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Vida

Livro de romance

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Uma história sem você

Capítulo 1: A Primeira Mensagem

Estava só em casa, jogando, quando meu celular vibrou. Olhei de relance,


pensando que fosse uma notificação qualquer, mas era uma mensagem
dele. Neytan. Meu primo. Senti meu coração bater forte com aquele simples
“Oi”. Como é que uma palavra tão curta conseguia me deixar assim?

Respondi “Oi, tudo bem?” e esperei que ele respondesse. Quando a


mensagem chegou, eu li e reli, sem acreditar. Ele perguntou como eu estava
e falou um pouco sobre a vida dele. Falamos por dez minutos, mas parecia
uma eternidade. Depois que a conversa acabou, percebi que, mesmo sem
vê-lo, eu já sentia algo forte.

Eu já gostava dele há tanto tempo, mas nunca tive coragem de dizer nada.
Ele era um primo distante, alguém que eu mal conhecia pessoalmente, mas
que sempre estava ali, em conversas, em lembranças. Só que agora… agora
ele parecia tão próximo.

Capítulo 2: O Encontro

Dois meses se passaram. Dezembro chegou, e minha família estava se


preparando para o Natal. Esse ano, íamos passar todos juntos, e eu sabia
que ele estaria lá. Estava ansiosa, nervosa e com medo ao mesmo tempo. E
se ele não fosse nada do que eu imaginava? E se, ao vê-lo, eu percebesse
que estava me iludindo?

No dia 23, fomos a uma festa em família. Estava distraída, até que minha tia
Amélia comentou que a família de Neytan já tinha chegado. Meu coração
disparou. Não sabia o que fazer, como reagir. Parecia que tudo estava
acontecendo ao mesmo tempo. Voltamos para casa, e lá estava ele.

Quando o vi pela primeira vez, quase travei. Ele estava ali, em pé, rindo,
com aquele sorriso que eu já conhecia tão bem pelas fotos e mensagens.
Ele era ainda mais bonito ao vivo, e por um segundo, fiquei sem saber o que
dizer. Fingi que não o vi e fui direto procurar meu carregador, tentando agir
normalmente.

Só que acabei pegando o carregador dele por engano. Ele veio até mim, e
quando me entregou o carregador, nossas mãos se tocaram por um
segundo. Ele sorriu e disse “Esse é meu, mas se precisar, pode usar”.
Aquele sorriso me desmontou.

Mais tarde, já quase de madrugada, ficamos juntos na sala conversando. Ele


me perguntou se eu tinha namorado, e respondi que não, meio sem jeito.
Ele riu e disse que era bom, porque assim ele não teria “concorrência”. Meu
coração quase parou. Fiquei pensando no que aquilo significava, tentando
entender se ele sentia o mesmo.

Capítulo 3: Primeiro Beijo

Naquela mesma noite, conversamos até tarde. Ele me fazia rir, me contava
coisas da vida dele, e eu me sentia cada vez mais próxima. Às três da
manhã, quando todos já estavam dormindo, ele me olhou e perguntou se
podia me beijar. Não respondi, apenas fiquei olhando para ele, tentando
entender se aquilo era real.

Ele se aproximou devagar e, antes que eu percebesse, senti seus lábios nos
meus. Foi um beijo suave, mas intenso. Era como se o tempo tivesse
parado. Foi o melhor momento da minha vida. Quando nos separamos, eu
só conseguia pensar que aquele beijo era o começo de algo que eu não
sabia explicar, mas que parecia mais forte do que tudo.

Capítulo 4: O Segredo

A partir daquele momento, começamos a viver um romance secreto. Cada


conversa, cada mensagem, cada olhar trocado, era como um pedaço de um
sonho que eu não queria acordar. Neytan fazia tudo parecer mais intenso, e
eu me sentia especial, como se fosse a única pessoa no mundo para ele.

Mas sempre havia aquele medo de alguém descobrir. Sabíamos que, se


nossos pais soubessem, tudo estaria acabado. Tentávamos ser discretos,
mas sempre que ele olhava para mim, eu não conseguia esconder o sorriso.
A cada toque, eu sentia que estávamos arriscando tudo, mas não conseguia
me afastar.

Tudo ia bem, até que minha mãe nos ouviu conversando. Ela suspeitou de
algo e acabou confrontando a mãe dele. Neytan negou tudo. Disse que
éramos apenas amigos e que não havia nada entre nós. Meu coração se
partiu naquele instante. Como ele podia fazer isso? Como ele podia negar o
que tínhamos?

Depois desse episódio, ele parou de responder minhas mensagens. Não


atendia minhas ligações, e eu fiquei ali, sozinha, tentando entender o que
tinha acontecido. Dias depois, descobri que ele estava namorando outra
pessoa. Era como se meu mundo tivesse desabado.

Capítulo 5: Coração Partido

Tentei ser forte, mas cada vez que via uma foto dele com ela, sentia que
algo dentro de mim estava se quebrando. Ele ainda dizia que me amava,
mas que precisava de tempo, que era uma fase. E eu, estúpida, acreditei.
Esperava por ele, achando que, em algum momento, ele voltaria para mim.

Mas as semanas passaram, e ele continuava com ela. Cada mensagem que
ele me enviava parecia um veneno, algo que me destruía, mas do qual eu
não conseguia me afastar. Eu sabia que ele não ia voltar, mas o que fazer
com esse amor que ainda queimava dentro de mim?

Capítulo 6: Tentativa de Superação

Tentei de tudo para esquecê-lo. Mergulhei nos estudos, comecei a sair mais,
a fazer coisas que gostava. Mas, no fundo, ele ainda estava ali, presente em
cada pensamento, em cada canção.

No começo de novembro, ele voltou a me procurar, dizendo que ainda


pensava em mim, que se eu fosse vê-lo, faria tudo diferente. Eu queria
acreditar, queria mais do que tudo que ele me amasse de verdade. Mas
sabia que não podia me enganar mais.
Respondi, dizendo que era melhor cada um seguir seu caminho. E, pela
primeira vez, senti uma paz dentro de mim. Entendi que o amor que eu
sentia por ele era real, mas que eu merecia mais do que um amor
escondido, quebrado, cheio de promessas vazias.

Capítulo 7: Tentando Seguir em Frente

Depois daquela última mensagem, onde finalmente disse a ele que era
melhor cada um seguir seu caminho, eu esperava sentir um alívio maior.
Mas, na verdade, tudo parecia mais vazio. Não era como se o sentimento
tivesse sumido — estava ali, ainda dolorido, mas de algum jeito, eu sabia
que aquele vazio era necessário para conseguir me reconstruir.

Comecei a me concentrar em mim. Voltei a jogar com mais frequência, a


ouvir minhas músicas preferidas para me distrair, e, aos poucos, reencontrei
coisas que eu gostava de fazer antes de ele entrar na minha vida. A música
de Taylor Swift e Billie Eilish, que antes me lembrava tanto dele, agora
começava a me ajudar a transformar a dor em força. Era como se,
finalmente, eu estivesse entendendo que esse amor impossível tinha me
ensinado alguma coisa sobre quem eu era e sobre o que eu merecia.

Mas, no fundo, ainda existia uma parte de mim que queria ouvir ele dizendo
que estava arrependido, que queria tentar de novo, que seria capaz de ser
honesto sobre o que sentia. Me pegava olhando para o celular, esperando
uma mensagem dele, uma última prova de que ele poderia lutar por nós…
mas nada vinha.

Capítulo 8: Uma Nova Visita

No começo de novembro, minha mãe comentou que talvez fôssemos visitar


alguns parentes na cidade dele. A ideia de ir para lá me deixou dividida:
parte de mim queria ir, encará-lo e tirar essa história a limpo, enquanto
outra parte só queria fugir, evitar tudo isso e me proteger de mais
sofrimento.

No fim, acabei decidindo ir. Não podia continuar fugindo. Se eu o


encontrasse, que assim fosse. Talvez, encará-lo de verdade, sem as
idealizações que eu criava na minha cabeça, fosse o que eu precisava para
finalmente seguir em frente.

Quando cheguei lá, os mesmos sentimentos de antes começaram a me


invadir, como um filme passando diante dos meus olhos. As lembranças dos
nossos momentos juntos, das conversas na madrugada, dos sorrisos e dos
beijos escondidos… tudo parecia tão perto e tão distante ao mesmo tempo.
Mas algo em mim estava diferente. Eu não era mais a mesma garota
apaixonada que ele havia deixado para trás.

Capítulo 9: O Encontro

Era uma tarde calma, e eu estava na casa da minha tia, quando ouvi a voz
dele. Meu coração acelerou, mas dessa vez, não deixei a ansiedade tomar
conta. Ele entrou na sala, e nossos olhares se cruzaram. Ele sorriu, mas era
um sorriso diferente, como se tentasse fingir que tudo estava bem entre
nós. E eu, pela primeira vez, consegui manter a calma.

Conversamos um pouco, trocamos algumas palavras sobre coisas banais.


Ele me olhava como se esperasse que eu trouxesse à tona tudo o que
havíamos vivido, mas eu permaneci em silêncio. Percebi que, ao não dizer
nada, era eu quem controlava aquela situação. Eu já não precisava de
explicações, nem de desculpas. Eu já sabia o que significava o que
havíamos passado, e sabia que agora estava melhor sem ele.

Capítulo 10: Uma História Sem Te

Aqui estou eu, escrevendo essa história que nunca teve um final feliz, mas
que, de alguma forma, me ensinou tanto sobre quem eu sou. Neytan
sempre terá uma parte de mim, uma parte que nunca vou conseguir
apagar, mas eu mereço muito mais do que promessas vazias e esperanças
rasgadas. O que começou em dezembro do ano passado , o que ardeu como
um fogo intenso, agora se acalma como uma chama que está prestes a se
apagar.

E assim eu sigo em frente, com a certeza de que essa história ainda não
acabou. Mas agora, pela primeira vez, eu estou no controle.

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