Notas de Aulas
Notas de Aulas
CIRCUITOS ELÉTRICOS I
NOTAS DE AULAS
Aracaju- SE
22 de outubro de 2020
2
Sumário
2 Fontes de alimentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4 Potência e Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
5 Resistor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2 Leis de Kirchhoff 23
1 Conceitos Básicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
1 Circuito em série . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2 Circuito em paralelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3
4 SUMÁRIO
3 Exercı́cios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
2 Casos especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4 Exercı́cios Sugeridos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
1 Procedimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
2 Casos especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
4 Exercı́cios Sugeridos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
3 Exercı́cios Sugeridos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
1 Circuitos em Delta ou Y . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
2 Ponte Equilibrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
3 Exercı́cios Sugeridos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
4 Observação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
1 Superposição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
2 Exemplo 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
1 Indutor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
2 Capacitor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Elementos Básicos em
Circuitos Elétricos
Corrente Elétrica
13
14 CAPÍTULO 1. ELEMENTOS BÁSICOS
Tensão
I b
v = Va − Vb = E.dl (1.1)
a
A tensão elétrica também pode ser expressa como a energia por unidade
de carga movimentada. Formalmente, temos:
dw
v= (1.2)
dq
Bipolo
2 Fontes de alimentação
Uma fonte de tensão, como o próprio nome sugeri, é um dispositivo que fornece
tensão ao circuito. No caso das fontes ideais, a tensão fornecida é a nominal,
não havendo variação por conta da corrente que a fonte passa para o circuito.
circuito.
+ +
-
-
+ + + +
- - - -
+
+
- -
+ +
- -
Vale destacar também que, uma vez adotada uma convenção, deve-se ater
a ela durante toda a análise e/ou projeto do circuito. Ou seja, não se deve
considerar convenções de polaridade e sentido diferentes para elementos do
mesmo circuito.
4 Potência e Energia
dw
P = (1.3)
dt
(1.4)
Por sua vez, a energia absorvida ou fornecida por um elemento poder ser
definida da seguinte forma:
Z t
w= p(τ ) · dτ + w(0) (1.5)
0
5 Resistor
Resistividade e condutividade
Material ρ Material ρ
cobre 1, 72 × 10−8 Ω · m ouro 2, 44 × 10−8 Ω · m
silı́cio 6, 40 × 102 Ω · m vidro 1, 0 × 1010 a 1, 0 × 1014 Ω · m
Resistores ôhmicos
+
+
- -
Leis de Kirchhoff
Existem duas leis muito importantes que a são a base de muitas técnicas e
métodos utilizadas na análise e projeto de circuitos. Estas leis são conhecidas
como leis de Kirchhoff das tensões (LKT) e das correntes (LKC).
1 Conceitos Básicos
Nó essencial: Um nó é dito essencial se, ao menos, três terminais estão
conectados a ele.
23
24 CAPÍTULO 2. LEIS DE KIRCHHOFF
+
-
+
-
1 Note que, devido ao curto, os nós E e F devem ser considerados como o mesmo nó.
2. LEI DE KIRCHHOFF DAS TENSÕES 25
- -
+
+ + +
- - -
+
-
Note que a tensão E1 , por exemplo, foi subtraı́da das outras tensões re-
ferentes aos elementos da malha ABEFA, pois a corrente desta malha entra
pelo terminal negativo da fonte de tensão E1
26 CAPÍTULO 2. LEIS DE KIRCHHOFF
+
-
+
-
Circuitos Resistivos
Simples
Neste capı́tulo são apresentados alguns circuitos elétricos simples com topo-
logias puramente em série ou puramente em paralelo.
1 Circuito em série
V1 + V2 + V3 − E = 0 (3.1)
27
28 CAPÍTULO 3. CIRCUITOS RESISTIVOS SIMPLES
+
+ +
- -
+
Figura 3.1: Exemplo de circuito em série.
I · R1 + I · R2 + I · R3 = E (3.2)
E
I= (3.3)
R1 + R2 + R3
12
I= = 2, 4A
1+2+2
E E
I′ = e I ′′ = (3.4)
R1 + R2 + R3 Req
1. CIRCUITO EM SÉRIE 29
+ +
- -
E E
= (3.5)
R1 + R2 + R3 Req
Logo,
Req = R1 + R2 + R3 (3.6)
Req = R1 + R2 + · · · + Rn (3.7)
Rx
Vx = Rx · I = E · (3.8)
R1 + R2 + R3
30 CAPÍTULO 3. CIRCUITOS RESISTIVOS SIMPLES
Rx Rx
Vx = E · ou Vx = E · (3.9)
R1 + R2 + · · · + Rn Req
1 2
V1 = 12 · 1+2+2 = 2, 4V , V2 = 12 · 1+2+2 = 4, 8V
2
e V3 = 12 · 1+2+2 = 4, 8V
Note que os mesmos valores podem ser obtidos usando o valor da corrente
I.
2. CIRCUITO EM PARALELO 31
2 Circuito em paralelo
+
-
I = I1 + I2 + I3 (3.10)
E
Ix = (3.11)
Rx
E E E
I= + + (3.12)
R1 R2 R3
1 1 1
I=E + + (3.13)
R1 R2 R3
1 1 1
I = 12 + + = 24A
1 2 2
Note que, a corrente no circuito em paralelo foi muito maior que no circuito
em série. Isso pode ocorre porque:
+ +
- -
1 1 1 E
E + + = (3.15)
R1 R2 R3 Req
Logo:
2. CIRCUITO EM PARALELO 33
1 1 1 1
= + + (3.16)
Req R1 R2 R3
1 1 1 1
= + + ··· + (3.17)
Req R1 R2 Rn
-
Figura 3.5: Circuito divisor de corrente.
Neste circuito, não há uma fonte de tensão definindo a tensão nos terminais
dos resistores. Assim, a queda de tensão sobre eles, V , ainda é desconhecida
e vai depender da corrente da fonte.
Como a queda de tensão nos resistores é a mesma (lembre que eles estão
em paralelo!), sabemos que:
V = V1 = V2 = V3 ou V = I1 · R1 = I2 · R2 = I3 · R3 = I · Req (3.18)
V = I · Req (3.19)
V
Ix = (3.20)
Rx
Substituindo V pela equação 3.19, podemos obter uma equação geral que
nos permite determinar a corrente em cada resistor com base apenas nos
valores de resistência e da corrente entrando no circuito (I).
Req
Ix = I · (3.21)
Rx
0, 5 0, 5 0, 5
I1 = 1 · = 0, 5A , I2 = 1 · = 0, 25A e I3 = 1 · = 0, 25A
1 2 2
Note que os mesmos valores podem ser obtidos usando o valor da tensão
V = I · Req = 0, 5V .
3. EXERCÍCIOS PROPOSTOS 35
3 Exercı́cios Propostos
Exercı́cio 1:
+
+
- -
Exercı́cio 2:
+
+
- -
-
Figura 3.8: Exercı́cio 2.b
Capı́tulo 4
37
38 CAPÍTULO 4. MÉTODO DOS NÓS
ada a esse nó é 0V. É interessante definir como nó de referência aquele
que conecta mais ramos.
4. Para cada nó numerado, obtenha uma equação com base no balanço de
correntes.
Na análise pelo método das tensões nodais, para cada nó é obtida uma equação
baseada no balanço de correntes que relaciona as tensões nodais com os valores
dos resistores e fontes de corrente conectados a eles.
(4.1)
1 Esse passo é opcional, mas é bastante recomendado que as equações sejam simplificadas
para remover frações. A solução de sistemas com equações com termos em frações ou pouco
simplificadas se torna muito mais trabalhosa e propensa a erros
1. ANÁLISE PELO MÉTODO DOS NÓS 39
1 n
em que Rxa · · · Rxa correspondem aos n resistores conectados entre os nós x
1 1
e a, Rxz · · · Rxz aos m resistores conectados entre os nós x e z e Ix1 · · · Ixk
corresponde às correntes nominais das k fontes conectadas a x.
Vale destacar que os vários resistores entre dois nós, como os n resis-
1 n
tores Rxa · · · Rxa entre x e a, estão em paralelo e, em geral, podem ser
substituı́dos por uma única resistência equivalente.
1 1 1 1
Va + − Vb · − Vc · = −Is (4.2)
R1 R2 R1 R1
Note que foi atribuı́do um sinal negativo à corrente Is , uma vez que a
corrente da fonte está saindo do nó a.
1 1
1
N1 : V1 · 2 + 5 − V2 · 2 =5
(4.3)
1 1 1
N2 : V2 · 2 + 10 − V1 · 2 = −2
N1 : 7V1 − 5V2 = 50
(4.4)
N2 : 6V2 − 5V1 = −20
7V1 − 5V2 = 50
(4.5)
−5V1 + 6V2 = −20
7 −5 50
M= e I= (4.6)
−5 6 −20
|M1 | 200
V1 = = = 11, 76V
|M | 17
(4.8)
|M2 | 110
V2 = = = 6, 47V
|M | 17
2 Casos especiais
É muito importante destacar que a abordagem geral só pode ser aplicada em
nós que possuem apenas resistores e fontes de corrente.
Nos casos onde essa abordagem não pode ser utilizada, é possı́vel definir
correntes e tensões auxiliares e considerar o balanço de correntes (definido na
LKC) para obter a equação associada ao nó.
+
-
O nó 2 pode ser modelado diretamente pela equação geral, como indicado
na equação (4.9).
1 1 1
N2 : V 2 · + − V1 · =2 (4.9)
2 10 2
Por sua vez, o nó 1 pode ser analisado com a ajuda de correntes e tensões
auxiliares. Na figura 4.7, são indicadas as correntes e tensão adicionadas para
análise do nó 1. Vale destacar que foi adotado o sentido de saı́da do nó para
todas as correntes, enquanto a polaridade das tensões foram estabelecidas com
base na convenção passiva e no sentido adotado para as correntes auxiliares.
- -
+
+ +
- -
Vx = Vref + 10 (4.11)
17V1 − 5V2 = 100
(4.14)
−5V1 + 6V2 = 20
Outra alternativa para lidar com circuitos que possuem fontes de tensão (com
resistor em série), é converter estas fontes de tensão em fontes de corrente
(colocando o resistor em paralelo). Em seguida, o método dos nós pode ser
aplicado normalmente.
+ +
+
- - -
+ +
+
- - -
+ +
+
- - -
+ +
+
- - -
Note que é necessário que a fonte de tensão esteja em série com um resistor
46 CAPÍTULO 4. MÉTODO DOS NÓS
N1 : V1 · 1 + 12 + 15 − V2 · 12 = 10
(4.15)
N2 : V2 · 21 + 10
1
− V1 · 21 = 2
17V1 − 5V2 = 100
(4.16)
−5V1 + 6V2 = 20
Note que este é o mesmo sistema obtido a partir da análise direta usando
a LKC, mostrado na equação (4.14).
2. CASOS ESPECIAIS 47
Caso haja uma fonte de tensão no circuito que não tenha um resistor em
série, não é possı́vel realizar a conversão em uma fonte de corrente. Isso não
atrapalha a solução do circuito, na verdade pode até ajudar!!!.
+
-
+
-
Figura 4.12: Exemplo com fonte de tensão sem resistor em série: definição de
V1 .
1 1 1
V2 : V2 + − V1 =2
2 10 2
48 CAPÍTULO 4. MÉTODO DOS NÓS
1 1
10
V2 2 + 10 =2+ 2
7·10
V2 = 6 = 11, 67V
Vamos analisar agora o que ocorre quando a fonte de tensão (sem resistor em
série) não tem um dos seus terminais conectado ao nó de referência, como no
circuito ilustrado na figura 4.13.
+
-
Figura 4.14: Circuito com fonte entre nós essenciais: definição das correntes
auxiliares.
2. CASOS ESPECIAIS 49
Analisando o circuito, temos que as equações dos nós 1 e 2 são dadas por:
V1
I1 + I2 + I3 = 0 −Is + R1 + I3 = 0
⇒ (4.17)
V2
Ia + Ib + Ic = 0 −2Is + R2 + Ic = 0
Uma vez que não temos como determinar as corrente I3 e Ic através da lei
de Ohm, podemos usar o fato de que I3 = −Ic para obter uma única equação
em que I3 e Ic não aparecem.
Para tal, basta substituir I3 por −Ic (ou Ic por −I3 ) e somar as equações
do sistema. Neste caso, temos:
V1 V2
+ = 3Is (4.18)
R1 R3
V 2 − V 1 = Es (4.19)
V1 V2
R1 + R3 = 3Is
(4.20)
−V1 + V2 = Es
Vale destacar que os nós que não fazem parte do super nó podem ser
analisados normalmente (como descrito ao longo desse capı́tulo).
50 CAPÍTULO 4. MÉTODO DOS NÓS
Um super nó formado pela existência de uma fonte de tensão entre dois nós ro-
tulados x e y pode ser modelado diretamente, sem a necessidade de utilização
de correntes auxiliares, a partir das equações:
(4.21)
Como já foi discutido, a relação entre as tensões nos nós e a tensão da
2. CASOS ESPECIAIS 51
−V1 + V2 = Es (4.22)
V1 V2
+ = Is + 2Is (4.23)
R1 R2
V1 V2
R1 + R3 = 3Is
(4.24)
−V1 + V2 = Es
1 1 V2
V1 R1 + R2 − R2 = Is
(4.25)
− V1 + V2 1 +
1
= k·i
R2 R2 R3
Note que este sistema possui uma terceira incógnita, i. Como o objetivo é
gerar um sistema em função das tensões nos nós (V1 e V2 ), é possı́vel definir
i em função destas variáveis.
V1 − V2
i=
R2
1 1 V2
V1 R1 + R2 − R2 = Is
(4.26)
− V1 + V2 1 +
1
= k· V1 −V2
R2 R2 R3 R2
1 1 V2
V1 R1 + R2 − R2 = Is
⇒ h i (4.27)
− V1 (1 + k) + V2 1 (1 + k) +
1
= 0
R2 R2 R3
3. DISCUSSÃO SOBRE A OBTENÇÃO DA EQUAÇÃO GERAL 53
a) b) - -
+
Uma vez que o circuito é formado apenas por resistores e fontes de corrente
54 CAPÍTULO 4. MÉTODO DOS NÓS
(na seção 2 são abordados circuitos com fonte de tensão), temos que cada
corrente Ik pode ser determinada pela Lei de Ohm (se o elemento for um
resistor) ou será a própria corrente nominal (se for uma fonte de corrente).
Vk
Ik = (4.29)
Rk
Note que, ao definirmos todas as correntes saindo do nó analisado (nó a),
as tensões Vk : k ∈ {1, 2} são definidas como a diferenças entra a tensão do
nó analisado, Va , menos a tensão no outro terminal do resistor Rk . Assim,
temos que as correntes Ik : k ∈ {1, 2} são dadas por:
V1 Va − Vb
I1 = =
R1 R1
(4.30)
V2 Va − Vc
I2 = =
R2 R2
Va − Vb Va − Vc
+ + Is = 0 (4.31)
R1 R2
Note que podemos reescrever a equação (4.31) em função das tensões no-
dais.
1 1 1 1
Va + − Vb · − Vc · = −Is (4.32)
R1 R2 R1 R1
3. DISCUSSÃO SOBRE A OBTENÇÃO DA EQUAÇÃO GERAL 55
X 1 X 1 X 1 X X
Vx · − V1 · − · · · − Vn · = Ii − Ii (4.33)
Ri Ri Ri ↑ ↓
Ri ∈Nx Ri ∈(Nx ∩N1 ) Ri ∈(Nx ∩Nn ) Ii ∈Nx Ii ∈Nx
4 Exercı́cios Sugeridos
+
-
+
-
-
+
+
-
+
+
- +
-
1 Procedimento
57
58 CAPÍTULO 5. MÉTODO DAS CORRENTES DE MALHAS
identificada.
3. Para cada malha, obtenha uma equação com base no balanço de tensões.
Vale lembrar que a corrente em um dado elemento (ou ramo) pode ser
definida como a diferença entre as correntes das malhas que compartilham o
elemento.
Na análise pelo método das correntes de malha, é obtida uma equação para
cada malha baseada no balanço de tensões, que relaciona as correntes das
malhas com os valores dos resistores e de fontes de tensão existentes na malha.
(5.1)
1 x
em que Rα · · · Rα são as resistências que pertencem exclusivamente à malha α,
1 n
Rαβ · · · Rαβ correspondem aos n resistores compartilhados pelas malhas α e
1 Assim como no método dos nós, esse passo é opcional, mas é bastante recomendado
1 1
β, Rαζ · · · Rαζ aos m resistores compartilhados pelas malhas α e ζ e Eα1 · · · Eαk
corresponde às tensões nominais das k fontes existentes na malha α.
+
-
Note que a tensão da fonte foi considerada com sinal positivo, pois a
corrente da malha analisada (I1 ) está entrando pelo terminal negativo.
+
-
-
+
+
-
-
+
M1 : I1 (2 + 5 + 5) − I2 · 5 − I3 · 5 = 10
M2 : I2 (5 + 10 + 5) − I1 · 5 − I3 · 5 = 0 (5.3)
M3 : I3 (5 + 5 + 10) − I1 · 5 − I2 · 5 = −5
12I1 − 5I2 − 5I3 = 10
−5I1 + 20I2 − 5I3 = 0 (5.4)
−5I1 − 5I2 + 20I3 = −5
12 −5 −5 10
M = −5 20 −5 e V = 0
−5 −5 20 −5
|M1 | 3125
I1 = |M | = 3250 = 0, 9615A
|M2 | 825
I2 = |M | = 3250 = 0, 2538A
|M3 | 175
I3 = |M | = 3250 = 0, 0538A
62 CAPÍTULO 5. MÉTODO DAS CORRENTES DE MALHAS
2 Casos especiais
É muito importante destacar que a abordagem geral só pode ser aplicada em
malhas que possuem apenas resistores e fontes de tensão.
Nos casos onde essa abordagem não pode ser utilizada, é possı́vel definir
correntes e tensões auxiliares e considerar o balanço de tensões (definido na
LKT) para obter a equação associada à malha.
A malha 1 pode ser modelada diretamente pela equação geral, como indi-
cado na equação (5.5).
M1 : I1 (2 + 5 + 5) − I2 · 5 = 10 (5.5)
2. CASOS ESPECIAIS 63
+
-
Por sua vez, as malhas 2 e 3 podem ser analisadas com a ajuda de cor-
rentes e tensões auxiliares. Na figura 5.5, são indicadas as correntes e tensão
adicionadas para análise das malhas 2 e 3. Vale destacar que as polaridades
das tensões nos resistores foram definidas com base nas correntes de malha.
-
+
+ -
+ +
- +
- -
-
+
M2 : v 1 + v 2 + v 3 + v 4 = 0 (5.6)
M2 : (I2 − I1 ) · 5 + I2 · 2 + I2 · 5 + I3 · 10 = 0 (5.7)
I2 − I3 = 0, 5 (5.9)
12I1 − 5I2 = 10
−5I1 + 12I2 + 10I3 = 0 (5.10)
I2 − I3 = 0, 5
245 110 19
Resolvendo o sistema, temos que: I1 = 239 , I2 = 239 , I3 = − 478
Outra alternativa para lidar com circuitos que possuem fontes de corrente
(com resistor em paralelo), é convertê-la em uma fonte de tensão com resistor
em paralelo. Na seção 2.2 já foram apresentados os detalhes sobre conversão
de fontes.
-
+
+
-
Note que o circuito agora possui apenas duas malhas, de modo que a
referência à I3 foi perdida. Vale destacar também que a parte do circuito
que não foi convertida mantém as mesmas propriedades do circuito original.
Ou seja, as tensões e correntes que passam pelo elementos são as mesmas do
circuito original. Assim, os valores de I1 e I2 são os mesmos em ambos os
circuitos.
M1 : I1 (2 + 5 + 5) − I2 · 5 = 10
(5.11)
M2 : I2 (5 + 2 + 10 + 5) − I1 · 5 = 5
12I1 − 5I2 = 10
(5.12)
−5I1 + 22I2 = 5
245 110
Resolvendo o sistema, temos que: I1 = 239 e I2 = 239 , que são os mesmos
obtidos na seção anterior.
19
I2 − I3 = 0, 5 ⇒ I3 = I2 − 0, 5 = − (5.13)
478
Note que tanto na análise direta pela LKT quanto na baseada em con-
versão de fontes não existe um procedimento muito bem estabelecido,
sendo necessário um sólido conhecimento sobre análise de circuitos
para “encontrar o melhor caminho” até a solução.
66 CAPÍTULO 5. MÉTODO DAS CORRENTES DE MALHAS
Caso haja uma fonte de corrente na malha que não esteja sendo compartilhada
com outra, a corrente nominal da fonte corresponderá à corrente da malha,
observando apenas se os sentidos coincidem (nesse caso o sinal será positivo)
ou se são opostos (neste caso o sinal será negativo).
+
-
M1 : I1 (2 + 5 + 5) − 5I2 = 10
M2 : I2 (2 + 10 + 5 + 5) − 5I1 − 10I3 = 0
Por sua vez, a malha 3 possui uma fonte de corrente em um ramo que não
é compartilhado com nenhuma outra malha. Assim, a corrente nominal da
fonte define diretamente o valor de I3 , I3 = +0, 5A (como I3 está no mesmo
sentido da fonte, o sinal é positivo).
12I1 − 5I2 = 10
(5.14)
−5I1 + 22I2 = 5
245 110
resolvendo esse sistema, temos que: I1 = 239 e I2 = 239
Por sua vez, a segunda equação é dada como a soma das equações gerais
das duas malhas, excluindo os termos associados à fonte de corrente.
+
-
+
-
I2 − I3 = 0, 5 (5.16)
Já a equação geral da malha, é dada pela soma das equações gerais de
M2 e M3 , desconsiderando quaisquer atributos (tensão ou corrente) da fonte
compartilhada. Neste casp temos:
Com base nessas três equações, é possı́vel obter o seguinte sistema (com
as equações já simplificadas):
2. CASOS ESPECIAIS 69
12I1 − 5I2 = 10
I2 − I3 = 0, 5 ⇒ (5.18)
−5I1 + 12I2 + 10I3 = 0
-
+
+ -
+ +
- +
- -
-
+
I2 = I3 + 0, 5A ⇒ I2 − I3 = 0, 5A (5.19)
Por sua vez, com base nas tensões auxiliares definidas é possı́vel obter o
balanço de tensões das malhas 2 e 3:
M2 : v1 + v2 + v3 + vx = 0
(5.20)
M3 : v4 − vx = 0
tes.
+
+
- -
-
+
I1 (R1 + R2 + R3 ) − I2 R3 − I3 R2 = Es
−I1 R3 + I2 (R3 + R4 + R5 ) − I3 R5 = 0
−I1 R2 − I2 R5 + I3 (R2 + R5 + R6 ) = −k · v
Note que este sistema possui uma terceira incógnita, v. Como o objetivo
é gerar um sistema em função das correntes de malhas (I1 , I2 e I3 ), é possı́vel
definir v em função destas variáveis.
v = (I1 − I2 )R3
I1 (R1 + R2 + R3 ) − I2 R3 − I3 R2 = Es
−I1 R3 + I2 (R3 + R4 + R5 ) − I3 R5 = 0 (5.23)
−I1 R2 − I2 R5 + I3 (R2 + R5 + R6 ) = −k(I1 − I2 )R3
72 CAPÍTULO 5. MÉTODO DAS CORRENTES DE MALHAS
I1 (R1 + R2 + R3 ) − I2 R3 − I3 R2 = Es
⇒ −I1 R3 + I2 (R3 + R4 + R5 ) − I3 R5 = 0
−I1 (R2 − kR3 ) − I2 (R5 + kR3 ) + I3 (R2 + R5 + R6 ) = 0
(5.24)
-
+
+ +
- -
-
+
Figura 5.12: Análise parcial de circuito pelo método das correntes de malha
das tensões com base na corrente da malha que está sendo analisada, o balanço
de tensões sempre é dado pela soma das tensões auxiliares. Já as tensões das
fontes entram no balanço com sinal positiv (quando a corrente da malha
atravessa a fonte do terminal positivo para o negativo) ou negativo (caso
contrário).
v 1 + v 2 + v 3 − Es = 0 (5.25)
Mais uma vez pela forma sistemática como as correntes de malha e tensões
auxiliares foram definidas, as tensões vx : x ∈ {1, 2, 3} são definidas pela
diferença entre a corrente da malha analisada e a outra com que o resistor é
compartilhado, multiplicada pela resistência dele.
Por último, temos que a tensão nominal da fonte é um termo livre e deve
ser passado para o outro lado da igualdade, invertendo o sinal. Assim, quando
a corrente da malha atravessa a fonte do terminal positivo para o negativo o
sinal fica negativo, caso contrário o sinal fica positivo.
A cor azul foi utilizada para destacar os elementos que pertencem à malha
analisada e o vermelho os termos compartilhadas com outras malhas.
4. EXERCÍCIOS SUGERIDOS 75
4 Exercı́cios Sugeridos
+
-
+
-
-
+
+
-
+
+
- +
-
Equivalentes Thévenin e
Norton
+
-
+
-
+
-
-
+
-
+
77
78 CAPÍTULO 6. EQUIVALENTES THÉVENIN E NORTON
A seguir, é mostrado um exemplo que será utilizado ao longo desta seção para
ilustrar os passos da obtenção dos equivalentes Thévenin e Norton.
+
-
+
-
Existem diferentes estratégias que podem ser utilizadas para obter a re-
sistência equivalente. A mais direta consiste justamente em redesenhar o
circuito “matando” as fontes e obter a resistência através de simplificações de
resistores em série e paralelo.
1 Note que isso pode ser observado pelo princı́pio da equivalência de fontes.
80 CAPÍTULO 6. EQUIVALENTES THÉVENIN E NORTON
+ +
+
- - -
1 1 E
N1 : + V1 = −I (6.2)
R1 + R2 R3 R1 + R2
Logo:
E
R1 +R2 −I
V1 = 1 1
R1 +R2 + R3
VT h = V1 = R3 E−I(R 1 +R2 )
R1 +R2 +R3
Por sua vez, para obter a corrente de Norton (IN ), é necessário inserir um
curto-circuito entre os terminais marcados (a e b). A corrente de Norton
corresponde à corrente atravessando o curto (Iab , sentido a para b).
Mais uma vez, sugere-se o uso de métodos como o das correntes de malha
ou das tensões nodais para determinar a corrente Iab . Para obter a corrente
de Norton (IN ), deve-se:
em que Iab = I2 .
-
+
+ +
- -
I1 (R1 + R2 + R3 ) − I2 · R3 = E + I · R3
(6.4)
−I1 · R3 + I2 · R3 = −I · R3
E
IN = I2 = −I (6.5)
R1 + R2
Vale destacar que a corrente Norton poder ser obtida também, usando
transformação de fontes, a partir da tensão de Thévenin, e vice-versa.
2. CIRCUITOS COM FONTES DEPENDENTES 83
+
-
Diferentes abordagens podem ser utilizadas para lidar com esse tipo de
situação, sendo o uso de uma fonte de teste uma das mais comuns. Além
desta, também é possı́vel obter a resistência a partir da corrente de Norton e
da tensão de Thevenin. A seguir, essas abordagens são apresentadas.
+
+ +
- - -
VT
Req = (6.6)
IT
+
+ +
- - -
+ +
+
- - -
+ + +
- - -
2000I1 = −3v
I2 = −20i (6.7)
−25I2 + 25I3 = −VT
VT VT
Req = = = 100Ω (6.9)
IT 0, 01VT
Outra forma que pode ser utilizada para obter a resistência equivalente é
através da tensão de Thévenin e da corrente de Norton. Especificamente, a
resistência equivalente pode ser obtida pela seguinte equação:
VT h
Req = (6.10)
IN
+
+ +
- - -
2000I1 = −3v + 5
I2 = −20i (6.11)
−25I2 + 25I3 = 0
2. CIRCUITOS COM FONTES DEPENDENTES 87
em que i = I1 , v = 25(I2 − I3 ) e IN = I3 .
+ +
+ +
- - - -
V1 = 5
V2 = 3v (6.13)
1
V3 · 25 = −20i
V1 −V2
em que i = 2000 , v = V3 e VT h = V3 .
−5
Req = = 100Ω
−0, 05
Note que o valor obtido pelo método alternativo coincide com aquele obtido
pelo método da fonte de teste.
88 CAPÍTULO 6. EQUIVALENTES THÉVENIN E NORTON
3 Exercı́cios Sugeridos
+ + +
- - -
+
-
Circuitos em Ponte e
Conversão ∆ − Y
Quando os circuitos são formados por diversas partes que estão em śerie ou em
paralelo, é possı́vel utilizar uma estratégia onde as parte puramente em série
ou em paralelo vão sendo sequencialmente substituı́das por seus respectivos
resistores equivalentes.
+
-
89
90 CAPÍTULO 7. CIRCUITOS EM PONTE E CONVERSÃO ∆ − Y
1 Circuitos em Delta ou Y
Uma das formas que podem ser utilizadas para obter a resistência equi-
valente de um circuito (ou de uma determinada parte dele) é conversão de
estruturas ∆ em Y , e vice-versa.
-
+
+
-
+
-
-
+
+
-
+
-
100·125
R1 = 100+125+25 = 50Ω
100·25
R2 = 100+125+25 = 10Ω (7.1)
25·125
R3 = 100+125+25 = 12, 5Ω
+
+
-
+
-
-
+
+
-
40V
I= = 0, 5A
5 + 50 + (50k50)
V5Ω = 0, 5A · 5Ω = 2, 5V
I1 = 0, 5A · 50k50
50 = 0, 25A
Uma vez que I1 é a corrente que passa pelo resistor de 40Ω, temos que:
2. PONTE EQUILIBRADA 93
2 Ponte Equilibrada
Analisando mais uma vez o circuito em ponte, mostrado na figura 7.1, existe
uma determinada configuração de valores para os resistores R1 , R2 , R3 e R4
que zera a corrente em R5 . Nesta configuração, a ponte é dita em equilı́brio.
+
-
Por divisor de tensão, temos que as tensões nos nós a e b são dadas por
(divisor de tensão):
94 CAPÍTULO 7. CIRCUITOS EM PONTE E CONVERSÃO ∆ − Y
R3 R4
Va = E · e Vb = E · (7.2)
R1 + R3 R2 + R4
Va − Vb = 0 ⇒ Va = Vb
⇒ E · R1R+R
3
= E · R2R+R
4
3 4 (7.3)
⇒ R3 (R2 + R4 ) = R4 (R1 + R3 )
⇒ R2 R3 = R1 R4
R2 R3 = R1 R4
3 Exercı́cios Sugeridos
+
-
+
+
- -
- +
+
- -
+
-
Simetria em Circuitos
Resistivos
Assim, não basta que os padrões do circuito se repitam, mas que sejam
simétricos em relação aos terminais a partir dos quais são analisados.
97
98 CAPÍTULO 8. SIMETRIA EM CIRCUITOS RESISTIVOS
Analisando o circuito mostrado na figura 8.1, é possı́vel perceber que não ha-
veria alteração se rotacionássemos a figura em torno do eixo entre os terminais
abertos, a e b, (simetria vertical) ou perpendicularmente a este eixo (simetria
horizontal).
Considere que uma corrente I está entrando pelo terminal a (e saindo pelo
terminal b) do circuito mostrado na figura 8.1. Note que o caminho da parte
superior do circuito é igual ao da parte inferior, logo a corrente I deve se
dividir igualmente entre os ramos conectados ao nó n1 . De maneira análoga,
1. DEFINIÇÃO DAS RELAÇÕES ENTRE CORRENTES 99
os caminho chegando no nó b também são iguais e também devem passar por
eles uma corrente de mesma magnitude. Na figura 8.3, é ilustrado o processo
de definição da relação entre as correntes no circuito da figura 8.1.
+
-
Ia = Id = I2
Ie = I
Ib = I1 (8.1)
I − Ic = I1
e
io = Ic − Ib = I − 2I1
+
-
Figura 8.5: Exemplo de utilização de simetria.
4Ic R − Ia R − Ib R − Id R − Ie R = 0
(8.2)
4Ie R − Ia R − Ic R − Id R = Es
4IR − I2 R − (I − I1 )R − I2 R
= Es
(8.3)
2IR − 5I1 R = 0
⇒
2IR + I1 R = Es
5Es 2Es
I= e I1 =
12R 12R
Logo:
Es
io = I − 2I1 =
12R
102 CAPÍTULO 8. SIMETRIA EM CIRCUITOS RESISTIVOS
entre n′6 e n′7 é suprida pela parte superior do circuito. Da mesma forma, a
corrente que passa pelo resistor de 2R conecto entre n′′6 e n′′7 é suprida pela
parte inferior do circuito.
Assim, não há corrente passando entre n′6 e n′′6 ou entre n′7 e n′′7 e o circuito
pode ser visto como ilustrado no último quadro da figura 8.6.
′
Este circuito pode ser visto como duas resistências Req em paralelo, como
ilustrado na figura 8.7.
′ 14
Req = R + (Rk4R) + R = R (8.4)
5
′ ′ 7
Req = Req kReq = R (8.5)
5
′
Na análise da simetria vertical, as resistências equivalentes parciais (Req )
aparecem em paralelo. Na simetria horizontal as resistências aparecem em
série.
104 CAPÍTULO 8. SIMETRIA EM CIRCUITOS RESISTIVOS
4 Observação
É importante tomar cuidado para não confundir circuitos com estruturas si-
milares com simetria.
Superposição e Máxima
Transferência de Potência
1 Superposição
105
106CAPÍTULO 9. SUPERPOSIÇÃO E MÁXIMA TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA
+
+
- -
+
+
- -
Analisando o circuito, temos que a tensão v3′ pode ser calculada como a
tensão no equivalente dos resistores de 3Ω, 2Ω e 4Ω, Req .
Aplicando o divisor de tensão entre Req e 6Ω, temos que a tensão vReq = v3′
1. SUPERPOSIÇÃO 107
é dada por:
2
v3′ = 120 · = 30V (9.2)
2+6
Por sua vez, o efeito da fonte de corrente sobre o resistor de 3Ω, v3′′ , pode
ser obtido analisando o circuito mostrado na figura 9.3.
Neste caso, é possı́vel utilizar o método dos nós para determinar v3′′ .
1
6 +
1
3 + 1
2 v3′′ − v2b = 0 v3′′ − v2b = 0
v3′′ = v ′′ (9.3)
−2 + 1
4 + 12 vb = −12 − 23 + 3v4b = −12
0 −0, 5
−12 0, 75
v3′′ = = −12V (9.4)
1 −0, 5
−0, 5 0, 75
108CAPÍTULO 9. SUPERPOSIÇÃO E MÁXIMA TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA
Vale destacar que fontes dependentes devem ser mantidas no circuito, não
sendo possı́vel retirá-las mesmo na análise com base no princı́pio da super-
posição.
2. MÁXIMA TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA 109
+
-
PR L = V ·i
RL RL 2 (9.6)
VT h
= RT h +RL · RL
dPRL 2 (RT h + RL )2 − 2RL (RT h + RL )
= 0 ⇒ VT h =0 (9.7)
dRl (RT h + RL )4
+
-
+
+ -
- +
-
-
+
+ -
- +
-
VT h = Vab = I2 · 4 + I1 · 4 + 20 (9.9)
| {z } | {z }
V′ vφ
8I1 − 4I2 = 80
(9.10)
−4I1 + 12I2 = vφ
8I1 − 4I2 = 80
(9.11)
−8I1 + 12I2 = 0
80 −4 8 80
0 12 −8 0
I1 = = 15A e I2 = = 10A (9.12)
8 −4 8 −4
−8 12 −8 12
VT h = 40 + 60 + 20 = 120V (9.13)
Por sua vez, o valor de RT h pode ser obtido usando o método da fonte de
teste.
+
-
- +
-
IT = I1 + I2 (9.14)
em que:
VT − v φ VT VT
I1 = e I2 = = (9.15)
4 4 + (4k4) 6
Realizando o divisor de tensão, temos que a tensão vφ é dada por:
2 VT
v φ = VT · = (9.16)
6 3
Assim, temos que:
VT
VT − 3 VT
I1 = = (9.17)
4 6
Logo:
VT VT VT
IT = I1 + I2 = + = (9.18)
6 6 3
Assim, temos que RT h é dado por:
VT
RT h = = 3Ω (9.19)
IT
Desta forma, temos que a potência fornecida ao resistor R é máxima
quando R = 3Ω. Nesta situação, a potência fornecida é:
2 2
VT h 120
PR = ·R= · 3 = 1200W (9.20)
RT h + R 3+3
3 Exercı́cios Sugeridos
+
+ + +
- - -
+
+ -
-
Figura 9.10: Exercı́cio sugerido 01.
Capı́tulo 10
Resistor Não-Linear
+
+
- -
115
116 CAPÍTULO 10. RESISTOR NÃO-LINEAR
Desta forma, o resultado obtidos a partir deste exemplo podem ser facil-
mente aplicados na análise de uma grande gama de circuitos.
Es + iR + v = 0
(10.1)
⇒ iR + v = Es
Esta relação pode ser utilizada para definir uma relação entre a corrente
(i) e a tensão (v) que podem ser assumidos pelo elemento não linear, dado o
circuito no qual ele foi inserido.
Esta reta é denominada reta de carga e pode ser utilizada juntamente com
o gráfico da relação i × v do elemento não linear para analisar o circuito.
2 Exemplo 1
-
+
+
-
Neste exemplo, deve ser obtida a corrente io que está passando pelo resistor
não linear B.
+
+
-
+
+
- -
Figura 10.5: Exemplo 01: Equivalente Thévenin mais o resistor não linear.
2.5V − v
io = (10.3)
100Ω
A ideia básica par lidar com estes casos é encontrar o equivalente da as-
sociação de elementos não lineares, como base nos gráficos dos elementos.
não lineares.
120 CAPÍTULO 10. RESISTOR NÃO-LINEAR
+
+
- -
10 − v
i= (10.4)
250Ω
i = i1 + i2 (10.5)
-
+
+
+
- -
+
+
- -
Note que, para este circuito, a reta de carga também é dada por:
10 − v
i= (10.6)
250Ω
v = v1 + v2 (10.7)
Na figura 10.14, é possı́vel identificar que os valores das tensões nos resis-
tores do circuito original são: v1 = 3.3V e v2 = 2.2V .
124 CAPÍTULO 10. RESISTOR NÃO-LINEAR
Indutores e Capacitores
1 Indutor
(11.1)
125
126 CAPÍTULO 11. INDUTORES E CAPACITORES
-
+
A
L = µN 2 · (11.2)
d
Durante este curso, os indutores (a não ser em caso explicito) serão conside-
rados sempre como lineares e ideias.
-
+
di
v =L· (11.3)
dt
Da equação (11.3), percebe-se que:
Por sua vez, a corrente no indutor pode ser obtida a partir da equação
(11.3) como segue:
⇒ v = L · di
dt
v dt = L · di dt
dt
L · di = v · dt (11.4)
Z i(t) Rt
L· dx = t0
v · dτ
i(t0 )
1 t
R
⇒ i(t) = L t0 v · dτ + i(t0 )
Z t
1
i(t) = v · dτ + i(0) (11.5)
L 0
P =v·i (11.6)
128 CAPÍTULO 11. INDUTORES E CAPACITORES
di
P =L ·i (11.7)
dt
Z t
1
P =v v · dτ + i(0) (11.8)
L 0
dW
P = (11.9)
dt
Temos que:
dW
⇒ = i · L · di
dt dt
dW = i · L · di
Z W (t) R i(t) (11.10)
dx = L 0 y · dy
0
1
⇒ W (t) = 2L · i(t)2
L No desenvolvimento acima, subentende-se que a referência para energia zero
corresponde a uma corrente zero no indutor.
2 Capacitor
(11.11)
2. CAPACITOR 129
Um indutor pode ser constituı́do pode ser formado por duas placas paralelas
separadas por um material isolante, como indicado na figura 11.3.
-
L
Figura 11.3: Capacitor de placas.
A
C =ε· (11.12)
d
dv
i=C· (11.13)
dt
130 CAPÍTULO 11. INDUTORES E CAPACITORES
-
Figura 11.4: Sı́mbolo do capacitor.
Por sua vez, a tensão no capacitor pode ser obtida a partir da equação
(11.13) como segue:
⇒ i = C · dv
dt
i dt = C · dv dt
dt
C · dv = i · dt (11.14)
Z v(t) Rt
C· dx = t0
i · dτ
v(t0 )
1
R t
⇒ v(t) = C t0 i · dτ + v(t0 )
Z t
1
v(t) = i · dτ + v(0) (11.15)
C 0
P =v·i (11.16)
dv
P =C ·v (11.17)
dt
Por sua vez, substituindo a equação (11.15) na fórmula de potência, temos
que:
Z t
1
P =i i · dτ + v(0) (11.18)
C 0
dW
P = (11.19)
dt
Temos que:
dW
⇒ = v · C · dv
dt dt
dW = v · C · dv
Z W (t) R v(t) (11.20)
dx = C 0 y · dy
0
1
⇒ W (t) = 2C · v(t)2
No desenvolvimento acima, subentende-se que a referência para energia
zero corresponde a uma tensão zero no capacitor.
132 CAPÍTULO 11. INDUTORES E CAPACITORES
3 Combinações de Indutores
- - -
+
+ +
- +
Figura 11.5: Indutores em série.
v = v1 + v2 + v3 (11.21)
di di di
v 1 = L1 , v 2 = L2 e v 3 = L3 (11.22)
dt dt dt
Logo, a tensão nos terminais do ramo composto por L1 , L2 e L3 é dada
por:
v = v1 + v2 + v3
di (11.23)
= (L1 + L2 + L3 )
dt
Desta forma, tem-se que a associação em série de indutores pode ser tra-
tada como um único indutor equivalente, como indicado na figura 11.6.
- - -
+ +
+
- -
+
Figura 11.6: Equivalente de indutores em série.
Leq = L1 + L2 + L3 (11.24)
Leq = L1 + L2 + · · · + Ln (11.25)
Divisor de tensão
di
v Lx = Lx · (11.26)
dt
di
v = Leq · (11.27)
dt
Lx
v Lx = v · (11.28)
Leq
134 CAPÍTULO 11. INDUTORES E CAPACITORES
+
-
v L1 = v L2 = v L3 = v
(11.29)
i = i1 + i2 + i3
Z t Z t
1 1
i1 = vdτ + i1 (t0 ) ; i2 = vdτ + i2 (t0 )
L1 t0 L2 t0
(11.30)
Z t
1
e i3 = vdτ + i3 (t0 )
L3 t0
Desta forma, tem-se que a corrente total entrando nos indutores, i, é dada
por:
3. COMBINAÇÕES DE INDUTORES 135
i= i1 + i 2 + i 3
Z t
1 1 1
(11.31)
= + + vdτ + i1 (t0 ) + i2 (t0 ) + i3 (t0 )
L1 L2 L3
} t0
| {z }
| {z i(t0 )
1
Leq
+ +
- -
−1
1 1
Leq = L1 + L2 + · · · L1n
(11.32)
i(t0 ) = i1 (t0 ) + i2 (t0 ) + · · · + in (t0 )
Divisor de corrente
Caso a corrente total (i) entrando nos indutores seja conhecida, é possı́vel
obter a corrente em um deles a partir de divisor de corrente.
diLx di
v Lx = v ⇒ Lx · = Leq · (11.33)
dt dt
136 CAPÍTULO 11. INDUTORES E CAPACITORES
Lx · diLx = Leq · di
Leq
diLx = Lx · di
Z iLx (t) Z i(t) (11.34)
Leq
dy = · dz
iLx (t0 ) Lx i(t0 )
Leq
iL x = Lx · i − i(t0 ) + iLx (t0 )
Leq
iL x = · i − i(t0 ) + iLx (t0 ) (11.35)
Lx
Note que, para o indutor, o divisor de corrente deve levar em conta também
a corrente inicial nele e que está entrando no nó.
Leq
iL x = ·i (11.36)
Lx
4. COMBINAÇÕES DE CAPACITORES 137
4 Combinações de Capacitores
+
- - -
+ +
+
-
Figura 11.9: Capacitores em série.
v = v1 + v2 + v3 (11.37)
Z t Z t
1 1
v1 = idτ + v1 (t0 ) ; v2 = idτ + v2 (t0 )
C1 t0 C2 t0
(11.38)
Z t
1
e v3 = idτ + v3 (t0 )
C3 t0
v= v1 + v2 + v3
Z t
1 1 1
(11.39)
= + + idτ + v1 (t0 ) + v2 (t0 ) + v3 (t0 )
C1 C2 C3
} t0
| {z }
| {z v(t0 )
1
Ceq
- - -
+
+ +
+
-
+
-
Figura 11.10: Equivalente de capacitores em série.
−1
1 1
Ceq = C1 + C2 + · · · C1n
(11.40)
v(t0 ) = v1 (t0 ) + v2 (t0 ) + · · · + vn (t0 )
Divisor de tensão
dvCx dv
iC x = i ⇒ Cx · = Ceq · (11.41)
dt dt
Cx · dvCx = Ceq · dv
Ceq
dvCx = Cx · dv
Z vCx (t) Z v(t) (11.42)
Ceq
dy = · dz
vCx (t0 ) Cx v(t0 )
Ceq
v Cx = Cx · v − v(t0 ) + vCx (t0 )
Ceq
v Cx = · v − v(t0 ) + vCx (t0 ) (11.43)
Cx
Note que, para o capacitor, o divisor de tensão deve levar em conta também
a tensão inicial nele e no ramo.
Ceq
v Cx = ·v (11.44)
Cx
+
-
v C1 = v C2 = v C3 = v
(11.45)
i = i1 + i2 + i 3
dv dv dv
i1 = C 1 , i2 = C 2 e i3 = C 3 (11.46)
dt dt dt
i= i1 + i2 + i3
dv (11.47)
= (C1 + C2 + C3 )
| {z } dt
Ceq
+ +
- -
Ceq = C1 + C2 + · · · + Cn (11.48)
Divisor de corrente
Caso a corrente total (i) entrando nos capacitores seja conhecida, é possı́vel
obter a corrente em um deles a partir de divisor de corrente.
dv
iC x = C x · (11.49)
dt
dv
i = Ceq · (11.50)
dt
Cx
iC x = i · (11.51)
Ceq
142 CAPÍTULO 11. INDUTORES E CAPACITORES
Capı́tulo 12
Resposta Natural e ao
Degrau
Neste capı́tulo, circuito simples são utilizados para ilustrar a análise de circuito
com indutores, capacitores e resistores.
Vale destacar que, as análises podem ser aplicadas na maioria dos circuitos,
sendo possı́vel aplicar os equivalentes Thevenin e Norton para reduzir circuitos
aos formatos utilizados nas análises apresentadas a seguir.
É assumido que a chave estava fechada por um longo tempo até que, em
t=0s, ela é aberta. Qual o comportamento da tensão e corrente sobre o resistor
∀t ≥ 0s?
143
144 CAPÍTULO 12. RESPOSTA NATURAL E AO DEGRAU
Análise:
diL
vL = L · (12.1)
dt
-
+
-
+
di
L + iR = 0 (12.4)
dt
di R
= − dt
i L
Z i(t) Z
dx R t
= − dy (12.5)
i(0) x L 0
i(t) R
ln = − t
i(0) L
R
i(t) = i(0) · e− L t , ∀t ≥ 0 (12.6)
onde i(0) é o valor da corrente i (que passa pelo indutor) no instante em que a
chave é aberta, t = 0. Como a corrente no indutor não varia instantaneamente,
i(0+ ) = i(0− ) = i(0) = Is .
Uma vez obtida a corrente i(t), a tensão v pode ser obtida através da
equação da tensão no resistor
R
v = R · i = RIs · e− L t , ∀t ≥ 0 (12.7)
146 CAPÍTULO 12. RESPOSTA NATURAL E AO DEGRAU
Is , ∀t < 0
iL = R (12.8)
I s · e− L t , ∀t ≥ 0
Por sua vez, a tensão no indutor, vL , por ser obtida de duas formas:
diL
v + vL = 0 ou vL = L · (12.10)
dt
R
vL = −RIs · e− L t , ∀t ≥ 0 (12.11)
R R
P = vL · iL = −Is Re− L t · Is e− L t , ∀t ≥ 0
(12.12)
R
⇒P = −Is2 Re−2 L t , ∀t ≥ 0
O sinal negativo indica que, para t ≥ 0, o indutor está fornecendo energia ao
sistema.
Por sua vez, a energia fornecida pelo indutor após a abertura da chave é
dada por:
Z t Z t
R
W = P dx = −Is2 Re−2 L x dx
0 0
L
W =
R
· Is2 R e−2 L t − 1 (12.13)
2R
L R
⇒ W = − · Is2 1 − e−2 L t
2
L
Note que, para t suficientemente grande (t ≫ R ):
R
e−2 L t → 0
Logo:
L 2 L
W =− ·I , para t ≫ (12.14)
2 s R
Mais uma vez, o sinal negativo indica que o montante de energia foi fornecido,
ao invés de recebido, pelo indutor.
R
Para um circuito RL, o coeficiente de t na exponencial, L, determina a taxa
na qual a corrente ou tensão se aproxima do valor final (0A ou 0V).
L
constante de tempo ⇒ τ = (12.15)
R
t
O termo e− τ decai na seguinte razão:
τ
t = τ ⇒ e− τ =∼ 0, 37 4τ
t = 4τ ⇒ e− τ = ∼ 0, 018
t = 2τ ⇒ e − 2τ
τ ∼
= 0, 14 t = 4τ ⇒ e − 5τ
τ ∼
= 0, 007
t = 3τ ⇒ e τ ∼
− 3τ
= 0, 05
Assim, para t > 4τ , o sinal já estará a menos de 2% do valor final (atingido
quando t → ∞). Para t > 5τ , o sinal já estará a menos de 1% do valor final.
2. RESPOSTA NATURAL DE UM CIRCUITO RC 149
+
+
- -
Análise:
(12.16)
Logo, o capacitor se torna um circuito aberto. Uma vez que não existe
corrente passando por Rs , a tensão no capacitor é a própria tensão da fonte,
E.
-
+
+
-
vc + v = 0
(12.17)
⇒ v = −vc
ic = i
C · dvc = R
v
dt (12.18)
C · dvc = − vRc
dt
⇒ dvc = −vc · 1
dt RC
dvc 1
= − dt
vc RC
Z vc (t) Z t
dx 1
= − dy (12.19)
vc (0) x RC 0
vc (t) 1
ln = − t
vc (0) RC
t
vc (t) = vc (0) · e− RC , ∀t ≥ 0 (12.20)
−E , ∀t < 0
vc = t (12.21)
−E · e− RC , ∀t ≥ 0
t
vc = −E 1 − U−1 (t) −Ee− RC U−1 (t)
(12.22)
| {z } | {z }
vc ,∀t<0 vc ,∀t≥0
0, ∀t < 0 0, ∀t < 0
v= = t (12.23)
−vc (t), ∀t ≥ 0 E · e− RC (t), ∀t ≥ 0
0, ∀t < 0 0, ∀t < 0
ic = v = E t
− RC (12.24)
R, ∀t ≥ 0 R ·e (t), ∀t ≥ 0
0, ∀t < 0
i= E t
− RC (12.25)
R ·e (t), ∀t ≥ 0
t E − t
P = vc · ic = −Ee− RC · e RC , ∀t ≥ 0
R
(12.26)
E2 t
⇒ P = − e−2 RC , ∀t ≥ 0
R
Por sua vez, a energia fornecida pelo capacitor após a mudança na posição
da chave é dada por:
Z t Z t
E 2 −2 1 x
W = P dx = − e RC dx
0 0 R
−RC E 2 −2 t
(12.27)
W =− · e RC − 1
2 R
E2C R
⇒W =− 1 − e−2 L t
2
t
e−2 RC → 0
2. RESPOSTA NATURAL DE UM CIRCUITO RC 153
Logo:
C L
W =− · E2, para t ≫ (12.28)
2 R
+
+
+ +
- - -
Análise:
vR + vL = E (12.29)
diL
R · iL + L =E (12.30)
dt
diL 1
= (E − R · iL )
dt L
diL R E
= − iL −
dt L R
diL R
= − dt
iL − ER
L (12.31)
Z iL (t) Z t
dx R
= − dy
iL (0) x− ER
L 0
!
iL (t) − E
R R
ln = − t
iL (0) − E
R
L
E E R
iL (t) − = iL (0) − · e− L t , ∀t ≥ 0 (12.32)
R R
onde iL (0) é o valor da corrente iL no instante em que a chave é aberta, t = 0.
Como a corrente no indutor não varia instantaneamente, iL (0+ ) = iL (0− ) =
iL(0) = I0 .
I0 , ∀t < 0
iL = E E
−R (12.33)
+ I0 − ·e Lt , ∀t ≥ 0
R R
ou
E E −R t
iL = I0 1 − U−1 (t) + + I0 − · e L U−1 (t) (12.34)
| {z } R R
iL ,∀t<0
| {z }
iL ,∀t≥0
0, ∀t < 0 0, ∀t < 0
vR = = R (12.35)
RiL , ∀t ≥ 0 E + (I0 R − E) · e− L t , ∀t ≥ 0
156 CAPÍTULO 12. RESPOSTA NATURAL E AO DEGRAU
Por sua vez, a tensão no indutor, vL , por ser obtida de duas formas:
diL
vR + vL = E ou vL = L · (12.36)
dt
0, ∀t < 0 0, ∀t < 0
vL = = R (12.37)
E − vR , ∀t ≥ 0 − (I0 R − E) · e− L t , ∀t ≥ 0
diL
vL = L
dt
d E E R
· e− L t U−1
= L· I0 1 − U−1 + + I0 −
dt R R
(12.38)
h i
E E −R t
= −LI0 U0 + L R
+ I0 − R
·e L U0
R
E
· e− L t U−1 (t)
+L · −R
L
I0 − R
Uma vez que a função impulso unitário só é diferente de zero para t = 0,
podemos simplificar o seguinte termo:
R R
h i h i
E
R
+ I0 − E
R
· e− L t U 0 = E R
+ I0 − E
R
· e−0 L U0
= I0 U 0
R
E
· e− L t U−1 (t)
vL = −LI0 U0 + LI0 U0 + L · −R I0 −
R
L R (12.39)
= − (I0 R − E) · e− L t U−1 (t)
E
iL (t → ∞) = (12.40)
R
t
iL (t) = If + (Ii − If ) · e− τ (12.41)
Análise:
I s = iR + ic (12.42)
4. RESPOSTA AO DEGRAU DE UM CIRCUITO RC 159
vc dvc
+C = Is (12.43)
R dt
dvc 1 vc
= Is −
dt C R
dvc 1
= − (vc − Is R)
dt RC
dvc 1
= − dt
(vc − Is R) RC (12.44)
Z vc (t) Z t
dx 1
= − dy
vc (0) x − Is R RC 0
vc (t) − Is R 1
ln = − t
vc (0) − Is R RC
t
vc (t) − Is R = (vc (0) − Is R) · e− RC , ∀t ≥ 0 (12.45)
V0 , ∀t < 0
vc = t (12.46)
Is R + (V0 − Is R) · e− RC , ∀t ≥ 0
ou
h t
i
vc = V0 U−1 (−t) + Is R + (V0 − Is R) · e− RC U−1 (t) (12.47)
160 CAPÍTULO 12. RESPOSTA NATURAL E AO DEGRAU
0, ∀t < 0 0, ∀t < 0
iR = vc = V0
t (12.48)
R, ∀t ≥ 0 Is + R − Is · e− RC , ∀t ≥ 0
Por sua vez, a corrente no capacitor, ic , por ser obtida de duas formas:
dvc
ic = I s − iR ou ic = C · (12.49)
dt
Pela primeira equação e sabendo que ic = 0A para t < 0, temos que:
0, ∀t < 0 0, ∀t < 0
ic = = V0
t
− RC (12.50)
I s − iR , ∀t ≥ 0 − R − Is · e , ∀t ≥ 0
dvc
ic = C
dt n
d h t
i o
= C· V0 1 − U−1 + Is R + (V0 − Is R) · e− RC U−1
dt
h t
i
= −CV0 U0 + C Is R + (V0 − Is R) · e− RC U0 (12.51)
t
+C · −1
RC
(V0 − Is R) · e − RC
U−1 (t)
V0 t
= − − Is · e− RC U−1 (t)
R
vc (t → ∞) = Is R (12.52)
t
vc (t) = Vf + (Vi − Vf ) · e− τ (12.53)
5 Solução Geral
n t−t0
o
x(t) = xf + [x(t0 ) − xf ] e− τ , ∀t ≥ t0 (12.54)
em que:
t0 → Instante de chaveamento
τ → Constante de tempo do circuito
xf → Valor final da grandeza
x(t0 ) → Valor da grandeza no instante de chaveamento
Circuitos RLC
Neste capı́tulo, circuito simples são utilizados para ilustrar a análise de circuito
com indutores, capacitores e resistores.
Vale destacar que, as análises podem ser aplicadas na maioria dos circuitos,
sendo possı́vel aplicar os equivalentes Thévenin e Norton para reduzir circuitos
aos formatos utilizados nas análises apresentadas a seguir.
+ +
- -
163
164 CAPÍTULO 13. CIRCUITOS RLC
Análise:
il + ic + ir = 0 (13.1)
Z t
1 dv v
vdx + I0 +c + =0 (13.2)
L 0 dt R
Derivando a equação (13.2) em função do tempo e dividindo ambos os
lados por C, temos:
d2 v 1 dv 1
2
+ + v=0 ∀t ≥ 0 (13.3)
dt RC dt LC
A equação (13.3) tem solução do tipo:
1 1
As2 est + Asest + Aest = 0 (13.5a)
RC LC
1 1
⇒Aest s2 + s+ =0 (13.5b)
RC LC
1 1
s2 + s+ =0
RC LC
s (13.6)
2
1 1 1
⇒ s1,2 = − ± −
2RC 2RC LC
1. RESPOSTA NATURAL DE UM CIRCUITO RLC 165
Ou ainda:
q 1
s1 = −α + α2 − ω02
α=
2RC
q , 1 (13.7)
s2 = −α − α2 − ω 2 ω0 = √
0
LC
Dado que:
v(t) = A1 es1 t + A2 es2 t
(13.8)
v̇(t) = A1 s1 es1 t + A2 s2 es2 t
Temos que:
v(0+ ) = A1 + A2
(13.9)
v̇(0+ ) = A1 s1 + A2 s2
ic (t)
ic (t) = C v̇(t) ⇒ v̇(t) = (13.10)
C
ic (0+ )
v̇(0+ ) = (13.11)
C
Desta forma, podemos obter o seguinte sistema referente às condições ini-
ciais: (
A1 + A2 = v(0+ ) = V0
ic (0+ ) −I0 −
V0 (13.13)
A1 s1 + A2 s2 = v̇(0+ ) = C = C
R
Exercı́cio Proposto:
+ +
- -
q q
s1 = −α + α2 − ω02 e s2 = −α − α2 − ω02
Superamortecido (α > ω0 ):
p
Para α > ω0 , temos que a raiz α2 − ω02 é um número real.
Subamortecido (α < ω0 ):
p
Para α < ω0 , temos que a raiz α2 − ω02 resulta em um número imaginário.
q
s1,2 = −α ± jωd 2
ωd = ω0 − α 2 (13.14)
B1 = (A1 + A2 ) ∈ R
(13.17)
B2 = j(A1 − A2 ) ∈ R
v(0+ ) + +
A1 =
2 − j [αv(0 2ω
)+v̇(0
d
)]
(13.19)
v(0+ ) +
)+v̇(0+ )]
j [αv(0 2ω
A2 = 2 + d
Logo:
Note que este tipo de resposta se caracteriza por um sinal senoidal que vai
sendo atenuado (pelo termo e−αt ) ao longo tempo. Por esta razão, o circuito
é dito subamortecido.
2. CARACTERÍSTICAS DAS RESPOSTAS 169
(
B1 = v(0+ )
ic (0+ ) (13.21)
−αB1 + ωd B2 = v̇(0+ ) = C
Criticamente amortecido (α = ω0 ):
p
Para α = ω0 , temos que a raiz α2 − ω02 é zero e s1 = s2 = −α.
em que A0 = A1 + A2 .
Note que a equação (13.22) não pode satisfazer duas condições iniciais
independentes;
(
D2 = v(0+ )
ic (0+ ) (13.24)
D1 − αD2 = v̇(0+ ) = C
Exercı́cio Proposto:
+ +
- -
+ +
- -
Análise:
il + ic + ir = I s ∀t ≥ 0 (13.25)
Z t
1 dv v
vdx + I0 +c + =0 (13.26)
L 0 dt R
d2 v 1 dv 1
2
+ + v=0 ∀t ≥ 0 (13.27)
dt RC dt LC
Para obter il , é possı́vel utilizar uma abordagem indireta onde, após obter
v, il é calculado utilizando a relação (13.25).
A1 es1 t + A2 es2 t (α > ω0 )
v= e−αt (B1 cos ωd t + B2 sin ωd t) (α < ω0 ) ∀t ≥ 0 (13.28)
−αt
e (D1 t + D2 ) (α = ω0 )
1
il + R (A1 es1 t + A2 es2 t ) + C (A1 s1 es1 t + A2 s2 es2 t ) = Is
1
il = I s − R (A1 es1 t + A2 es2 t ) − C (A1 s1 es1 t + A2 s2 es2 t )
s1 t −1 s2 t −1 (13.29)
il = I s + e − Cs1 A1 + e − Cs2 A2
R R
| {z } | {z }
A′1 A′2
′ st
A1 e 1 + A′2 es2 t (α > ω0 )
il = I s + e−αt (B ′ cos ωd t + B2′ sin ωd t) (α < ω0 ) ∀t ≥ 0 (13.30)
−αt 1′
e (D1 t + D2′ ) (α = ω0 )
4. SOLUÇÃO GERAL 173
4 Solução Geral
A1 es1 t + A2 es2 t (α > ω0 )
x(t) = Xf + e−αt (B1 cos ωd t + B2 sin ωd t) (α < ω0 ) ∀t ≥ 0
−αt
e (D1 t + D2 ) (α = ω0 )
(13.31)
em que:
p
s1,2 = −α ± α2 − ω02
1
α = 2RC
1
ω0 = √LC
p
ωd = ω02 − α2
Xf (Valor final)
Exercı́cio Proposto:
+ +
- -
- -
+
+
+ +
- -
Análise:
vr + vl + vc = 0 ∀t ≥ 0 (13.32)
Z t
di 1
iR + L + idx + V0 =0 (13.33)
dt C 0
d2 i R di 1
2
+ + i=0 ∀t ≥ 0 (13.34)
dt L dt LC
R 1
As2 est + Asest + Aest = 0 (13.36a)
L LC
st 2 R 1
⇒Ae s + s+ =0 (13.36b)
L LC
R 1
s2 + s+ =0
L LC
s (13.37)
2
R R 1
⇒ s1,2 = − ± −
2L 2L LC
Ou ainda:
q R
s1 = −α + α2 − ω02
α= (rad/s)
2L
q , 1 (13.38)
s2 = −α − α2 − ω 2
0 ω0 = √ (rad/s)
LC
A1 es1 t + A2 es2 t (α > ω0 )
i= e−αt (B1 cos ωd t + B2 sin ωd t) (α < ω0 ) ∀t ≥ 0 (13.39)
−αt
e (D1 t + D2 ) (α = ω0 )
Exercı́cio Proposto:
- -
+
+
+ +
+
- - -
Análise:
v r + v l + v c = Es ∀t ≥ 0 (13.40)
Z t
di 1
iR + L + idx + V0 = Es (13.41)
dt C 0
d2 i R di 1
+ + i=0 ∀t ≥ 0 (13.42)
dt2 L dt LC
A1 es1 t + A2 es2 t (α > ω0 )
i= e−αt (B1 cos ωd t + B2 sin ωd t) (α < ω0 ) ∀t ≥ 0 (13.43)
−αt
e (D1 t + D2 ) (α = ω0 )
Uma vez obtida a expressão de i(t) e com base na equação (13.40), pode-
mos encontrar os outros parâmetros do circuito.
v c = Es − v r − v l
vc = Es − R (A1 es1 t + A2 es2 t ) − L (A1 s1 es1 t + A2 s2 es2 t )
vc = Es + es1 t (−R − Ls1 )A1 + es2 t (−R − Ls2 )A2 (13.44)
| {z } | {z }
A′1 A′2
⇒ vc = Es + A′1 es1 t + A′2 es2 t
′ st
A1 e 1 + A′2 es2 t (α > ω0 )
v c = Es + e−αt (B ′ cos ωd t + B2′ sin ωd t) (α < ω0 ) ∀t ≥ 0 (13.45)
−αt 1′
e (D1 t + D2′ ) (α = ω0 )
7. SOLUÇÃO GERAL 179
7 Solução Geral
A1 es1 t + A2 es2 t (α > ω0 )
x(t) = Xf + e−αt (B1 cos ωd t + B2 sin ωd t) (α < ω0 ) ∀t ≥ 0
−αt
e (D1 t + D2 ) (α = ω0 )
(13.46)
em que:
p
s1,2 = −α ± α2 − ω02
R
α = 2L
1
ω0 = √LC
p
ωd = ω02 − α2
Xf (Valor final)
Exercı́cio Proposto:
- -
+
+ +
+
- - -
8 Circuitos Chaveados
Exercı́cio Ilustrativo:
No circuito mostrado na figura 13.10, a chave ch1 está na posição 1 há muito
tempo quando, em t = 0s, muda para a posição 2. A chave fica na posição 2
até o instante t0 = 2RC, quando passa para a posição 1 novamente. A chave
permanece na posição 1 por um perı́odo T = 5RC, mudando então para a
posição 3 (onde permanece). A fim de permitir o esboço das curvas de v(t) e
q
L
iL (t), considere que R > 2 C e que E > 2IR.
+
+
- -
Análise:
Uma vez que foi assumido que o circuito inicia com a chave na posição
1, tendo permanecido muito tempo antes da primeira mudança, os valores de
v(t) e iL (t) ∀t < 0 são iguais a v(0− ) e iL (0− ) (onde t = 0− é o instante
imediatemente antes da mudança para a posição 2).
+
+
- -
Para o circuito com o capacitor, temos que depois de “muito tempo” qual-
quer energia armazenada no capacitor teria sido dissipada pelo resistor. Já no
circuito associado a iL , temos que não pode haver corrente circulando, pois
não existe uma malha fechada. Desta forma, temos que:
v(0− ) = 0V v(t) = 0V
e ∀t < 0 (13.47)
iL (0− ) = 0A iL (t) = 0A
Uma vez que a corrente passando pelo capacitor é conhecida (iC = I)1 , a
tensão no capacitor pode ser obtida pela integral da corrente mais a tensão
1 Lembre que estamos considerando a convenção passiva, de modo que a corrente deve
I
v(t) = t , ∀0 ≤ t < t0 (13.48)
C
Por sua vez, o circuito com o indutor não mudou e iL (t) = 0A para
0 ≤ t < t0 .
figura 13.13.
I − I
v(t0 ) = v(t−
0)= t0 = 2RC = 2IR (13.49)
C C
(t−2RC)
v(t) = 2IRe− RC , ∀t0 ≤ t < t1 (13.50)
Mais uma vez, como o circuito com o indutor não mudou, iL (t) = 0A para
t0 ≤ t < t1 .
+
+
- -
Figura 13.14: Análise de circuito chaveado: passo 4.
(7RC−2RC)
v(t1 ) = v(t−
1 ) = 2IRe
− RC ≈ 0V (13.51)
- -
+
+
+
- -
(
v(t) = E + A1 e−s1 (t−t1 ) + A2 e−s2 (t−t1 )
iL (t) = 0 + A′1 e−s1 (t−t1 ) + A′2 e−s2 (t−t1 ) (13.52)
v(t1 ) = E + A1 + A2 = 0V
(13.53)
v(t˙ 1 ) = −s1A1 − s2 A2 = iCC(t1 ) = 0A
A1 = E s2−s
−s1 = E
2 √−s2 2
2 α −ωo2
(13.54)
A2 = E s2s−s
1
1
= E √ s21 2
2 α −ω o
Logo,
E h i
v(t) = E + p −s2 e−s1 (t−t1 ) + s1 e−s2 (t−t1 ) , ∀t ≥ t1 (13.55)
2 α2 − ωo2
(
iL (t1 ) = A′1 + A′2 = 0V
✘1✿✘ (t1✿
vR✘ ✘ 0 (13.56)
= −✘
0
˙ 1 ) = −s1A′ − s2 A′ = vl (t1 ) vc (t )− ✘ ) −E −E
iL (t 1 2 L L = L
A′1 = −E √−E
(s2 −s1 )L = 2L α2 −ω 2
E
o
(13.57)
A′2 = √E
s2 −s1 = 2L α2 −ω 2
o
Logo,
E h i
iL (t) = p −e−s1 (t−t1 ) + e−s2 (t−t1 ) , ∀t ≥ t1 (13.58)
2L α2 − ωo2
0 ,t < 0
I
Ct , 0 ≤ t < t0
(t−2RC)
v(t) = 2IRe− RC , t0 ≤ t < t1
√E −s1 (t−t1 )
+ s1 e−s2 (t−t1 )
E + 2 α2 −ωo2 −s2 e , t ≥ t1
(13.59)
(
0 , t < t1
iL (t) = √E2 −e−s1 (t−t1 ) + e−s2 (t−t1 ) , t ≥ t1 (13.60)
2L α −ωo2
Note que, como s1 < s2 , o termo −e−s1 (t−t1 ) demora mais a ir para zero
que o termo e−s2 (t−t1 ) . Logo, o gráfico da corrente deve assumir valores
negativos após a chave ir para a posição 3.
Capı́tulo 14
Transformada de Laplace
em Circuitos Elétricos
Até então, a transformada de Laplace foi utilizada apenas como uma ferra-
menta para solução de equações diferenciais.
187
188 CAPÍTULO 14. LAPLACE EM CIRCUITOS ELÉTRICOS
1 Transformação de Circuitos
1.1 Resistores
+ +
- -
1.2 Indutores
+ + +
-
- - + -
1.3 Capacitores
1 v(0)
V (s) = sC I(s) + s
1
Rt
v(t) = C 0
i(τ )dτ + v(0) ⇔ ou (14.3)
L
I(s) = C[sV (s) − v(0)]
+ + +
- - + -
-
Figura 14.3: Transformação de um capacitor.
1.4 Impedância
V (s)
Z(s) = (14.4)
I(s)
condições iniciais nulas
190 CAPÍTULO 14. LAPLACE EM CIRCUITOS ELÉTRICOS
Elemento Impedância
Resistor Z=R
Indutor Z = sL
Capacitor Z = 1/sC
Exercı́cio Proposto 1:
+
+
-
Solução:
+ -
+ +
-
-
Figura 14.5: Exemplo 1: circuito convertido.
3 3 1 2
I
1
1 + s − s I2 = 2 − s
− 3 I1 + I2 s + 5 + 3
= 2
+ 0.2
s s s
I1 (s + 3) − 3I2 = −1
−3I1 + I2 (s2 + 5s + 3)
= 2 + 0.2s
(s + 3) −1
−3 (2 + 0.2s) 1 s2 + 13s + 15
I2 = = · (14.6)
(s + 3) −3 5s s2 + 8s + 18
−3 (s2 + 5s + 3)
s2 +13s+15
Vo (s) = 0.2 s2 +8s+18 −1
1
z }| {
s2 + 8s + 18
= 0.2 2 + 5s−3
− 1 (14.7)
s + 8s + 18 s2 +8s+18
5s−3
= 0.2 · s2 +8s+18
√
r1,2 = −4 ± 2i
192 CAPÍTULO 14. LAPLACE EM CIRCUITOS ELÉTRICOS
L ω L s+b
e−bt sin ωt ⇒ e e−bt cos ωt ⇒
(s + b)2 + ω 2 (s + b)2 + ω 2
−4t
√ 4.6 √
vo (t) = e cos 2t − √ · sin 2t U−1 (t) (14.9)
2
L[saı́da]
H(s) = (14.12)
L[entrada]
condições iniciais nulas
Exercı́cio Proposto 2:
Solução:
+
+
-
+
+
-
3 3
I 1 1 + s − s I2 = X(s)
− 3 I1 + I2 s + 5 + 3
=0
s s
I1 (s + 3) − 3I2 = sX(s)
−3I1 + I2 (s2 + 5s + 3)
=0
(s + 3) sX(s)
−3 0 3X(s)
I2 = = (14.14)
(s + 3) −3 s2 + 8s + 18
−3 (s2 + 5s + 3)
3sX(s)
VoX (s) = (14.15)
s2 + 8s + 18
VoX (s) 3s
H(s) = = 2 (14.16)
X(s) s + 8s + 18
-
+ +
-
-
Figura 14.8: Exemplo 2: circuito considerando entrada nula.
I1 (s + 3) − 3I2 = −2
−3I1 + I2 (s2 + 5s + 3)
= 0, 2s + 2
(s + 3) −2
−3 (0, 2s + 2) 0, 2s + 2, 6
I2 = = (14.18)
(s + 3) −3 s2 + 8s + 18
−3 (s2 + 5s + 3)
0,2s2 +2,6s
VoCI (s) = s2 +8s+18
1
z }| {
s2 + 8s + 18
5s−18 (14.19)
= 0, 2 2 + s2 +8s+18 − 0, 2
s + 8s + 18
s−3,6
= s2 +8s+18
√
r1,2 = −4 ± 2i
√ 7, 6 √
voCI (t) = e−4t cos 2t − √ · sin 2t (14.21)
2
2. RESPOSTAS DE ESTADO NULO E ENTRADA NULA 197
3s 1
VoX = ·
s2 + 8s + 18 |{z}
s
| {z }
H(s) X(s)
(14.22)
3
= s2 +8s+18
3 √
vox (t) = √ e−4t · sin 2tU−1 (t) (14.24)
2
Assim, a resposta completa do circuito é dada por:
√ 4, 6 √
vo (t) = vox + voCI =e −4t
cos 2t − √ · sin 2t U−1 (t) (14.25)
2
d): Com base na função de transferência (equação 14.16) e considerando
x(t) = U−2 (t), temos que a resposta de estado nulo é dada por:
3s 1
VoX = · 2
s2 + 8s + 18 |{z}
s
| {z }
H(s) X(s) (14.26)
3
= s(s2 +8s+18)
h i
1 1 s+8 √
VoX (s) = 6 s − (s+4)2 +( 2)2
h √ i (14.29)
1 1 s+4 √ √4 2√
= 6 s − (s+4)2 +( 2)2
− 2
2 (s+4) +( 2) 2
1 √ 4 √
vox (t) = 1+e −4t
− cos 2t − √ · sin 2t U−1 (t) (14.30)
6 2
1 −4t
√ 49, 6 √
vo (t) = 1+e 5 cos 2t − √ · sin 2t U−1 (t) (14.31)
6 2
3. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 199
3 Exercı́cios de Fixação
Exercı́cio Proposto 3:
+ + +
+ +
- - - -
Exercı́cio Proposto 4:
4 Resposta ao Impulso
L
y(t) = h(t) ∗ U0 (t) ⇔ Y (s) = H(s) · 1
L (14.33)
⇒ Y (s) = H(s) ⇔ y(t) = h(t)
Por sua vez, o teorema do valor final permite determinar o valor de deter-
minado parâmetro do circuito após este atingir o regime permanente, sem a
necessidade de calcular a transformada inversa.
Exercı́cio Proposto 5:
Solução:
3s s − 3, 6
Vo (s) = · X(s) + 2 (14.36)
s2 + 8s + 18 s + 8s + 18
3s2 X(s)2
vo (0) = lim + s2s+8s+18
s2 +8s+18
−3,6s
s→∞
2 2 (14.37)
lim s3s X(s)
2 +8s+18 + lim s2s+8s+18
−3,6s
s→∞ s→∞
s2 − 3, 6s 2s − 3, 6 2
lim = lim = lim =1 (14.38)
s→∞ s2 + 8s + 18 s→∞ 2s + 8 s→∞ 2
202 CAPÍTULO 14. LAPLACE EM CIRCUITOS ELÉTRICOS
1 1
Para x(t) = U−1 (t) e x(t) = U−2 (t), temos X(s) = s e X(s) = s2 , respec-
tivamente. Nestes casos, temos que a regra de L’Hospital pode se aplicada ao
primeiro termo da seguinte forma:
1 3s 3
X(s) = s ⇒ lim s2 +8s+18 = lim s+8 =0
s→∞ s→∞
(14.39)
1 3
X(s) = s2 ⇒ lim s2 +8s+18 =0
s→∞
Note que apenas para entradas impulso (ou suas derivadas) o limite do
termo referente à resposta de estado nulo seria diferente de 0.
3s + (s2 − 3, 6s) 0
vo (t → ∞) = lim = = 0V (14.41)
s→0 s2 + 8s + 18 18
3 + (s2 − 3, 6s) 3 1
vo (t → ∞) = lim = = V (14.42)
s→0 s2 + 8s + 18 18 6
Além das fontes de sinais mais comuns (degrau, rampa, senoidal, etc.), os
circuitos podem ter como entrada sinais com diferentes comportamentos ao
longo do tempo, definidos por partes.
f0 (t) ,t<0
f1 (t) , 0 ≤ t < T1
x(t) = .. (14.43)
.
f (t) , Tn−2 ≤ t < Tn−1
n−1
fn (t) , t ≥ Tn−1
Para o sinal x(t), temos que este pode ser representado por:
Exercı́cio Proposto 6:
+
+
-
Solução:
3s s − 3, 6
Vo (s) = · X(s) + 2 (14.46)
s2 + 8s + 18 s + 8s + 18
Uma vez que a transformada inversa da resposta de entrada nula já foi
calculada, podemos focar na resposta de estado nulo
3s
VoEN (s) = · X(s) (14.47)
s2 + 8s + 18
Por sua vez, o sinal de entrada pode ser descrito da seguinte forma:
1
X(s) = 1 − e−2s (14.49)
2s2
6. RESPOSTA A SINAIS DEFINIDOS POR PARTES 205
1, 5
VoEN (s) = · 1 − e−2s (14.50)
s(s2 + 8s + 18)
1,5 A Bs+C
s(s2 +8s+18) = s + (s2 +8s+18)
(14.51)
s2 (A+B)+s(8A+C)+18A
= s(s2 +8s+18)
1 1
Comparando os numeradores, é possı́vel obter os valores de A( 12 ), B(− 12 )
8
e C(− 12 ).
1 1 s+8
VoEN (s) = − 2 · 1 − e−2s (14.52)
12 s (s + 8s + 18)
1
n h √ √ √ i o
voEN (t) = 12 1 − cos 2t + 2 2 sin 2t e−4t U−1 (t)+
n h √ √ √ i o (14.53)
+ −1
12
1 − cos 2(t − 2) + 2 2 sin 2(t − 2) e−4(t−2) U−1 (t − 2)
√ 7, 6 √
voCI (t) =e −4t
cos 2t − √ · sin 2t U−1 (t) (14.54)
2
1
n h √ √ √ i o
vo (t) = 12 1 + 11 cos 2t − 69, 2 2 sin 2t e−4t U−1 (t)+
n h √ √ √ i o (14.55)
+ −1
12
1 − cos 2(t − 2) + 2 2 sin 2(t − 2) e−4(t−2) U−1 (t − 2)
206 CAPÍTULO 14. LAPLACE EM CIRCUITOS ELÉTRICOS
Exercı́cio Proposto 7:
+
+
-
Indutância Mútua
Este fluxo magnético, por sua vez, induz uma tensão nos terminais do
elementor indutor (espira ou bobina).
+ +
+
- -
207
208 CAPÍTULO 15. INDUTÂNCIA MÚTUA
v lx = vlxx + vlxy
di (15.1)
= Lx dix ± M y
dt dt
A forma mais fácil de analisar um circuito como o mostrado nas figuras 15.1
e 15.2 é utilizando o método das correntes de malha.
-
+ + + +
- - -
+
-
-
+
-
+ + -
+ +
- -
+
- -
+
Desta forma, temos que o balanço de tensões nas malhas é dado por:
210 CAPÍTULO 15. INDUTÂNCIA MÚTUA
vr1 + v11 − v12 = vg (malha a)
(15.2)
vr2 + v22 − v21 = 0 (malha b)
(
Ia (R1 + sL1 ) − M sIb = Vg (s) + L1 ia (0) − M ib (0)
(15.4)
−M sIa + Ib (R2 + sL2 ) = L2 ib (0) − M ia (0)
1. ANÁLISE DE CIRCUITOS COM INDUTÂNCIA MÚTUA 211
Exercı́cio Proposto 1:
Solução:
d(i −i2)
25i1 + 4 ddit1 + 8 gdt
− 20i2 − 5ig = : M1
(15.5)
80i2 + 16 d(i2 −ig ) − 8 di1 − 20i1 = 0
dt dt
1
Aplicando Laplace, considerando Ig (s) = s e organizando os termos, temos
que:
( 5
I1 (4s + 25) − I2 (8s + 20) = −8 + s : M1
(15.6)
−I1 (8s + 20) + I2 (16s + 80) = 16 : M2
Logo:
1
i1 (t) = 5 − 17e−4t U−1 (t) (15.9)
20
Por sua vez, temos que I2 é dado por:
-
+
+
-
Desta forma, temos que que as tensões nos indutores são dadas por:
-
+ +
-
-
+ +
-
Note que é necessário utilizar uma fonte de tensão dependente para re-
presentar o efeito do acoplamento das indutância, pois a parcela sM Ix está
associado à corrente em outra malha.
Exercı́cio Proposto 2:
Solução:
+
-
+
-
Figura 15.11: Exemplo 2: circuito transformado.
( 5
I1 (4s + 25) − I2 (8s + 20) = −8 + s : M1
(15.15)
−I1 (8s + 20) + I2 (16s + 80) = 16 : M2
Exercı́cio Proposto 3:
+ +
- -
Solução:
+
+ - +
+
- -
+
-
+ +
-
- + -
(
I1 [R1 + s(L1 + L2 − 2M )] − I2 s(L2 − M ) = Vg : M1
(15.16)
−I1 s(L2 − M ) + I2 [R2 + sL2 ] = 0 : M2
[R1 + s(L1 + L2 − 2M )] Vg
−s(L2 − M ) 0
Vo = I2 R2 = R2 · (15.17)
[R1 + s(L1 + L2 − 2M )] −s(L2 − M )
−s(L2 − M ) [R2 + sL2 ]
Logo:
Vo R2 (L2 − M )s
= 2 (15.18)
Vg s (L1 L2 − M 2 ) + s[R2 (L1 + L2 − 2M ) + R1 L2 ] + R1 R2
218 CAPÍTULO 15. INDUTÂNCIA MÚTUA
Exercı́cio Proposto 3:
Exercı́cio Proposto 3:
Amplificador Operacional
vo = Ao (vp − vn ) (16.1)
219
220 CAPÍTULO 16. AMPLIFICADOR OPERACIONAL
+ +
+ -
+
- - +
-
(
−VDD , se Ao (vp − vn ) ≤ VDD
vo = Ao (vp − vn ) , se − VDD < Ao (vp − vn ) < VCC {região linear}
VCC , se Ao (vp − vn ) ≥ VCC
+
-
+
+
+
-
- -
vo
= −A (16.2)
vs
-
+
+
- +
-
Análise:
-
+
+
- +
-
v 0 = v n − if R f (16.3)
v o = if R f (16.4)
1. CONFIGURAÇÕES MAIS COMUNS 223
vs − vn vs
if = is = = (16.5)
Rs Rs
Rf vo Rf
vo = − vs ⇒ =− (16.6)
Rs vs Rs
-
+
-
-
+
+
- +
-
Análise:
-
+
-
-
+
+
- +
-
v0 = −if Rf (16.7)
vs vs vs
if = ia + ib + ic = + + (16.8)
Ra Rb Rc
Rf Rf Rf
vo = − va + vb + vc (16.9)
Ra Rb Rc
+
+
+
- -
Análise:
+
+
+
- -
v 0 = v n − if R f (16.10)
v o = v g − if R f (16.11)
Por sua vez, como in = 0A, temos que a corrente if é dada por:
0 − vg vg
if = =− (16.12)
Rs Rs
Rf Rf
vo = vg + vg = vg 1 + (16.13)
Rs Rs
vo Rf
=1+ (16.14)
vg Rs
-
+
+
+
+
- - -
Análise:
-
+
+
+
+
- - -
v 0 = v n − if R 2 (16.15)
R1
vp = vb (16.16)
R1 + Rb
228 CAPÍTULO 16. AMPLIFICADOR OPERACIONAL
va − vn va R1
if = = − vb (16.17)
Ra Ra Ra (R1 + Rb )
vo = Vb R1R+R
1
+ Vb R1 R2
R2
b Ra (R1 +Rb )−va Ra
(16.18)
= vb R a +R2
R1 +Rb
R1 R2
Rb − v a Ra
R2
vo = (vb − va ) (16.19)
Ra
+
-
+
-
Análise:
v✯
✟ 0V
vo =✟n − vc
Z
1 t ✘✘ Eo
✿ (16.20)
=− ic (τ )dτ + ✘ ✘ +
vc (0 )
C 0
vg
ic = (16.21)
Rs
Logo, a saı́da do circuito é dada por:
Z t
1
vo = − vg (τ )dτ − Eo ∀t ≥ 0 (16.22)
Rs C 0
0 1 Eo
V❃
V0 = ✚✚
n −I · − (16.23)
sc s
230 CAPÍTULO 16. AMPLIFICADOR OPERACIONAL
+
-
Vg
Como I = Rs , a tensão de saı́da é dada por:
1 Eo
Vo = −Vg · − (16.24)
sRs C |{z}
s
| {z }
H(s) Voc.i.
Z t
1
vo = − vg (τ )dτ − Eo ∀t ≥ 0 (16.25)
Rs C 0
Por meio de uma pequena modificação, o circuito integrador pode ser utilizado
como diferenciador, gerando uma saı́da proporcional à derivada da entrada.
Na figura 16.14, é mostrada uma configuração de amplificador diferenciador.
-
+
-
+
-
-
+
Análise:
0V
v✯
vo = ✟✟
n − vr (16.26)
dvc dvg
ir = ic = C =C (16.27)
dt dt
dvg
vo = −RC ∀t ≥ 0 (16.28)
dt
Vo (s)
H(s) = Vi (s) = −sRC (16.29)
estado nulo
Análise:
232 CAPÍTULO 16. AMPLIFICADOR OPERACIONAL
- -
+ +
- -
+ +
+
dvc
iT = ic = C (16.30)
dt
vc = vT − vo (16.31)
i1
0V
vo v❃
=✚✚
2 i✓
− R2✓✼
2
vn 1 (16.32)
= −R2 i1 = R2 R1
R2
= −vT R 1
R2
vc = vT 1+ (16.33)
R1
R2 dvT
iT = C 1 + ∀t ≥ 0 (16.34)
R1 dt
| {z }
Ceq
R2 VT 1
IT = C 1 + · sVT ⇒ Zeq = = (16.35)
R1 IT sC 1 + R2
R1
234 CAPÍTULO 16. AMPLIFICADOR OPERACIONAL
- -
+ +
Análise:
- - +
+ +
vT − v4
iT = i4 = (16.36)
R4
Analisando o circuito, percebe-se que, para determinar v4 , é necessário
determinar as tensões e correntes anteriores
vT
v❃
✚
i2 = i1 = ✚ =
1 vT
(16.37)
R1 R1
De maneira similar, podemos definir as outras tensoes e correntes da se-
guinte forma:
R2
v 2 = v T + i2 R 2 = v T 1 +
R1
vT −v2
(16.38)
ic = i3 =
R3 = −vT RR1 R2 3
Z t
1
v4 = vT + vc = vT + C ic (τ )dτ
0
Z t
(16.39)
R2
= vT − R1 R3 C vT (τ )dτ
0
Desta forma, temos que a corrente sainda da fonte de teste é dada por:
Z t
vT − v4 R2
iT = = vT (τ )dτ (16.40)
R4 R R3 R4 C
| 1 {z } 0
Lab
R2 VT VT R1 R3 R4 C
IT = · ⇒ Zeq = = s (16.41)
R1 R3 R4 C s IT R2
3. EXERCICIOS PROPOSTOS 237
3 Exercicios Propostos
Exercı́cio Proposto 1:
Solução: !
1
Vo (s) R2 s+ R2 C
H(s) = =− (16.42)
Vi (s) R1 s
238 CAPÍTULO 16. AMPLIFICADOR OPERACIONAL
Exercı́cio Proposto 2:
Analise o circuito mostrado na figura 16.20 e determine H(s) e Voc.i. (s). Deter-
mine também Voen (s), vo (0+ ), vo (t → ∞) e vo (t) para as entradas vi = EU0 (t),
vi = EU−1 (t) e vi = EU−2 (t).
-
+
+
Solução:
Vo (s) 1
H(s) = = −R2 C s + (16.43)
Vi (s) R1 C
3. EXERCICIOS PROPOSTOS 239
Exercı́cio Proposto 3:
Analise o circuito mostrado na figura 16.21 e determine H(s) e Voc.i. (s). Deter-
mine também Voen (s), vo (0+ ), vo (t → ∞) e vo (t) para as entradas vi = EU0 (t),
vi = EU−1 (t) e vi = EU−2 (t).
-
+
-
+
-
+
Solução:
Vo (s) 1 1
H(s) = = ·
Vi (s) R 1 C1 R 2 C2 s 2 + s 1
+ 1 1
R 1 C1 R 2 C1 + R 1 R 2 C1 C2
240 CAPÍTULO 16. AMPLIFICADOR OPERACIONAL
Exercı́cio Proposto 4:
Analise o circuito mostrado na figura 16.22 e determine H(s) e Voc.i. (s). Deter-
mine também Voen (s), vo (0+ ), vo (t → ∞) e vo (t) para as entradas vi = EU0 (t),
vi = EU−1 (t) e vi = EU−2 (t).
+
-
Solução:
2 1
Vo (s) L2 − M s + C(L2 −M )
H(s) = =− · (16.44)
Vi (s) L1 − M s2
3. EXERCICIOS PROPOSTOS 241
Exercı́cio Proposto 5:
Analise o circuito mostrado na figura 16.23 e determine H(s) e Voc.i. (s). Deter-
mine também Voen (s), vo (0+ ), vo (t → ∞) e vo (t) para as entradas vi = EU0 (t),
vi = EU−1 (t) e vi = EU−2 (t).
-
+ -
Solução:
242 CAPÍTULO 16. AMPLIFICADOR OPERACIONAL
Capı́tulo 17
Analise em Regime
Permanente
243
244 CAPÍTULO 17. ANALISE EM REGIME PERMANENTE
Na seção a seguir, são apresentadas as bases teóricas desse efeito dos sis-
temas sobre os sinais de entrada.
2 Resposta a Senoides
P (s) P (s)
G(s) = = (17.1)
Q(s) (s + s1 )(s + s2 ) · · · (s + sn )
ω
x(t) = A sin(ωt) ⇔ X(s) = A (17.2)
s2 + ω 2
ω
Y (s) = G(s) · A s2 +ω 2
(17.3)
P (s) Aω
= (s+s1 )(s+s2 )···(s+sn ) · s2 +ω 2
Se, de fato, P (s) tem ordem menor que n (ou ao menos < n + 2), Y (s)
pode ser expandido em frações parciais da seguinte forma:
a ā b1 bn
Y (s) = + + + ··· + (17.4)
s + jω s − jω s + s1 s + sn
Aω A
a = G(s) · (s + jω) = G(−jω)
s2 + ω2 s=−jω −2j
(17.7)
Aω A
ā = G(s) 2 · (s − jω) = G(jω)
s + ω2 s=jω 2j
Uma vez G(jω) é uma grandeza complexa, ela pode ser representada no
seguinte formato:
−1 parte imaginária de G(jω)
∠G(jω) = tan (17.9)
parte real de G(jω)
= A|G(jω)| · sin(ωt + θ)
Desta forma, temos que tanto a entrada quanto a saı́da em regime per-
manente do circuito são sinais senoidais de mesma frequência (ω), diferindo
apenas em amplitude e fase.
Neste sentido, a análise dos termos |G(jω)| e ∠G(jω) nos permite entender
como o circuito irá atenuar (ou amplificar) os sinais e defasá-los, a depender
de suas frequências.
3 Diagrama de Bode
Na maioria das aplicações práticas, não se sabe a priori a frequência dos sinais
de entrada. É mais comum que os sistemas sejam descritos ou desenvolvidos
considerando faixas de frequências em que ele deve trabalhar.
Assim, é necessário usar uma ferramenta que nos permita analisar facil-
mente o comportamento dos circuitos para diferentes faixas de frequências.
2. Ângulo de fase.
20
10
Magnitude (dB)
-10
-20
-30
-40
-3 -2 -1 0 1 2 3 4
10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s)
-20
Fase (grau)
-40
-60
-80
-3 -2 -1 0 1 2 3 4
10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s)
1. Ganho: K
2 ±1
4. Fatores de segunda ordem: 1 + 2γ ωjωn + ωjωn
4.1 Ganho K:
1
Para um fator integral, G(jω) = jω , temos que:
MdB = −20 log ω (dB)
(17.12)
θ = tg−1 −ω0 = −90◦
MdB = 20 log ω (dB)
(17.13)
θ = tg−1 ω0 = 90◦
Por sua vez, os ângulos de fase são constantes e iguais a −90◦ , para o fator
integrativo, e +90◦ para o derivativo.
4. FATORES BÁSICOS DAS FTS 251
Para um fator de primeira ordem (zero ou polo), G(jω) = (1 + jωT )±1 , temos
que o módulo é dado por:
hp i±1
|G(jω)| = 1 + (ωT )2 (17.14)
p
MdB = ±20 log 1 + (ωT )2 (dB)
(17.15)
θ = ±tg−1 (ωT )
√
MdB = ±20 log 1 = 0(dB)
(17.16)
θ = ±tg−1 (0) = 0◦
1
Para altas frequências3 : ω ≫ T
2 De maneira geral, consideramos baixas, frequências 10 vezes menor que 1/T.
3 Consideramos altas, frequências 10 vezes maior que 1/T.
252 CAPÍTULO 17. ANALISE EM REGIME PERMANENTE
MdB = ±20 log(ωT) (dB)
(17.17)
θ = ±tg−1 ωTǫ = ±90◦
s ±1
2 2
ω2 ω
|G(jω)| = 1− 2 + 2γ (17.19)
ωn ωn
2 2
ω2
2γ ωωn
MdB = ±10 log 1− 2
ωn + (dB)
! (17.20)
−1
2γ ωωn
θ = ±tg ω2
1− 2
ωn
√
MdB = ±10 log 1 = 0(dB)
(17.21)
θ = ±tg−1 (0) = 0◦
ω
MdB = ±40 log ωn (dB)
!
ǫ (17.22)
θ = ±tg−1 ω2
= ±180◦
− 2
ωn
ωn
ω0 = e ω180 = 5γ ωn (17.23)
10γ
d|G(jω)|
=0 (17.24)
dω ω=ωr
2 2
ω2
Considerando ∆ = 1 − 2
ωn + 2γ ωωn , temos que:
d|G(jω)| 1 d∆
= √ · =0 (17.25)
dω 2 ∆ dω
d∆ =
2
2 1 − ωω2 · −2ω 4γ 2
2 + 2ω ω 2
dω n ωn n
h 2
i (17.26)
4ω ω
= ω2 − 1 − ω2 + 2γ 2
n n
h i
4ωr ωr2
ωn2 − 1− 2
ωn + 2γ 2 = 0
p
ωr = ωn 1 − 2γ 2 (17.28)
2 2 ± 21
ωr2
Mp = |G(jωr )| = 1− 2
ωn + 2γ ωωnr
2 ± 12
2 2
p (17.29)
= 1 − 1 + 2γ + 2γ 1− 2γ 2
h p i±1
= 2γ 1 − γ2
h p i±1 p
Mp = 2γ 1 − γ 2 ou MpdB = ±20 log 2γ 1 − γ 2 (17.30)
Na figura 17.9, são ilustrados os valores de pico nas curvas reais de módulo
logarı́tmico.
p !
−1 1 − 2γ 2
θp = ± tan (17.31)
γ
5. CONSTRUÇÃO DO DIAGRAMA DE BODE 257
105 · (s + 10)
G(s) = (17.32)
s(s + 102 )(s + 103 )
Procedimento:
(1 + jω
10 )
= 10 · jω jω
jω(1 + 102 )(1 + 10 3)
Ganho de 10
1
jω : Integrador
jω
(1 + 10 ): Zero de 1ª ordem em ωc1 = 10 rad/s
jω
(1 + 102 ): Polo de 1ª ordem em ωc2 = 102 rad/s
jω
(1 + 103 ): Polo de 1ª ordem em ωc3 = 103 rad/s
258 CAPÍTULO 17. ANALISE EM REGIME PERMANENTE
Passo 3: Desenhe a reta A(ω) = 20 log |k| ± 20n log ω, em que n corres-
ponde ao número de fatores derivativos (+) ou integrativos (-).
-50
-100
-1 0 1 2 3 4 5
10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s)
Magnitude (dB)
Magnitude (dB)
0 0
-50 -50
-100 -100
-1 0 1 2 3 4 5 -1 0 1 2 3 4 5
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s) Frequência (rad/s)
Magnitude (dB)
Magnitude (dB)
0 0
-50 -50
-100 -100
-1 0 1 2 3 4 5 -1 0 1 2 3 4 5
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s) Frequência (rad/s)
Passo 7: Obtenha o diagrama “real” com base nas assı́ntotas e nos valores
reais de |G(jω)| e ∠G(jω) nas frequências de interesse.
-50
Fase (grau)
-100
-150
-1 0 1 2 3 4 5
10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s)
-50
-100
-1 0 1 2 3 4 5
10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s)
-50
Fase (grau)
-100
-150
-1 0 1 2 3 4 5
10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s)
//Código em scilab
s = poly(0,’s’);
h = syslin(’c’10^5+(s+10)/(s*(s+100)*(s+1000)));
bode(h,fmin,fmax,step,’rad’);
bode asymp(h)
262 CAPÍTULO 17. ANALISE EM REGIME PERMANENTE
6 Exercicios Propostos
Exercı́cio Proposto 1:
- -
+ +
Para os fatores de segunda ordem com raı́zes complexas, foi visto que pode
√
2
haver um pico no diagrama de Bode de magnitude quando γ < 2 .
p
e ocorre na frequência de ressonância ωr = ωn 1 − 2γ 2 .
+
+
-
1
sC
Vo = Vi 1
+ sL
sC (17.35)
1
= Vi
1 + s2 LC
1
H(s) = (17.36)
1 + s2 LC
1 1
H(jω) = 2
= (17.37)
1 + (jω) LC 1 − ω 2 LC
+
+
-
1 j
Vo = I · = −I (17.38)
jωC ωC
Vi Vi
I= 1 = 1
(17.39)
jωL + jωC j ωL − ωC
Vi Vi Vi
I = √ = q q =
ω= √ 1 j √1 L − LC
j L
− L j0
LC LC C C C
1 1
≡ ω2
(17.40)
1 + (jω)2 LC 1 + 2γj ωωn − 2
ωn
Note que, para este caso, a frequência de ressonância e o valor de pico são
dados por:
p
ωr = ωn 1 − 02 = ωn e Mp = −20 log 0 = +∞
60 -20
-40
40
-60
Magnitude (dB)
20
Fase (grau)
-80
0
-100
-20
-120
-40
-140
-60 -160
-80 -180
Circuito RLC
+
+
-
1
H(s) = (17.42)
1 + sRC + s2 LC
1
H(jω) = (17.43)
(1 − ω 2 LC) + jωRC
1
|H(jω)| = q (17.44)
2
(1 − ω 2 LC) + (ωRC)2
Analisando a equação (17.44), é possı́vel perceber que não existe mais uma
frequência que possa zerar o denominador. Ou seja, apesar de as impedâncias
do capacitor e do indutor se anularem em ωn , está frequência não está mais
associada ao maior valor de ganho.
Nossa análise dos fatores de segunda ordem (seção 4.4), mostrou que o
módulo de H(jω) ainda pode apresentar um comportamento unimodal, com
7. ESTUDO SOBRE A FREQUÊNCIA DE RESSONÂNCIA 267
1 1
2
≡ ω2
(17.45)
1 + jωRC − ω LC 1 + 2γj ωωn − 2
ωn
q
de modo que ωn = √1 eγ= R C
LC 2 L.
1
= r (17.46)
2 ω4 2
1 − 2 ωω2 + 4
ωn + 4γ 2 ωω2
n n
1
= q 2 ω4
1 + 2 (2γ 2 − 1) ωω2 + 4
ωn
n
0
0
-20
10
-40
0 -60
Magnitude (dB)
Fase (grau)
-80
-10
-100
-20 -120
-140
-30
-160
-180
Conclusões
Por outro lado, os fatores de segunda ordem podem apresentar uma curva
de magnitude unimodal (possui um, e apenas um, valor mı́nimo ou máximo),
ao invés de um padrão monotônico. Contudo, os parâmetros do circuito po-
√
2
dem ser tais que o γ associado ao fator de segunda ordem esteja entre 2 e
1. Nesses casos, apesar de continuar sendo um fator quadrático com raı́zes
complexas, o gráfico de magnitude corresponderá a uma curva monotônica,
similar à de um fator de primeira ordem (neste caso com multiplicidade 2,
por conta da inclinação de ±40dB da curva).
Obtenção de Função de
Transferência Senoidal
271
272 CAPÍTULO 18. OBTENÇÃO DE FTS
guinte exemplo:
40
35
30
25
20
15
10
5
0
-5
-10
Magnitude (dB)
-15
-20
-25
-30
-35
-40
-45
-50
-55
-60
-
-
-
-80
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6
10 10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s)
Procedimento:
Passo 1: Identifique a reta inicial A(ω) = 20 log |k| = ±n·20 log ω. Utilize
essa reta para encontrar os valores de |k| e a quantidade de fatores derivativos
ou integrativos (±n).
Com base nesta assı́ntota inicial, temos que não há termos integrativos ou
derivativos (n=0) e |k| = 102
OBS2.: Utilize os pontos iniciais da curva como base para traçar a reta
assintótica e obter o valor de |k|.
40
35
30
25
20
15
10
5
0
-5
-10
Magnitude (dB)
-15
-20
-25
-30
-35
-40
-45
-50
-55
-60
-65
-70
-75
-80
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6
10 10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s)
40
35
30
25
20
15
10
5
0
-5
-10
Magnitude (dB)
-15
-20
-25
-30
-35
-40
-45
-50
-55
-60
-65
-70
-75
-80
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6
10 10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s)
OBS1.: Utilize o ponto central entre cada par de regiões como base para
posicionar a assı́ntota corresponde.
274 CAPÍTULO 18. OBTENÇÃO DE FTS
40
35
30
25
20
15
10
5
0
-5
-10
Magnitude (dB)
-15
-20
-25
-30
-35
-40
-45
-50
-55
-60
-65
-70
-75
-80
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6
10 10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s)
40
35
30
25
20
15
10
5
0
-5
-10
Magnitude (dB)
-15
-20
-25
-30
-35
-40
-45
-50
-55
-60
-65
-70
-75
-80
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6
10 10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s)
Outros casos práticos podem ser vistos como combinações desses três.
jω
1+ 102
H(jω) = 102 (18.2)
jω 2
(1 + jω) 1 + 104
278 CAPÍTULO 18. OBTENÇÃO DE FTS
Exemplo Resolvido
70
60
50
40
30
20
Magnitude (dB)
10
-10
-20
-30
-40
-50
-60
-70
-80
-1 0 1 2 3 4 5
10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s)
70
60
50
40
30
20
Magnitude (dB)
10
-10
-20
-30
-40
-50
-60
-70
-80
-1 0 1 2 3 4 5
10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s)
70
60
50
40
30
20
Magnitude (dB)
10
-10
-20
-30
-40
-50
-60
-70
-80
-1 0 1 2 3 4 5
10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s)
Note na figura 18.8 que a assı́ntota de 0dB foi ajustada de modo a apro-
ximar as frequências de corte associada ela para os valores inteiros 100 rad/s
e 1000 rad/s.
|k| = 103
(jω)−1
Logo:
p
2γ 1 − γ 2 = 0.2371 ⇒ γ = 0.12 (18.4)
jω 2
jω
1 + 0.24 10
3 2 + 102
H(jω) = 10 2 (18.5)
jω 1 + jω
10 1 + jω
10 3
2. SISTEMAS DE FASE MÍNIMA E NÃO-MÍNIMA 281
1+s 1−s
G1 (s) = e G2 (s) = (18.6)
10 + s 10 + s
√
−1 1 + ω2
1 + jω |G1 (jω)| = 10 · q
ω2
G1 (jω) = 10−1 · ⇒ 1 + 10 2 (18.7)
1 + jω
10
ω
θ1 = tan−1 ω − tan−1 10
√
−1 1 + ω2
|G2 (jω)| = 10 · q
1 + jω ω2
G2 (jω) = 10−1 · jω
⇒ 1 + 10 2 (18.8)
1 − 10
ω
θ2 = − tan−1 ω − tan−1 10
40 40
35 35
Magnitude (dB)
Magnitude (dB)
30 30
25 25
20 20
-1 0 1 2 3 -1 0 1 2 3
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s) Frequência (rad/s)
0
80
-50
60
Fase (grau)
Fase (grau)
40 -100
20
-150
0
-1 0 1 2 3 -1 0 1 2 3
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s) Frequência (rad/s)
Após obter todos os fatores básicos, a curva de fase do sistema deve ser
comparada com a esperada caso todos os termos fossem de fase mı́nima, a fim
de identificar quais dos fatores são de fase não-mı́nima e corrigir as respectivas
expressões.
100 −100
G(s) = e Gnm (s) = (18.9)
s s
100
Neste caso, o módulo de ambas as funções de transferências é igual a ω .
Contudo, a ganho negativo adiciona 180◦ à fase da segunda FT. Na figura
18.10, é mostrado o diagrama de Bode das duas FT.
284 CAPÍTULO 18. OBTENÇÃO DE FTS
60 60
Magnitude (dB)
Magnitude (dB)
40 40
20 20
0 0
-20 -20
-1 0 1 2 3 -1 0 1 2 3
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s) Frequência (rad/s)
-89 100
-89.5 50
Fase (grau)
Fase (grau)
-90 0
-90.5 -50
-91 -100
-1 0 1 2 3 -1 0 1 2 3
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s) Frequência (rad/s)
Note que a fase de G(s) é sempre −90◦ , enquanto a fase de Gnm (s) é 90◦ .
3. OBTENÇÃO DE FTS DE FASE NÃO-MÍNIMA 285
1+s 1−s
G(s) = 100 e Gnm (s) = 100 (18.10)
s s
( √ ( √
1+ω 2 1+ω 2
|G(jω)| = 100 ω |Gnm (jω)| = 100 ω
(18.11)
θ = tan−1 ω − 90◦ θnm = − tan−1 ω − 90◦
Note que, em G(s), o zero incrementa a fase em 90◦ . Já em Gnm (s), o
zero de fase não-mı́nima é responsável por uma queda de 90◦ .
286 CAPÍTULO 18. OBTENÇÃO DE FTS
Magnitude (dB) 80 80
Magnitude (dB)
70 70
60 60
50 50
40 40
-3 -2 -1 0 1 2 3 -3 -2 -1 0 1 2 3
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s) Frequência (rad/s)
0
-100
-20
-120
Fase (grau)
Fase (grau)
-40
-140
-60
-160
-80
-180
-3 -2 -1 0 1 2 3 -1 0 1 2
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s) Frequência (rad/s)
Uma análise similar à da situação anterior pode ser feita para termos
quadráticos. Assim:
jω jω
1 − 2γ + (18.12)
ωni ωni
1 + 0.25s + s2 1 − 0.25s + s2
G(s) = 100 e Gnm (s) = 100 (18.13)
s2 s2
2A análise para polos não-mı́nimos é análoga.
3. OBTENÇÃO DE FTS DE FASE NÃO-MÍNIMA 287
√
(1−ω 2 )2 +(0.25ω)2
|G(jω)| = |Gnm (jω)| = 100 ω2
0.25ω
θ = −180◦ + tan−1 1−ω2 (18.14)
0.25ω
θnm = −180◦ − tan−1 1−ω2
80 80
Magnitude (dB)
Magnitude (dB)
60 60
40 40
20 20
-1 0 1 2 -1 0 1 2
10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s) Frequência (rad/s)
0
150
Fase (grau)
Fase (grau)
100
-100
50
0
-1 0 1 2 -1 0 1 2
10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s) Frequência (rad/s)
jω jω
1− ωci 1+ ωci
jω
ou jω
(18.15)
1+ ωci 1− ωci
1−s
G(s) = (18.16)
1+s
60
Magnitude (dB)
40
20
-1 0 1 2 3
10 10 10 10 10
Frequência (rad/s)
100
0
Fase (grau)
-100
-200
-1 0 1 2 3
10 10 10 10 10
Frequência (rad/s)
jω !2 jω !2
1− ωni 1+ ωni
jω
ou jω
(18.18)
1+ ωni 1− ωni
Além disso, o valor de γ também deve ser obtido a partir da curva de fase.
290 CAPÍTULO 18. OBTENÇÃO DE FTS
40
Magnitude (dB)
20
-20
100
50
Fase (grau)
-50
-100
-1 0 1 2 3 4 5
10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s)
Figura 18.14: Exemplo resolvido 02: obtenção da FTS de sistem de fase não-
mı́nima.
40
Magnitude (dB)
20
-20
100
50
Fase (grau)
-50
-100
-1 0 1 2 3 4 5
10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s)
Com base nas frequências de interesse e nas inclinações das retas as-
sintóticas, é possivel identificar os fatores básicos e obter a FTS (considerando
um sistema de fase mı́nima).
40
Magnitude (dB)
20
-20
100
50
Fase (grau)
-50
-100
-1 0 1 2 3 4 5
10 10 10 10 10 10 10
Frequência (rad/s)
jω
1− 10
G(jω) = −100 jω
(18.20)
jω 1 + 10 3
Capı́tulo 19
Circuitos Seletores de
Frequências
Nos dois casos, é possı́vel utilizar filtros para isolar corretamente os sinais
desejados.
1 Filtros Básicos
Como os circuitos para realização de tais filtros não são possı́veis de serem
implementados, é necessário uma definição de frequência de corte que não
293
294 CAPÍTULO 19. SELETORES DE FREQUÊNCIAS
1
ωc → |H(jωc )| = Hmax √ (19.1)
2
em que Hmax é a amplitude máxima da função de transferência.
√
A escolha do fator 1/ 2 está associada ao fato de que, se a tensão do sinal
√
é atenuada 1/ 2, a potência cai para a metade.
-10
Magnitude (dB)
-20
-30
-40
Vo 1
H(s) = = (19.2)
Vi 1 + RCs
-5
Magnitude (dB)
-10
-15
-20
-25
Vo s
H(s) = = RC (19.3)
Vi 1 + RCs
-5
Magnitude (dB)
-10
-15
-20
-25
Vo s
H(s) = = RC (19.4)
Vi 1 + RCs + LCs2
RCω
|H(jω)| = q
2
(1 − LCω 2 ) + (RCω)2
(19.5)
1
= q
1−LCω 2 2
RCω +1
Note que o maior valor possı́vel para |H(jω)| ocorre quando 1 − LCω 2
é zero. Assim, temos que o valor máximo do módulo, Hmax , e a frequência
associada a este valor, ωmax são dados por:
Hmax = |H(jωmax )| = 1
(19.6)
ωmax = √1
LC
1
|H(jωc )| =Hmax √ (19.7a)
2
1 1
r =√ (19.7b)
1−LCωc2
2 2
RCωc +1
2
1 − LCωc2
+ 1 =2 (19.8a)
RCωc
2
1 − LCωc2
=1 (19.8b)
RCωc
1 − LCωc2
=±1 (19.8c)
RCωc
1 − LCωc2 − RCωc = 0
(19.9)
1 − LCωc2 + RCωc = 0
298 CAPÍTULO 19. SELETORES DE FREQUÊNCIAS
q
R 2
R
1
ωc = 2L ± 2L + LC
q (19.10)
R 2
ω =−R ± 1
c 2L 2L + LC
s 2
R R 1
ωc1,2 = ∓ + + (19.11)
2L 2L LC
q
R 2
1 R
Note que 2L + LC é maior que 2L . Assim, os valores de ωc obtidos
com a subtração da raiz corresponderiam a frequências negativas e, por isso,
foram descartados.
√
ωo = ωc 1 · ωc 2 (19.12)
β = ωc 2 − ωc 1 (19.13)
1
ωo = √LC
β=R L (19.15)
q
Q= L
R2 C
Note que a análise realizada não fez nenhuma restrição quanto aos polos
serem reais ou complexos. Assim, estas expressões são válidas em ambos os
casos.
-20
-40
Vo 1 + LCs2
H(s) = = (19.16)
Vi 1 + RCs + LCs2
1 − LCω 2
|H(jω)| = q
2
(1 − LCω 2 ) + (RCω)2
1 (19.17)
= r 2
RCω
1+ 1−LCω 2
RCω
Note que o maior valor possı́vel para |H(jω)| ocorre quando 1−LCω 2 é
zero. Isso ocorre quando ω → 0 ou ω → ∞ (como pode ser observado no
gráfico mostrado na figura 19.5).
1
|H(jωc )| =Hmax √ (19.18a)
2
1 1
r 2 = √2 (19.18b)
RCω
1+ 1−LCω 2
2
RCω
1+ =2 (19.19a)
1 − LCω 2
2
RCω
=1 (19.19b)
1 − LCω 2
RCω
=±1 (19.19c)
1 − LCω 2
1 − LCωc2 − RCωc = 0
(19.20)
1 − LCωc2 + RCωc = 0
s 2
R R 1
ωc1,2 =∓ + + (19.21)
2L 2L LC
√
ωo = ωc 1 · ωc 2
β = ωc 2 − ωc 1 (19.22)
Q = ωo
β
1
ωo = √LC
β=R L (19.23)
q
Q= L
R2 C
302 CAPÍTULO 19. SELETORES DE FREQUÊNCIAS
2 Combinação de Filtros
+ +
- -
1
Vo = I 2 · (19.24)
sC2
1
sC1 + R1 Vi
−R 0
I2 = 1
1
sC1 + R1 −R1
(19.25)
1
−R1 R1 + R2 + sC2
R 1 C1 C2 s 2
= Vi
1 + s(R1 C1 + R1 C2 + R2 C2 ) + R1 R2 C1 C2 s2
Vo R1 C1 s
H(s) = = (19.26)
Vi 1 + s(R1 C1 + R1 C2 + R2 C2 ) + R1 R2 C1 C2 s2
+ +
- -
R1 C1 s 1
H1 (s) = ou H1 (s) = (19.28)
1 + R1 C1 s 1 + R 2 C2 s
R1 C1 s
H ∗ (s) = (19.29)
1 + s(R1 C1 + R2 C2 ) + R1 R2 C1 C2 s2
Observe que, se a ordem dos filtros for alterada ocorrerá uma mudança em
H(s), mas H ∗ (s) não é alterada. na figura 19.8, é mostrada um configuração
com os filtros invertidos.
304 CAPÍTULO 19. SELETORES DE FREQUÊNCIAS
+ +
- -
1
R2 + sC2 Vi
− 1 0
I2 = sC2
1
R2 + sC2 − sC1 2
(19.30)
− sC1 2 R1 + 1
sC1 + 1
sC2
R 1 C1 C2 s 2
= Vi
1 + s(R1 C1 + R2 C1 + R2 C2 ) + R1 R2 C1 C2 s2
Vo R1 C1 s
H(s) = = (19.31)
Vi 1 + s(R1 C1 + R2 C1 + R2 C2 ) + R1 R2 C1 C2 s2
3 Exercı́cios Propostos
Exercı́cio Proposto 1:
O circuito mostrado na figura 19.9, composto por dois filtros RC, foi projetado
para funcionar como um filtro passa-faixa. Considerando R1 = 100Ω, R2 =
1kΩ, C1 = 10µF e L = 100mH, determine: H(s), Hmax , ωc1 , ωc2 , ω0 , β e Q.
Considere agora R1 = 10Ω e R2 = 100Ω e determine novamente H(s), Hmax ,
ωc1 , ωc2 , ω0 , β, Q.
Solução:
306 CAPÍTULO 19. SELETORES DE FREQUÊNCIAS
Exercı́cio Proposto 2:
O circuito mostrado na figura 19.10, composto por dois filtros RC, foi proje-
tado para funcionar como um filtro passa-faixa. Considerando R1 = 100Ω,
R2 = 1kΩ, C1 = 1000µF e C2 = 1µF, determine: H(s), Hmax , ωc1 , ωc2 , ω0 ,
β e Q. Compare os resultados com o que se esperava pela função de trans-
ferência aproximada, H ∗ (s). Inverta a posição dos filtros RC e determine
novamente H(s), Hmax , ωc1 , ωc2 , ω0 , β e Q. Compare os resultados com o
esperado por H ∗ (s).
Solução:
Referências Bibliográficas
307
308 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Apêndice A
Transformada de Laplace
em Circuitos Elétricos
1 Transformada de Laplace
1.1 Propriedades
Linearidade
309
310 APÊNDICE A. LAPLACE EM CIRCUITOS ELÉTRICOS
Derivada
Integral
Z t
1
L f (α)dα = L[f ]
0 s
Composição
L[eat f (t)] = F (s − a)
Convolução
Z t
L
(x ∗ h) = f (t − τ )h(τ )dτ ⇔ X(s) · H(S)
0
1
U−1 (t)
s
1
eat U−1 (t)
s−a
n!
tn U−1 (t)
sn+1
a
sin(at)U−1 (t)
s 2 + a2
s
cos(at)U−1 (t)
s2 + a2
3. SOLUCÃO DE EDO 311
3 Solucão de EDO
y(t) = L−1 Y (s) (A.4)
A ideia base desta técnica é obter uma função equivalente à F (s) que
seja formada por soma de termos cuja transformada inversa é conhecida (de
maneira direta ou ajustando a partir das transformadas de Laplace).
1 1
As frações mais comuns de serem utilizadas para definir F (s) são: s e s+p .
Mais a frente serão tratados os casos de impulsos e senoides.
N (s)
Seja F (s) = D(s) , tal que o grau de N (s) é menor que o grau de D(s).
N (s) A1 A2
F (s) = = + ··· + (A.5)
(s + p1 ) · · · (s + pn ) s + p1 s + pn
Neste caso, o nosso objetivo é determinar os coeficiente Ai .
Ai = F (s) · (s + pi ) (A.6)
s=−pi
A1✘ ✘
(−p ✘ ✿
✘0 An✘ ✘ ✘ ✿
✘0
i +pi ) (−p i +pi )
F (s) · (s + pi ) = (−pi +p1 ) + · · · + Ai + · · · + (−pi +pn )
s=−pi (A.8)
= Ai
4. EXPANSÃO EM FRAÇÕES PARCIAIS 313
Note que:
N (s)
F (s) · (s + pi ) = (s+p1 )···(s+pi−1 )(s+pi )(s+pi+1 )···(s+pn ) (s + pi )
(A.9)
N (s)
= (s+p1 )···(s+pi−1 )(s+pi+1 )···(s+pn )
Exemplo:
s+1 s+1
F (s) = = (A.10)
s3 + s2 − 6s s(s − 2)(s + 3)
A função F (s) pode ser expandida nas seguintes frações:
A1 A2 A3
F (s) = + + (A.11)
s s−2 s+3
Os coeficientes, podem ser calculados por:
s+1 1
A1 = F (s) · (s) = · ✁s = = − 16
s=0 ✄
s(s−2)(s+3) s=0
(−2)·3
s+1
−✘
(s ✘ ✘ 3 3
A2 = F (s) · (s − 2) = s✘ ✘✘
(s−2)(s+3) ·✘ 2) = 2·5 = 10
s=2 s=2
✘
+✘
(s ✘
s+1 −2 −2
✘✘ ·✘
A3 = F (s) · (s + 3) = 3) = =
s(s−2)✘
(s+3) (−3)·(−5) 15
s=−3 s=−3
(A.12)
1 1 1 1
F (s) = −5 + 9 −4 (A.13)
30 s s−2 s+3
Logo, temos que f (t) é dado por:
1
f (t) = L−1 [F (s)] = −5 + 9e2t − 4e−3t U−1 (t) (A.14)
30
314 APÊNDICE A. LAPLACE EM CIRCUITOS ELÉTRICOS
N (s)
F (s) = (s+p1 )···(s+pn )(s+b)m
(A.15)
A1 A2 B1 Bm
= s+p1 + ··· + s+pn + (s+b)m ··· + s+b
B1 = F (s) · (s + b)m
s=−b
i−1
(A.16)
Bi = d i−1 [F (s) · (s + b)m ]
ds s=−b
Exemplo:
s+1
F (s) = (A.17)
s(s − 2)3
A B1 B2 B3
F (s) = + 3
+ 2
+ (A.18)
s (s − 2) (s − 2) s−2
o coeficiente A pode ser calculado, pela regra das raı́zes distintas, como:
2)✘
B1 = F (s) · (s − 2)3 = s✘ s+1
(s−2)
−✘
(s ✘
✘✘3 · ✘
3
= s+1
s = 32
s=2 s=2 s=2
B2 = d F (s) · (s − 2)3
= d s+1
= −1 = −1
ds s=2 ds s
s=2
s2
s=2
4 (A.20)
2
B3 = d 2 F (s) · (s − 2)3
= d −1
= s23 = 41
d s d s s2
s=2 s=2 s=2
1 1 2 1 1
F (s) = − +6 3
−2 2
+2 (A.21)
8 s (s − 2) (s − 2) s−2
1
f (t) = L−1 [F (s)] = −1 + e2t 6t2 − 2t + 2 U−1 (t) (A.22)
8
O seguinte procedimento pode ser utilizado para os casos com polos com-
plexos.
N (s)
F (s) = (s+p1 )···(s+pn )(s+α+ωj)(s+α−ωj)
A1 A2 Bs+C
= s+p1 + ··· + s+pn + (s+α+ωj)(s+α−ωj) (A.23)
A1 A2 Bs+C
= s+p1 + ··· + s+pn + (s+α)2 +ω 2
Mais uma vez, os coeficientes Ai eles podem ser obtidos usando os proce-
dimentos vistos nas seções anteriores
2 2
F (s) · [(s + α) + ω ]
s=−α−ωj
= B(−α − ωj) + C
(A.24)
F (s) · [(s + α)2 + ω 2 ]
= B(−α + ωj) + C
s=−α+ωj
s+α
K ⇔ Ke−αt cos(ωt)U−1 (t)
(s + α)2 + ω 2
e/ou (A.25)
ω
⇔ Ke−αt sin(ωt)U−1 (t)
K
(s + α)2 + ω 2
Exemplo:
s+1 s+1
F (s) = = √ √
s(s2 + s + 1) s(s + 1
+ j 3 1 j 3
2 2 )(s + 2 − 2 )
1 Esse caso será ilustrado em um exemplo a seguir.
4. EXPANSÃO EM FRAÇÕES PARCIAIS 317
A Bs + C
F (s) = + √
s (s + 0.5)2 + ( 3/2)2
o coeficiente A pode ser calculado, pela regra das raı́zes distintas, como:
A = F (s) · (s) =1
s=0
√ √ √
s+1 0.5−j 3/2
B(−0.5 − j 3/2) + C =
s √
s=−0.5−j 3/2
= √
−0.5−j 3/2
= 0.5 + j 3/2
√ √ √
B(−0.5 + j 3/2) + C = s+1 0.5+j 3/2
s √ = √
−0.5+j 3/2
= 0.5 − j 3/2
s=−0.5+j 3/2
s2 (A + B) + s(A + C) + A 0 · s2 + 1 · s + 1
√ = √
(s + 0.5)2 + ( 3/2)2 (s + 0.5)2 + ( 3/2)2
Uma vez que o valor de A já foi encontrado, é possı́vel substituı́-lo no sistema
de modo a simplificar a obtenção de B e C. Vale destacar que A também
pode ser obtido como solução do sistema.
2
s (A + B) = 0 · s2 B = −1
⇒
s(A + C) = 1 · s C=0
1 s √
F (s) = s − (s+0.5)2 +( 3/2)2
1 s+0.5−0.5
= s − √
(s+0.5)2 +( 3/2)2
√
1 s+0.5√ 3/2
= − + √0.5 √
s (s+0.5)2 +( 3/2)2 ( 3/2) (s+0.5)2 +( 3/2)2
√ √
1 s+0.5√ 3 3/2
= s − (s+0.5)2 +( 3/2)2
+ √
3 (s+0.5)2 +( 3/2)2
Exemplo:
s3 + 6s2 + 12s + 8
F (s) =
s+1
1 d 1
U−1 (t) ⇔ ⇒ U−1 (t) ⇔ ·s=1 (A.26)
s dt s
f (t) = L−1 [F (s)] = U¨0 (t) + 5U˙0 (t) + 7U0 (t) + e−t U−1 (t) (A.27)