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Sucsssoes Numéricas

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Módulo VIII – SUCESSÕES NUMÉRICAS

Sucessões Numéricas

Definição: chama-se sucessão numérica a disposição de números numa certa ordem


(um após outro) de modo a tomar possível a sua enumeração. É aplicação de IN em
IR.
Aos constituintes da sucessão dá-se o nome de termos e as posições que
efectivamente ocupam, ordens.

Números de aulas previstas: 20

OJECTIVOS DE APRENDIZAGEM
No final de módulo o estudante deve ser capaz de:
Explicar por suas palavras e encontrar no quotidiano sucessões;

Determinar o termo geral ou um termo qualquer duma sucessão;

Fazer uma analogia entre sucessão e funções;

Explicar por palavras próprias o significado do limite de uma sucessão;

Explicar e aplicar a noção de sucessão convergente e divergente;

Explicar e identificar progressões;

Determinar o termo geral e a soma de “n” termos consecutivos duma


progressão quer aritmética, quer geométrica;

ESFM-2022 – Elaborada pelo Dr. Varela 1


Módulo VIII – SUCESSÕES NUMÉRICAS

Neste capítulo falaremos fundamentalmente de:


1. Sucessões finitas e infinitas.
1.1. Sucessões finitas.
1.2. Sucessões infinitas.
2. Termo geral da sucessão.
2.1. Determinação do Termo Geral.
3. Sucessões Monótonas.
3.1. Sucessão monótona crescente.
3.2. Sucessão monótona decrescente.
4. Sucessões infinitamente grandes e infinitamente pequenas
4.1. Sucessão infinitamente grande.
4.1.1. Sucessão infinitamente pequena.
4.1.2. Sucessão infinitamente grande.
5. Sucessões limitadas e ilimitadas.
5.1. Sucessão limitada superiormente.
5.2. Sucessão limitada inferiormente.
5.3. Sucessão ilimitada.
6. Noção de limite.
6.1. Significado do limite pela definição.
6.2. Cálculo de limites.
6.2.1. Limites de sucessões polinomiais.
6.2.2. Limites de sucessões fraccionárias.
6.2.3. Limites de sucessões irracionais.
6.2.4. Limites de sucessões exponenciais.
6.2.5. Limites de sucessões potências.
7. Progressões.
7.1. Progressão aritmética.
7.1.1. Obtenção da razão.
7.1.2. Termo geral da PA.
7.1.3. Generalização do termo geral da PA.
7.1.4. Soma dos primeiros “n” termos de uma PA.
7.1.5. Resolução de alguns exercícios.
7.2. Progressão Geométrica.
7.2.1. Obtenção da razão.
7.2.2. Termo geral da PG.
7.2.3. Generalização da expressão do termo geral.
7.2.4. Soma dos primeiros “n” termos duma PG (soma finita).
7.2.5. Resolução de alguns exercícios.
8. Convergência de sucessões.
8.1. Sucessão convergente.
8.2. Sucessão divergente.

ESFM-2022 – Elaborada pelo Dr. Varela 2


Módulo VIII – SUCESSÕES NUMÉRICAS

Exemplos de sucessões:
a) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10...
b) 1 3 5 7 9 11 13 15 17...
c) 2 4 6 8 10 12 14 16...
d) -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5...
e) 1 2 4 6 16 32 64...
f) 2 5 10 17 26 37 50...
2 3 4 5 6 7 8
g) 1 ...
3 5 7 9 11 13 15
3 2 1 1 1 3
h)    0 ...
2 4 6 10 6 14
i) -2 4 -8 16 -32 64...
j) 1 3 9 27 81...
k) 4 7 10 13 16 19 22...

1. Sucessões finitas e infinitas


1.1. Sucessão finita:
Uma sucessão diz-se finita se for possível indicar o número de termos que a
sucessão possui, se for de um número finito de termos
Ex1.: Divisores de 24  é uma sequência finita: 1 2 3 4 6 8 12 24; n=8

1.2. Sucessão infinita:


Uma sucessão diz-se infinita se não for possível enumerar os seus termos, isto é,
se for de uma infinidade de termos
Ex1.: 3 7 11 15 19 23...

Obs.: Tendo em conta as definições acima, é de notar que ser finito ou infinito não
tem nada haver com limitada ou ilimitada.

2. Termo Geral da Sucessão


Chama-se termo geral de uma sucessão a expressão matemática que determina
cada termo da sucessão. Ela é designada por uma letra maiúscula ou minúscula com
o índice n.
Ex1.: An ;Vn ;U n ; Tn ; Bn ; H n ; etc

ESFM-2022 – Elaborada pelo Dr. Varela 3


Módulo VIII – SUCESSÕES NUMÉRICAS

2.1. Determinação do termo geral


O termo geral de uma sucessão determina-se pela visão lógica à sucessão
natural até a sucessão em causa.
Ex1.: Determine o termo geral das sucessões abaixo:
a. 1 2 3 4 5 6 7... U n  n
b. 2 4 6 8 10 12 14... U n  2n
c. 1 3 5 7 9 11 13... U n  2n  1
d. -2 -1 0 1 2 3... U n  n  3

4 6 8 10 12 14 an  2n 2n
e. 2 Un 
3 5 7 9 11 13 bn  2n  1 2n  1
n 1
f. 1 2 4 8 16 32 64... U n  2

Nota importante: como acabamos de ver, o termo geral de uma sucessão é uma
expressão da variável “n”; variável cujo domínio é constituído pelos números
naturais ( n ).

3. Sucessões Monótonas
3.1. Sucessão monótona crescente
Uma sucessão diz-se monótona crescente se for de uma variação crescente nos
seus termos, isto é, se a diferença de termos consecutivos é maior que zero.
Un  Un  0

1 2 3 n 1
Ex1.: 0, , , ..U n 
2 3 4 n
n 1 1 n
U n 1  
n 1 n 1
n n  1 n 2  (n  1)(n  2) n 2  n 2  1 1
U n 1  U n     
n  1( n ) n( n 1) n.(n  1) n.(n  1) n.(n  1)
1
 0  U n é crescente
n(n  1)

3.2. Sucessão monótona decrescente


Uma sucessão diz-se decrescente se for de termos decrescentes, isto é, se a
diferença de termos consecutivos é menor que zero.
U n1  U n  0

Ex1.: 1, 1, 3, 5...U n  3  2n


U n1  3  2(n  1)  3  2n  2  1  2n
U n1  U n  1  2 n  3  2 n  2
2  0  U n é decrescente

ESFM-2022 – Elaborada pelo Dr. Varela 4


Módulo VIII – SUCESSÕES NUMÉRICAS

4. Sucessões Infinitamente Grandes e Infinitamente pequenas


4.1. Sucessão infinitamente grande
Uma sucessão diz-se infinitamente grande se o módulo dos seus termos tende ao
infinito.
4 -8 16 -32... U n  ( 2)
n
Ex.1: -2
2  2; 4  4; 8  8; 16  16....U n  ; lim U n  
n 

4.1.1. Sucessão infinitamente grande positiva


Uma sucessão diz-se infinitamente grande positiva se tende para o mais
infinito

Un 2
Ex.2: 2 4 6 8 10 12...
Ù n ; lim U n 
n

4.1.2. Sucessão infinitamente grande negativa


Uma sucessão diz-se infinitamente grande negativa se ela tende para menos
infinito
Ex.1: 3 1 -1 -3 -5... U n  ; U n   lim
n 

4.2. Sucessão infinitamente pequena


Uma sucessão diz-se infinitamente pequena se tende a zero. Também se diz
infinitésimo
2 2 2 2
Ex.1: U n  ; 2;1; ; ; ;...U n  0
n 3 4 5

5. Sucessões Limitadas e Ilimitadas


5.1. Sucessões limitadas superiormente
Uma sucessão diz-se limitada superiormente se existe um número L que é
maior que todos termos da sucessão. L > U n
2n  1
Un 
n
2n 1 1
Ex.1: U n    2
n n n
U n  2  lim U n  2
n 
 Como é de notar, todos termos da sucessão provêm de 2, isto é, saem
do número 2, facto que ilustra que os termos são todos menores que
2.

ESFM-2022 – Elaborada pelo Dr. Varela 5


Módulo VIII – SUCESSÕES NUMÉRICAS

5.2. Sucessões limitadas inferiormente


Uma sucessão diz-se limitada inferiormente se existe um número L que é menor
que todos da sucessão. L < U n
2n  1
Un 
n
2n 1 1
Ex.1: U n    2
n n n
U n  2; lim U n  2
n 

Observe que todos termos da sucessão obtêm-se adicionando uma



partícula infinitesimal ao número 2, facto que ilustra que os termos
são maiores que o número 2.
5.3. Sucessões ilimitadas
Uma sucessão diz-se ilimitada se tende ao infinito ( U n   )
Exemplos: Considere as sucessões abaixo e seus termos gerais.
a)1 5 9 13 17 . . . U n  4n  3  
b)  2  5  8  11 . . . U n  1  3n  

Ora: É fácil observar que para onde a função tende é o limite desta função.
Neste caso a sucessão anterior tem limite e é número 2 porque ela tende a
2.

6. Noção de Limite
 Numa definição dependente dos antecedentes, o limite de uma sucessão é o
valor para o qual a sucessão tende.
 Definição literal: Se o número A é limite da sucessão U n então é possível
encontrar um termo de uma dada ordem muito próximo do limite A, a uma
distância infinitesimal  . Atenção  é um valor muito pequeno e reflecte a
distância entre um termo próximo do limite e porque reflecte distância deve ser
sempre positivo.
 lim un  A
n 

6.1. Significado do limite por definição


   0; n( )  0; U n  A  
Lê-se: para qualquer  maior que zero existe uma ordem “n” próximo do
limite tal que a distância entre a sucessão e o limite, a dado momento é
inferior que o valor de  .
Lembre-se: o módulo reflecte distâncias.

2n  1
Ex1.: Demonstre que lim 2
n  n

ESFM-2022 – Elaborada pelo Dr. Varela 6


Módulo VIII – SUCESSÕES NUMÉRICAS

2n  1 2n  1 2n  1  2n 2n  1  2n 1
lim 2 2        
n  n n n n n
1 1 1
     n; n( ) 
n  
1 1
n(0,1)   n(0,1) 
0,1 1
considerando   0,1 terá: 10
2.10  1 19
n(0,1)  10;U10    1,9
10 10

Nota: O termo que se encontra a 0,1 do limite 2 é de ordem 10 e é o termo 1,9.


Resposta: À partir da ordem 11 os termos da sucessão encontram-se a menos 0,1
do limite 2 da sucessão.

6.2. Cálculo de Limites


Em sucessões encontramos limites indefinidos, isto é, limites quando o “n” tende
para o infinito, não definido.
Para calcular qualquer limite da vida é necessário que se faça, em primeiro lugar a
substituição da tendência; E, posteriormente verifica-se o resultado se é imediato ou
é um impasse (indeterminação) ao resultado; No caso de ser indeterminação há que
verificar o tipo e a respectiva fórmula para eliminá-lo por forma a chegar-se ao
resultado.

6.2.1. Limites de sucessões Polinomiais


Nota: O primeiro passo de qualquer limite é substituir a tendência.

Ex1.: Determine os limites das seguintes sucessões:


1. lim un 3n  7 n  1  3.  7.  1      1  
2 2
n 

2. lim 8  5n  8  5.  8    
n 

5n 2  1 5 2  1   1
3. lim 8   
n  10 10 10

6.2.2. Limites de sucessões Fraccionárias



Nota: Neste tipo de limites é possível encontrar a indeterminação do tipo    e
este elimina-se pela evidenciação do n de maior expoente no numerados como
denominador criando infinitésimos

Ex1.: Determine os limites das seguintes sucessões:


1 0
n (1  )
3n  1    n
1. lim un  lim    ; lim 3
n  n  2
n 
   n 2 0
n (1  )
n

ESFM-2022 – Elaborada pelo Dr. Varela 7


Módulo VIII – SUCESSÕES NUMÉRICAS

1
n(1  )
n 1    n  lim 1  1  0
2. lim un  lim 2    ; lim
n  n  1
n 
  n  1
n 2 (1  2 )
n  n 
n

0
 11n 2 7n 2 1 
4 3  3  3 
3
n
4n3  11n 2  7n  1   
   ; lim 
n n n 
3. lim un  lim 4n  4.  
n  n 1
2
   n  3n 0
2 
0 n 
n 2 1  2  2 
 n n 

0
 5
n3  8  3 
8n 3
 5 
   n  8n3 2n 2
4. lim 3  ; lim  lim 3  lim 
27n  11    n 3 
3 3 0 3
n 
11  n 27n n  3n 3
n  27  3 
 n 

0
 5n 
n 2 16  2   6
16n  5n  6   
2
 n  16n 2  6 4n  6
lim    ; lim  lim  lim
n  3n  7  n 
 7
0 n  3n n  3n
5. n3 
 n
 6
n4  
 lim 
n 4

n  3n 3

 11n 
n3  27  3   5 3
27n  11n  5   
3 3
 n  3
27n3 3n 3
6. lim   ; lim  lim  lim 
n  4n  6    n  6
0 n  4n n  4n 4
n4  
 n
3 2
  1    2 
 2n  1  3n  2 
3 2 n  2  n  n   3  n 
      
lim    ; lim 
n  (4n  5)(n  1) 4
   n   5    1 
4

7.  n  4  n    n 1  n  
     
 2n  .  3n 
3 2
8n3 .9.n 2 72.n5 72
lim  lim  lim   18
n  4n.(n) 2 n  4n.n 4 n  4n 5 4

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Módulo VIII – SUCESSÕES NUMÉRICAS

6.2.3. Limites de sucessões Irracionais


Nota: Neste tipo de limites é usual encontrar a indeterminação do tipo    .
Ela elimina-se pela aplicação do par conjugado.
Neste capítulo saremos pares conjugados que criam diferença de quadrados e de
cubos.
* (a  b)(a  b)  a 2  b2
* (a  b)(a  a.b  b )  a  b
2 2 3 3

Ex.1: lim 3n  7  3.  7    


n 

Ex.2: lim 3 8n3  11n  3  3 8.3  11.  3    3  


n 

Ex.3: lim 3n  5  n  3.  5        


n 

lim 4n  3  n      
Ex.4: n 

(a  b)(a  b)  a 2  b 2

( 4n  3  n)( 4n  3  n) ( 4n  3) 2  n 4n  3  n 2
lim  lim  lim
n  4n  3  n n  4n  3  n n  4n  3  n
 4n  3
Ora vejamos: n2  2   2  1
 n  n n 2 n 2 n
 lim  lim  lim  lim  
n  
n 
 3 n  2 n  n
2 n  n  1
n4    n n  1
 n  n 

Ex.5:

lim 3n  2  ñ  2       ; lim
 3n  2  n  2  3n  2  n  2 
n  n  3n  2  n  2

   
2 2
3n  2 n2
3n  2  n  2 2n
 lim  lim  lim
n  3n  2  n  2 n  3n  2  n  2 n 3n  2  n  2
2n 2n 2n 2n
 lim  lim  lim  lim
n 
 2  2
n  3    n 1  
n  3n  n n 
n 3 1 n 
n 3 1    
 n  n
2 n 2.
 lim  
n  3 1 3 1
Ex.6:

ESFM-2022 – Elaborada pelo Dr. Varela 9


Módulo VIII – SUCESSÕES NUMÉRICAS

 3 
 
n3  5n 2  n  3  n3  5n 2   n 3 n3  5n 2  n 2 

2


lim  n  5n  n        lim
3 3 2

n  5n 2   n 3 n3  5n 2  n 2
n  n  3 2
3

n  5n 2   n3
3 3
n3  5n 2  n3
3

 lim  lim
n  3
n 3
 5n 2   n 3 n3  5n 2  n 2 n 
3
n 3
 5n 2   n 3 n3  5n 2  n 2
2

5n 2 5n 2
 lim  lim
n  5n 2   n 3 n3  5n 2  n 2
n  2 n  2
3 3
 5n 2  3 5n 2 
3 n 1  3   n n 1  3 
6
3
 n   n 
5n 2 5n 2 5n 2 5
 lim  lim  lim 
n  n  n  n
2 2 2 2
n  3
n 6  n 3 n3  n 2 n  3n 3
Observação: Para eliminar este tipo de indeterminação não basta o conhecimento dos
casos notáveis acima referidos mas sim outros já estudados como o caso da indeterminação

muito frequente    .

6.2.4. Limite de sucessões Exponenciais


Nota: Na combinação deste tipo de sucessão é frequente o aparecimento da

determinação do tipo   
0; se 0  a  1
lim a n  
n 
; se a  1

Ex1.: lim 3n 1  31  3  


n 

53 53
Ex2.: lim 532 n  532    0
n  52  

2n 1  2n 2n.2  2n   
lim n  2 n 1  lim 
n  3 3 n  3n   
3 .3 
n 2

3
Ex3.:
2  2  1
n n
3 2 3
 lim  lim .    .0  0
n   1 n  28  3  28
3n  9  
 3

ESFM-2022 – Elaborada pelo Dr. Varela 10


Módulo VIII – SUCESSÕES NUMÉRICAS

6.2.5. Limite de sucessões Potências



   e pela 1  - esta

Nota: Neste tipo de limites passa pela indeterminação

g x
provém do lim f  x   1  , esta indeterminação elimina-se pelo limite
n 
Nepperiano
lim  f  x  1. g  x 
e n .
n
 k
É possível encontrar o resultado à partir do limite notável. lim 1    ek
n 
 n

n 1 
 2n  1  
Ex1.: lim    
n 
 n3  
 Como é de notar a indeterminação encontra-se na base e não no
expoente, daí o interesse em eliminar a indeterminação na base e não no
expoente. Atenção, elimina-se indeterminação onde exista.

n 1
  1 
n2  n 
* lim 
   lim 2n 1  2  
n 
 n 1   
3 n 

  n  

n 1 
 8n  11  3n      
Ex2.: lim 
n  27 n  5
  
  
 1
n1 
 n
  11   3n

 n8  n  
1
   8 3 8 2
* lim     3 
n 
 n  27  5    27  27 3
  
n  

n
 2
Ex3.: lim 1    e .....  pelo limite notável
2
n 
 n 

ESFM-2022 – Elaborada pelo Dr. Varela 11


Módulo VIII – SUCESSÕES NUMÉRICAS

n
  1 
 n 1    
n   n 1  n  
Ex4.: lim      ; lim      lim1n  1 
 
n  n  2
   n 
 n 1    n
2
  n  

n
lim
 n 1  n 1 n  2 1.n n  2
lim  1.n lim .n lim n 1  1
e n  n  2 
e n n2
e n n  2
e  n
 e 1 
e

7. Progressões
-São sucessões especiais

7.1. Progressão Aritmética (PA)


Definição: chama-se progressão aritmética a qualquer sucessão em que a diferença de
termos consecutivos é uma constante.
U n1  U n  constante
A esta constante dá-se o nome de razão ou diferença (r ou d).

7.1.1. Obtenção da razão


Pela fórmula: U n1  U n  r

Determine a razão das seguintes sucessões:


8  3  5 
 
a) 3 8 13 18 23 28.....; r  13  8  5   5; r =5
18  13  5
 
4  1  3 
 
b) 1 4 7 10 13 16 19.....; r  7  4  3   3; r =3
10  7  3
 

7.1.2. Termo geral de uma PA


Construção da PA
a1
a2  a1  r
a3  a2  r  a1  r  r  a1  2r
a4  a3  r  a1  2r  r  a1  3r
a5  a4  r  a4  3r  r  a1  4r

an  a1   n  1 .r - fórmula para determinar o termo geral de uma PA quando é dado o


primeiro termo e a razão.

Ex.: Determine o termo geral das seguintes PA´s


a) 2 6 10 14 18...

ESFM-2022 – Elaborada pelo Dr. Varela 12


Módulo VIII – SUCESSÕES NUMÉRICAS

r4
U n  U1   n  1 .r

U1  2 U n  2   n  1 .4
U  4n  4  2  4n  2
 n
U n  4n  2

b) -3 2 7 12 17...
r 5
U n  3   n  1 .5
U1  3 
U n  5n  5  3
U n  5n  8

Lembre-se: O termo geral é a expressão matemática que determina cada termo da


sucessão

7.1.3. Generalização da expressão do termo geral


A fórmula an  a1   n  1 .r estabelece a relação directa entre qualquer termo com o
primeiro termo, daí a dependência ao primeiro termo.
Consideremos uma PA.: U1 U 2 U 3 U 4 ... U K ... U n 1 U n ; onde é um termo qualquer.
Podemos exprimir U n ;U k em função do primeiro termo.
U n  U1  (n  1).r 
 subtraindo o membro teremos:
U k  U1  (k  1).r 
U n  U k  U1   n  1 .r  U1   k  1  U n  U k   n  1 .r
 U n  U k   n  1  k  1 .r  U n  U k   n  k  .r  U n  U k   n  k  .r

Atenção: A relação de qualquer dos termos conhecidos imediatamente a razão.:


Ex1.: De uma PA sabe-se que U 3  13 e U 6  28 . Determine a razão e a expressão do
termo geral.
15
U 6  U 3   6  3 .5  28  13  3r  3r  28  13  3r  15  r  5
3
U n  U k   n  k  .r
U n  U 3   n  3 .5  U n  5n  2

ESFM-2022 – Elaborada pelo Dr. Varela 13


Módulo VIII – SUCESSÕES NUMÉRICAS

Teorema: A soma de termos equivalentes de uma PA é uma constante.


Demonstração: Consideremos a PA: U1 U 2 U 3 ... U k U s ... U n  2 U n 1 U n
k 1...  k 1  n  s  ...n  s

Onde U k e U 5 são equivalentes

Subtraindo membro a membro teremos:


U n  U k  U s   k  1 .r  U1   k  1 .r  U n  U k  U s  U1
U n  U s   k  1 .r

Consideremos uma partição finita de uma PA: 2 5 8 11 14

2+14=5+11. Veja que 2 e 14 são equidistantes, 5 e 11 também equidistantes.

Teorema: O termo de uma PA finita com um número ímpar de termos é a média aritmética
dos extremos.
Demonstração: Consideremos a PA U1 U 2 U 3 ... U k U m ... U n  2 U n 1 U n
m 1...  m  1  n  m  ...n  m

U m  U1   m  1 .r
U n  U m   n  m  .r
U n  U m   m  1 .r

Subtraindo membro a membro teremos:


U n  U m  U m   m  1 .r  U1   m  1 .r
U1  U n
 U n  U m  U m  U1  2U m  U1  U n  U m 
2

Consideremos a PA: 2 5 8 11 14: veja que o termo médio deve ser 8.


2  14 5  11
Um  8 Um  8
2 2

7.1.4. Soma de “n” primeiros termos de uma PA


Consideremos a PA com n termos: U1 U 2 U 3 ... U n  2 U n 1 U n
A soma de n termos designaremos por Sn.
Sn = U1 + U 2 + U 3 +...+ U n  2 + U n 1 + U n aplicando a propriedade comutativa
Sn = U n + U n 1 + U n  2 +... U1 + U 2 + U 3 aplicando membro a membro teremos:
2 Sn  U1  U n   U 2  U n 1   U 3  U n  2   ...  U n  2  U 3   U n 1  U 2   U n  U1 

Sabe-se que a soma de termos equivalentes é uma constante.

ESFM-2022 – Elaborada pelo Dr. Varela 14


Módulo VIII – SUCESSÕES NUMÉRICAS

 2Sn  U1  U n   U1  U n   U1  U n   ...  U1  U n   U1  U n   U1  U n 

 2Sn  n. U1  U n   Sn 
U1  U n  .n
2

U1  U1   n  1 .r 2U   n  1 .r
Sabe-se que: U n  U1   n  1 .r  Sn  .n  Sn  1 .n
2 2
Ex.: Determine a soma dos primeiros 7 termos da sucessão (PA):
4 9 14 19 24 29 ...
r 5
2.4   7  1 .5 8  6.5 38
U1  4 S7  .7   .7  19.7  133
2 2 2
n7

7.1.5. Resolução de diversos exercícios


1. A soma do primeiro e quinto termo de uma PA é igual a 26 e o produto do segundo
e o quarto termos é igual a 160.
a) Determine o termo geral
b) Determine a soma dos primeiros 6 termos

Resolução
a)
U1  U 5  26 U1  U1  4r  26 2U1  4r  26 U  2r  13
    1
U 2  U 4  160 U1  r U1  3r   160 U1  r U1  3r   160      
U1  13  2r 6                
    2
13  2r  r 13  2r  3r   160 13  r 13  r   160 169  r  160 r  9
2

    

 U1  13  6  7....  U n  7   n  1 .3  U n  3n  3  7  U n  3n  4
r
 12  3
 U1  13  6  19...  U n  19   n  1 .  3  U n  3n  19  3  22  3n

As duas são soluções porque não se especificou se a PA é crescente ou decrescente

2U1   6  1 .r 2.7  5.3


b) S6  .6  S6  .6  14  15  293  60  27  87
2 2
ou
2U1   6  1 .r 2.19  5.  3
S6  .6  S6  .6   38  15  .3  23.3  60  9  69
2 2

2. De uma PA sabe-se que a soma do segundo, quarto e sexto termos é 51 e a soma


do terceiro, quinto e sétimo termos é 66.
a) Determine estes termos
b) Determine a soma dos primeiros 10 termos

ESFM-2022 – Elaborada pelo Dr. Varela 15


Módulo VIII – SUCESSÕES NUMÉRICAS

Resolução
a)
U 2  U 4  U 6  51 U1  r  U1  3r  U1  5r  51 3U  9r  51 U1  3r  17
   1 
U 3  U 5  U 7  66 U1  2r  U1  4r  U1  6r  66 3U1  12r  66 U1  4r  22
U  17  3r           U  17  3.5 U1  17  15 U  2
 1    1   1
17  3r  4r  22 r  22  17 r  5               r  5
U1  2;U 2  7;U 3  12;U 4  17;U 5  22;U 6  27;U 7  32

2U1  10  1 .5  2.2  9.5 .5  4  45 .5  245


b) S10  .10  S10   
2 1

7.2. Progressão Geométrica (PG)


Definição: Chama-se progressão geométrica a qualquer sucessão (sequência) em que é
constante o quociente dos termos consecutivos. A esta constante dá-se o nome de razão ou
quociente (r ou q)

7.2.1. Obtenção
Un 1
r
Un

Un 1
Obtenção da razão: r 
Un
Exemplos: Determine a razão das seguintes sucessões:
3 
2 
 1  3
 
1 3 9 27 2 
a) ... r     3; r  3
2 2 2 2 9 
 2  3
3 
 
2 
 6 1
3 3 12  2  1 1
b) 12 6 3 ... r     ;r 
2 4 3  1  2 2
 6 2 

ESFM-2022 – Elaborada pelo Dr. Varela 16


Módulo VIII – SUCESSÕES NUMÉRICAS

7.2.2. Termo Geral de uma PG


 Construção da PG:
a1
a2  a1.r
a3  a2 .r  a1.r.r  a1.r 2
a4  a3 .r  a1.r 2 .r  a1.r 3
a5  a4 .r  a1.r 3 .r  a1.r 4
an  a1.r n 1

Fórmula para determinar o termo geral de uma PG quando é dado o primeiro termo e a
razão

Exemplos: Determine o termo geral das seguintes PG´s:


a) 1 3 9 27 81...
r 3
U n  1.3n 1  3n 1  U n  3n 1
U1  1

3 3
b) 12 6 3 ...
2 4
n 1
1
U n  12.    3.4.21 n
2
 3.22.21 n
r1
2  3.21 n  2
U1  12
 3.23 n
U n  3.23 n

Algumas vezes, para clarificar o termo geral de uma PG hajam conhecimentos de algumas
propriedades de potenciação. Aliás a PG é particularmente uma função exponencial.

7.2.3. Generalização da expressão do Termo Geral


Consideremos uma PG: U1 U 2 U 3 ... U k ... U n 1 U n  2 U n ; onde U k é um termo qualquer
genérico. Podemos exprimir U k e U n em função de U1 .
k 1 n 1
U k  U1.r ; U n  U1.r ; dividindo membro a membro teremos:

U n U1.r n 1 U U
 k 1
 n  r n  1  k  1  n  r n k  U n  U k .r n  k  fórmula para determinar o
U k U 1r Uk Uk
termo geral quando são dados quaisquer termos.

ESFM-2022 – Elaborada pelo Dr. Varela 17


Módulo VIII – SUCESSÕES NUMÉRICAS

Lembre-se: A relação de quaisquer termos dá-nos imediatamente a razão.


Ex1.: Determine o termo geral de uma PG sabendo que U 3  8 e U 7  128
128 27
U 7  U 3 .r 7 3  U 7  U 3 .r 4  128  8.r 4  r 4   r 4  3  r 4  24
8 2
U n  U 3 .2n 3  8.2n 3  23.2n 3  2n 33  2n  U n  2n
 r   2  r  2
4 4

U n  U 3 .(2) n 3  8.  2 
n 3

Esta não pode ser considerada porque a progressão alternada

Teorema: O produto de termos equidistantes de uma PG finita é igual a uma constante.


Demonstração: Consideremos a PG: U1 U 2 U 3 ... U k U s ... U n  2 U n 1
U n k  1/ n  5
k 1 n 5

U k e U s são equidistantes dos extremos


U n  U S .r n 5
U k  U1.r k 1 ;
U n  U S .r k 1
U n U S . r k 1 U U
Dividindo membro a membro teremos:  k 1
 n  S  U n .U1  U k .U s e.q.d
U k U1 . r U k U1

Ilustração:
Considere a PG: 3 9 27 81 243
3.243  9.81  729  729

Teorema: O termo médio de uma PG finita com um número ímpar de termos é igual a
semi-produto dos extremos.

Demonstração: Consideremos a PG: U1U 2U 3 ... U n  2U n 1U n ... , onde U m é o termo médio.
m 1 nm

Podemos exprimir U m em função de U1 e U n em função de U m .


nm
U n  U m .r
U m  U1.r m 1 ;
U n  U m .r m1

Dividindo membro a membro teremos:


U n U m . r m1 U U
 m 1
 n  m  U m2  U1.U n  U m  U1.U n
U m U1 . r U m U1

Ilustração:

3 3
Considere a PG: 12 3
4 16

ESFM-2022 – Elaborada pelo Dr. Varela 18


Módulo VIII – SUCESSÕES NUMÉRICAS

2
3 36 6 6 3
 U m  12.      
16 16 4 4 2
3 3 9 3
 Um  6.  3.  
8 4 4 2
3 9 3
 U m  3.  
4 4 2

7.2.4. Soma de “n” primeiros termos de uma PG


Consideremos a PG com n termos: U1 U 2 U 3 ... U n  2 U n 1 U n

A soma de n termos designamos por S n


1 S n  U1  U 2  U 3  ...  U n  2  U n 1  U n ; , multiplicando membro a membro por ”r”:
r.Sn  U1.r  U 2 .r  U 3 .r  ...  U n 2 .r  U n 1.r  U n .r ;
sabe-se que o produto de qualquer termo
 rSn  U 2  U 3  U 4  ...  U n 1  U n  U n 1 2
por “r” dá-nos sempre o termo posterior

 Subtraindo 2 de 1 teremos:
Sn  r.Sn  U1  U 2    U 2  U 3    U 3  U 4   ...  U n 1  U n   U n  U n 1 
U1  U n .r - a fórmula da
 S n  rS n  U1  U n .r  S n 1  r   U1  U n .r  S n 
1 r
soma finita de n primeiros termos de uma PG. Quando são visualizados U1 ;U n e r
U1  U1.r n 1.r
Sn 
1 r
U1 1  r n 
Sn 
1 r
1 rn
S n  U1
1 r

Ex1.: Considere a PG
3 6 12 24 48 96...
a) Determine o seu termo geral
b) Calcule a soma dos primeiros 8 termos

Resolução:
U1  3 n 1 3 n 1
a) U n  3.2  U n  .2
r2  2
1  28 1  256
b) S8  .3  .3  255.3  765
1 2 1

ESFM-2022 – Elaborada pelo Dr. Varela 19


Módulo VIII – SUCESSÕES NUMÉRICAS

7.2.5. Resolução de diversos exercícios


1. Os primeiros termos de uma PG são 2 e 4. Determine o 5º e 8º termos.
Resolução
U1  2 
 Lembre-se: a relação imediata entre dois termos dá-nos a razão.
U 2  4
4
U 2  U1.r  4  2.r  r   r  2
2

n 1
Termo geral : U n  U1.r  U n  2.2n 1  U n  2n
U 5  25  32
Logo:
U 8  28  256

2. Numa PG sabe-se que U1  2; r  3 e S n  242 . Calcule n e U n


Resolução
Dados: U1  2 ; r =3; S n  242 ; U n =?; n=?

É possível encontrar duas fórmulas de soma. Pelos dados, é importante relaciona-los com a
fórmula.
U n  U1.r n 1  U n  2.3n 1

U1  U n .r 1 rn
Sn  ; S n  U1
1 r 1 r
1 3 n
1  3n
 Sn  2  242  2
1 3 2
242
 .2  1  3n  242  1  3n
2
 3n  243  3n  35  n  5

3. De uma PG sabe-se que U1  U3  U5  27 e U 2  U 4  U6  243


U1  U 3  U 5  27 U1  U1.r  U1.r 4  27
2

 
U 2  U 4  U 6  243 U1.r  U1.r  U1.r  243
3 5

 U1  1  r 2  r 4   27


 U1. r  1  r  r   243
2 4

 Como foi possível notar, para simplificar foi necessário a divisão ordenada

1 27 234
 r
r 143 27
r 9

ESFM-2022 – Elaborada pelo Dr. Varela 20


Módulo VIII – SUCESSÕES NUMÉRICAS

27 27 27
U1   
1 r  r
2 4
1 9  9
2 4
6643
27 n 1
Un  .9
6643

Recomendações: Procure exercícios em exames nacionais

8. Convergência de sucessões

8.1. Sucessão convergente


Definição: Uma sucessão diz-se convergente se tende a um número concreto, isto é, se o
limite quando o n   da sucessão U n é concreto.
O contrário a sucessão diz-se divergente.

Exemplos: Averigúe a convergência das seguintes sucessões:


2n  3 1 n
a) U n  8n  7 U b) Un  c) U n  4  3n d) U n  2
n5
Resolução
Lembre-se: para verificar a convergência calcula-se o limite da sucessão

a) lim 8n  7  8.  7  ;U n  8n  7 é divergente


n 

 3
n 2 
2n  3    2n  3
   ; lim 
n 2
b) lim   2;U n  é convergente
n  n  5
   n n 1  5  1 n5
 n 

c) lim 4  3n  ;U n  4  3n é divergente
n 

1
d) lim 21 n  21  2   0;U n  21 n é convergente
n  2
8.2. Sucessão divergente
Uma sucessão diz-se divergente se não for convergente.

Algumas conclusões sobre a relação entre sucessões Monótonas; Grandes;


Pequenas; Limitadas; Convergentes
1. Qualquer sucessão infinitamente grande é divergente e limitada
2. Qualquer sucessão infinitamente pequena é convergente, mas o recíproco é falso
3. Qualquer sucessão limitada é convergente e o recíproco é verdadeiro
4. As inversas multiplicativas de qualquer sucessão infinitamente grande são
infinitamente pequena e vice-versa.
FIM

ESFM-2022 – Elaborada pelo Dr. Varela 21

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