Terasen
Terasen
Definição:
Composto bioativo à base de ácidos fenólicos, rutina, quercetina, CG3, β-caroteno,
geranilgeraniol e δ-tocotrienol. Terasen®* é um ativo patenteado obtido a partir de uma
combinação de extratos de Bixa orellana L., Euterpe oleracea, Myrciaria dubia e Astrocaryum
aculeatum.
*Disponível na forma de pó por meio da tecnologia patenteada Evolve®, sistema que
disponibiliza compostos oleosos na forma de pó, garantindo a proteção dos ácidos graxos
insaturados, a preservação do fitoativos não graxos, o aumento da absorção e melhor
biodisponibilidade.
Dosagem Usual: dose de 500mg a 1000mg, que pode ser fracionada em 1 ou 2 vezes ao dia.
Contraindicações
- Não recomendado para gestantes, lactantes e tentantes.
- Contraindicado para indivíduos alérgicos/sensíveis a açaí e/ou urucum.
- Não recomendado para pacientes em uso concomitante de orlistate, lítio e/ou varfarina.
Mecanismos de ação:
Os senoterapêuticos são uma classe de soluções terapêuticas que buscam combater os
efeitos dos 12 Hallmarks do envelhecimento, reduzindo a inflamação e o estresse
oxidativo, estimulando a renovação celular, produção de colágeno, elastina, ácido
hialurônico, e outros componentes para o reparo e regeneração não apenas da pele, mas
do organismo como um todo.
HALLMARKS PRIMÁRIOS
1- Instabilidade genômica
Os polifenóis, em especial as antocianinas são potentes antioxidantes, antimutagênicos,
anticarcinogênicos e antiinflamatórios que são benéficos na prevenção de doenças e na
proteção da estabilidade do genoma [12, 13,14]. Os mecanismos de proteção incluem
modulação da ativação e desintoxicação do carcinógeno, inibição do dano oxidativo ao
DNA e alteração na sinalização celular [6,7].
Em experimentos de cultura de células in vitro, em concentrações semelhantes àquelas
alcançáveis no plasma humano por suplementação, os carotenoides inibem a proliferação
celular, transformação e formação de micronúcleos, e modulam a expressão de certos
genes, evidenciando seu papel como protetor contra a carcinogênese [36]. A atividade
antioxidante foi claramente demonstrada para b-caroteno em humanos; linfócitos isolados
após uma única grande dose de suplemento são resistentes a danos oxidativos in vitro
[37].
2- Encurtamento de telômeros
Estudos mostraram que tocotrienóis são capazes de reverter a morfologia fibroblastos
senescentes, e aumentar a fase de proliferação celular, o que resulta na manutenção do
comprimento alongado dos telômeros e restauração da atividade da telomerase. Além
disso, a ação antioxidante dos tocotrienóis confere proteção contra peróxido de hidrogênio
(H2O2) e prevenção de perda da atividade da telomerase [9,10,11]. O uso de polifenóis
como quercetina e antocianinas, encontrados no TERASEN®, através do seu reconhecido
potencial antioxidante e antiinflamatório, permitem a diminuição da apoptose e a
prevenção de danos cromossômicos induzidos por peróxido de hidrogênio (H2O2) em
células linfoblásticas humanas [49]. Um outro estudo mostrou que a quercetina foi capaz
de prevenir a apoptose de miócitos cardíacos, prevenindo o encurtamento dos telômeros e
a perda da expressão de TERF2, resultados que foram atribuídos ao potencial efeito
antioxidante desses compostos [50].
3- Perda de proteostase
Durante o envelhecimento, o aumento das EROs afeta os processos proteassomais e
autofágicos. Consequentemente, a proteostase é perdida, como demonstrado pelo
acúmulo prejudicial de agregados proteicos e organelas danificadas, como as
mitocôndrias. Vários relatos têm demonstrado que os polifenóis da dieta podem reverter
os efeitos deletérios associados a essa característica do envelhecimento [51, 52].
4- Distúrbios de macroautofagia
A autofagia é um processo de remoção de resíduos ou excesso de proteínas e organelas.
Autofagia prejudicada e o declínio dessa via relacionado à idade favorece a patogênese de
muitas doenças que ocorrem especialmente em idade avançada, como doenças
neurodegenerativas e câncer [31]. A maioria dos estudos atuais apoia a opinião de que
diminuir a autofagia acelera o envelhecimento, e aumentar a autofagia pode retardar o
envelhecimento [32]. Estudos envolvendo a quercetina mostraram a sua atuação regulando
a autofagia e a apoptose para restaurar o número total de células ósseas, prevenindo a
osteoporose induzida por hipoestrogenismo [33]. Em termos de neuroproteção, a
quercetina reduziu a neurodegeneração de C. elegans envelhecido por meio demitofagia
mediada pela via PINK1/Parkin [34]. Como potencial indutor de autofagia, a quercetina em
uma nanoestrutura foi capaz de induzir a autofagia, pela promoção da fusão do
autofagossomo e lisossoma, acelerando a depuração de Aβ (uma das causas de doenças
neurodegenerativas) [35].
5- Alterações epigenéticas
O envelhecimento é acompanhado por uma série de características incluindo alterações
genéticas e epigenéticas. Essas alterações epigenéticas associadas ao envelhecimento
incluem metilação do DNA, modificação de histonas, remodelamento da cromatina,
regulação do RNA não-codificante (ncRNA) e modificação do RNA, todos os quais
participam da regulação do processo de envelhecimento e, portanto, contribuem para
doenças relacionadas ao envelhecimento [47].
O consumo de alimentos ricos em polifenóis proporciona inúmeros benefícios, atribuídos
principalmente às suas propriedades antioxidantes, com consequente redução do estresse
oxidativo, fortemente associado ao envelhecimento tecidual. Tem sido intensamente
estudado por suas propriedades desmetilantes, atuando como inibidor da DNA
metiltransferase (DNMT) em vários tipos de câncer de pulmão, leucemia e câncer de
mama, bem como em algumas doenças neurodegenerativas [48].
HALLMARKS ANTAGÔNICOS
8- Senescência celular
A senescência celular, é o período no qual, as células gradualmente perdem sua
capacidade replicativa, até o momento da cessação completa da divisão do ciclo celular
[1]. É uma resposta provocada por danos agudos ou crônicos. Em humanos, as células
senescentes se acumulam em vários tecidos, afetando principalmente fibroblastos, células
endoteliais e células imunes, embora todos os tipos de células possam sofrer senescência
durante o envelhecimento. O processo é desencadeado, pelo menos em parte, pelo
encurtamento dos telômeros com o envelhecimento [2].
As células senescentes de estágio tardio, promovem a indução da produção de
quimiocinas, proteínas degradantes da matriz extracelular e moléculas inflamatórias
conhecidas como fenótipo secretor associado à senescência (SASP) que possuem relação
com várias doenças relacionadas à idade [3,4,5].
Uma vez que as EROs estão envolvidas na sinalização pró-inflamatória explorada pelas
células senescentes para espalhar a inflamação no nível sistêmico e podem ser
considerados como fatores SASP, a atividade anti-EROs e antiinflamatória dos polifenóis e
flavonoides são definidas como anti-SASP. Flavonoides como quercetina exercem efeitos
anti-SASP em fibroblastos humanos através do aumento da capacidade resistência ao
estresse oxidativo, eles induzem um efeito rejuvenescedor em fibroblastos senescentes
[23], e aumentam a expectativa de vida em modelos in vivo como Saccharomyces
cerevisiae [24] e C. elegans [25].
Os tocotrienóis são nutrientes com propriedades senolíticas. Eles exercem dois efeitos
complementares: estimulam a senescência das células cancerígenas, reduzindo seu
potencial maligno e retardando o processo de envelhecimento, e reduzindo o acúmulo de
células senescentes no tecido saudável [26, 27].
9- Exaustão de células-tronco
As células-tronco são células com capacidade de autorrenovação e de diferenciação em
diversas categorias funcionais de células, sendo importantíssimas no processo de
recomposição de tecidos danificados [28]. O arranjo coordenado do microambiente da
medula óssea (MO) é essencial para a manutenção das células-tronco hematopoiéticas e
seus progenitores (HSPC) [28,29]. A quiescência e/ou mobilização dessas células na
circulação em condições não fisiológicas ou de estresse, como infecções e inflamação,
podem acelerar esse processo de morte celular [29].
Além dos polifenóis terem um efeito antiinflamatório, eles são capazes de reduzir o
número de células progenitoras imaturas (CFU-C) e os níveis aumentados de sEPCR (um
componente da via da proteína C, regulador primário da coagulação sanguínea e um
componente crítico da resposta do hospedeiro a estímulos inflamatórios), induzidos por
lipopolissacarídeo (um agente inflamatório). Estes estudos demonstram a capacidade dos
polifenóis em prevenir, preservar e estimular as células-tronco [30].
HALLMARKS INTEGRATIVOS
11- Inflammaging
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS