Relatorio Q
Relatorio Q
Palavras-chave: A constante universal dos gases, Gás ideal, PV = nRT, Medição de pressão
1. INTRODUÇÃO
A constante universal dos gases (R) é um parâmetro fundamental nas leis que governam o
comportamento dos gases, e sua determinação é de grande importância tanto na física quanto
na química. Este relatório tem como objetivo a determinação da constante universal de um gás
ideal, utilizando experimentos e cálculos baseados na equação dos gases ideais, PV = nRT.
Esta equação, derivada da combinação das leis de Boyle, Charles e Avogadro, descreve o
comportamento de um gás ideal, assumindo que as moléculas do gás não interagem entre si e
ocupam um volume desprezível.
● Pressão (P): Utilizando um manômetro de alta precisão.
● Volume (V): Com um recipiente volumétrico calibrado.
● Quantidade de matéria (n): Calculando a partir da massa do gás e sua massa
molar.
● Temperatura (T): Utilizando um termômetro digital para obter medidas precisas
em Kelvin.
A partir dos dados experimentais, a constante universal dos gases será calculada e analisada.
Este processo não apenas reforça os conceitos teóricos por trás da equação dos gases ideais,
mas também demonstra a importância da precisão experimental na obtenção de resultados
confiáveis. A determinação precisa de R é essencial para várias aplicações práticas e teóricas,
incluindo cálculos de energia, reações químicas e processos industriais. Este relatório busca
fornecer uma compreensão abrangente da metodologia utilizada e discutir os resultados
obtidos à luz da teoria dos gases ideais.
PV = ηRT
Existem equações mais elaboradas que levam em conta outros efeitos, como as interações
entre as moléculas do gás, e que representam mais fielmente o comportamento dos gases
reais. A mais simples delas é a equação de Van der Waals
Termômetro;
Fita de magnésio.
1. Pesar uma parte da fita de magnésio limpa e seca (0,0400 a 0,0720 g).
4. Em seguida abrir a torneira do funil fazendo com que o HCl entre em contato com as
aparas de magnésio provocando a reação.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os experimentos que abordaram o uso da lei do gás ideal, também conhecida como
equação de estado para o gás ideal, foram conduzidos no ambiente controlado do
laboratório de físico-química da UFMA. Estas investigações conduziram à coleta de dados
específicos relacionados à pressão e volume do gás hidrogênio (H2) para determinação da
constante universal do gás ideal “R”. Para isso, considerando que muitos metais reagem em
meio ácido produzindo gás hidrogênio e seu metal na forma iônica aquosa, a obtenção do gás
hidrogênio para este experimento foi possível através da reação entre um metal
alcalino-terroso e um ácido forte, como é descrito pela reação química a seguir:
Essa reação pode ser encarada como uma reação de oxirredução, onde o metal é
oxidado a um íon carregado positivamente, e o H+ é reduzido a H2. Sabendo que a relação de
Mg para H2 é 1:1, a quantidade de hidrogênio produzido é igual à quantidade de mols de
magnésio consumido:
( )𝑀𝑔 = ŋ de H
𝑚
𝑀 2
𝐵
log10(p)= 𝐴 − 𝐶+𝑇
Onde:
P = pressão absoluta do vapor
T = Temperatura (em Celsius)
A, B, C = coeficientes de Antoine específicos à substância
Para o vapor de água à 24,5°C, os valores típicos das constantes A, B e C são:
A = 8.07131
B = 1730.63
C = 233.426
Substituindo esses valores na equação de Antoine e resolvendo para P a 24,5°C:
1730.63
log10P = 8.07131− 24.5+233.426
log10P ≈ 1.3615
Para encontrar P, usamos a função inversa do logaritmo:
1.3615
P ≈10
P ≈ 22,987 mmHg
𝑇 = 24 + 273, 15 = 297, 15 𝐾
Sabendo que o volume ocupado por um gás por mol de substância é chamado de
volume molar. Podemos representá-lo pela letra Vm, e é calculado dividindo o volume total
ocupado pelo gás pelo número de mols do gás presente. Utilizando a lei do gás ideal,
podemos calcular qual o volume ocupado por 1 mol de um gás ideal a qualquer temperatura e
pressão. Portanto, a lei do gás ideal pode ser expressa como:
( ) = 𝑅𝑇
𝑃
𝑉
𝑛
Figura 1 Volume molar: V versus ŋ Uma maneira pela qual podemos verificar o quão
precisamente a lei dos gases ideais descreve nosso sistema no experimento realizado é
comparando o volume molar do gás real (curva superior) , com o volume molar de um gás
ideal (curva inferior), em uma mesma temperatura e pressão.
Observando o gráfico, podemos perceber que o volume molar do gás real é maior do
que o volume do gás ideal nas mesmas condições de pressão e temperatura. Se calcularmos o
fator de compressibilidade Z, encontraremos um valor maior que 1. Isso implique que, à altas
pressões, o volume molar do gás real é maior do que o volume molar do gás ideal.
𝑉
𝑛 𝑃𝑉
𝑍= 𝑅𝑇 = 𝑛𝑅𝑇
𝑃
Z1 = 1,7
Z2 = 1,6
Z3 = 1,1
Figura 2 Gráfico PV vs nT. De acordo com o gráfico construído com os dados experimentais,
podemos ver que quando o número de mols de gás aumenta junto com a temperatura, o valor
de PV diminui. Isso pode ocorrer porque, ao aumentar o número de mols, o volume ocupado
pelo gás aumenta, enquanto a temperatura mais alta aumenta a velocidade média das
moléculas do gás. Como resultado, as interações entre as moléculas se tornam mais
significativas, levando a uma diminuição na pressão do gás quando combinada com o
aumento do volume.
Para determinação de R, usaremos a lei do gás ideal, com os dados de P, V e T
conhecidos. A pressão será expressa em atmosferas, usando o fator de conversão a seguir:
1𝑎𝑡𝑚
(𝑥)𝑚𝑚𝐻𝑔 × 760𝑚𝑚𝐻𝑔
= (𝑦)𝑎𝑡𝑚
CONCLUSÃO
Com base nos experimentos realizados para determinar a constante universal do gás
ideal, foi possível observar que os dados coletados apresentaram uma discrepância em relação
ao valor teórico esperado para a constante R. Essa diferença resultou em um erro relativo na
determinação da constante, indicando que o modelo do gás ideal não descreve com precisão o
comportamento dos gases reais nas condições experimentais utilizadas.
Ao analisar o comportamento dos gases reais, verificou-se que o volume molar do gás
real foi maior do que o volume previsto para um gás ideal sob as mesmas condições de
pressão e temperatura. Isso foi evidenciado pelo cálculo do fator de compressibilidade Z, que
apresentou valores acima de 1 para as diferentes amostras analisadas. Essa observação sugere
que, em altas pressões, as interações entre as moléculas de gás se tornam mais significativas,
levando a um aumento no volume molar do gás real em relação ao gás ideal.
REFERÊNCIAS