207 TCC AmplitudeMovimentoDor
207 TCC AmplitudeMovimentoDor
BELÉM
2021
ANDERSON MULLER SOUZA DA SILVA DE LIMA
BELÉM
2021
ANDERSON MULLER SOUZA DA SILVA DE LIMA
Banca Examinadora:
(Paulo Freire)
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo analisar a relação entre a Amplitude de Movimento do quadril
e joelho e a prevalência de dor lombar inespecífica em mulheres praticantes do treinamento
resistido. Foram avaliadas 41 mulheres praticantes de musculação, com mínimo de 1 ano de
prática, tendo frequência semanal de treino de no mínimo 3 vezes por semana, com média de
idade de 30 ± 7,4 anos. Utilizou-se a goniometria ativa para avaliar a amplitude de movimento
das articulações e a escala analógica de dor (EVA) para avaliar a prevalência e a intensidade da
dor lombar na execução do exercício de agachamento livre. A análise estatística foi realizada
por meio do software BioEstat 5.0, sendo adotado o nível de significância de p < 0,05. Na
análise da prevalência da dor foi encontrada uma porcentagem de 41,5% para os que não
relataram dor e 58,5% para os que apresentaram dor, indicando uma alta prevalência de dor
lombar durante o exercício de agachamento livre. Para a intensidade da dor, encontramos tais
percentuais de 73,2% que relataram dor leve e 26,8% para dor moderada, apontando uma alta
taxa percentual dos que sentem dor lombar durante o exercício de agachamento livre. Além
disso, foi encontrada uma correlação inversa significativa p < 0,03 entre a idade e a intensidade
da dor, indicando que quanto maior a idade, menor é a intensidade da dor apresentada no
exercício de agachamento livre. Já para a prevalência da dor e o tempo de prática, foi encontrada
uma correlação direta significativa p < 0,04, apontando quanto maior o tempo de prática, maior
é a prevalência de dor lombar durante a execução do exercício de agachamento livre.
This study aimed to analyze the relationship between the range of motion of the hip and knee
and the prevalence of nonspecific low back pain in women who practice resistance training.
Forty-one weight-training women with a minimum of 1 year of practice were evaluated, with a
weekly training frequency of at least 3 times a week, with a mean age of 30 ± 7.4 years. Active
goniometry was used to assess joint range of motion and the pain analog scale (VAS) was used
to assess the prevalence and intensity of low back pain while performing the free squat exercise.
Statistical analysis was performed using the BioEstat 5.0 software, adopting a significance level
of p < 0.05. In the analysis of the prevalence of pain, a percentage of 41.5% was found for those
who did not report pain and 58.5% for those who did, indicating a high prevalence of low back
pain during the free squat exercise. For pain intensity, we found such percentages of 73.2%
who reported mild pain and 26.8% for moderate pain, indicating a high percentage rate of those
who feel low back pain during the free squat exercise. In addition, a significant inverse
correlation p < 0.03 was found between age and pain intensity, indicating that the older the age,
the lower the pain intensity presented in the free squat exercise. As for the prevalence of pain
and practice time, a significant direct correlation was found p < 0.04, indicating the longer the
practice time, the greater the prevalence of low back pain during the execution of the free squat
exercise.
Key Words: Range of motion, free squat and low back pain.
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 12
2 OBJETIVOS .................................................................................................................... 14
2.1 GERAL ...................................................................................................................... 14
2.2 ESPECÍFICOS ........................................................................................................... 14
3 REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................................... 15
3.1 O ESTADO DE SAÚDE ........................................................................................... 15
3.2 DOR LOMBAR INESPECÍFICA ............................................................................. 16
3.3 MOBILIDADE ARTICULAR .................................................................................. 19
3.4 FLEXIBILIDADE ..................................................................................................... 21
3.5 AMPLITUDE DE MOVIMENTO ............................................................................ 23
3.6 OS BENEFÍCIOS DA MUSCULAÇÃO................................................................... 25
4 METODOLOGIA ........................................................................................................... 27
5 RESULTADOS ................................................................................................................ 28
6 DISCUSSÃO .................................................................................................................... 30
7 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 32
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 33
APÊNDICE A ........................................................................................................................ 40
APÊNDICE B ........................................................................................................................ 41
ANEXO A .............................................................................................................................. 42
12
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, desde o surgimento da era tecnológica, o ser humano passou a ser
mais dependente das inovações e de práticas que dispuseram a diminuição de movimentos.
Consequentemente, esses novos hábitos trouxeram impactos significativos na qualidade de
vida, no modo de viver e de agir das pessoas. Sobretudo, quando nos referimos à prática de
atividades físicas e/ou exercícios físicos, esses novos costumes contrariam as atitudes dos
nossos ancestrais, que por muitos anos realizavam atividades diárias como caçar, correr, pular,
lançar dentre outras ações em busca da sobrevivência (GUALANO, 2011).
Essa Inatividade Física (IF) trouxe consigo, modos de viver extremamente nocivos para
a saúde, aonde a maioria das pessoas passam a maior parte do dia em posições desconfortáveis
devido à grande demanda da sociedade, logo, esses modos impactam de forma indesejada no
dia a dia. Com isso, podem ser um fator direto no surgimento de dores, desconfortos e de ações
sedentárias, o que poderá refletir o aparecimento de doenças, seja elas crônicas ou inespecíficas.
Assim, novos modos de adaptação do corpo foram sendo analisadas, disfunções corporais,
lesões e compensações dentre outros problemas que foram ampliando a discussão sobre os
mecanismos que determinaram a ação corporal (GUALANO, 2011).
Contudo, com o surgimento de diversas doenças no mundo, o Exercício Físico (EF)
passou a ser um tipo de atividade crucial na manutenção e prevenção de doenças, tornando-se
indispensável na vida das pessoas. Sendo a IF fortemente relacionada à incidência e severidade
de um vasto número de doenças e, também um dos grandes problemas de saúde pública na
sociedade moderna, sobretudo quando considerado que cerca de 70% da população adulta não
atinge os níveis mínimos recomendados de atividade física (GUALANO, 2011).
Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) a dor é uma
“experiência sensorial e emocional desagradável que está de forma direta relacionada com
lesões ou potenciais ou descrita em termos de determinadas lesões. A dor é sempre subjetiva e
cada indivíduo aprende a utilizar este termo por meio das experiências” (SOCIEDADE
BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA DOR, 2013). Dentre diversos tipos de dores a que
apresenta maior prevalência na sociedade mundial é a musculoesquelética, podendo atingir
todas as faixas etárias (SCOPEL, 2013). Este tipo de dor pode estar relacionado com diversas
causas, como traumas, problemas posturais, lesões por movimentos repetitivos, sobrecargas
mecânicas dentre outras (SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA DOR, 2013).
Neste sentido, a Mobilidade Articular (MA) é uma capacidade física que ficou
extremamente afetada devido a esses novos comportamentos, uma vez que a falta da mesma
tem impacto direto na manutenção corporal.
13
Segundo BOYLE (2018), o aparecimento de dores na região das costas, podem estar
relacionadas com a falta de mobilidade, dentre elas nas articulações do quadril. Dessa maneira,
o processo que constitui a dor na região lombar é causado pela compensação de movimentos
que envolvem esta região que pela sua função deveria estar estável, porém a imobilidade da
articulação do quadril coloca a mesma em sobrecarga e, consequentemente, gerando um
desconforto.
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
• Analisar a relação entre a mobilidade articular do quadril e joelho e a prevalência de
dor lombar inespecífica em mulheres praticantes do treinamento resistido.
2.2 ESPECÍFICOS
• Mensurar os níveis de mobilidade articular das articulações de quadril e joelho.
• Avaliar a prevalência e a intensidade da dor lombar durante a execução do
agachamento livre.
• Correlacionar a prevalência e a intensidade da dor lombar durante a execução do
agachamento livre com a amplitude de movimento do quadril e joelho.
15
3 REVISÃO DE LITERATURA
Este conceito amplia a noção do adoecer e de “vida saudável”, para além dos fatores
biológicos. E nos apresenta a possibilidade não só de ampliação do entendimento de
saúde/doença para um modelo de compreensão mais amplo (considerando elementos
sociais, biológicos, psicológicos, éticos, econômicos), mas também nos possibilita a
elaboração de outros modelos de intervenções na saúde de modo a atender as múltiplas
origens do estado de adoecer em que individualmente e coletivamente somos inseridos
(ANIAS, 2016).
16
A coluna lombar está localizada em uma região que faz parte do complexo lombo-
pélvico, que está descrito na literatura como “centro” corporal, uma denominação decorrente
do fato de que nesta região fica posicionado o centro de gravidade, onde se dá início a maioria
dos movimentos (REINEHR; CARPES; MOTA, 2017). Logo, é uma região que ao mesmo
tempo é sensível a impactos, sendo então um local bastante importante no controle corporal
como um todo.
O treinamento de estabilização central, envolvendo a ação de vários grupos musculares
simultaneamente é muito relevante, pois a estabilidade e o movimento são dependentes de todos
os músculos que cercam a coluna lombar e ainda que se discuta a importância de poucos
músculos (em particular o transverso do abdômen e o multifídio), todos os músculos do centro
são essenciais à estabilização e ao desempenho de tarefas motoras simples e complexas
(AKUTHOTA; NADLER, 2004 apud REINEHR; CARPES; MOTA, 2017).
Quando nos referimos a dor lombar, devemos recorrer a classificação da IASP que
define a dor sendo uma experiência sensitiva e emocional desagradável, associada a lesões
teciduais reais ou potenciais, ou descrita em termos de tais lesões (SOCIEDADE BRASILEIRA
PARA O ESTUDO DA DOR, 2013).
A dor lombar, ou lombalgia se caracteriza por um quadro de desconforto, fadiga ou
rigidez muscular localizada na parte inferior da coluna vertebral, complexo lombo-pélvico,
podendo ser observada em 50% a 90% dos adultos e sendo uma das principais causas de
incapacidade física em indivíduos com idade ativa (IMAMURA; KAZIYAMA; IMAMURA,
2001). Entretanto, ela pode apresentar várias classificações quanto a duração dos seus sintomas,
logo, sendo classificada como: aguda se apresentar duração de até 1 mês; subaguda se
apresentar duração até 3 meses; e crônica caso se prolongue por mais de 3 meses desde o
episódio inicial (PIRES; SAMULSKI, 2006)
Outrossim, a dor lombar vem sendo um grande desafio para a saúde. É umas das
principais causas de encaminhamento a um serviço médico e, é a segunda maior queixa em todo
mundo (LIN et al., 2011) pela qual os indivíduos afastam-se de suas atividades. Cerca de 10
milhões de brasileiros ficam incapacitados por causa desta morbilidade, que é a segunda maior
causa de aposentadoria por invalidez (SILVA; FASSA; VALLE, 2004 apud CARVALHO,
2006, p. 26). Pois, segundo ANGST et al (2017) ela se constitui um importante problema de
saúde pública por ser frequente e afetar uma grande porcentagem da população de meia-
idade.
17
Ela pode atingir níveis epidêmicos na população em geral, sendo que em países
industrializados a sua prevalência a estimativa é em 70%, com expectativa de 70% a 85% de
todas as pessoas sofrerão de dor lombar em algum momento da vida (SILVA; FASSA; VALLE,
2004).
De acordo com Lopez e colaboradores (2015), pessoas do sexo feminino tem um maior
declive funcional com o passar dos anos, onde está relacionada com uma perda significativa de
massa muscular. Logo, a alta prevalência de dor lombar em mulheres pode estar relacionada
com as tarefas domésticas e sobrecarga repetitiva sobre a coluna lombar (SILVA; FASSA;
VALLE, 2004; PONTE, 2005). Já se tratando da faixa etária que essa prevalência se encontra,
podemos classificar a frequência de 18 a 39 anos, tendo então prevalência de 43,9% de
indivíduos que apresentavam dor lombar.
A presença da dor lombar pode acarretar diferentes comportamentos que podem afetar
diretamente no estado de saúde e qualidade de vida, como a inabilidade, depressão, exclusão
social e desuso, o que afetará na realização das AVDs. Dessa maneira, as pessoas que
apresentam do lombar não sofrem apenas com o desconforto físico, mas também limitações
funcionais que podem causar incapacidade física e restrições dos indivíduos com a participação
em sociedade, trazendo então prejuízos na qualidade de vida (CARVALHO; GREGÓRIO;
ENGEL, 2009; MASCARENHAS; SANTOS, 2011). Logo, está associada por fatores
genéticos, físicos, psicológicos, ambientais, culturais e sociais (BALAGUÉ et al., 2012).
A dor lombar inespecífica normalmente é definida sendo uma sensação álgica, tensão
muscular ou rigidez situada abaixo das margens costais e acima das pregas glúteas inferiores,
sendo capaz de apresentar dor ou não nas pernas (ciático) (SANTOS; LUNA; COUTINHO,
2019). Desse modo, para a maioria dos pacientes, no cuidado primário a origem dos sintomas
não pode ser especificada. Ou seja, os sintomas podem ser por diversos fatores, que vai desde
a permanência em uma má postura, até a uma má execução de determinado exercício ou
atividade do dia a dia, perpassando a fatores sociais, físicos e ambientais que estão inseridos, e
do trabalho desenvolvido. Portanto, a dor lombar inespecífica é uma condição de saúde comum
que afeta a maioria dos adultos jovens ao longo da vida (HESTBAEK; LEBOEUF;
MANNICHE, 2003).
Sobre a dor lombar inespecífica, devemos pontuar por diversos fatores que acarretam,
pois a etiologia da dor lombar é de difícil identificação devido as diversas manifestações e
condições (POLITO; MARANHÃO; LIRA, 2003) e por apresentar muitas vezes um caráter
multifatorial, passando desde a má postura até a realização de atividades más direcionadas ou
fraqueza muscular. A dor lombar inespecífica é considerada um dos principais problemas de
18
saúde e teve aumento gradual nas últimas décadas, devido aos novos hábitos de se viver em
sociedade.
Dessa forma, esses maus hábitos diários que os indivíduos passam de más posições,
estresses sobre a coluna vertebral e de cargas em atividades tem consequências negativas para
a saúde. Destarte, indivíduos que apresentam dor lombar evitam realizar tais movimentos
devido ao medo do aumento da dor, esse fator tem um nome, que é a cinesiofobia. Além disso,
a dor lombar pode estar na maioria das vezes associada à piora da capacidade funcional,
sintomas depressivos (FIGUEIREDO et al., 2013) catastrofização, exagero na auto percepção
da doença, com pensamento negativo em relação a dor (LOPES, 2015; HYUSMANS et al.,
2018), cinesiofobia (DE SOUZA et al., 2015; VALENÇA et al., 2016).
A cinesiofobia pode ser definida como o medo de realizar movimentos, podendo ser um
mecanismo de proteção do nosso aparelho locomotor (TROCOLI; BOTELHO, 2016). Segundo
Siqueira, Salmela e Magalhães (2007) resume-se no medo da dor, ou medo de que a atividade
física possa causar dor ou reincidência da lesão. Estudos evidenciam que indivíduos que
apresentam alguma lamúria de dor lombar, poderão evoluir com o quadro de cinesiofobia,
tornando-se então um ciclo vicioso e de imobilidades (SIQUEIRA; SALMELA;
MAGALHÃES, 2007; TRINDADE; FRIAÇA; TRINDADE, 2017).
O medo da dor impede que o movimento ou faz com que o indivíduo diminua
drasticamente as suas atividades, podendo limitar as suas funções e acabando restringindo a sua
participação nas suas atividades diárias. Quando relacionamos a dor lombar com a cinesiofobia
podemos dizer que ela apresenta um problema real em seus pacientes com dor crônica, tendo
sido muito significante relacionado com o decréscimo de habilidades funcionais e
descondicionamento físico (YAHIA et al., 2017).
Sabemos que a capacidade funcional em realizar determinadas tarefas vai muito além
do desempenho físico, e coloca à tona de como os indivíduos realizam suas atividades no dia
a dia, tais como vestir-se, banhar-se, caminhar-se entre outros, refletindo então de como o
indivíduo encara os impactos da doença na rotina diária (FREIRE et al., 2007). Na maioria das
vezes, os indivíduos que apresentam dor lombar geralmente apresentam tanto a incapacidade
funcional e física afetadas (STUCKI; SIGL, 2003; KOES; TULDER; THOMAS, 2006).
Como resposta a essa morbidade o indivíduo como principal sintomatologia a dor,
seguida de uma restrição de ADM, fraqueza muscular, espasmos musculares e alterações
posturais que poderão incapacitá-lo de desenvolver suas tarefas diárias (MASCARENHAS;
SANTOS, 2011). A lombalgia pode apresentar manifestações também no domínio que envolve
as interações dos indivíduos em seu meio sociocultural.
19
Diante disso, é bastante comum observar uma diminuição no nível das atividades
esportivas em suas diversas áreas, dias perdidos no trabalho e diminuição da vida social
(OCARINO et al., 2009). A lombalgia pode apresentar manifestações também no domínio que
envolve as interações dos indivíduos em seu meio sociocultural. Diante disso, é bastante comum
observar uma diminuição no nível das atividades esportivas em suas diversas áreas, dias
perdidos no trabalho e diminuição da vida social (OCARINO et al., 2009).
Nas últimas décadas, as transformações nos padrões de vida da sociedade vêm tomando
muitas proporções. Os avanços tecnológicos, as informações e a nova presença frequente do
labor saving devices (mecanismos que poupam esforço físico), por exemplo, elevadores,
escadas rolantes e controles remotos estão conduzindo à diminuição progressivade atividade
física no trabalho, em casa e no lazer (NAHAS et al., 2000). Várias evidências recentes indicam
ser um fator determinante no desenvolvimento de enfermidades coronárias e acidentes
vasculares, sendo então uma das principais causas de morte em todo mundo.
Segundo Socorro et al (2008), o exercício físico é, e está intimamente relacionado com
a qualidade de vida da população mundial, e a musculação vem se tornando e crescendo em
todas as faixas etárias como um meio de prevenção de diversas doenças. Sendo assim, o
exercício físico como recurso terapêutico para prevenção e tratamento da dor lombar tem
recebido muita atenção nos últimos anos, o que pode ser relatado pela fraqueza muscular dos
músculos da região lombar e dos eretores da espinha, que estão associadas à etiologia da dor
lombar (GOLÇALVES; BARBOSA, 2005).
Assim sendo, dentre os diversos tipos de exercícios físicos, o treinamento resistido
(musculação) é tido como um excelente componente essencial de um programa de aptidão
física, englobando o desenvolvimento, a manutenção da força, resistência e massa muscular
(GRAVES; FRANKLIN, 2006). O treino de força tem se tornado muito popular, uma vez que
proporciona diversos benefícios importantes para a aptidão musculoesquelética, melhora da
capacidade funcional, aumento nos níveis de força e da densidade mineral óssea, além da
qualidade de vida de seus praticantes (CORREIA et al., 2014). Portanto, é de fundamental
importância a realização de uma avaliação física na qual se analisem as variáveis que
proporcionem um acompanhamento individualizado e mais direcionado para certo caso
(CASTRO et al., 2015).
da própria mobilidade articular. Logo, esta unidade tem o objetivo de trazer conceitos que
expliquem a especificidade de cada valência física e suas funções quando aplicadas ao
treinamento resistido.
A articulação do nosso corpo está caracterizada como um conjunto de tecidos moles que
se unem entre si e juntamente com os músculos formam o complexo articular (RODRIGUES,
2010, p. 6). Apesar de elas apresentarem diversas variações e características estruturais e
funcionais específicas, elas estão interligadas entre si, pois a degradação de uma poderá
interferir no processo como um todo. Quando tratamos do conceito do que é a mobilidade
articular, temos que ela é o livre deslizamento de uma região óssea sobre a outra, podendo ser
alterada por diversos fatores. Sabemos que certos movimentos atuam em diferentes eixos e
planos de movimento, sendo então um fator determinante na análise do mesmo.
A direção desses eixos é nomeada de anterior e posterior (ântero-posterior), médio
lateral (látero-lateral) e longitudinal. Segundo Rodrigues (2010, p. 6) quando analisamos um
certo movimento, a determinação do eixo de movimento é realizada obedecendo uma regra, a
qual a direção do eixo deve ser sempre perpendicular ao plano no qual se realiza o movimento
em questão, dentre esses movimentos estão: flexão e extensão e adução e abdução.
Mas de que maneira esses eixos e planos podem estar relacionada com a dor lombar?
Destarte, alguns movimentos são realizados em certas amplitudes específicas e depende de
vários fatores. Passando desde os fatores fisiológicos, musculares e tecidos moles (JONHS;
WRIGTH, 1962). A mobilidade articular é considerada um componente fundamental da aptidão
física, sendo de suma importância na realização de determinados movimentos, seja ele de modo
simples ou complexos (DA SILVA; DOS SANTOS; DE OLIVEIRA, 2006). Logo, a
mobilidade articular é definida como a amplitude máxima fisiológica passiva de um dado
movimento articular.
Segundo Schneider (1995), a mobilidade articular é o grau de realização do movimento
de forma natural da amplitude de certa articulação. Estudos também apontam que a mobilidade
é um conceito bastante amplo e definido como uma habilidade das estruturas do corpo de se
movimentarem, permitindo que haja amplitude de movimento (ADM) para a realização de
atividades funcionais e diárias (KISNER; COLBY, 2016).
Quando falamos de mobilidade existem diversas compreensões acerca das
terminologias e significados que rodeiam essa prática, passando por diferentes áreas,
representando vários conflitos no ambiente clínico, pedagógico e desportivo. Hoje, vários
autores se contrariam a respeito dos conceitos sobre mobilidade e flexibilidade, em alguns
estudos a flexibilidade é abordada como um sinônimo de mobilidade por envolver mov-
21
3.4 FLEXIBILIDADE
Definir a flexibilidade não é uma tarefa muito fácil, pois os diferentes conceitos que
envolvem essa valência, representa debates conflitantes. Autores como Dantas (1999) e Araújo
(2000) definem como sendo uma qualidade física responsável pela execução de movimentos
voluntários de amplitudes máxima, dependendo da elasticidade muscular e da mobilidade
articular. Os autores ainda corroboram que a flexibilidade se faz necessária para uma perfeita
execução das atividades físicas, podendo minimizar os riscos de provocar lesões, sendo também
determinante e essencial para a realização de atividades físicas diárias, proporcionando ao
indivíduo uma maior liberdade de movimentos.
Para outros autores a flexibilidade é visto da seguinte forma:
22
Dentre os principais fatores que levam a diminuição da ADM estão relacionadas com
aparecimento de doenças articulares, sistêmicas, musculares ou neurológicas, agressões,
trauma, imobilização dos membros e a inatividade física. (KISNER; COLBY, 2016). Dentre os
conceitos, estão divididos em três tipos: a) amplitude de movimento passivo que consiste no
movimento articular controlado pelos esforços de uma força externa (gravidade, aparelhos ou
indivíduos), sem o uso da contração muscular voluntária da pessoa; b) amplitude de
movimento ativo que traduz no movimento controlado pelos esforços musculares, voluntários
pelo indivíduo, sem assessoria ou resistência de uma força externa, logo o indivíduo é
dependente nessa atividade; c) amplitude de movimento ativo-assistido que consiste em um
tipo de ADM ativo, aonde a assistência é feita por uma força externa, seja ela manual ou
mecânica, logo, os músculos que que iniciam o movimento precisam de uma auxílio para
completa-los (KISNER; COLBY, 2016).
Diante dos fatores que podem interferir na diminuição da amplitude de movimento estão
os fatores intrínsecos, aonde a composição anatômica da articulação, os ligamentos, a força e a
flexibilidade da musculatura são relevantes para a interferência dessa ADM. Já as causas
extrínsecas, estão a idade, lesões, tecido adiposo e doenças, tamanho dos segmentos corporais
dentre outros (KISNER; COLBY, 2016). Desta maneira, medir o grau da amplitude de
movimento articular é importante para que se tenha uma avaliação física detalhada, pois além
de identificar certas limitações articulares, permite que os profissionais acompanhem de modo
quantitativo a eficácia das intervenções (BATISTA, 2006).
Por conseguinte, os benefícios dos exercícios no ganho da ADM são essenciais para uma
boa manutenção e nutrição articular, a fim de prevenir nas aderências teciduais (KISNER;
COLBY, 2016). Todavia, os exercícios possuem um papel importante na reduçãode dores,
aumento da força muscular, produção da estabilidade articular, aumento da flexibilidade e
melhora na capacidade aeróbica (RICCI, 2006).
25
Uma vida saudável dos indivíduos durante vários séculos, estava relacionada com
algumas características físicas, como a capacidade de realizar determinado esforço físico por
um longo período de tempo, a força e a resistência muscular (SCOPEL, 2013, p. 21). Vários
estudos nos mostram que pessoas mais ativas vivem mais tempo e com mais qualidade, porém
sabemos que os novos hábitos de viver influenciaram muito na procura e na realização de
determinadas ações do nosso cotidiano, impactando diretamente na saúde da população.
Todavia, isso não era visto como uma relevância pública, pois a maioria das causas de
morte nos séculos passados estava ligadas a falta de saneamento básico e higiene como um todo
(SCOPEL, 2013, p. 21). Com o passar dos anos, o exercício físico veio se tornado fator
importante no combate e no tratamento de diversas enfermidades, dentre as principais
modificações podemos citar: crescimento populacional, aumento da expectativa de vida,
melhoramento das condições de vida etc. Porém, o que chama nossa atenção até hoje é a
evolução tecnológica, que se tornou como uma das grandes responsáveis pela inatividade física
na sociedade (NAHAS, 2010).
A inatividade física, hoje em dia, representa a quarta principal causa e de risco de
mortalidade em todo o mundo. O avanço acelerado da inatividade física traz consigo
desequilíbrios no organismo e aumento o risco de se desenvolver doenças. Logo, a atividade
física e o exercício físico (atividade sistematizada) passam a ser um fator importante no controle
do equilíbrio orgânico dos indivíduos, mas também sendo um forte aliado no controle da
abordagem terapêutica (SCOPEL, 2013, p. 22).
O treinamento resistido tem se tornado altamente popular nas últimas décadas,
atualmente ele é considerado um importante componente para o treinamento da maioria dos
esportes, bem como, para a reabilitação e prevenção de lesões (KRAEMER; RATAMESS,
2004 apud MARSON et al., 2019). O treinamento resistido (TR) é uma modalidade de exercício
físico, na qual se utiliza pesos livres, máquinas, o peso corporal e dentre diversas formas de
equipamentos, ele pode promover melhora na flexibilidade, mobilidade e fortalecimento da
região lombar (SANTARÉM, 2012). Segundo da Silva et al (2020), “o fortalecimento dos
músculos é de suma importância, no que tange, a visão de diminuição do processo de dor, pois,
desempenham um papel muito importante como protetor das estruturas passivas da coluna
vertebral”.
26
2 METODOLOGIA
A amostra do trabalho foi composta por 41 indivíduos do sexo feminino, com média de
idade 30 ± 7,4 anos. As participantes foram selecionadas conforme a regularidade da prática de
exercício físico de no mínimo 1 ano de realização da prática de musculação, possuindo
frequência semanal de treino de no mínimo 3 vezes por semana. Foram excluídos do estudo os
individuos que apresentassem doenças osteomioarticulares sem nenhum histórico prévio de
trauma ósseo de pelo menos 1 ano após o ocorrido de luxações, fraturas, entorses, tendinites e
problemas reumatológicos.
Todas as participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE). Os dados foram coletados através de uma ficha de avaliação individual contendo
perguntas para a caracterização dos participantes, como idade, sexo, tempo de prática,
frequência semanal de treinos e atividades físicas praticadas.
Para mensuração da amplitude de movimento, foi utilizada a goniometria ativa, onde o
próprio indivíduo realiza os movimentos determinados pelo examinador, sendo assim foi
utilizado como ferramenta o goniômetro universal (Carci Brasil) para a análise das articulações
do quadril (flexão) e joelho (flexão). Segundo Marques (2014) a goniometria é a ferramenta
mais utilizada para medir a amplitude de movimento de uma articulação.
Como padronização para a coleta da amplitude de movimento foi utilizado o Manual
de Goniometria elaborado pela ACE Gestão de Saúde do Estado do Rio de Janeiro contendo
as orientações da aplicação do protocolo de coleta. As coletas foram realizadas na sala de
avaliação física, sempre antes das participantes realizarem seus treinos de musculação. Já para
avaliar a prevalência e a intensidade da dor lombar, foi utilizado uma escala visual analógica
de dor (EVA), aonde as participantes assinalavam a existência de dor e sua intensidade em uma
escala de 0 a 10, dividida em leve, moderada e intensa.
Para a análise estatística foi utilizado o software BioEstat 5.0, os dados foram
apresentados através de estatística descritiva por meio dos valores de tendência central. Para
testar a normalidade dos dados, foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk, para as correlações foi
utilizado o teste de Correlação de Spearman, e para comparação entre os indivíduos com e
sem dor foi utilizado o teste de Mann-whitney. O nível de significância foi estabelecido em
0,05.
28
3 RESULTADOS
Flexão de joelho N % N % 0 0 0 0 0 0
27 65,8 14 34,1
29
4 DISCUSSÃO
A dor lombar é caracterizada por um desconforto, rigidez ou fadiga muscular que afeta
a parte inferior da nossa coluna, ela pode ser observada em cerca de 80 % da população mundial
(IMAMURA; KAZIYAMA, 2001). Contudo, a dor lombar pode se desencadear por diversos
fatores biológicos, mecânicos e até mesmo cognitivos, pois apresenta grande prevalência na
população, levando as causas frequente de morbidade e incapacidade funcional (DE SOUZA et
al., 2015 apud FERREIRA; LUCAS; BARBOSA; KERPPERS, 2018).
Nesse contexto, os resultados apresentados mostraram que a prevalência de dor se fez
presente em 58,5% dos indivíduos coletados, que responderam sim para a presença de dor
durante a execução do agachamento livre, já o restante da amostra foi representado por 41,5
% dos que não apresentaram dor. Uma possível explicação parra isso é apresentada por dos
Santos (2004, apud DA VEIGA, 2020, p. 6) em um estudo onde ele aponta que os exercícios
que mais provocam o aumento da pressão intradiscal e do trabalho dos músculos paravertebrais,
são o agachamento e o stiff. A alta prevalência de dor lombar na execução do agachamento
livre pode estar relacionada com a sobrecarga e os movimentos repetitivos sobre a coluna
vertebral, desencadeando a presença de dores nessa região.
Nessa mesma linha de Souza e Júnior (2010 apud SCOPEL, 2013, p.45) apontam em
seu estudo que os exercícios da musculação que mais causam desconforto e que podem piorar
a dor lombar são o agachamento livre. Sabe-se que durante a sua execução, a carga é suportada
pelo tronco, podendo haver dores na coluna vertebral, logo se faz necessário a prescrição do
mesmo para indivíduos que possuam capacidades físicas adequadas para sua execução. O
exercício de agachamento livre, sendo adequadamente prescrito e respeitando todas as
individualidades do sujeito, pode contribuir para o fortalecimento em geral de músculos da
parte “posterior” dos indivíduos levando em consideração o plano anatômico coronal.
Quando correlacionamos a prevalência de dor lombar com o tempo de prática, o estudo
nos mostrou uma correlação direta e estatisticamente significativa (p < 0,04), em que quanto
maior tempo de prática de musculação o indivíduo apresenta, maior a prevalência de dor lombar
relatada. Isso pode se dar pelo fato, de que com o tempo o indivíduo venha a desenvolver
técnicas de execução do exercício incorretas, podendo desencadear sobrecargas indesejadas e
padrões biomecânicos que venham a acarretar desconfortos e lesões osteomioarticulares. Estes
apontamentos são reforçados pelo estudo realizado por Guedes e Machado (2008 apud TACON,
2017, p. 25) que registrou que a dor lombar está relacionada com a presença de esforços
repetitivos, excesso de pesos, erros posturais e condicionamento físico inadequado.
31
Em um estudo realizado por Tiggemann (2020), que analisava a associação entre a dor
lombar e diversas variáveis do treinamento de força, constatou-se que os tempos de
treinamentos superiores a três anos repercutiram em uma maior incidência de dores nas regiões
dos ombros e inferior das costas (coluna lombar), quando comparados com indivíduos com
menor tempo de prática.
Nesse estudo, para a intensidade da dor, se utilizou uma escala visual analógica de dor
(EVA) onde a dor era descrita como leve, moderada e intensa, 73,2%, relataram dor leve, 26,8%
dor moderada e nenhum avaliado relatou dor intensa. Ao relacionarmos a intensidade da dor
lombar com a idade se constatou uma correlação inversa e estatisticamente significativa (p <
0,03), indicando que quanto maior a idade, menor é a intensidade da dor na execução do
agachamento livre. Em um estudo realizado por de Vitta (2011) em Bauru/SP, também foi
verificada uma correlação positiva entre intensidade da dor e idade e fez uma relação do
acúmulo de sobrecarga sobre a coluna vertebral.
Entretanto, na literatura diversos autores apresentam dados diferentes dos deste estudo,
como, Ayanniyi, Mbada e Muolokwu (2011) ao afirmarem que, com o passar da idade a
tendência dessa dor aumenta devido a chegada do envelhecimento. Ainda nessa linha Teixeira
(1999) reforça sobre o aumento da dor lombar com o avançar da idade e que este é um fator
determinante no desenvolvimento de doenças degenerativas. O aumento da dor pode ser
resultado com o acúmulo de sobrecarga, dentre outros fatores, que colocam a coluna vertebral
em risco, assim ocasionado desvios e dor.
Quando relacionamos a intensidade e a prevalência da dor lombar durante a execução
do agachamento livre com as ADM apresentadas nas tabelas 4 e 5, as correlações não
mostraram significância estatística. Este achado, corrobora com um estudo feito por SELAU
(2013) que avaliou a relação entre a flexibilidade de isquiotibiais e a ausência da dor, porém
não houve relação entre as mesmas, sendo assim mensurados por testes de ADM (KAREN et
al., 1985), como também por testes de sentar e alcançar (ROSA; LIMA; 2009). Entretanto,
Schossler et al (2009 apud TACON, 2017, p. 24) relataram que a flexibilidade de isquiotibiais
estaria ligada diretamente com a dor lombar, logo a sua diminuição poderia alterar os
movimentos naturais da pelve, coluna e quadril, contribuindo assim para a dor.
Canddotti et al (2010 apud TACON, 2017, p. 25) destaca que uma boa mobilidade da
região lombar e dos músculos posteriores da coxa, podem trazer diminuições significativas
das dores lombares. Porém, o presente estudo não achou relevância quanto a baixos níveis de
mobilidade e dor lombar no agachamento livre capazes de estabelecer uma correlação entre tais
indicadores.
32
As limitações desse estudo se deram pela falta de mais variáveis para a análise e
interpretação da dor lombar durante a execução do agachamento livre. Dessa forma, como dica
para futuros estudos, a possível inclusão de mais testes para tentar avaliar outros fatores que
venham desencadear a dor lombar durante o agachamento livre, como testes de análises
biomecânicas, prescrição do exercício para o aluno, histórico de doenças osteomusculares
dentre outros.
5 CONCLUSÃO
Neste estudo, não se observou correlação entre a ADM das articulações de quadril e
joelho com a prevalência ou com a intensidade da dor lombar na execução do agachamento
livre. No entanto, para a variável idade houve correlação com a intensidade da dor. Além
disto, quanto maior a idade, menor a intensidade da dor durante a execução do agachamento
livre. Já para a variável tempo de prática observou-se uma correlação com a prevalência da dor
na realização do agachamento livre, indicando que quanto maior o tempo de prática, maior é a
prevalência de dor lombar.
33
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APÊNDICE A
FICHA DE COLETA
IDENTIFICAÇÃO
1.1 Nome: .
1.2 Idade: anos.
1.3 Sexo: .
1.4 Profissão: .
1.5 E-mail: .
1.3 Quantas horas do seu dia você costuma destinar à prática de exercícios físicos e/ou
atividade física?
1.4 Qual outra atividade você pratica além da musculação? Qual a frequência? e quanto
tempo você realiza a mesma?
1.5 Qual outra atividade você costuma realizar no seu tempo livre?
.
41
APÊNDICE B
Sim ( ) Não ( )
Coluna Lombar
42
ANEXO A
Declaro, por meio deste termo, que concordei em ser entrevistado (a) e/ou participar da pesquisa
referente ao Trabalho de Conclusão de Curso intitulado AMPLITUDE DE MOVIMENTO E
DOR LOMBAR DURANTE A EXECUÇÃO DO AGACHAMENTO LIVRE EM
MULHERES PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO. Desenvolvido pelo aluno (a)
Anderson Muller Souza da Silva de Lima, a quem poderei contatar/consultar a qualquer
momento que julgar necessário através do (telefone) (91) 98889-5645 ou (e-mail)
mullera175@gmail.com. Fui informado (a), ainda, de que a pesquisa é orientada pelo (Profº)
Jorge Monteiro França dos Santos. Afirmo que aceitei participar por minha própria vontade,
sem receber qualquer incentivo financeiro ou ter qualquer ônus e com a finalidade exclusiva de
colaborar para o sucesso da pesquisa. Fui informado (a) dos objetivos estritamente acadêmicos
do estudo, que, em linhas gerais é construir um (a) monografia/artigo referente ao Trabalho de
Conclusão de Curso. Minha colaboração se fará de forma anônima, por meio de questionário e
coleta de medidas. O acesso e a análise dos dados coletados se farão apenas pelo (a) pesquisador
(a) e seu orientador. Fui ainda informado (a) de que posso me retirar desse (a) pesquisa a
qualquer momento, sem prejuízo para meu acompanhamento ou sofrer quaisquer sanções ou
constrangimentos. Atesto recebimento de uma cópia assinada deste Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido.
Belém-Pa, de de .