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2a Lei Da Termodinâmica
Termodinâmica
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CAPITULO 2 Entropia e a Segunda Lei da Termodinamica 20-1 ENTROPIA Ibjetivos do Aprendizado depois de ler este médulo, vocé seré capaz de ... 0.01 Conhecer a segunda lei da termodindmica: Se um processo acontece em um sistema fechado, a entropia do sistem: aumenta se 0 proceso for irreversivel e permanece a mesma se 0 processo for reversivel. 0.02 Saber que a entropia é uma fun¢do de estado (0 valor da entropia para o estado em que um sistema se encontra nd depende do modo como esse estado foi atingido). 0.03 Calcular a variacdo de entropia associada a um processo integrando o inverso da temperatura (em kelvins) em relagao a calor Q transferido durante 0 processo. 0.04 No caso de uma mudanga de fase sem variagao de temperatura, conhecer a relacdo entre a variagao de entropia AS, calor transferido Q e a temperatura T (em kelvins). 0.05 No caso de uma variagao de temperatura AT que seja pequena em relagao a temperatura T, conhecer a relagao entre variagao de entropia AS, o calor transferido Q e a temperatura média Tmeq (em kelvins). 0.06 No caso de um gas ideal, conhecer a relagao entre a variagao de entropia AS e os valores inicial e final da pressao e d volume, 0.07 Saber que, se um processo é irreversivel, a integragao para determinar a variacéio de entropia deve ser feita para un processo reversivel que leve o sistema do mesmo estado inicial para o mesmo estado final. 0.08 No caso de um eléstico de borracha submetido a um alongamento, relacionar a forga elastica a taxa de variagéo d: entropia da borracha com o alongamento, deias-Chave "Um processo irreversivel 6 aquele que nao pode ser desfeito por meio de pequenas mudangas do ambiente. O sentido de un rocesso irreversivel é definido pela variagao AS do sistema que sore o proceso. Aentropia S é uma propriedade de estad ou fungao de estado) do sistema, ou seja, depende do estado do sistema, mas nao da forma como o estado foi atingido. ¢ }ostulado da entropia afirma (em parte) o seguinte: Se um proceso irreversivel acontece em um sistema fechado, a entropia di istema aumenta " Avariagaio de entropia AS de um proceso irreversivel que leva um sistema de um estado inicial / para um estado final f xatamente igual a variagdo de entropia AS de qualquer processo reversivel que leva o sistema do mesmo estado inicial para « nesmo estado final. Podemos calcular a variagao de entropia de um processo reversivel (mas néo a de um estado irreversivel isando a equagao | ws-s-5- [2 m que Q é a energia transferida do sistema ou para o sistema na forma de calor durante 0 proceso, e T é a temperatura di istema em kelvins. - No caso de um processo isotérmico reversivel, a expresso da variacdo de entropia se reduz a"Se a variagdo de temperatura AT de um sistema é pequena em comparagao com a temperatura (em kelvins) no inicio e ni inal do processo, a variagao de entropia é dada aproximadamente por AS = 5,- mM que Tmeq € @ temperatura média do sistema durante o proceso. Se um gs ideal passa reversivelmente de um estado inicial com temperatura T; e volume V, para um estado final con emperatura Tye volume Vj, a variagaio de entropia é dada por y I, aR Cyn Inge nF As - De acordo com a segunda lei da termodinamica, que é uma extensao do postulado da entropia, se um processo ocorre en im sistema fechado, a entropia do sistema aumenta se o processo for irreversivel e permanece a mesma se 0 processo fo eversivel. Em forma de equago, AS>0. que E Fisica? 2 tempo possui um sentido, o sentido no qual envelhecemos. Estamos acostumados com processo: midirecionais, que ocorrem apenas em certa ordem (a ordem correta) e nunca na ordem inversa (a orden rrada). Um ovo cai no chio e se quebra, uma pizza é assada, um carro bate em um poste, as onda ransformam pedras em areia ... todos esses processos unidirecionais sao irreversiveis, ou seja, nac odem ser desfeitos por meio de pequenas mudangas no ambiente. Um dos objetivos da fisica é compreender por que o tempo possui um sentido e por que os processo: midirecionais so irreversiveis. Embora possa parecer distante das situagdes do dia a dia, essa fisic: em, na verdade, uma relagao direta com qualquer motor, como o motor dos automéveis, porque é usad yara calcular a eficiéncia maxima com a qual um motor pode funcionar. O segredo para compreender a razio pela qual os processos unidirecionais nao podem ser invertido: nvolve uma grandeza conhecida como entropia. >rocessos Irreversiveis e Entropia A associagao entre o cardter unidirecional dos processos e a irreversibilidade é téo universal que ; \ceitamos como perfeitamente natural. Se um desses processos ocorresse espontaneamente no sentidc nverso, ficariamos perplexos. Entretanto, nenhum desses processos “no sentido errado” violaria a lei d: nservaciio da energia. Por exemplo, vocé ficaria muito surpreso se colocasse as mios em torno de uma xicara de caf juente e suas mios ficassem mais frias e a xicara mais quente. Esse é obviamente o sentido errado para ransferéncia de energia, mas a energia total do sistema fechado (mdos + xicara de café) seria a mesm:jue se O processo acontecesse no sentido correto. Para dar outro exemplo, se vocé estourasse um balac le hélio, levaria um susto se, algum tempo depois, as moléculas de hélio se reunissem para assumir é orma original do balao. Esse é obviamente o sentido errado para as moléculas se moverem, mas ; nergia total do sistema fechado (moléculas + aposento) seria a mesma que para um processo no sentid ‘orreto, Assim, no sao as mudangas de energia em um sistema fechado que determinam o sentido do: srocessos irreversiveis; o sentido é determinado por outra propriedade, que serd discutida nest ‘apitulo: a variagdo de entropia AS do sistema. A variagao de entropia de um sistema sera definida mai: \diante, mas podemos enunciar desde j4 a propriedade mais importante da entropia, frequentement hamada de postulado da entropia: ae uy Todos 0s processos irreversiveis em um sistema fechado sao acompanhados por aumento da entropia. \ entropia 6 diferente da energia no sentido de que a entropia ndo obedece a uma lei de conservagio. / nergia de um sistema fechado é conservada; ele permanece constante. Nos processos irreversiveis, é *ntropia de um sistema fechado aumenta. Gracas a essa propriedade, a variagao de entropia é as veze: hamada de “seta do tempo”. Assim, por exemplo, associamos a explosao de um milho de pipoca ac entido positivo do tempo e ao aumento da entropia. O sentido negativo do tempo (um filme passado ac ‘ontrério) corresponde a uma pipoca se transformando em milho. Como esse processo resultaria em um: liminuigdo de entropia, ele jamais acontece. Existem duas formas equivalentes de definir a variacao da entropia de um sistema: (1) em termos ¢: emperatura do sistema e da energia que o sistema ganha ou perde na forma de calor e (2) contando a liferentes formas de distribuir os dtomos ou moléculas que compéem o sistema. A primeira abordagem isada neste médulo; a segunda, no Médulo 20-4. Variagado de Entropia Vamos definir o que significa variagdo de entropia analisando novamente um processo que foi descrit 0s Médulos 18-5 e 19-9: a expansao livre de um gas ideal. A Fig. 20-la mostra o gas no estado di .quilibrio inicial i, confinado por uma valvula fechada ao lado esquerdo de um recipiente termicament solado. Quando abrimos a valvula, 0 gis se expande para ocupar todo o recipiente, atingindo, depois d ‘erto tempo, estado de equilibrio final f mostrado na Fig. 20-1b. Trata-se de um processo irreversivel; a noléculas do gas jamais voltam a ocupar apenas o lado esquerdo do recipiente. O diagrama p-V do processo, na Fig. 20-2, mostra a pressio e 0 volume do gas no estado inicial i « 10 estado final f. A pressdo e o volume sao propriedades de estado, ou seja, propriedades que dependen ipenas do estado do gas e nao da forma como chegou a esse estado. Outras propriedades de estado saoemperatura e a energia. Vamos agora supor que o gas possui mais uma propriedade de estado: a entropia lém disso, vamos definir a variago de entropia S; - S; do sistema durante um processo que leva « tema de um estado inicial i para um estado final f pela equac’io D Valwula fechada Sistema / Views bolamento (0) Estado inicial 1 Processo. irreversivel Vatvula aberia (® Estado final f igura 20-1 A expansao livre de um gas ideal. (a) O gas esta confinado no lado esquerdo de um recipiente isolado por um: Alvula fechada. (b) Quando a valvula é aberta, o gas ocupa todo o recipiente. O proceso é irreversivel, ou seja, ndo ocorre ni entido inverso, com o gas espontaneamente voltando a se concentrar no lado esquerdo do recipiente. (Gefinigao de variagaode entropia), (20-1) 2 é a energia transferida do sistema ou para o sistema na forma de calor durante o processo, e T é j emperatura do sistema em kelvins. Assim, a variagao de entropia depende nao s6 da energia transferid: a forma de calor, mas também da temperatura na qual a transferéncia ocorre. Como T é sempre positiva ) sinal de AS é igual ao sinal de Q. De acordo coma Eq. 20-1, a unidade de entropia e de variacao d ntropia no SI é o joule por kelvin. Existe, porém, um problema para aplicar a Eq. 20-1 a expansdo livre da Fig. 20-1. Enquanto o gas sé ande para ocupar todo o recipiente, a pressdo, a temperatura e o volume do gas flutuam de form: mprevisivel. Em outras palavras, as tés varidveis nao passam por uma série de valores de equilibri yem definidos nos estagios intermedidrios da mudanca do sistema do estado de equilibrio inicial i para sstado de equilibrio final f. Assim, ndo podemos plotar uma trajet6ria pressdo-volume da expansdo livr10 diagrama p-V da Fig. 20-2 e, mais importante, nao podemos escrever uma relagao entre Q e T que no: ermita realizar a integragdo da Eq. 20-1. Entretanto, se a entropia 6 realmente uma propriedade de estado, a diferenga de entropia entre o: sstados i e f depende apenas desses estados e nao da forma como o sistema passa de um estado para « jutro. Suponha que a expansio livre irreversivel da Fig jue envolva os mesmos estados i e f. No caso de um processo reversivel, podemos plotar uma trajetéri 10 diagrama p-V e podemos encontrar uma relagdo entre Q e T que nos permita usar a Eq. 20-1 para obte | variagao de entropia. 20-1 seja substituida por um processo reversive Vimos, no Médulo 19-9, que a temperatura de um gas ideal nao varia durante uma expansao livre: 7 - T; = T. Assim, os pontos i e f da Fig. 20-2 devem estar na mesma isoterma. Um processo substitut nveniente é, portanto, uma expansao isotérmica reversivel do estado i para o estado f, que ocorra ac ongo dessa isoterma. Além disso, como T é constante durante uma expansdo isotérmica reversivel, : ntegral da Eq. 20-1 fica muito mais facil de calcular. A Fig, 20-3 mostra como é possivel produzir essa expansio isotérmica reversivel. Confinamos 0 gi 1 um cilindro isolado que se encontra em contato com uma fonte de calor mantida 4 temperatura T Comegamos colocando sobre o émbolo uma quantidade de esferas de chumbo suficiente para que ; yressdio e o volume do gas correspondam ao estado inicial i da Fig. 20-1a. Em seguida, removemo: entamente as esferas (uma por uma) até que a pressio e o volume do gas correspondam ao estado final , la Fig, 20-1b. A temperatura do gas nao varia porque o gas permanece em contato com a fonte de calo: lurante todo o processo. A expansao isotérmica reversivel da Fig. 20-3 é fisicamente bem diferente da expansao livre rreversivel da Fig. 20-1. Entretanto, os dois processos possuem o mesmo estado inicial e 0 mesm« sstado final e, portanto, a variagdo de entropia é a mesma nos dois casos. Como 0 chumbo é removid entamente, os estados intermedidrios do gis sao estados de equilibrio e podem ser representados em un liagrama p-V (Fig, 20-4). ef Presto Volume “igura 20-2 Diagrama p-V mostrando o estado inicial i e 0 estado final f da expansdo livre da Fig. 20-1. Os estado: ntermedidrios do gas no podem ser mostrados porque ndo sao estados de equilibrio. Para aplicar a Eq. 20-1 4 expansao isotérmica, colocamos a temperatura constante T do lado de for la integral, o que nos daComo fdQ = Q, em que Q é a energia total transferida como calor durante o processo, temos (vatiagao de entropia, provesso sotérmice). (20-2) ara manter constante a temperatura T do gas durante a expansao isotérmica da Fig. 20-3, uma quantidade le calor Q deve ser transferida da fonte de calor para o gis. Assim, Q € positivo e a entropia do ga jumenta durante o processo isotérmico e durante a expansao livre da Fig. 20-1. Em resumo: (a) Estado inicial | Proceso reversivel (0) Esado final f “igura 20-3 Expansao isotérmica de um gés ideal, realizada de forma reversivel. © gas possui o mesmo estado inicial i e « nesmo estado final f que no proceso itreversivel das Figs. 20-1 e 20-2.ae us Para determinar a variacdo de entropia que ocorre em um processo irreversivel, substituimos esse processo por um processo reversivel que envolva os mesmos estados inicial e final e calculamos a variacao de entropia para esse proceso reversivel usando a Fg. 20-1. Quando a variacdo de temperatura AT de um sistema é pequena em relacdo a temperatura (en celvins) antes e depois do processo, a variacao de entropia é dada aproximadamente por (20-3) :m que T,,,; € a temperatura média do sistema, em kelvins, durante o processo. [Teste 1 Aquece-se agua em um fogao. Ordene as variacées de entropia da agua quando a temperatura aumenta (a) de 20°C para 30°C, (b) de30°Cpara 35°C (c) de 80°C para 85°C, em ordem decrescente. 4 Entropia como uma Fungao de Estado Supusemos que a entropia, como a pressao, a energia e a temperatura, é uma propriedade do estado d im sistema e nao depende do modo como esse estado é atingido. O fato de que a entropia é realmente ma fungdo de estado (como costumam ser chamadas as propriedades de estado) pode ser demonstrad ipenas por meio de experimentos. Entretanto, podemos provar que é uma fungao de estado para o cas« ‘special, muito importante, no qual um gas ideal passa por um processo reversivel. Para que 0 processo seja reversivel, devemos executd-lo lentamente, em uma série de pequeno: Jassos, com o gas emum estado de equilibrio ao final de cada passo. Para cada pequeno passo, a energi: bsorvida ou cedida pelo gas na forma de calor é dQ, o trabalho realizado pelo gas é dWe a variagao d: nergia interna 6 dE,,. Essas variagdes esto relacionadas pela primeira lei da termodinamica na form: liferencial (Eq. 18-27): dE, = dQ— dW. Tomo os passos sao reversiveis, com o gas em estados de equilibrio, podemos usar a Eq. 18-24 par: ubstituir dW por p dV e a Eq. 19-45 para substituir dE, por nC, dT. Fazendo essas substituicdes « xplicitando dQ, obtemos dQ=p dV+nCyaT.Isoterma f - Pressio Volume ‘igura 20-4 Diagrama p-V para a expansao isotérmica reversivel da Fig, 20-3, Os estados intermedidrios, que sao agori sstados de equillbrio, estéo indicados por uma curva. Jsando a lei dos gases ideais, podemos substituir p nessa equaciio por nRT/V. Dividindo ambos o: nembros da equagao resultante por T, obtemos dQ dv aT 1m seguida, integramos os termos dessa equacao de um estado inicial arbitrario i para um estado fina wbitrério f, o que nos da e acordo com a Eq. 20-1, 0 lado esquerdo dessa equacao ¢ a variacao de entropia AS (= S; - S) ‘azendo essa substituicado e integrando os termos do lado direito, obtemos y nR in + nCy la, (20-4) AS v 7 Dbserve que no foi preciso especificar um processo reversivel em particular para realizar a integracdo Assim, o resultado da integracdo é vélido para qualquer processo reversivel que leve o gas do estado yara o estado f. Isso mostra que a variagao de entropia AS entre os estados inicial e final de um gas idea lepende apenas das propriedades do estado inicial (Ve T)) e do estado final (V;e T)); AS nio depende d nodo como o gas passa do estado inicial para o estado final. [V]Teste2 Um gas ideal est a temperatura T, no estado inicial i mostrado no diagrama p-V. 0 gas est a uma temperatura maior T, nos estados finais ae b, que pode atingir sequindo as trajetdrias mostradas na figura. A variagdo de entropia na trajetoria do estado / para estado a é maior, menor ou igual & variacéo de entropia na trajet6ria do estado i paraoo estado b?Presstio Exemplo 20.01 Variagao de entropia de dois blocos de cobre para atingirem o equilibrio térmico Aig, 20-5a mostra dois blocos de cobreiguais de massa m = 1,5 kg: obloco £, auma temperatura T; = 60°C, eo bloco D, auma temperatura Tp= 20°C. Os blocos estdo em uma caixaisolada termicamente e esto separados por uma divisbriaisolante. Quando removemos a diviséria, os blocos atingem, depois de algum tempo, uma temperatura de equiltrio T,= 40°C (Fig, 20-56). Qual & a variacéo da entropia do sistema dos dois blocos durante esse processoitreversivel? O calor especifico do cobre é 386 J/kg -K. IDEIA-CHAVE Para calcula avariacéo de entropia, devemos encontrar um processo reversivel que leve o sistema do estado inicial da Fig. 20-Sa para o estado final da Fig. 20-5b. Podemos calcular a variacio de entropia AS,, do processo reversivel utiizando a Eq. 20-1; a vatiagio de entropia para o processo ireversivel €igual a AS, Calculos: Para o processo reversivel, precisamos de uma fonte de calor cuja temperatura possa ser variada lentamente (girando um ota, digamas). Os blocos podem ser levados ao estado final em duas etapas, lustradas na Fig, 20-6, Divisorias [| Isolamento Processo, inreversivel Figura 20-5 (a) No estado inicial, dois blocos ED, iquais, a nao ser por estarem a temperaturas diferentes, estdo em uma caixa isolada, separados por uma diviséria isolante. (b) Quando a diviséria é removida, os blocos trocam energia na forma de calor e chegam a um estado final, no qual ambos esto a mesma temperatura T). 1? etapa: Com a temperatura da fonte de calor em 60°C, colocamos o bloco E na fonte. (Como o bloco ea fonte esto & mesma temperatura, eles jd se encontram em equilfbrio térmico.) Em sequida, diminuimos lentamente a temperatura da fonte e do bloco para 40°C. Para cada variacao de temperatura dT do bloco, uma energia dQ ¢ transferida, na forma de calor, do bloco para a fonte.Usando a Eq, 18-14, podemos escrever a energia transferida como dQ-= medT, em que co calor especifico do cobre. De acordo comaq, 20-1, avariagio de entropia AS; do bloco E durante a variacéo total de temperatura, da temperatura incial (= 60°C = 333 K) para a temperatura final T;(= 40°C=313K), 6 plsolamento (a) Fetapa (®) Betupa Fonte de calor Figura 20.6 0s blocos da Fig. 20.5 podem passar do estado inicial para estado final de uma forma reversivel se usarmos uma fonte de temperatura controlavel (a) para extrar calor reversivelmente do bloco Ee (b) para adicionar calor reversivelmente ao bloco D. w= [2 = mein # dQ _ [¥medT _ [ pom | Substituindo os valores conhecidos, obtemos 313K ASe = (1.5 ke)(386 J/kg K) In 5 = —35,86 JK. 2° etapa: Com a temperatura da fonte agora ajustada para 20°C, colocamos o bloco D na fonte e aumentamos lentamente a temperatura da fonte e do bloco para 40°C. Com o mesmo raciocinio usado para determinar AS,, é facil mostrar que a variacao de entropia AS, do bloco D durante o processo é ASp = (1.5 kg)(386 J/kg-K) In 33 . +38,23 JIK. - Avatiagio de entropia AS... do sistema de dois blocos durante esse processo reversivel hipotético de duas etapas é, portanto, DS = AS, + M5, = -35,86)/K + 38,23/K=2,4 VK Assim, a vaiacéo de entropia AS, para sistema dos dois blocos durante o processoirrevesivel rel é Sioux = AS, 24.1/K. —(Resposta) Esse resultado € positivo, o que esté de acordo com o postulado da entropia do Médulo 20-2.Exemplo 20.02 Variagdo de entropia na expansao livre de um gas Supona que 1,0 mol de nitrogénio estejaconfinado no lado esquerdo do recipiente da Fig. 20-10. A vélvula é aberta eo volume do gas dobra, Qual éa variacéo de entropia do gés neste processoirreversivel?Trateo gés como ideal. IDEIAS-CHAVE (1) Podemos determinar a variacdo de entropia para o processo ireversivel calculando-a para um processo reversivel que resulte ria mesma variacao de volume. (2) Como a temperatura do gés nao varia durante a expansao live, o processo reversivel deve ser uma expansdo isotérmica como a das Figs. 20-3 ¢ 20-4. Galculos: De acordo com a Tabela 19-4, a energia Q, adicionada ao gés na forma de calor quando ele se expande isotermicamente & temperatura Tde um volume incial V, para um volume final ¥,€ y OQ = nRT In em quen 0 nimero de mols do gés. De acordo com a Eq. 20-2, avariacéo de entropia durante esse processo reversivel é OQ _ vRTIn\VIV) =— = Rn rr MScoy = T 7 Fazendo n = 1,00 mol e V/V, = 2, obtemos Vy Adieu = MK In F- = (1,00 mol)(6,31 J/mol- K)(In 2) 16 JIK. Assim, a variagao de entropia para a expansdo livre (e para todos os outros processos que ligam os estados inicial e final mostrados na Fig, 20-2) 6 Sino = MSyey = $5.76 IK. (Resposta) Como o valor de AS € positivo, a entropia aumenta, o que esté de acordo com o postulado da entropia \ Segunda Lei da Termodinamica ) uso de um processo reversivel para calcular a variagao de entropia de um gas envolve uma aparent ‘ontradigao. Quando fazemos com que o processo reversivel da Fig. 20-3 ocorra da situaci epresentada na Fig. 20-3a para a situacéio representada na Fig. 20-3b, a variagao de entropia do gas (qu omamos como nosso sistema) é positiva. Entretanto, como o processo é reversivel, podemos fazé-lc ycorrer no sentido inverso, acrescentando lentamente esferas de chumbo ao émbolo da Fig. 20-3b até qu ) volume original do gas seja restabelecido. Nesse processo inverso, devemos extrair energia do gas, né orma de calor, para evitar que a temperatura aumente. Assim, Q é negativo, e, de acordo coma Eq. 20-2\ entropia do gas diminui. Essa diminuigao da entropia do gas nao viola o postulado da entropia, segund ) qual a entropia sempre aumenta? Nao, porque o postulado 6 valido somente para processo: rreversiveis que ocorrem em sistemas fechados. O processo que acabamos de descrever nao satisfa sses requisitos. O processo ndo é irreversivel e (como energia é transferida do gas para a fonte ni orma de calor) o sistema (que 6 apenas o gas) ndo é fechado. Por outro lado, quando consideramos a fonte como parte do sistema, passamos a ter um sistem echado, Vamos examinar a variacao na entropia do sistema ampliado gds + fonte de calor no process jue o leva de (b) para (a) na Fig. 20-3. Nesse processo reversivel, energia é transferida, na forma d lor, do gis para a fonte, ou seja, de uma parte do sistema ampliado para outra, Seja |Q| 0 valor absolute lesse calor. Usando a Eq, 20-2, podemos calcular separadamente as variacdes de entropia do gas (qu yerde |Q) e para a fonte (que ganha |Q)). Obtemos al ASuis 7 ial ASi.s 7 A variagdo da entropia do sistema fechado é a soma dos dois valores, ou seja, zero. Com esse resultado, podemos modificar o postulado da entropia para que se aplique tanto ; yracessos reversiveis como a processos irreversiveis: a us Se um processo ocorre em um sistema fechado, aentropia do sistema aumenta se processo for ireversivel e permanece constante seo processo for ireversivel. 3mbora a entropia possa diminuir em uma parte de um sistema fechado, sempre existe um aumento igua )U maior em outra parte do sistema, de modo que a entropia do sistema como um todo jamais diminui Zssa afirmacdo constitui uma das formas de enunciar a segunda lei da termodinamica e pode se epresentada matematicamente pela equagao AS=O (segunda lei da termodindmica), (20-5) mM que o sinal de desigualdade se aplica a processos irreversiveis ¢ o sinal de igualdade a proceso: eversiveis. A Eq. 20-5 se aplica apenas a sistemas fechados. No mundo real, todos os processos sao irreversiveis em maior ou menor grau por causa do atrito, di urbuléncia e de outros fatores, de modo que a entropia de sistemas reais fechados submetidos ;Irocessos reais sempre aumenta. Processos nos quais a entropia do sistema permanece constante sac empre aproximacées. -or¢a Associada a Entropia >ara compreendermos por que a borracha resiste ao ser esticada, vamos escrever a primeira lei d: ermodinamica dE=dQ-dw yara um elastico que sofre um pequeno aumento de comprimento dx quando o esticamos com as mios. / orca exercida pelo elastico tem médulo F, aponta no sentido contrario ao do aumento de comprimento « ealiza um trabalho dW = -F dx durante o aumento de comprimento dx. De acordo com a Eq. 20-2 (AS = /T), pequenas variacdes de Qe S a temperatura constante esto relacionadas pela equacao dS = dQ/’ yu dQ = T dS. Assim, podemos escrever a primeira lei na forma dE=TdS + Fax. (20-6) Se a dilatacio total do elastico nao for muito grande, podemos supor que a variagao dE da energia intern: lo elastico é praticamente nula. Fazendo dE = 0 na Eq. 20-6, obtemos a seguinte expressao para a forg: sxercida pelo elastico: (20-7) a (PE Frvoteda @ * 0 oh “igura 20-7 Um pedago de eldstico (a) relaxado e (b) distendido, mostrando uma cadeia polimérica do material (a) enrolada ¢ b) esticada. De acordo com a Eq. (20-7), F é proporcional a taxa dS/dx com a qual a entropia do elastico vari juando 0 comprimento do elAstico sofre uma pequena variagao dx. Assim, podemos sentir 0 efeito d: ntropia nas maos quando esticamos um elastico. Para entender por que existe uma relagao entre forga e entropia, considere um modelo simples di yorracha de que é feito o elastico. A borracha é formada por longas cadeias poliméricas com ligacée: ruzadas, que lembram zigue-zagues tridimensionais (Fig. 20-7). Quando o elastico se encontra no estad elaxado, essas cadeias estao parcialmente enroladas e orientadas aleatoriamente. Devido ao alto grau delesordem das moléculas, esse estado possui um alto valor de entropia. Quando esticamos um elastico de orracha, desenrolamos muitas moléculas e as alinhamos na diregéo do alongamento. Como « linhamento diminui a desordem, a entropia do eléstico esticado é menor. Isso significa que a derivad: iS/dx da Eq. 20-7 6 negativa, ja que a entropia diminui quando dx aumenta. Assim, a forga que sentimo: 10 esticar um elastico se deve a tendéncia das moléculas de voltar ao estado menos ordenado, para ual a entropia é maior. == 20-2 ENTROPIA NO MUNDO REAL: MAQUINAS TERMICAS Ibjetivos do Aprendizado Depois de ler este médulo, vocé seré capaz de .09 Saber que uma maquina térmica é um dispositivo que extrai energia do ambiente na forma de calor e realiza trabalho ttl que, em uma maquina térmica ideal, todos os processos sao reversiveis, o que significa que n&o ha desperdicio de energia |-10 Desenhar um diagrama p-V de um ciclo de Carnot, mostrando o sentido em que 0 ciclo é percorrido, a natureza do: processos envolvidos, 0 trabalho realizado (incluindo o sinal algébrico) em cada proceso, o trabalho liquido realizado e calor transferido (incluindo o sinal algébrico) em cada proceso. 11. Desenhar o ciclo de Carnot em um diagrama temperatura-entropia, indicando as transferéncias de calor. 0.12 Determinar a variagao de entropia em um ciclo de Carnot. 0.13 Caloular a eficiéncia ec de uma maquina de Carnot em termos das transferéncias de calor e também em termos di temperatura das fontes de calor. 0.14 Saber que no existem méquinas térmicas perfeitas nas quais a energia Q transferida da fonte quente na forma de calor « transformada totalmente em trabalho W realizado pela maquina. |.15 Desenhar um diagrama p-V de um ciclo de Sting, mostrando 0 sentido em que o ciclo é percorrido, a natureza do: processos envolvidos, 0 trabalho realizado (incluindo o sinal algébrico) em cada proceso, 0 trabalho liquido realizado e calor transferido (incluindo o sinal algébrico) em cada proceso. deias-Chave Uma maquina térmica é um dispositive que, operando de forma ciclica, extrai energia na forma de calor |Qg| de uma font Juente e realiza um trabalho |W]. Aeficiéncia de uma maquina térmica dada pela equag&o energia utilizada __|W| energiaconsumida |Qol Em uma maquina térmica ideal, todos os processos so reversiveis e as transferéncias de energia so realizadas sem a! erdas causadas por efeitos como o atrito e a turbuléncia, Améquina térmica de Camot é uma maquina térmica ideal que executa o ciclo mostrado na Fig. 20-9. Aeficiéncia da maquin: je Camot é dada pela equago — Oe Te Io 1 To ec=l ; mM que Tg € Tr Sao as temperaturas da fonte quente e da fonte fria, respectivamente. Aeficiéncia das maquinas térmicas real menor que a de uma maquina de Carnot, Aeficiéncia das maquinas térmicas ideais que nao so maquinas de Carnot tambén ; menor que a de uma maquina de Carnot. Uma maquina térmica perfeita é uma maquina imaginaria na qual a energia extraida de uma fonte quente na forma de calorotalmente convertida em trabalho. Uma maquina desse tipo violaria a segunda lei da termodinamica, que também pode se nunciada da seguinte forma: Nao existe uma série de processos cujo Unico resultado seja a converséo total em trabalho di nergia contida em uma fonte de calor. =ntropia no Mundo Real: Maquinas Térmicas Jma maquina térmica é um dispositivo que extrai energia do ambiente na forma de calor e realiza un rabalho til. Toda maquina térmica utiliza uma substdncia de trabalho. Nas méquinas a vapor, ubstancia de trabalho é a Agua, tanto na forma liquida quanto na forma de vapor. Nos motores di \utomsvel, a substdncia de trabalho é uma mistura de gasolina e ar. Para que uma maquina térmica realiz rabalho de forma continua, a substncia de trabalho deve operar em um ciclo, ou seja, deve passar po ma série fechada de processos termodinamicos, chamados tempos, voltando repetidamente a cad: stado do ciclo. Vamos ver o que as leis da termodinamica podem nos dizer a respeito do funcionament las maquinas térmicas. 4 Maquina de Carnot Somo vimos, é possivel aprender muita coisa a respeito dos gases reais analisando um gis ideal, qu ybedece equacdo pV = nRT. Embora n&o existam gases ideais na natureza, 0 comportamento jualquer gés real se aproxima do comportamento de um gas ideal para pequenas concentragdes di noléculas. Analogamente, podemos compreender melhor o funcionamento das mAquinas térmica studando o comportamento de uma maquina térmica ideal. Funcionamenio de uma maquina de Camot = Caloré | J absorvido. 2 w j=] Trabalho 6 Calore a] J realizado perdido pela (7) maquina, jura 20-8 Os elementos de uma maquina de Carnot. As duas setas pretas horizontais no centro representam um. ubstancia de trabalho operando ciclicamente, como em um diagrama p-V. Uma energia [Qql € transferida na forma de calor di onte quente, que est a uma temperatura To, para a substancia de trabalho; uma energia |Qq ¢ transferida na forma de calor di ubstancia de trabalho para a fonte fria, que esta A temperatura Tp. Um trabalho W é realizado pela maquina térmica (ni ealidade, pela substadncia de trabalho) sobre o ambiente ae x]Em uma maquina térmica ideal, todos os processos sao reversiveis e as transferéncias de energia sao realizadas sem as perdas causadas por efeitos como o atrto ea turbuléncia Vamos examinar um tipo particular de maquina térmica ideal, chamada maquina de Carnot en jomenagem ao cientista e engenheiro francés N. L. Sadi Carnot, que a imaginou em 1824. De todas a: niquinas térmicas, a maquina de Carnot é a que utiliza o calor com maior eficiéncia para realiza rabalho util. Surpreendentemente, Carnot foi capaz de analisar 0 desempenho desse tipo de mquin: intes que a primeira lei da termodinamica e o conceito de entropia fossem descobertos. ‘A Fig, 20-8 mostra, de forma esquemética, o funcionamento de uma maquina de Carnot. Em cad: ‘iclo da maquina, a substancia de trabalho absorve uma quantidade |Qg| de calor de uma fonte de calor ; ima temperatura constante T, e fornece uma quantidade |Q,| de calor a uma segunda fonte de calor a um emperatura constante mais baixa T;. A Fig. 20-9 mostra um diagrama p-V do ciclo de Carnot, ou seja, do ciclo a que & submetida « ubstancia de trabalho na maquina de Carnot. Como indicam as setas, 0 ciclo é percorrido no sentidc jordrio. Imagine que a substdncia de trabalho é um gs, confinado em um cilindro feito de materia solante e com um émbolo submetido a um peso. O cilindro pode ser colocado sobre duas fontes de calor omo na Fig. 20-6, ou sobre uma placa isolante. A Fig. 20-9a mostra que, quando colocamos o cilindr ‘m contato com a fonte quente 4 temperatura Tp, uma quantidade de calor |Qq| é transferida da font juente para a substancia de trabalho enquanto o gas sofre uma expansdo isotérmica do volume V, para « volume V,. Quando colocams o cilindro em contato coma fonte fria temperatura T;, uma quantidade d ‘alor |Q,| é transferida da substancia de trabalho para a fonte fria enquanto o gis sofre uma compressa sotérmica do volume V, para o volume V; (Fig, 20-9b). Tempos de uma maquina leotorma: de Camot alors absarvida ‘Adiabéttica: nao Um trabalho ha troca de calor g 3 3 positive 6 z « + lea & mR co Te i ° vomae | ° ‘com aS Adiabstioa: Um trabalho oe néo ha troca negativo rn (9 de calor realizado. wo “igura 20-9 Diagrama pressdo-volume do ciclo seguido pela substancia de trabalho da maquina de Carnot da Fig. 20-8, O cick formado por duas isotermas (ab e cd) e duas adiabaticas (bc e da). A area sombreada limitada pelo ciclo ¢ igual ao trabalho V oF ciclo realizado pela maquina de Carnot. Na maquina térmica da Fig. 20-8, supomos que as transfer€ncias de calor para a substancia dérabalho ou para a fonte de calor ocorrem apenas durante os processos isotérmicos ab e cd da Fig. 20-9 \ssim, os processos bc e da nessa figura, que ligam as isotermas correspondentes as temperaturas Ta « r., devem ser processos adiabaticos (reversiveis), ou seja, processos nos quais nenhuma energia « ransferida na forma de calor. Para isso, durante os processos bc e da, o cilindro é colocado sobre um aca isolante enquanto o volume da substancia de trabalho varia. Durante os processos ab e be da Fig. 20-9a, a substancia de trabalho esta se expandindo, realizand: rabalho positivo enquanto eleva o émbolo e o peso sustentado pelo émbolo. Esse trabalho « epresentado na Fig. 20-9a pela Area sob a curva abc. Durante os processos cd e da (Fig. 20-9b), ; ubstancia de trabalho esté sendo comprimida, 0 que significa que esta realizando trabalho negative bre o ambiente, ou (o que significa 0 mesmo) que o ambiente esta realizando trabalho sobre ; ubstancia de trabalho enquanto o émbolo desce. Esse trabalho é representado pela area sob a curva cda D trabalho liquido por ciclo, que é representado por W nas Figs. 20-8 e 20-9, 6 a diferenga entre as dua reas e é uma grandeza positiva igual a area limitada pelo ciclo abcda da Fig, 20-9. Esse trabalho W « ealizado sobre um objeto externo, como uma carga a ser levantada. A Eq. 20-1 (AS = fdQ/T) nos diz que qualquer transferéncia de energia na forma de calor envolve um: variacao de entropia. Para ilustrar as variagdes de entropia de uma maquina de Carnot, podemos plotar « iclo de Carnot em um diagrama temperatura-entropia (T-S), como mostra a Fig. 20-10. Os ponto: ndicados pelas letras a, b, ce d na Fig. 20-10 correspondem aos pontos indicados pelas mesmas letra 10 diagrama p-V da Fig. 20-9. As duas retas horizontais na Fig. 20-10 correspondem aos dois processo: sotérmicos do ciclo de Carnot (pois a temperatura é constante). O processo ab é a expansao isotérmic: lo ciclo. Enquanto a substancia de trabalho absorve (reversivelmente) um calor |Qg| & temperatur: ‘onstante T, durante a expansao, a entropia aumenta. Da mesma forma, durante a compressao isotérmicé -d, a substancia de trabalho perde (reversivelmente) um calor |Q,{ A temperatura constante T; e a entropi: liminui. ‘As duas retas verticais da Fig. 20-10 correspondem aos dois processos adiabaticos do ciclo d Carnot. Como nenhum calor é transferido durante os dois processos, a entropia da substancia de trabalhc yermanece constante. O Trabalho Para calcular o trabalho realizado por uma mAquina de Carnot durante um ciclo, vamo: plicar a Eq. 18-26, a primeira lei da termodinamica (AE, = Q — W), a substancia de trabalho. A ubstancia deve retornar repetidamente a um estado do ciclo escolhido arbitrariamente. Assim, se > epresenta uma propriedade de estado da substancia de trabalho, como pressao, temperatura, volume nergia interna ou entropia, devemos ter AX = 0 para o ciclo completo. Segue-se que AF, = 0 para un ‘iclo completo da substancia de trabalho. Lembrando que Q na Eq. 18-26 é o calor liquido transferidc yor ciclo e Wé 0 trabalho Iiquido resultante, podemos escrever a primeira lei da termodinamica para « ‘iclo de Carnot na forma W=|Qol — [Qe (20-8) Variagées de Entropia Em uma maquina de Carnot existem duas (e apenas duas) transferéncias deynergia reversiveis na forma de calor e, portanto, duas variacdes da entropia da substancia de trabalho ima a temperatura Ta ¢ outra a temperatura T;. A variagao liquida de entropia por ciclo é dada por lol _ lox AS = ASy + ASp = en “To Te (20-9) Nesta equagio, ASq € positiva, j4 que uma energia |Qq| é adicionada a substancia de trabalho na forma d ‘alor (0 que representa um aumento de entropia), ¢ AS; & negativa, pois uma energia |Qy| € removida d bstncia de trabalho na forma de calor (o que representa uma diminuicao de entropia). Como a entropi: uma fungao de estado, devemos ter AS = 0 para o ciclo completo. Fazendo AS = 0 na Eq. 20-9, obtemo: eee (20-10) Te Qe Entropia S igura 20-10 © ciclo de Camot da Fig. 20-9 mostrado em um diagrama temperaturaentropia, Durante os processos ab e cd, emperatura permanece constante, Durante os processos be e da, a entropia permanece constante. Note que, como Ty > T,, temos |Qql > |Q,), ou seja, mais energia é extraida na forma de calor da font juente do que é fornecida a fonte fria. Vamos agora usar as Eqs. 20-8 e 20-10 para deduzir uma expressdo para a eficiéncia de uma mAquin: le Carnot. Maquina térmica porfoita: conversdio ‘otal de calor em trabalho => WH 20) Q5=0 “igura 20-11 Os elementos de uma maquina térmica perfeita, ou seja, uma maquina que converte calor Qg de uma font uente em trabalho W com 100% de eficiéncia. =ficiéncia de uma Maquina de Carnot No uso pratico de qualquer maquina térmica, existe interesse em transformar em trabalho a maior parteyossivel da energia disponivel Qq. O éxito nessa empreitada é medido pela chamada eficiéncia térmic e), definida como o trabalho que a maquina realiza por ciclo (“energia utilizada”) dividido pela energi Jue a maquina recebe em forma de calor por ciclo (“energia consumida” energia utilizada Ww energiaconsumida —_|Qo| (cficiéncia, qualquer miquina térmica). (20-11) No caso de uma maquina de Carnot, podemos substituir W pelo seu valor, dado pela Eq. 20-8, e escreve | Eq. 20-11 na forma (20-12) (20-13) mM que as temperaturas T; e Tg estéo em kelvins. Como T; < Tg, a maquina de Carnot ten iecessariamente uma eficiéncia térmica positiva e menor que a unidade, ou seja, menor que 100%. Est ato esta ilustrado na Fig. 20-8, em que podemos ver que apenas parte da energia extraida como calor dé onte quente é usada para realizar trabalho; o calor que resta é transferido para a fonte fria. Mostraremos 10 Médulo 20-3, que nenhuma maquina real pode ter uma eficiéncia térmica maior que a prevista pels 3q. 20-13. Os inventores estio sempre procurando aumentar a eficiéncia das mAquinas térmicas reduzindo § juantidade de energia |Q;| que é “desperdigada” em cada ciclo. O sonho dos inventores é produzir é ndquina térmica perfeita, mostrada esquematicamente na Fig, 20-11, na qual |Qp| é zero e [Qa] : ‘onvertido totalmente em trabalho. Se fosse instalada em um navio, por exemplo, uma mAquina desse tip oderia extrair o calor da Agua e usa-lo para acionar as hélices, sem nenhum consumo de combustivel Jm automével equipado com um motor desse tipo poderia extrair calor do ar e usa-lo para movimentar « ‘arro, novamente sem nenhum consumo de combustivel. Infelizmente, a maquina perfeita é apenas un onho: Examinando a Eq. 20-13, vemos que sé seria possivel trabalhar com 100% de eficiéncia (ou seja me = 1) se T; = 0 ou Ty = ~, condigdes impossiveis de conseguir na pratica. Na verdade, ; xperiéncia levou a seguinte versdo alternativa da segunda lei da termodinamica, que, em tltima anilise juivale a dizer que nenhuma mdquina térmica é perfeita:“igura 20-12 Ausina nuclear de North Anna, perto de Charlottesville, Virginia, que gera energia elétrica a uma taxa de 900 MW \9 mesmo tempo, por projeto, ela descarrega energia, em um rio préximo, a uma taxa de 2100 MW. Essa usina e todas a! isinas semelhantes descartam mais energia do que fornecem em forma ttt, Sdo versées realistas da maquina térmica ideal di |. 20-8, Nao existe uma série de processos cujo tinico resultado seja a conversdo total em trabalho da energia contida em uma fonte de lor. Resumindo: A eficiéncia térmica dada pela Eq. 20-13 se aplica apenas as mAquinas de Carnot. A: naquinas reais, nas quais os processos que formam o ciclo da maquina nao sao reversiveis, tm um iciéncia menor. Conforme a Eq. 20-13, se o seu carro fosse movido por uma maquina de Carnot, iciéncia seria de 55%, aproximadamente; na pratica, a efici@ncia € provavelmente da ordem de 25% Jma usina nuclear (Fig. 20-12), considerada como um todo, é uma maquina térmica que extrai energia en orma de calor do niicleo de um reator, realiza trabalho por meio de uma turbina e descarrega energia en orma de calor em um rio ou no mar. Se uma usina nuclear operasse como uma maquina de Carnot, teri ima eficiéncia de cerca de 40%; na pratica, a eficiéncia é da ordem de 30%, No projeto de maquina érmicas de qualquer tipo, é simplesmente impossivel superar o limite de eficiéncia imposto pela Eq. 20 3.Tempos de uma maquina do Stirling Presto Volume jura 20-13 Diagrama p-V da substancia de trabalho de uma maquina de Stirling ideal, supondo, por conveniéncia, que : ubstncia de trabalho é um gas ideal. \ Maquina de Stirling \ Eq. 20-13 nao se aplica a todas as maquinas ideais, mas somente as que funcionam segundo um cicl omo o da Fig, 20-9, ou seja, 4s mAquinas de Carnot. A Fig. 20-13 mostra, por exemplo, 0 ciclo d yperacdo de uma maquina de Stirling ideal. Uma comparagao com o ciclo de Carnot da Fig. 20-9 revel: jue, embora as duas mAquinas possuam transferéncias de calor isotérmicas nas temperaturas Ty ¢ Tp, a luas isotermas do ciclo da maquina de Stirling nao sao ligadas por processos adiabaticos, como ni naquina de Carnot, mas por processos a volume constante. Para aumentar reversivelmente a temperature le um gas a volume constante de T; para Tg (processo da da Fig. 20-13) é preciso transferir energia n: orma de calor para a substancia de trabalho a partir de uma fonte cuja temperatura possa varia uavemente entre esses limites. Além disso, uma transferéncia no sentido inverso é necessaria pari xecutar 0 processo be. Assim, transferéncias reversiveis de calor (e variacées correspondentes d: sntropia) ocorrem nos quatro processos que formam o ciclo de uma mAquina de Stirling e no em apena lois processos, como em uma maquina de Carnot. Assim, a dedugio que leva a Eq. 20-13 nao se aplica ; ima maquina de Stirling ideal; a eficiéncia de uma maquina de Stirling ideal é menor do que a de um: naquina de Carnot operando entre as mesmas temperaturas. As maquinas de Stirling reais possuem um: ficiéncia ainda menor. A maquina de Stirling foi inventada em 1816 por Robert Stirling, A maquina, que foi ignorada durante muito tempo, hoje esta sendo aperfeigoada para uso em automéveis e naves espaciais. Uma mAquina d stirling com uma poténcia de 5000 hp (3,7 MW) ja foi construfda. Como sdo muito silenciosas, a: nquinas de Stirling so usadas em alguns submarinos militares.[Teste 3 Trés maquinas de Carnot operam entre fontes de calor a temperaturas de (a) 400 e 500 K, (b) 600 e 800 Ke (c) 400 e 600K. Ordene ‘as maquinas de acordo coma eficiéncia, em ordem decrescente. Exemplo 20.03 Efi Carnot incia, poténcia e variacgées de entropia de uma maquina de Uma maquina de Carnot opera entre as temperaturas T= 850 Ke T; = 300 K. A maquina realiza 1200 J de trabalho em cada ciclo, queleva0,25 5 (a) Qual é a eficiéncia da maquina? IDEIA-CHAVE Aeeficiéncia e de uma maquina de Carnot depende apenas da razao T;/T, das temperaturas (em kelvins) das fontes de calor as quais esté ligada, Calculo: De acordo coma Eq. 20-13, Ty 300K To 850K e=1 = 0,647 ~ 65%. (Resposta) (b) Qual éa poténcia média da méquina? IDEIA-CHAVE Apoténcia média P de uma méquina é a razao entre o trabalho W realizado por ciclo e o tempo de duracaot de cada ciclo, Calculo: Para essa maquina de Carnot, temos P A na = 4800 W = 4,8kW. — (Resposta) (0 Qual éa energia |Q,|extraida em forma de calor da fonte quente a cada ciclo? IDEIA-CHAVE Para qualquer méquina térmica, incuindo as maquinas de Carnot, aeficiéncia «6 a razdo entre o trabalho W realizado por ciclo ea energia [Ql extrafda em forma de calor da fonte quente por ciclo (e=W/|Q) Calculo: Explicitando |Q,), obtemosW _ 1200J Ool =F Oa 1855 J (Resposta) (d) Qual éa energia [Qy| iberada em forma de calor para a fonte fra a cada ciclo? IDEIA-CHAVE Em uma maquina de Carnot, o trabalho W realizado por ciclo é igual diferenca entre as energiastransferidas em forma de calor, ou seja, [Qc| — [@,|, como na Eq, 20-8. Calculo: Explicitando |Q,|, obtemos [Qz| = |Qa] — W 55. J-1200J = 665. (Resposta) (e) De quanto varia a entropia da substancia de trabalho devido a energia recebida da fonte quente? De quanto varia a entropia da substéncia de trabalho devido a energia cedida a fonte fria? IDEIA-CHAVE Avariacao de entropia AS durante atransferéncia de energia em forma de calor Qa uma temperatura constante T é dada pela Eq. 20-2 (AS=/N) Calculos: Para a transferéncia positiva de uma energia Q, da fonte quente a uma temperatura T, a variagao de entropia da substancia de trabalho é =+2,18/K. — (Resposta) Para a transferéncia negativa de uma energia Q, paraa fonte fia a uma temperatura [,ternos . Or ~ 6555 AS; = = = 2,18 J/K. ta r= = 300K (Resposta) Note que a variago liquida de entropia da substancia de trabalho para um ciclo completo é ero, como é foi discutido na deduao dag. 20-10. Exemplo 20.04 Eficiéncia de um motor Um inventor afirma que construiu um motor que apresenta uma eficiéncia de 75% quando opera entre as temperaturas de ebuligéo e congelamento da équa. Isso épossivel? IDEIA-CHAVE Nao existe nenhuma maquina térmica real cuja eficiéncia seja maior ou igual & de uma maquina de Carnot operando entre asmesmas temperaturas. Galculo: De acordo com a Eq, 20-13, a eficiéncia de uma méquina de Carnot que opera entre os pontos de ebulicdo e congelamento da égua é (+273) K_ To (100 + 273) K 0,268 ~ 27%. Assim, a eficiéncia alegada de 75% para uma maquina real operando entre as temperaturas dadas néo pode ser verdadeira 20-3 REFRIGERADORES E MAQUINAS TERMICAS REAIS Ibjetivos do Aprendizado pois de ler este médulo, vocé serd capaz de... 16 Saber que um refrigerador é um dispositive que utiliza trabalho para transferir energia de uma fonte fria para uma font quente e que um reftigerador ideal executa essa transferéncia usando processos reversiveis. 17 Desenhar um diagrama p-V do ciclo de Camot de um refrigerador, mostrando o sentido em que o ciclo é percorrido, ; natureza dos processos envolvidos, 0 trabalho realizado (incluindo o sinal algébrico) em cada processo, o trabalho liquid realizado e 0 calor transferido (incluindo o sinal algébrico) em cada proceso. 0.18 Calcular 0 coeficiente de desempenho K de um refrigerador em termos das transferéncias de calor e também em termo: da temperatura das fontes de calor. |-19 Saber que nao existe um refrigerador ideal no qual toda a energia extraida da fonte fria é transferida para a fonte quente. 0.20 Saber que a eficiéncia de uma maquina térmica real é menor que a de uma maquina térmica que funciona no ciclo d Carnot. deias-Chave "Um refrigerador & um dispositivo que, operando ciclicamente, utiiza um trabalho W para extrair uma energia [Q¢| na forma di alor de uma fonte fria. O coeficiente de desempenho K de um refrigerador é dado por energia utilizada __ {Q;| energiaconsumida |W] © reftigerador de Camot é uma maquina de Carnot operando no sentido inverso. © coeficiente de desempenho d efrigerador de Carnot & dado por Qe Tr Ke= Wol- 1@rl To - Um refrigerador perfeito é uma maquina imagindria na qual a energia extraida de uma fonte fria na forma de calor é totalment ransferida para uma fonte quente sem necessidade de realizar trabalho. - Um refrigerador perfeito violaria a segunda lei da termodindmica, que também pode ser enunciada da seguinte forma: N&\ iste uma série de processos cujo tinico resultado seja a transferéncia de energia, na forma de calor, de uma fonte a cert emperatura para uma fonte a uma temperatura mais elevada, sem necessidade de realizar trabalho.Funcionamento de um tattigerador a) Calor ¢ Re t pordido. === Trebalhoe = realizado sobre 9, Galore amaquina, ebsorvido. Ss) jura 20-14 Os elementos de um refrigerador. As duas setas pretas horizontais no centro representam uma substancia d rabalho operando ciclicamente, como em um diagrama p-V. Uma energia Qr é transferida, em forma de calor, da fonte fria, qui std temperatura Tr, para a substéncia de trabalho; uma ener? =ntropia no Mundo Real: Refrigeradores ) refrigerador é um dispositivo que utiliza trabalho para transferir energia de uma fonte fria para um: onte quente por meio de um proceso ciclico. Nos refrigeradores domésticos, por exemplo, o trabalho « ealizado por um compressor elétrico, que transfere energia do compartimento onde sio guardados o: limentos (a fonte fria) para o ambiente (a fonte quente). Os aparelhos de ar condicionado e os aquecedores de ambiente também sao refrigeradores; § liferenga esté apenas na natureza das fontes quente e fria. No caso dos aparelhos de ar condicionado, : onte fria é o aposento a ser resfriado e a fonte quente (supostamente a uma temperatura mais alta) é « ado de fora do aposento. Um aquecedor de ambiente é um aparelho de ar condicionado operado en entido inverso para aquecer um aposento; nesse caso, o aposento passa a ser a fonte quente e recebe ‘alor do lado de fora (supostamente a uma temperatura mais baixa). Considere um refrigerador ideal: ae us Em um refrigerador ideal, todos os processos sao reversiveis e as transferéncias de energia sio realizadas sem as perdas causadas por efeitos como o atrito e a turbuléncia, \ Fig, 20-14 mostra os elementos basicos de um refrigerador ideal. Note que o sentido de operagao ¢ « nverso do sentido de operagao da maquina de Carnot da Fig. 20-8, Em outras palavras, todas a ransferéncias de energia, tanto em forma de calor como em forma de trabalho, ocorrem no sentido opost 10 de uma mAquina de Carnot. Podemos chamar esse refrigerador ideal de refrigerador de Carnot. © projetista de um refrigerador est interessado em extrair a maior quantidade de energia |Q;yossivel da fonte fria (energia utilizada) usando a menor quantidade possivel de trabalho |M| (energi ‘onsumida), Uma medida da eficiéncia de um refrigerador é, portanto, = fnergiautitizada _ |Qs| (eoetciente de desempento, (29-14) energia consumida |W qualquer reftigerador), m que K é chamado de coeficiente de desempenho. No caso de um refrigerador de Carnot, de acord m a primeira lei da termodinamica, |W] = |Qql — [Qs em que |Qq| é o valor absolute da energi ransferida como calor para a fonte quente, Nesse caso, a Eq. 20-14 assume a forma Or] Ke 1Qo| — |Qx| (20-15) como um refrigerador de Carnot é uma maquina de Carnot operando no sentido inverso, podemo: ombinar a Eq. 20-10 coma Eq. 20-15; depois de algumas operagées algébricas, obtemos Refrigeracor perfeito: transferéncia total de calor da fonte fria para a fonte quonte som realizar trabalho as Te % Tr ass igura 20-15 Os elementos de um refrigerador perfeito, ou seja, um refrigerador que transfere energia de uma fonte fria par ima fonte quente sem necessidade de trabalho. {cocficicnte de desempenho,refrigerader de Carno!), (20-16) Para os aparelhos domésticos de ar condicionado, K * 2,5; para as geladeiras domésticas, K © 5 nfelizmente, quanto menor a diferenga de temperatura entre a fonte fria e a fonte quente, maior o valor de <. E por isso que os aquecedores de ambiente funcionam melhor nos paises de clima temperado que no: yaises de clima frio, nos quais a temperatura externa é muito menor do que a temperatura intern: lesejada. Seria étimo que tivéssemos um refrigerador que nao precisasse de trabalho, ou seja, que funcionassem estar ligado na tomada. A Fig. 20-15 mostra outro “sonho de inventor”, um refrigerador perfeito qui ransfere energia na forma de calor Q de uma fonte fria para uma fonte quente sem necessidade d rabalho. Como o equipamento opera em ci clos, a entropia da substancia de trabalho nao varia durant im ciclo completo. Entretanto, as entropias das duas fontes variam: a variagao de entropia da fonte fria ¢ JQVTe, € a variacao de entropia da fonte quente é +Q/Ta. Assim, a variagio liquida de entropia para ‘istema como um todo é lol , lol AS = Te To Tomo Ta > Te, 0 lado direito da equagdo € negativo e, portanto, a variagao liquida da entropia por cicl ara o sistema fechado refrigerador + fonte também é negativa. Como essa diminuicdo de entropia viol: | segunda lei da termodinimica (Eq. 20-5), no existe um refrigerador perfeito. (Uma geladeira s unciona se estiver ligada na tomada.) Esse resultado nos leva a outra formulacao da segunda lei da termodinamica: a us Nao existe uma série de processos cujo tnico resultado seja transferir energia, na forma de calor, de uma fonte fria para uma fonte quente. m suma, ndo existem refrigeradores perfeitos. [V]Teste 4 Um refrigerador ideal funciona com certo coeficiente de desempenho. Quatro mudancas séo possiveis: (a) operar com o interior cdo aparelho a uma temperatura ligeiramente mais alta, (b) operar com o interior do aparelho a uma temperatura ligeiramente mais baixa, (¢) levar o aparelho para um aposento ligeiramente mais quente e (d) levar o aparelho para um aposento ligeiramente mais frio, Os valores absolutos das variacées de temperatura sdo os mesmos nos quatro casos. Ordene as mudancas, em ordem decrescente, de acordo com o valor do novo coeficiente de desempenho. 4 Eficiéncia de Maquinas Térmicas Reais Seja €- a eficiéncia de uma maquina de Carnot operando entre duas temperaturas dadas. Vamos mostra \gora que nenhuma maquina térmica real operando entre as mesmas temperaturas pode ter uma eficiéncis naior do que ec. Se isso fosse possivel, a maquina violaria a segunda lei da termodinamica. Suponha que um inventor, trabalhando na garagem de casa, tenha construido uma maquina X que egundo ele, possui uma eficiéncia ey maior do que ec:€,>& —_(alegagto doinventor). (20-17) Vamos acoplar a mquina X a um refrigerador de Carnot, como na Fig. 20-16a. Ajustamos os tempos d efrigerador de Carnot para que o trabalho necessério por ciclo seja exatamente igual ao realizado pel: nquina X. Assim, nao existe nenhum trabalho (externo) associado & combinagao maquina térmica - efrigerador da Fig, 20-16a, que tomamos como nosso sistema. Q Te J U ) elf pi 2 ? ‘eGo |. = 4 % t t Q c —— (a o “igura 20-16 (a) Amaquina térmica X alimenta um refrigerador de Camot. (b) Se, como alega o inventor, a maquina X € mais ficiente que a maquina de Carnot, a combinag&o mostrada em (a) é equivalente ao refrigerador perfeito mostrado em (b). Com: sso viola a segunda lei da termodinmica, concluimos que a maquina X ndo pode ser mais eficiente que uma maquina di varnot Se a Eq. 20-17 for verdadeira, conforme a definigiio de eficiéncia (Eq. 20-11), devemos ter wi iW IQs] ~ T@ol* m que a plica indica a méquina X e o lado direito da desigualdade é a eficiéncia do refrigerador d Carnot quando funciona como uma maquina térmica. Essa desigualdade exige que [Qal > |@al- (20-18) Como o trabalho realizado pela maquina X é igual ao trabalho realizado sobre o refrigerador de Carnot emos, segundo a primeira lei da termodinamica, dada pela Eq. 20-8, [Qa = |Qel = 1Q'al = |b jue pode ser escrita na forma 0 — |Qol = [Qrl — OH (20-19) De acordo coma Eq. 20-18, o valor de Q na Eq. 20-19 deve ser positivo. De acordo com a Eq. 20-19 ¢ a Fig. 20-16, 0 efeito da maquina X e do refrigerador de Carnot rabalhando em conjunto, é transferir uma energia Q na forma de calor de uma fonte fria para uma font juente sem necessidade de realizar trabalho. Assim, a combinagio age como o refrigerador perfeito ¢: “ig, 20-15, cuja exist@ncia viola a segunda lei da termodinamica.Algo deve estar errado com uma ou mais de nossas suposigées, e a nica que foi tomad: rbitrariamente 6 expressa pela Eq. 20-17. A conclustio é que nenhuma maquina real pode ter um ficiéncia maior que a de uma maquina de Carnot operando entre as mesmas temperaturas. Na melho las hipéteses, a maquina real pode ter uma eficiéncia igual 4 de uma mAquina de Carnot. Nesse caso, maquina real é uma maquina de Carnot. 20-4 UMA VISAO ESTATISTICA DA ENTROPIA Ibjetivos do Aprendizado lepois de ler este médulo, vocé serd capaz de... 0.21 Saber 0 que é a configuragao de um sistema de moléculas. .22 Calcular a mutiplicidade de uma configuracdo. .23 Saber que todos os microestados sao igualmente provaveis, mas configuragées com um némero maior de microestado: so mais provaveis que configuracdes com um nimero menor de microestados, .24 Usar a equagao de entropia de Boltzmann para calcular a entropia associada a uma multplicidade. deias-Chave - Aentropia de um sistema pode ser definida em termos das distribuigdes possiveis de moléculas. No caso de moléculas guais, cada distribuicao possivel de moléculas ¢ chamada de microestado do sistema. Todos os microestados equivalente: ‘onstituem uma configuragao do sistema, O nimero W de microestados de uma configuragdo & chamado de multiplicidade di nfiguracao. No caso de um sistema de N moléculas que podem ser distribuidas entre dois compartimentos iguais de uma caixa, nultiplcidade é dada por M we aint m que ny € o nimero de moléculas no compartimento da direita e n é o numero de moléculas no compartimento da esquerda Jma hipétese bésica da mec@nica estatistica é que todos os microestados so igualmente provaveis. Assim, as configuragde 1M maior multplicidade ocorrem com maior frequéncia, Quando N é muito grande (N = 107? moléculas, digamos), a: noléculas esto quase sempre na configuragao na qual n; = np. - Amultiplicidade W da configuragao de um sistema e a entropia S do sistema nessa configuragao estdo relacionadas pel quacdo de entropia de Boltzmann: S=kinw, m que k = 1,38 x 10% J/K é a constante de Boltzmann, - Quando NV é muito grande (0 caso mais comum), podemos substituir In N! pela aproximacéo de Stirling: Ln N! = Nin N) -N.
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