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STJ EARESP 1759860 b2354

O documento trata de embargos de divergência em agravo em recurso especial. O embargante alega que o acórdão embargado diverge de precedente que entendeu pela tempestividade de recurso interposto com base em informações do sistema eletrônico do tribunal, sem necessidade de comprovação de feriado local.

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STJ EARESP 1759860 b2354

O documento trata de embargos de divergência em agravo em recurso especial. O embargante alega que o acórdão embargado diverge de precedente que entendeu pela tempestividade de recurso interposto com base em informações do sistema eletrônico do tribunal, sem necessidade de comprovação de feriado local.

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Superior Tribunal de Justiça

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº


1.759.860 - PI (2020/0240127-7)

RELATORA : MINISTRA LAURITA VAZ


EMBARGANTE : JOAQUIM ROCHA CIPRIANO
ADVOGADOS : ANTÔNIO DE SOUSA MACÊDO JÚNIOR - PI002291
ANTONIO DE SOUSA MACEDO NETO - PI010309
EMBARGADO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ
EMENTA

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM AGRAVO EM RECURSO


ESPECIAL. PRAZO RECURSAL. INFORMAÇÃO CONSTANTE DO
SISTEMA ELETRÔNICO DO TRIBUNAL DE ORIGEM. TERMO FINAL
PARA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO QUE CONSIDERA FERIADO
LOCAL. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DESTE NO ATO DE
INTERPOSIÇÃO DO RECURSO. MITIGAÇÃO. PRINCÍPIOS DA
CONFIANÇA E DA BOA-FÉ. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA
ACOLHIDOS.
1. A única exceção à regra da obrigatoriedade de comprovação de
feriado local no ato de interposição do recurso é o da segunda-feira de carnaval,
conforme entendimento assentado neste Superior Tribunal de Justiça no
julgamento da QO no REsp 1.813.684/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,
julgada em 03/02/2020, DJe 28/02/2020, com modulação dos efeitos, reafirmado
por ocasião do julgamento dos EDcl na QO no REsp 1.813.684/SP, Rel. Ministra
NANCY ANDRIGHI, CORTE ESPECIAL, julgado em 19/05/2021, DJe
20/08/2021.
2. Embora seja ônus do advogado a prática dos atos processuais
segundo as formas e prazos previstos em lei, o Código de Processo Civil abre a
possibilidade de a parte indicar motivo justo para o seu eventual descumprimento,
a fim de mitigar a exigência. Inteligência do caput e § 1º do art. 183 do Código de
Processo Civil de 1973, reproduzido no art. 223, § 1º, do Código de Processo Civil
de 2015.
3. A falha induzida por informação equivocada prestada por sistema
eletrônico de tribunal deve ser levada em consideração, em homenagem aos
princípios da boa-fé e da confiança, para a aferição da tempestividade do recurso.
Precedentes.
4. "Ainda que os dados disponibilizados pela internet sejam
'meramente informativos' e não substituam a publicação oficial (fundamento
dos precedentes em contrário), isso não impede que se reconheça ter havido
justa causa no descumprimento do prazo recursal pelo litigante (art. 183,
caput, do CPC), induzido por erro cometido pelo próprio Tribunal" (REsp
1324432/SC, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, CORTE ESPECIAL, DJe
10/05/2013).
5. Embargos de divergência acolhidos para afastar a intempestividade do
agravo em recurso especial, com determinação de, após o transcurso do prazo
recursal, remessa dos autos ao Ministro Relator para que prossiga no exame de
admissibilidade do recurso.
ACÓRDÃO
Documento: 2148594 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 21/03/2022 Página 1 de 4
Superior Tribunal de Justiça

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Corte Especial


do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, conhecer dos embargos de divergência e dar-lhes provimento, nos termos do voto
da Sra. Ministra Relatora. Os Srs. Ministros João Otávio de Noronha, Maria Thereza de Assis
Moura, Herman Benjamin, Jorge Mussi, Luis Felipe Salomão, Benedito Gonçalves, Raul Araújo,
Maria Isabel Gallotti, Sérgio Kukina e Nancy Andrighi votaram com a Sra. Ministra Relatora.
Ausentes, justificadamente, os Srs. Ministros Francisco Falcão, Og Fernandes,
Mauro Campbell Marques e Paulo de Tarso Sanseverino.
Licenciado o Sr. Ministro Felix Fischer.
Convocado o Sr. Ministro Sérgio Kukina.
Brasília (DF), 16 de março de 2022 (Data do Julgamento).

Ministro HUMBERTO MARTINS


Presidente

Ministra LAURITA VAZ


Relatora

Documento: 2148594 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 21/03/2022 Página 2 de 4
Superior Tribunal de Justiça
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº
1.759.860 - PI (2020/0240127-7)
EMBARGANTE : JOAQUIM ROCHA CIPRIANO
ADVOGADOS : ANTÔNIO DE SOUSA MACÊDO JÚNIOR - PI002291
ANTONIO DE SOUSA MACEDO NETO - PI010309
EMBARGADO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ

RELATÓRIO

A EXMA. SRA. MINISTRA LAURITA VAZ:


Trata-se de embargos de divergência opostos por JOAQUIM ROCHA
CIPRIANO contra acórdão da QUINTA TURMA, relatado pelo Ministro Joel Ilan Paciornik, e
ementado nestes termos:
"PENAL. PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NOS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL INTEMPESTIVO. 1) OFENSA AO
PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE. INOCORRÊNCIA. RECURSO
INADMISSÍVEL. ART. 932, III, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – CPC.
2) ERRO NO SISTEMA DO TRIBUNAL DE ORIGEM. NÃO CONSTATADO.
TERMO FINAL PARA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO QUE CONSIDERA
FERIADO LOCAL NÃO COMPROVADO PELO RECORRENTE CONFORME
EXIGÊNCIA DO ART. 1.003, § 6º, DO CPC. 3) AGRAVO REGIMENTAL
DESPROVIDO.
1. A decisão monocrática que não conhece do recurso diante da
intempestividade dele está amparada no art. 932, III, do CPC, motivo pelo
qual não acarreta ofensa ao Princípio da Colegialidade.
2. Segundo a petição do agravo em recurso especial, o sistema do
Tribunal de origem apresentou data fim para interposição dele,
considerando feriado local. Todavia, nesta Corte, observou-se que o
agravante, no ato de interposição do referido agravo, não comprovou o
referido feriado local, deixando de observar o disposto no art. 1003, § 6º,
do CPC. Destarte, deve ser mantido o não conhecimento do recurso por
intempestividade.
3. Agravo regimental desprovido."

Alega o Embargante que o acórdão embargado diverge do paradigma prolatado


nos autos do AgInt no REsp 1.303.415/TO, que entendeu pela tempestividade do recurso
interposto com base nas informações prestadas pelo sistema eletrônico, fornecidas pelo próprio
judiciário.
Pondera que "o entendimento é pela confiança nos dados fornecidos pelo
Poder Judiciário no sistema eletrônico, não admitindo punir a parte que confia na
informação, independentemente de prova de feriado local, em matéria de prazo recursal"
(fls. 831-832). Eis a ementa do acórdão paradigma:
Documento: 2148594 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 21/03/2022 Página 3 de 4
Superior Tribunal de Justiça

"PROCESSUAL CIVIL. RECONHECIMENTO DA


INTEMPESTIVIDADE DO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ANÁLISE
DAS INFORMAÇÕES PROCESSUAIS CONTIDAS NO SITE DO TRIBUNAL
DE ORIGEM. CONTAGEM DE PRAZO. BOA-FÉ. REEXAME DO
CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 7/STJ.
1. Cuida-se de Agravo Interno que discute a decisão da Presidência
do STJ, que considerou intempestivo o Recurso Especial aviado pela parte
ora agravante.
2. A parte insurgente foi intimada do acórdão recorrido em
16.2.2018. O prazo recursal é de 30 dias úteis. O Recurso Especial foi
interposto somente no dia 3.4.2018 (fora do prazo de 30 dias úteis previsto
na legislação processual civil). E, em se tratando da ocorrência de feriado
local para efeito de tempestividade do recurso, a comprovação dar-se-á no
ato da interposição, mediante documento idôneo, sendo inaplicável a essa
situação específica a regra da possibilidade de regularização posterior.
3. Ocorre que, da análise detida dos autos, extrai-se que, no mesmo
ato ordinatório, evento 52 (e-STJ, fl. 321), o sistema eletrônico do Tribunal
de origem (e-PROC) efetuou a intimação e calculou o prazo de 30 dias úteis
para a interposição de recurso, fixando a data final para 4.4.2018.
4. "A divulgação do andamento processual pelos Tribunais por
meio da internet passou a representar a principal fonte de informação dos
advogados em relação aos trâmites do feito. A jurisprudência deve
acompanhar a realidade em que se insere, sendo impensável punir a parte
que confiou nos dados assim fornecidos pelo próprio Judiciário" (REsp
1324432/SC, Rel. Ministro Herman Benjamin, Corte Especial, DJe
10/5/2013).
5. No mérito, o Tribunal local consignou (fls. 212-213, e-STJ,
grifei): "Dúvidas também não existem de que não houve acordo entre os
litigantes no presente feito. (...) o procedimento administrativo foi paralisado
sem qualquer explicação, não restando alternativa aos apelados senão
recorrer ao Poder Judiciário"; "o apelante contestou a ação alegando
inexistência de dano e requerendo novo laudo pericial, ou seja, não
demonstrou interesse em transacionar"; "o requerido se opôs a pretensão
dos autores desde o início da ação, contestando os argumentos dos autores
e requerendo a improcedência da ação indenizatória".
6. Para modificar o entendimento firmado no acórdão recorrido,
seria necessário exceder as razões colacionadas no acórdão vergastado, o
que demanda incursão no contexto fático-probatório dos autos, vedada em
Recurso Especial, conforme Súmula 7/STJ.
7. Agravo Interno não provido." (AgInt no AREsp 1303415/TO, Rel.
Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/02/2019,
DJe 11/03/2019)

Argumenta o Embargante que,


"[...] o v. acórdão embargado da Quinta Turma do STJ firma
entendimento no sentido de que o erro do sistema eletrônico não justifica a
intempestividade do recurso, pois cabe ao procurador diligenciar sobre o
Documento: 2148594 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 21/03/2022 Página 4 de 4
Superior Tribunal de Justiça
prazo recursal e fazer prova de feriados locais os quais foram
desconsiderados na informação contida no site do tribunal originário.
Ao passo que o acórdão paradigma proferido pela Segunda Turma
do STJ é no sentido contrário, ou seja, que havendo informação de prazo
apontada no sistema eletrônico, implica em justa causa a ensejar a
tempestividade recursal.
Sobressai do v. acórdão paradigma que a indicação do término do
prazo recursal contido no sistema eletrônico mantido exclusivamente pelo
tribunal de origem, in casu TJPI, não pode ser imputado ao recorrente, além
de que o procurador da parte ora embargante tomou os devidos cuidados e
cumpriu às ordens por esse emanadas nos termos do art. 77, IV, do CPC, ao
impetrar o AGRAVO no Recurso Especial antes do término do prazo fatal
contido no ícone EXPEDIENTE pelo PJe do TJPI." (fls. 933-834)

Requer, pois, o acolhimento dos embargos.


Em juízo prelibatório, admiti o processamento dos embargos, por estar
demonstrado o alegado dissídio jurisprudencial.
Instado a se manifestar, o Ministério Público Federal, por meio do parecer de fls.
870-873, da lavra do Subprocurador-Geral da República Dr. Marcelo Muscogliati, opinou no
sentido de que
"A partir da constatação da existência de dissenso pretoriano e da
reconhecida necessidade de prevalência do entendimento firmado no aresto
paradigma, o caso requer o provimento dos presentes embargos de
divergência para que seja certificada a tempestividade do agravo em
recurso especial defensivo e determinada sua regular tramitação."

É o relatório.

Documento: 2148594 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 21/03/2022 Página 5 de 4
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EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº
1.759.860 - PI (2020/0240127-7)
EMENTA

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM AGRAVO EM RECURSO


ESPECIAL. PRAZO RECURSAL. INFORMAÇÃO CONSTANTE DO
SISTEMA ELETRÔNICO DO TRIBUNAL DE ORIGEM. TERMO FINAL
PARA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO QUE CONSIDERA FERIADO
LOCAL. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DESTE NO ATO DE
INTERPOSIÇÃO DO RECURSO. MITIGAÇÃO. PRINCÍPIOS DA
CONFIANÇA E DA BOA-FÉ. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA
ACOLHIDOS.
1. A única exceção à regra da obrigatoriedade de comprovação de
feriado local no ato de interposição do recurso é o da segunda-feira de carnaval,
conforme entendimento assentado neste Superior Tribunal de Justiça no
julgamento da QO no REsp 1.813.684/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,
julgada em 03/02/2020, DJe 28/02/2020, com modulação dos efeitos, reafirmado
por ocasião do julgamento dos EDcl na QO no REsp 1.813.684/SP, Rel. Ministra
NANCY ANDRIGHI, CORTE ESPECIAL, julgado em 19/05/2021, DJe
20/08/2021.
2. Embora seja ônus do advogado a prática dos atos processuais
segundo as formas e prazos previstos em lei, o Código de Processo Civil abre a
possibilidade de a parte indicar motivo justo para o seu eventual descumprimento,
a fim de mitigar a exigência. Inteligência do caput e § 1º do art. 183 do Código de
Processo Civil de 1973, reproduzido no art. 223, § 1º, do Código de Processo Civil
de 2015.
3. A falha induzida por informação equivocada prestada por sistema
eletrônico de tribunal deve ser levada em consideração, em homenagem aos
princípios da boa-fé e da confiança, para a aferição da tempestividade do recurso.
Precedentes.
4. "Ainda que os dados disponibilizados pela internet sejam
'meramente informativos' e não substituam a publicação oficial (fundamento
dos precedentes em contrário), isso não impede que se reconheça ter havido
justa causa no descumprimento do prazo recursal pelo litigante (art. 183,
caput, do CPC), induzido por erro cometido pelo próprio Tribunal" (REsp
1324432/SC, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, CORTE ESPECIAL, DJe
10/05/2013).
5. Embargos de divergência acolhidos para afastar a intempestividade do
agravo em recurso especial, com determinação de, após o transcurso do prazo
recursal, remessa dos autos ao Ministro Relator para que prossiga no exame de
admissibilidade do recurso.

VOTO

Documento: 2148594 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 21/03/2022 Página 6 de 4
Superior Tribunal de Justiça
A EXMA. SRA. MINISTRA LAURITA VAZ (RELATORA):
O acórdão embargado da QUINTA TURMA ratificou a decisão da Presidência
de intempestividade do recurso, ressaltando que "não há que se falar em erro na informação
prestada pelo TJPI a respeito do prazo para interposição do agravo em recurso especial,
pois a informação considerou o feriado local que não foi comprovado pelo
agravante no ato da interposição do agravo em recurso especial conforme dispõeo art.
1003, § 6º, do CPC" (fl. 801).
Sustenta o Embargante que o acórdão embargado diverge do paradigma
prolatado nos autos do AgInt no AREsp 1.303.415/TO, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, julgado em 19/02/2019, DJe de 11/03/2019, que entendeu pela
tempestividade do recurso interposto com base nas informações prestadas pelo sistema
eletrônico, fornecidas pelo próprio judiciário. Pondera que "o entendimento é pela confiança
nos dados fornecidos pelo Poder Judiciário no sistema eletrônico, não admitindo punir a
parte que confia na informação, independentemente de prova de feriado local, em matéria
de prazo recursal" (fls. 831-832).
Cumpre observar, desde logo, que a controvérsia não reside na necessidade de o
recorrente comprovar a existência de feriado local no ato de interposição do recurso, questão já
exaustivamente examinada e decidida no âmbito desta Corte Especial, no sentido de que a única
exceção à regra da obrigatoriedade de comprovação de feriado local no ato de interposição do
recurso é o da segunda-feira de carnaval, conforme entendimento assentado no julgamento da
QO no REsp 1.813.684/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, julgada em 03/02/2020, DJe
28/02/2020, com modulação dos efeitos, reafirmado por ocasião do julgamento dos EDcl na QO
no REsp 1.813.684/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, CORTE ESPECIAL, julgado em
19/05/2021, DJe 20/08/2021.
A questão controvertida é se o erro do sistema eletrônico do Tribunal a quo na
indicação do término do prazo recursal seria apto a configurar justa causa para afastar a
intempestividade do recurso ou se, a despeito da falha, seria ônus indeclinável do advogado
diligenciar sobre a comprovação do feriado local e, por conseguinte, do prazo recursal.
O acórdão embargado entendeu que o mencionado erro do Judiciário não isenta
o advogado de provar, por documento idôneo, no ato de interposição do recurso, o feriado local.
O acórdão paradigma, ao revés, entendeu que tal falha pode configurar a justa
causa prevista no caput e § 1º do art. 183 do Código de Processo Civil de 1973, reproduzido no

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Superior Tribunal de Justiça
art. 223, § 1º, do Código de Processo Civil de 2015.
Entendo, portanto, que está devidamente demonstrada a dissidência
jurisprudencial, a ensejar o conhecimento dos embargos de divergência.
No mérito, com a devida vênia dos entendimentos contrários, penso que a falha
induzida por informação equivocada prestada por sistema eletrônico de tribunal deve ser levada
em consideração, em homenagem aos princípios da boa-fé e da confiança, para a aferição da
tempestividade do recurso.
Eis, a propósito, os fundamentos declinados no voto condutor do julgado
paradigma, aos quais adiro:
"[...]
Em se tratando da ocorrência de feriado local para efeito de
tempestividade do recurso, a comprovação dar-se-á no ato da interposição,
mediante documento idôneo, sendo inaplicável a essa situação específica a
regra da possibilidade de regularização posterior.
Todavia, da análise detida dos autos, extrai-se que, no mesmo ato
ordinatório, evento 52 (fl. 321, e-STJ), o sistema eletrônico efetuou a
intimação e calculou o prazo de 30 dias úteis para a interposição de
recurso, fixando a data final para 4.4.2018.
Inicialmente cumpre destacar que durante muito tempo a
jurisprudência do STJ entendeu que as informações processuais disponíveis
na internet não substituem os meios formais de publicação e intimação dos
atos processuais. Afirmava-se que eventuais omissões ou equívocos
ocorridos nesses andamentos não justificam a devolução do prazo recursal,
e o eventual erro na sua divulgação não constituía justa causa a ensejar a
devolução de prazo processual.
Contudo, esse entendimento começou a ser modificado por esta
Corte Superior, que passou a entender que, no caso de problema técnico do
sistema, ou até mesmo de algum erro ou omissão do serventuário da justiça
responsável pelo registro dos andamentos que porventura prejudique umas
das partes, poderá ser configurada a justa causa prevista no caput e § 1º
do art. 183 do CPC/1973, reproduzido no art. 223, § 1º, do CPC/2015.
A propósito:
AGRAVO INTERNO. RECURSO ESPECIAL.
TEMPESTIVIDADE. FERIADO LOCAL. COMPROVAÇÃO A
POSTERIORI. MATÉRIA EM DISCUSSÃO NA CORTE ESPECIAL.
INFORMAÇÕES PROCESSUAIS. SITE DO TRIBUNAL DE
ORIGEM. MANUTENÇÃO DA LINHA DE ENTENDIMENTO
ADOTADA EM DECISÃO ANTERIOR.
1- Questão relativa à possibilidade de comprovação de
feriado local posteriormente à interposição do recurso especial
ainda não pacificada pela Corte Especial.
2- No curso da presente ação, esta Turma flexibilizou o
entendimento jurisprudencial então vigente, no sentido de que as
informações divulgadas pelos sites dos Tribunais não possuíam
Documento: 2148594 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 21/03/2022 Página 8 de 4
Superior Tribunal de Justiça
caráter oficial, o que, à época, beneficiou os agravados em
detrimento dos interesses da agravante.
3- Especificidade da hipótese concreta que autoriza o
reconhecimento da tempestividade do recurso especial, a fim de
evitar que sejam adotados entendimentos contraditórios no curso
da mesma ação.
4- Agravo interno provido.
(AgInt no REsp 1663221/TO, Rel. Ministro RICARDO
VILLAS BÔAS CUEVA, Rel. p/ Acórdão Ministra NANCY
ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 08/08/2017, DJe
25/08/2017).

PROCESSUAL CIVIL. ANDAMENTO PROCESSUAL


DISPONIBILIZADO PELA INTERNET. CONTAGEM DE PRAZO.
BOA-FÉ. ART. 183, §§ 1º E 2º, DO CPC. APLICAÇÃO.
1. Hipótese em que as instâncias de origem entenderam que
os Embargos à Execução são intempestivos, desconsiderando a
data indicada no acompanhamento processual disponível na
internet.
2. A divulgação do andamento processual pelos Tribunais
por meio da internet passou a representar a principal fonte de
informação dos advogados em relação aos trâmites do feito. A
jurisprudência deve acompanhar a realidade em que se insere,
sendo impensável punir a parte que confiou nos dados assim
fornecidos pelo próprio Judiciário.
3. Ainda que não se afirme que o prazo correto é aquele
erroneamente disponibilizado, desarrazoado frustrar a boa-fé que
deve orientar a relação entre os litigantes e o Judiciário. Por essa
razão o art. 183, §§ 1º e 2º, do CPC determina o afastamento do
rigorismo na contagem dos prazos processuais quando o
descumprimento decorrer de fato alheio à vontade da parte.
4. A Terceira Turma do STJ vem adotando essa orientação,
com base não apenas no art. 183 do CPC, mas também na própria
Lei do Processo Eletrônico (Lei 11.419/2006), por conta das
"Informações processuais veiculadas na página eletrônica dos
tribunais que, após o advento da Lei n.º 11.419/06, são
consideradas oficiais" (trecho do voto condutor do Min. Paulo de
Tarso Sanseverino, no REsp 960.280/RS, DJe 14.6.2011).
5. Não desconheço os precedentes em sentido contrário da
Corte Especial que são adotados em julgados de outros colegiados
do STJ, inclusive da Segunda Turma.
6. Ocorre que o julgado mais recente da Corte Especial é
de 29.6.2007 (AgRg nos EREsp 514.412/DF, Rel. Min. Luiz Fux, DJ
20.8.2007), como consta do Comparativo de Jurisprudência do STJ.
7. Parece-me que a ampliação constante do uso da internet
pelos operadores do Direito, especialmente em relação aos
informativos de andamento processual colocados à disposição
pelos Tribunais, sugere a revisão desse entendimento, em atenção à
boa-fé objetiva que deve orientar a relação entre o Poder Público e
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Superior Tribunal de Justiça
os cidadãos, acolhida pela previsão do art. 183, §§ 1º e 2º, do
CPC.
8. Ainda que os dados disponibilizados pela internet sejam
"meramente informativos" e não substituam a publicação oficial
(fundamento dos precedentes em contrário), isso não impede que se
reconheça ter havido justa causa no descumprimento do prazo
recursal pelo litigante (art. 183, caput, do CPC), induzido por erro
cometido pelo próprio Tribunal.
9. Recurso Especial provido.
(REsp 1324432/SC, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
CORTE ESPECIAL, DJe 10/05/2013).

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO.


INFORMAÇÕES PROCESSUAIS NO SÍTIO DO TRIBUNAL.
CONTAGEM DE PRAZO. BOA-FÉ. ART. 183, §§ 1º E 2º, DO CPC.
JUSTA CAUSA. APLICAÇÃO.
Segundo a nova orientação desta Corte, "ainda que os
dados disponibilizados pela internet sejam 'meramente informativos'
e não substituam a publicação oficial (fundamento dos precedentes
em contrário), isso não impede que se reconheça ter havido justa
causa no descumprimento do prazo recursal pelo litigante (art. 183,
caput, do CPC), induzido por erro cometido pelo próprio Tribunal."
(REsp 1.324.432/SC, Rel. Min. Herman Benjamin, Corte Especial,
DJe 10.5.2013).
Recurso especial provido.
(REsp 1438529/MS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,
SEGUNDA TURMA, DJe 02/05/2014).

Assim, afasto a intempestividade e passo à análise do Agravo em


Recurso Especial. [...]"

A meu sentir, embora seja ônus do advogado a prática dos atos processuais
segundo as formas e prazos previstos em lei, o Código de Processo Civil abre a possibilidade
de a parte indicar motivo justo para o seu descumprimento, a fim de mitigar a exigência, in
verbis:
"Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou
de emendar o ato processual, independentemente de declaração judicial,
ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa
causa.
§ 1º Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e
que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário.
§ 2º Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do
ato no prazo que lhe assinar."

Considerando o avanço das ferramentas tecnológicas e a larga utilização da


internet para divulgação de dados processuais, eventuais falhas do próprio Poder Judiciário na
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prestação dessas informações não podem prejudicar as partes.
Conforme destacado no precedente indicado no voto do aresto paradigma,
"[a]inda que os dados disponibilizados pela internet sejam 'meramente informativos' e não
substituam a publicação oficial (fundamento dos precedentes em contrário), isso não
impede que se reconheça ter havido justa causa no descumprimento do prazo recursal
pelo litigante (art. 183, caput, do CPC), induzido por erro cometido pelo próprio
Tribunal".
Daí a conclusão irretorquível: "A divulgação do andamento processual pelos
Tribunais por meio da internet passou a representar a principal fonte de informação dos
advogados em relação aos trâmites do feito. A jurisprudência deve acompanhar a
realidade em que se insere, sendo impensável punir a parte que confiou nos dados assim
fornecidos pelo próprio Judiciário" (REsp 1324432/SC, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, CORTE ESPECIAL, DJe 10/05/2013).
No mesmo sentido, além dos precedentes listados no acórdão paradigma, os
seguintes julgados deste Superior Tribunal de Justiça:

"PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO


AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO N.
3/STJ. RECURSO ESPECIAL. INTERPOSIÇÃO FORA DO PRAZO
RECURSAL. ERRO DE INFORMAÇÃO PELO SISTEMA ELETRÔNICO DO
TRIBUNAL. BOA-FÉ PROCESSUAL. DEVER DE COLABORAÇÃO DAS
PARTES E DO JUIZ. TEMPESTIVIDADE. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA
PROVIDOS.
1. A embargante defende a tempestividade de recurso especial
interposto fora de seu prazo. Para tanto, não destaca a ocorrência de
feriado local ou ausência de expediente forense, mas equívoco na contagem
do prazo pelo sistema oficial (PJe) do Tribunal de origem.
2. Não cabe às partes ou ao juiz modificar o prazo recursal, cuja
natureza é peremptória. Porém, o caso dos autos não se trata de
modificação voluntária do prazo recursal, mas sim de erro judiciário.
3. De fato, cabe ao procurador da parte diligenciar pela
observância do prazo legal para a interposição do recurso. Porém, se todos
os envolvidos no curso de um processo devem se comportar de boa-fé à luz
do art. 5º do CPC/2015, o Poder Judiciário não se pode furtar dos erros
procedimentais que deu causa.
4. O equívoco na indicação do término do prazo recursal contido
no sistema eletrônico mantido exclusivamente pelo Tribunal não pode ser
imputado ao recorrente. Afinal, o procurador da parte diligente tomará o
cuidado de conferir o andamento procedimental determinado pelo
Judiciário e irá cumprir às ordens por esse emanadas nos termos do art. 77,
IV, do CPC/2015.
Documento: 2148594 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 21/03/2022 Página 11 de 4
Superior Tribunal de Justiça
5. Portanto, o acórdão a quo deve ser reformado, pois conforme a
Corte Especial já declarou: "A divulgação do andamento processual pelos
Tribunais por meio da internet passou a representar a principal fonte de
informação dos advogados em relação aos trâmites do feito. A
jurisprudência deve acompanhar a realidade em que se insere, sendo
impensável punir a parte que confiou nos dados assim fornecidos pelo
próprio Judiciário" (REsp 1324432/SC, Rel. Ministro Herman Benjamin,
Corte Especial, DJe 10/5/2013).
6. Embargos de divergência providos." (EREsp 1805589/MT, Rel.
Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, CORTE ESPECIAL, julgado em
18/11/2020, DJe 25/11/2020)

"AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO


QUALIFICADO. APELAÇÃO NÃO CONHECIDA POR
INTEMPESTIVIDADE. INFORMAÇÃO EQUIVOCADA NA PÁGINA DE
INTERNET DA CORTE LOCAL. ORDEM CONCEDIDA PARA CASSAR A
DECISÃO MONOCRÁTICA E DEVOLVER O PRAZO RECURSAL. AGRAVO
REGIMENTAL NÃO PROVIDO.
1. A jurisprudência do STJ, em inúmeros precedentes nos quais a
parte foi influenciada por erro prévio nos sistemas de informações
processuais disponibilizados nas páginas oficiais dos tribunais - em nome da
preservação da boa-fé e da confiança - entendeu desarrazoado castigar a
parte que confiou nos dados divulgados pelo próprio Poder Judiciário.
2. Na espécie, dadas as dificuldades próprias do momento - de
enfrentamento da pandemia de COVID-19 -, inclusive no que tange à
própria prestação do serviço pelo Poder Judiciário, ainda que as instâncias
ordinárias corretamente tenham identificado o descumprimento do prazo
para a apelação - com base na intimação da defesa por ocasião do
julgamento do paciente pelo Tribunal do Júri -, soa desarrazoado
desconsiderar a boa-fé que deve nortear a relação entre as partes e o
Judiciário.
3. O próprio Desembargador relator da apelação certificou que,
"embora a Defesa tivesse sido intimada na própria solenidade em que
realizado o julgamento perante o Tribunal do Júri e proferida a sentença",
de fato, "a comunicação pelo portal foi efetuada por equívoco".
4. Agravo regimental não provido." (AgRg no HC 657.665/SC, Rel.
Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em
04/05/2021, DJe 14/05/2021)

Na mesma linha é o parecer ministerial:

"8. [...] No caso, é de rigor que prevaleça o entendimento


firmado no aresto paradigma em prestígio aos princípios da
razoabilidade, confiança e da boa-fé objetiva.
9. Ora, uma vez que o Tribunal de origem registrou em seu sistema
eletrônico a existência de feriado local, e mais, definiu expressamente o dies
ad quempara a interposição recursal considerando a existência do
citado feriado local, é irrazoável e contraproducente exigir da parte
Documento: 2148594 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 21/03/2022 Página 12 de 4
Superior Tribunal de Justiça
recorrente a comprovação da existência do citado feriado local.
10. Não é demais dizer que não dependem de prova fatos revestidos
de presunção legal de existência e veracidade.
11. A parte recorrente respeitou o prazo recursal definido pelo
sistema eletrônico do Tribunal local, portanto deve ser reconhecida a
tempestividade do agravo em recurso especial interposto pela defesa, na
esteira dos princípios da confiança e boa-fé objetiva.
12. A partir da constatação da existência de dissenso
pretoriano e da reconhecida necessidade de prevalência do entendimento
firmado no aresto paradigma, o caso requer o provimento dos presentes
embargos de divergência para que seja certificada a tempestividade do
agravo em recurso especial defensivo e determinada sua regular
tramitação."

No caso dos autos, conforme se verifica do acórdão embargado, a expedição de


intimação eletrônica ocorreu em 11/02/2020; o prazo de 10 (dez) dias corridos para a
efetivação da intimação eletrônica ficta (§ 3º do art. 5º da Lei n. 11.419/2006) expirou
em 21/02/2020, uma sexta-feira, data em que se considera efetivamente intimada a parte.
O termo inicial do prazo de 15 (quinze) dias corridos (art. 798 do Código de
Processo Penal) iniciou-se no dia 24/02/2020, segunda-feira de carnaval, finalizando o prazo em
09/03/2020. O agravo em recurso especial foi interposto em 10/03/2020, dentro do prazo
constante do sistema eletrônico do Tribunal a quo, que desconsiderou os dias 24, 25 e
26/02/2020, indicando o término do prazo em 12/03/2020.
Deve-se, assim, considerar tempestivo o recurso.
Ante o exposto, ACOLHO os embargos de divergência para afastar a
intempestividade do agravo em recurso especial.
Após o transcurso do prazo recursal, remetam-se os autos ao Ministro Relator
para que prossiga no exame de admissibilidade do recurso.
É o voto.

Documento: 2148594 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 21/03/2022 Página 13 de 4
Superior Tribunal de Justiça

CERTIDÃO DE JULGAMENTO
CORTE ESPECIAL

Número Registro: 2020/0240127-7 PROCESSO ELETRÔNICO EAREsp 1.759.860 /


PI
MATÉRIA CRIMINAL

Números Origem: 0000999-98.2008.8.18.0032 0062008 07084395420188180000 7084395420188180000


9999820088180032

PAUTA: 16/03/2022 JULGADO: 16/03/2022

Relatora
Exma. Sra. Ministra LAURITA VAZ
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro HUMBERTO MARTINS
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. LINDÔRA MARIA ARAÚJO
Secretária
Bela. VÂNIA MARIA SOARES ROCHA

AUTUAÇÃO
EMBARGANTE : JOAQUIM ROCHA CIPRIANO
ADVOGADOS : ANTÔNIO DE SOUSA MACÊDO JÚNIOR - PI002291
ANTONIO DE SOUSA MACEDO NETO - PI010309
EMBARGADO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ

ASSUNTO: DIREITO PENAL - Crimes contra a vida - Homicídio Qualificado

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia CORTE ESPECIAL, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Corte Especial, por unanimidade, conheceu dos embargos de divergência e deu-lhes
provimento, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora.
Os Srs. Ministros João Otávio de Noronha, Maria Thereza de Assis Moura, Herman
Benjamin, Jorge Mussi, Luis Felipe Salomão, Benedito Gonçalves, Raul Araújo, Maria Isabel
Gallotti, Sérgio Kukina e Nancy Andrighi votaram com a Sra. Ministra Relatora.
Ausentes, justificadamente, os Srs. Ministros Francisco Falcão, Og Fernandes, Mauro
Campbell Marques e Paulo de Tarso Sanseverino.
Licenciado o Sr. Ministro Felix Fischer.
Convocado o Sr. Ministro Sérgio Kukina.

Documento: 2148594 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 21/03/2022 Página 14 de 4

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