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10-Dimensionamento Das Longarinas

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DIMENSIONAMENTO DE PONTE DE CONCRETO ARMADO

CARACTERÍSTICAS: DUAS VIGAS PRINCIPAIS (LONGARINAS)

ETAPAS PARA DIMENSIONAMENTO:

1) DIMENSIONAMENTO DA SUPERESTRUTURA

a) Dimensionamento das lajes do tabuleiro

a.1) Cálculo dos esforços devidos às cargas permanentes;


a.2) Cálculo dos esforços devidos à carga móvel;
a.3) Esforços Totais
a.4) Envoltórias e combinações de cálculo;
a.5) Cálculo das armaduras de flexão e cisalhamento;
a.6) Verificação à fadiga da armadura de flexão e de cisalhamento.

b) Dimensionamento das Longarinas (Vigas Principais)

b.1) Cálculo dos esforços devidos às cargas permanentes;


b.2) Cálculo dos esforços devidos à carga móvel;
b.3) Esforços Totais;
b.4) Envoltórias e combinações de cálculo;
b.5) Cálculo das armaduras de flexão e cisalhamento;
b.6) Verificação à fadiga da armadura de flexão e de cisalhamento.

c) Dimensionamento das Tranversinas


c.1) Cálculo dos esforços devidos às cargas permanentes;
c.2) Cálculo dos esforços devidos à carga móvel;
c.3) Esforços Totais
c.4) Envoltórias e combinações de cálculo;
c.5) Cálculo das armaduras de flexão e cisalhamento;
c.6) Verificação à fadiga da armadura de flexão e de cisalhamento.

d) Definição do quadro de cargas para dimensionamento da infra e da


mesoestrutura.
e) Dimensionamento do aparelho de apoio

2) DIMENSIONAMENTO DA MESOESTRUTURA

3) DIMENSIONAMENTO DA INFRAESTRUTURA E FUNDAÇÃO


Dimensionar a superestrutura da ponte com duas vigas principais a
seguir, dados:

Ponte rodoviária
classe TB-450 (NBR-7188)
Concreto: fck = 30 MPa
Aço: CA-50
Pesos específicos dos materiais:
concreto simples: 24 kN/m3
concreto armado: 25 kN/m3
pavimentação: 24 kN/m3
Carga referente ao recapeamento: 2 kN/m2

Pré-dimensionamento da Viga Principal segundo Martinelli.

b) Dimensionamento das Vigas Principais (Longarinas)

b.1) Cálculo dos esforços devido às cargas Permanentes


Elemento Componente Área (m2) Peso por metro
(kN/m)
1 Capeamento (0,04 + 0,16)/2 x 6,35= 0,635 m2 0,635 x 24=
15,24kN/m
2 Laje do Tabuleiro 6,75 x 0,3= 2,025m2 2,03 x 25=
50,75kN/m
3 Alma da 0,60 x 1,80= 1,08m2 1,08 x 25= 27kN/m
Longarina
4 Guarda Rodas 0,40 x 0,15 + (0,40 +0,225) /2 x 0,25 0,232 x 25=
+ (0,225+0,175) /2 x 0,47 -2 x (0,02x 5,8kN/m
0,02) /2 = 0,232 m2
- Recapeamentos Adotar sempre 2 kN/m2 2x 6,35=12,7kN/m
Futuros
Valor Total 111,49kN/m
Peso próprio da Transversina

Área = 1,80 x 0,30 = 0,54m2

O comprimento da transversina para meia seção é igual a 3,10m x 0,54m2 x


25kN/m3 = 41,85 kN

Como são 3 transversinas = 41,85 x 3 = 125,55 kN

Dividindo essa carga pelo comprimento da ponte que é 36metros = 125,55/36=


3,5 kN/m

Peso Próprio da cortina

Meia Cortina = 0,25 x 1,80 x 6,75 x 25kN/m3 = 75,94kN

Ala A = 0,50 x 2,10 x 0,25 x 25kN/m3 = 6,56kN

Ala B = 2,50 x ( 2,10+ 0,50)/2 x 0,25 x 25kN/m3 = 20,31kN

Peso total de uma ala= 6,56 + 20,31= 26,87kN


Guarda rodas sobre uma ala = 0,232m2 x 3m x 25kN/m2= 17,40 kN

Peso total da meia cortina + uma ala = 75,94kN + 26,87+ 17,40 = 120,21 kN

G= 120,21 kN

g = 111,49kN/m + 3,5kN/m (Peso próprio da transversina)= 115kN/m

Cálculo das Reações de Apoio:

ΣV= 2 x 120,21 + 115 x 36 = 4.380,42kN

VA=VB= 4380,42/2

VA= VB= 2.190,21kN

Diagrama de Momentos fletores (Mg) - Ftool (kNm)

Considerando seções a cada 3m


Diagrama de Esforços Cortantes (Vg) - Ftool (kN)

b.2) Cálculo dos Esforços devido às Cargas Móveis

A carga móvel vertical é representada pelo carregamento gerado pelo tráfego de


veículos conforme especificado pela NBR7188:2013, item 5.1. Considerando veículo tipo
TB-450, que possui uma carga concentrada “P” de 75 kN/roda e carga distribuída “p” de
5kN/m² em seu entorno, ver figura a seguir:

A fim de considerar o efeito dinâmico das cargas móveis, deverão ser calculados os coeficientes
de ponderação CIV, CNF e CIA, conforme o item 5.1.2 da NBR 7188/2013.

- Coeficiente de Impacto Vertical (CIV):

CIV = 1,35, para estruturas com vão menor do que 10,0 m;


CIV = 1 + 1,06. ( 20/(𝐿𝑖𝑣+50) ), para estruturas com vão entre 10,0 m e 200,0 m;

onde Liv é o vão em metros para o cálculo CIV, conforme o tipo de estrutura,
sendo; Liv usado para estruturas de vão isostático.
Liv: média aritmética dos vãos nos casos de vãos contínuos;
Liv é o comprimento do próprio balanço para estruturas em balanço;
L é o vão, expresso em metros (m).
Para estruturas com vãos acima de 200,0 m, deve ser realizado estudo específico para a
consideração da amplificação dinâmica e definição do coeficiente de impacto vertical.

Para o dimensionamento das longarinas da ponte em questão, tem-se balanços de comprimento


= 6,00m e um vão interno de comprimento 24,00m.

𝐶𝐼𝑉 = 1 + 1,06.( 20/( 6,00+50)) = 1,379 (balanços)


𝐶𝐼𝑉 = 1 + 1,06. (20/(24,00+50)) = 1,286 (vão interno)
Será adotada média ponderada para definição de um único CIV para a estrutura:
CIV = (1,379 x 6,00 x 2 + 1,286 x 24,00) / (6,00 x 2 + 24,00) = 1,317

- Coeficiente de Número de Faixas (CNF):


𝐶𝑁𝐹 = 1 − 0,05. 𝑛 − 2 > 0,9
onde “n” é o número (inteiro) de faixas de tráfego rodoviário a serem carregadas sobre um
tabuleiro transversalmente contínuo. Acostamentos e faixas de segurança não são faixas de
tráfego da rodovia.
𝐶𝑁𝐹 = 1 − 0,05. 2 − 2 = 1

- Coeficiente de Impacto Adicional (CIA):


Os esforços das cargas móveis definidas devem ser majorados na região das juntas estruturais e
extremidades da obra.
Todas as seções dos elementos estruturais a uma distância horizontal, normal à junta, inferior a
5,0 m para cada lado da junta ou descontinuidade estrutural, devem ser dimensionadas com os
esforços das cargas móveis majorados pelo coeficiente de impacto adicional, abaixo definido:
CIA = 1,25, para obras em concreto ou mistas.
Sendo assim, todos os esforços nos balanços, que tem 6m, deverão ser majorados por 1,25.

- Distribuição Transversal - Obtenção do trem-tipo equivalente para a longarina:

Considera-se a carga distribuída de 5kN/m² em toda a área. Portanto, a carga por roda do TB-
450 passa a ser 60kN. 450 – (3,00x6,00) x 5 = 360kN / 6 rodas = 60kN.

Linha de Influência para Reação de Apoio:


Distribuição Transversal
,
,
= ; y1= 1,323

,
,
= ; y2= 1,029

q’ = q x A = 5 x (1,397 x 9,5) /2 = 33,18 kN/m considerando 33 kN/m


Q’ = Q x (1,323 + 1,029) = 60 x (2,352) = 141,12 kN considerando 141 kN

- Cálculo das Reações de Apoio


Linha de influência e reação de apoio máxima:
,
= ,
; y1= 1,188
,
= ; y2= 1,125

Rmáx com impacto = 1,317 x 141 x (1,250 + 1,188 + 1,125) + 1,317 x 33 x 1,25 x
30/2= 661,64 + 814,89= 1476,53 kN

,
= ; y1= 0,125
,
= , ; y2=0,188

Rmínimo com impacto = 1,317 x 141 x (-0,250 -0,188-0,125) + 1,317 x 33 x (-


0,25) x 6/2 = - 104,55 -32,60= - 137,15 kN

Cálculo do Momento Fletor e da Força Cortante


Considerando seções a cada 3m

Deve se calcular os esforços de momento fletor e força cortante, máximos e mínimos, para cada
seção indicada acima. Como a estrutura é simétrica, tem se mesmos valores para as seguintes
seções: 1 = 13, 2 = 12, 3 = 11, 4 = 10, 5 = 9, 6 =8, e a seção 7

Para a seção 3, sobre o apoio fixo, que é igual à seção 11, sobre o apoio móvel, onde ocorre o
momento fletor Máximo Negativo temos o valor de 2497,5kNm sem a majoração pelo
coeficiente de impacto vertical (CIV) e coeficiente de impacto adicional (CIA).
Multiplicando esse momento pelo coeficiente 1,317 teremos: 2497,5 x 1,317= 3289,21kNm

Momentos Fletores Mq (kNm)


Seção Mqmáx Mqmin
1=13 0,0 0,0
2=12 0,0 -783,0
3=11 0,0 -2497,5
4=10 2070,6 -2259,6
5=9 3526,9 -2021,6
6=8 4395,4 -1783,7
7 4702,5 -1545,7

Na seção 7, onde ocorre o Máximo momento Fletor positivo é de 4702,5kNm, sem a majoração
pelo coeficiente de impacto vertical (CIV) e coeficiente de impacto adicional (CIA). temos:
Multiplicando esse valor por 1,317 = 4702,5 x 1,317 = 6193,19 kNm
Cálculos dos esforços cortantes
os valores abaixo estão sem a majoração pelo coeficiente de impacto vertical (CIV) e coeficiente
de impacto adicional (CIA).
Deve se calcular a força cortante, máxima e mínima, para cada seção indicada acima. Como a
estrutura é simétrica, tem se mesmos valores para as seguintes seções: 1 = 13, 2 = 12, 3 = 11, 4
= 10, 5 = 9, 6 =8, e a seção 7
No caso da força cortante, os valores são os mesmos, porém os sinais são contrários.

Esforços Cortantes Vq (kN)


Seção Vqmáx Vqmin
1 0,0 -141,0
2 0,0 -522,0
3e 0,0 -621,0
3d 817,3 -104,1
4 671,6 -110,2
5 538,3 -128,8
6 417,4 -212,6
7 308,8 -308,8
8 212,6 -417,4
9 128,8 -538,3
10 110,2 -671,6
11e 104,1 -817,3
11d 621,0 0,0
12 522,0 0,0
13 141,0 0,0
Esforços Totais

Envoltórias e Combinações de Cálculo:

Os carregamentos atuantes na ponte devem ser combinados de forma a se obter uma envoltória
de esforços para verificação dos estados limites últimos e estados limites de utilização. Para o
cálculo das armaduras, deve ser considerada Combinação Última Normal, conforme a seguir.
Segundo a NBR 8681:2004, item 5.1.3.1, as combinações últimas normais são dadas por:

Onde: FGi,K , é o valor característico das ações permanentes;

Fq1,k, é o valor característico da ação variável considerada como ação principal para a
combinação; Ψ0j . Fqj,k, é o valor reduzido de combinação de cada uma das demais ações
variáveis.

Fatores de majoração para as cargas permanentes


Tabela das ações permanentes diretas agrupadas

Neste caso, adotaremos 1,35 para efeito desfavorável e 1,0 para efeito favorável.
Fatores de majoração para as cargas móveis
Ações Variáveis consideradas conjuntamente1)

adotaremos 1,5
Neste caso,
Momentos Fletores de Cálculo:

Momentos Fletores de Cálculo (kNm)


Mdmáx Mdmin
Seção Mg Mqmáx Mqmin CIV CIA
g q Mdmáx g q Mdmin
1=13 0,000 0,0 0,0 1,317 1,250 - - 0,000 - - 0,00
2=12 -878,1 0,0 -783,0 1,317 1,250 1,00 1,50 -878,1 1,35 1,50 -3118,96
3=11 -2791,3 0,0 -2497,5 1,317 1,250 1,00 1,50 -2791,3 1,35 1,50 -9935,52
4=10 831,2 2070,6 -2259,6 1,317 1,000 1,35 1,50 5212,59 1,00 1,50 -3632,64
5=9 3418,7 3526,9 -2021,6 1,317 1,000 1,35 1,50 11582,64 1,00 1,50 -574,97
6=8 4971,2 4395,4 -1783,7 1,317 1,000 1,35 1,50 15394,23 1,00 1,50 1447,50
7 5488,7 4702,5 -1545,7 1,317 1,000 1,35 1,50 16699,53 1,00 1,50 2435,17
Diagrama de Momento Fletor - Envoltória
Forças Cortantes de Cálculo:

Força Cortante de Cálculo (kN)


Vdmáx Vdmin
Seção Vg Vqmáx Vqmin CIV CIA
g q Vdmáx g q Vdmin
1 -120,2 0,0 -141,0 1,317 1,25 1,00 1,5 -120,20 1,35 1,5 -510,45
2 -465,2 0,0 -522,0 1,317 1,25 1,00 1,5 -465,20 1,35 1,5 -1917,03
3e -810,2 0,0 -621,0 1,317 1,25 1,00 1,5 -810,20 1,35 1,5 -2627,25
3d 1380,0 817,3 -104,1 1,317 1,00 1,35 1,5 3477,58 1,00 1,5 1174,35
4 1035,0 671,6 -110,2 1,317 1,00 1,35 1,5 2724,00 1,00 1,5 817,30
5 690,0 538,3 -128,8 1,317 1,00 1,35 1,5 1994,91 1,00 1,5 435,56
6 345,0 417,4 -212,6 1,317 1,00 1,35 1,5 1290,32 1,00 1,5 -74,99
7 0,0 308,8 -308,8 1,317 1,00 1,35 1,5 610,03 1,00 1,5 -610,03
8 -345,0 212,6 -417,4 1,317 1,00 1,00 1,5 74,99 1,35 1,5 -1290,32
9 -690,0 128,8 -538,3 1,317 1,00 1,00 1,5 -435,56 1,35 1,5 -1994,91
10 -1035,0 110,2 -671,6 1,317 1,00 1,00 1,5 -817,30 1,35 1,5 -2724,00
11e -1380,0 104,1 -817,3 1,317 1,00 1,00 1,5 -1174,35 1,35 1,5 -3477,58
11d 810,2 621,0 0,0 1,317 1,25 1,35 1,5 2627,25 1,00 1,5 810,20
12 465,2 522,0 0,0 1,317 1,25 1,35 1,5 1917,03 1,00 1,5 465,20
13 120,2 141,0 0,0 1,317 1,25 1,35 1,5 510,45 1,00 1,5 120,20
Diagrama da envoltório de Esforços cortantes
a.5) Cálculo das Armaduras de Flexão e Cisalhamento:
Calculam-se as armaduras de flexão e cisalhamento à partir das tabelas com os valores
encontrados anteriormente nas combinações de cálculo. No cálculo das armaduras de flexão,
as vigas devem ser tratadas como seção T para os momentos fletores positivos e como seção
retangular para os momentos fletores negativos.

a.6) Verificação à Fadiga da Armadura de Flexão e de Cisalhamento:

Faz-se a verificação da fadiga das armaduras de flexão e cisalhamento segundo item 23.5 da
NBR 6118:2014, exatamente como mostrado anteriormente, no material específico de fadiga.
Cálculo das Armaduras de Flexão e Cisalhamento: Calculam-se as armaduras de flexão e
cisalhamento à partir das tabelas com os valores encontrados anteriormente nas combinações
de cálculo. No cálculo das armaduras de flexão, as vigas devem ser tratadas como seção T para
os momentos fletores positivos e como seção retangular para os momentos fletores negativos.

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