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Laudo Pericial

O documento descreve uma perícia técnica realizada para avaliar se um soldador tem direito a adicional de insalubridade. A perícia analisou as atividades exercidas, condições de trabalho e equipamentos de proteção fornecidos. Medições quantitativas dos riscos não puderam ser realizadas por falta de equipamentos.

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Rocha Lorena
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Laudo Pericial

O documento descreve uma perícia técnica realizada para avaliar se um soldador tem direito a adicional de insalubridade. A perícia analisou as atividades exercidas, condições de trabalho e equipamentos de proteção fornecidos. Medições quantitativas dos riscos não puderam ser realizadas por falta de equipamentos.

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EXMO. SR. DR. JUIZ LUCIANO ATHAYADE CHAVES DA MM.

2ª VARA DO TRABALHO DA
COMARCA DO RIO GRANDE DO NORTE

REFERENTE: PROCESSO N° 0308908-40.2018.11.08.5101

TRAMITAÇÃO: MM. 2°ª VARA DO TRABALHO DE NATAL/RN

RECLAMANTE: FRANCISCO DAS CHAGAS SILVA

RECLAMADA: RAIZ VEDAÇÕES MANGUEIRAS E SERVIÇOS HIDRÁULICOS

Flávia de Melo Brito Engenheira Civil e de Segurança do Trabalho, CREA/RN.


N°.211822233-0, na qualidade de Perita do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte,
nomeada perita oficial nos autos do processo em epígrafe, tendo procedido inspeção pericial,
vem apresentar a V. Exa. os resultados e conclusões de seu trabalho, consubstanciados no
presente e requerer ainda a liberação dos honorários periciais.

Sem mais para o momento, coloco-me a disposição de Vossa Excelência para qualquer
esclarecimento que ainda se fizerem necessário.

Atenciosamente,

Natal/RN, 08 de novembro de 2018

FLÁVIA DE MELO BRITO


Engenheira Civil e de Segurança do Trabalho – CREA n° 211822233-0
Perita do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte.

Flávia de Melo Brito


Email: flamelo@hotmail.com
Celular: +55 (84) 9 9981-4555
Sumário

1. Identificação ............................................................................................................................. 3
2. Dados funcionais do reclamante .............................................................................................. 3
3. Considerações iniciais ............................................................................................................... 3
4. Informantes............................................................................................................................... 3
5. Metodologia e instrumentos utilizados ................................................................................... 4
6. Período, horário e local de trabalho do reclamante................................................................ 4
7. Descrição sumária das atividades do reclamante ................................................................... 4
8. Avaliações realizadas e dados obtidos ..................................................................................... 5
9. Pesquisa de insalubridade ........................................................................................................ 5
9.1 Ruído ................................................................................................................................... 5
9.2 Calor .................................................................................................................................... 6
9.3 Radiações não ionizantes ................................................................................................... 6
9.4 Agentes Químicos ............................................................................................................... 7
10. Conclusão ................................................................................................................................ 8
11. Referências.............................................................................................................................. 9

Flávia de Melo Brito


Email: flamelo@hotmail.com
Celular: +55 (84) 9 9981-4555
1. Identificação
Francisco das Chagas Silva, brasileiro,
soldador, portador da CTPS nº 5.987.345,
série n° 1234 CTPS/RN, do RG. n°
001.674.837, SSP/RN, inscrito no CPF/MF sob
o n°. 055.234.874-09 no PIS n°
Dados do Reclamante
098.234.456.54, nascido no dia 12 de março
de 1984, filho de Maria das Graças Silva,
residente e domiciliado rua Maceió número
06, Neópolis, conjunto Jiqui, nesta cidade de
Natal, estado de RN, CEP 59086-300.
Raiz Vedações Mangueiras E Serviços
Hidráulicos, [ PEDRO DE CASTRO SANTOS]
inscrita no CJPJ/MF sob o n°.
26.033.635/0001-89, inscrição estadual n°
Dados da Reclamada
142.270.790.110, situada na Avenida Piloto
Pereira Tim Galpão 27, bairro Parque das
Exposições, na cidade de Parnamirim, Rio
Grande do Norte.

2. Dados funcionais do reclamante

Admissão: 09/09/2014

Demissão: 07/04/2018

Função: Soldador

3. Considerações iniciais

A função exercida pelo reclamante é exposta a diversos riscos ocupacionais e a exposição


a estes sem a devida proteção pode gerar danos irreversíveis à saúde deste profissional. Portanto
ao longo deste documento foram observados e identificados os fatores laborais que justifiquem
o direito ao pleito.

Para elaboração deste, foi realizada uma perícia técnica deferida pelo MM. Dr. Juiz para
apuração ou não do direito ao adicional de insalubridade.

A diligência pericial foi realizada no dia 06 de novembro de 2018, tendo início às 08:00
horas e término às 11:00 horas, onde foi verificado os tipos de atividades exercidas pelo autor e
as condições ambientais nas quais ele desenvolvia suas atividades laborais.

Participou de todos os levantamentos técnicos periciais o engenheiro de segurança do


trabalho e assistente técnico da reclamada, o Dr. Paulo Eustáquio Moraes.

4. Informantes

• Dr. Paulo Eustáquio Moraes – Assistente Técnico da Reclamada;

• Francisco das Chagas Silva – Reclamante

Flávia de Melo Brito


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5. Metodologia e instrumentos utilizados

A perícia foi elaborada com base na legislação vigente, qual seja, “Lei 6.514 de
22/12/77”, Portaria 3.214 de 08 de junho de 1978 do Ministério do Trabalho e sua Norma
Regulamentadora, NR-15 – Atividades e Operações Insalubres, e seus respectivos Anexos.

• Informações, analise das atividades e de antigo local de trabalho do autor;

• Análise dos documentos e fichas de equipamentos de proteção individual – EPI;

6. Período, horário e local de trabalho do reclamante

Em entrevista pericial, o reclamante informou que teve seu pacto laboral compreendido
entre 09/09/2014 e 07/04/2018, onde exercia o cargo de soldador.

Esclarecem os informantes que a jornada ordinária de trabalho do reclamante era de


07:30 hs. às 17:30 hs. das segundas às quintas-feiras e de 07:30hs. às 16:30 hs. nas sextas-feiras.

O Reclamante laborava na empresa Raiz Vedações Mangueiras E Serviços Hidráulicos na


cidade de Parnamirim.

7. Descrição sumária das atividades do reclamante

Como soldador, o reclamante descreveu suas atividades e os equipamentos que operava


apropriados para montar estruturas ou peças mecânicas com alta precisão. Onde executava
básica e principalmente as seguintes atividades:

• Soldar tubulações industriais de inox e aço-carbono, chapas finas, estruturas tubulares, etc.
Utilizado para soldagem a arco;

• Corte de chapas com maçarico;

• Outras atividades correlatas.

E tendo como responsabilidades:

• Determinar o equipamento ou método de soldagem apropriado com base nos requisitos;

• Configurar componentes para soldagem de acordo com as especificações (por exemplo, cortar
materiais com serras elétricas para corresponder às medições);

• Operar esmerilhadeiras angulares para preparar as peças que devem ser soldadas;

• Soldar componentes com o uso de equipamentos de soldagem manuais ou hidráulicos em


diferentes posições (vertical, horizontal ou superior);

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8. Avaliações realizadas e dados obtidos
O reclamante afirmou durante a diligência pericial que recebeu treinamento quanto ao
uso dos equipamentos de proteção individual – EPI’S, que foi fiscalizado e descreveu quais foram
os equipamentos fornecidos e utilizados pelo mesmo, sendo esses:

• Uniforme;

• Botina;

• Capacete;

• Óculos de Proteção;

• Máscara com lentes filtrantes para Soldador;

• Avental, Luvas, mangote e perneiras de raspa.

9. Pesquisa de insalubridade
Não foi possível realizar a avaliação quantitativa dos riscos físicos e químicos no local
periciado por motivos financeiros da reclamante. A reclamada não possuía Levantamento
Ambiental para auxílio da avaliação dos níveis de pressão sonora – ruído contínuo ou
intermitente, calor e dos aerodispersóides a que poderia ter ficado exposto o reclamante, em
seu ambiente de trabalho. A análise da insalubridade não se limita apenas no reconhecimento
dos riscos da atividade, como radiação não ionizante – ultravioleta e infravermelha -, fumos
metálicos e gases, mas também a fatores ambientais como ruído e calor.

De acordo com a NR 15 e seus itens temos:

15.1.5 Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma NR-15, a concentração
ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao
agente, que não causará danos à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.

15.2 O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do item


anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da
região, equivalente a:

15.2.1 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;

15.2.2 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;

15.2.3 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo;

15.3 No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de


grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa.

9.1 Ruído
Níveis de Pressão Sonora – Ruído Contínuo ou Intermitente

Na NR-15, da Portaria 3.214/78, o anexo Nº 1 trata dos limites de tolerância para ruído
contínuo ou intermitente, ou seja, ruídos que não sejam de impacto onde os níveis não devem
exceder os limites de tolerância fixados no quadro deste anexo. Além disso, o nível máximo de

Flávia de Melo Brito


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ruído permitido é de 85 dB(A) para uma jornada de 08 horas de trabalho. Uma vez que a análise
deve ser realizada através de uma avaliação quantitativa por meio de instrumentos de níveis de
pressão sonora, a ausência dessa avaliação prejudica a caracterização da insalubridade para esse
agente físico.

Tabela 1: anexo Nº1

O soldador possui jornada média de 8 horas diárias, e apesar de haver a


suscetibilidade da exposição ao ruído, a decisão da não realização de uma análise quantitativa
do ruído impossibilitou a avaliação desse agente para o trabalhador.

9.2 Calor
De acordo com a NR-15, da Portaria 3.214/78, no anexo Nº 3 (Limites de tolerância para
exposição ao calor), a caracterização das atividades ou operações insalubres decorrentes da
exposição ocupacional ao calor em ambientes fechados ou ambientes com fonte artificial de
calor será realizada através de uma avaliação quantitativa do calor, com base na metodologia e
procedimentos descritos na Norma de Higiene Ocupacional NHO 08 (2ª edição - 2017) da
FUNDACENTRO. Diante disso, é necessária a determinação de sobrecarga térmica por meio do
índice IBUTG – Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo e estimar a taxa metabólica (M)
com base na comparação da atividade realizada pelo trabalhador com as opções apresentadas
no Quadro 2 do Anexo nº 3.

Conforme o anexo 3, são caracterizadas como insalubres atividades ou operações


realizadas em ambientes fechados ou ambientes com fonte artificial de calor sempre que o
IBUTG (médio) medido ultrapassar os limites de exposição ocupacional estabelecidos com base
no Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo apresentados no Quadro 1 (IBUTG médio
máximo) e determinados a partir da taxa metabólica das atividades (taxa metabólica média),
apresentadas no Quadro 2, ambos deste anexo.

Dessa forma, apesar de não ser necessário uma análise quantitativa para a taxa
metabólica média, a análise quantitativa é imprescindível para a caracterização da insalubridade
para esse agente físico diante da determinação do IBUTG médio. Assim, a ausência dessa
avaliação impossibilitou a caracterização da insalubridade para esse agente físico.

9.3 Radiações não ionizantes


A NR-15 no anexo nº 7 preceitua que a avaliação para radiações não ionizantes seja
qualitativa, não impondo limites de tolerância, concentrações, tempo de exposição ou
quantidades. De acordo com essa norma, são consideradas radiação não ionizantes as
microondas, ultravioletas e laser. Além disso, as operações ou atividades que exponham os
trabalhadores às radiações não-ionizantes, sem a proteção adequada, serão consideradas
insalubres, em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.

Flávia de Melo Brito


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O livro Soldagem – Fundamentos e Tecnologia, 3ª Edição, pág. 46, Editora UFMG, os
autores de Paulo Villani Marques, Paulo José Modenesi e Alexandre Queiroz Bracarense,
abordam que processos de soldagem com arco elétrico os gases ionizados quando estão a uma
temperatura elevada são capazes de gerar radiação eletromagnética intensa na forma de
infravermelho, luz visível e ultravioleta. As chamas e o metal quente também emitem radiação,
mas com uma intensidade muito menor. Além disso, expõe a necessidade do uso de
equipamentos de proteção individual – EPI para evitar a exposição do soldador. Os EPI’S
recomendados são as luvas, aventais, perneiras, protetores faciais com lentes filtrantes e outros.

Convém salientar que as atividades do reclamante eram pertinentes a execução de


pontos de solda em tubulações industriais de inox e aço-carbono, chapas finas, estruturas
tubulares, dentre outros componentes hidráulicos ou de vedações, sendo estas realizadas na
sede da empresa, ficando assim o Reclamante exposto às radiações não ionizantes emitidas
durante os processos de solda.

Porém, analisando-se a situação, verifica-se que o reclamante recebeu e fez uso de todos
os EPI’S– Equipamentos de Proteção Individual, apresentando ademais a empresa os respectivos
Certificados de Aprovação do Ministério do Trabalho, equipamentos estes adequados, hábeis e
suficientes para a neutralização dos efeitos nocivos à sua saúde.

Assim, considerando ainda que houve o necessário treinamento quanto ao uso correto
de EPI’S e que o reclamante era devidamente fiscalizado, foi então neutralizada a insalubridade
pela sua exposição a radiações não ionizantes.

9.4 Agentes Químicos


O livro Soldagem – Fundamentos e Tecnologia, 3ª Edição, pág. 48, Editora UFMG, os
autores de Paulo Villani Marques, Paulo José Modenesi e Alexandre Queiroz Bracarense, afirma
que durante a soldagem, são liberados gases chamados Fumos Metálicos, que podem ser
prejudiciais à saúde. Além disso, alguns processos de soldagem, como soldagem por arco elétrico
do tipo TIG, MIG/MAG, envolvem gases que são asfixiantes se forem usados em ambientes
fechados, como argônio, CO2 e misturas.

O processo de solda por arco elétrico ocorre quando um arco elétrico é criado entre o
eletrodo revestido e o material a ser soldado. O tipo de material a ser soldado (metal de base)
pode ser de diversos tipos como aço inoxidável, ferro, alumínio, dentre outros. Dessa forma, a
escolha do eletrodo depende do material a ser soldado, das propriedades da solda desejada e
da posição que a solda será realizada. Os principais eletrodos utilizados e presentes nos
mercados possuem em sua composição chumbo, níquel, manganês, cromo, cádmio, magnésio,
dentre outros.

A NR-15, no anexo nº 11, traz análise dos agentes químicos que podem caracterizar a
existência de ambiente insalubre por limite de tolerância em inspeção ao local de trabalho. De
acordo com o anexo, a insalubridade é caracterizada quando os limites de tolerância previstos
no quadro 1, são ultrapassados. Observado que os limites são válidos para absorção apenas por
via respiratória. Ambientes com presença dessas substâncias devem possuir concentração
mínima de 18 (dezoito) por centro de oxigênio, valores abaixo são considerados de risco grave
ao trabalhador.

Flávia de Melo Brito


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A avaliação das concentrações dos agentes químicos é feita através de métodos de
amostragem instantânea, de leitura direta ou não, em pelo menos em 10 (dez) amostragens,
para cada ponto - ao nível respiratório do trabalhador. Entre cada uma das amostragens deverá
haver um intervalo de, no mínimo, 20 (vinte) minutos. O quadro 1, do anexo 11 lista os agentes
químicos e sua relação em miligramas por metro cúbico de ar absorvidos em até 48 horas
semanais de trabalho.
Apesar do quadro constar compostos que estão presentes no dia a dia do Reclamante,
há a necessidade de uma avaliação quantitativa dessas exposições para certificar a concentração
dos agentes químicos para certificar se há uma caracterização de insalubridade.
Todavia, o anexo nº 13, da NR-15, elenca os agentes químicos, consideradas, insalubres
em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho, ou seja, sem a necessidade de uma
análise quantitativa. Dessa forma, um dos compostos presentes no trabalho de soldagem a arco,
principalmente no processo TIG, é o Cádmio. De acordo com o Anexo, atividades com cádmio e
seus compostos é considerado Insalubre de grau máximo.

10. Conclusão
Ao término da vistoria pericial tendo como base as informações coletadas in loco,
observados todos os documentos fornecidos pelas partes envolvidas e feitas todas as análises
indicadas pela norma que regula tais atividades, considera-se a atividade INSALUBRE em GRAU
MÁXIMO.

Sendo pertinente o pedido do reclamante ao direito a insalubridade prevista nos artigos


189, do capítulo V da Consolidação das Leis Trabalhista (CLT), onde são consideradas atividades
ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho,
exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em
razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.

Além disso, constatou-se violado o artigo 192, do capítulo V da CLT, onde o exercício de
trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério
do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento),
20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se
classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.

Ao artigo 200, do capítulo V da CLT, foi violado o direito à proteção do trabalhador


exposto a substâncias químicas nocivas, radiações ionizantes e não ionizantes, ruídos, vibrações
e trepidações ou pressões anormais ao ambiente de trabalho, com especificação das medidas
cabíveis para eliminação ou atenuação desses efeitos limites máximos quanto ao tempo de
exposição, à intensidade da ação ou de seus efeitos sobre o organismo do trabalhador, exames
médicos obrigatórios, limites de idade controle permanente dos locais de trabalho e das demais
exigências que se façam necessárias.

Assim, comprova-se o direito previsto nos artigos presentes na Consolidação das Leis
Trabalhista e classifica a atividade exercida com grau de insalubridade máximo, devendo ser pago
ao reclamante o adicional correspondente a 40 (quarenta) por cento do salário regional vigente
de R$ 954,00 (Novecentos e cinquenta e quatro reais), retroativo ao período de trabalho de 09
de setembro de 2014 à 07 de abril de 2018, devendo o valor a ser pago de R$ 16.408,80
(Dezesseis mil quatrocentos e oito reais e oitenta centavos).

Flávia de Melo Brito


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11. Referências

[1] MARQUES, P. V. et al. Tecnologia. Editora UFMG, 3a edição, Bolo Horizonte–MG, 2009.
[2] NORMA REGULAMENTADORA, NR 15: Atividades e Operações Insalubres. Portaria MTb n
3.214, de 08 de junho de 1978

Flávia de Melo Brito


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