Credo Licao 6
Credo Licao 6
Isaías 7:14 Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz
um filho, e chamará o seu nome Emanuel.
Lucas 1:31
Você ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Jesus.
34Perguntou Maria ao anjo: “Como acontecerá isso, se sou virgem?”
35 O anjo respondeu: O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com a sua
sombra. Assim, aquele que há de nascer será chamado Santo, Filho de Deus.
O trecho do símbolo apostólico que vamos analisar hoje diz respeito ao nascimento de Jesus.
Nasceu da virgem Maria Por que era essencial que Cristo nascesse de uma virgem?
A afirmação “Nascido da virgem Maria” , portanto, faz pelo menos esta declaração geral: que a
existência de Deus em Jesus Cristo tem também uma origem humana e é, pois, também, uma
existência simultaneamente divina e humana.
Nascimento virginal é algo impossível, exceto por um milagre. Não apenas o milagre relacionado à
gravidez em si, mas o milagre de uma nova criação, uma nova humanidade. O renascimento de
alguém que está espiritualmente morto ( Ef 2:1) é um milagre, o milagre da regeneração por Jesus
Cristo. Esse segundo milagre depende do primeiro. Porque Jesus Cristo é verdadeiro homem e
verdadeiro Deus, ele é capaz de refazer o homem segundo a sua imagem. Ele é capaz de preservar o
homem dos poderes das trevas, e é capaz de sujeitar todas as coisas ao seu domínio. De fato, o
objetivo da história é declarado de antemão: “O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu
Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos” (
Ap 11:15).
O termo theotokos mãe de Deus tornouse popular após o Concílio de Éfeso (ano 431 d.C).
Neste concílio, o que estava em jogo era se o Filho nascido de Maria possuía apenas a natureza
humana ou as duas naturezas: a humana e a divina. O resultado positivo deste concílio foi a doutrina
da natureza hipostática de Cristo: verdadeiro Deus e verdadeiro homem. O resultado negativo foi a
deturpação do termo theotokos. O autor James R. White ensina: “Maria não é mãe de Deus no
sentido de que ela trouxe à luz a existência de Deus. Nós normalmente usamos a palavra “mãe” para
nos referirmos a alguém que nos trouxe à luz como indivíduos, e de quem derivamos nossa natureza
humana. Todavia, a Pessoa divina que se tornou Jesus, o eterno Filho de Deus (Colossenses
1:1317), o Logos (João 1:114), já existia desde toda a eternidade e é o Criador de Maria. Ela foi
usada para trazer o Encarnado ao mundo, mas ela não adicionou algo ou trouxe à luz o Filho Eterno
que veio ao mundo através dela. Seu filho era totalmente divino (por conseguinte, ela é
theotokos
portadora de Deus), mas ela mesma não produziu a divindade de seu Filho. Por esta razão, não há
nada sobre o termo theotokos que de alguma forma exalte Maria, mas somente Cristo”.
Nós a vemos como mulher de louvor, oração e piedade. Seu cântico em Lucas 1.4655, e que se
assemelha em forma e conteúdo ao de Ana (1Sm 2. 110), é uma linda página de sensibilidade e
profunda espiritualidade. Atos 1.14 apresenta Maria em oração com outros crentes, sem ter, porém,
autoridade e prioridade sobre o grupo. Piedosa, realizou todos os ritos fixados pela Lei: a
circuncisão, a purificação, a apresentação no Templo, e ano a ano realizava uma peregrinação a
Jerusalém na Páscoa. Após o nascimento de Jesus, trouxe duas ofertas. Uma era queimada
(simbolizava completa rendição à vontade de Deus); a outra era oferta pelo pecado (cf. Lv 2.2224;
12.68).
Queremos insistir no fato que Maria foi mulher de profunda sensibilidade espiritual
. Sua fé e sua
disposição de servir a Deus nos chamam a atenção, por isso deu uma atenção cuidadosa, à educação
de seu filho nas tradições religiosas do seu povo, o povo judeu.
Mas ela reconhecia a necessidade de um Salvador (Lc 1.47). Tinha absoluta consciência de que
Jesus era, não só humano, mas também divino e enviado por Deus (Gl 4.4) . Lucas 2.18 e 51 nos
mostram que ela meditava cuidadosa, profunda e assiduamente sobre seus deveres. É o protótipo da
mulher de reflexão; é o modelo, exemplo da esposa cristã ideal.
Maria deixou um mandamento: “Fazei tudo quanto Ele [Cristo] vos disser” (Jo 2.5). Confessa ter
confiança plena no poder divino do seu filho.
“Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas
sobre ele permanece a ira de Deus”(Jo 3. 36).
“Quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo
mas já passou da morte para a vida”(Jo 5.24).
“Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome a sua cruz, e sigame. Pois quem quiser
salvar a sua vida, perdêlaá; mas quem perder a sua vida por amor de mim e do evangelho,
salválaá”(Mc 8. 34,35).