzima A(acetil-coA). O acetil-coA vai ser totalmente degradada numa série de reações,
cujos produtos são mais quatro moléculas de gás carbônico, além de elétrons energizados e íons
H, que serão capturados por NAD e por outro aceptor de elétrons e de hidrogênio chamado
FAD (flavina adenina dinucleotídeo), originando moléculas de NADH2 e FADH2.
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Figura 7. Esquema simplificado do Ciclo de Krebs. No ciclo são liberados CO2, ATP,
NADH2 e FADH2.
- Fosforilação oxidativa
As moléculas de NADH2 e FADH2 liberam os elétrons energizados e os íons H+. Esses elétrons
(somados aos provenientes da glicólise) passam por proteínas transportadoras (citocromos e
quinonas) presentes nas membranas internas da mitocôndria. Essa série de proteínas recebe
o nome de cadeia respiratória. Nessa etapa, os elétrons perdem energia, que é captada para
a transformação do ADP + P em ATP. Ao final da cadeia respiratória, os elétrons menos
energizados e os íons H+ combinam-se com átomos provenientes do oxigênio, formando seis
moléculas de água.
A glicose foi ressaltada como a principal fonte de energia para o metabolismo celular.
No entanto, no metabolismo aeróbio pode haver a entrada de outras substâncias como os
aminoácidos de proteínas e ou subprodutos do metabolismo de lipídios, que podem entrar nas
reações da etapa do ciclo de Kebs.
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Vimos como a célula está organizada e como são os mecanismos e processos de obtenção de
energia. Vamos estudar agora como uma célula dará origem a outras células.
Cada tipo celular passará por um ciclo celular que compreende um período de tempo
denominado interfase, no qual a célula desempenha todas as suas funções, e um período de
divisão celular.
Num organismo adulto, cada tipo celular tem o ciclo com uma duração diferente, desde
algumas horas, até anos.
Figura 8. Como exemplo, observe o ciclo celular de uma célula de mamífero com duração
média de 24 horas. A célula leva cerca de uma hora para se dividir (M). O período de interfase
inclui uma fase de crescimento (G1), a duplicação do DNA (S) e um segundo período de
crescimento (G2).
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Explore
Observe o vídeo de uma célula animal se dividindo:
www.youtube.com/watch?v=CU0Al6FHYiU
Caros alunos, na próxima Unidade, ampliaremos nossos conhecimentos sobre o ciclo celular,
no período de interfase e nos tipos de divisão celular: - mitose, no qual a célula mantém o
mesmo padrão genético; - meiose, quando são formadas as células sexuais com metade da
carga gênica ou metade do número de cromossomos.
Figura 9. Ilustração do ciclo celular com o período de interfase e dos dois tipos de divisão
celular: mitose, formando duas novas células com o mesmo número de cromossomos e meiose,
diminuindo o número de cromossomos pela metade.
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Material Complementar
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Referências
ALBERTS, B. et al. Fundamentos da biologia celular. 3.ed. Porto Alegre: ArtMed, 2011.
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