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Arquitetura de Computadores e Hardware (UniFatecie)

aequitetura

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Arquitetura de

Computadores e
Hardware
Professora Esp. Camila Sanches Navarro
2021 by Editora Edufatecie
Copyright do Texto C 2021 Os autores
Copyright C Edição 2021 Editora Edufatecie
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correçao e confiabilidade são de responsabilidade
exclusiva dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permi-
tidoo download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem
a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP

S211a Sanches Navarro, Camila


Arquitetura de computadores e Hardware / Camila Sanches
Navarro. Paranavaí: EduFatecie, 2022.
76 p.: il. Color.

1. Arquitetura de computador. 2. Hardware. 3. Gerenciamento


de memória (Computação). I. Centro Universitário UniFatecie. II.
Núcleo de Educação a Distância. III. Título.

CDD: 23 ed. 004.22


Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577

UNIFATECIE Unidade 1
Reitor Rua Getúlio Vargas, 333
Prof. Ms. Gilmar de Oliveira
Centro, Paranavaí, PR
Diretor de Ensino (44) 3045-9898
Prof. Ms. Daniel de Lima

Diretor Financeiro
Prof. Eduardo Luiz
Campano Santini UNIFATECIE Unidade 2
Rua Cândido Bertier
Diretor Administrativo
Prof. Ms. Renato Valença Correia Fortes, 2178, Centro,
Paranavaí, PR
Secretário Acadêmico (44) 3045-9898
Tiago Pereira da Silva

Coord. de Ensino, Pesquisa e


Extensão - CONPEX
Prof. Dr. Hudson Sérgio de Souza
UNIFATECIE Unidade 3
Coordenação Adjunta de Ensino Rodovia BR - 376, KM
Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman 102, nº 1000 - Chácara
de Araújo
Jaraguá , Paranavaí, PR
Coordenação Adjunta de Pesquisa (44) 3045-9898
Prof. Dr. Flávio Ricardo Guilherme

Coordenação Adjunta de Extensão


Prof. Esp. Heider Jeferson Gonçalves
www.unifatecie.edu.br/site
Coordenador NEAD - Núcleo de
Educação à Distância
Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
As imagens utilizadas neste
Web Designer livro foram obtidas a partir
Thiago Azenha do site Shutterstock.

Revisão Textual
Beatriz Longen Rohling
Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
Geovane Vinícius da Broi Maciel
Kauê Berto

Projeto Gráfico, Design e


Diagramação
André Dudatt
AUTORA

Professora Esp. Camila Sanches Navarro

● Bacharel em Sistemas de Informação - Unipar


● Especialista em Marketing Digital - Faveni.
● Especialista em Metodologias Ágeis - Cesumar
● Professora de Arquitetura de Computadores e Hardware – UniFatecie
● Desenvolvedora de Páginas Webs – Mind Web Solutions

Ampla experiência como professora de Web Designer, Hardware e Designer Gráfi-


co, e além de desenvolvimento de campanhas de publicidade.

CURRÍCULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/6829887558093857


APRESENTAÇÃO DO MATERIAL

Seja muito bem-vindo (a)!

Prezado (a) aluno (a), posso garantir que caso tenha despertado um interesse pelo
assunto desta disciplina, já estamos iniciando uma espetacular jornada, jornada essa que
estaremos trilhando juntos a partir de agora. Elaborei todo o material necessário para o
seu aprendizado, a fim de compreender a disciplina de Arquitetura de Computadores e
Hardware de forma dinâmica, facilitando assim o entendimento.
Na Unidade I, iniciaremos a nossa caminhada entendendo como aconteceu a evo-
lução dos computadores, enfatizando a importância de cada processo, de cada dificuldade
encontrada durante a sua trajetória. Abordaremos ainda como procede o processamento
de dados de um computador, levando em consideração que estamos tratando de uma
máquina, máquina essa que trabalha com códigos binários, e é composta por diversos
componentes. Ressaltaremos as diferenças entre hardware e software, compreendendo a
importância de cada um deles.
Ampliaremos o nosso conhecimento na Unidade II, no qual estudaremos sobre o
armazenamento e o processamento de dados e entendendo também como funciona os
todos os tipos barramentos. Por fim, mais não menos importante, compreenderemos como
trabalham os dispositivos de entrada e os dispositivos de saída.
Dando continuidade, abordaremos na Unidade III os processadores, compreen-
dendo como eles funcionam. Trataremos também a respeito da unidade lógica e aritmética
e das unidades de controles, tudo isso na unidade III. Passaremos para a Unidade IV
aprendendo quais são os tipos de memórias existentes e como elas trabalham, obtendo
entendimento também sobre a hierarquia de memória.
Não poderia deixar de aproveitar a oportunidade de reforçar que, você caro (a)
aluno (a), vai percorrer uma jornada de aprendizado, multiplicando assim os conhecimentos
sobre os diversos assuntos tratados nesta apostila. Espero contribuir para o seu crescimen-
to profissional e pessoal.

Muito obrigada e bom estudo!


SUMÁRIO

UNIDADE I....................................................................................................... 3
Introdução à Organização de Computadores

UNIDADE II.................................................................................................... 21
Componentes de Fluxo de Dados

UNIDADE III................................................................................................... 38
Unidade Central de Processamento

UNIDADE IV................................................................................................... 58
Memórias
UNIDADE I
Introdução à Organização de
Computadores
Professora Esp. Camila Sanches Navarro

Plano de Estudo:
● Evolução dos computadores;
● Processamento;
● O computador e seus componentes (Parte Física e Parte Lógica).

Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender o processo de evolução dos computadores;
● Entender como funcionam os processamentos de dados;
● Obter entendimento sobre os códigos binários;
● Compreender a diferença entre hardware e software,
estudando os componentes do computador.

3
INTRODUÇÃO

Inicialmente estaremos abordando na unidade um, a evolução dos computadores,


computadores esses que surgiram no século XX, tendo como proposta facilitar e agilizar o
dia a dia das pessoas que acabavam perdendo muito tempo para realizar algumas operações
matemáticas. Essa evolução dos computadores aconteceu de forma muito marcante, pois em
pouco tempo aconteceram muitas mudanças tanto da parte de hardware quando da parte de
software. Essas mudanças aconteceram, pois, existia a necessidade de encontrar técnicas
muito mais eficientes de processamento de dados juntamente com o avanço na tecnologia
em diferentes áreas, podendo citar, principalmente, a eletrônica e mecânica, que, por sua
vez, resultou nos aparelhos que estão no mercado atualmente (STALLINGS, 2002).
Na sequência, cuidadosamente abordamos alguns tópicos importantes, como por
exemplo, a linguagem binária e a memória do computador. Não podemos deixar de citar
que explicamos de forma detalhada como acontece o processamento de dados de um com-
putador, que por sua vez, possibilidade coletar, manipular e também fornecer resultados,
isso porque estamos tratando de uma máquina, composta de diferentes partes, podendo
ser denominado também como um equipamento de processamento eletrônico de dados.
Contudo, neste momento ficará claro quais os componentes que no esquema básico de
um processamento de dados são responsáveis por nos fornecerem esses resultados. O
software e o hardware, entre tantos outros podemos citar benefícios como a alta velocida-
de no processamento e disponibilização de dados e informações, a precisão ao fornecer
informações, a baixa nos custos operacionais e a divisão e compartilhamento de dados.
Abordaremos também caro (a) aluno (a) a diferença entre a parte física e a parte lógica do
computador, compreendendo que somente com a junção dos dois, podemos utilizar um
computador (PATTERSON, 2005).

UNIDADE I Introdução à Organização de Computadores 4


1. EVOLUÇÃO DOS COMPUTADORES

Segundo Tanenbaum (2007), Charles Babbage (1792-1871) dedicou grande parte


de sua vida e de seu patrimônio para projetar e construir o primeiro computador digital,
representado na imagem de abertura deste tópico, que na época foi considerado uma “má-
quina analítica”. Ele infelizmente nunca teve a oportunidade de ver ela operando de modo
apropriado, pois era mecânica e no período na qual foi construída não existia maquinário
nem tecnologia capaz de produzir peças de alta precisão das quais eram necessárias.

1.1 A história do computador


Foi em Harvard na década de 40 do século XX, que Howard Aiken; no instituto para
Estudos Avançados de Princeton, que John Von Neumann; Na Universidade da Pensilvâ-
nia, que J. Presper Eckert e Willian e na Alemanha que Konrad Zuse, que conseguiram com
um grande trabalho construir máquinas de calcular. Mauchley e Eckert durante a Segunda
Guerra Mundial, em meados de 1943, propuseram projeto de fabricação do primeiro com-
putador, e essa proposta surgiu como uma inovação que mudaria os caminhos da batalha,
pois o computador realizaria com menor margem de erro, ou seja, de maneira mais eficiente
cálculos balísticos. Em 1946 foi anunciado que o projeto foi concluído, ficou batizado como
ENIAC (Electronic Numerical Integrator and Computer – Computador Eletrônico Numérico
Integrado) (TANEMBAUM, 2007).

UNIDADE I Introdução à Organização de Computadores 5


O primeiro computador da história (ENIAC) pesava em média 30 toneladas, ocupa-
va várias salas e consumia uma potência média de 200.000 watts. Em 1955, já era muito
notória a evolução dos computadores até então, nesse mesmo ano um computador tinha
um custo de US $200.000.00 e pesava em média 3 toneladas e consumia apenas 50 kw de
potência. Com o passar dos anos, os transistores começaram a ser a base da eletrônica,
até a chegada da VLSI (Very Large Scale Integration – Integração em Escala Muito Alta) a
partir dessa chegada a fabricação de circuitos mais leves, que consomem menos energia,
por possuírem uma superfície menor de dissipação de energia por calor e eram menores
(TANEMBAUM, 2007).

1.2 Geração, evoluções e atual estágio


Com o passar dos anos é notória a evolução que os computadores apresentam,
mesmo que alguns conceitos persistam desde os primórdios da era digital. A nova geração
de computadores é composta e caracterizada por alguns saltos evolutivos e/ou comporta-
mentais. Você caro (a) aluno (a) poderá conhecer as gerações que sucederam os incríveis
computadores atuais. A linha do tempo com as datas de evoluções e gerações dos Sistemas
Operacionais e Arquitetura de Computadores, é querendo ou não de certa forma, vagas e
imprecisas, mas com certa organização (STALLINGS, 2002).

1.3 Primeira geração: Válvulas e Painéis de Programação (1945 a 1955)


Os primeiros computadores eram na verdade máquinas de calcular que possuíam
seus ciclos medidos em segundos (um ciclo é o tempo usado para buscar um dado, pro-
cessá-lo e voltar com o resultado) com a frequente utilização de relés mecânicos lentos o
tempo de um ciclo era muito alto, então mais tarde os relés foram trocados, e começaram
a utilizar válvulas (STALLINGS, 2002).
Segundo Stallings (2002), no texto seguinte a linha do tempo da primeira geração
e seus tópicos mais importantes estarão detalhados
● De 1943 a 1945 - Herman H e J. Presper Eckert, John V. Mauchly. Goldstine, nos
Estados Unidos, projetaram e criaram o ENIAC (Electronic Numerical Integrator
Computer), que mais tarde foi considerado o primeiro computador programável
universal, ele foi usado para cálculos balísticos, ou seja, em projetos de túneis
de vento, em uma simulação numérica para o projeto da bomba de hidrogênio e
geradores de números randômicos e em previsões meteorológicas.

UNIDADE I Introdução à Organização de Computadores 6


● Em 1946 - a equipe da Universidade de Manchester (Max Newman), com a
colaboração de Alan Turing, projetara e construíra do zero o Manchester Mark
I, que foi o primeiro a apresentar tela com visualização de dados contidos na
memória e teve o primeiro programa gravado, esse foi executado no dia 21 de
junho de 1948
● Em 1948 - Pela primeira vez o SSEC (Selective Sequence Electronic Calculator)
foi utilizado pela equipe da IBM. O SSEC era uma máquina híbrida que contava
com válvulas a vácuo e relés eletromecânicos.
● Em 1951 - J. Presper Eckert e John V. Mauchly projetaram e tiraram do papel
o UNIVAC (Universal Automatic Computer), o primeiro computador que foi co-
mercialmente aceito e bem sucedido, teve como principal aplicação a área de
administração.

1.4 Segunda geração: Computadores com transistores (1956 a 1965)


Em meados da década de 50 houve uma grande e radical mudança no quadro,
pois ocorreu a introdução dos transistores. Assim os computadores eram fabricados e co-
mercializados em grande número pois tornam-se confiáveis, suprindo a expectativa de que
funcionavam tempo suficiente para alguma tarefa útil fosse executada (TANEMBAUM, 2007).
A tecnologia: transistor e diodo discreto, que eram formados por núcleos magnéti-
cos de memória.

FIGURA 1 – TRANSISTORES

UNIDADE I Introdução à Organização de Computadores 7


Segundo Stallings (2002), esses aparelhos eram chamados de mainframes ou
computadores de grande porte. Ficavam em salas enormes, climatizadas em baixas
temperaturas para preservar a integridade dos inúmeros transistores que possuíam, como
apresentado na Figura 1. Essas máquinas eram de alto valor comercial, por esse motivo
apenas instituições de ensino como universidades e órgãos governamentais podiam cus-
tear os gastos para mantê-lo. Segue alguns exemplos:
● Os supercomputadores: o IBM 7030 (codinome Stretch) e o LARC (Livermore
Atomic Research Computer ou Computador de Pesquisas Atômicas): proces-
samento paralelo era realizado de forma primitiva, ou seja, aquele em que o
processador pode estar em outros estágios da execução de sua instrução.
● Os Minicomputadores: PDP-8 (que eram construídos com transistores e núcleos
magnéticos, foram comercializados a partir de 1963, e tiveram boa resposta no
mercado).
Com relação a tecnologia, houve diferentes novidades na arquitetura dos processa-
dores das máquinas: como os registradores de índices que eram utilizados para o controle
de loops e unidades de pontos flutuantes, essas características são especificidades para
cálculos com números e vírgulas, fazendo com que os cálculos fossem realizados de forma
mais rápida e precisa (STALLINGS, 2002).

1.5 Terceira geração: Circuitos Integrados (CI) (1966 a 1980)


Segundo Stallings (2002), na terceira geração a grande mudança e inovação foi
o uso de circuitos integrados (CI), de semicondutores com muitos transistores feitos com
apenas um componente. O circuito SSI (Integração em pequena escala ou Small-Scale
Integration) que possuíam cerca de 10 transistores por circuito ou por chip mudaram para
os MSI (Medium- Scale Integration ou integração em média escala) que possuíam 10x mais
transistores por circuito, ou seja, há 100 transistores. Dessa geração o grande astro foi o
microprocessador 4004, da Intel, que acabou equipando os principais supercomputadores.

Aqueles computadores que foram criados nessa época eram classificados como
minicomputadores ou supercomputadores:

UNIDADE I Introdução à Organização de Computadores 8


1.5.1 Supercomputadores

Processamento Vetorial:

● Solomon, da Westinghouse Corporation,


● IBM 360/91;
● STAR-100;
● TI-ASC;
● CDC 7600.

Processamento Paralelo:

● ILLIAC IV, desenvolvido, para o Departamento de Defesa Americano e a Univer-


sidade de Illinois, pela Burroughs.

1.5.2 Supercomputadores

● série PDP-11, da DEC.

1.6 Quarta geração: A era dos computadores pessoais (1981 a 1990)


De acordo com Tanenbaum (2007), com o desenvolvimento da Large Scale Inte-
gration – LSI, que são os circuitos integrados de larga escala, são chips que armazenam
milhares de transistores em apenas um centímetro quadrado de silício, surgiu então a era
dos PC, computadores pessoais (inicialmente chamados de microcomputadores) não di-
vergiam muito dos minicomputadores da classe PDP-11, mas o preço era claramente muito
diferente. O chip microprocessador tornou possível a qualquer indivíduo ter o seu próprio
computador pessoal.

A tecnologia que foi empregada nessa nova geração consistia em:

● A utilização de circuitos de larga escala (LSI - 1000 transistores por chip) e o


uso de circuitos de larguíssima escala (VLSI - 100.000 transistores por chip) na
construção dos processadores,
● Memórias utilizando circuitos semicondutores.

UNIDADE I Introdução à Organização de Computadores 9


Nessa geração, podemos citar os computadores:

Processamento Vetorial:

● CRAY 1;
● CRAY X-MP;
● CRAY 2;
● CYBER 205, que podia chegar a executar 800 milhões de operações por se-
gundo, com o que era considerado muita memória para o período e trabalhando
com 64 bits.

O Personal Minicomputer: 1974:

Mark 8, foi construído por Johnnatan Titus.

PC (Personal Computer ou computador pessoal) - Possuíam microprocessadores


8008 e 8080:

● Em 1975 (janeiro) - Altair 8800 (foi feito com o microprocessador Intel 8080);
● Em 1977 - Apple II;
● Em 1981 - PC IBM.

Nessa geração houve a criação dos floppy disks mais conhecidos como discos flexíveis

1.7 Quinta geração (1991 a 2000)


De acordo com Tanenbaum (2007), foi nessa geração que houve uma dissemina-
ção dos microcomputadores nas empresas e também um notório avanço das redes LAN
e WAN que significam respectivamente Local Area Network – Rede de Área Local e Wide
Area Network – Rede de Área Extensa. Como consequência do avanço na criação de
processadores, computadores com alta escala de integração começaram a ser fabricados.
Certos tópicos dessa geração podem ser citados:
● A tecnologia: circuitos integrados com um milhão de transistores por chip;
● A memórias semicondutoras como padrão;
● O processamento em paralelo generalizado;
● O uso de redes de computadores e estações de trabalho.

UNIDADE I Introdução à Organização de Computadores 10


1.8 Computadores do século XXI
De acordo com Tanenbaum (2007), foi nessa década que houve uma evolução
exponencial: Os microprocessadores ficaram cada vez mais rápidos e altamente incorpo-
rados com memórias cache internas, disco rígido com maior capacidade e SSD, memórias
de grande velocidade e capacidade, dentre outras mudanças de periféricos, como impres-
soras, monitores e projetores. Ainda nessa geração vale citar:

● A tecnologia: a grande mudança na velocidade e no processamento paralelo junto


ao processamento vetorial;
● O aumento e a mudança das redes de computadores;
● A aplicação tanto na área comercial, como na ciência e na tecnologia, mas princi-
palmente na educação e pesquisa.

No Brasil os computadores se tornaram cada vez mais pessoais, isso por que à
instalação de indústrias facilitou a produção e comércio destes equipamentos.

UNIDADE I Introdução à Organização de Computadores 11


2. PROCESSAMENTO

Podemos dizer, caro (a) aluno (a), que um computador é uma máquina capaz de
metodicamente coletar informações, processar essas informações e fornecer os resulta-
dos obtidos com a manipulação dos objetos. Em muitos casos, notamos que por ser uma
máquina composta por diversos circuitos e componentes eletrônicos, como apresentado
na Imagem de abertura do tópico, um computador pode ser conhecido também por equipa-
mento de processamento eletrônico de dados (AMARAL, 2010).

2.1 Processamento de dados


Quando falamos de processamento de dados, seja ele um processamento manual
ou um processamento automático, visamos sempre obter como resultado final a informação
desejada, podendo ser chamada também de “produto acabado”. Contudo, os dados neces-
sitam ser processados para que se obtenha um resultado satisfatório, seja ele para alguém
ou, para até mesmo o computador (AMARAL, 2010).
Sendo assim caro (a) aluno, o computador processa todos os dados recebidos por
meio de um conjunto de instruções predefinidas pelo mesmo, para assim produzir resulta-
dos precisos, completos sem muita intervenção humana (AMARAL, 2010).

UNIDADE I Introdução à Organização de Computadores 12


2.2 Benefícios do processamento de dados
Segundo Amaral (2010), podemos citar alguns dos benefícios do processamento
de dados, sendo eles:
● Obtemos uma grande velocidade no processamento e fornecimento de
informações;
● Conseguimos obter muita precisão no fornecimento de todas as informações;
● Conseguimos adequar para executar tarefas que são repetitivas;
● Obtemos uma grande redução de custos operacionais;
● Conseguimos realizar o compartilhamento de dados com precisão.

Contudo caro (a) aluno (a), podemos dizer que o avanço tecnológico aliado a cons-
tante busca por técnicas mais eficientes de processamento de dados, resultou no desen-
volvimento de computadores capazes de receber, armazenar e processar dados com muito
mais eficiência e agilidade em comparação com os meios manuais utilizados antigamente
(AMARAL, 2010).

2.3 Capacidade de armazenamento de dados


Quando falamos sobre o tema computador caro (a) aluno (a), é de extrema impor-
tância levar em consideração a capacidade de armazenamento do mesmo, isso devido ao
fato de que quando realizamos qualquer tarefa no computador, estamos trabalhando com
arquivos que podem eventualmente ser armazenados para utilizar posteriormente, assim,
ao armazenarmos algo, estamos ocupando um determinado espaço (STALLINGS, 2002).

2.4 Código Binário


Já ouviu falar em códigos binários caro (a) aluno (a)?
Medimos a água em litros, a farinha em quilos e todos os dados de um computador são
medidos em bits ou bytes. Denominamos “bit” (binary digit) cada valor do código binário, sendo
ela a menor unidade de informação, representados pelo número 0 e 1 (STALLINGS, 2002).
Com um único bit não conseguimos representar nenhuma informação complexa caro
(a) aluno (a), sendo assim, agrupamos e combinamos os bits. Em sua primeira fase de agru-
pamento, reunimos um conjunto de oito bits, recebendo o nome de Byte. (STALLINGS, 2002).
Entretanto, a unidade de armazenamento byte é considerada ainda pequena
quando necessitamos indicar valores maiores, assim, utilizamos múltiplos do byte, sendo
eles o quilobyte, o megabyte, o gigabyte, o terabyte, o pentabyte, o hexabyte e o yotabyte
(MONTEIRO, 2007).

UNIDADE I Introdução à Organização de Computadores 13


● 1 Byte = 8 bits
● 1 kilobyte (KB ou Kbytes) = 1024 bytes
● 1 megabyte (MB ou Mbytes) = 1024 kilobytes
● 1 gigabyte (GB ou Gbytes) = 1024 megabytes
● 1 terabyte (TB ou Tbytes) = 1024 gigabytes
● 1 petabyte (PB ou Pbytes) = 1024 terabytes
● 1 exabyte (EB ou Ebytes) = 1024 petabytes
● 1 zettabyte (ZB ou Zbytes) = 1024 exabytes
● 1 yottabyte (YB ou Ybytes) = 1024 zettabytes

UNIDADE I Introdução à Organização de Computadores 14


3. O COMPUTADOR E SEUS COMPONENTES (PARTE FÍSICA E PARTE LÓGICA)

Abordaremos nesta seção, caro (a) aluno (a), a diferença entre a parte física e a
parte lógica do computador, compreendendo que a junção dos dois, como abordado na
Figura 05, faz com que possamos utilizar um computador.

3.1 Hardware
Patterson (2005), explica que o termo hardware é utilizado para definir todos os
componentes físicos, sendo eles mecânicos, magnéticos e eletrônicos presentes no com-
putador, em outras palavras, hardware é a máquina. Podemos dividir o hardware de um
computador em quatro categorias, o processador, a placa-mãe, a memória e os dispositivos
de entrada e saída, como apresentado na Figura 2.

FIGURA 2 – REUNIÃO DO MANIFESTO ÁGIL

UNIDADE I Introdução à Organização de Computadores 15


3.2 Processador
Os processadores (Central Processing Unit - CPU), também conhecidos como
Unidade Central de Processamento, ele fica acoplado na placa-mãe, e são responsáveis
por executar todos os “cálculos” necessários, com o intuito de fornecer os resultados espe-
rados. Na Figura 3, temos os dois modelos mais utilizados atualmente, o processador Intel
e o processador AMD (PATTERSON, 2005).

FIGURA 3 – PROCESSADOR INTEL X AMD

3.3 Memória
Patterson (2005) explica que a memória do computador é composta por diversos
dispositivos que servem para armazenar instruções e dados, sejam eles de modo tempo-
rário ou de modo permanente. Contudo, podemos classificar dois tipos de memórias, a
memória principal e a memória secundária.
A memória principal apresenta uma alta velocidade e uma baixa capacidade de
armazenamento, ela é acessada pelo processador diretamente e armazena os dados de
modo temporário. Ela é formada pela memória RAM (Random Access Memory), representa-
do na Figura 4, conhecida também como memória de acesso aleatório, tendo como função
o armazenamento das informações que estão sendo utilizadas no trabalho do processador.
Já as memórias secundárias, ou memória ROM (Read Only Memory), conhecida também
como memória somente para a leitura, representado na Figura 5, que armazena todas as
instruções de inicialização do computador (PATTERSON,2005).

FIGURA 4 – MEMÓRIA PRINCIPAL

UNIDADE I Introdução à Organização de Computadores 16


FIGURA 5 – MEMÓRIA SECUNDÁRIA

3.4 Placa-Mãe
Patterson (2005), explica que no inglês a placa mãe que é chamada de mother-
board ou mainboard, representada na Figura 6, ela fica responsável pela interligação de
todos os mecanismos que o compõem. A placa mãe é considerada o sistema nervoso de
um computador, se o processador for considerado o cérebro, eles se comunicam de forma
essencial (PATTERSON, 2005).

FIGURA 6 – PLACA-MÃE

3.5 Software
No princípio, os constituintes eletrônicos do computador eram operados ma-
nualmente. Depois foi elaborado uma maneira de ensiná-los a realizar tarefas quando
solicitado, tornando o manuseio do computador algo mais fácil. Surgindo então o software
(TANENBAUM, 2007).
Softwares pode ser caracterizado como a parte lógica do computador, em outras
palavras, o Software passa um conjunto de instruções e dados para os componentes físicos
do computador, para que assim seja possível executar uma determinada tarefa, solicitada
inicialmente. Contudo, podemos acrescentar ainda caro (a) aluno (a) que os softwares tem
como função facilitar a interação dos usuários com todos os componentes físicos de um
computador, fazendo com que o computador tenha uma finalidade realmente útil para seus
usuários (TANENBAUM, 2007).

UNIDADE I Introdução à Organização de Computadores 17


Segundo Tanenbaum (2007), nós podemos separar um software em dois grupos, os
softwares básicos e os aplicativos. Dentro do grupo de softwares básicos temos o BIOS, os
programas fornecidos pelo fabricante do computador e o Sistema Operacional (SO), sendo
o SO o software responsável por gerenciar o computador, em outras palavras, ele torna o
computador operacional, gerenciando a comunicação entre todos os seus componentes,
além dos recursos gráficos, que por sua vez possibilita uma melhor comunicação entre
o usuário e o computador. Quando falamos de softwares aplicativos, estamos tratando
dos softwares desenvolvidos para auxiliar o usuário a realizar uma determinada tarefa,
podemos citar como exemplo caro (a) aluno (a) os softwares desenvolvidos para a edição
de textos, de imagens, vídeos e entre outros.

SAIBA MAIS

Tanenbaum (2007) explica que o BIOS (Basic Input / Output System) é o primeiro sof-
tware executado quando ligamos o computador. Ele tem a função de reconhecer os
componentes de hardware instalados no computador e verificar se todos estão funcio-
nando como o esperado.

Fonte: TANENBAUM, Andrew S. Organização Estruturada de Computadores. Tradução da 5ª edição.

Editora Prentice Hall Brasil, 2007.

REFLITA

O homem desenvolve os softwares com linguagens de alto nível, que possuem compi-
ladores que transformam a linguagem escrita pelo homem em uma linguagem binária,
que o computador compreende (TANENBAUM, 2007).

Fonte: TANENBAUM, Andrew S. Organização Estruturada de Computadores. Tradução da 5ª edição.

Editora Prentice Hall Brasil, 2007.

UNIDADE I Introdução à Organização de Computadores 18


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Caro aluno (a), ao final desta unidade podemos concluir que a evolução dos com-
putadores teve início ainda na década de 40, juntamente à outras evoluções alinhadas
(destacando a evolução eletrônica, que foi essencial para que esta conseguisse acontecer
de forma “natural”), desde a substituição das válvulas, pelos transistores, transistores estes
que conseguiram resolver os problemas encontrados relacionados ao superaquecimento,
que resultavam em queimas frequentes das válvulas, até as grandes inovações do merca-
do, que vem mostrando que desde o início, a tendência é reduzir o tamanho das máquinas
aumentando a capacidade de armazenamento e de processamento de cada uma delas
(TANENBAUM, 2007).
Podemos notar que cada componente tem a sua importância na composição de
um computador, em que, na parte física, conhecida como hardware, em outras palavras, a
máquina, citamos o processador, responsável por executar todos os cálculos necessários,
a placa-mãe, responsável por interligar todos os demais componentes, a memória, que por
sua vez, podem armazenar de forma temporária ou por um período de tempo considera-
velmente maior e por fim os dispositivos de entrada e saída de dados. Quando falamos da
parte lógica do computador estamos nos referindo aos softwares, que são responsáveis
de passarem um conjunto de instruções para os componentes físicos de um computador
(TANENBAUM, 2007).
Conseguimos ver que para cada diferente tarefa que for de seu desejo realizar usan-
do um computador, existe um programa específico. Por exemplo, para que um computador
seja capaz de reproduzir um DVD, deve possuir um programa capaz de reproduzir mídias.
Com exceção dos aplicativos, que não necessariamente realizam tarefas específicas, todos
os outros tendem a realizar apenas uma ação. Também foi possível compreender a relação
entre o processamento de dados, a capacidade de armazenamento de dados e o código
binário (TANENBAUM, 2007).

UNIDADE I Introdução à Organização de Computadores 19


MATERIAL COMPLEMENTAR

FILME / VÍDEO
Título: A Rede Social
Ano: 2010.
Sinopse: Narrar a trajetória de Mark Zuckerberg e a maior rede
social do mundo, desde a concepção da ideia até as brigas judi-
ciais por direitos autorais do Facebook, é o foco central desse filme
que, definitivamente, todos os estudantes da área de Ciência da
Computação deveriam assistir. Além de mostrar o brilhantismo do
nerd introspectivo de Harvard para dar vida ao Facebook, o filme
é também uma lição de empreendedorismo, algo extremamente
importante em meio a um mercado tão competitivo como o da
tecnologia.

LIVRO
Título: Arquitetura e Organização de Computadores
Autor: Willian Stallings.
Editora: Pearson Education do Brasil.
Sinopse: Este livro trata da estrutura e função dos computado-
res. Sua finalidade é apresentar, da forma mais clara e completa
possível, a natureza e as características dos sistemas compu-
tacionais da atualidade. Essa tarefa é desafiadora por diversos
motivos. Primeiro, existe uma grande variedade de produtos que
podem justificadamente ostentar o nome de computador, desde
microprocessadores de um único chip, que custam alguns poucos
dólares, até supercomputadores, que custam dezenas de milhões
de dólares. A variedade existe não apenas no custo, mas também
no tamanho, no desempenho e nas formas de aplicação. Segundo
o rápido ritmo das mudanças que sempre caracterizou a tecno-
logia associada aos computadores continua sem descanso. Tais
mudanças atingem todos os aspectos da tecnologia associada aos
computadores, desde as tecnologias básicas do circuito integrado,
usadas para construir componentes do computador, até o uso cada
vez maior dos conceitos de organização paralela na combinação
desses componentes.

UNIDADE I Introdução à Organização de Computadores 20


UNIDADE II
Componentes de
Fluxo de Dados
Professora Esp. Camila Sanches Navarro

Plano de Estudo:
● Armazenamento e processamento de dados;
● Barramentos;
● Dispositivos de entrada e saída.

Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender os o armazenamento e o processamento de dados;
● Entender como funcionam os barramentos;
● Obter entendimento sobre todos os dispositivos de entrada, os dispositivos
de saída, os dispositivos mistos e os de armazenamento.

21
INTRODUÇÃO

Nesta unidade, você caro aluno (a), primeiramente terá a oportunidade de conhe-
cer o armazenamento e o processamento de dados, que você verá ser resumido em três
fases: a entrada dos dados, o processamento propriamente dito e a saída dos dados já
processados. Ainda nesta unidade você verá: o modelo de interconexão dos principais
componentes, conhecer as características e também as estruturas que são consideradas
básicas dos barramentos (MONTEIRO, 2007).
Será possível conhecer o computador da forma mais pura que se tem, como o
conjunto de módulos de três tipos básicos, o processador, a memória e o E/S, estes se
comunicam entre eles para manter o bom funcionamento, ou seja, a comunicação mútua
entre eles é de extrema importância, você aprenderá como são elaborados o que chama-
mos de agrupamento de caminhos que conectam os diferentes módulos é chamado de
estrutura de interconexão (MONTEIRO, 2007).
No tópico 02 desta unidade será apresentado a forma como os barramentos fun-
cionam e são elaborados, os barramentos é apenas um conjunto de linhas de comunicação
que consegue permitir a interligação entre o processador, a memória e outros periféricos, é
chamado de barramentos específicos para praticamente todos. Como será mostrado, são
os barramentos que conectam quase todos os tipos de componentes do computador, com a
placa mãe na linguagem popular, ele é o encaixe de que cada peça precisa para funcionar
corretamente. Há barramentos específicos para quase todos os componentes conectados
a um sistema (PATTERSON, 2014).
E para concluir a unidade você conhecerá a fundos dispositivos de entrada e saída,
que são aqueles que ficam encarregados de incorporar e extrair informação de um com-
putador. Eles se enquadram na Arquitetura de Von Neumann, que consegue explicar as
principais partes de um computador (PATTERSON, 2014).

UNIDADE III Componentes


Introdução à Organização
de Fluxo de de
Dados
Computadores 22
1. ARMAZENAMENTO E PROCESSAMENTO DE DADOS

De acordo com Patterson (2014) os dados recebidos são transformados em infor-


mações pelo computador, esse processo é realizado pelo hardware (pela parte física), e
também pelo software, que é a parte responsável pela conversão e o processamento de
dados, mudando-o para informações.
● O computador é a máquina que possui capacidade de realizar os cálculos que
são considerados de extrema dificuldade pelos grandes matemáticos, da mesma forma
ocorre com as mais difíceis informações que são introduzidas nele e a partir daí são pro-
cessadas, para ter um resultado rápido e eficaz (PATTERSON, 2014).
● As Informações: em uma linguagem simplificada é a matéria-prima que o compu-
tador utiliza para trabalhar, são condições, fatos ou situações (PATTERSON, 2014).
● Dados: É um registro da informação, o elemento básico, ele deve servir para
iniciar uma decisão, uma medida ou um cálculo, os resultados do processamento de dados
são as informações. Por exemplo: quantidade de horas trabalhadas, peças em estoque ou
até mesmo o nome de algum funcionário (PATTERSON, 2014).

1.1 Fases do Processamento de Dados:


O processamento de dados acontece da seguinte maneira: Inicialmente se dá a
entrada dos dados, na sequência acontece o processamento dos dados requisitados inicial-
mente para que assim ocorra a saída dos dados esperados (PATTERSON, 2014).

UNIDADE III Componentes


Introdução à Organização
de Fluxo de de
Dados
Computadores 23
ENTRADA DE DADOS > PROCESSAMENTO DE DADOS > SAÍDA DE DADOS

● Entrada de dados: É a busca e o agrupamento de dados “brutos”, sem nenhuma


modificação (dados não trabalhados) (PATTERSON, 2014).
● Processamento de dados: É a parte do processo cujo ocorre a transformação dos
dados “brutos” nos dados que são desejados, os dados úteis (PATTERSON, 2014).
● Saída de dados: está relacionada a produção da informação útil, que normal-
mente é em forma de relatórios ou documentos (PATTERSON, 2014).

UNIDADE III Componentes


Introdução à Organização
de Fluxo de de
Dados
Computadores 24
2. BARRAMENTOS

Patterson (2014) define o barramento como sendo um conjunto de linhas de trans-


missão que possibilitam a junção entre dois dispositivos, como o processador, a memória
e outros periféricos, como apresentado na Imagem de abertura deste tópico. Essas linhas
de transmissão realizam o processo de transmitir as informações entre o processador e os
outros periféricos.
Sem entrarmos em termos técnicos caro (a) aluno (a), o barramento é o encaixe
na placa-mãe que cada peça necessita para funcionar como esperado, devemos levar em
consideração que praticamente todos os componentes de um computador, sendo eles
processadores, memórias, placa de rede, placa de vídeo e entre outros são conectados por
meio de barramentos a placa-mãe do computador (PATTERSON, 2014).
Existem algumas particularidades quando falamos de barramentos, pois existem
barramentos específicos para quase todos os componentes conectados na placa-mãe, na
sequência trataremos sobre alguns tópicos a respeito de barramentos (PATTERSON, 2014).

2.1 Os Sistemas de Barramento


Quando falamos sobre barramento, podemos dizer que ele nada mais é do que
um conjunto de linhas de comunicação, também conhecido como condutor elétrico ou fibra
óptica, que, por sua vez, possibilita a junção entre os componentes de um computador
(PATTERSON, 2014).

UNIDADE III Componentes


Introdução à Organização
de Fluxo de de
Dados
Computadores 25
Patterson (2014) explica que o desempenho que o barramento obtém é calculado
(medido) pela sua largura de banda, sendo ela a quantidade de bits que conseguem ser
transmitidos ao mesmo tempo, geralmente são potências de dois.
● 8 bits;
● 16 bits;
● 32 bits;
● 64 bits, etc.

Patterson (2014) acrescenta que ocorre também pela velocidade da transmissão


calculada em bps e bits por segundo, como por exemplo:
● 10 bps;
● 160 Kbps;
● 100 Mbps;
● 1 Gbps etc.

2.2 As Funções do Barramento


De acordo com Patterson (2014), existem três funções diferentes nos barramentos,
sendo elas a comunicação de dados, a comunicação de endereços e a comunicação de controle.
● Comunicação de Dados (Tipo bidirecional): Responsável por realizar o transporte
dos dados.
● Comunicação de Endereços (Tipo unidirecional): Responsável por realizar o
direcionamento do endereço de memórias dos dados que o processador neces-
sita enviar ou retirar.
● Comunicação de Controle: função que controla as ações dos barramentos ante-
riores. Controla solicitações e confirmações. Tipo bidirecional.

2.3 A Hierarquias de Barramentos


● Quanto maior for o número de dispositivos conectados, maior será o compri-
mento do barramento;
● Sendo assim, maior será o atraso na propagação dos sinais;
● Atraso esse que define o tempo que um dispositivo vai obter o controle do barramento;
● Esse atraso pode ainda comprometer o desempenho;
● Quando a demanda de dados começa a se aproximar da sua capacidade de
transmissão, o barramento pode se tornar um gargalo;

UNIDADE III Componentes


Introdução à Organização
de Fluxo de de
Dados
Computadores 26
● Quando aumentamos a largura do barramento conseguimos solucionar o proble-
ma, só que em contrapartida ampliamos o espaço ocupado pelos dispositivos;
● Podemos também aumentar a velocidade de transferência, embora nem todos
os dispositivos consigam trabalhar com velocidades altas;
● Sendo assim, temos como solução criar uma hierarquia de barramentos;
● Quando trabalhamos com um sistema hierárquico de barramentos teremos
diversos níveis de barramentos, todos separados pela prioridade e velocidade;
● Todos os níveis se Segundo Patterson (2014), segue a hierarquias de barra-
mentos: comunicam através de interfaces.

2.4 Os tipos de Barramentos


De acordo com Patterson (2014), os barramentos na arquitetura de computadores
são divididos em:

● Barramento do Processador:
O barramento do processador é utilizado internamente pelo processador para
encaminhar sinais para os demais componentes do sistema computacional. Com o passar
dos anos os barramentos dos processadores, também conhecidos como barramento de
transferência de dados, vêm sendo aprimorados com o intuito de aumentar a velocidade de
processamento de dados (PATTERSON, 2014).

● Barramento de Cache
O barramento de cache é totalmente dedicado para o acesso à memória cache do
computador, sendo ela a memória estática com alto desempenho, memória essa que fica
próximo ao processador (PATTERSON, 2014).

● Barramento de Memória
O Barramento de Memória fica sendo o responsável por realizar a conexão da
memória principal com o processador. Esse barramento é considerado um barramento de
alta velocidade (PATTERSON, 2014).

UNIDADE III Componentes


Introdução à Organização
de Fluxo de de
Dados
Computadores 27
● Barramento de Entrada e Saída
O barramento de entrada e saída (E/S) é o responsável por realizar a comunicação
entre as diversas interfaces e periféricos, todos conectados à placa-mãe, tornando assim,
possível a instalação de novas placas. Os periféricos não se conectam diretamente no
barramento pelo fato de que existem uma grande variedade de periféricos, cada um com
um método de operação, tornando assim inviável incorporar no processador diversas lógi-
cas de controle. Podemos acrescentar ainda que a taxa de transferência de dados de um
periférico é considerada muito baixa, fazendo com que seja inviável utilizar um barramento
de alta velocidade para a comunicação com um periférico (PATTERSON, 2014).
O barramento de entrada e saída possibilita a conexão de dispositivos como:
● Placa gráfica;
● Rede;
● Placa de Som;
● Mouse;
● Teclado;
● Modem; etc.
● Temos como exemplos de Barramentos de Entrada e Saída:
● AGP;
● AMR;
● EISA;
● IrDA;
● ISA;
● MCA;
● PCI;
● PCI-e;
● Pipeline;
● SCSI;
● VESA;
● USB;
● PS/2.

● Barramento de Dados
O barramento de dados é o responsável por conduzir as informações de uma
instrução (por meio de códigos de operações), informações da variável do processamento
(podendo ser um cálculo intermediário de uma determinada fórmula) e informações de
um periférico de entrada e saída (representado por um dado digitado em um teclado, por
exemplo) (PATTERSON, 2014).

UNIDADE III Componentes


Introdução à Organização
de Fluxo de de
Dados
Computadores 28
3. DISPOSITIVOS DE ENTRADA E SAÍDA

Os dispositivos conhecidos como dispositivos de entrada e saída são aqueles


responsáveis por introduzir e extrair informações de um computador, como apresentado
na Imagem deste tópico. Eles estão dentro da Arquitetura de Von Neumann, que decifram
as partes mais importantes de um computador. Assim como os todos estes dispositivos
passaram por uma evolução, fazendo com que hoje existam variantes que a pouco eram
tidas como impossíveis (TANENBAUM, 2007).

3.1 As Controladoras de Entrada/Saída e os Dispositivos.


De acordo com Tanenbaum (2007), as entradas e saídas são constituídas de um
componente eletrônico e um mecânico, em que o elemento eletrônico é denominado como
controlador de dispositivo ou chamado de adaptador. Normalmente nos PCs, o controlador
de dispositivo é conhecido em forma de uma placa de circuito impresso.
Nesta placa, existe um conector que pode ou não ser plugado a outros dispositivos,
isso vai depender da existência de uma interface baixa que fica entre o controlador e um
dispositivo (TANENBAUM, 2007).
Existe um registrador para cada controlador de dispositivo, esses registradores são
usados para enviar informações para o processador. O sistema operacional pode adminis-
trar o dispositivo para executar, desligar ou aceitar, através da escrita nos registradores do
controlador de dispositivo (TANENBAUM, 2007).

UNIDADE III Componentes


Introdução à Organização
de Fluxo de de
Dados
Computadores 29
O sistema operacional (S.O) a partir da escrita nos registradores, pode saber o es-
tado que se encontra um dispositivo, se ele está ou não apto a executar um novo comando,
os buffers são os meios pelos quais o S.O lê e escreve (TANENBAUM, 2007).

3.2 O Hardware
De acordo com Tanenbaum (2007) existem os dispositivos de:
● Entrada;
● Saída;
● Entrada/Saída (Mistos);
● Armazenamento.

3.3 Os Dispositivos considerados de Entrada


São considerados dispositivos de entradas aqueles que de alguma forma permitem
a comunicação no sentido do usuário para a máquina, onde aquele que está utilizando
pode manipular e modificá-lo (PATTERSON, 2014).

3.3.1 Alguns exemplos de dispositivos de entrada:


● Os Teclados - permitem digitar e inserir dados ou instruções para o computador
(PATTERSON, 2014)
● Os Mouses - permitem realizar a introdução de ordens para o computador,
através da emissão de sinais eléctricos e deslocar no ecrã o ponteiro (PAT-
TERSON, 2014).
● Os Joysticks - são utilizados frequentemente para jogar, mas podem possuir
uma enorme variedade de formas e funções, uma aplicação multimídia, por
exemplo, pode ser controlada (PATTERSON, 2014).
● Os Touchpads - Os Touchpads substituem os mouses, nos computadores por-
táteis. A maioria dos dispositivos atuais têm quase todas as funções que podem
ser desempenhadas pelos mouses (PATTERSON, 2014).

3.4 Os Dispositivos considerados de Saída


Os dispositivos de saída são aqueles que conseguem permitir a comunicação no
sentido do computador para o utilizador (PATTERSON, 2014).

UNIDADE III Componentes


Introdução à Organização
de Fluxo de de
Dados
Computadores 30
3.4.1 Alguns exemplos de dispositivos de saída:
● As Placas Gráficas - Cabe a esses dispositivos a responsabilidade pela interli-
gação do processador com o monitor. As placas gráficas podem ser diferencia-
das por suas características, como por exemplo a capacidade de memória, a
resolução e o número de cores (PATTERSON, 2014).
● As Impressoras - São os dispositivos que possibilitam a impressão dos resul-
tados das operações que foram processadas pelo computador. As impressoras
diferem nas suas características como ppm (número de páginas que imprime
por minuto), a tecnologia que é responsável pela impressão, se é uma impres-
sora a laser, a jacto, dentre outras e a dpi (pontos por polegada ou resolução)
podendo ou não ter scanners incorporadas (PATTERSON, 2014).
● Os monitores - os monitores são os principais meios de interação entre o compu-
tador e o utilizador. Diferenciando-se na resolução das imagens, na frequência e
nas dimensões, por exemplo (PATTERSON, 2014).

3.5 Os dispositivos considerados de Entrada/Saída (Mistos)


Esses dispositivos são capazes de realizar a comunicação em ambos os sentidos,
tanto do utilizador para o computador quanto do computador para o utilizador (PATTER-
SON, 2014).

3.5.1 Exemplos de dispositivos de Entrada/Saída (Mistos):


● As Placas de Som: essas podem suportar MIDI e áudio digital, aumentando
então a capacidade de para gravar e reproduzir sons, isso só é possível a partir
do computador. Estas permitem a ligação de microfones, alto-falantes, unidade
de leitura de CD, entre outros, no computador (PATTERSON, 2014).
● Os Dispositivos para Ligação a Redes: Possibilitam a ligação do computador a
uma rede de computadores. Por exemplo: modems, dispositivos de conexão via
bluetooth e placas de rede (PATTERSON, 2014).
● O Touch Screens: substituiu a utilização dos mouses, por serem de fácil utiliza-
ção, são muito comuns em postos de venda e são simplesmente ecrãs com alta
sensibilidade ao toque, em que nos é apresentada as informações solicitadas
(PATTERSON, 2014).
● As Placas de captura de TV - Permitem que tenha uma sintonia de sinais nas
televisões e rádios. A sua principal função é fazer a conversão de sinais ana-
lógicos em digitais, para que então possam ser processados pelo computador
(PATTERSON, 2014).

UNIDADE III Componentes


Introdução à Organização
de Fluxo de de
Dados
Computadores 31
3.6 Os atuais Métodos de Entrada/Saída
De acordo com Weber (2004), originalmente a comunicação realizada entre o pro-
cessador e os periféricos era administrada por um agrupamento especial de instruções de
entrada e saída executadas pelo próprio processador. Com as interfaces, o processador
poderia solicitar que fosse iniciado a passagem de dados à controladora, fazendo com
que o processador possa testar o estado do dispositivo, podendo assim conferir se as
operações de entrada e de saída foram concluídas corretamente. Contudo, o processador
ficava em um loop de espera e teste, conhecido também como busy wait.
Ainda de acordo com Weber (2004), outra maneira de liberar o processador para
outras funções e, em intervalos programados, realizar a testagem do dispositivo (polling).
Este processo de liberação de espaço possibilitou a criação dos primeiros sistemas multi-
programáveis, que só pode ocorrer pois o período que era gasto para a realização de duas
varreduras consecutivas da máquina (ou seja, entre dois pollings), o processador ficava
livre para poder executar outras diferentes tarefas. O polling é usado atualmente nas linhas
de comunicação serial. São apenas dois tempos de espera:
Os Polling é quando o processador realiza um questionamento das interfaces de
entrada e saída para então receber a informação da disponibilidade do dispositivo.
O tempo que a transferência de dados está sendo realizada.

3.7 Interrupção de Entrada e Saída:


De acordo com Weber (2004), nesta organização, o processador envia a instrução
da entrada e saída para a interface, logo em seguida muda o seu foco para executar outra
tarefa. A interface certifica o estado do dispositivo em questão, e assim que estiver apto para
começar uma transferência de informações com o processador, a interface avisa com uma
interrupção, o processador, notificando de que os periféricos estão prontos para transmitir.
O processador então terá apenas o tempo da transferência de dados para ficar ociosa, mas
se o programa for dependente desta transferência para realizar a próxima função, será
necessário que o processador espere assim como no item 1.

3.8 Interrupções de Software


De acordo com Weber (2004), as interrupções de software, conhecidas também
como Traps ou Exceptions, acontecem devido a um evento gerado pela execução de uma
determinada instrução. Podemos citar como exemplo uma divisão por zero, um código de
operação inválido, overflow, uma tentativa de acesso a um espaço de memória inexistente,
a uma tentativa de acesso a um espaço de memória protegida. Outro evento que pode
ocorrer a interrupção de software é um evento programado.

UNIDADE III Componentes


Introdução à Organização
de Fluxo de de
Dados
Computadores 32
Pode acontecer de um ou mais dispositivo encaminharem um sinal de interrupção
ao processador, fazendo com que o processador atenda uma solicitação por vez, levando
em consideração primeiramente o dispositivo de mais alta prioridade (WEBER, 2004).
Segundo Weber (2004), são consideradas prioritárias para o atendimento as inter-
rupções ocasionadas por:
● Uma emergência de hardware, como por exemplo o atendimento ao reset, co-
nhecido também como reinicialização, além dos erros de hardware, como por
exemplo o erro de paridade de memória
● Eventos considerados de alta prioridade;
● Entrada e Saída de dispositivos considerados de alta velocidade.

Weber (2004) acrescenta que quando estamos realizando um atendimento a uma


interrupção, o processador não conseguirá atender simultaneamente outra interrupção.

3.9 O Acesso Direto à Memória ou DMA (que está implementada na


controladora)
Nesta fase da tecnologia, um contra tempo atrapalhava a continuidade do proces-
so, pois em toda mudança de dados da memória para os periféricos uma intervenção do
processador era necessária. A técnica utilizada é a DMA (Acesso direto à memória) que
consiste na transferência de informações entre a memória e os periféricos, com a interrup-
ção do processador apenas no começo e ao termino da transferência (WEBER, 2004).
Ainda segundo Weber (2004) Considerando que quando o processador necessita
fazer a leitura ou até mesmo gravar um agrupados de informações em um dispositivo de
entrada ou saída, o processador emite um comando único para o controlador do acesso
direto à memória e nesse comando é de extrema necessidade as seguintes informações:
● O tipo de tarefa que será realizada pelo dispositivo de entrada e saída;
● O endereço final do dispositivo que é desejado;
● O endereço de origem da MP em que o agrupado de informações será proces-
sado e/ou gravado;
● O valor total de bytes que serão processados ou gravados, ou seja, o tamanho
do bloco de dados.

UNIDADE III Componentes


Introdução à Organização
de Fluxo de de
Dados
Computadores 33
Segundo Weber (2004), o modelo de transferência de acesso direto à memória, faz
com o que o processador fique livre para realizar outras funções e ao terminar a operação
de transferência, O controlador de acesso direto à memória notifica o processador (essa
notificação vem em forma de interrupção) informando que a transferência necessária foi
realizada com sucesso e então os dados tornam-se disponíveis. Recebe o nome de “buffer”
a área de memória utilizada pelo controlador.
Ainda segundo Weber (2004), temporariamente o controle do barramento do
sistema pode ser assumido pelo controlador do acesso direto à memória. Para que isso
aconteça é de grande necessidade que o processador paralise o acesso aos barramentos.
Um barramento de dados é necessário para transferência de dados e instruções tanto pelo
processador quanto pelos controladores de entrada e saída. De tal forma quando ocorrer
necessidade da utilização do barramento pelo dispositivo de acesso direto à memória e o
processador, mutuamente, resultará na necessidade que um controlador, chamado de arbi-
trador, faça o controle do acesso ao barramento, selecionando aquele que terá prioridade
para acessar o barramento.
A prioridade normalmente é para dispositivos como por exemplo a unidade de disco
magnético, pois há o risco de perda de dados já que este é um dispositivo com partes
móveis que não devem em nenhuma circunstância parar. Se o processador em algum
instante não disputar pelo acesso ao barramento, ele poderá ter acesso e usufruir de os
todos os ciclos de barramentos. Mas quando algum outro dispositivo necessitar de acesso
aos barramentos, para que a transferência de dados do dispositivo seja realizada, ocorrerá
o “roubo” de ciclos de barramentos (WEBER, 2004).

UNIDADE III Componentes


Introdução à Organização
de Fluxo de de
Dados
Computadores 34
SAIBA MAIS

As interrupções são as modificações que acontecem no fluxo de controle, elas são cau-
sadas por meio de uma ação externa, geralmente está relacionado a Entrada e Saída.
Quando ocorre uma interrupção, podemos dizer que é um indicativo de controle enviado
por um dispositivo, conhecido como um agente externo, ao processador, quando um
evento é identificado, contudo, podemos afirmar que a interrupção é um sinal de har-
dware (WEBER, 2004).

Fonte: WEBER, Raul Fernando. Fundamentos de arquitetura de computadores. 3. ed. Porto Alegre (RS):

Sagra Luzzatto, 2001/2004. 299 p. (Livros Didáticos UFRGS; v. 8).

REFLITA

Os dispositivos de entrada e saída são aqueles responsáveis por introduzir e extrair


informações de um computador. Todos estes dispositivos passaram por uma evolução,
fazendo com que hoje existam variantes que a pouco eram tidas como impossíveis.

Fonte: TANENBAUM, Andrew S. Organização Estruturada de Computadores. Tradução da 5. ed. Editora

Prentice Hall Brasil, 2007.

UNIDADE III Componentes


Introdução à Organização
de Fluxo de de
Dados
Computadores 35
MATERIAL COMPLEMENTAR

FILME / VÍDEO
Título: Jobs
Ano: 2013.
Sinopse: Uma biografia de uma das maiores mentes dos últimos
tempos, Jobs é um filme que mostra todo o percurso do fundador
da Apple, desde sua época hippie até o centro das atenções do
mercado da tecnologia ao lançar o iPhone. Aqui, Ashton Kutcher
encarna Steve Jobs e nos revela os mais importantes passos de
sua vida. O filme pode ser tanto uma inspiração como forma de re-
velar possíveis caminhos a serem seguidos (ou não) pelos futuros
cientistas da computação.

LIVRO
Título: Introdução à Computação - Hardware, Software e Dados
Autor: André C. P. L. F. de Carvalho e Ana Carolina Lorena.
Editora: LTC.
Sinopse: Introdução à Computação: Hardware, Software e
Dados tem o intuito de desmistificar os conceitos dessa ciência
ao apresentar, de forma simples e direta, o conhecimento neces-
sário tanto para quem quer se aprofundar no tema quanto para
profissionais de diversas áreas. Os professores - cuja parceria
já foi responsável, em conjunto com outros autores, pelo Prêmio
Jabuti 2012 na categoria Tecnologia e Informática desenvolveram
um texto esclarecedor e didático que facilita o entendimento dos
temas abordados. Introdução à Computação: Hardware, Software
e Dados trazem, a cada capítulo, curiosidades, destaques para
definições de conceitos importantes, exemplos, exercícios para
testar o conhecimento e indicação de leituras adicionais, tudo para
enriquecer a experiência do leitor ao longo de seu estudo.

UNIDADE III Componentes


Introdução à Organização
de Fluxo de de
Dados
Computadores 36
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Chegamos ao final de mais uma unidade caro (a) aluno (a), e com os conteúdos
abordados podemos concluir que o processamento e o armazenamento de dados aconte-
cem com frequência durante a utilização de um computador. Contudo, é notório que esses
processos, tanto de processamento de dados quanto de armazenamento de dados acontece
de forma muito ágil, muito rápida e de maneira considerável muito simples (WEBER, 2004).
Quando falamos sobre os barramentos, pudemos notar que eles acontecem de
forma muito mais complexas, existindo, contudo, três funções distintas nos principais bar-
ramentos de um computador. Podemos dizer que os barramentos conectam o processador,
a memória com os demais componentes, esses são, por sua vez, conectados pelos conhe-
cidos barramentos de entrada e saída. Quando abordamos os barramentos de dados, com-
preendemos que, como o próprio nome já mostra, esses barramentos são os responsáveis
pelas trocas de dados indispensáveis no computador, podendo ser eles dados enviados ou
dados recebidos. Já o conhecido por barramentos de controle tem a função de “regular” as
outras funções, assim, o barramento de controle consegue expandi-las quando necessário,
devido a demanda, ou reduzi-las, de acordo com a necessidade. Entretanto, foi apresenta-
do alguns dos mais conhecidos formatos neste quesito, como por exemplo os PCI, o AGP
e até mesmo o USB, que é muito utilizado através dos, popularmente denominados como
pendrives, impressoras, mouses, teclados e entre outros periféricos (PATTERSON, 2014).
Por fim, nesta atual unidade apresentamos de forma exemplificada os aspectos dos
barramentos, dando ênfase também ao processamento de dados, além claro de reforçar
a grande importância que cada dispositivo de entrada e de saída representam para que
tenhamos um funcionamento como esperado em um computador (WEBER, 2004).

UNIDADE III Componentes


Introdução à Organização
de Fluxo de de
Dados
Computadores 37
UNIDADE III
Unidade Central de Processamento
Professora Esp. Camila Sanches Navarro

Plano de Estudo:
● Processador – CPU;
● Unidade Lógica e Aritmética (ULA);
● As Unidades de Controles (UC);
● Como é a organização de registradores.

Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender como funcionam os processadores;
● Entender a unidade lógica aritmética e as unidades de controle.

38
INTRODUÇÃO

Caro (a) aluno (a) nesta unidade será apresentado a unidade central de processa-
mento, que ficou conhecida como processador e é responsável por realizar as inscrições
(aritmética básica, lógica e entrada e saída de dados). Será possível também conhecer a
história da produção dos processadores, pois os primeiros processadores fabricados eram
caros e grandes, isso porquê eram produzidos para máquina específica, mas com o passar
dos anos os processadores comeram a ser produzidos de maneira comercial, ou seja,
amplamente para diferentes propósitos que serão evidenciados e explicados durante a uni-
dade. Logo após será explicado como os circuitos integrados, revolucionaram o mercado
de processadores, podendo produzir cada vez processadores mais complexos e completos.
Os microprocessadores estão presentes atualmente em quase todo produto do dia a dia,
como automóveis, brinquedos, eletrodomésticos, entre outros (MONTEIRO, 2007).
Você também terá a oportunidade de conhecer e aprender no tópico 2 a unidade
lógica e aritmética, que é conhecida popularmente como ULA, e é baseada em aparelhos
lógicos digitais simples, que armazenam códigos binários e executam operações lógicas
e aritméticas. Neste mesmo tópico fica evidente como os registradores que são áreas de
armazenamento temporário dentro do processador que se conecta com a Unidade lógica e
aritmética por meio de caminhos de sinal (STALLINGS, 2002).
Ainda nesta unidade será apresentada a unidade de controle, que pode ser con-
siderada como um pedaço do processador que tem como principal função o controle das
execuções de instruções, é ela que acaba comandando a transferência de dados entre o
processador e a memória ou os dispositivos de entrada e saída. Hoje em dia, houve o sur-
gimento da unidade de controle micro programada que acabou se tornando uma miniatura
de um comutador, que pode ser programada apenas com sequencias (STALLINGS, 2002).

UNIDADE III Unidade Central de Processamento 39


1. PROCESSADOR - CPU

De acordo com Monteiro (2007), a Unidade Central de Processamento (CPU -


Central Processing Unit), muito conhecido também como processador é responsável por
realizar as instruções de um software, sendo elas a aritmética básica, lógica e a entrada e
saída de dados (MONTEIRO, 2007).
Inicialmente as CPUs eram produzidas para computadores maiores, o que tinha
um custo muito elevado, pois eram produzidos para uma “máquina” em específico. Com
o passar dos anos passaram a ser desenvolvidos processadores em massa para um ou
diversos propósitos. Essa padronização iniciou-se na época de minicomputadores e main-
frames transistores e cresceu rapidamente com a popularização dos Circuitos Integrados,
conhecido também como CI (MONTEIRO, 2007).
Graças aos Circuitos Integrados, nós temos processadores cada vez mais com-
plexos e completos, pois tem crescido muito a presença destes dispositivos digitais no dia
a dia dos seres humanos. Os microprocessadores estão presentes atualmente em tudo,
como por exemplo em automóveis, brinquedos, eletrodomésticos, celulares e entre outros
(MONTEIRO, 2007).
De acordo com Monteiro (2007), os CPUs produzidos para grandes máquinas
necessitavam de uma ou mais placas de circuito impresso. Já em computadores pessoais
a CPU fica localizada em um único chip de silício, conhecido como microprocessadores.

UNIDADE III Unidade Central de Processamento 40


Monteiro (2007) nos mostra caro (a) aluno (a) que um processador é formado basi-
camente por três componentes, a unidade lógica e aritmética (ULA ou ALU), a unidade de
controle e os registradores, que estaremos estudando nos próximos tópicos.
● Unidade lógica e aritmética: responsável por executar operações lógicas e
aritméticas;
● Unidade de controle: responsável por decodificar as instruções, buscar os ope-
randos, controlar os pontos de execução e desvios;
● Registradores: responsável por armazenar dados para o processamento.

UNIDADE III Unidade Central de Processamento 41


2. UNIDADE LÓGICA E ARITMÉTICA (ULA)

A Unidade Lógica e Aritmética, conhecida popularmente como ULA é baseada em


dispositivos lógicos digitais simples, que armazenam os códigos binários e executa opera-
ções aritméticas e lógicas (STALLINGS, 2002).

FIGURA 1 – ESTRUTURA GERAL DE FUNCIONAMENTO DA ULA

Fonte: A autora, 2022.

A Figura 1 possibilita observar a interação da ULA e o seu funcionamento com os


demais componentes. Os registradores (áreas de armazenamento temporário dentro da
CPU que se conecta com a ULA por meio de caminhos de sinal. Fornecem os dados à ULA.
De acordo com Stallings (2002), a ULA consegue ativar Bits especiais, conhecidos como
flags, para que assim possa indicar o resultado obtido em uma operação.

UNIDADE III Unidade Central de Processamento 42


Stallings (2002) cita como exemplo, para maior compreensão, a situação onde
se acaso o resultado de uma operação exceder a capacidade de armazenamento de um
registrador, isso passa a ser indicado atribuindo o valor 1 ao bit de overflow. Contudo, quem
gerencia a transferência de dados entre a ULA e os registradores é a unidade de controle.

FIGURA 2 – INTERAÇÃO DOS REGISTRADORES COM A ULA

Fonte: A autora, 2022.

A Figura 2, caro (a) aluno (a), mostra a interação dos registradores com a ULA, em
que o MBR (Memory Buffer Register – Registrador Temporário de Dados) contém uma pala-
vra com dados para ser armazenada na memória ou ainda é fundamental para receber uma
palavra vinda da memória. No caso do AC (Accumulator – Acumulador) e do MQ (Multiplier
Quotient – Quociente de Multiplicação), ambos são registradores que são utilizados para
armazenar de modo temporário os operandos e os resultados das operações efetuadas na
ULA (STALLINGS, 2002).

FIGURA 3 – DIAGRAMA SIMPLIFICADO DOS CIRCUITOS LÓGICOS

E ARITMÉTICOS DE UMA ULA DE 4 BITS

Fonte: A autora, 2022.

UNIDADE III Unidade Central de Processamento 43


A Figura 3 representa um diagrama de uma ULA de 4 bits simplificado, possuindo
quatro linhas em cada entrada de dados, tanto no dado A quanto no dado B. Stallings
(2002) explica de forma simplificada a descrição básica - de uma ULA de 4 bits, de acordo
com a Figura 03, sendo ela:

Pinos: A0 - B3; B0 - B3
Tipo: Entrada
Descrição: Dados
Pinos: T
Tipo: Entrada
Descrição: Pode assumir dois valores, o 0 para operações aritméticas e 1 para
operações lógicas
Pinos: S0 - S3
Tipo: Entrada
Descrição: Nesta situação, os sinais de controle poderão indicar 16 operações
aritméticas (com T=0) ouo 16 operações lógicas (com T=1)
Pinos: R0 - R3
Tipo: saída
Descrição: Resultado da operação

UNIDADE III Unidade Central de Processamento 44


3. AS UNIDADES DE CONTROLES (UC)

Unidade de controle pode ser considerada como uma parte do processador que
tem a função de controlar a execução de instruções. Ela comanda a transferência de dados
entre o processador e a memória ou os dispositivos de entrada e saída (STALLINGS, 2002).

FIGURA 4 – MODELO DE UMA UNIDADE DE CONTROLE

Fonte: A autora, 2022.

Para que fique fácil a compreensão de como é realizado o controle pela UC, apre-
sentado na Figura 4, vamos considerar um ciclo de busca:

UNIDADE III Unidade Central de Processamento 45


A unidade de controle possui a informação referente ao passo do ciclo de instrução
que está sendo executado no momento (STALLINGS, 2002);
Em um determinado momento, a unidade de controle vai identificar que o ciclo de
busca será o próximo a ser executado (STALLINGS, 2002);
Temos como o primeiro passo transferir o conteúdo do registrador Program Counter
(PC) para o registrador de Endereço de Memória (Memory Address Register – MAR). Esse
processo acontece quando a unidade de controle ativa o sinal abrindo as portas lógicas
entre PC e MAR; (STALLINGS, 2002);
O próximo passo é ler a palavra (dado) da memória para o registrador Memory
Buffer Register (MBR) e depois incrementar o Program Counter (PC) (STALLINGS, 2002).

Durante o item IV, segundo Stallings (2002), os seguintes sinais de controle devem
ser enviados:
● Precisa ser encaminhado um sinal para abrir as portas lógicas, pois elas permi-
tem transferir o conteúdo do registrador MAR para o barramento de endereço;
(STALLINGS, 2002);
● Precisa ser encaminhado um sinal de leitura na memória, inserido no barramen-
to de controle; (STALLINGS, 2002);
● Precisa ser encaminhado um sinal para abrir as portas lógicas, esse sinal permi-
tirá que o conteúdo do barramento de dados seja transferido para o registrador
MBR; (STALLINGS, 2002);
● Precisa ser encaminhado um sinal de controle para comandar a operação de
somar 1 ao conteúdo do PC, armazenando o resultado no próprio PC (incre-
mento) (STALLINGS, 2002).

A unidade de controle pode ser considerada como uma parte do processador que
tem a função de controlar a execução de instruções. Ela comanda a transferência de infor-
mações entre o processador e os dispositivos de entrada e saída ou a memória, fazendo
isso gerando sinais de controle externos. Para encaminhar dados dos registradores, ela
gera sinais de controle internos ao processador, para ordenar a unidade lógica de aritmé-
tica na facção de uma tarefa e também controlar outras atividades internas. As entradas
que levam até a unidade de controle compreendem do registrador de instruções, sinais
de controle oriundos de fontes externas, como por exemplo sinais de interrupção e bits de
condição, conforme explica Stallings (2002).

UNIDADE III Unidade Central de Processamento 46


Podemos discutir a interação da unidade de controle e também notar as carac-
terísticas dos demais elementos que compõem o processador, observando a Figura 04
(STALLINGS, 2002).

O Sinal: O relógio (clock)


O Tipo: De entrada
A Descrição: é um marcador que cria uma sincronia nas tarefas do processador
(ciclos). Assim como um relógio mecânico se move com tendo em base os segun-
dos, o processador realiza todo seu trabalho tendo em base em seus ciclos, ou
seja, funciona como um marcador de tempo.

O Sinal: Registrador de instrução


O Tipo: de entrada
A Descrição: Contém o código da instrução corrente usada para indicar quais as
operações o processador deve executar.

O Sinal: As Condições
O Tipo: De entrada
A Descrição: Mostra como o processador e as saídas de operações executadas
pela ULA.

O Sinal: Sinais de controle do barramento de controle


O Tipo: De entrada
A Descrição: Para fornecer sinais de reconhecimento e interrupção.

O Sinal: Sinais de controle internos que vão até o processador


O Tipo: De saída
A Descrição: Sinais usados para o traslado de dados de um registrador até o outro,
e para ativar algumas funções que são específicas da Unidade lógica e aritmética.

O Sinal: Sinais de controle que vão até o barramento de controle


O Tipo: De saída
A Descrição: Mostra os sinais de controle para a memória e os sinais de controle
para os dispositivos de entrada e saída

UNIDADE III Unidade Central de Processamento 47


3.1 A Unidade de microprogramação e controle
De acordo com Stallings (2002), atualmente a unidade de controle microprogra-
mada se tornou uma miniatura de computador, que pode ser programada apenas com
sequência de bits, ela é usada para fazer a implementação de complexas instruções que
não poderiam ser executadas no formato de hardware.
Ainda de acordo com Stallings (2002), Maurice Wilkes foi o criador da micro-progra-
mação em 1953, na Inglaterra, ele tinha a ideia de criar uma unidade de controle que fosse
mais simples de proteger e também mais flexível. Segue algumas vantagens da unidade de
controle microprogramada:
● Um computador base pode emular outro computador, se este estiver utilizando
a microprogramação;
● Podemos desenvolver uma instrução e utilizá-la em diferentes modelos de
hardware.
A importância de unidade de controle microprogramada foi reconhecida pela IBM,
e passou a ser implementada no computador IBM 360 em abril de 1964. Os computadores
deste modelo passaram a ter uma memória de controle mais barata e também mais rápida,
e a mudança que ocasionou essa melhora foi a microprogramação. Desde então a micro-
programação se tornou um sucesso na família IBM e é popular até hoje em dia em todo o
mundo (STALLINGS, 2002).

3.2 A microarquitetura
Promove capacidades funcionais e uma estrutura lógica de hardware, da mesma
forma que é possível ser visto por um micro programador (STALLINGS, 2002).

3.3 A microprogramação
A microprogramação é uma estratégia que é utilizada para implementar a unidade
de controle que um processador possui, que nada mais é do que programar até o nível das
operações de transferência dos registros, de acordo com Stallings (2002).

3.4 A Unidade de Controle microprogramada


De acordo com Stallings (2002), é um circuito que possibilita a execução em se-
quência de um conjunto de comandos que são notavelmente elementares, chamadas de
microinstruções. A Unidade de Controle é composta pelos seguintes itens:

UNIDADE III Unidade Central de Processamento 48


● A Memória de Controle, que são as que contém as microinstruções.
● O Sequenciador - É aquele que fica encarregado de garantir que a execução
das microinstruções se mantenha, ele informa o local onde a próxima microins-
trução será realizada e guarda no contador do microprograma.
● Contador de microprograma: é o registro em que fica armazenada a localiza-
ção da próxima instrução a ser feita

3.5 O Formato de uma Microinstrução


De acordo com Stallings (2002), o microprograma se dá por uma representação do
controle, que necessitará ser traduzida por um programa para então chegar a uma lógica
de controle. O formato das microinstruções deve ser escolhido com o objetivo de facilitar a
representação, sendo mais fácil de ler e escrever. Podemos considerar que uma microins-
trução é incompleta sempre que certo sinal de controle, receba mais de um valor diferente.
● A Microinstrução - contém micro-operações de controle.
● A Micro-operação - sinal digital que age no controle.
● A Memória de Controle - Memória ROM que guarda o microprograma.
● A Microprograma - conjunto de microinstruções que realiza o controle.
● A Microrotina - conjunto de microinstruções que realiza apenas uma função no
microprograma.

3.6 O Sequenciador
É um circuito que informa a localização da próxima microinstrução que ainda irá
ser executada a partir da atual microinstrução, o código da operação que é do registro de
instrução e o indicador de condição (STALLINGS, 2002).

3.7 A execução de Instruções


Neste processo separadamente cada instrução é realizada como uma sequência
das seguintes três fases:
● O acesso à memória (fetch);
● A decodificação;
● A execução propriamente dita.

UNIDADE III Unidade Central de Processamento 49


A instrução após ser acessada na memória é devidamente transferida para o interior
do processador, para ser mais específica ela é transferida para um registrador especial da
unidade de controle, que chama-se “Registrador de Instrução”. Uma vez neste registrador,
os comandos são interpretados por um decodificador, só então ela será executada. A trans-
ferência de dados e operações apropriadas é resultado da sequência apropriada de sinais
que é gerada pela unidade de controle.

3.8 O ciclo de execução de uma Instrução


Segundo Amaral (2010), um ciclo de busca e execução é o intervalo de tempo que
o computador lê e processa um comando em uma linguagem de máquina da sua memória
ou a sequência de ações que o processador executa para realizar cada instrução em código
de máquina em um programa.
“Ciclo de busca e execução” também é utilizada, isso porque é capaz de descrever
de forma prática a maneira como um computador funciona: a instrução deverá ser pesqui-
sada na memória principal e logo após executada pelo processador. Então é deste ciclo
que emergem as funções que um computador desempenha da maneira que o usuário final
está familiarizado.
O ciclo de execução pode ser separado nos seguintes pontos:

1. O cálculo do endereço de memória que possui a instrução;


2. A pesquisa da instrução;
3. A decodificação da instrução;
4. O cálculo do endereço dos operandos;
5. A busca do operando;
6. A execução da operação;
7. O armazenamento do resultado em um diferente endereço de memória.

3.9 As Interrupções
Interrupções possibilitam aos processadores mais modernos, conseguirem res-
ponder a alguns eventos gerados por dispositivos simultaneamente a outro trabalho a ser
realizado. Os processadores também podem disponibilizar as instruções para possibilitar
os processos realizarem interrupções de software (traps). Isso pode implementar uma mul-
titarefa cooperativa (AMARAL, 2010).

UNIDADE III Unidade Central de Processamento 50


3.10 O Pipeline
O pipeline é uma nova técnica de hardware que possibilita que o processador reali-
ze a busca de apenas uma ou mais instruções, além da próxima que será executada. Estas
instruções são organizadas em uma fila de memória que fica dentro do processador onde
aguardam serem executadas (AMARAL, 2010).

3.11 O Operando
O Operando (s) é a parte em que a instrução cujo valor binário sinaliza a localiza-
ção do dado, ou o próprio dado, que será modificado pela instrução durante a operação.
Normalmente, o operando consegue identificar o endereço de memória, que está contido
o dado que será modificado, ou possuir o endereço em que o resultado será armazenado
(AMARAL, 2010).

UNIDADE III Unidade Central de Processamento 51


4. COMO É A ORGANIZAÇÃO DE REGISTRADORES

Segundo Amaral (2010), quase todo sistema possui uma hierarquia, no sistema
de computação não é diferente. Nos altos níveis desta hierarquia, a memória é cada vez
menos, mais rápida e como consequência mais cara, no topo desta hierarquia estão os re-
gistradores, eles estão localizados dentro do processador, são exemplos de registradores:
Os Registradores que ficam visíveis para o usuário: permitindo ao programador
realizar o acesso tranquilamente.
Os Registradores de controle e de estado: utilizados pela unidade de controle para
controlar as operações do processador e por poucos programas de um sistema operacional.
Ainda segundo Amaral (2010), o registrador de dados é um dos principais e mais
importantes registradores visíveis ao usuário, ele não pode em hipótese alguma conter
valores que são empregados nos cálculos de endereços de operandos, apenas de dados.
Para que um dado oriundo de uma transferência chegue à unidade lógica e arit-
mética, é de extrema importância que ele tenha ficado armazenado em um registrador. Os
possíveis resultados de uma operação realizada pela unidade lógica e aritmética necessitam
ficar armazenados, de maneira que facilite a reutilização ou transferência para a memória
(AMARAL, 2010).

UNIDADE III Unidade Central de Processamento 52


FIGURA 5 – REGISTRADORES DE DADOS NA ÁREA FUNCIONAL DO PROCESSADOR

Fonte: A autora, 2022.

Os registradores de dados são representados por REG 0 até o REG N, na Figura 5.


Para controlar as operações realizadas pelo processador, são usados diferentes
registradores de controle e estado do processador. Existem quatro registradores que são
essenciais para a facção de instruções:
a) O contador de programa (PC) - contém as informações necessárias (endereço)
da instrução que precisa ser procurada;
b) O registrador de instrução (IR) - é onde é armazenado a última instrução procurada;
c) O registrador que realiza o endereçamento à memória (MAR) - armazena o
endereço de alguma posição de memória;
d) O registrador que armazena temporariamente os dados (MBR) - armazena uma
palavra de dados que será escrita na memória ou a palavra mais recentemente lida.

Segundo Amaral (2010), o contador de programa (PC) é atualizado pelo processador


depois de cada procura de instrução, de maneira que sempre indique a próxima instrução a
ser realizada e a instrução procurada é carregada no (IR) registrador de instrução.
A mudança de dados com a memória é realizada utilizando o MBR e o MAR. O
MAR está ligado diretamente até os barramentos de endereços, já o MBR ao barramento
de dados, isso segundo Amaral (2010).

UNIDADE III Unidade Central de Processamento 53


FIGURA 6 – FLUXO DOS DADOS USANDO OS REGISTRADORES

Fonte: A autora, 2022.

Na Figura 6 está ilustrada o contador de programa (PC), em que está contido o en-
dereço da próxima instrução a ser procurada, este endereço é levado ao MAR e colocado
no barramento de endereço. A UC normalmente requisita a leitura na memória, após este
processo o resultado é destinado ao barramento de dados é copiado no MBR e logo após
movido para o IR. Simultaneamente o processador é incrementado em 1 para a próxima
pesquisa (AMARAL, 2010).

UNIDADE III Unidade Central de Processamento 54


SAIBA MAIS

O matemático John von Neumann propôs o conceito de ULA em 1945, quando escreveu
um relatório sobre os fundamentos para um novo computador chamado EDVAC. Pes-
quisas sobre ULAs ainda são uma parte importante da ciência da computação.

Fonte: STALLINGS, William. Arquitetura e Organização de Computadores. Tradução da 8a edição. São

Paulo. Editora Prentice Hall Brasil, 2002.

REFLITA

A ULA executa as principais operações lógicas e aritméticas do computador. Ela soma,


subtrai, divide, determina se um número é positivo ou negativo ou se é zero. Além de
executar funções aritméticas, uma ULA deve ser capaz de determinar se uma quantida-
de é menor ou maior que outra e quando quantidades são iguais. A ULA pode executar
funções lógicas com letras e com números.

Fonte: STALLINGS, William. Arquitetura e Organização de Computadores. Tradução da 8a edição. São

Paulo. Editora Prentice Hall Brasil, 2002.

UNIDADE III Unidade Central de Processamento 55


MATERIAL COMPLEMENTAR

FILME / VÍDEO
Título: Piratas do Vale do Silício
Ano: 1999.
Sinopse: O filme retrata os bastidores de um mundo repleto de
pura genialidade e rivalidade, em um enredo envolvendo alguns
dos maiores nomes da computação mundial, como Bill Gates e
Steve Jobs. Acompanhando a luta para lançarem o primeiro com-
putador pessoal do mundo (PC), é possível observar o cenário
social da época, bem como a vida pessoal desses gênios, seus
erros, sonhos e ambições. Com Steve Ballmer e Paul Allen, Gates
nos mostra como viria a ser fundada a Microsoft, enquanto Jobs
e Wozniak mostram o nascimento da poderosa Apple. O filme, ao
revelar algumas intrigas e disputas dentro do mercado competitivo
da tecnologia, permite que os estudantes da área reflitam e con-
sigam desenvolver suas opiniões e visões sobre o que os espera
após concluírem a graduação.

LIVRO
Título: Organização e Projeto de Computadores
Autor: David A. Patterson e John L. Hennessy.
Editora: CAMPUS.
Sinopse: Em termos do funcionamento de hardware, o livro indi-
cado é o “Organização e Projeto de Computadores”, de Patterson
e Hennessy. É um livro denso em termos de conteúdo e (era) o
principal livro de referência para o estudo de arquitetura de com-
putadores.

UNIDADE III Unidade Central de Processamento 56


CONSIDERAÇÕES FINAIS

O foco desta unidade como podemos concluir depois de aprender e refletir com
ela foi a lógica de funcionamento dos processadores, concluímos que a essência dos
processadores está em apenas realizar operações lógicas e aritméticas, realizar controle
dessas operações e armazenar dados ou resultados temporários (registradores), para que
isso ocorra, vimos que o processador precisa realizar a busca dos dados, e não menos
importante, precisa saber em que eles estão. Foi então que mostramos que o barramento
de controle, em que a UC do processador controla a transferência do dado, pelo barramen-
to de endereço, já sabendo onde ele está. Então vimos que assim, o dado é finalmente
transferido para os registradores do processador, utilizando o barramento de dados.
Por fim, foi mostrado que a execução é realizada, e o processador parte para a
próxima busca e execução. A unidade lógica e aritmética (ULA) ou em inglês Arithmetic
Logic Unit (ALU) é um circuito digital que realiza operações lógicas e aritméticas. A ULA
é uma peça fundamental da unidade central de processamento (CPU), e até dos mais
simples microprocessadores. Foi na verdade, uma “grande calculadora eletrônica” do tipo
desenvolvido durante a II Guerra Mundial, e sua tecnologia já estava disponível quando
os primeiros computadores modernos foram construídos. Vimos como o matemático John
von Neumann propôs o conceito de ULA em 1945, quando escreveu um relatório sobre os
fundamentos para um novo computador chamado EDVAC (MONTEIRO, 2007).
Podemos concluir que a tecnologia utilizada foi inicialmente relés, herança da tele-
fonia, e posteriormente válvulas, herança da radiofonia. Com o aparecimento dos transisto-
res, e depois dos circuitos integrados, os circuitos da unidade aritmética e lógica passaram
a ser implementados com a tecnologia de semicondutores. A ULA executa as principais
operações lógicas e aritméticas do computador. Ela soma, subtrai, divide, determina se um
número é positivo ou negativo ou se é zero (STALLINGS, 2002).

UNIDADE III Unidade Central de Processamento 57


UNIDADE IV
Memórias
Professora Esp. Camila Sanches Navarro

Plano de Estudo:
● A memória;
● Hierarquia de memória.

Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender quais são os tipos de memórias e como elas funcionam;
● Entender sobre a hierarquia de memória.

58
INTRODUÇÃO

Nesta última unidade, você caro (a) aluno (a) irá conhecer mais sobre os tipos
de memória já existentes. Aprenderá sobre a memória principal, brevemente falando, esta
memória é um agrupamento de chips que acumulam ao mesmo tempo que estão sendo
processadas, mas a ação acaba sendo limitada apenas no intervalo de tempo que o mi-
crocomputador estiver operando. (MONTEIRO, 2007). Aprenderá sobre como funciona a
memória RAM, que é comercializada no formato de pequenas placas conhecidas como
“pentes”, esta memória é aquela de acesso aleatório, ou seja, aquela que mesmo com o
computador mudando seu conteúdo constantemente ela consegue realizar a sua função,
ela não consegue gravar permanentemente os dados, assim, seu conteúdo é perdido quan-
do o computador é desligado, sendo que não há chance de recuperação dos dados após o
encerramento, mas a memória RAM mais detalhadamente explicada ao longo da unidade
(VASCONCELOS, 2002).
Você caro (a) aluno (a), também verá que é a memória auxiliar que fica responsável
por armazenar permanentemente e fisicamente os dados, ou seja, sempre que os dados
forem gravados em qualquer tipo de memória auxiliar, eles não serão perdidos se o micro-
computador for desligado, como será mostrado com mais detalhes ao decorrer da unidade.
(MORIMOTO, 2002). Veremos também que a memória conhecida como ROM é aquela
memória que mantem as informações necessárias sobre o hardware do computador, elas
são gravadas de forma física em um chip pelo fabricante do micro (VASCONCELOS, 2002).
Logo após as memórias serem apresentadas, você, caro aluno (a) terá a oportuni-
dade de conhecer mais sobre a hierarquia de memórias, quando a citamos estamos, nos
referindo a uma classificação de diversos tipos de memória em função do desempenho.
Essa classificação, na maioria das vezes, segue duas dimensões, o tamanho e a velocidade
de acesso, normalmente representada por uma pirâmide (VASCONCELOS, 2002).

UNIDADE IV Memórias 59
1. A MEMÓRIA

Existem dois tipos de memória em um microcomputador:

1.1 A Memória Primária (Principal)


É um agrupamento de chips que acumulam informações ao mesmo tempo que
estão sendo processadas, mas a ação é limitada apenas no intervalo de tempo que o
microcomputador estiver operando. A conhecida Memória RAM é comercializada na forma
de pequenas placas conhecidas como “pentes” (MONTEIRO, 2007).

1.2 A Memória RAM


A Memória RAM é aquela de acesso aleatório, ou seja, aquela que o computador
muda seu conteúdo constantemente, então já que a Memória RAM não grava permanente-
mente os dados, seu conteúdo é perdido quando o computador é desligado, não há chance
de recuperação dos dados após o encerramento das atividades (VASCONCELOS, 2002).
Segue alguns tipos de Memória RAM:

Memória RAM- DIMM de 168 pinos (dual in-line memory module)


Memória RAM- RIMM de 168 pinos (rambus in-line memory module)
Memória RAM- SIMM de 30 pinos (single in-line memory module)

UNIDADE IV Memórias 60
1.3 A Memória Secundária (Auxiliar)
É a memória que armazena permanentemente e fisicamente os dados, sempre que
os dados forem gravados em qualquer tipo de memória auxiliar, eles não serão perdidos se
o microcomputador for desligado (MORIMOTO, 2002).

1.3.1 A Memória ROM


A memória conhecida como ROM (read only memory) é aquela que mantém as
informações básicas sobre o hardware do computador, elas são gravadas de forma física
em um chip pelo fabricante do micro (VASCONCELOS, 2002).

O HARD DISK (HD);


O DVD;
O CD;
A memória USB.

FIGURA 1 – HARD DISK (HD)

FIGURA 2 –DVD/CD

UNIDADE IV Memórias 61
FIGURA 3 – MEMÓRIA USB

1.4 Os Sistemas de Memória


A memória que o processador tem a liberdade de endereçar diretamente, tirando
as quais o computador não pode funcionar, é chamada de memória real/principal. Estas
costumam normalmente fornecer uma ponte para a memória secundária, porém sua prin-
cipal função mais importante é apenas a de guardar a informação necessária para que o
processador possa num determinado momento acessar esta informação por um programa
em execução por exemplo (MORIMOTO, 2002).
Quando falamos de memórias externas, falamos basicamente dos dispositivos
de armazenamento periféricos, como fitas magnéticas e discos ópticos, que podem ser
acessados através dos dispositivos de entrada e saída (MORIMOTO, 2002).
A memória principal cache, é um tipo de memória interna, quando falamos dessa
memória, estamos falando uma memória com pouca capacidade em reação as memórias
externas, já que a sua capacidade é mensurada em bytes (1 byte=8 bits), as suas formas
mais comuns são de 8, 16 e 32 bits. Sobre a unidade de transferência é bom considerar que
geralmente é o mesmo número de linhas tanto para dentro quanto para fora do módulo de
memória, normalmente ela é maior, como 64, 128 e 256 bytes (MORIMOTO, 2002).

1.5 Os Tipos de Memória


● A memória ROM: Read Only Memory (gravada de fábrica - uma memória per-
manente);
● A memória PROM: Programable ROM (é uma memória que pode ser gravada
uma vez pelo usuário, porém a gravação precisa ser feita através de equipa-
mentos especiais);

UNIDADE IV Memórias 62
● A memória EPROM: Erasable PROM (é uma memória que pode ser apagada
por meio de raios ultravioletas);
● A memória EEPROM: Electrical EPROM (é uma memória que pode ser apaga-
da por meio de sinais elétricos apenas);

A Memória Flash pode ser usada como apenas de leitura ou de leitura e gravação,
mas isso depende do driver que está sendo utilizado. Normalmente é utilizada como um
disco em pastilhas (chips), SSD - Solid State Disk (VASCONCELOS, 2002).

1.6 RAM e DRAM


Em 1966 que a memória DRAM, foi criada pelo Dr. Robert Dennard, no mesmo ano
uma calculadora que já armazenava dados temporariamente foi lançada (MONTEIRO, 2007).
A memória de acesso aleatório dinâmico (DRAM) é o padrão de memória atualmen-
te, mas para chegar ao módulo que é utilizado atualmente, houve grandes mudanças no
processo histórico dela. Em 1970, a Intel lançou para o comércio geral, que na época era
composto por grandes empresas, a memória DRAM 1103 (MONTEIRO, 2007).
Em meados da década de 70, a memória DRAM foi instituída como padrão mundial,
o que fez com que ela dominasse mais de 70%, nesse período os conceitos básicos da
memória DRAM que são utilizados até atualmente (MONTEIRO, 2007).

1.7 SIMM e DIP


Antes dos antiquíssimos 286, os computadores usavam chips DIP. Para auxiliar o
processador e armazenar pouquíssimo número de dados, esse tipo de memória vinha junto
à placa-mãe (VASCONCELOS, 2002).
Foi devido ao ganho de popularidade dos computadores e o surgimento da onda
de computadores pessoais (PCs) que o tipo de memória sofreu uma grande evolução. No
primeiro momento, as fábricas optaram por escolher e adotar o padrão SIMM, que era muito
parecido com os produtos comercializados atualmente, mas com uma grande diferença, os
chips de memória ficavam apenas em um dos lados do módulo (MORIMOTO, 2002).

1.8 EDO e FPM


A tecnologia Fast Page Mode (FPM) foi utilizada para criar algumas memórias
dentro do padrão SIMM. Módulos com tal tecnologia poderiam chegar a armazenar até 256
kbytes. De maneira mais fácil, o diferencial dessa memória era a capacidade de escrever
ou ler diferentes dados de uma mesma linha de forma sucessiva (MORIMOTO, 2002).

UNIDADE IV Memórias 63
Já as memórias com a tecnologia EDO surgiram no mercado em 1995, aumentan-
do o desempenho que já era conhecido nas que utilizavam a tecnologia FPM, em 5%. A
tecnologia Extended Data Out (EDO) era muito parecida, chegava a ser quase idêntica à
FPM, exceto pelo fato que ela podia possibilitar iniciar um novo ciclo de dados antes que os
antigos dados de saída do anterior fossem enviados para outros componentes (VASCON-
CELOS, 2002).

1.9 SDRAM e DIMM


A partir do momento que os fabricantes perceberam que o padrão SIMM já não era
mais adequado para suportar a quantidade de dados requisitados nos processos, tornou-
-se necessário mudar para um novo padrão. Este novo padrão é o DIMM, que tem como
principal diferença os chips de memória instalados em ambos os lados, ou pelo menos a
possibilidade de instalar tais chips, isso poderia chegar a aumentar a quantidade total de
memória de único módulo (MONTEIRO, 2007).
Outra mudança significativa que acompanhou a chegada dos DIMMs e causou
grande impacto no que era o desempenho dos computadores foi a mudança na transmissão
de dados, que como consequência aumentou de 32 para 64 bits. Então adoram o padrão
DIMM como o mais apropriado para o desenvolvimento de diversos outros padrões, assim
surgiram novas diferentes memórias baseadas no DIMM, mas o número e a ordenação de
pinos diferentes características também (MONTEIRO, 2007).
Como consequência da evolução das DIMMs, as memórias de tecnologia SDRAM
foram aderidas como padrão, deixando de lado o padrão DRAM. As SDRAMs são dife-
rentes pois possuem sincronizados com o barramento do sistema. Isso quer dizer que
a memória irá aguardar por um pulso de sinal para então responder. Então ela poderia
operar em conjunto com os outros inúmeros dispositivos e, com consequência, aumentar
consideravelmente a sua velocidade (MONTEIRO, 2007).

1.10 RIMM e PC100


Pouco tempo depois do padrão DIMM, chegar no mercado apareceram as me-
mórias RIMM. Muito semelhantes, as RIMM se diferenciam basicamente somente pela
ordenação e formato dos pinos. Houve um considerável incentivo por parte da Intel para a
utilização de memórias RIMM, porém infelizmente o padrão não possuía grandes chances
de prospectiva e foi abandonado ainda em 2001 (VASCONCELOS, 2002)

UNIDADE IV Memórias 64
As memórias do modelo de tecnologia RIMM ainda são encontradas no Nintendo
64 e também no Playstation 2 - o que só comprova que elas tinham grande capacidade para
algumas determinadas atividades. No entanto, o padrão não foi suficientemente rápido para
acompanhar a evolução que as memórias DIMM sofreram (VASCONCELOS, 2002).
O padrão PC100 (que era uma memória SDR SDRAM), foi elaborado no mesmo
período em que as memórias RIMM estavam no auge. Esse padrão foi elaborado pela
JEDEC, empresa que posteriormente caracterizou como deveria ser o DDR, A partir do
PC100, os fabricantes passaram a dar atenção ao requisito da frequência após um certo
tempo; o sufixo PC funcionou como indicador da largura de banda das memórias (como no
caso das memórias que tinham largura 3200 MB/s e são chamadas de PC3200) (VASCON-
CELOS, 2002).

1.11 O DDR, DDR2, DDR3, DDR4 e DDR5


Após mais de 40 anos de história que se passaram, diversos padrões e tecnologias
foram desenvolvidos, finalmente chegaram aos tipos de memórias que estão atualmente
presentes nos computadores. No início eram apenas memórias DDR, que conseguiam
operar com frequência máxima de até 200MHz. Apesar do fato de que o clock efetivo nos
chips, o valor que era usado pelo barramento do sistema é de apenas metade (100 MHz)
(MONTEIRO, 2007).
Desta forma, fica evidente que a frequência do BUS não se altera, o que acontece
é que o dobro de dados transita simultaneamente. Inclusive a sigla DDR significa Double
Data Rate, que na tradução significa Dupla Taxa de Transferência. Para compreender
como a taxa de transferência dobra de tamanho, basta calculá-lo (MONTEIRO, 2007).
Do padrão de tecnologia DDR para o DDR2 foi um grande salto, mas que foi rea-
lizado facilmente. Bastou adicionar alguns circuitos para que a taxa de dados crescesse
novamente. O padrão DDR2 surgiu para economizar energia e reduzir as temperaturas,
ele também contou com um aumento na largura de banda. As melhores memórias DDR2
podem alcançar clocks de até 1.300 MHz (frequência DDR) que seria igual a 650 MHz real
(MONTEIRO, 2007).

UNIDADE IV Memórias 65
2. HIERARQUIA DE MEMÓRIA

De acordo com Vasconcelos (2002) caro (a) aluno (a), quando falamos de hierar-
quia de memória estamos nos referindo a uma classificação de diversos tipos de memória
em função do desempenho. Por sua vez, essa classificação, na maioria das vezes, segue
duas dimensões, o tamanho e a velocidade de acesso, normalmente representada por uma
pirâmide, como apresentado na Figura 4.
Para que a manipulação das instruções de um programa e dados, em outras pa-
lavras, a manipulação das informações de e para a memória do computador funcione de
forma correta e eficaz, é averiguado a necessidade de se ter distintos tipos de memória
em um mesmo computador (VASCONCELOS, 2002). Em alguns casos, é indispensável
que a transferência das informações aconteça o mais rápido possível, como no caso das
atividades que são realizadas internamente no processador central, no qual a velocidade é
essencial, no entanto a quantidade de bits que é manipulada é considerada muito pequena
(MORIMOTO, 2002).
Olha só que interessante caro (a) aluno (a), esse tipo de memória que acaba-
mos de estudar é considerada uma memória com o tipo diferente, pois a sua velocidade
de transferência é mais importante, enquanto nas demais memórias a sua capacidade,
disponibilidade de espaço para se guardar informações acaba sendo a prioridade (VAS-
CONCELOS, 2002).

UNIDADE IV Memórias 66
Podemos acrescentar ainda que existem algumas variações nas memórias do tipo
de alta velocidade e pequena quantidade de bits armazenado, que decorre de qual tecno-
logia que foi utilizado durante a sua fabricação (VASCONCELOS, 2002).
Levando em conta a extensa variedade de tipos de memórias, se torna inviável im-
plementar um sistema de computação possuindo uma única memória (MORIMOTO, 2002).
Acontece que existem diversas memórias no computador, sendo que todas elas são interliga-
das de maneira bem estruturada, formando assim um sistema em si, denominado subsistema
de memória, pois faz parte do sistema global de computação (VASCONCELOS, 2002).
Vasconcelos (2002) explica que esse chamado subsistema foi projetado de forma
que todos os seus componentes sejam organizados de maneira hierárquica, como demons-
trado na Figura 4. A pirâmide é projetada tendo a sua base mais larga, o que indica a
elevada capacidade, o tempo de uso e o custo do componente que a representa.

FIGURA 4 – HIERARQUIA DE MEMÓRIA

Fonte: A autora, 2022.

A hierarquia da memória normalmente é representada por uma pirâmide, como


demonstrado na Figura 4, isso acontece, pois a variação crescente dos valores de alguns
parâmetros caracteriza um tipo de memória, o que acaba sendo mostrado no formato incli-
nado da pirâmide (VASCONCELOS, 2002).

2.1 Memória Cache e Memória Virtual


De acordo com Patterson e Hennessy (2014), a Memória Cache é utilizada para ar-
mazenar os dados que são acessados com uma certa frequência, com o intuito de acessar
os dados de forma mais rápida sempre que for necessário.

UNIDADE IV Memórias 67
A memória virtual é utilizada com a finalidade de ocultar a informação da memória
física real do sistema, assim, estende a memória disponível, sendo guardado as partes
inativas do conteúdo RAM em um disco. Em outras palavras, a memória virtual produz uma
ilusão de que o usuário possui um ou mais espaços de endereços reservados (PATTERSON
e HENNESSY, 2014).
Segundo Patterson e Hennessy (2014) esses endereços da memória principal que
acabam sendo utilizados diversas vezes são armazenados na memória cache, em muitos
casos ele estará disponível em um espaço reservado da memória principal. Um dado na
memória cache é acessado de forma muito rápida quando comparada à memória principal.

2.2 Organização das Caches


As Memórias Cache caro (a) aluno (a), são organizadas fisicamente por meio de
blocos de dados ou linhas, quando organizado por blocos, a mesma fica organizada em
conjuntos, conhecido como sets (PATTERSON e HENNESSY, 2014).
Para maior compreensão, vamos entender essas formas de organização, de acordo
com Patterson e Hennessy (2014):

● Mapeamento Direto
Quando falamos de mapeamento direto, devemos considerar que cada bloco da
memória principal acaba sendo sempre mapeado para uma linha do cache, em que cada
linha existente na cache possui três campos, Patterson e Hennessy (2014) pontua eles:
I. Índice (ou linha);
II. Tag;
III. Endereço da palavra.

No qual cada um dos três campos tem a seguinte função:

● Índice: o índice funciona como um endereço da memória cache, ele aponta


(identifica) em que está a linha procurada (PATTERSON e HENNESSY, 2014).
● Tag: a tag é utilizada com o intuito de validar se a linha que está sendo procurada
é realmente a mesma que está no cache (PATTERSON e HENNESSY, 2014).
● Endereço: o endereço da palavra são os bits considerados menos significativos,
tendo a função de identificar uma determinada palavra dentro de um bloco da
memória principal (PATTERSON e HENNESSY, 2014).

UNIDADE IV Memórias 68
Ainda de acordo com Patterson e Hennessy (2014), quando está no início do ma-
peamento, cada um dos blocos da memória principal tem uma linha exclusiva mapeada na
memória cache. Podemos considerar caro (a) aluno (a) este mapeamento como sendo fácil
de ser implementado, para facilitar a compreensão vamos acompanhar passo a passo a
implementação:
I. Inicialmente tudo começa com o endereço da memória (PATTERSON e HEN-
NESSY, 2014).
II. Após obter o endereço para conseguir acessar o cache, identifica-se os três
campos citados anteriormente (PATTERSON e HENNESSY, 2014).
III. Para que seja possível encontrar o End da palavra, deve-se realizar uma conta
de logaritmo (LOG2 Nr bytes), tendo sempre em base a quantidade de bytes
existente por linha da memória cache (PATTERSON e HENNESSY, 2014).
IV. Para encontrar o índice, deve-se considerar o número de linhas que possui a
memória cache, conseguimos obter o resultado realizando o mesmo cálculo de
logaritmo (LOG2 Nr bytes) (PATTERSON e HENNESSY, 2014).

Para que fique mais claro, suponhamos que:


● endereço da linha seja de 32 bits
● a cache possui 1024 linhas com 64 Bytes cada uma das linhas
Sendo assim:
Log2 64 = 6 bits para end.
Log2 1024 = 10 bits para índice.
32-(10+6) =16 bits para tal.

De acordo com Patterson e Hennessy (2014), a CPU se comporta da seguinte


forma na operação de leitura:
I. A CPU encaminha um endereço de 32 bits para o circuito da memória cache
II. A memória cache identifica os campos para iniciar a pesquisa nas linhas
III. A pesquisa se dá início pelo índice, com o intuito de encontrar a linha desejada.
IV. Sendo assim o próximo passo é comparar os valores encontrado com o valor da linha
V. Caso os valores sejam semelhantes, a palavra que se encontra na linha, os seis
últimos bits, é transferida para a CPU. No caso de os valores não serem iguais,
significa que a linha que a CPU deseja encontrar não está na memória cache,
sendo assim, é realizada a busca na memória principal e transferida para a
mesma linha.

UNIDADE IV Memórias 69
2.3 Totalmente associativa
Cada linha da memória principal teria um lugar único na memória cache, no mapea-
mento direto. Mas no mapeamento associativo não é da mesma forma, nele cada linha da
MP pode ser carregada em todos os lugares da cache. Então terá somente dois campos, o
tal e o end da palavra. Essas duas áreas possuem as mesmas funções dos dois campos
do mapeamento direto. Porém o campo tal precisará ter uma quantidade de bits maior. No
mapeamento associativo, é comparado a tag de cada linha na cache com a tag do endereço
apresentado pelo processador, isso é realizado para verificar se a linha está na cache. Se foi
encontrada, então os bytes da palavra serão transferidos para o processador, caso contrário,
procura-se o endereço na MP e guarda na chave (PATTERSON e HENNESSY, 2014).

2.4 Associatividade por Conjunto (N-Way)


Essa organização intercala as diferentes vantagens dos outros mapeamentos que
já foram citados acima, dando fim as comparações exaustivas dos campos tag e o de
problema de divergência de endereços por uma mesma linha cache (causando o mapea-
mento direto). Neste caso, a cache se torna uma série de conjuntos, que são formados
por uma série de linhas em cada conjunto. A sigla N-Way significa um indagamento de
quantos conjuntos têm a cache, em que o N é a quantidade dos conjuntos (PATTERSON e
HENNESSY, 2014).
Cada linha de um conjunto específico pode armazenar uma linha da memória
principal. O conjunto pode ser determinado pelo endereço que é subdividido em 3 campos:
TAG, Nr do conjunto e o End da palavra. Quando disponibilizado um endereço a cache para
leitura, ela separa os endereços nesses três campos. O primeiro campo que precisa ser
vistoriado é o Nr do conjunto, que tem como função definir em qual conjunto a linha vai ser
pesquisada. Após este passo, o campo TAG é comparado com todas as outras linhas deste
conjunto para que possa achar a linha que é desejada (PATTERSON e HENNESSY, 2014).

2.5 Mapeamento de memória cache


O Mapeamento Direto do inglês “Direct Mapped”, desrespeito ao fato de que cada
palavra deve ser armazenada em um lugar específico na cache, este que depende do
endereço na memória principal. Normalmente são usadas as seguintes fórmulas de mapea-
mento de acordo com Patterson e Hennessy (2014).

UNIDADE IV Memórias 70
● O endereço na cache= endereço na MP e MOD, o tamanho da cache. O ende-
reço é dividido em Tag e Índice.
● O Índice é utilizado como endereço na cache. Mostra a posição da cache onde
provavelmente vai estar armazenada a palavra.
● O Tag é utilizado para conferir se a palavra que está na cache é realmente que
está sendo buscada, já que endereços diferentes, mas com o mesmo índice
ainda serão mapeados sempre para a mesma posição da cache.
Vantagens:
● Não é necessário de algoritmo de substituição.
● Hardware mais simples e barato.
● Maior velocidade de operação.
Desvantagens:
● O desempenho pode cair se acessos consecutivos são feitos a palavras que
estão no mesmo índice.

UNIDADE IV Memórias 71
SAIBA MAIS

Existe um novo padrão de memória RAM que já está no mercado, a memória DDR5.
A tecnologia teve suas especificações técnicas publicadas em julho de 2021, provavel-
mente ela começará a ser comercializada em produtos voltados ao usuário final no ano
de 2022 ainda. Essa evolução em primeiro momento permite pentes de 128GB e velo-
cidade de 4.800 MHz, com a promessa de ainda conseguir dobrar a largura de banda
das atuais DDR4

Fonte: GARRETTI, Felipe. “O que é DDR5? Saiba tudo sobre a próxima geração de memórias RAM para

PC”. Techtudo. 2021.

REFLITA

A memória cache é utilizada para armazenar os dados que são acessados com muita
frequência, assim, sempre que for acessar os dados novamente, isso acontecerá de
forma muito mais rápida.

Fonte: PATTERSON, David A.; HENNESSY, John L. Arquitetura de computadores: uma abordagem quan-

titativa. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.

UNIDADE IV Memórias 72
MATERIAL COMPLEMENTAR

FILME / VÍDEO
Título: O Jogo da Imitação
Ano: 2014.
Sinopse: Esse filme é baseado na história real de Alan Turing (in-
terpretado por Benedict Cumberbatch), que se tornou uma lenda
na precursão do que hoje conhecemos como algoritmos. Na trama,
Alan é contratado pelo governo inglês e torna-se responsável por
integrar e comandar as mentes mais brilhantes da época. Juntos,
eles devem desvendar o segredo de uma máquina de codificação
chamada Enigma, utilizada pelos nazistas na Segunda Guerra
Mundial para comunicações sigilosas, e dessa forma descobrirem
os seus segredos e contribuírem para ganhar a guerra. O filme
é um convite para conhecer um pouco mais sobre as origens da
Ciência da Computação como a temos hoje e instigar as mentes de
qualquer amante do gênero a desenvolver ideias e criar soluções
por meio dos conhecimentos em tecnologia.

LIVRO
Título: Arquitetura de Computadores: A visão do software
Autor: Eduardo Bráulio Wanderley Netto.
Editora: CEFET-RN.
Sinopse: À parte da discussão filosófica que envolve a definição do
termo e do emaranhado de visões - nem sempre alinhadas - sobre
o que significa Arquitetura de Computadores”, procuramos manter
o título desta obra de forma expandida contendo o que exatamente
se espera do texto: a visão do software sobre a máquina onde ele
irá ser executado. Material específico para cursos de graduação
tecnológica com ênfase em software, trará os temas mais rele-
vantes da área de Arquitetura de Computadores à luz sob este
prisma, dando oportunidade para uma abordagem mais precisa e
aprofundada, sem onerar nem avolumar a obra com materiais de
interesse secundário.

UNIDADE IV Memórias 73
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta última unidade, você caro (a) aluno (a) aprendeu de forma abrangente sobre
as memórias, enfatizando a diferença entre a memória principal e a memória secundária.
Vimos que a memória principal é nada mais que um agrupamento de chips que acumulam
informações ao mesmo tempo que estão sendo processadas, mas a ação é limitada ape-
nas no intervalo de tempo que o microcomputador estiver operando (MONTEIRO, 2007).
Aprendemos que a memória RAM é, da forma mais simples de falar, aquela que armazena
temporariamente os dados, que quando o microcomputador é desligado as informações
são perdidas, sem chance de recuperação dos dados (VASCONCELOS, 2002). Podemos
concluir também que a memória secundária é aquela que armazena permanentemente as
informações, ou seja, mesmo que o microcomputador for desligado, nenhum dado será
perdido. (MORIMOTO, 2002). A memória ROM é a memória que montem algumas infor-
mações básicas sobre o hardware do computador, são gravadas de forma física em um
chip pelo fabricante do micro (VASCONCELOS, 2002). Sobre a hierarquia de memórias
podemos concluir, que é inviável construir um sistema de computação possuindo uma única
memória. Vimos que o ocorrido é que por mais que existam diferentes memórias no com-
putador, todas interligadas entre si de forma muito organizada e bem estruturada, formando
assim um sistema em si, que é atualmente denominado como subsistema de memória,
pois faz parte de um sistema global de computação. Foi explicado que esse subsistema
foi projetado de forma que todos os seus componentes sejam organizados de maneira
hierárquica, como foi demonstrado nas imagens. (VASCONCELOS, 2002).
Por fim, podemos concluir que a memória cache é utilizada para armazenar dados
que são acessados com frequência, com o intuito de diminuir o espaço de tempo que é gas-
to para acessar os dados, e a memória Virtual é usada com finalidade de tirar da memória
real do sistema, as informações, deixando mais memória disponível. (PATTERSON, 2014)

UNIDADE IV Memórias 74
REFERÊNCIAS

AMARAL, Allan F. F. Arquitetura de Computadores. Colatina – Espirito Santo - CEAD / Ifes,


2010.

GARRETTI, Felipe. “O que é DDR5? Saiba tudo sobre a próxima geração de memórias
RAM para PC”. Techtudo. 2021.

MONTEIRO, Mário A. Introdução à Organização de Computadores. 5. edição. Rio de Janei-


ro. Editora LTC, 2007.

MORIMOTO, Carlos E. Manual de Hardware Completo. 3 ed. São Paulo. Editora Makron
Books. 2002. Disponível em: http://www.hardware.com.br/livros/hardware-manual/. Acesso
em: 11 fev. 2022.

PATTERSON, David A.; HENNESSY, John L. Arquitetura de computadores: uma aborda-


gem quantitativa. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2014. 435 p.

STALLINGS, William. Arquitetura e Organização de Computadores. Tradução da 8a edição.


São Paulo. Editora Prentice Hall Brasil, 2002.

TANENBAUM, Andrew S. Organização Estruturada de Computadores. Tradução da 5ª


edição. São Paulo. Editora Prentice Hall Brasil, 2007.

VASCONCELOS, Laércio. Hardware Total. 1ª Edição. São Paulo. Editora Makron Books,
2002.

WEBER, Raul Fernando. Fundamentos de arquitetura de computadores. 3. ed. Porto Alegre


(RS): Sagra Luzzatto, 2001/2004. 299 p. (Livros Didáticos UFRGS; v. 8).

75
CONCLUSÃO GERAL

Prezado (a) aluno (a),

Procurei trazer neste material os principais conceitos sobre a arquitetura de compu-


tadores e hardware, a fim de esclarecer que o computador é nada mais que uma máquina,
composta por diversos componentes. Componentes esses responsáveis por permitir a
entrada de dados, o processamento e a saída de informações. Para tanto, abordamos
o hardware e o software, e neste aspecto acredito que tenha ficado claro que isso só é
possível pela junção da parte física com a parte lógica do computador.
Iniciamos nosso conteúdo abordando a evolução dos computadores, e com isso não
pudemos deixar de notar que desde o surgimento do primeiro computador, conseguimos
evoluir de forma drástica, maximizando a capacidade de processamento e armazenamento
e reduzindo o tamanho dos computadores. Acredito que tenha ficado claro a você caro (a)
aluno (a), que o computador é composto por diversos circuitos e componentes eletrônicos,
sendo responsáveis pela entrada, o processamento e a saída de dados. Finalizamos a
Unidade I apresentando alguns componentes do computador e mostrando a diferença
entre o hardware e o software, e como necessitamos de ambos para que tenhamos um
computador funcionando.
Demos continuidade no nosso material explicando o que é um barramento, e
quais os tipos de barramentos existentes. Pudemos compreender que um barramento é
um conjunto de linhas de transmissão, que, por sua vez, possibilita a junção entre dois
dispositivos, como por exemplo o processador, a memória e demais periféricos. Em outras
palavras entendemos que o barramento é o encaixe na placa-mãe que cada peça precisa
para funcionar como o esperado. Finalizamos a unidade explicando que os dispositivos de
entrada são responsáveis por encaminhar comandos do usuário ao computador, enquanto
os dispositivos de saída são responsáveis por fornecer um resultado da solicitação requisi-
tada inicialmente, fazendo a ligação máquina para usuário.
Concluímos nossa matéria abordando os processadores e compreendendo como
eles operam, pudemos notar a extrema importância da unidade lógica e aritmética e das
unidades de controles. Aprendemos ainda sobre os tipos de memórias existentes e como
elas trabalham, obtendo entendimento também sobre a hierarquia de memória.
Por fim caro (a) aluno (a), acredita-se que você já se encontra preparado para dar
continuidade ao seu curso, pois compreendeu como funciona a arquitetura de computado-
res e hardware. Sucesso.

Até uma próxima oportunidade. Muito obrigada!

76
+55 (44) 3045 9898
Rua Getúlio Vargas, 333 - Centro
CEP 87.702-200 - Paranavaí - PR
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