Egito Antigo
Egito Antigo
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se
organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul.
Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro
faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
Sociedade egípcia
A antiga sociedade egípcia estava dividida de maneira rígida e nela praticamente não havia mobilidade social.
No topo da sociedade encontrava-se o Faraó e sua imensidão de parentes. O faraó era venerado como um verdadeiro deus,
pois era considerado como o intermediário entre os seres humanos e as demais divindades. Por isso, era uma monarquia
teocrática, ou seja, um governo baseado nas ideias religiosas.
Abaixo do faraó e de sua família vinham as camadas privilegiadas como sacerdotes, nobres e funcionários. Na base da
pirâmide social egípcia estavam os não privilegiados que eram artesãos, camponeses, escravos e soldados.
Os sacerdotes formavam, junto com os nobres, a corte real. Tanto a nobreza como o sacerdócio eram hereditários
compondo a elite militar e latifundiária.
Os escribas estavam a serviço do Estado para planejar, fiscalizar e controlar a economia. Por isso, sabiam ler e escrever e
eram eles que anotavam os feitos do faraó durante o seu reinado. Estes textos seriam colocados nos seus túmulos quando
morressem.
Já o exército era constituído por jovens que eram convocados em tempo de guerra e soldados mercenários estrangeiros
contratados pelo Estado.
Por sua parte, os artesãos eram trabalhadores assalariados que exerciam diferentes ofícios como cortadores de pedra,
carpinteiros, joalheiros, etc. Os camponeses formavam a maior parte da população, trabalhavam na agricultura, na criação
de animais e deviam pagar altos impostos.
Na sociedade egípcia, as mulheres tinham uma posição de
prestígio. Podiam exercer qualquer função política, econômica
ou social em igualdade com os homens de sua categoria social.
Isto significava, inclusive, que poderiam ser faraós, como foi o
caso de Cleópatra.
Civilização egípcia
Na medicina, os egípcios escreveram vários tratados sobre remédios para cura das doenças, cirurgias e descrição do
funcionamento dos órgãos. Também existiam os médicos especialistas e seus ajudantes, equivalentes aos atuais
enfermeiros.
Na escrita, a sociedade egípcia desenvolveu a escrita pelos hieroglifos. Estes eram figuras de animais, partes do corpo ou
objetos do cotidiano que era utilizado para registrar a história, os textos religiosos, a economia do reino, etc.
Cultura egípcia
A principal arte desenvolvida no Egito Antigo foi a arquitetura. Profundamente marcada pela religiosidade, as
construções voltaram-se principalmente para a edificação de grandes templos como os de Karnac, Luxor, Abu-Simbel e
as célebres pirâmides de Gizé, que serviam de túmulos aos faraós, entre as quais se destacam Quéops, Quéfren e
Miquerinos.
A pintura egípcia era muito peculiar, pois representava o corpo de frente, mas a cabeça estava sempre de perfil, caso o
retratado estivesse de pé. No entanto, se estivesse sentado, tanto o corpo como a cabeça estariam de perfil. Pintavam-se as
paredes dos palácios, templos e especialmente, as tumbas destinadas aos faraós.
A pintura representava cenas familiares e do cotidiano do reino, como procissões, nascimento e morte, mas também, o
cultivo e a colheita. Hoje, as pinturas nos permitem reconstruir o dia a dia dos egípcios.
A escultura egípcia, de grande porte, retratava as esfinges, criaturas fantásticas, deuses e faraós. Merece atenção as obras
de pequeno tamanho como os sarcófagos, de pedra ou madeira, nos quais os artífices procuravam reproduzir as feições do
morto, para ajudar a alma a encontrar o corpo. Alguns, inclusive, chegavam a incrustar pupilas de cristal nos olhos.
Economia egípcia
O rio Nilo era responsável por mover a economia, pois após as cheias, quando a terra estava fértil, plantavam-se trigo,
cevada, frutas, legumes, linho, papiro e algodão. De igual maneira, o Nilo servia para pesca e garantia a unidade política
ao antigo Egito, porque era uma via utilizada para comunicar os dois pontos do território.
Para melhor aproveitar o rendimento do terreno, os egípcios desenvolveram sistemas de medida e contagem. Afinal, os
impostos eram pagos conforme o tamanho da área cultivada e era preciso anotar com exatidão as quantidades cobradas.
A terra pertencia ao faraó e os camponeses eram obrigados a da parte de seus produtos para o Estado em troca do direito
de cultivar o solo. No entanto, a construção de diques, reservatórios e canais de irrigação era tarefa do Estado, que
empregava tanto mão de obra livre quanto escrava para fazê-lo
1. Analise como as cheias do rio Nilo influenciavam a agricultura e a economia do Egito Antigo.
.
2. Caracterize a estrutura social do Egito Antigo e explique como ela impactava a vida dos indivíduos.
3. Comente sobre a importância da religião na vida cotidiana dos egípcios e como isso se refletia em suas práticas
sociais e políticas.
4. Compare a escrita hieroglífica com outros sistemas de escrita da Antiguidade e discorra sobre suas
particularidades.
5. Defina o papel dos escribas na sociedade egípcia e sua importância para a administração do Estado.
.
6. Demonstre como a arquitetura egípcia reflete as crenças e valores da civilização.
.
7. Explique a relação entre a economia do Egito Antigo e o rio Nilo, destacando a importância desse recurso
natural.
8. Justifique a relevância da civilização egípcia para a história da humanidade e suas contribuições que perduram
até hoje.