0% acharam este documento útil (0 voto)
48 visualizações12 páginas

Briofitas

Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
48 visualizações12 páginas

Briofitas

Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 12

1.

Introdução

Neste trabalho, nós iremos abordar sobre as Briófitas onde iremos falar do seu conceito,
depois de dar-mos o conceito, iremos falar das características gerais das briófitas, das
características morfológicas das briófitas, da origem das briófitas, do habitat das briófitas, da
reprodução das briófitas, das sdivisões ou filos das briófitas, dos exemplos de espécies das
briófitas, da importâncias das briófitas e por ultimo do ciclo de vida das briófitas.
1.1.Objectivos
1.1.1.Objectivos Gerais

Conhecer as características das briófitas


Saber da reprodução das briófitas e de algumas espécies de briófitas
1.1.2.Objectivos Específicos

Identificar as características das briófitas


Descrever reprodução das briófitas
Exemplificar algumas espécies de briófitas
1.2.Metodologias

Metodologicamente a realização deste presente trabalho da cadeira de Botânica Sistemática


deu-se através de uma pesquisa bibliográfica, com a finalidade de buscar a interpretação e
compreensão do tema em estudo, portanto, assentou-se na pesquisa bibliográfica que,
consiste na procura de manuais e outras fontes já publicadas.

2.Briófitas
2.1.Conceito das Briófitas

As Briófitas são plantas que não possuem vasos condutores de seiva, portanto, são
avasculares. Vivem, geralmente, em ambientes úmidos e formam “tapetes” verdes sobre
rochas, troncos ou outras superfícies. Seus principais representantes são os Musgos,
Hepáticas e Antóceros.
2.2.Características Gerais das Briófitas

As briófitas são basicamente plantas terrestres, de pequeno porte, atingindo no máximo 30


cm. Normalmente de cor verde, são avasculares e não possuem raizes, absorvendo água e
nutrientes do ar ou por difusão através das células individuais. Não produzem flores, frutos e
sementes (Curtis,1977).
Possuem estruturas especializadas para a absorção de água e nutrientes do solo, denominadas
de rizóides. O fato das briófitas não atingirem mais que 30 cm está diretamente relacionado
com a característica de não possuirem um tecido vascular.
As briófitas incluem os mais antigos dos grupos de plantas existentes hoje que apareceram no
decorrer da passagem da vida na água para a vida na terra e que divergiram dentro de uma
linhagem monofilética de plantas. Embora estas ainda necessitem de água para a reprodução
(Raven et al, 1992).
2.3 Características morfológicas das briófitas

Como são consideradas as plantas mais primitivas, as briófitas ainda não possuem estruturas
características como raiz, caule e folhas. Apresentam, entretanto, componentes de estruturas
similares, como rizóides, caulóides (ou caulídios) e filóides (ou caulídios).
Rizóides: estruturas responsáveis pela fixação do vegetal no ambiente, com limitada função
de absorção;
Caulóide: semelhante ao caule dos vegetais mais complexos, essa estrutura dá sustentação
para o organismo e dela saem os filóides;
Filóides: estruturas clorofiladas responsáveis pelas fotossíntese, com função semelhante a das
folhas nas demais divisões vegetais.
Do caulóide também pode brotar uma projeção chamada haste. Esta, contém em sua
extremidade a cápsula, estrutura onde são formados os esporos relacionados a reprodução do
vegetal. Essa região de haste e cápsula também é chamada de esporófito.
O esporófito é a fase diplóide das briófitas e surge apenas após a fecundação.
Como adaptação para viver no meio terrestre, as briófitas apresentam um revestimento
protetor sobre a epiderme, que é chamado de cutícula. Essa cutícula protege os indivíduos
evitando a perda de água através da evaporaçã (RAVEN, H.P.; EVERT, R.F.;
EICHHORN, S.E. 1996).

2.4.Origem

Por serem pequenas e frágeis, muitos podem pensar que as briófitas são plantinhas
insignificantes. Porém, são consideradas os vegetais mais antigos do mundo. Acredita-se que
as briófitas tenham surgido há aproximadamente 420 milhões de anos atrás, no período
Siluriano.
Os ancestrais das briófitas estão na base da evolução de todas as demais plantas conhecidas.
Essas plantas derivam diretamente das algas verdes e foram as primeiras a se desenvolver no
ambiente terrestre(RAVEN, H.P.; EVERT, R.F.; EICHHORN, S.E. 1996).
2.5.Habitat das Briófitas
As briófitas, como primeira forma de vida vegetal no solo, formam umgrupo de ampla
distribuição, podendo ser encontradas em diversos ambientes. Estas plantas, na maioria, são
terrestres. Sabe-se de espécies encontradas em água doce mas não se conhece espécies
marinhas. Preferem ambientes úmidos e sombrios porém podem ser encontrados em lugares
áridos e montanhas nevadas.
São ruderais, facilmente encontradas em muro de casas, no solo, parede de edifícios e tronco
de árvores. Então, o clima ideal é o tropical, mas algumas espécies ocorrem em regiões
temperadas e outras alcançam o Ártico e o Antártico.
2.6.Reprodução das Briofitas

briófitas são plantas de pequeno porte que possuem entre seus representantes os musgos, as
hepáticas e os antóceros. Esses organismos apresentam diversas formas de reprodução:
Assexuada: ocorre por meio da fragmentação do corpo, em que cada fragmento origina
novos gametófitos (organismos produtores de gametas), e pela produção de gemas, os quais
são corpos multicelulares que originam um novo gametófito.
Sexuada: esse tipo de reprodução depende da presença de água e ocorre por alternância de
gerações, em um ciclo haplonte-diplonte. Nesse ciclo, os organismos haploides (n) –
produtores de gametas, também chamados de gametófitos – apresentam-se em alternância
com os diploides (2n) – produtores de esporos, também chamados de esporófitos.
2.6.1.Alternância de gerações

Os gametas masculinos, os anterozoides (n), estão localizados em uma estrutura


denominada anterídeo que, quando atingido pela água, permite que eles caiam no
arquegônio (estrutura produtora da oosfera, que é o gameta feminino) de uma planta
feminina. Em seguida, os anterozoides nadam até a oosfera (n) e, assim, ocorre a
fecundação, em que um zigoto é produzido e sofrerá mitoses, originando um embrião (2n).
O embrião fica protegido no arquegônio e passa por diversas mitoses até produzir um
esporófito (2n). Essa estrutura é constituída por uma haste e uma cápsula na qual estão
presentes as células-mãe dos esporos que, por meiose, originam os esporos (n). Quando a
cápsula resseca, os esporos são liberados e, quando em ambiente propício, germinam e
transformam-se em um novo gametófito. Logo após a produção dos esporos, o esporófito
morre. A fase dominante nas briófitas, portanto, é a haploide, pois o gametófito permanece
mesmo após a morte do esporófito.
2.7.Divisões ou filos das Briófitas

Segundo SANTOS, As briófitas podem ser classificadas em três filos distintos:


Marchantiophyta (as hepáticas), Bryophyta (os musgos) e Anthocerotophyta (os
antóceros). Veja a seguir algumas características que ajudam a diferenciar esses três grupos
de briófitas:
As hepáticas fazem parte do filo Marchantiophyta.
Marchantiophyta: Nesse grupo, encontramos as hepáticas, as quais se destacam por não
possuírem estômatos, uma estrutura presente nos outros grupos.
Hepáticas: esse grupo é representado pelos indivíduos do filo Hepatophyta e possui cerca de
5.200 espécies. O nome desse grupo originou-se pelo fato de os gametófitos apresentarem a
forma de um fígado. As hepáticas podem ser classificadas em talosas ou folhosas de acordo
com o formato de seus gametófitos.
Talosas: os gametófitos são achatados e ramificados, assim como os dos antóceros;
Folhosas: os gametófitos são diferenciados em estruturas semelhantes a caules e folhas,
assim como os dos musgos.
Os esporófitos das hepáticas são bem menores e apresentam uma menor duração do que os
dos musgos e antóceros
Bryophyta: Nesse grupo, encontramos briófitas com células especializadas na condução. As
células que conduzem água, são chamadas de hidroides, e as que conduzem substâncias
nutritivas são denominadas de leptoide.
Musgos: esse grupo é representado pelos indivíduos do filo Bryophytae e tem a classe
Bryidae como a mais abundante, com cerca de 10.000 espécies. São as briófitas mais
conhecidas por serem facilmente encontradas formando uma espécie de tapete sobre muros e
paredes úmidas. Esse tapete é constituído pelo gametófito (estrutura produtora de gametas)
dos musgos, que, assim como os das hepáticas folhosas, apresenta estruturas semelhantes a
caules e folhas. No entanto, essas estruturas não são consideradas caules e folhas
verdadeiras, pois ocorrem em geração gametofítica e não apresentam vasos condutores.
Os gametófitos podem alcançar até 2 m de altura, embora, na maioria das espécies, não
passem de 15 cm. Os esporófitos (estrutura produtora de esporos) crescem sobre os
gametófitos e possuem cerca de 20 cm de altura.
Anthocerotophyta: Uma característica marcante desse grupo é a presença de um meristema
basal típico, que aparece nos esporófitos na região entre o pé e a cápsula. Esse meristema
permite que a cápsula continue alongando-se por período maior.
Antóceros: esse grupo é representado por indivíduos do filo Anthocerophyta e possui mais
de 300 espécies. Os gametófitos são pequenos, apresentam cerca de 2 cm de diâmetro e
crescem horizontalmente sobre o solo. Os esporófitos, alongados e semelhantes às folhas de
gramíneas, são cobertos por uma cutícula protetora, crescem sobre os gametófitos e podem
chegar a 5 cm de altura.

Pigmentos Sintetizados
As briófitas e as Chlorophyta têm em comum as clorofilas a e b e betacaroteno como
pigmentos fotossintetizantes. Ambos os grupos armazenam alimento na forma de amido e
possuem células com paredes celulósicas. Essas várias semelhanças levam a acreditar que as
algas verdes são o ancestral das briófitas (plantas terrestres).
2.8.Exemplos de Briófitas

O grupo das Briófitas possui três Filos, o Marchantiophyta, o Bryophyta e o Anthocerophyta,


representados pelas Hepáticas, os Musgos e os Antóceros, respectivamente.
As Hepáticas possuem aproximadamente 5.200 espécies e receberam esse nome, pois seus
gametófitos são similares a um fígado (Hepar).
Os Musgos são os maiores representantes das Briófitas, suas principais Classes são
Sphagnidae, Andreaeidae e Bryidae. Apresentam mais de 10.000 espécies
Os Antóceros representam um pouco mais de 300 espécies e é o grupo menos diversificado
das Briófitas. O termo antócero significa semelhante a chifres. e as suas espécies são:
Anthoceros, Phaeoceros, Megaceros, Dentroceros e Notothylas
2.9.Importância das Briófitas

Briófitas, por serem as primeiras plantas terrestres, são tidas como as menos desenvolvidas e
de pouca utilidade tanto para o homem, quanto para o ecossistema onde se encontram. Essa é
uma visão errada pois estudos recentes têm mostrado que são de vital importância para a
ocorrência de vida na Terra. As briófitas, na maioria dos levantamentos florísticos, não são
relatadas, o que oculta sua grande diversidade e mostra o imenso descaso dos estudiosos para
com essas plantas. Esses vegetais, por não serem conhecidos, não despertam o interesse dos
botânicos, tornando-se cada vez mais discriminados. Mas as briófitas têm se mostrado
essenciais na perpetuação de vegetais superiores, inclusive para a vida humana.
Ando e Matsuo (1984) fizeram um estudo a respeito das importâncias das briófitas. As
primeiras utilidades das briófitas apareceram com o uso no paisagismo, pois seu verde
embeleza e chama a atenção. Com análises mais aprofundadas, notou-se que são muitas as
suas utilidades. Além de auxiliar nos estudos dos vegetais, elas têm demonstrado ser de
grande valia no estudo de outras ciências, tais como Biologia Celular, Genética,
Paleoecologia e Ecologia.
No que se refere à preservação da natureza, também as briófitas ocupamum lugar de
destaque. Sua grande capacidade de absorção de água, a maior dentre todos os vegetais,
dificulta o processo de erosão do solo. Conrad (1935 apud Raven et al 1992) constatou que
três espécies (Barbula unguiculata, Weissia controversa, Bryum sp.) têm sido utilizadas, com
sucesso, como controladoras da erosão, em Iowa (EUA). Ando e Matsuo relatam que, no
Texas, Whitehouse e McAllister (1954) reportaram várias espécies que ajudam na prevenção
da ocorrência de tal evento. Essas espécies são utilizadas em larga escala em solos arenosos e
argilosos. Nos solos arenosos, como as dunas, elas agem formando uma “rede” de
sustentação, pois promovem uma adesão do solo, resistindo, inclusive, às tempestades de
areia. Quando soterradas, elas conseguem voltar à superfície, formando uma nova colônia.
Studlar (1980 apud Raven et al 1992) comprovou que algumas espécies têm alta capacidade
de regeneração. Após um teste de pisoteio, o musgo Ditrichum pallidum se mostrou bastante
danificado, mas depois logo apareceram fragmentos novos, com folhas intactas.
2.10.Ciclo de vida das briófitas

Todas as briófitas, assim como as plantas vasculares, apresentam ciclo de vida com
alternância de gerações. Nas briófitas, o gametófito é a fase de vida dominante, maior e de
vida livre, sendo o esporófito menor, nutricionalmente dependente do gametófito e de vida
curta. A seguir, conheceremos melhor o ciclo de vida das briófitas, utilizando como exemplo
os musgos.

O esporófito é a fase produtora de esporos, uma geração diploide. Ele é formado por três
partes básicas: o pé, inserido no arquegônio do gametófito; a seta, haste que segura a cápsula;
e a cápsula, localizada na extremidade da seta e responsável por produzir os esporos por
meiose.
Os esporos, que são estruturas haploides, são liberados e, com a ajuda do vento, dispersados
pelo ambiente. Se caírem em um ambiente adequado, como solo úmido, germinam e dão
origem ao protonema, que origina o gametófito.
O gametófito é a fase produtora de gametas, uma geração haploide. Nos musgos, há
gametófitos masculinos e femininos. No gametófito masculino, há anterídios que produzem
os anterozoides, únicas células flageladas nas briófitas. O gametófito feminino, por sua vez,
apresenta arquegônios, os quais produzem a oosfera. Cada arquegônio produz uma única
oosfera, enquanto os anterídios produzem numerosos anterozoides.
Os anterozoides são liberados e nadam em direção à oosfera. Para que consigam atingi-la, é
fundamental a presença de chuva ou de gotas de orvalho. Os anterozoides são quimicamente
atraídos para o arquegônio, onde encontram a oosfera, se fundem e dão origem ao zigoto. O
zigoto se divide e dá origem ao esporófito. O esporófito então produz esporos e os libera,
reiniciando o ciclo.

Conclusão
Neste trabalho de Botânica Sitemática, nós concluimos que quando falamos das briófitas,
fazemos referências as plantas que não possuem vasos condutores de seiva, portanto, são
avasculares, onde são caracterizados por possuir pequeno porte, atingindo no máximo 30 cm.
Normalmente de cor verde, são avasculares e não possuem raizes, absorvendo água e
nutrientes do ar ou por difusão através das células individuais, onde células esecíficas para a
absorção de agua que são os rizoides, onde habitam e formam um grupo de ampla
distribuição, podendo ser encontradas em diversos ambientes. Estas plantas, na maioria, são
terrestres. Sabe-se de espécies encontradas em água doce mas não se conhece espécies
marinhas. Preferem ambientes úmidos e sombrios porém podem ser encontrados em lugares
áridos e montanhas nevadas.
Referência Bibliográfica
RAVEN, H.P.; EVERT, R.F.; EICHHORN, S.E. 1996. Biologia Vegetal. 5 ed. Rio de
Janeiro, Ed. Guanabara Koogan
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Briófitas"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/briofitas.htm. Acesso em 31 de outubro de 2023.

Você também pode gostar

pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy