Arquitetura de Computadores e Hardware (UniFatecie)
Arquitetura de Computadores e Hardware (UniFatecie)
Computadores e
Hardware
Professora Esp. Camila Sanches Navarro
2021 by Editora Edufatecie
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Revisão Textual
Beatriz Longen Rohling
Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
Geovane Vinícius da Broi Maciel
Kauê Berto
Prezado (a) aluno (a), posso garantir que caso tenha despertado um interesse pelo
assunto desta disciplina, já estamos iniciando uma espetacular jornada, jornada essa que
estaremos trilhando juntos a partir de agora. Elaborei todo o material necessário para o
seu aprendizado, a fim de compreender a disciplina de Arquitetura de Computadores e
Hardware de forma dinâmica, facilitando assim o entendimento.
Na Unidade I, iniciaremos a nossa caminhada entendendo como aconteceu a evo-
lução dos computadores, enfatizando a importância de cada processo, de cada dificuldade
encontrada durante a sua trajetória. Abordaremos ainda como procede o processamento
de dados de um computador, levando em consideração que estamos tratando de uma
máquina, máquina essa que trabalha com códigos binários, e é composta por diversos
componentes. Ressaltaremos as diferenças entre hardware e software, compreendendo a
importância de cada um deles.
Ampliaremos o nosso conhecimento na Unidade II, no qual estudaremos sobre o
armazenamento e o processamento de dados e entendendo também como funciona os
todos os tipos barramentos. Por fim, mais não menos importante, compreenderemos como
trabalham os dispositivos de entrada e os dispositivos de saída.
Dando continuidade, abordaremos na Unidade III os processadores, compreen-
dendo como eles funcionam. Trataremos também a respeito da unidade lógica e aritmética
e das unidades de controles, tudo isso na unidade III. Passaremos para a Unidade IV
aprendendo quais são os tipos de memórias existentes e como elas trabalham, obtendo
entendimento também sobre a hierarquia de memória.
Não poderia deixar de aproveitar a oportunidade de reforçar que, você caro (a)
aluno (a), vai percorrer uma jornada de aprendizado, multiplicando assim os conhecimentos
sobre os diversos assuntos tratados nesta apostila. Espero contribuir para o seu crescimen-
to profissional e pessoal.
UNIDADE I....................................................................................................... 3
Introdução à Organização de Computadores
UNIDADE II.................................................................................................... 21
Componentes de Fluxo de Dados
UNIDADE III................................................................................................... 38
Unidade Central de Processamento
UNIDADE IV................................................................................................... 58
Memórias
UNIDADE I
Introdução à Organização de
Computadores
Professora Esp. Camila Sanches Navarro
Plano de Estudo:
● Evolução dos computadores;
● Processamento;
● O computador e seus componentes (Parte Física e Parte Lógica).
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender o processo de evolução dos computadores;
● Entender como funcionam os processamentos de dados;
● Obter entendimento sobre os códigos binários;
● Compreender a diferença entre hardware e software,
estudando os componentes do computador.
3
INTRODUÇÃO
FIGURA 1 – TRANSISTORES
Aqueles computadores que foram criados nessa época eram classificados como
minicomputadores ou supercomputadores:
Processamento Vetorial:
Processamento Paralelo:
1.5.2 Supercomputadores
Processamento Vetorial:
● CRAY 1;
● CRAY X-MP;
● CRAY 2;
● CYBER 205, que podia chegar a executar 800 milhões de operações por se-
gundo, com o que era considerado muita memória para o período e trabalhando
com 64 bits.
● Em 1975 (janeiro) - Altair 8800 (foi feito com o microprocessador Intel 8080);
● Em 1977 - Apple II;
● Em 1981 - PC IBM.
Nessa geração houve a criação dos floppy disks mais conhecidos como discos flexíveis
No Brasil os computadores se tornaram cada vez mais pessoais, isso por que à
instalação de indústrias facilitou a produção e comércio destes equipamentos.
Podemos dizer, caro (a) aluno (a), que um computador é uma máquina capaz de
metodicamente coletar informações, processar essas informações e fornecer os resulta-
dos obtidos com a manipulação dos objetos. Em muitos casos, notamos que por ser uma
máquina composta por diversos circuitos e componentes eletrônicos, como apresentado
na Imagem de abertura do tópico, um computador pode ser conhecido também por equipa-
mento de processamento eletrônico de dados (AMARAL, 2010).
Contudo caro (a) aluno (a), podemos dizer que o avanço tecnológico aliado a cons-
tante busca por técnicas mais eficientes de processamento de dados, resultou no desen-
volvimento de computadores capazes de receber, armazenar e processar dados com muito
mais eficiência e agilidade em comparação com os meios manuais utilizados antigamente
(AMARAL, 2010).
Abordaremos nesta seção, caro (a) aluno (a), a diferença entre a parte física e a
parte lógica do computador, compreendendo que a junção dos dois, como abordado na
Figura 05, faz com que possamos utilizar um computador.
3.1 Hardware
Patterson (2005), explica que o termo hardware é utilizado para definir todos os
componentes físicos, sendo eles mecânicos, magnéticos e eletrônicos presentes no com-
putador, em outras palavras, hardware é a máquina. Podemos dividir o hardware de um
computador em quatro categorias, o processador, a placa-mãe, a memória e os dispositivos
de entrada e saída, como apresentado na Figura 2.
3.3 Memória
Patterson (2005) explica que a memória do computador é composta por diversos
dispositivos que servem para armazenar instruções e dados, sejam eles de modo tempo-
rário ou de modo permanente. Contudo, podemos classificar dois tipos de memórias, a
memória principal e a memória secundária.
A memória principal apresenta uma alta velocidade e uma baixa capacidade de
armazenamento, ela é acessada pelo processador diretamente e armazena os dados de
modo temporário. Ela é formada pela memória RAM (Random Access Memory), representa-
do na Figura 4, conhecida também como memória de acesso aleatório, tendo como função
o armazenamento das informações que estão sendo utilizadas no trabalho do processador.
Já as memórias secundárias, ou memória ROM (Read Only Memory), conhecida também
como memória somente para a leitura, representado na Figura 5, que armazena todas as
instruções de inicialização do computador (PATTERSON,2005).
3.4 Placa-Mãe
Patterson (2005), explica que no inglês a placa mãe que é chamada de mother-
board ou mainboard, representada na Figura 6, ela fica responsável pela interligação de
todos os mecanismos que o compõem. A placa mãe é considerada o sistema nervoso de
um computador, se o processador for considerado o cérebro, eles se comunicam de forma
essencial (PATTERSON, 2005).
FIGURA 6 – PLACA-MÃE
3.5 Software
No princípio, os constituintes eletrônicos do computador eram operados ma-
nualmente. Depois foi elaborado uma maneira de ensiná-los a realizar tarefas quando
solicitado, tornando o manuseio do computador algo mais fácil. Surgindo então o software
(TANENBAUM, 2007).
Softwares pode ser caracterizado como a parte lógica do computador, em outras
palavras, o Software passa um conjunto de instruções e dados para os componentes físicos
do computador, para que assim seja possível executar uma determinada tarefa, solicitada
inicialmente. Contudo, podemos acrescentar ainda caro (a) aluno (a) que os softwares tem
como função facilitar a interação dos usuários com todos os componentes físicos de um
computador, fazendo com que o computador tenha uma finalidade realmente útil para seus
usuários (TANENBAUM, 2007).
SAIBA MAIS
Tanenbaum (2007) explica que o BIOS (Basic Input / Output System) é o primeiro sof-
tware executado quando ligamos o computador. Ele tem a função de reconhecer os
componentes de hardware instalados no computador e verificar se todos estão funcio-
nando como o esperado.
REFLITA
O homem desenvolve os softwares com linguagens de alto nível, que possuem compi-
ladores que transformam a linguagem escrita pelo homem em uma linguagem binária,
que o computador compreende (TANENBAUM, 2007).
Caro aluno (a), ao final desta unidade podemos concluir que a evolução dos com-
putadores teve início ainda na década de 40, juntamente à outras evoluções alinhadas
(destacando a evolução eletrônica, que foi essencial para que esta conseguisse acontecer
de forma “natural”), desde a substituição das válvulas, pelos transistores, transistores estes
que conseguiram resolver os problemas encontrados relacionados ao superaquecimento,
que resultavam em queimas frequentes das válvulas, até as grandes inovações do merca-
do, que vem mostrando que desde o início, a tendência é reduzir o tamanho das máquinas
aumentando a capacidade de armazenamento e de processamento de cada uma delas
(TANENBAUM, 2007).
Podemos notar que cada componente tem a sua importância na composição de
um computador, em que, na parte física, conhecida como hardware, em outras palavras, a
máquina, citamos o processador, responsável por executar todos os cálculos necessários,
a placa-mãe, responsável por interligar todos os demais componentes, a memória, que por
sua vez, podem armazenar de forma temporária ou por um período de tempo considera-
velmente maior e por fim os dispositivos de entrada e saída de dados. Quando falamos da
parte lógica do computador estamos nos referindo aos softwares, que são responsáveis
de passarem um conjunto de instruções para os componentes físicos de um computador
(TANENBAUM, 2007).
Conseguimos ver que para cada diferente tarefa que for de seu desejo realizar usan-
do um computador, existe um programa específico. Por exemplo, para que um computador
seja capaz de reproduzir um DVD, deve possuir um programa capaz de reproduzir mídias.
Com exceção dos aplicativos, que não necessariamente realizam tarefas específicas, todos
os outros tendem a realizar apenas uma ação. Também foi possível compreender a relação
entre o processamento de dados, a capacidade de armazenamento de dados e o código
binário (TANENBAUM, 2007).
FILME / VÍDEO
Título: A Rede Social
Ano: 2010.
Sinopse: Narrar a trajetória de Mark Zuckerberg e a maior rede
social do mundo, desde a concepção da ideia até as brigas judi-
ciais por direitos autorais do Facebook, é o foco central desse filme
que, definitivamente, todos os estudantes da área de Ciência da
Computação deveriam assistir. Além de mostrar o brilhantismo do
nerd introspectivo de Harvard para dar vida ao Facebook, o filme
é também uma lição de empreendedorismo, algo extremamente
importante em meio a um mercado tão competitivo como o da
tecnologia.
LIVRO
Título: Arquitetura e Organização de Computadores
Autor: Willian Stallings.
Editora: Pearson Education do Brasil.
Sinopse: Este livro trata da estrutura e função dos computado-
res. Sua finalidade é apresentar, da forma mais clara e completa
possível, a natureza e as características dos sistemas compu-
tacionais da atualidade. Essa tarefa é desafiadora por diversos
motivos. Primeiro, existe uma grande variedade de produtos que
podem justificadamente ostentar o nome de computador, desde
microprocessadores de um único chip, que custam alguns poucos
dólares, até supercomputadores, que custam dezenas de milhões
de dólares. A variedade existe não apenas no custo, mas também
no tamanho, no desempenho e nas formas de aplicação. Segundo
o rápido ritmo das mudanças que sempre caracterizou a tecno-
logia associada aos computadores continua sem descanso. Tais
mudanças atingem todos os aspectos da tecnologia associada aos
computadores, desde as tecnologias básicas do circuito integrado,
usadas para construir componentes do computador, até o uso cada
vez maior dos conceitos de organização paralela na combinação
desses componentes.
Plano de Estudo:
● Armazenamento e processamento de dados;
● Barramentos;
● Dispositivos de entrada e saída.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender os o armazenamento e o processamento de dados;
● Entender como funcionam os barramentos;
● Obter entendimento sobre todos os dispositivos de entrada, os dispositivos
de saída, os dispositivos mistos e os de armazenamento.
21
INTRODUÇÃO
Nesta unidade, você caro aluno (a), primeiramente terá a oportunidade de conhe-
cer o armazenamento e o processamento de dados, que você verá ser resumido em três
fases: a entrada dos dados, o processamento propriamente dito e a saída dos dados já
processados. Ainda nesta unidade você verá: o modelo de interconexão dos principais
componentes, conhecer as características e também as estruturas que são consideradas
básicas dos barramentos (MONTEIRO, 2007).
Será possível conhecer o computador da forma mais pura que se tem, como o
conjunto de módulos de três tipos básicos, o processador, a memória e o E/S, estes se
comunicam entre eles para manter o bom funcionamento, ou seja, a comunicação mútua
entre eles é de extrema importância, você aprenderá como são elaborados o que chama-
mos de agrupamento de caminhos que conectam os diferentes módulos é chamado de
estrutura de interconexão (MONTEIRO, 2007).
No tópico 02 desta unidade será apresentado a forma como os barramentos fun-
cionam e são elaborados, os barramentos é apenas um conjunto de linhas de comunicação
que consegue permitir a interligação entre o processador, a memória e outros periféricos, é
chamado de barramentos específicos para praticamente todos. Como será mostrado, são
os barramentos que conectam quase todos os tipos de componentes do computador, com a
placa mãe na linguagem popular, ele é o encaixe de que cada peça precisa para funcionar
corretamente. Há barramentos específicos para quase todos os componentes conectados
a um sistema (PATTERSON, 2014).
E para concluir a unidade você conhecerá a fundos dispositivos de entrada e saída,
que são aqueles que ficam encarregados de incorporar e extrair informação de um com-
putador. Eles se enquadram na Arquitetura de Von Neumann, que consegue explicar as
principais partes de um computador (PATTERSON, 2014).
● Barramento do Processador:
O barramento do processador é utilizado internamente pelo processador para
encaminhar sinais para os demais componentes do sistema computacional. Com o passar
dos anos os barramentos dos processadores, também conhecidos como barramento de
transferência de dados, vêm sendo aprimorados com o intuito de aumentar a velocidade de
processamento de dados (PATTERSON, 2014).
● Barramento de Cache
O barramento de cache é totalmente dedicado para o acesso à memória cache do
computador, sendo ela a memória estática com alto desempenho, memória essa que fica
próximo ao processador (PATTERSON, 2014).
● Barramento de Memória
O Barramento de Memória fica sendo o responsável por realizar a conexão da
memória principal com o processador. Esse barramento é considerado um barramento de
alta velocidade (PATTERSON, 2014).
● Barramento de Dados
O barramento de dados é o responsável por conduzir as informações de uma
instrução (por meio de códigos de operações), informações da variável do processamento
(podendo ser um cálculo intermediário de uma determinada fórmula) e informações de
um periférico de entrada e saída (representado por um dado digitado em um teclado, por
exemplo) (PATTERSON, 2014).
3.2 O Hardware
De acordo com Tanenbaum (2007) existem os dispositivos de:
● Entrada;
● Saída;
● Entrada/Saída (Mistos);
● Armazenamento.
As interrupções são as modificações que acontecem no fluxo de controle, elas são cau-
sadas por meio de uma ação externa, geralmente está relacionado a Entrada e Saída.
Quando ocorre uma interrupção, podemos dizer que é um indicativo de controle enviado
por um dispositivo, conhecido como um agente externo, ao processador, quando um
evento é identificado, contudo, podemos afirmar que a interrupção é um sinal de har-
dware (WEBER, 2004).
Fonte: WEBER, Raul Fernando. Fundamentos de arquitetura de computadores. 3. ed. Porto Alegre (RS):
REFLITA
FILME / VÍDEO
Título: Jobs
Ano: 2013.
Sinopse: Uma biografia de uma das maiores mentes dos últimos
tempos, Jobs é um filme que mostra todo o percurso do fundador
da Apple, desde sua época hippie até o centro das atenções do
mercado da tecnologia ao lançar o iPhone. Aqui, Ashton Kutcher
encarna Steve Jobs e nos revela os mais importantes passos de
sua vida. O filme pode ser tanto uma inspiração como forma de re-
velar possíveis caminhos a serem seguidos (ou não) pelos futuros
cientistas da computação.
LIVRO
Título: Introdução à Computação - Hardware, Software e Dados
Autor: André C. P. L. F. de Carvalho e Ana Carolina Lorena.
Editora: LTC.
Sinopse: Introdução à Computação: Hardware, Software e
Dados tem o intuito de desmistificar os conceitos dessa ciência
ao apresentar, de forma simples e direta, o conhecimento neces-
sário tanto para quem quer se aprofundar no tema quanto para
profissionais de diversas áreas. Os professores - cuja parceria
já foi responsável, em conjunto com outros autores, pelo Prêmio
Jabuti 2012 na categoria Tecnologia e Informática desenvolveram
um texto esclarecedor e didático que facilita o entendimento dos
temas abordados. Introdução à Computação: Hardware, Software
e Dados trazem, a cada capítulo, curiosidades, destaques para
definições de conceitos importantes, exemplos, exercícios para
testar o conhecimento e indicação de leituras adicionais, tudo para
enriquecer a experiência do leitor ao longo de seu estudo.
Chegamos ao final de mais uma unidade caro (a) aluno (a), e com os conteúdos
abordados podemos concluir que o processamento e o armazenamento de dados aconte-
cem com frequência durante a utilização de um computador. Contudo, é notório que esses
processos, tanto de processamento de dados quanto de armazenamento de dados acontece
de forma muito ágil, muito rápida e de maneira considerável muito simples (WEBER, 2004).
Quando falamos sobre os barramentos, pudemos notar que eles acontecem de
forma muito mais complexas, existindo, contudo, três funções distintas nos principais bar-
ramentos de um computador. Podemos dizer que os barramentos conectam o processador,
a memória com os demais componentes, esses são, por sua vez, conectados pelos conhe-
cidos barramentos de entrada e saída. Quando abordamos os barramentos de dados, com-
preendemos que, como o próprio nome já mostra, esses barramentos são os responsáveis
pelas trocas de dados indispensáveis no computador, podendo ser eles dados enviados ou
dados recebidos. Já o conhecido por barramentos de controle tem a função de “regular” as
outras funções, assim, o barramento de controle consegue expandi-las quando necessário,
devido a demanda, ou reduzi-las, de acordo com a necessidade. Entretanto, foi apresenta-
do alguns dos mais conhecidos formatos neste quesito, como por exemplo os PCI, o AGP
e até mesmo o USB, que é muito utilizado através dos, popularmente denominados como
pendrives, impressoras, mouses, teclados e entre outros periféricos (PATTERSON, 2014).
Por fim, nesta atual unidade apresentamos de forma exemplificada os aspectos dos
barramentos, dando ênfase também ao processamento de dados, além claro de reforçar
a grande importância que cada dispositivo de entrada e de saída representam para que
tenhamos um funcionamento como esperado em um computador (WEBER, 2004).
Plano de Estudo:
● Processador – CPU;
● Unidade Lógica e Aritmética (ULA);
● As Unidades de Controles (UC);
● Como é a organização de registradores.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender como funcionam os processadores;
● Entender a unidade lógica aritmética e as unidades de controle.
38
INTRODUÇÃO
Caro (a) aluno (a) nesta unidade será apresentado a unidade central de processa-
mento, que ficou conhecida como processador e é responsável por realizar as inscrições
(aritmética básica, lógica e entrada e saída de dados). Será possível também conhecer a
história da produção dos processadores, pois os primeiros processadores fabricados eram
caros e grandes, isso porquê eram produzidos para máquina específica, mas com o passar
dos anos os processadores comeram a ser produzidos de maneira comercial, ou seja,
amplamente para diferentes propósitos que serão evidenciados e explicados durante a uni-
dade. Logo após será explicado como os circuitos integrados, revolucionaram o mercado
de processadores, podendo produzir cada vez processadores mais complexos e completos.
Os microprocessadores estão presentes atualmente em quase todo produto do dia a dia,
como automóveis, brinquedos, eletrodomésticos, entre outros (MONTEIRO, 2007).
Você também terá a oportunidade de conhecer e aprender no tópico 2 a unidade
lógica e aritmética, que é conhecida popularmente como ULA, e é baseada em aparelhos
lógicos digitais simples, que armazenam códigos binários e executam operações lógicas
e aritméticas. Neste mesmo tópico fica evidente como os registradores que são áreas de
armazenamento temporário dentro do processador que se conecta com a Unidade lógica e
aritmética por meio de caminhos de sinal (STALLINGS, 2002).
Ainda nesta unidade será apresentada a unidade de controle, que pode ser con-
siderada como um pedaço do processador que tem como principal função o controle das
execuções de instruções, é ela que acaba comandando a transferência de dados entre o
processador e a memória ou os dispositivos de entrada e saída. Hoje em dia, houve o sur-
gimento da unidade de controle micro programada que acabou se tornando uma miniatura
de um comutador, que pode ser programada apenas com sequencias (STALLINGS, 2002).
A Figura 2, caro (a) aluno (a), mostra a interação dos registradores com a ULA, em
que o MBR (Memory Buffer Register – Registrador Temporário de Dados) contém uma pala-
vra com dados para ser armazenada na memória ou ainda é fundamental para receber uma
palavra vinda da memória. No caso do AC (Accumulator – Acumulador) e do MQ (Multiplier
Quotient – Quociente de Multiplicação), ambos são registradores que são utilizados para
armazenar de modo temporário os operandos e os resultados das operações efetuadas na
ULA (STALLINGS, 2002).
Pinos: A0 - B3; B0 - B3
Tipo: Entrada
Descrição: Dados
Pinos: T
Tipo: Entrada
Descrição: Pode assumir dois valores, o 0 para operações aritméticas e 1 para
operações lógicas
Pinos: S0 - S3
Tipo: Entrada
Descrição: Nesta situação, os sinais de controle poderão indicar 16 operações
aritméticas (com T=0) ouo 16 operações lógicas (com T=1)
Pinos: R0 - R3
Tipo: saída
Descrição: Resultado da operação
Unidade de controle pode ser considerada como uma parte do processador que
tem a função de controlar a execução de instruções. Ela comanda a transferência de dados
entre o processador e a memória ou os dispositivos de entrada e saída (STALLINGS, 2002).
Para que fique fácil a compreensão de como é realizado o controle pela UC, apre-
sentado na Figura 4, vamos considerar um ciclo de busca:
Durante o item IV, segundo Stallings (2002), os seguintes sinais de controle devem
ser enviados:
● Precisa ser encaminhado um sinal para abrir as portas lógicas, pois elas permi-
tem transferir o conteúdo do registrador MAR para o barramento de endereço;
(STALLINGS, 2002);
● Precisa ser encaminhado um sinal de leitura na memória, inserido no barramen-
to de controle; (STALLINGS, 2002);
● Precisa ser encaminhado um sinal para abrir as portas lógicas, esse sinal permi-
tirá que o conteúdo do barramento de dados seja transferido para o registrador
MBR; (STALLINGS, 2002);
● Precisa ser encaminhado um sinal de controle para comandar a operação de
somar 1 ao conteúdo do PC, armazenando o resultado no próprio PC (incre-
mento) (STALLINGS, 2002).
A unidade de controle pode ser considerada como uma parte do processador que
tem a função de controlar a execução de instruções. Ela comanda a transferência de infor-
mações entre o processador e os dispositivos de entrada e saída ou a memória, fazendo
isso gerando sinais de controle externos. Para encaminhar dados dos registradores, ela
gera sinais de controle internos ao processador, para ordenar a unidade lógica de aritmé-
tica na facção de uma tarefa e também controlar outras atividades internas. As entradas
que levam até a unidade de controle compreendem do registrador de instruções, sinais
de controle oriundos de fontes externas, como por exemplo sinais de interrupção e bits de
condição, conforme explica Stallings (2002).
O Sinal: As Condições
O Tipo: De entrada
A Descrição: Mostra como o processador e as saídas de operações executadas
pela ULA.
3.2 A microarquitetura
Promove capacidades funcionais e uma estrutura lógica de hardware, da mesma
forma que é possível ser visto por um micro programador (STALLINGS, 2002).
3.3 A microprogramação
A microprogramação é uma estratégia que é utilizada para implementar a unidade
de controle que um processador possui, que nada mais é do que programar até o nível das
operações de transferência dos registros, de acordo com Stallings (2002).
3.6 O Sequenciador
É um circuito que informa a localização da próxima microinstrução que ainda irá
ser executada a partir da atual microinstrução, o código da operação que é do registro de
instrução e o indicador de condição (STALLINGS, 2002).
3.9 As Interrupções
Interrupções possibilitam aos processadores mais modernos, conseguirem res-
ponder a alguns eventos gerados por dispositivos simultaneamente a outro trabalho a ser
realizado. Os processadores também podem disponibilizar as instruções para possibilitar
os processos realizarem interrupções de software (traps). Isso pode implementar uma mul-
titarefa cooperativa (AMARAL, 2010).
3.11 O Operando
O Operando (s) é a parte em que a instrução cujo valor binário sinaliza a localiza-
ção do dado, ou o próprio dado, que será modificado pela instrução durante a operação.
Normalmente, o operando consegue identificar o endereço de memória, que está contido
o dado que será modificado, ou possuir o endereço em que o resultado será armazenado
(AMARAL, 2010).
Segundo Amaral (2010), quase todo sistema possui uma hierarquia, no sistema
de computação não é diferente. Nos altos níveis desta hierarquia, a memória é cada vez
menos, mais rápida e como consequência mais cara, no topo desta hierarquia estão os re-
gistradores, eles estão localizados dentro do processador, são exemplos de registradores:
Os Registradores que ficam visíveis para o usuário: permitindo ao programador
realizar o acesso tranquilamente.
Os Registradores de controle e de estado: utilizados pela unidade de controle para
controlar as operações do processador e por poucos programas de um sistema operacional.
Ainda segundo Amaral (2010), o registrador de dados é um dos principais e mais
importantes registradores visíveis ao usuário, ele não pode em hipótese alguma conter
valores que são empregados nos cálculos de endereços de operandos, apenas de dados.
Para que um dado oriundo de uma transferência chegue à unidade lógica e arit-
mética, é de extrema importância que ele tenha ficado armazenado em um registrador. Os
possíveis resultados de uma operação realizada pela unidade lógica e aritmética necessitam
ficar armazenados, de maneira que facilite a reutilização ou transferência para a memória
(AMARAL, 2010).
Na Figura 6 está ilustrada o contador de programa (PC), em que está contido o en-
dereço da próxima instrução a ser procurada, este endereço é levado ao MAR e colocado
no barramento de endereço. A UC normalmente requisita a leitura na memória, após este
processo o resultado é destinado ao barramento de dados é copiado no MBR e logo após
movido para o IR. Simultaneamente o processador é incrementado em 1 para a próxima
pesquisa (AMARAL, 2010).
O matemático John von Neumann propôs o conceito de ULA em 1945, quando escreveu
um relatório sobre os fundamentos para um novo computador chamado EDVAC. Pes-
quisas sobre ULAs ainda são uma parte importante da ciência da computação.
REFLITA
FILME / VÍDEO
Título: Piratas do Vale do Silício
Ano: 1999.
Sinopse: O filme retrata os bastidores de um mundo repleto de
pura genialidade e rivalidade, em um enredo envolvendo alguns
dos maiores nomes da computação mundial, como Bill Gates e
Steve Jobs. Acompanhando a luta para lançarem o primeiro com-
putador pessoal do mundo (PC), é possível observar o cenário
social da época, bem como a vida pessoal desses gênios, seus
erros, sonhos e ambições. Com Steve Ballmer e Paul Allen, Gates
nos mostra como viria a ser fundada a Microsoft, enquanto Jobs
e Wozniak mostram o nascimento da poderosa Apple. O filme, ao
revelar algumas intrigas e disputas dentro do mercado competitivo
da tecnologia, permite que os estudantes da área reflitam e con-
sigam desenvolver suas opiniões e visões sobre o que os espera
após concluírem a graduação.
LIVRO
Título: Organização e Projeto de Computadores
Autor: David A. Patterson e John L. Hennessy.
Editora: CAMPUS.
Sinopse: Em termos do funcionamento de hardware, o livro indi-
cado é o “Organização e Projeto de Computadores”, de Patterson
e Hennessy. É um livro denso em termos de conteúdo e (era) o
principal livro de referência para o estudo de arquitetura de com-
putadores.
O foco desta unidade como podemos concluir depois de aprender e refletir com
ela foi a lógica de funcionamento dos processadores, concluímos que a essência dos
processadores está em apenas realizar operações lógicas e aritméticas, realizar controle
dessas operações e armazenar dados ou resultados temporários (registradores), para que
isso ocorra, vimos que o processador precisa realizar a busca dos dados, e não menos
importante, precisa saber em que eles estão. Foi então que mostramos que o barramento
de controle, em que a UC do processador controla a transferência do dado, pelo barramen-
to de endereço, já sabendo onde ele está. Então vimos que assim, o dado é finalmente
transferido para os registradores do processador, utilizando o barramento de dados.
Por fim, foi mostrado que a execução é realizada, e o processador parte para a
próxima busca e execução. A unidade lógica e aritmética (ULA) ou em inglês Arithmetic
Logic Unit (ALU) é um circuito digital que realiza operações lógicas e aritméticas. A ULA
é uma peça fundamental da unidade central de processamento (CPU), e até dos mais
simples microprocessadores. Foi na verdade, uma “grande calculadora eletrônica” do tipo
desenvolvido durante a II Guerra Mundial, e sua tecnologia já estava disponível quando
os primeiros computadores modernos foram construídos. Vimos como o matemático John
von Neumann propôs o conceito de ULA em 1945, quando escreveu um relatório sobre os
fundamentos para um novo computador chamado EDVAC (MONTEIRO, 2007).
Podemos concluir que a tecnologia utilizada foi inicialmente relés, herança da tele-
fonia, e posteriormente válvulas, herança da radiofonia. Com o aparecimento dos transisto-
res, e depois dos circuitos integrados, os circuitos da unidade aritmética e lógica passaram
a ser implementados com a tecnologia de semicondutores. A ULA executa as principais
operações lógicas e aritméticas do computador. Ela soma, subtrai, divide, determina se um
número é positivo ou negativo ou se é zero (STALLINGS, 2002).
Plano de Estudo:
● A memória;
● Hierarquia de memória.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender quais são os tipos de memórias e como elas funcionam;
● Entender sobre a hierarquia de memória.
58
INTRODUÇÃO
Nesta última unidade, você caro (a) aluno (a) irá conhecer mais sobre os tipos
de memória já existentes. Aprenderá sobre a memória principal, brevemente falando, esta
memória é um agrupamento de chips que acumulam ao mesmo tempo que estão sendo
processadas, mas a ação acaba sendo limitada apenas no intervalo de tempo que o mi-
crocomputador estiver operando. (MONTEIRO, 2007). Aprenderá sobre como funciona a
memória RAM, que é comercializada no formato de pequenas placas conhecidas como
“pentes”, esta memória é aquela de acesso aleatório, ou seja, aquela que mesmo com o
computador mudando seu conteúdo constantemente ela consegue realizar a sua função,
ela não consegue gravar permanentemente os dados, assim, seu conteúdo é perdido quan-
do o computador é desligado, sendo que não há chance de recuperação dos dados após o
encerramento, mas a memória RAM mais detalhadamente explicada ao longo da unidade
(VASCONCELOS, 2002).
Você caro (a) aluno (a), também verá que é a memória auxiliar que fica responsável
por armazenar permanentemente e fisicamente os dados, ou seja, sempre que os dados
forem gravados em qualquer tipo de memória auxiliar, eles não serão perdidos se o micro-
computador for desligado, como será mostrado com mais detalhes ao decorrer da unidade.
(MORIMOTO, 2002). Veremos também que a memória conhecida como ROM é aquela
memória que mantem as informações necessárias sobre o hardware do computador, elas
são gravadas de forma física em um chip pelo fabricante do micro (VASCONCELOS, 2002).
Logo após as memórias serem apresentadas, você, caro aluno (a) terá a oportuni-
dade de conhecer mais sobre a hierarquia de memórias, quando a citamos estamos, nos
referindo a uma classificação de diversos tipos de memória em função do desempenho.
Essa classificação, na maioria das vezes, segue duas dimensões, o tamanho e a velocidade
de acesso, normalmente representada por uma pirâmide (VASCONCELOS, 2002).
UNIDADE IV Memórias 59
1. A MEMÓRIA
UNIDADE IV Memórias 60
1.3 A Memória Secundária (Auxiliar)
É a memória que armazena permanentemente e fisicamente os dados, sempre que
os dados forem gravados em qualquer tipo de memória auxiliar, eles não serão perdidos se
o microcomputador for desligado (MORIMOTO, 2002).
FIGURA 2 –DVD/CD
UNIDADE IV Memórias 61
FIGURA 3 – MEMÓRIA USB
UNIDADE IV Memórias 62
● A memória EPROM: Erasable PROM (é uma memória que pode ser apagada
por meio de raios ultravioletas);
● A memória EEPROM: Electrical EPROM (é uma memória que pode ser apaga-
da por meio de sinais elétricos apenas);
A Memória Flash pode ser usada como apenas de leitura ou de leitura e gravação,
mas isso depende do driver que está sendo utilizado. Normalmente é utilizada como um
disco em pastilhas (chips), SSD - Solid State Disk (VASCONCELOS, 2002).
UNIDADE IV Memórias 63
Já as memórias com a tecnologia EDO surgiram no mercado em 1995, aumentan-
do o desempenho que já era conhecido nas que utilizavam a tecnologia FPM, em 5%. A
tecnologia Extended Data Out (EDO) era muito parecida, chegava a ser quase idêntica à
FPM, exceto pelo fato que ela podia possibilitar iniciar um novo ciclo de dados antes que os
antigos dados de saída do anterior fossem enviados para outros componentes (VASCON-
CELOS, 2002).
UNIDADE IV Memórias 64
As memórias do modelo de tecnologia RIMM ainda são encontradas no Nintendo
64 e também no Playstation 2 - o que só comprova que elas tinham grande capacidade para
algumas determinadas atividades. No entanto, o padrão não foi suficientemente rápido para
acompanhar a evolução que as memórias DIMM sofreram (VASCONCELOS, 2002).
O padrão PC100 (que era uma memória SDR SDRAM), foi elaborado no mesmo
período em que as memórias RIMM estavam no auge. Esse padrão foi elaborado pela
JEDEC, empresa que posteriormente caracterizou como deveria ser o DDR, A partir do
PC100, os fabricantes passaram a dar atenção ao requisito da frequência após um certo
tempo; o sufixo PC funcionou como indicador da largura de banda das memórias (como no
caso das memórias que tinham largura 3200 MB/s e são chamadas de PC3200) (VASCON-
CELOS, 2002).
UNIDADE IV Memórias 65
2. HIERARQUIA DE MEMÓRIA
De acordo com Vasconcelos (2002) caro (a) aluno (a), quando falamos de hierar-
quia de memória estamos nos referindo a uma classificação de diversos tipos de memória
em função do desempenho. Por sua vez, essa classificação, na maioria das vezes, segue
duas dimensões, o tamanho e a velocidade de acesso, normalmente representada por uma
pirâmide, como apresentado na Figura 4.
Para que a manipulação das instruções de um programa e dados, em outras pa-
lavras, a manipulação das informações de e para a memória do computador funcione de
forma correta e eficaz, é averiguado a necessidade de se ter distintos tipos de memória
em um mesmo computador (VASCONCELOS, 2002). Em alguns casos, é indispensável
que a transferência das informações aconteça o mais rápido possível, como no caso das
atividades que são realizadas internamente no processador central, no qual a velocidade é
essencial, no entanto a quantidade de bits que é manipulada é considerada muito pequena
(MORIMOTO, 2002).
Olha só que interessante caro (a) aluno (a), esse tipo de memória que acaba-
mos de estudar é considerada uma memória com o tipo diferente, pois a sua velocidade
de transferência é mais importante, enquanto nas demais memórias a sua capacidade,
disponibilidade de espaço para se guardar informações acaba sendo a prioridade (VAS-
CONCELOS, 2002).
UNIDADE IV Memórias 66
Podemos acrescentar ainda que existem algumas variações nas memórias do tipo
de alta velocidade e pequena quantidade de bits armazenado, que decorre de qual tecno-
logia que foi utilizado durante a sua fabricação (VASCONCELOS, 2002).
Levando em conta a extensa variedade de tipos de memórias, se torna inviável im-
plementar um sistema de computação possuindo uma única memória (MORIMOTO, 2002).
Acontece que existem diversas memórias no computador, sendo que todas elas são interliga-
das de maneira bem estruturada, formando assim um sistema em si, denominado subsistema
de memória, pois faz parte do sistema global de computação (VASCONCELOS, 2002).
Vasconcelos (2002) explica que esse chamado subsistema foi projetado de forma
que todos os seus componentes sejam organizados de maneira hierárquica, como demons-
trado na Figura 4. A pirâmide é projetada tendo a sua base mais larga, o que indica a
elevada capacidade, o tempo de uso e o custo do componente que a representa.
UNIDADE IV Memórias 67
A memória virtual é utilizada com a finalidade de ocultar a informação da memória
física real do sistema, assim, estende a memória disponível, sendo guardado as partes
inativas do conteúdo RAM em um disco. Em outras palavras, a memória virtual produz uma
ilusão de que o usuário possui um ou mais espaços de endereços reservados (PATTERSON
e HENNESSY, 2014).
Segundo Patterson e Hennessy (2014) esses endereços da memória principal que
acabam sendo utilizados diversas vezes são armazenados na memória cache, em muitos
casos ele estará disponível em um espaço reservado da memória principal. Um dado na
memória cache é acessado de forma muito rápida quando comparada à memória principal.
● Mapeamento Direto
Quando falamos de mapeamento direto, devemos considerar que cada bloco da
memória principal acaba sendo sempre mapeado para uma linha do cache, em que cada
linha existente na cache possui três campos, Patterson e Hennessy (2014) pontua eles:
I. Índice (ou linha);
II. Tag;
III. Endereço da palavra.
UNIDADE IV Memórias 68
Ainda de acordo com Patterson e Hennessy (2014), quando está no início do ma-
peamento, cada um dos blocos da memória principal tem uma linha exclusiva mapeada na
memória cache. Podemos considerar caro (a) aluno (a) este mapeamento como sendo fácil
de ser implementado, para facilitar a compreensão vamos acompanhar passo a passo a
implementação:
I. Inicialmente tudo começa com o endereço da memória (PATTERSON e HEN-
NESSY, 2014).
II. Após obter o endereço para conseguir acessar o cache, identifica-se os três
campos citados anteriormente (PATTERSON e HENNESSY, 2014).
III. Para que seja possível encontrar o End da palavra, deve-se realizar uma conta
de logaritmo (LOG2 Nr bytes), tendo sempre em base a quantidade de bytes
existente por linha da memória cache (PATTERSON e HENNESSY, 2014).
IV. Para encontrar o índice, deve-se considerar o número de linhas que possui a
memória cache, conseguimos obter o resultado realizando o mesmo cálculo de
logaritmo (LOG2 Nr bytes) (PATTERSON e HENNESSY, 2014).
UNIDADE IV Memórias 69
2.3 Totalmente associativa
Cada linha da memória principal teria um lugar único na memória cache, no mapea-
mento direto. Mas no mapeamento associativo não é da mesma forma, nele cada linha da
MP pode ser carregada em todos os lugares da cache. Então terá somente dois campos, o
tal e o end da palavra. Essas duas áreas possuem as mesmas funções dos dois campos
do mapeamento direto. Porém o campo tal precisará ter uma quantidade de bits maior. No
mapeamento associativo, é comparado a tag de cada linha na cache com a tag do endereço
apresentado pelo processador, isso é realizado para verificar se a linha está na cache. Se foi
encontrada, então os bytes da palavra serão transferidos para o processador, caso contrário,
procura-se o endereço na MP e guarda na chave (PATTERSON e HENNESSY, 2014).
UNIDADE IV Memórias 70
● O endereço na cache= endereço na MP e MOD, o tamanho da cache. O ende-
reço é dividido em Tag e Índice.
● O Índice é utilizado como endereço na cache. Mostra a posição da cache onde
provavelmente vai estar armazenada a palavra.
● O Tag é utilizado para conferir se a palavra que está na cache é realmente que
está sendo buscada, já que endereços diferentes, mas com o mesmo índice
ainda serão mapeados sempre para a mesma posição da cache.
Vantagens:
● Não é necessário de algoritmo de substituição.
● Hardware mais simples e barato.
● Maior velocidade de operação.
Desvantagens:
● O desempenho pode cair se acessos consecutivos são feitos a palavras que
estão no mesmo índice.
UNIDADE IV Memórias 71
SAIBA MAIS
Existe um novo padrão de memória RAM que já está no mercado, a memória DDR5.
A tecnologia teve suas especificações técnicas publicadas em julho de 2021, provavel-
mente ela começará a ser comercializada em produtos voltados ao usuário final no ano
de 2022 ainda. Essa evolução em primeiro momento permite pentes de 128GB e velo-
cidade de 4.800 MHz, com a promessa de ainda conseguir dobrar a largura de banda
das atuais DDR4
Fonte: GARRETTI, Felipe. “O que é DDR5? Saiba tudo sobre a próxima geração de memórias RAM para
REFLITA
A memória cache é utilizada para armazenar os dados que são acessados com muita
frequência, assim, sempre que for acessar os dados novamente, isso acontecerá de
forma muito mais rápida.
Fonte: PATTERSON, David A.; HENNESSY, John L. Arquitetura de computadores: uma abordagem quan-
UNIDADE IV Memórias 72
MATERIAL COMPLEMENTAR
FILME / VÍDEO
Título: O Jogo da Imitação
Ano: 2014.
Sinopse: Esse filme é baseado na história real de Alan Turing (in-
terpretado por Benedict Cumberbatch), que se tornou uma lenda
na precursão do que hoje conhecemos como algoritmos. Na trama,
Alan é contratado pelo governo inglês e torna-se responsável por
integrar e comandar as mentes mais brilhantes da época. Juntos,
eles devem desvendar o segredo de uma máquina de codificação
chamada Enigma, utilizada pelos nazistas na Segunda Guerra
Mundial para comunicações sigilosas, e dessa forma descobrirem
os seus segredos e contribuírem para ganhar a guerra. O filme
é um convite para conhecer um pouco mais sobre as origens da
Ciência da Computação como a temos hoje e instigar as mentes de
qualquer amante do gênero a desenvolver ideias e criar soluções
por meio dos conhecimentos em tecnologia.
LIVRO
Título: Arquitetura de Computadores: A visão do software
Autor: Eduardo Bráulio Wanderley Netto.
Editora: CEFET-RN.
Sinopse: À parte da discussão filosófica que envolve a definição do
termo e do emaranhado de visões - nem sempre alinhadas - sobre
o que significa Arquitetura de Computadores”, procuramos manter
o título desta obra de forma expandida contendo o que exatamente
se espera do texto: a visão do software sobre a máquina onde ele
irá ser executado. Material específico para cursos de graduação
tecnológica com ênfase em software, trará os temas mais rele-
vantes da área de Arquitetura de Computadores à luz sob este
prisma, dando oportunidade para uma abordagem mais precisa e
aprofundada, sem onerar nem avolumar a obra com materiais de
interesse secundário.
UNIDADE IV Memórias 73
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta última unidade, você caro (a) aluno (a) aprendeu de forma abrangente sobre
as memórias, enfatizando a diferença entre a memória principal e a memória secundária.
Vimos que a memória principal é nada mais que um agrupamento de chips que acumulam
informações ao mesmo tempo que estão sendo processadas, mas a ação é limitada ape-
nas no intervalo de tempo que o microcomputador estiver operando (MONTEIRO, 2007).
Aprendemos que a memória RAM é, da forma mais simples de falar, aquela que armazena
temporariamente os dados, que quando o microcomputador é desligado as informações
são perdidas, sem chance de recuperação dos dados (VASCONCELOS, 2002). Podemos
concluir também que a memória secundária é aquela que armazena permanentemente as
informações, ou seja, mesmo que o microcomputador for desligado, nenhum dado será
perdido. (MORIMOTO, 2002). A memória ROM é a memória que montem algumas infor-
mações básicas sobre o hardware do computador, são gravadas de forma física em um
chip pelo fabricante do micro (VASCONCELOS, 2002). Sobre a hierarquia de memórias
podemos concluir, que é inviável construir um sistema de computação possuindo uma única
memória. Vimos que o ocorrido é que por mais que existam diferentes memórias no com-
putador, todas interligadas entre si de forma muito organizada e bem estruturada, formando
assim um sistema em si, que é atualmente denominado como subsistema de memória,
pois faz parte de um sistema global de computação. Foi explicado que esse subsistema
foi projetado de forma que todos os seus componentes sejam organizados de maneira
hierárquica, como foi demonstrado nas imagens. (VASCONCELOS, 2002).
Por fim, podemos concluir que a memória cache é utilizada para armazenar dados
que são acessados com frequência, com o intuito de diminuir o espaço de tempo que é gas-
to para acessar os dados, e a memória Virtual é usada com finalidade de tirar da memória
real do sistema, as informações, deixando mais memória disponível. (PATTERSON, 2014)
UNIDADE IV Memórias 74
REFERÊNCIAS
GARRETTI, Felipe. “O que é DDR5? Saiba tudo sobre a próxima geração de memórias
RAM para PC”. Techtudo. 2021.
MORIMOTO, Carlos E. Manual de Hardware Completo. 3 ed. São Paulo. Editora Makron
Books. 2002. Disponível em: http://www.hardware.com.br/livros/hardware-manual/. Acesso
em: 11 fev. 2022.
VASCONCELOS, Laércio. Hardware Total. 1ª Edição. São Paulo. Editora Makron Books,
2002.
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CONCLUSÃO GERAL
76
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