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E-BOOK Cultivo Indoor

Apresentação
SUMÁRIO
MÓDULO 01
Descobrindo o Cultivo Indoor
Escolhendo a estufa ideal
Itens que irão compor a sua estufa
Tipos de vasos
Iluminação no ambiente de cultivo
Exaustão no ambiente de cultivo
Meios de cultivo: solo e hidropônico
Tipos de solo
Nutrição das plantas
Tipos de fertilizantes e suas características
Desvendando os mistérios do pH e do E.C/PPM no cultivo indoor
Como utilizar medidores de pH e E.C.

MÓDULO 02
Como preparar o seu solo
Germinação
Preparando o vaso
Iniciando o cultivo
Cuidado nos primeiros 7 dias
Enraizamento
Frequência de regas nos primeiros dias
Segurança no cultivo
Mudanças climáticas no cultivo indoor

MÓDULO 03
Característica da fase vegetativa
Frequência de rega
Quando aplicar a primeira rega com fertilizante
Por quanto tempo se deve vegetar uma planta
Prevenção e combate de pragas
Tipo de podas e qual sua finalidade no cultivo
Tipos de Amarras
Transplante de vaso
Remoção das folhas na fase vegetativa
Como identificar o sexo da planta
Como retirar estacas para fazer clones e enraizá-los
Retirada das folhas para a transição da fase vegetativa para a fase de floração

MÓDULO 04
Fase de pré-flora
Quais fertilizantes usar na fase de floração
Início da fase de floração
Frequência de regas na fase de floração
Cuidados com os botões(flores, frutos) em formação
Fazendo suas flores crescerem e ganharem peso

MÓDULO 05
O que é flush, para que serve e porque deve ser feito
Como identificar o momento certo para colheita através de lupa
Saiba como interpretar a descrição do banco de semente podendo assim ter uma estimativa de
tempo para colheita
Como fazer a manicure das flores colhidas antes de proceder com a secagem
Como ter uma boa secagem
Como curar as flores da maneira correta
CONHECENDO O CULTIVO INDOOR

MÓDULO 01
Descobrindo o Cultivo Indoor
Mas o que é um Cultivo Indoor?
O cultivo indoor nada mais é que uma maneira de você cultivar suas plantas dentro do conforto e segurança da sua
própria casa utilizando uma estufa (grow), com iluminação e exaustão artificial, circulação de ar promovida com o
uso de exaustores para a entrada e saída de ar, uso de filtros de carvão ativado unido a um exaustor para evitar a
propagação do odor, para que dessa forma nenhum vizinho ou pessoa estranha possa sentir o cheiro de suas
plantas, diminuindo o risco de algum problema posterior, também é necessário movimentar o ar na parte interna
da estufa, isto é feito por mini ventiladores próprios para cultivo, que além de fazer a movimentação do ar também
irão contribuir para o fortalecimento estrutural do caule e ramos de suas plantas.
No cultivo indoor também é muito importante ter uma grande atenção com a umidade e temperatura da sua estufa
(grow), este monitoramento é feito através de um aparelho chamado Termohigrômetro que mede em tempo real a
temperatura e humidade do ambiente.

Itens que irão compor seu cultivo:

ESTUFA

Estufa específica para cultivo indoor

ILUMINAÇÃO

refletor aberto refletor dutado reator magnético reator eletrônico

lâmpadas de alta pressão lâmpada fria painél led fullspectrum painél led quantum board
EXAUSTÃO

filtro de ar exaustor simples exaustor turbo duto aluminizado fita aluminizada

VASOS

vasos de plástico vasos de feltro vasos de alta performance

MEDIDORES

medidor de pH medidor de E.C termohigrometro medidor de ph, umidade


e luminosidade do solo

SUBSTRATOS

turfa pura turfa com perlita perlita pura terra vegetal


ACESSÓRIOS

lupa de bolso light hanger tesoura de manicure lã de rocha

timer analógico timer digital mini ventilador regador chuveirinho

domo de propagação célula de germinação argila expandida rede de secagem

rede scrog prato plástico tesoura longa boveda


Escolhendo a estufa ideal
Para escolher a estufa ideal você deve levar em consideração alguns pontos:

O primeiro deles é o espaço que você tem disponível em sua casa, sendo que uma vez montada não é
aconselhável estar movendo a estufa de lugar para não correr o risco de danificar a estrutura metálica pela a qual
ela é sustentada. Você também precisa escolher um local seco e bem arejado para que assim você não tenha
problema com a renovação de ar de sua estufa.
A escolha do tamanho da estufa é uma das maiores dúvidas de quem está começando no cultivo indoor. Existem
alguns pontos a serem analisados antes que você faça a escolha do tamanho e um ponto muito importante que
você deve levar em consideração na escolha da estufa é que quanto maior for a estufa que você escolher mais
potente terá que ser o seu sistema de iluminação para que você consiga ter resultados satisfatórios. Outro fator
crucial é a exaustão da estufa, que dependendo do tamanho os exaustores respectivamente terão de ser mais
fortes, seja para entrada ou saída de ar.
O número de plantas por espaço será definido pelo o cultivador levando em conta o tamanho do vaso e
treinamentos de podas e amarras aplicados nas plantas.

Tipos de vasos
A escolha do vasos para o seu cultivo indoor é um ponto muito importante pois nele você irá acomodar o solo no
qual você fará o plantio da sua semente. Lembrando sempre que plantas automáticas sem dependência de
fotoperíodo devem ser plantadas em seus vasos definitivos para evitar o stress do transplante que poderá levar ao
atrofiamento no crescimento da planta. Plantas de fotoperíodo devem começar sua vida em vasos pequenos de
no mínimo 1 litro para mais tarde serem transplantadas para um vaso maior. Sempre colocando apenas uma (1)
planta por vaso. Abaixo listaremos os principais vasos disponíveis no mercado:

Vaso de feltro - Esse modelo de vaso proporciona um fluxo maior de oxigenação das raízes, facilitando a
proliferação e melhorando a absorção dos nutrientes. Outro diferencial do vaso de feltro é o poder de drenagem
que facilita a passagem da água pelo feltro.

Vaso de alta performance - São vasos redondos desmontáveis e com vazamentos em toda a sua circunferência
para melhorar a circulação de ar pelo o substrato proporcionando um melhor enraizamento e criando uma massa
de raízes fribosas.

Vaso de plástico - É o modelo mais comum utilizado no cultivo. Pode ser redondo ou quadrado.
Iluminação no ambiente de cultivo
Quando pensamos em cultivo indoor, logo imaginamos como uma planta irá crescer dentro de casa em uma
estufa sem a luminância do sol. Não existe um bom cultivo indoor sem um bom sistema de iluminação, porque
esse sistema de iluminação será responsável diretamente por incentivar a fotossíntese da planta, que nada mais é
que a sua função vital de vida.
No cultivo indoor quanto mais incentivo a fotossíntese a planta receber, melhor será seu desenvolvimento, mais
forte e estruturada ela se tornará e consequentemente muito mais produtiva com frutos densos e saborosos.
No cultivo indoor, diferente do cultivo outdoor que é totalmente dependente da luminância do sol, utilizamos luzes
que recriam um espectro semelhante ao do sol, como por exemplo:

1. As lâmpadas de alta pressão que associadas ao uso de um reator seja ele magnético ou eletrônico são usadas
em diferentes fases da planta. A lâmpada HQI (Vapor Metálico) que emite um tom de luz mais claro um pouco
azulado, imitando o sol de verão, e é usada para a fase de crescimento das plantas e as lâmpadas de alta pressão
chamadas de HPS (Vapor de Sódio) que emitem um tom de cor mais amarelado, semelhante a cor do sol no
inverno. Esse tipo de lâmpada é usada para a fase de floração da planta.

lâmpada HQI vapor metálico lâmpada HPS vapor de sódio

Lâmpadas de alta pressão geralmente são encontradas nas potências de 250w, 400w, 600w e 1000w
respectivamente. A escolha da potência da lâmpada a ser usada varia de acordo com o tamanho do espaço de
cultivo que cada cultivador deseja utilizar. Lembrando também que você deverá adquirir um reator, seja ele
magnético ou eletrônico da mesma potência da lâmpada. O reator tem a função de enviar energia para a lâmpada.

reator magnético reator eletrônico

Se tem como base de cálculo: duas lâmpadas de 600w ou uma lâmpada de 1000w tem potência suficiente para
cobrir uma área de 1m² de cultivo com as lâmpadas a uma distância de 50cm das plantas no mínimo, sendo a
distância do topo das plantas de no máximo 50cm, ou você pode usar as costas da sua mão, mantendo ela entre o
topo da planta e a lâmpada, sentindo assim aonde sua mão começar a esquentar e lhe causar algum desconforto
é o limite que você poderá aproximar sua lâmpada da planta sem correr o risco de queimar seus topos. Mas muita
atenção com o uso desse tipo de lâmpada, elas têm a tendência de elevar bastante a temperatura do ambiente,
necessitando assim de um ótimo sistema de exaustão formado por refletores fechados/dutados e também de
exaustores com maior potência.

refletor aberto refletor fechado/dutado


2. Existe também os painéis de luz LED, uma opção de iluminação mais moderna e que emite menos calor que as
lâmpadas de alta pressão. São encontrados em várias versões, sendo que os painéis com tecnologia Quantum
Board são os mais modernos e eficiente disponíveis no mercado atualmente.

painél led fullspectrum painél led quantum board

3. Lâmpadas fluorescentes também são usadas em cultivo seja como reforço, ou na fase de crescimento da planta
em função do seu espectro de luz claro (branco frio), ou para a iluminação de estufas de propagação para clones
que necessitam de luz clara, mas não tão intensa para um bom enraizamento.

lâmpada fria

Exaustão no ambiente de cultivo


Imagine você trancado em um local fechado sem nenhuma circulação ou renovação de ar, logo você estaria se
sufocando com o seu próprio CO2 (gás carbônico). No cultivo indoor não será diferente com as suas plantas, se
você não instalar um bom sistema de exaustão em sua estufa, o CO2 se acumulará mesmo ele sendo muito
importante pois é ele que a planta inspira para depois expirar liberando oxigênio limpo, porém quando acumulado
em demasia e sem renovação ele se torna nocivo causando intoxicação podendo matar suas plantinhas
colocando todo um ciclo de cultivo a perder.
Assim como a iluminação, a exaustão também varia para cada tamanho de área a ser usada para o cultivo indoor.
Aconselha-se sempre que se forme um ambiente de pressão negativa para as plantas, ou seja, que a vazão de
saída do ar na parte superior seja maior que na parte inferior por onde o ar entra. Essa pressão negativa é feita
através da colocação de um exaustor menor para a entrada de ar e outro maior e mais potente para a saída de ar.
Você também pode formar essa pressão negativa utilizando apenas um exaustor para a saída e deixando as
entradas de ar inferiores abertas, formado assim uma passagem de ar passiva.
Essa pressão negativa criada dentro da estufa trará benefícios para o seu cultivo, porque quando a planta vive
nesse ambiente ela se desenvolve de forma mais rápida, e bem mais saudável. Então, se você vai iniciar seu
cultivo agora, e só tem um exaustor, dê preferência em colocá-lo na parte superior, fazendo a extração do ar e abra
entradas de ar passivas na parte de baixo do grow.

filtro de ar
Exemplo: Exaustão Profissional silenciador
tubulação

ar condicionado

iluminação iluminação
Meios de cultivo: solo e hidropônico
No cultivo Indoor temos a opção de cultivar de duas maneiras básicas. A primeira e mais tradcional é o plantio no
solo composto por substratos adequados.
A segunda maneira trata-se de cultivo por meio de hidroponia, que nada mais é que o cultivo direto em água com a
nutrição fornecida através de fertilizantes minerais, com controle diário do pH e do E.C./PPM da solução fornecida
as plantas, tornando-o assim um cultivo mais delicado e indicado a cultivadores com mais experiência, podendo
cultivar também apenas em lã de rocha ou em lã de rocha e perlita, todas utilizando sistemas de regas
automáticas, sistemas DWC entre outros.

Neste E-book direcionaremos nosso ensino para o plantio em solo, que é o mais recomendado a quem está
iniciando seu cultivo Indoor.

Tipo de solo
No cultivo indoor a escolha do solo é um ponto muito importante, pois será nesse solo que você irá semear a sua
sementinha e cultivar a sua planta do início ao fim, desde a germinação até a colheita. Para o cultivo indoor temos
basicamente 3 composições de solo, que são elas:
- Inerte - Leve e sem nutrientes com baixa retenção de água.
- Semi Inerte - Leve com uma pequena adição de matéria orgânica, com média retenção de água.
- Orgânico - Pesado, com grande concentração de matéria orgânica e com alta retenção de água.

Agora que você já conhece as opções de meios de cultivo vamos conhecer as característica de cada um deles.

Solo Inerte (Solo Leve)


Devido a sua composição o solo inerte é muito leve tendo um pH estável que varia entre 5,5 e 6.2 e de fácil
manipulação. Não possuí nenhum tipo de pré-adubação ou fertilização, sendo um solo de boa drenagem e pouca
retenção de líquido proporcionando as raízes uma melhor oxigenação e consequentemente um melhor
desenvolvimento do sistema radicular sendo necessário adicionar nutrientes no solo desde a primeira rega. O
solo inerte pode ter variadas composições, como por exemplo o pó de coco, pó de coco com perlita, turfa com
perlita, entre outros.
O uso do solo inerte também requer muita atenção do cultivador, sempre estando atento especialmente no
controle de pH e de E.C./PPM da rega, também é fundamental uma atenção com a humidade do solo que não
pode jamais secar por completo, podendo ocasionar danos irreversíveis ao sistema radicular, queimando os
”cabelinhos” das raízes e assim tornando-as inaptas a absorver os líquidos e nutrientes nas próximas regas.
A maior vantagem do cultivo em solo inerte é o total controle sobre a nutrição de suas plantas, podendo ser feitas
limpezas de solo e raízes (Flush) sempre que necessário para alguma eventual correção na nutrição, limpeza das
raízes com excesso de fertilização, etc. Para cultivo em solo inerte é necessário o uso de fertilizantes orgânicos ou
minerais.

Solo Semi Inerte (Solo Leve)


A composição do solo semi-inerte é basicamente a mesma do solo 100% inerte o que também o torna bastante
leve, de forma que o solo inerte se torna semi-inerte com a adição de um ou mais compostos orgânicos, na sua
composição que farão com que o seu solo se torne um pouco ácido, como por exemplo: húmus de minhoca, torta
de mamona, esterco de aves, bokashi farelado, farinha de ossos, terra vegetal, entre outros.
O solo semi-inerte devido a sua composição tem uma retenção de líquidos considerada média, da mesma forma
que o solo inerte e também necessita que seja feita a nutrição da planta através de fertilizantes, porém devido a
pré adubação (componente adicional no solo), a dose de fertilizantes poderá até ser um pouco mais baixa para
não correr o risco de ocasionar um excesso de nutrição para sua planta, principalmente nos primeiros dias de vida
no solo, o que pode levar a um retardo de crescimento e até a perca da sua plantinha. O pH desse solo pode ser um
pouco ácido, entre 5.5 e 6.0.
Solo Orgânico (Solo Pesado)
O solo orgânico tem em sua composição basicamente matérias orgânicas podendo ser misturado com perlita para
uma melhor aeração e drenagem. Devido a sua composição ele se torna um solo rico em acidez, mas sem muita
necessidade de controle de pH, pois a vida microbiana nele contida fará esse equilíbrio no solo. Este tipo de solo é
considerado um solo pesado que normalmente é compostado com antecedência ao plantio de no mínimo três
meses, para que assim seja feito o processamento dos nutrientes e o rompimento de moléculas liberando assim o
nutriente e o deixando a disposição para fácil absorção da planta.
Você também pode compor seu solo orgânico utilizando 50% de turfa com 50% de perlita, adicionando húmus de
minhoca e torta de mamona para a fase de crescimento da planta e preparando a mesma base de mistura para a
fase de floração, porém substitua a torta de mamona por farinha de ossos e calcário de conchas para estimular a
planta a florescer.

Nutrição das plantas


Falar de nutrição de plantas no cultivo indoor significa falar sobre alimentação e nutrientes, entre eles os básicos
para o desenvolvimento de qualquer planta que são os NPK's, Nitrogênio (N), Fósforo (P) e o Potássio (K).
Existem duas diferentes classes de nutrientes, os micronutrientes e os macronutrientes.
Os macronutrientes são os elementos básicos necessários em maior volume às plantas. São eles: carbono,
oxigênio, hidrogênio (retirados do ar e da água), nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre
(retirados do solo, sob condições naturais).
Também não podemos esquecer dos micronutrientes, que são utilizados em pequenas quantidades para as
plantas. No entanto a falta de micronutrientes pode acarretar grandes perdas na produtividade. Os
micronutrientes considerados essenciais são: zinco, cobre, ferro, manganês, molibdênio, boro e cloro. Outros
elementos como o sódio, cobalto, silício e níquel são considerados benéficos ao desenvolvimento das plantas. No
cultivo podemos fornecer essa gama de nutrientes a nossas plantas através de regas com fertilizantes próprios e
indicados para o cultivo indoor.

7 15 19

N P K
nitrogênio fósforo potássio

12 16 20

Mg S Ca seringa comum
magnésio enxofre cálcio

5 17 25 27

B Cl Mn Fe pipeta de medição
boro cloro manganês ferro

28 29 30 42 Um acessório indispensável para o


uso de fertilizantes é medidor para
Ni Cu Zn Mo colocar as mls de fertilizante por litro
de água já na quantidade precisa.
níquel cobre zinco molibdenio
Para isso com uma simples seringa
ou pipeta já conseguiremos fazer a
1 6 8 medição exata.

H C O
hidrogênio carbono oxigênio
Tipos de fertilizantes e suas características
No cultivo indoor podemos usar dois tipos de fertilização: orgânica e mineral.
Vários materiais orgânicos podem ser utilizados como fertilizantes. Os fertilizantes orgânicos aplicados no solo
precisam ser mineralizados pois as plantas não absorvem compostos na forma orgânica. Os principais
fertilizantes orgânicos são o esterco de galinha, esterco de curral, torta de mamona, torta de algodão, húmus de
minhoca, resíduos industrializados e vermicompostos.
Além de contribuir com a melhoria da fertilidade do solo, os resíduos orgânicos contribuem com a melhora na
agregação do solo, de sua estrutura e aeração, da drenagem e da capacidade de armazenagem do solo. Os
fertilizantes orgânicos tem como base matéria vegetal, como por exemplo o bokashi líquido ou sólido que
fornecem todos os macro e micronutrientes necessários para o desenvolvimento das plantas adicionando
também ao solo microrganismos benéficos como fungos e bactérias, actomicetos, micorrizas e fixadores de
nutrientes, fatores ativos do processo de nutrição vegetal equilibrada e da construção da sanidade vegetal.
Já os fertilizantes minerais em geral são sais inorgânicos de diferentes solubilidades. A eficiência agronômica
depende da sua solubilidade e das reações químicas com os solos.
Os fertilizantes minerais se subdividem em três classes segundo sua composição. São eles: fertilizante simples
formado por um composto químico, sem ser misturado com outro material fertilizante e fertilizantes contendo um
ou mais nutrientes.
O fertilizante misto é a mistura de dois ou mais elementos simples, contendo pelo menos dois dos três nutrientes
primários (N, P e K). Fertilizante complexo é formado a partir de fertilizantes resultantes de processo tecnológico
em que se misturam dois ou mais compostos químicos. São misturas produzidas a partir de matérias primas
dando origem a compostos químicos.

Remo Nutrients BioBizz


Linha de fertilizantes minerais Linha de fertilizantes orgânicos

General Hydroponics TopCrop


Linha de fertilizantes minerais Linha de fertilizantes orgânicos

Existem várias marcas de fertilizantes sejam minerais ou orgânicos.


Acima citamos apenas algumas delas.
Desvendando os mistérios do pH e do E.C/ppm no cultivo indoor
O que é pH?
Para você entender, pH é a representação da escala na qual uma solução neutra é igual a sete (7.0), os valores
menores que sete (7.0) indicam uma solução ácida e os maiores que sete indicam uma solução básica ou alcalina.
A escala do pH da água pode variar de 1 a 14 indicando a concentração de íons H+ presentes na água. É essa
concentração de íons H+ que determina o caráter ácido da água. Todo o pH inferior a 6.0 é ácido. Quanto menor o
número, mais ácida é a água. O pH 7.0 na escala representa a neutralidade na escala. E todo o pH superior a 8.0 é
alcalino. Quanto maior o número, mais alcalina se torna a água.
Então sabendo que todo pH abaixo de 7.0 é ácido, todo pH acima de 7.0 é alcalino, e que a maioria das plantas tem
seu melhor desenvolvimento com o pH ácido, podemos afirmar que a melhor faixa de pH para o cultivo indoor
pode variar entre 5.8 e 6.8.

O que é PPM/E.C.?
PPM = partes por milhão e E.C = Eletrocondutividade são duas medidas distintas mas que nos dão a precisão de
quanto fertilizante estamos adicionando a água que será usada para regar as plantas. A escala de conversão é
bem simples: cada 500 PPM é o equivalente a 1.0 E.C.
Podemos explicar de forma prática a relação entre um pH bem ajustado e o E.C./PPM nas quantidades certas
usando nossa própria alimentação diária.
Imagine você um prato com comida. O seu almoço por exemplo, a quantidade de comida ali colocada representa o
E.C./PPM, e a temperatura que está a comida representa o pH da sua solução de nutrientes para rega. Se a
comida do prato estiver muito quente, ou seja, no caso da rega para planta muito ácida com um pH baixo, ao
colocar na boca você não irá conseguir fazer uma boa mastigação e consequentemente não aproveitara boa parte
dos nutrientes contidos em sua alimentação. Da mesma forma que se a comida do prato estiver muito fria, no caso
da rega muito alcalina, você comera pouco e não irá absorver nutrientes fundamentais para o seu viver com
saúde, causando deficiências nutricionais, o mesmo ocorre com as plantas.
Por isso que muitos iniciantes no cultivo, quando detectam pontas de folhas e folhas queimando, logo pensam em
overfert, que é o excesso de nutrientes, ou também imaginam que seja uma deficiência deles. Então em caso de
folhas manchadas ou queimadas, primeiro deve-se conferir e confirmar que o pH de sua rega e de seu solo estão
dentro da escala para uma absorção de nutrientes, essa escala varia entre o pH 5.8 e 6.8.
Sendo o 5.8 a 6.2 o mais indicado para solos inertes, e semi- inertes e também para hidroponia. Regas com
fertilizantes orgânicos que necessitam aferir o pH devem ficar em torno do pH 6.3 a 6.8.
O jardineiro deve escolher um ponto de pH desde do início do seu cultivo e trabalhar com ele até o fim do ciclo,
fazendo o mínimo de variações possíveis para evitar um possível stress e travamento das plantas, principalmente
em cultivos por meios hidropônicos.

Medidas de E.C./PPM para cada estágio da planta:


Germinação: 0.4 até 0.7
Crescimento: 0.7 até 1.7
Floração: 1.8 até 2.5
Clones: 0.5 até 1.3
Como utilizar medidores de pH e E.C
Aí você ficou pensando: mais qual aparelho é usado pra esse tipo de medição?
Para cada uma das medidas existe um aparelho específico para o aferimento da água com nutrientes que será
fornecida como rega para as suas plantas e esses aparelhos são fundamentais em seu cultivo pois eles exercem
um papel muito importante para que a combinação de luz, ambiente e nutrição tenha a sua máxima eficiência.
Os aparelhos são digitais, simples de usar e mostram precisão de leitura no painel LCD. Sabendo que cada um
tem seu uso, após a adição de fertilizantes na água e feita a mistura você irá primeiramente aferir o PPM/E.C. da
mistura emergindo a ponta do medidor na água obtendo a leitura da quantidade de ‘alimento’ que você estará
dando a planta. Se a leitura ficou abaixo do desejado, adicione mais 1ml de fertilizante base para aumentar a
quantia de PPM/E.C.
Após ajustado o PPM/E.C. desejado você agora precisa ajustar o pH dessa solução utilizando o medidor de pH
digital para aferir em qual ponto está o pH. Para ajustar o pH será necessário o uso de soluções conhecidas com
pH Up e ph Down. A primeira serve para deixar a mistura de rega mais alcalina, elevando o pH. E a segunda serve
para deixar a solução mais ácida, ou seja, ela abaixa o pH da solução.
Mas muita atenção jardineiro! Por segurança não devemos combinar as duas soluções, de pH Up e pH Down na
mesma mistura de fertilizantes, por isso quando for fazer o uso desses produtos, faça corretamente a leitura e vá
adicionando pH Up ou pH Down conforme a necessidade aos poucos para conseguir ajustar.

medidor de pH medidor de E.C


PREPARO E INÍCIO DO CULTIVO

MÓDULO 02
Germinação
Para germinar sua semente é simples. Você irá precisar de apenas alguns materiais que são:
1 copo com 100ml de água
10ml de água oxigenada 10 volumes
2 folhas de papel toalha
1 pote tipo “tupperware” ou 2 pratos
1 borrifador (caso não tenha, não há problema)

Passo 1 semente germinada


Selecione a sementinha que você deseja germinar, pegue o copo com água e adicione as 10ml de água
oxigenada 10 volumes colocando assim a semente do seu feijão mágico dentro de um copo guardando em um
local escuro e deixando as sementes em hidratação por exatas 24 horas (faça um lembrete em seu telefone para
não esquecer).
Passo 2
Passadas as 24 horas de hidratação, você vai precisar do papel tolha, do borrifador, do pote ou pratos.
Passo 3
Comece preparando o local onde irá acomodar a sua semente, colocando uma folha no fundo do pote ou em um
dos pratos.
Com o auxílio de uma colher “pesque” sua semente dentro do copo colocando-a em cima do papel toalha e a água
que sobrou no copo você colocará no borrifador. Em seguida umedeça o papel toalha no qual esta a semente, e a
segunda folha de papel toalha você usará para cobrir sua semente e logo após cobrir com o borrifador também
umedeça a segunda folha que cobriu a semente.
Após feito isso, você já pode cobrir o seu pote ou o prato com o outro prato e guardar em local escuro com uma
temperatura entre 22° e 27° sem abrir ou descubrir pelas próximas 12 horas seguintes.
Passo 4:
Passadas as primeiras 12 horas você pode abrir o pote onde está a sua semente para que assim seja feita a troca
de ar. No caso do uso dos pratos não é necessária a troca de ar, porém não descubra o papel toalha e aguarde no
mínimo 48 horas para fazer isso porque a semente em processo de germinação precisa ”imaginar” que está em
baixo da terra para assim germinar com facilidade. Terminadas as 48 horas você pode fazer a primeira verificação,
abrindo e descobrindo o papel toalha. Note que terá saído uma “perninha” branca do interior da semente
chamada de radícula. Se essa radícula já estiver com mais ou menos 2cm de comprimento você já pode passar
ela para o vaso.

Você também pode optar em deixar a sua sementinha germinando direto no copo com água e água oxigenada até
que ela tenha uma radícula de pelo menos 1,5cm para poder passar para a terra, sem a necessidade de passar
para o papel toalha.
Alguns cultivadores preferem fazer a germinação direto no solo enterrando a semente em torno de 1cm abaixo da
superfície mantendo sempre úmido no local aonde a semente está depositada.
Você também pode fazer a germinação com o auxílio de células de germinação (jiffys), que quando hidratadas em
água se expandem tornando-se um bloco de substrato úmido próprio para facilitar a germinação e enraizamento.
Para germinar no jiffy você faz o mesmo processo de hidratação da semente em um copo com água e mais a água
oxigenada 10 volumes. Após as 24 horas de hidratação passe a semente para o jiffy já hidratado em água, fazendo
um pequeno buraquinho no centro do jiffy de no mínimo 1cm de profundidade, coloque a semente e cubra, pode
colocar em algum lugar que pegue pouca incidência de luz mantendo o jiffy sempre úmido.
Como preparar o seu solo
Podemos dizer que a preparação do solo é a única parte do cultivo que temos um tipo de “receita de bolo” para o
seu preparo, como por exemplo o solo inerte composto unicamente por 50% de turfa e 50% de perlita.
Já no solo semi-inerte você pode utilizar como composição 70% a 80% da mistura de turfa com perlita
acrescentando 20% a 30% de húmus de minhoca e torta de mamona seguindo a indicação do fabricante por
proporções e quantidade de solo preparado.
O solo orgânico mesmo parecendo de fácil preparo tem alguns pontos que devem ter uma atenção redobrada,
principalmente que em sua composição que deverá conter todos os nutrientes para o desenvolvimento da planta
em todas as suas fases de vida.

Preparando o vaso para o início


Agora que a sua semente está germinada, vamos preparar o vaso com o solo para acomodar sua plantinha que
está nascendo. Nesse momento você também fará a escolha do vaso certo, sendo que para plantas de
fotoperíodo dependentes se aconselha começar em vasos pequenos entre 1 a 3 litros e depois, no meio fase
vegetativa fazer um transplante para o vaso definitivo e plantas não dependentes de fotoperíodo já devem ser
plantadas em seus vasos finais para evitar qualquer tipo de stress ou quebra de raízes em um transplante, o que
pode levar ao travamento do crescimento ou florescimento prematuro.
Se o vaso for de plástico o primeiro passo é verificar se o vaso já possui buracos no fundo para a drenagem da
água. Caso ele não possua você deve fazer esses buracos, quanto mais buracos melhor a circulação de ar e
drenagem.
O segundo passo é colocar uma camada de argila expandida no fundo do vaso e sem seguida adicionar uma
camada de areia grossa como forma de proteção para as raízes e também melhorar a drenagem da água do vaso,
evitando assim o afogamento das raízes por excesso de água.
Pegue o vaso e vá enchendo aos poucos com o solo que você pretende usar, balançando e batendo o fundo dele
contra o chão pra acomodar este solo no vaso de maneira mais uniforme e que não fiquem bolsões de ar
acumulados no meio. Encha até antes de chegar a 2 dedos da borda do vaso.
Pronto! Seu vaso está montado e preparado para receber a sua plantinha. Mas muita atenção! Antes de plantar
prepare uma rega ajustando pH no caso de solos inertes, semi-inertes, coco, lã de rocha, etc. Molhe o solo por
completo derramando a água o mais calmamente possível até que você sinta que todo o substrato está
completamente molhado.
No caso do solo inerte, você deve fazer uma rega com 200ppm ou metade da dose recomendada pelo o fabricante
com nutrientes para a fase inicial e enraizador tudo com o pH controlado entre 5.8 e 6.2.
No semi-inerte, por já conter uma pré-fertilização através da matéria orgânica nele misturada não necessita de
adição de fertilizantes ou enraizante, apenas uma rega com o pH controlado entre 5.8 e 6.2.
O Solo orgânico, dependendo do preparo só vai necessitar de uma pequena rega no local aonde você irá
acomodar a sua sementinha já germinada pois ele contém componentes que absorvem bastante liquido.
Iniciando o cultivo
Chegou o momento tão esperado e cheio de expectativas para dar início ao seu cultivo.
Com o vaso já preparado e sua semente germinada faça um pequeno buraco medindo em torno de 2cm de
profundidade, pode usar uma caneta tipo bic para auxiliar nessa tarefa e coloque a sua semente dentro cobrindo
levemente com muito cuidado. Em seguida com o auxílio do borrifador caso o solo já esteja seco da pré-rega,
umedeça o local aonde a semente foi enterrada e em volta formando um pequeno círculo próximo ao centro.
Pegue um copo transparente de preferência de plástico e borrife água no interior dele e coloque de boca virada
para baixo em cima da onde você enterrou a semente, formando assim um domo (cúpula) em cima do solo no
ponto aonde foi enterrada a semente mantendo o local sempre úmido otimizando o processo de germinação até a
planta sair da terra e começar a formar suas primeiras folhas. A atenção deve ser redobrada com sua semente até
ela sair da terra! O primeiro cuidado é com a distância da luz, quanto mais potente mais afastada deve ficar a luz do
vaso até que a plantinha saia da terra e esteja formada o suficiente para pegar luz direta e com mais intensidade.
Nessa fase sua planta não necessita de luz intensa.

Cuidado com as plantas nos primeiros dias de vida


Os primeiros 7 dias de vida da planta requerem muita atenção do cultivador.
Nos primeiros 3 dias após ser colocada na terra a semente germinada já começa a aparecer e assim se mostrar
saindo da terra, nesse ponto você ainda mantém o domo (copo transparente) em cima de sua planta para manter a
umidade observando sempre se o caule não está ficando muito longo e fino, caso isso esteja acontecendo nos
primeiros dias remova imediatamente o domo e aproxime a luz da planta.
Quando a planta se alonga demais e fica com o caule fino e frágil é sinal que ela está com deficiência de luz, o que
no cultivo pode se tornar um problema se não resolvido rapidamente seja aproximando o máximo possível a
lâmpada sem queimar ou causar excesso ou até mesmo a necessidade de aumento da potência do seu sistema
de iluminação. O jardineiro também deve tomar cuidado com um problema que pode ocorrer nos primeiros dias de
vida da planta chamado de overlight (excesso de luz) por inexperiência e até afobamento o jardineiro pode
imaginar que quanto mais perto a luz estiver da planta mais rápido ele irá crescer, porém isso não acontece dessa
forma. Nos primeiros dias a planta prefere uma luz mais “fraca”, mas o cultivador sempre deve estar atento a
distância não passe de dois dedos entre o solo e as primeiras folhas.
A planta só termina seu processo de germinação quando ela abre por completo as duas primeiras folhinhas
redondas chamadas de cotelenóides, que são as folhas aonde a planta armazena energia para os seus primeiros
15 dias de vida. Após ela abrir as primeiras folhas você deve começar a acompanhar a umidade do vaso, usando
um medidor digital para solo mas também existe algumas maneiras simples de você fazer isso, como por exemplo
usar um palito de churrasco enfiando ele na terra mais ou menos até a metade do vaso e se ele sair sujo significa
que o solo está úmido e sua plantinha ainda não precisa de rega mas se sair seco e limpo sua plantinha necessita
de rega imediata. Procure manter o solo sempre úmido nesses primeiros sete dias de vida da planta tendo cuidado
com excessos na rega.

Enraizamento
Assim como todos os seres vivos, as plantas tem a sua forma de se alimentar, elas fazem isso através de seu
sistema radicular. A raiz é o órgão da planta que tem duas funções principais: servir como meio de fixação ao solo e
como órgão absorvente de água, compostos nitrogenados e outras substâncias minerais como potássio e fósforo.
No caso das plantas, um dos principais elementos que afeta a capacidade produtiva está associado ao seu
sistema radicular. A maior eficiência na absorção de água e nutrientes pelas plantas depende do adequado
desenvolvimento do sistema radicular.
A raiz da planta quanto mais desenvolvida e forte, mais nutrientes a planta vai conseguir absorver, se tornando
muito mais estruturada e ramificada e consequentemente mais produtiva.
O desenvolvimento das raízes de sua planta deve ser incentivado desde o início do ciclo, começando por um solo
bem areado, usando no mínimo 40% de perlita na sua composição, facilitando assim a propagação das raízes. A
escolha de um vaso adequado também fará uma grande diferença no enraizamento de sua planta, como por
exemplo os vasos de alta performance ou os vasos de feltro.
Se você achar legal também pode adicionar um fertilizante específico para as raízes.
Frequência de rega nos primeiros dias
Os primeiros dias de vida de sua plantinha, são os mais delicados. Sua sementinha agora se tornou uma plantinha
e quer crescer, porém é nesse momento que muitos cultivadores principiantes cometem erros como por exemplo
o exagero de água ou de fertilizantes. Mesmo no início de vida da sua planta você não deve cometer exageros pois
poderá travar o crescimento da mesma.
A frequência das regas pode variar dependendo do vaso que você está usando. Por exemplo os vasos de plástico
que tem pouca circulação de ar e terá um espaçamento entre regas bem maior com uma quantidade de água
menor principalmente utilizando o solo orgânico. Vasos de feltro e vasos de alta performance por terem maior
circulação de ar secarão mais rápido necessitando de uma frequência de rega menos espaçada com uma
quantidade de água maior. Mantenha o solo sempre úmido mas não encharcado porque a planta ainda não tem
um sistema radicular muito desenvolvido.
Para saber a quantidade de água a ser usada por rega você deve saber primeiro a litragem do vaso pois a
quantidade de água será exatamente 10% do volume do vaso. Por exemplo, se o vaso é de 7 litros, a rega
completa será de no mínimo 700ml de água.
Após a semente plantada e o vaso ter secado 50% da quantidade da rega feita antes do plantio você deve
começar com a rotina de regas utilizando a metade da dose completa equivalente ao vaso. Quando você for regar
a sua planta espalhe a água bem devagar por toda a superfície do solo.

Segurança no cultivo indoor


No cultivo indoor precisamos ter certos cuidados com a instalação elétrica pois o equipamento ficará ligado
mesmo quando você não estiver em casa. Portanto todo o cuidado é pouco.
Procure usar apenas equipamentos de boa procedência, utilize filtros de linhas com proteção contra descargas
elétricas e evite fazer emendas possíveis em suas ligações elétricas e também evite o uso “T” para ligar tomadas.

régua de tomada cabo com revestimento conector múltiplo


com dispositivo de segurança antichama em barra

Outro ponto muito importante no seu cultivo indoor para ser analisado é a sua vizinhança. Leve sempre em
consideração que suas plantas irão produzir um odor bem particular e perceptivo a metros de distância de onde
está a sua estufa. Caso você more em apartamento ou em vizinhança com outras residências próximas é
aconselhável que você instale um filtro de carvão ativado ligado ao exaustor de saída de ar do seu grow.

filtro de carvão ativado

O filtro de carvão ativado serve para filtrar odores jogando ar sem nenhum odor para fora da estufa.
Como linda com mudanças climáticas no cultivo indoor
Mesmo no cultivo indoor você poderá sofrer com mudanças climáticas severas dependo da região que você se
encontra. O frio abaixo de 18º pode ser bastante prejudicial para a suas plantas podendo até travar o seu
desenvolvimento. Principalmente na parte sul do país onde as temperaturas podem chegar a menos de 0° no
inverno tornando o cultivo muito complicado sem o auxílio de aquecedores ou ar condicionados. Bem diferente do
clima que vemos em quase todo o restante do território nacional, que é um clima seco e quente exigindo do
jardineiro muita atenção para que a temperatura dentro do grow não exceda 33º e que a umidade não seja menor
que 60%.
Para controlar a umidade dentro do grow você pode colocar um aparelho umidificador de ambientes. O controle de
temperatura é um pouco mais difícil porque necessário a instalação de um ar condicionado para manter a
temperatura estável até 27°.
PERÍODO VEGETATIVO

MÓDULO 03
Características da fase vegetativa
A fase vegetativa da planta se caracteriza como a fase de crescimento, desenvolvimento de ramos e raízes. Tem
seu início no momento em que a planta abre as suas duas primeiras folhas, saindo da fase de germinação
passando para fase vegetativa.
Durante a fase vegetativa da planta ela deve receber no mínimo 18 horas de luz constante e 6 horas de escuridão
total para um bom desenvolvimento, plantas automáticas podem ganhar 20 horas de luz e 4 de escuro e até 24
horas de luz do início ao fim da vida sem alteração do fotoperíodo para forçar a floração.

Frequência de regas
Na fase vegetativa a frequência de rega será um pouco menos espaçada não deixando que o solo seque mais de
50% de sua capacidade total e mantendo o substrato sempre umedecido entre uma rega e outra. Normalmente
plantas nessa fase levam em torno de 2 a 3 dias para consumir a rega anterior, dependendo do tipo de vaso e do
seu tamanho.
Embora muitos afirmem que na fase vegetativa você deve deixar o solo secar por completo antes da próxima rega,
é aconselhável que não se faça isso em seu cultivo porque no caso de um solo inerte secar demais isso
ocasionará a queima do sistema radicular de sua planta dificultando assim a absorção nutrientes.
No caso do uso de um solo orgânico sua rega será ainda um pouco mais espaçada pois os elementos orgânicos
que compõem o solo retém mais água que outros solos mais leves, por isso sempre esteja atento o peso do vaso
antes da rega, quando você sentir ele leve torne a regar ele novamente.

Quando aplicar a primeira rega com fertilizantes

Chegamos no ponto aonde grande parte dos cultivadores sem experiência cometem o seu primeiro erro no
cultivo. Muitos pensam que quanto mais fertilizante misturado a água você colocar na sua planta mais rápido ela
se desenvolverá, porém isso não funciona assim pois cada tipo de solo tem seu momento certo para a primeira
fertilização.
Já nos solo semi-inerte a fertilização poderá começar próximo ao 15° dia de vida da planta sempre com uma baixa
dosagem, em torno de 250 a 300 ppm subindo aos poucos a cada rega, até atingir em torno de 600 a 800 ppm por
rega na fase vegetativa, dependo da quantidade de matéria orgânica misturada ao solo.
No caso do solo orgânico a intenção seria não fertilizar a planta em nenhuma fase de sua vida, pois teoricamente
todos os nutrientes já devem estar presentes na composição do solo e disponíveis para a planta se alimentar.
Caso seja necessário complementar com fertilizantes, opte pelas linhas de produtos orgânicos e só comece a
fertilizar após o 20° dia de vida da planta com um ppm bem baixo e vá aumentando gradativamente.
Nesta fase de vida da planta você irá utilizar fertilizantes próprios para o crescimento e desenvolvimento da planta
ricos principalmente em nitrogênio (N), mas lembre-se que uma nutrição completa faz toda a diferença, então opte
por fertilizantes que oferecem produtos para todas as fases da planta.
Na fase vegetativa você irá utilizar o fertilizante denominado grow e o denominado micro (se houver). A parte
chamada grow é a que possuí todos os nutrientes básicos para sua planta durante o período vegetativo. Já a parte
micro tem em sua composição todos os nutrientes denominados como micronutrientes e macronutrientes, que
são essenciais para o bom desenvolvimento da planta.
Qual o período mínimo para vegetar uma planta?
O estágio de crescimento da planta chamado de período vegetativo é o estágio aonde ela formará seu sistema
radicular e suas ramificações que posteriormente se encherão de flores e frutos na fase de floração.
Uma das vantagens do cultivo indoor é você ter o total controle do tempo que você irá deixar sua planta vegetando
tendo como tempo mínimo 45 dias para plantas nascidas de sementes e 25 dias para clones já enraizados antes
das plantas serem passadas para a fase de floração.

Controle e prevenção de pragas


Toda e qualquer praga deve ser combatida e/ou prevenida antes da fase de floração. Após as flores começarem a
se formar não é recomendado o uso de defensivos para evitar o acumulo de resíduos e sabores indesejados no
resultado final. Uma ação rápida para combate a qualquer tipo de praga é a forma mais eficaz de evitar um
problema maior em seu cultivo, algumas infestações severas podem levar as suas plantas a morte em um curto
espaço de tempo.
Uma outra maneira simples e eficaz para a prevenção de pragas é manter sempre o seu ambiente de cultivo muito
bem limpo, se possível coloque também algum sistema para filtrar a entrada de ar para evitar o surgimento de
pragas. Até mesmo a roupa que você está vestindo pode carregar vírus e bactérias que podem contaminar e se
proliferar rapidamente, por isso tome um pouco de cuidado, trocando até roupa e principalmente os calçados que
está usando por peças limpas antes de se aproximar e abrir o ambiente de cultivo.
Todo e qualquer tipo de defensivo deve ser aplicado por toda planta sempre de baixo pra cima, molhando bem a
parte de baixo das folhas minutos antes da luz se apagar para que assim você evite a queima das folhas que pode
ser gerada por um efeito lupa criado pela a luz que quando transpassa uma gota causa queimaduras e buracos
nas folhas.
Para explicarmos um pouco mais sobre prevenção e combate de pragas precisamos antes entender um pouco
sobre esses bichinhos minúsculos e muitas vezes imperceptíveis a olho nu sem o auxílio de uma lupa apropriada
(aumento de 60x de ampliação da imagem). Então vamos conhecer os tipos mais comuns de pragas que podem
enfestar o seu cultivo. São elas:

Mosca Branca: Esse é o nome que se dá ao conjunto de insetos Homópteros, que pertence à família dos
Aleyrodidae. Já se tem conhecimento de mais de 1500 espécies de moscas brancas catalogadas por cientistas.
Mas no cultivo indoor a espécie que se encontra mais é a Trialeuroides Vaporarium. Esse tipo de inseto tem como
preferência habitar-se em locais de clima quente se proliferando rapidamente em estufas de cultivo indoor porque
a temperatura e umidade são perfeitas e ali também conseguem proteção contra os seus predadores.
A mosca branca é muito nociva contra a planta pois ela ataca de três formas diferentes. Primeiro ela crava seu
estilete bucal nas folhas para sugar e seiva causando danos diretos a planta e ao mesmo tempo que ela se
alimenta ela libera secreções de aspecto bem escuros e em formas de pontos sobre a folha que a impedem de
realizar a fotossíntese. E o terceiro problema que a mosca branca pode trazer para a sua planta é a transmissão de
vírus que podem atrofiar o crescimento e até matar a sua planta. A prevenção contra essa praga pode ser feita de
maneira simples vedando bem seu ambiente de cultivo. Também se aconselha a utilização do repelente Azamax
como forma de prevenção e também para o combate desse tipo de inseto.

mosca branca detalhe mosca branca infestação


Aranha Vermelha (spider mite): É um ácaro pertencente as espécies do Tetranychus Urticae e Tetranychus
Cannabarinus sendo uma das pragas que mais afetam o cultivo indoor e que se não identificadas logo no início
pode trazer consequências devastadoras. Esse tipo de ácaro se prolifera rapidamente em ambientes com altas
temperaturas, baixa umidade e pouca ventilação, se alojando na parte inferior das folhas e se alimentando da
seiva da planta.
A aranha vermelha é considerada uma das piores pragas que se pode ter em um cultivo porque ela se prolifera
muito rápido sendo possível em certos estágios até identificar visualmente as teias formadas por elas em volta de
ramos, hastes de folhas, caule e principalmente em volta das flores.
Você pode prevenir a infestação de aranhas vermelhas em seu cultivo mantendo a umidade nos 70% e a
temperatura sempre média de 27º. Também existem produtos acaricidas que podem ser aplicados como forma de
combate a esse ácaro. Além de combater a Aranha Vermelha esse tipo produto irá combater todo e qualquer outro
tipo de ácaro que esteja se proliferando no ambiente de cultivo.

aranha vermelha detalhe aranha vermelha infestação

Pragas Tripes: Os tripes são uma praga pertencente a classe de insetos chamada Franklinniela Occidentalis que
pode transmitir doenças graves para a sua planta. O tripe é um inseto bem pequeno que vive nos meios das folhas
e flores da planta. Uma temperatura mais elevada principalmente na fase de floração favorece muito o
aparecimento dessa praga em seu cultivo. Esse tipo de ácaro causa danos severos a suas plantas pois ele suga a
seiva da planta deixando sinais de manchas brancas e prateadas que podem deformar por completo a folha. Os
tripes podem ser prevenidos de forma natural usando armadilhas adesivas azuis. Isso ajudará você a identificar
de forma mais rápida algum começo de infestação, conseguindo assim combatê-la de forma mais eficaz.
Muitos cultivadores costumam usar insetos como a Joaninha para o combate desse tipo de praga, sendo também
muito eficaz o repelente Azamax.

tripe detalhe tripe infestação


Praga de Pulgões: pulgões são insetos que se alimentam da seiva da planta através da introdução de seu
aparelho bucal excretando um líquido açucarado chamado de Melato. Esse liquido entope os poros das folhas, e
também estimula o crescimento de bolores na cor escura que impedem a chegada de luz até a folha impedindo
que a planta faça a sua fotossíntese da maneira correta. Uma planta atacada por pulgões tem seus fluidos todos
sugados, o que faz com que ela pare de crescer, também é muito comum a transmissão de vírus para as plantas.
Normalmente a infestação fica instalada na parte inferior das folhas e do caule o que causa a desfoliação e
amarelamento das folhas.
Com uma reprodução muito acelerada uma infestação pode destruir sua planta em um curto espaço de tempo.
Outro sinal que você poderá perceber se existe infestação de pulgão é o surgimento de formigas no seu cultivo.
Essas formigas se alimentam do líquido açucarado que é excretado pelos os pulgões e também os protegem
contra o ataque de predadores garantindo assim o seu alimento. Existe poucas formas de combate ao pulgão e
uma delas é o uso de insetos da classe Afídios que são os principais predadores dos pulgões. Também existe uma
forma alternativa de combate ao pulgão preparando uma solução com sabão neutro misturada a água borrifando
esse preparo em toda a sua planta.

pulgão detalhe pulgão infestação


Larva Minadora: Existem várias espécies de Dípteros de Minador que pertencem a família dos Agromyzidae,
sendo a mais comum nas plantações se encontrar a Liriomyza Trifolli. Essa praga se multiplica de maneira muito
devastadora causando danos significativos. Enquanto os adultos vão cortando folhas para se alimentar em
seguida já depositam ovos da onde nascerão larvas que continuarão o ciclo de destruição das plantas. As larvas
depositadas se desenvolvem dentro das folhas gerando uma espécie de galeria que se tornam lesões necróticas
levando a redução de capacidade da planta de realizar a fotossíntese. A melhor forma de prevenção contra essa
praga é o uso do repelente Azamax em suas plantas. Ele pode ser usado como forma de combate a essas larvas e
existe também as armadilhas cromáticas na cor amarela que também são úteis contra larvas.
Mosca do Solo: A mosca do solo da família Sciaridae é um pequeno inseto que geralmente se aloja no substrato do
cultivo indoor. É uma pequena mosca preta cuja as larvas se alimentam dos cabelos radiculares das raízes o que
afeta gravemente o sistema radicular da planta. Esse tipo de mosca pode ser facilmente identificado, quando você
mexer no substrato ou mover o vaso e detectar moscas voando fique atento quanto ao aparecimento de larvas.
Essa praga pode ser prevenida de maneira fácil com o uso do Azamax, que também serve como forma de
combate caso haja infestação.

larva minadoura mosca do solo


Tipos de podas e para que servem
Para as podas você irá precisar de tesouras apropriadas para manejos em cultivo, estás tesouras precisam ser
higienizadas preferencialmente com álcool para evitar qualquer contaminação por alguma bactéria que possa
estar depositada na tesoura. Sempre antes de cortar certifique-se que fará o corte no local certo e que já está no
momento certo para aplicação da técnica.
Quando você aplica uma técnica de poda ou desfoliação na sua planta você estará causando um pequeno
choque, por isso a aplicação de qualquer uma dessas técnicas deve ser feita no mesmo dia da rega e antes de sua
aplicação, dessa maneira após fazer a poda ou desfoliação você já fará imediatamente a rega diminuindo assim o
choque causado e ajudando na sua regeneração, acelerando seu desenvolvimento.
Quando começamos a plantar pensamos logo em colheitas fartas, porém no cultivo indoor nosso espaço sendo
limitado talvez não seja possível o desenvolvimento de plantas com tamanho grande, dependendo do tamanho da
estufa a planta terá uma altura limitada para seu desenvolvimento.
Algumas pessoas entendem podas como uma forma apenas de limpeza ou até mesmo o desgalhamento de uma
planta, porém no cultivo indoor a poda serve como uma forma de controle na altura da planta, essas técnicas tem a
função de parar o crescimento vertical da planta fazendo com que ela se desenvolva mais em sentido horizontal e
a poda também força a planta a desenvolver novos ramos, aumentando assim a produção final até a hora da
colheita, mas tenha atenção porque a técnica de poda não pode ser aplicada em qualquer fase da planta. Por
exemplo na fase de floração já não podemos aplicar nenhum tipo de poda pois isso irá fazer com que a planta pare
de se desenvolver por alguns dias, exceto se você for fazer uma poda de limpeza dos ramos mais baixos.
Para a limpeza dos ramos mais baixos, usaremos uma poda chamada de lollipop, porém ela não é de fato uma
poda e sim uma limpeza que você fará da metade para baixo de sua planta na parte inferior dos ramos próximo a
semana de floração visando com essa técnica eliminar toda e qualquer flor pequena que está recebendo menos
luz e só consumindo energia da planta para gerar poucos resultados, eliminando essas pequenas flores
chamadas de “pipocas” você estará redirecionando a energia ali gasta para a parte superior dos ramos
aumentando o seu rendimento na colheita.

Técnica de desfoliação

antes depois

Durante a fase de vegetação da planta, a partir do momento que ela atingir o terceiro nó de ramos você já pode
começar a pensar em aplicar alguma técnica de poda. Basicamente existe dois tipos de podas com o objetivo de
aumentar a produção final de sua planta. São elas: Poda Top/Apical ou Poda FIM (Fuck I missed!).
Ambas tem o mesmo objetivo que é de conter o crescimento da planta de forma vertical direcionando o seu
crescimento para uma forma mais horizontal, fazendo assim com que os ramos de baixo cresçam de forma igual
se igualando aos superiores na grande maioria das vezes.
A Poda Apical/Top consiste em você a partir do terceiro nó de folhas da planta e literalmente cortar o topo do caule
principal no espaçamento do entre nó fazendo com que a sua planta perca a comunicação com esse topo
principal, mudando imediatamente a destinação de energia para os dois primeiros ramos que estiverem
crescendo abaixo do ponto do corte fazendo com que os mesmos nasçam ali e se tornem os ramos principais da
sua planta, dessa forma ela não crescerá em formato igual ao de um pinheiro de natal, então ao invés de você ter
um topbud aplicando essa técnica você terá dois tops principais na sua planta, o que lhe trará maiores ganhos lá
na frente.
A Poda FIM já é uma técnica mais avançada e com um grau maior de complexidade, pois ela exige que o jardineiro
saiba exatamente em qual momento e ponto certo o corte deve ser executado. Basicamente a Poda FIM é uma
Poda Apical/Top que deu errado, foi assim que se descobriu essa técnica, e com o passar do tempo e a difusão
dessa técnica pelo o mundo dos growers ela vem mostrando ótimos resultados quando executada da maneira
correta.

o que difere a poda apical resultado poda apical resultado poda fim


da poda fim é o local do corte

A Poda de Limpeza é feita para a remoção de folhas mais velhas e que estão apenas roubando energia da planta
impedindo a penetração de luz. Essa limpeza pode ser feita em qualquer fase de vida da planta, sempre
respeitando um espaço de tempo entre uma e outra desfoliação de no mínimo três semanas.

pode de limpeza pode de limpeza


Tipo de Amarras e treinamentos
Devido a fibrosidade da planta ela pode ser treinada e direcionada durante o seu crescimento, ajudando também a
fortalecer os novos ramos que estão se formando direcionando a uma posição para em que eles possam estar o
mais expostos possível a luz. Você precisa executar algumas das podas anteriormente citadas para um melhor
resultado do treinamento e rendimento final da sua planta. Existem diversos tipos de treinamentos possíveis para
se fazer na planta. Abaixo listaremos alguns:

Treinamento LST (LOW STRESS TRAINING) Treinamento de Baixo Stress: Este treinamento consiste em você
simplesmente amarrar o caule da planta para um lado, ou após ter feito a poda top em sua planta aguardar o
desenvolvimento dos ramos e amarra-los em direções diferentes.

técnica lst técnica lst com técnica scrog

Com a ajuda de um barbante de algodão (de preferência), você irá dobrar e amarrar os ramos direcionando todos
de uma forma em que eles fiquem em um ângulo de 45º na mesma altura e que nenhum fique por cima do outro
impedindo a passagem da luz. Mas tome muito cuidado ao puxar os ramos para não causar nenhum acidente
como a quebra do caule ou do próprio ramo que será amarrado, sempre puxe bem devagar e sem pressa, fazendo
movimentos para cima e para baixo até que a fibra da planta se espiche e não se rompa no momento de amarrar.

Treinamento com SCROG: Provavelmente você já deve ter visto em alguma foto ou cultivo com uma rede
colocada sobre as plantas e com o crescimento da planta essa rede é transpassada pelos ramos. Essa técnica de
colocação de uma rede sobre as plantas no cultivo se chama scrog e serve para delimitar o crescimento da planta
sem que seja necessário que se faça algum tipo de poda ou amarra.
Após a rede estar posicionada, com o desenvolver das plantas você irá literalmente trançar na rede o caule e os
ramos da planta fazendo com que todos fiquem na mesma altura, possibilitando que a luz seja espalhada
uniformemente pela a superfície criada com o auxílio da rede.
O único ponto negativo na aplicação dessa técnica é a dificuldade em manejar suas plantas, fazer regas e manter
a limpeza no grow porque depois de colocada e a planta trançada nela você só conseguirá remover a rede quando
for colher as plantas.

técnica scrog planta sem treinamento planta com treinamento


Supercrop/Supercroping: Este treinamento basicamente consiste em você dobrar sem quebrar o caule ou ramo
da planta fazendo com que ele fique na posição de 45° graus apenas dobrando e sem ajuda de amarras. Porém
muito cuidado para não romper a fibra de forma que ela perca comunicação com o restante da planta, isso
resultara num atraso na recuperação pós treinamento, e em casos severos pode levar a perca do ramo ou parte do
caule por interromper o fluxo da seiva na planta.

super cropping 01 super cropping 02


Transplante de vasos
Quando se cultiva planta de fotoperíodo dependente é necessário sempre que se faça pelo menos um transplante
durante a fase de crescimento da planta. Começando sempre seu cultivo com vasos pequenos de 1 à 3 litros e
passando para o vaso final após um bom enraizamento. Muitas pessoas ficam receosas na hora de fazer o
transplante de um vaso para o outro porém isso é uma ação bem simples quando feita de maneira correta. Todo
transplante deve ser feito com o solo que a planta está já bem seco, assim o risco de danificar as raízes diminui
consideravelmente.
Comece colocando argila expandida e uma pequena camada de substrato no fundo do vaso para onde sua planta
será transplantada e em seguida pegue o vaso que a planta se encontra plantada e coloque dentro do vaso para
onde será transplantada. Verifique se a altura da planta não excedera a do novo vaso.
Com o pequeno vaso que está a planta agora colocado dentro do vaso final e a altura conferida, vamos começar a
preencher com substrato o espaço que sobra entre o vaso que está a planta e o vaso grande para onde ela será
transplantada até que o substrato chegue a altura da borda do vaso que esta a planta formando assim uma
espécie de forma do vasinho menor. Em seguida bata um pouco o fundo do vaso grande no chão ainda com o
pequeno dentro para que o substrato se acomode melhor e se necessário adicione mais para completar.
Agora que você já fez o “molde” no vaso novo para acomodar a sua planta pegue o vaso pequeno com uma das
mãos, segure o fundo do vaso e com a outra mão e com a mudinha entre os dedos coloque sobre o substrato e vire
o vaso de ponta cabeça para que assim a planta saia com facilidade. Feito isso coloque imediatamente a planta
com todo torrão (bloco) de substrato que ela está dentro do molde que você fez no vaso maior. Depois complete
com substrato sempre batendo levemente o fundo do vaso no chão para acomodar o substrato e a planta no seu
novo vaso. Faça uma rega que molhe por completo todo o solo e de preferência com algum enraizante para já
estimular o crescimento das raízes nesse novo vaso.
Remoção de folhas na fase vegetativa
Muitas pessoas associam uma grande quantidade de folhas grandes como algo benéfico para a saúde da planta,
o que nem sempre é verdade pois a planta gasta muita energia desenvolvendo e mantendo esse tipo de folha.
Durante a fase vegetativa é comum a planta criar grandes folhas, chamadas de fan leaves, isso é um sinal que sua
planta está se desenvolvendo bem porém essas folhas acabam roubando grande parte da energia que poderia
estar sendo direcionada ao crescimento de outros pontos importantes como os ramos. Algumas dessas folhas
também podem atrapalhar a penetração de luz fazendo com que o crescimento dos ramos inferiores seja lento e
mal desenvolvido.
Durante a fase de crescimento você deve sim fazer limpezas de folhas na sua planta removendo sempre aquelas
folhas mais velhas e maiores que estão atrapalhando a penetração da luz, dessa forma você redirecionará o foco
da energia para o crescimento de ramos e o fortalecimento do caule principal.
Deve se esperar ao menos que a planta tenha vinte dias de vida, para que assim ela possa ser desfoliada sem
correr nenhum risco de stress ou atraso. Assim como as podas essa remoção de folhas deve ser feita no dia da
rega evitando um choque de stress maior em sua planta ou a falta de nutrientes devido a remoção das folhas que é
onde a planta armazena boa parte de seus nutrientes.

Como identi car o sexo das plantas


Conhecer e saber identificar o sexo da sua planta é um ponto fundamental que o jardineiro conheça,
principalmente quem está pensando em plantar sementes chamadas de regulares, ou seja, elas tem mesma
chance de 50% em ser uma planta do sexo masculino e 50% de chance de ser uma planta do sexo feminino.
Cada gênero de sexo se demonstra de forma bem diferente na planta sendo que o macho cria sua flor com uma
espécie de bolinhas nos entre nós da planta e no topo, essas bolinhas se assemelham a uma semente fazendo
com que muitas pessoas se confundam nesse ponto, porém essas bolinhas estão carregadas de pólen e assim
que amadurecerem elas iraõ estourar liberando o um pó amarelo que é o pólen e dessa forma assim polinizando
todas as fêmeas que estejam por perto.
Já as plantas fêmeas demonstram o seu gênero através de ‘cabelinhos’ brancos denominados pistilos, que
nascem de cálices nos entre nós das plantas, esses pistilos servem principalmente como receptores para o pólen
caso algum macho faça a polinização. Caso ocorra essa polinização será a planta fêmea que irá gerar as
sementes e consequentemente ao invés de engordar as flores a planta fêmea irá se concentrar no
desenvolvimento de sementes para a perpetuação da espécie.

macho fêmea hermafrodita

Quando você adquirir plantas já com cruzas ou genéticas estabilizadas você não terá essa preocupação, mas se
esse não for o caso fique muito atento porque uma ou mais plantas fêmeas polinizadas por plantas macho
colocará toda a sua colheita a perder.
Você também poderá deparar-se com uma planta Hermafrodita, ou seja, uma planta que carrega ambos os sexos.
Como retirar estacas e mudas para fazer clones
Uma forma de você perpetuar uma espécie de planta sem a necessidade de produzir sementes para poder plantar
novamente são a retirada de estacas/mudas para serem enraizadas se tornando assim um clone da planta em
que foi retirada. Uma estaca retirada de uma planta sempre terá a mesma idade dessa planta chamada de mãe. O
processo de clonagem também funciona como uma forma de acelerar a sua produção porque após o
enraizamento já com a estaca plantado no solo o tempo de vegetação será bem menor, em torno de três a quatro
semanas apenas sendo que uma planta nascida de semente necessita no mínimo seis semanas para adiante ser
forçada a entrar em processo de floração.
A escolha da estaca ideal para se enraizar e fazer um clone da planta mãe é muito importante. Temos que ter
atenção em alguns pontos simples e básicos para ser ter sucesso na clonagem. São eles:

- O uso de uma estufa/domo de propagação é fundamental


- Utilize lâmpadas de led branco frio ou lâmpadas fluorescente
- Use sempre materiais apropriados ao manejo de plantas como por exemplo tesouras e lâminas sempre bem
limpas e higienizadas
- Utilize algum gel enraizador rico em hormônios para enraizamento
- Utilize a lã de rocha ou jiffy, com ambos o enraizamento se torna mais simples
- O ramo a ser removido deve sempre já ter pelo menos três pares de folhas
- Quanto mais perto o ramo estiver da base, ou seja, mais próximo das raízes, maior a concentração de hormônios
de raiz a estaca terá tornando assim o crescimento de novas raízes mais fácil e rápido
- Antes de retirar a estaca você já precisa deixar a lã de rocha ou jiffy preparado fazendo uma hidratação com água
e um pH ajustado entre 5.5 e 5.8.

A retirada de uma estaca/muda para o processo de clonagem é bem simples. Com o auxílio de uma tesoura corte o
ramo bem na base do caule em seguida remova o primeiro par de folhas a partir do ponto aonde você cortou na
base do caule, não remova as folhas superiores e nem cortes suas plantas porque a própria umidade produzida
pelas folhas ajudará a manter o ambiente na umidade correta e também as plantas terão mais nutrientes
disponíveis através das folhas que estão no topo.

estacas enraizadas na lã de rocha

Após a remoção destas folhas no mesmo ponto onde elas estavam se forma uma espécie de nó e é exatamente
nesse nózinho que as folhas estavam presas que você fará um corte no sentido de cima para baixo, em um ângulo
de 45º com o auxílio de uma navalha ou o fio da tesoura você também fará uma pequena raspagem suave no caule
próximo ao corte sem machucar, apenas removendo a primeira camada de ”pele” que o caule possuí.
Após o corte e a raspagem imediatamente mergulhe a ponta cortada da estaca no gel com hormônio enraizador.
Em seguida com o auxílio de um palito fino faça um buraquinho bem no centro do cubo de lã de rocha ou jiffy já
hidratado com antecedência, e crave à estaca dentro.
Agora com as estacas já cravadas nos cubos de lã de rocha ou jiffy você já pode colocá-las dentro do domo de
clonagem. Umedeça o domo por dentro e as folhas das estacas mantendo a umidade sempre em 100%, coloque
dentro da estufa de propagação (ou local improvisado) uma luz clara, dessas convencionais com pelo menos 35w
e mantenha a luz acessa durante 24 horas até que os clones enraizem. Quando as raízes estiverem saindo para
fora do cubo de lã de rocha é o momento de transplantar para o vaso com substrato colocando-o no grow de vega e
ajustando o fotoperíodo para 18 horas de luz e 6 de escuridão total até fase de floração.
PERÍODO DE FLORAÇÃO

MÓDULO 04
Fase de pré- oração
Quando você faz a troca do tempo de luz (fotoperíodo) para indicar as plantas que elas devem começar a produzir
flores, assim ‘enganando’ elas e fazendo com que elas entendam que o inverno chegou e é o momento de
começar a florescer, a planta passa por uma fase chamada de pré-flora que normalmente dura em torno de 15 a
21 dias após a troca do fotoperíodo. Durante essa fase a sua planta ainda irá continuar crescendo podendo até
triplicar de tamanho, por isso a importância do controle de altura das plantas na fase de vegetação.
É nessa fase de pré-floração que as plantas regulares mostrarão o seu sexo. Tenha muita atenção jardineiro! Para
que você não esteja cultivando alguma planta macho em seu cultivo.
Nesse estágio que é curto na vida da planta ela começa a formar suas gemas apicais parando com a formação de
novas folhas e apresentando o crescimento dos pistilos que será aonde as flores se formarão na fase de floração.
Este também é o momento do cultivo em que o jardineiro fará a troca da nutrição da planta, substituindo os
fertilizantes da fase de crescimentos pelos da fase de floração.

Quais fertilizantes usar no período de oração


Quando você faz a troca do fotoperíodo de sua planta também é o momento de fazer a troca da nutrição focando
agora apenas no bom desenvolvimento das flores.
Na fase de floração você usará o fertilizante bloom, juntamente com a parte micro (se houver) como base de
fertilização mas você também pode utilizar alguns outros fertilizantes específicos para essa fase da planta, que
servem como um potencializador no crescimento, ganho de peso, densidade e sabor de suas flores. Mas não se
esqueça que tudo o que é demais pode fazer mal, então siga a orientação do fabricante sobre o uso desses
produtos respeitando sempre o programa nutricional indicado para não causar um excesso de fertilização logo no
começo da floração o que pode levar ao retardo no desenvolvimento de suas plantas. Uma maneira simples de
saber se você está dando fertilizante demais para a sua planta nessa faze é o acompanhamento através da
coloração dos pistilos, que não podem ficar marrons antes da 4ª ou 5ª semana de floração dependendo da
genética da planta.

Frequência de rega na fase de oração


No começo da fase de floração até chegar a 4ª semana você manterá o mesmo espaçamento entre as regas que
na fase de vegetação da planta não deixando que o solo seque mais que 50% do volume de água colocado na
rega anterior. A partir da 4ª semana de floração o espaçamento entre as regas poderá aumentar deixando o solo
secar chegando até 20% do volume de umidade desde a rega anterior. Fazendo desta maneira a cada nova rega
sua planta irá absorver com mais vontade os nutrientes fazendo com que ela se alimente mais e por consequência
seus frutos se desenvolverão com mais vigor.

Cuidado com a formação de botões ( ores, frutos)


A partir da 4ª semana de floração sua planta começara de fato a formar os primeiros botões de flores e é muito
importante estar atento a saúde da sua planta e a qualquer tipo de infestação, porque a partir desse momento não
é recomendado fazer a aplicação de nenhum tipo de solução defensiva em suas plantas.
Certamente também nessa fase todas aquelas folhas que você removeu no momento do início da transição para a
fase de floração já estarão grandes novamente e já podem ser removidas deixando apenas as que estão ao redor
dos botões já formados. Esse também é o momento que você remover ramos e brotos poucos desenvolvidos
aplicando a técnica chamada lolipopping, fazendo uma limpeza completa da metade para baixo da planta
deixando apenas os ramos.

técnica lollipopping técnica lollipopping


Fazendo ores vigorosas e com ganho de peso
No início da 5ª semana de floração a sua planta já parou completamente de crescer e está focada apenas em fazer
com que seus brotos se desenvolvam o máximo possível. As flores estarão ganhando forma cobrindo-se de
substâncias, ganhando peso e exalando um cheiro maravilhoso, esse é o momento muito gratificante para o
cultivador.
Tome sempre muito cuidado coma umidade e temperatura do grow que nessa fase deve sempre estar entre 45% a
50% de umidade e numa temperatura de no máximo 25º evitando assim a formação de mofo em suas flores, o que
pode colocar tudo a perder agora que você já está tão próximo da sua colheita.
Mantenha sempre as suas plantas com o mínimo possível de folhas nessa fase, isso ajudará com a umidade e
também no desenvolvimento e ganho de peso. Também é comum nessa fase da vida da planta ela apresentar
uma coloração amarelada ou amarronzada nas folhas, isso significa que a sua planta está sugando toda a energia
contida e distribuindo para as flores que estão em fase de engorda.
A COLHEITA

MÓDULO 05
Fase nal e colheita
As últimas semanas do cultivo são as de maior ansiedade para o cultivador, principalmente para aqueles
marinheiros de primeira viagem que não sabem ao certo por falta de prática qual o momento exato para fazer a tão
esperada colheita. Porém, tenha muita calma nesse momento e certifique-se de que realmente está chegando a
hora da colheita.

Flush: O que é e como fazer


Antes de começarmos a nossa colheita precisamos fazer uma limpeza nas raízes de nossas plantas, passando
água pura ou com adição de algum produto que auxilie na limpeza do solo e das raízes, fazendo a remoção de
todo e qualquer nutriente ou resíduo que esteja presente no solo. A quantidade de água usada para fazer o flush é
muito importante, ela deve ser de no mínimo 10x o volume do vaso, então se o vaso é de 10 litros você precisará
passar a quantidade de 100 litros de água pelo solo para uma boa limpeza das raízes.
Além da limpeza o flush lava a raíz melhorando o seu sabor na hora do consumo e evitando que se consuma
qualquer tipo de substância química e resíduos indesejados.
Outro benefício que o flush carrega para as plantas é um stress no final da vida que as leva a um certo desespero
pela a falta de alimento, sabendo disso e entendendo que a sua vida está chegando ao fim a planta começa a
destinar ainda mais a sua energia para as flores na intenção de tentar produzir sementes para perpetuar a
espécie, porém como a flor não foi polinizada o que acontece é que essa energia acaba gerando um ganho de
densidade e peso nos últimos dias que antecedem a colheita

Uso da lupa ou microscópio de bolso para identi car a hora certa de colher
A dúvida sobre o momento certo da colheita pode ser facilmente tirada através do uso de uma lupa/microscópio de
bolso que amplie a visão em no mínimo 60x. Hoje em dia já existem aparelhos de celular que tem na função zoom
praticamente a mesma resolução. Com essa ferramenta em mãos você observará o amadurecimento dos
tricomas que são uma espécie de mini cabelinhos que envolvem as flores e as folhas próximas a elas que passam
por três fazes diferente: a fase leitosa, a fase de transparência e a fase de amadurecimento chamada de âmbar.
Observando com a lupa você terá a nitidez e precisão necessária para diferenciar muito bem todas as fases do
tricoma, sendo que o ponto ideal para a colheita é o quando mais de 60% dos tricomas estão passando da fase de
transparência para a fase âmbar.

lupa de precisão tricomas na cor ambar (cor similar ao marrom)


Saiba como interpretar a descrição do banco de semente podendo assim ter uma estimativa
de tempo para colheita

Outra forma para identificar o momento certo da colheita é se informando através do produtor das sementes (caso
tenha acesso), que muitas vezes colocam as especificações na embalagem do produto. Desta forma você terá
uma noção de quando chegará a hora da colheita. Munido dessa informação você irá reparar em outras
características que a planta demonstra no final da vida, como por exemplo, o amarelamento das folhas e o tom
mais escuro das flores que são características de amadurecimento.
No caso de plantas que não dependem da alteração de fotoperíodo para florescer, o produtor das sementes
informa na embalagem o tempo estimado de vida completo da planta, desde a germinação até a colheita, que
normalmente é de 10 a no máximo 12 semanas.

Como fazer a manicure das ores


Finalmente chegou o tão esperado momento da colheita, o fim de um ciclo (o primeiro de muitos)! Essa é a fase
que as plantas dão mais trabalho pois mesmo após a colheita devemos que fazer alguns manejos antes de
proceder com a secagem da planta. Logo após a colheita é necessário que se faça a remoção de todas e quais
queres folhinhas que possam estar em volta de flores, esse processo chama-se de manicure, retirar as folhas
grandes primeiro se denomina manicure grossa, e remover as folhas menores que ficam mais escondidas no
miolo das flores se chama de manicure fina.
É aconselhável fazer esses dois processos com a planta ainda fresca e recém colhida, pois isso facilitará o seu
manejo e a limpeza das flores. Utilize sempre tesouras apropriadas para cada etapa do processo de manicure de
suas flores.

Como manter uma boa secagem


Após feita a manicure em suas flores chegou a hora de colocá-las para secar. Esse processo mesmo parecendo
simples também pode ser um pouco mais complicado em algumas regiões onde a umidade do ar é muito alta e a
temperatura muito baixa, podendo desenvolver mofo em suas flores enquanto elas secam.
A temperatura também pode ser um inimigo na hora de secar as suas flores. Tome cuidado para que o ambiente de
secagem não ultrapasse a temperatura de 2. Também é recomendados o uso de cestas de secagem apropriadas
para que possamos ter mais efetividade durante o processo de secagem das flores mantendo-as em local seco,
escuro e com boa renovação de ar, captando o máximo de qualidade das flores.
Acompanhar diariamente o processo de secagem das flores é fundamental. Normalmente em condições
apropriadas a planta pode levar até mais de dez dias para secar sendo que você vai encontrar o ponto em que sua
planta está devidamente seca, pegando um galho e quebrando em vários pontos diferentes, se todas esses
pontos fizerem um som de ‘creck’ estralando ao serem quebrados suas flores estão no ponto para passar para a
fase de cura.

Como curar as ores da maneira correta


Muito bem! Agora que suas flores já estão com a manicure feita e secas está na hora de iniciar o processo de cura.
Para realizar esse processo você precisará de potes de vidro chamados de herméticos, com vedação na tampa
para guardar as suas flores dentro e dar início ao processo de cura. É importante que o pote seja escuro para que a
claridade não ‘frite’ os tricomas.
Após iniciado o processo de cura, você deve fazer a abertura dos potes nas primeiras duas semanas para a
renovação de ar a cada no mínimo 2 dias e fechar novamente conservando em local escuro e seco.
Aconselha-se também o uso de um produto desumidificador de preservador de aromas e sabores chamado
boveda que foi criado especialmente para fazer a conservação desse tipo de flor mantendo a umidade sempre
estável em 62%, sendo essa a melhor fixa para uma boa cura e conservação.
O processo de cura pode levar em torno de no mínimo 30 a 45 dias para a flor estar no ponto certo para poder ser
consumida.

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