Apostila Fundamentos de Cálculo No Winplot
Apostila Fundamentos de Cálculo No Winplot
JÚLIO CORGOZINHO
LUCIENE LOPES BORGES MIRANDA
BRUNO RODRIGUES LIMA
Prof. Júlio Corgozinho
2021
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SUMÁRIO
A utilização do software WINPLOT ......................................................... 04
Equações ................................................................................................. 05
Exercícios ........................................................................................... 09
Usando o Winplot – Retas no plano ........................................................ 09
Determinando a inclinação da reta .......................................................... 10
Reta tangente ........................................................................................... 10
Atividades ................................................................................................. 14
Integrações ............................................................................................... 15
Atividades ................................................................................................. 16
Área de uma região limitada por duas curvas .......................................... 17
Atividades ................................................................................................. 18
Facilitando o cálculo de áreas mais complexas ........................................ 19
Atividades ................................................................................................. 20
Referências ............................................................................................... 21
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Prezado aluno!
1 – Janela
Na opção Janela do Winplot existem nove opções:
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Este trabalho estará concentrado em (2-dim), gráficos de duas dimensões (2D). Assim, quando
clicarmos em (2-dim), teremos a seguinte tela:
2 – Equação.
Neste menu estão as opções relacionadas com as funções, equações, inequações etc. Veja a
figura 2.1.
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Para inserir uma função, basta escolher essa opção, surgindo a seguinte janela:
Nesta janela, devem-se digitar as expressões f(x). Na figura 2.2, foi digitado a função 𝒇(𝒙) =
𝒙𝟑 + 𝟒𝒙 − 𝟓. Se o usuário quiser restringir o domínio do gráfico basta digitar valores mínimos e
máximos de x na caixa e marcar “travar intervalo”. Podem-se ver também as opções de “espessura
da linha”, “densidade de plotagem” e “tolerância de passo”, que são para edição da formatação do
gráfico.
Desde já, vamos aproveitar algumas sintaxes do programa, para apresentar gráficos de nosso
conhecimento. Vamos aproveitar também para fazermos algumas configurações, para enriquecer a
aparência e consequente análise das imagens.
Ao digitar a fórmula da função é preciso observar as regras de sintaxe: Apresentamos a seguir,
as principais sintaxes de funções que utilizaremos em nosso trabalho:
Função 𝒙𝒏 𝒂𝒙 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒙 𝒍𝒏 𝒙 √𝒙
𝒏
|𝒙| 𝒔𝒆𝒏 𝒙 𝒄𝒐𝒔 𝒙 𝒕𝒈 𝒙
Sintaxe 𝒙^𝒏 𝒂^𝒙 𝒍𝒐𝒈 (𝒂, 𝒙) 𝒍𝒏 (𝒙) 𝒓𝒐𝒐𝒕(𝒏, 𝒙) 𝒂𝒃𝒔(𝒙) 𝒔𝒊𝒏(𝒙) 𝒄𝒐𝒔(𝒙) 𝒕𝒂𝒏(𝒙)
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Podemos também, explorar outras possibilidades que o Winplot oferece. Vejamos o exemplo
da função 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟑 − 𝟑𝒙 + 𝟑. Iremos encontrar suas possíveis raízes. Para descobrir uma segunda
raiz, caso exista, basta clicar em próximo.
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Para visualizar o gráfico de uma função definida por várias leis, selecionamos o menu
“Equação”↦”Explícita” e no campo “f(x) =” digite joinx(lei 1|a, lei 2|b,..., lei n). O Winplot interpreta
a lei 1 no intervalo x < a, a lei 2 no intervalo a < x < b, e assim por diante, até a última lei n no intervalo
formado pelos demais valores. Vejamos um exemplo:
𝟐, 𝒔𝒆 𝒙 < −1
𝒇(𝒙) = ൝𝒙𝟐 , 𝒔𝒆 − 𝟏 < 𝑥 < 2
𝟖 − 𝟐𝒙, 𝒔𝒆 𝒙 > 2
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EXERCÍCIOS
1) construa o gráfico das funções a seguir:
𝒂) 𝒇(𝒙) = 𝒙 + 𝟏 𝒆) 𝒇(𝒙) = 𝟒𝒙 + 𝟒
𝒃) 𝒇(𝒙) = 𝒙 − 𝟏 𝑓) 𝑓(𝑥) = 3𝑥 + 4
𝒄) 𝒇(𝒙) = −𝒙 + 𝟏 𝑔) 𝑓(𝑥) = −3𝑥 + 4
𝒅) 𝒇(𝒙) = −𝒙 − 𝟏 ℎ) 𝑓(𝑥) = −3𝑥 − 4
𝒚 = 𝒎𝒙 + 𝒃
m unidades
m>0
(0,b)
(0,b) m unidades
m<0
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5 – Reta tangente.
Você com certeza se lembra das várias regras de derivação do conteúdo de Cálculo I. Neste
instante, estaremos interessados em apresentar algumas aplicações desta ferramenta já estudada
anteriormente, qual seja, derivadas. Começaremos com a generalização do conceito de reta tangente,
já conhecido por todos nós. Seguiremos o caminho de apresentar a definição e exemplos, utilizando o
software para visualizar várias situações que podem ajudar a tornar este conceito mais claro.
Vamos considerar o problema de traçar a reta tangente a uma dada curva num de seus pontos.
No caso de uma circunferência, sabemos que a reta tangente num ponto P é a reta que passa por P,
perpendicularmente ao raio por esse ponto (Figura 5.1.(a)). No caso de uma curva qualquer, o traçado
da reta tangente requer outro tratamento, como veremos agora. Suponhamos que a curva seja o
gráfico de uma certa função f, e sejam a e f(x) as coordenadas do ponto P, onde desejamos traçar a
tangente (Figura 5.1.(b)).
y = f(x)
P
f(x)
P (x, f(x))
(a) (b) x
Figura 5.1: Reta tangente
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Consideremos outro ponto Q do gráfico de f(x) (Figura 5.2), cuja abscissa será representada
por (x + h); então a ordenada de Q é f(x + h). O declive da reta secante ⃡𝑃𝑄 é dado pelo quociente:
𝒇(𝒙 + 𝒉) − 𝒇(𝒙)
𝒉
y
𝑸
𝒇(𝒙 + 𝒉) 𝑸𝟐
𝒇(𝒙 + 𝒉) − 𝒇(𝒙)
𝑸𝟏
𝒇(𝒙)
P
𝒉
x
𝒙 𝒙+𝒉
Figura 5.2: Retas secantes
Com base na ilustração acima, chamamos de Reta tangente a curva no ponto P à reta que
passa por P e cujo coeficiente angular é o número m mencionado. Logo, temos:
𝒇(𝒙 + 𝒉) − 𝒇(𝒙)
𝒎 = 𝒇´(𝒙) = 𝐥𝐢𝐦 (𝟐)
𝒉→𝟎 𝒉
De posse do valor 𝒎, podemos enfim fechar a equação da reta tangente em um dado ponto.
Generalizando (1), podemos concluir da seguinte maneira:
∆𝒚 𝒚𝟐− 𝒚𝟏
𝒎= = ⇨ 𝒚𝟐 − 𝒚𝟏 = 𝒎(𝒙𝟐 − 𝒙𝟏 )
∆𝒙 𝒙𝟐 − 𝒙𝟏
Fazendo:
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Vamos usar a parábola como exemplo, mas com participação efetiva de você caro
aluno.
Vamos ilustrar as considerações gerais que acabamos de fazer com exemplos
concretos relativos à parábola 𝑦 = 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 .
𝑦 − 1 = 2(𝑥 − 1) ⇒ 𝑦 − 1 = 2𝑥 − 2 ⇒ ⏞
𝒚 = 𝟐𝒙 − 𝟏
𝑦 = 2(1) − 1 = 1 ⇒ (1, 1)
Façamos o gráfico:
Se fizéssemos somente a função e sua derivada, certamente não faria nenhum sentido, porque
estaríamos fazendo a derivada em um ponto não determinado. Vejam como ficaria numa mesma tela:
𝑓´(𝑥) = 2𝑥
2
𝑓(𝑥) = 𝑥
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𝑅𝑒𝑡𝑎 𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑓(𝑥) = 𝑥 2 ⏞
𝑦 = 2𝑥 − 1
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ATIVIDADES
1) Determine a equação da reta tangente ao gráfico das funções a seguir. Utilize o Winplot para
confecção destes gráficos. Utilize também, a ferramenta animação para dinamizar os gráficos.
𝑥3 − 1
𝑎) lim
𝑥→1 𝑥 − 1
𝑥2 + 𝑥 − 6
𝑏) lim
𝑥→−3 𝑥+3
𝑥 2 + 𝑥 − 12
𝑐) lim
𝑥→3 𝑥−3
𝑥 2 + 6𝑥 − 7
𝑑) lim
𝑥→1 𝑥 3 − 𝑥 2 + 2𝑥 − 2
√𝑥 + 1 − 1
𝑒) lim
𝑥→0 𝑥
3
𝑓) lim
𝑥→2 𝑥−2
𝑥 2 − 5𝑥 + 6
𝑔) lim 2
𝑥→2 𝑥 − 4𝑥 + 4
𝑥 3 + 4𝑥 − 5
ℎ) lim
𝑥→1 𝑥−1
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Esperamos que tenham tirado bastante proveito da primeira parte de nosso curso. O nosso
objetivo foi, além de trazer a visualização para o centro da aprendizagem matemática, enfatizar um
aspecto fundamental na proposta pedagógica da disciplina: a experimentação. O software permite que
o estudante experimente bastante, podendo este, investigar várias situações, como por exemplo,
alterando-se os coeficientes das funções, que impacto ocorre no comportamento dos gráficos? Com
isto, os alunos geram várias conjecturas e conseguem desenvolver argumentos para discordar ou
concordar com determinados preceitos. Desejamos que realmente, o nosso objetivo tenha sido
alcançado.
Agora, vamos inciar a segunda parte do software no cálculo que será o estudo das Integrais.
Na verdade, integração é uma adição sofisticada. Em uma linguagem coloquial, é o processo de pegar
o formato de uma área que você não pode determinar diretamente e dividí-la em pequenos pedaços
de retângulos e, posteriormente, somar todos os pedaços para encontrar a área do todo. Veja a figura
a seguir.
f(x)
f(x)
a b
dx
6 – Integrações.
𝟐
𝒙𝟑 𝟐 (𝟐)𝟑
∫ (𝟒 − 𝒙𝟐 ) 𝒅𝒙 ⇒ 𝟑𝒙 − | ⇒ 𝟒(𝟐) − ⇒ 𝟓, 𝟑𝟑𝟑𝟑𝟑 𝒖. 𝒂
𝟎 𝟑 𝟎 𝟑
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ATIVIDADES
1) Determine a área da região das funções a seguir e plote seu gráfico. Utilize também a integral com
10 subintervalos de retângulos.
𝒂) 𝒇(𝒙) = 𝒙 − 𝒙𝟐 , para 0 ≤ x ≤ 1
𝒃) 𝒇(𝒙) = 𝟏 − 𝒙𝟒 , para -1 ≤ x ≤ 1
𝟏
𝒄) 𝒇(𝒙) = , para 1 ≤ x ≤ 2
𝒙𝟐
𝟐
𝒅) 𝒇(𝒙) = , para 1 ≤ x ≤ 4
√𝒙
𝒙𝟐 +𝟒
𝒆) 𝒇(𝒙) = 𝒙
, para 1 ≤ x ≤ 4
𝒙−𝟐
𝒂) 𝒇(𝒙) = 𝒙
, para 2 ≤ x ≤ 4
2) Determine o valor das integrais definidas. Em seguida, use o software para esboçar o seu gráfico.
𝟏
𝒂) ∫ 𝟐𝒙 𝒅𝒙
𝟎
𝟎
𝒃) ∫ (𝟐𝒙 + 𝟏) 𝒅𝒙
−𝟏
𝟏
𝒄) ∫ ( 𝟑√𝒕 − 𝟐 )𝒅𝒕
−𝟏
𝟎
𝒅) ∫ (𝒕𝟏/𝟑 − 𝒕𝟐/𝟑 )𝒅𝒕
−𝟏
𝟒
𝟐
𝒆) ∫ √ 𝒅𝒙
𝟏 𝒙
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f f f
g g g
a b a b a b
(Á𝒓𝒆𝒂 𝒆𝒏𝒕𝒓𝒆 𝒇 𝒆 𝒈) (Á𝒓𝒆𝒂 𝒅𝒂 𝒓𝒆𝒈𝒊ã𝒐 𝒔𝒐𝒃 𝒇) (Á𝒓𝒆𝒂 𝒅𝒂 𝒓𝒆𝒈𝒊ã𝒐 𝒔𝒐𝒃 𝒈)
⏞𝒃 ⏞𝒃 ⏞𝒃
∫ [𝒇(𝒙) − 𝒈(𝒙)] 𝒅𝒙 = ∫ 𝒇(𝒙) 𝒅𝒙 − ∫ 𝒈(𝒙) 𝒅𝒙
𝒂 𝒂 𝒂
𝒃
𝑨 = ∫ [𝒇(𝒙) − 𝒈(𝒙)] 𝒅𝒙
𝒂
Façamos um exemplo:
Determine a Área limitada pelas curvas das funções 𝒚 = 𝟐 − 𝒙𝟐 e 𝒚 = 𝒙. Usando um pouco
de GAAL, encontramos x = -2 e x = 1. Agora, utilizamos o Winplot e definimos a ÁREA.
𝟏
𝟗
∫ [(𝟐 − 𝒙𝟐 ) − (𝒙)] 𝒅𝒙 = 𝒖. 𝒂
−𝟐 𝟐
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ATIVIDADES
𝒂) 𝒚 = 𝒙𝟐 − 𝟔𝒙 𝒆 𝒚 = 𝟎
𝒃) 𝒚 = 𝒙𝟐 + 𝟐𝒙 + 𝟏 𝒆 𝒚 = 𝟐𝒙 + 𝟓
𝒄) 𝒚 = 𝒙𝟐 − 𝟒𝒙 + 𝟑 𝒆 𝒚 = −𝒙𝟐 + 𝟐𝒙 + 𝟑
𝒅) 𝒚 = 𝒙𝟑 𝒆 𝒚 = 𝒙𝟐
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Exemplo: Determine a área da região do primeiro quadrante que é delimitada acima por 𝒚 =
= +
𝟒 𝟐 𝟒
∫ 𝒉(𝒙)𝒅𝒙 = ∫ (√𝒙) 𝒅𝒙 + ∫ [(√𝒙) − (𝒙 − 𝟐)]
𝟎 𝟎 𝟐
Figura 6.2.1: Sub-regiões
𝒚 = √ 𝒙 ⇒ 𝒙 = 𝒚𝟐
𝒚=𝒙−𝟐 ⇒𝒙=𝒚+𝟐
𝟐
𝟏𝟎
∫ [(𝒚 + 𝟐) − (𝒚𝟐 )] 𝒅𝒚 = 𝒖. 𝒂
𝟎 𝟑
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ATIVIDADES.
1) Faça o gráfico da integral:
𝝅
∫ (𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝒙) 𝒔𝒆𝒏𝒙
𝟎
2) Determine a área das regiões abaixo. Em seguida, reproduza os gráficos destas regiões com seus
respectivos intervalos.
𝒂) 𝒃)
𝒚=𝒙
𝒚 = 𝒙𝟐
𝒚=𝟏
𝒙𝟐 𝒚 = −𝒙 + 𝟐
𝒚=
𝟒
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3) Encontre a área da região delimitada pelos gráficos de 𝑦 = , 𝑦 = 8𝑥 𝑒 𝑦 = 𝑥
𝑥2
𝝅 √𝟑 ‘
ቆ , ቇ
𝟔 𝟐
𝝅 𝟏
൬ , ൰
𝟑 𝟐
𝒚 = 𝒄𝒐𝒔 𝒙
𝒚 = √−𝒙 + 𝟐
𝒚 = −𝒙
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REFERÊNCIAS:
ANTON, H. BIVENS, I; STEPHEN, D. Cálculo - 8. Ed. – Porto Alegre, Bookman, 2007
ÁVILA, G; ARAÚJO, L. C. L – Cálculo – Ilustrado, prático e descomplicado – Rio de Janeiro: LTC, 2013.
GIANERI, G.Baldasso. Tutorial Winplot –< www.ime.unicamp.br > acesso em 11 de setembro de 2014.
HOFFMANN, L. D; Bradley, G. L. Cálculo – Um curso moderno - Rio de Janeiro: Editora LTC, 2010.
SILVA, E. M ; MENK, L. Farcic. Utilizando o Winplot para estudar derivadas. <www.limc.ufrj.br > acesso
em 12 de julho de 2014.
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