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Direito de Vizinhança

Direito de vizinhança
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Direitos de Vizinhanç

Vizinhança
• “Constituem limitações impostas pela boa convivência
social que se inspira na lealdade e na boa fé. A
propriedade deve ser usada de tal maneira que se torne
Dos Direitos de possível a coexistência social. (...) Se os proprietários
pudessem invocar uns contra os outros o seu direito
Vizinhanç
Vizinhança absoluto e ilimitado, não poderiam praticar qualquer
(Roteiro de Aula) direito, pois as propriedades se aniquilariam no
entrechoque de suas várias faculdades” (MONTEIRO,
Professora: Cristina B. Schlemper Vendruscolo
2003).
Disciplina: Direitos Reais
• Buscam evitar conflitos de interesses entre proprietários
de prédios contíguos.

Do uso nocivo/anormal da propriedade


Direito de vizinhanç
vizinhança ≠ Servidão art. 1.277, CC
• Direito de vizinhança: • Atos abusivos: embora causador do incômodo
• decorrem da vontade da lei; se mantenha nos limites da sua propriedade,
• limitação ao domínio, implicando em direitos e vem prejudicar o vizinho.
deveres recíprocos; - Consideram-se abusivos, os atos intencionais com
• surgem da mera contiguidade entre os prédios. o propósito de prejudicar, e, o direito exercido de
maneira anormal.
• Servidões EX: Festas noturnas com barulho excessivo
• decorrem da vontade manifesta das partes e,
excepcionalmente, da usucapião; • Atos lesivos: causam dano ao vizinho embora
• são direitos reais sobre a coisa alheia, onde o prédio o agente não esteja fazendo uso anormal de
dominante possui prerrogativa sobre o prédio sua propriedade.
serviente, sem que a recíproca seja verdadeira; EX: Indústria, cuja fuligem esteja prejudicando ou poluindo o
• só é constituída após registro em cartório ambiente, embora normal a atividade.

Soluç
Solução para composiç
composição dos conflitos
• Os atos ilícitos e abusivos estão abrangidos
pela norma do art. 1.277, pois neles há o uso • Propostas pela doutrina e jurisprudência
anormal da propriedade. a) Se o incômodo é normal, tolerável, não deve ser
reprimido;
• Para se aferir a normalidade ou b) Se dano for intolerável, deve primeiramente o juiz
anormalidade da utilizaç
utilização de um imó
imóvel: determinar que seja reduzido a proporções normais
(OBS: art. 1.279, CC);
a) Verificar a extensão do dano ou do incômodo
causado; c) Se não for possível reduzir o incômodo a níveis
suportáveis, determinará o juiz a cessação da
b) Examinar a zona onde ocorre o conflito, bem como atividade;
usos e costumes locais (§ún, art. 1.277, CC);
d) Não se determinará a cessação da atividade se a
c) Considerar a anterioridade da posse. causadora do incômodo for indústria ou qualquer
atividade de interesse social (OBS: art. 1.278, CC).

1
Soluç
Solução para composiç
composição dos conflitos Das árvores limí
limítrofes
• Art. 1.280, CC • São três hipó
hipóteses:
teses
“O proprietário ou o possuidor tem direito a exigir do 1) árvores nascidas nos arredores entre os
dono do prédio vizinho a demolição, ou a reparação dois terrenos (art. 1.282, CC)
deste, quando ameace ruína, bem como que lhe
preste caução pelo dano iminente”. 2) invasão de um prédio pelos ramos e/ou
raízes da árvore pertencente ao prédio
• Art. 1.281, CC contíguo (art. 1.283, CC)
“O proprietário ou o possuidor de um prédio, em que 3) questão da propriedade dos frutos caídos
alguém tenha direito de fazer obras, pode, no caso de arvores situados em terreno vizinho (art.
de dano iminente, exigir do autor delas as 1.284,CC)
necessárias garantias contra o prejuízo eventual”.

Da passagem forç
forçada Da passagem forç
forçada
• REQUISITOS:
• Art. 1285,CC “O dono do prédio que não tiver acesso a
via pública, nascente ou porto, pode, mediante 1) Que o imóvel pretendido encravado se ache, realmente,
pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho sem acesso à via pública, nascente ou porto;
a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente
fixado, se necessário”. 2) Que o prédio esteja naturalmente encravado;

• Pré
Prédio encravado 3) Que o dono do prédio por onde se estabelece a
passagem receba uma indenização cabal.

Da passagem de cabos e Da passagem de cabos e


tubulaç
tubulações tubulaç
tubulações
1) O proprietário é obrigado a tolerar a passagem, 2) O proprietário prejudicado pode exigir que a
através de seu imóvel, de cabos, tubulações e outros instalação seja feita de modo menos gravoso ao prédio
condutos subterrâneos de serviços de utilidade pública, onerado, bem como, depois, seja removida, à sua custa,
em proveito de proprietários vizinhos, quando de outro para outro local do imóvel (art.
art. 1.286, §ún., CC).
CC
modo for impossível ou excessivamente onerosa,
mediante recebimento de indenização que atenda,
3) Se as instalações oferecerem grave risco,
também, à desvalorização da área remanescente (art.art.
1.286, CC).
CC será facultado ao proprietário do prédio onerado
exigir a realização de obras de segurança (art.
art.
1.287,
1.287, CC).
CC

2
Referências
Das águas Bibliográ
Bibliográficas
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 5 de
Outubro de 1988. Brasília: Câmara dos Deputados, 2006.
1) Águas que fluem naturalmente do BRASIL. Código Civil: Lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002. Brasília:
prédio superior Câmara dos Deputados, 2002.
DINIZ, Maria Helena. Posse e Propriedade. 3ed. rev. e atual. Porto
2) Águas levadas artificialmente ao prédio Alegre: Livraria do Advogado, 2003.
superior _______. Curso de Direito Civil Brasileiro, volume 4: direitos das
coisas. 25ed. São Paulo : Saraiva, 2012. 653p.
3) Nascente e águas pluviais GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. vol. 5. 4 ed.
rev. São Paulo : Saraiva, 2009. 626p.
4) Da poluição das águas MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Civil. 37ed.
atual. São Paulo : Saraiva, 2003. apud GONÇALVES, Carlos
5) Construção de barragens Roberto. Direito Civil Brasileiro. vol. 5. 4 ed. rev. São Paulo :
Saraiva, 2009. 626p.
6) Aqueduto RODRRIGUES, Sílvio. Direito Civil: Direito das coisas. vol. 5. 28ed.
rev. e atual. São Paulo : Saraiva, 2007.

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