APOSTILA Básica GESTÃO DE PESSOAS
APOSTILA Básica GESTÃO DE PESSOAS
Sucupira
GESTÃO DE PESSOAS
APOSTILA BÁSICA
2024
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IFPI campus Piripiri Téc. Adm., 2º ano ( 2024.2 ) GESTÃO DE PESSOAS (apostila básica) Prof. Me. Clenilson de S. Sucupira
GESTÃO DE PESSOAS
"Há certas coisas que, para sabê-las bem, não basta havê-las aprendido"
(Lucius Annaeus Sêneca; Corduba, 4 a.C. — Roma, 65 d.C.)
Quando o célebre romano e filósofo Sêneca dita o pensamento acima, acredita e nos faz
acreditar que o verdadeiro saber advêm, não simplesmente do ‘ter aprendido’, a partir, por exemplo,
do ter visto ou ouvido ou lido, mas sim do aperfeiçoamento, da vivência, ou melhor: quando
incorporamos o que foi aprendido à nossa vida, plenamente. É necessário transformar o “conhecer”
em “saber fazer”, e este em “ser” e “respeitar”
A disciplina “Gestão de Pessoas”, ministrada pelo Prof. Clenilson neste curso técnico, propõem
justamente encontrarmos o caminho para uma gestão eficaz dos recursos, processos e rotinas,
relativamente à Gestão de Pessoas, mas também para a convivência e o desenvolvimento de Pessoas.
E a própria G.P., por sua vez, precisa buscar seus resultados a partir de conhecimentos e conceitos
atuais sobre gestão de talentos, legislação e modelos modernos de gestão de processos e comunicação,
valorizando o comprometimento com o planejamento e controle estratégicos, e com a ética.
Esta apostila é básica, pois a disciplina, no atual curso, está dividida em cinco tópicos, conforme
consta no Plano da Disciplina (disponibilizado às turmas):
I – Administração e Gestão de Pessoas
II – Gestão de Pessoas em sua dimensão burocrática (rotinas e legislação)
III – Gestão Estratégica de Pessoas com base em competências
IV – Gestão de Pessoas em sua dimensão Estratégica:
4.1 – Noções de Planejamento Estratégico (noções gerais)
4.2 – Sistemas e Processos de Gestão de Pessoas
V – Gestão de Pessoas, Cultura e ambientes organizacionais (tópicos especiais)
No tópico II trabalharemos aspectos legais da G.P., em paralelo aos demais conteúdos. Trata-
se de tópico a partir do qual faremos várias reflexões sobre a relação de trabalho, sendo inclusive um
conteúdo voltado à cidadania. E no tópico V trabalharemos temas extras e mais atuais da G.P.,
tendências e conteúdos relacionados a valores éticos, segurança no trabalho, etc.. O tópico V será
trabalhado de forma transversal e em paralelo aos demais conteúdos, especialmente por meio de
pesquisas e atividades, leituras e exposições em sala.
Sucesso!
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Sumário
1 – Introdução ............................................................................................................ 4
- Conceito de gestão, de gestor, e a diferença entre Administração e Gestão ........................... 4
- Gestão de Pessoas versus Setor Pessoal ................................................................................ 5
- Empregado, funcionário ou colaborador ................................................................................... 6
- Os novos jeitos de pensar – paradigmas que influenciam o setor pessoal .............................. 6
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1 – Introdução
- Conceito de gestão, de gestor, e a diferença entre Administração e Gestão
Hoje, contemporaneamente, essas funções são muito mais amplas, e envolvem, por
exemplo, as funções de Marketing, Logística, Pesquisa & Desenvolvimento, Compras, e a nossa
“Gestão de Pessoas”, dentre outras.
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Em relação à figura que trata das “dimensões” da Gestão de Pessoas, diferenciando as questões
“Estratégias” das questões “Operacionais”, registre-se que o Setor de Pessoal (ou Administração /
Gestão de Pessoal) se constitui da parte que lida com questões legais, e não necessariamente
estratégicas relativas aos trabalhadores, e que, embora orientem e facilitem crescimento das pessoas,
tão somente aplicam as políticas de pessoal (da Gestão de Pessoas), sendo responsável pelas
exigências burocráticas e legais, como registros e contratos, folhas de pagamento e contracheques,
guias de depósito do FGTS e INSS, etc..
Ou seja:
- Dimensão Burocrática possui os seguintes valores:
1) Satisfazer a Legislação Trabalhistas;
2) Rotinas; e
3) Manter os registros. Observação: opção de terceirizar os serviços do Setor Pessoas,
contratando escritório de Contabilidade;
Muitos debatem em torno de qual termo correto. Na verdade tudo depende do contexto no qual
estaremos a discutir, pois:
- A CLT designa os termos “empregado” ou “trabalhador” e “empregador” (no caso a empresa);
- A administração contemporânea emprega e utiliza o termo “colaborador”;
- A economia o termo “funcionário” e “empresa”.
Por que o termo colaborador? Ora, pois se trata de pessoa que está de corpo e alma na
organização, que não apenas trabalha, mas desenvolve seu trabalho, conscientemente, em busca de
crescimento seu próprio e o da empresa. E ainda algumas empresas emprega ainda o termo
“associado”.
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2 – Introdução à Administração
- Administração: finalidades e tendências
- Origens e Teorias
Muito embora tenha sido em 1881 (também nos EUA) que o primeiro curso de administração
surgiu, na Universidade da Pensilvânia, considera-se como data maior o ano de 1911, quando
Friederick W. Taylor, engenheiro americano, lança seu livro “Estudo dos Tempos e Movimentos”,
provocando reais reflexões a respeito da racionalização no trabalho e a importância do planejamento
e controles administrativos.
Após Taylor, ou seja, após sua obra, seguiu-se outros trabalhos, denominados de teorias e
escolas da administração, estudados sob determinadas abordagens, vejamos algumas:
- Teoria do
Desenvolvimento
Organizacional
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As Organizações podem ser do tipo que buscam lucros, que são as empresas, mas também
existem organizações que possuem objetivos diversos do lucro em si, sendo, por exemplo,
filantrópicas, religiosas, etc..
As organizações criam cultura mas não de forma isolada, mas de forma sistêmica, em contato
direto com muitas outras organizações e mesmo em contato e na verdade inserida na sociedade, por
meio, por exemplo, das trocas “matérias-primas → vendas”, ou “mão-de-obra → produção”, ou
“informação → tomada de decisão”, ou “informações → ações de marketing”, e assim por diante.
Embora não sejam criadas apenas para ter pessoas, as organizações são conjuntos sistêmicos
e integrados de pessoas (estrutura social)
Podendo ser vista, em relação às pessoas, como um Sistema que atrai, seleciona, prepara e
aplica essas pessoas, de forma a garantir que os resultados sejam alcançados.
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Mas esse relacionamento muitas vezes se resume às questões meramente legais (que são
imprescindíveis, mas insuficientes para resultados), limitando-se a controles burocráticos e gerando
descompassos entre as necessidades e desafios organizacionais e as necessidades humanas das
pessoas. E para se resolver tal conflito, faz-se importante um Modelo de Gestão de Pessoas, que
veremos à frente.
Assim, a Gestão de Pessoas precisam atuar para evitar tais conflitos, prevenindo-os, por
exemplo, quando aplica processos de Recrutamento e Seleção, pois visa escolher aqueles candidatos
que apresentam valores compatíveis (além das competências técnicas) com os da Organização (já
presentes no seu Plano Estratégico);
Porém, mesmo quando a Gestão de Pessoas aplica as técnicas e métodos corretos, apenas
minimiza muito o risco de seleção de pessoas incompatíveis com os cargos; pois ao final deve ser
tomada uma decisão: contratar ou não contratar, por exemplo. Pois a missão da G.P. será o de buscar
equilíbrio entre objetivos pessoais de cada colaborador e os objetivos da Organização.
Assim como toda ciência – e com a Administração enquanto ciência não seria diferente –
precisa de objeto de estudo, há de se formar também em torno de sua busca de conhecimento ou em
torno de sua prática (como é o caso da Gestão, que aplica os conhecimentos da Administração, suas
técnicas e métodos, nas organizações) Princípios.
Esses Princípios da Administração foram trabalhados por diversos autores, mas, em especial,
ficaram conhecidos e anda hoje aceitos os 14 Princípios da Administração de Henry Fayol (embora
existam autores contemporâneos que preferem outros princípios, embora não contradigam Fayol);
quais sejam:
n
2. Autoridade e 8. Centralização.
n
responsabilidade.
n 9. Cadeia escalar.
n
3. Disciplina.
n 10. Ordem.
n
4. Unidade de comando. 11. Equidade
n
n
5. Unidade de direção.
n 12. Estabilidade do pessoal.
n
6. Subordinação dos interesses
13. Iniciativa.
individuais aos interesses gerais. n
n
14. Espírito de equipe.
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Funções da Administração são as atividades que devem ser desempenhadas em todo e qualquer
processo administrativo nas organizações, e por cada uma de suas unidades. Houveram evoluções
diversas, mas em nenhum momento as funções da administração perderam a sua essência e sua
abordagem geral básica, cujos elementos (chamados de Funções do Administrador, conforme Henry
Fayol), seriam:
A Administração, sendo uma Ciência Social, vem, desde H. Fayol, evoluindo conceitualmente,
e, desta forma, outros autores vislumbram as funções do Administrador como contidas num outro
conjunto de ações. Vejamos as “visões” de alguns autores:
Luther Gulick:
- Planejar
- Organizar
- Gerir Pessoas & Assessoria
- Dirigir
- Coordenar
- Controlar & Gerir Informações
- Orçamentos
Elizenda Orlickas (2010), Defende que cada Função Administrativa tem as seguintes COMPETÊNCIAS:
- Buscar Inovar - Empregabilidade
- Comprometimento - Orientação para Resultados
- Comunicação - Planejamento
- Empreendedorismo - Relação Interpessoal
- Flexibilidade - Dar e receber Feedback
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No livro “Modelos de Gestão: das teorias da Administração à Gestão Estratégica” (2010) a autora
defende a leitura dos clássicos, e conceitua que GERENCIAR é processo “de PENSAR, de DEFINIR, e de
ATUAR para atingir RESULTADOS, “fazer acontecer”, e colocando as Pessoas no centro.
Estratégias
Liderança
GESTÃO DE PESSOAS
AVALIAÇÃO
Aprendizado
Controles
Figura: Prof. Clenilson
Vê-se então que há consenso numa coisa: Administrar é um Processo, que envolve etapas e
conhecimento que se INTEGRAM, e que, embora autores tenham visões e construam o seu
“processo” de forma distinta da de Fayol (que na verdade já tem mais de cem anos), a essência
continua a mesma: alcançar resultados que foram PLANEJADOS.
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Todo gestor estará sempre em meio a questões ligadas a pessoas, sejam em atividades
específicas e rotineiras, ou intermediando conflitos, formando equipes, avaliando e motivando
colaboradores; logo, a responsabilidade sempre será inata àquele que se candidate a ser administrador.
Deve desenvolver inteligências técnicas, emocionais e políticas.
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Sendo a Administração uma ciência social aplicada, cabe-lhe desenvolve e avaliar ferramentas,
métodos e técnicas que serão utilizadas pela Gestão em determinadas áreas da Organização (objeto
de estudo e ao mesmo tempo locus de atuação do gestor).
Acontece que tais Organizações, sendo entidades Sociais (portanto desenvolvem cultura, que é
o conjunto de soluções criadas e valorizadas pelos grupos em seus desenvolvimento e sobrevivência,
que se acumulam enquanto soluções viáveis e seguras, e que são repassadas para outras gerações), e
as do tipo empresarial também sistemas tecnológico e econômico, estão inseridas no ambiente social,
dinâmico, instável e competitivo (caótico), onde para sobreviver se faz necessário que sejam racionais
e racionalizantes (refinam o que entra e o que produzem). Pois o ambiente é
De tal forma que a Gestão de Pessoas precisará contribuir com tal “refinamento”; por exemplo
nos processos de recrutamento e seleção, etc., para evitar os “choques” dos quais falamos
anteriormente e para cumprir sua missão, de promover o equilíbrio entre as pessoas e a própria
Organização.
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É o conjunto de ações que visam identificar competências que uma função precisa, fazer o
cruzamento das informações apuradas e identificar o gap para determinar necessidades de
treinamento e o grau de desenvolvimento dos colaboradores. A Gestão de Pessoas por Competências
foca a ação e a função, e não somente o cargo, tendo em vista que o colaborador “é” aquilo que faz,
e não o que está escrito em seu cargo, na sua carteira de trabalho ou contrato.
1 - Competências Técnicas: tudo que o profissional precisa saber para desempenhar sua função,
como, por exemplo, idiomas, informática, operação de máquina, etc..
Comportamento é toda ação ou atividade que pode ser observada e produz alterações no
ambiente e nos relacionamentos entre as pessoas.
Eis então a C. H. A. V. E. !
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Um bom motivo são as exigências da Norma ISO, que, a partir da atualização da versão 2000,
iniciou a especificação desse processo, trazendo alguns requisitos e exigências, tais como:
- determinar as competências necessárias para cada cargo;
- fornecer treinamento ou tomar outras ações (em caso de gap abaixo do esperado);
- avaliar a eficácia das ações executadas;
- manter registros de educação, treinamento, habilidades e experiências.
Mas observamos que não são somente as empresas que buscam certificação ISO que podem
implantar a Gestão por Competências, e sim toda e qualquer organização que se preocupa com a
gestão do conhecimento em seu negócio.
À luz do que diz o consultor Rogério Leme, em Aplicação Prática de Gestão de Pessoas por
Competências (ver referências bibliográficas), são as seguintes etapas para implantação de Gestão
por Competências:
1 – SENSIBILIZAR E CONSCIENTIZAR;
2 – DEFINIR / MAPEAR AS COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS;
3 – DEFINIR / MAPEAR AS COMPETÊNCIAS DE CADA FUNÇÃO;
4 – IDENTIFICAR AS COMPETÊNCIAS DOS COLABORADORES;
5 – DESENVOLVER OS COLABORADORES;
6 – ACOMPANHAR EVOLUÇÃO / GESTÃO POR COMPETÊNCIAS.
Estritamente com base nos fatores críticos, mas também observando o Plano de Ação que fora
desenvolvido pela equipe para a empresa (pois o plano de ação é específico para um dos
objetivos/diretrizes, mas representa um desafio considerável para a organização), elaborar um quadro
com as competências técnicas e comportamentais inerentes à empresa, seguindo o modelo:
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Na verdade isso depende do porte da empresa, da área ou mercado onde atua, e, principalmente,
dos seus fatores críticos (pois missão, visão, e valores DEPENDEM de cada empresa). O mais
importante é ter sensibilidade para saber que as competências objetivadas pela empresa devem advir
da sai própria missão, visão e em especial dos seus próprios valores e de suas diretrizes (que são
seguem os valores determinados na estratégia). Não há um número máximo nem mínimo, mas
para nossos estudos na disciplina, pede-se que sejam definidas pelo menos 15 (quinze)
competências de cada tipo.
Outro ponto que não podemos esquecer é que a partir do mapeamento de competências da
empresa é que a Gestão de Pessoas seguirá suas operações, em especial o Recrutamento, a
Seleção, a Avaliação de Desempenho, e Treinamento & Desenvolvimento.
Tudo gira ao redor de indicadores: médicos diagnosticam por meio de índices, como taxa de
colesterol, de açúcar, pressão, etc.; economistas analisam mercado por índices, como IGP-M, taxa de
inflação, renda per capta, taxa SELIC, juros, etc.; pilotos de avião monitoram o voo por meio de
leituras dos índices no pinel de instrumentos, etc..
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Então podemos concluir que se não houverem números para serem analisados, fica quase
impossível administrar. Portanto, é de suma importância que a gestão de pessoas se utilize de dados,
e não de “achismo”, para tomadas de decisão. Para isso se faz necessário, antes de qualquer coisa,
inventariarmos as competências, da empresa, da função / cargo, e de cada colaborador, por meio de
metodologia específica a ser desenvolvida e posta em prática com o auxílio de uma consultoria
especializada.
5
4,5
4
3,5 Colaborador
3
2,5 Função
2
1,5
1
0,5
0
Flexibilidade
Criatividade
Foco em resultados
Exemplos de Indicadores:
- Solucionar de forma rápida os problemas dos clientes (relaciona-se com a competência “foco no
cliente”);
- Trazer soluções criativas para os problemas que parecem difíceis de resolver (relaciona-se com
a competência “criatividade”);
- Ser cortês com os colegas de trabalho (relaciona-se com a competência “relacionamento
interpessoal”); etc.
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Nos processos de seleção por competência o foco deverá ser a essência da função para a qual
se pretende contratar profissional. Por isso é importante que os perfis de funções estejam bem
elaborados e atualizados.
COMPETÊNCIAS
TÉCNICAS NÍVEL REQUISITO DE ACESSO COMPORTAMENTAIS NÍVEL
TAREFAS
QUEM SOLICITA TAREFAS PARA QUEM FAZ
RESPONSABILIDAES
QUEM SOLICITA TAREFAS PARA QUEM FAZ
REQUISITOS
TEMPO DE EXPERIÊNCIA:
ESCOLARIDADE:
FORMAÇÃO:
CURSOS:
REQUISITOS DE ACESSO
TEMPO DE EXPERIÊNCIA:
ESCOLARIDADE:
FORMAÇÃO:
CURSOS:
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O próprio Mapeamento das Competências precisa se atualizar, tendo em vista que só é possível
definir os critérios, procedimento e os instrumentos de Seleção, por exemplo, após a inteira e correta
definição das Competências Organizacionais e aquelas relativas a cada função (Perfis de Função
sempre atualizados); pois, no Recrutamento e na Seleção, buscar-se-á o GAP mais próximo destas,
da parte dos(as) candidatos(as). Critérios, ou Competências previstas no Perfil da Função devem estar
completamente definidas no documento.
Outro item a ser revisado das etapas anteriores se trata do Planejamento Estratégico da empresa,
pois será a partir deste que as ações de Gestão de Pessoas partirão.
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Assim, em relação à Gestão de Pessoas, há condições externas diversas, dentre elas os contextos
relativos ao mercado de trabalho, que precisam ser vistas pela G.P. antes de qualquer decisão.
Vejamos as seguintes situações:
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5 – Recrutamento e Seleção
RECRUTAMENTO
Pessoas e Organizações são parte do mesmo sistema, e para que seja estabelecida uma relação
entre ambas as partes, será necessário COMUNICAÇÃO – palavra-chave em Recrutamento.
O mercado de trabalho é complexo, e é influenciado por diversos fatores, como, por exemplo,
crescimento econômico, natureza e qualidade dos postos de trabalho, produtividade, inserção das
empresa no mercado internacional, tecnologia, políticas educacionais, mudanças radicais no emprego
industrial (mudança geográfica das fábricas, globalização, inovações), a sofisticação do trabalho, a
questão do conhecimento como recurso, etc..
É muito importante para a Gestão de Pessoas estar sempre atenta ao “Mundo do Trabalho”, suas
tendências, à questão da Era da Informação e ao mundo digital, com seus desafios e oportunidades.
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PESQUISA 1:
1 – Impactos do mercado de trabalho sobre as práticas de Gestão de Pessoas das
organizações (em situação de procura e em situação de oferta);
2 – Impactos do mercado de trabalho sobre os candidatos/as (em situação de procura e em
situação de oferta);
3 – Comportamento das organizações em função do mercado de trabalho (em situação de
oferta e de procura);
4 – Comportamento dos candidatos/as no mercado de trabalho (em situação de oferta e de
procura);
5 – Recrutamento baseado em cargos e Recrutamento baseado em Competências; e
6 – Vantagens e desvantagens dos Recrutamentos externo e interno.
TÉCNICAS DE RECRUTAMENTO:
- anúncios em jornais e revistas;
- agências de recrutamento:
do governo,
agências associadas à organização (CIE-E, bancos de oportunidades do Senac, etc.),
agências/consultorias privadas
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Recrutamento e Seleção não são atividades que podem ser desenvolvidas isoladas da estratégia da
organização. No caso do Recrutamento, seu principal objetivo é AGREGAR VALOR À
ORGANIZAÇÃO.
Um ponto a ressaltar é o fato de que os Recrutadores, profissionais de G.P., precisam ser bem
formados, pois serão o primeiro contato do mercado de trabalho com a organização; ou melhor, o
processo de recrutamento produz forte impacto sobre os(as) candidatos/as, negativa ou positivamente.
Processos de Recrutamento custam tempo e dinheiro, e a Gestão de Pessoas deve fazer compensar.
Para isso se faz necessário que ao fim, ou concomitantemente, o processo seja AVALIADO.
E para isso o Recrutamento ser avaliado por meio de medidas, especificas para cada organização,
sendo algumas delas já tradicionais, como:
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Assim, cada organização terá de desenvolver, com base no seu Plano Estratégico a sua Política de
Recrutamento; e uma das diretrizes será definida pelos “pontos de ingresso de novos
colaboradores(as)”:
- dois pontos de ingresso (contratam-se gestores e ao mesmo tempo colaboradores operacionais);
- um único ponto de ingresso (todos os novos contratados serão sempre de nível operacional); ou
- recrutar para as vagas sem expectativas de promoção?
SELEÇÃO
Bastaria recursos tecnológicos, processos racionais de trabalho racionais, adequada estrutura
organizacional, produtos e serviços excelentes e clientes satisfeitos para uma organização ter sucesso?
Além disso a organização precisará, em primeiro lugar, ter em seus quadros, profissionais
qualificados – esse é o ponto nevrálgico, pois sem pessoas competentes não há dinâmica
organizacional. São as pessoas que proporcionam capital humano e o capital intelectual da
organização.
Portanto, a Seleção ressalta a importância que é para a organização da melhor escolha possível
de pessoal para seus quadros; a Seleção de pessoas faz parte integrante do processo de agregar
profissionais competentes logo após do Recrutamento (ou em paralelo a este processo, pois fazem
parte de um mesmo processo do Sistema de Gestão de Pessoas, que visa introduzir novos talentos na
organização). Ambos os processos têm importância Estratégica!
Seleção funciona como uma espécie de filtros sequenciais que vão separar paulatinamente
os(as) candidatos/as que apresentam aquelas características, ou competências, que a organização
necessita. A Seleção busca, dentre vários candidatos/as recrutados, aquele(s) que mais se alinham ao
rol de competências que a organização mapeou como sendo essenciais e necessárias para sua
sobrevivência e crescimento.
Acontece que a variabilidade humana é tanta que se fazem necessários tais “filtros”; a
diversidade é enorme, tanto em seus aspectos das competências físicas, técnicas e/ou
comportamentais. A estimação apriorística dessas variáveis individuais é um aspecto importante na
Seleção de Talentos.
O foco da Seleção é funcionar como mecanismo eficiente para aumentar gradativamente seu
Capital Humano e o seu portfólio de competências. Por isso o Processo de Seleção deverá ficar
aquelas competências advindas do mapeamento das competências organizacionais e, em específico,
das competências de cada função (ver Perfil da Função).
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Observação: quando as variáveis independentes são maiores que as variáveis apresentadas pelo
candidato, dizemos que o candidato não atingiu o mínimo; quando as duas variáveis são iguais, então o
candidato está na condição de exercer o cargo. Caso a variável dependente for maior, então o GAP
coloca a Gestão na situação de ter que decidir se contrata ou não, visto que o candidato se apresenta com
competências acima do exigido (sobre “GAP”, ver nossa apostila).
PESQUISA 2:
7 – Modelo de colocação, seleção e classificação de candidatos(as);
8 – Identificação das características pessoas dos candidatos(as);
9 – Bases de comparação para selecionar talentos; e
10 – Ficha Profissiográfica e sua importância para a Seleção com base em competências;
TÉCNICAS DE SELEÇÃO:
- Entrevista de seleção:
totalmente padronizada
padronizada apenas nas perguntas
diretiva
não diretiva
Observação: a questão do treinamento dos entrevistadores
- Provas de conhecimento e capacidade (orais, escritas, ou de realização)
- Testes psicológicos
- Testes de personalidade
- Técnicas de seleção
- Dinâmicas de grupo
As técnicas mais sofisticadas ficam para o meio ou final, sendo as mais rápidas e fáceis (e
menos custosas) são executadas no início do processo. E cada técnica deverá ser combinada com
outras, de acordo com o objetivo da Seleção, cuja base será sempre o Plano Estratégico e o
mapeamento das competências organizacionais e da função. E quando maior o número de técnicas de
Seleção, tanto maior a oportunidade de informações e maior o tempo e seu custo operacional.
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Ficha de
especificações do
Trabalho
O processo seletivo não precisa estar atrelado a normas rígidas, nem diretamente ligado às
diretrizes e rotinas do trabalho já definidas, pois o ideal é que seja flexível, dinâmico, adaptado e que
seja AGRADÁVEL, ABERTO E CRIATIVO, para que seja confortável para todas as partes
envolvidas, mas principalmente para os(as) candidatos/as.
Na verdade, como vimos, existe uma variedade de técnicas e de combinações dessas técnicas
para a Seleção, devendo a Gestão de Pessoas estar atenta ao cargo e função para o qual se quer
selecionar e contratar, pois o principal são as variáveis relativas àquelas competências da organização
– o que a organização precisa?
Faz muito importante reuniões e criatividade para decidir qual a combinação de técnicas será
mais adequada para saber que competências cada candidato/a traz para o processo seletivo.
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Ao final, como saber se o processo de provisão de profissionais foi eficiente e eficaz? O desafio
será medir e avaliar se os resultados da Seleção foram adequados, dentro do previsto – por isso a
importância de planejamento de G. P. e, por consequência, quando for o caso, da Seleção.
Há também métricas indiretas de Seleção, mais voltadas para os resultados para a organização (e
não para o processo em si), por exemplo:
- Adequação do candidato(a) selecionado ao cargo, relativamente a custos, tempo de adequação,
necessidade de treinamentos, limite para que tenha autonomia, etc.;
- Maior permanência na empresa, pois os/as candidatos(as) terão maior facilidade de se integrarem
à cultura da organização, por possuírem valores semelhantes, etc.;
- Aprendizado facilitado, pois certamente os candidatos/as escolhidos possuem interesses e
conhecimentos prévios, por exemplo;
- Maior valore agregado e menor investimento (melhor custo/benefício); dentre outras métricas.
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IMPORTANTE:
4 – O avaliador precisa estar preparado para avaliar: não podem existir critérios
subjetivos.
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Inicialmente prevalecia o trabalho escravo e servil, que evoluiu para o trabalho livre, mas
subordinado aos interesses do capital; essas mudanças propiciaram o surgimento do Direito do
Trabalho, fenômeno típico do século XIX, e graças a marcos importantes, como o Manifesto
Comunista de Marx e Engels (1848), seguido da Encíclica Católica Rerum Novarum (1891), até
chegar à OIT – Organização Internacional do Trabalho, e, finalmente, havemos de lembrar, a
constituição de Weimar (1919), a Mexicana (1917), cartas essas que primeiro inseriram normas
tipicamente trabalhistas.
No Brasil a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), nossa principal norma legislativa
referente ao Direito do Trabalho e do Direito Processual do Trabalho. Ela foi criada através do
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de Maio de 1943, e sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas,
unificando toda legislação trabalhista então existente no Brasil. Seu objetivo principal é a
regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas.
Princípio da norma mais benéfica (artigo 468 da CLT): in dubio pro operarium,
aplicação da norma e da condição mais favorável.
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- Contrato de Trabalho
De acordo com a CLT, em seu artigo 442, contrato de trabalho é o acordo tácito ou expresso,
correspondente à relação de emprego. Quanto à sua natureza jurídica é:
- Bilateral, ou seja, celebrado entre empregado e empregador, fonte de direitos e obrigações pra
ambas as partes;
- Consensual, pois resulta de acordo de vontades;
- Oneroso, pois pressupõe pagamento de salário / remuneração;
- De Prestações Sucessivas.
Os contratos de trabalho, por sua natureza de contrato – realidade, não se obriga a ser expresso
/ escrito, mas precisa estar de acordo com elementos ditados pelo Código Civil, artigo 104:
capacidade das partes, objeto lícito e forma prescrita ou não defesa em lei.
Sendo exceção, contratos de prazo determinado têm hipóteses restritas previstas em lei:
Por conta de extrema concorrência no mundo globalizado, as organizações temem por perde
competitividade, sobretudo pelo vazamento de informações, perda de bons profissionais, e mesmo
chegam a temer concorrência por parte de ex-funcionários. Daí novas cláusulas serem cada vez mais
comuns nos contrato de trabalho, como:
- Sigilo e confidencialidade;
- Não-Concorrência;
- Permanência no Emprego.
O salário deve ter uma base de cálculo, podendo servir como tal o tempo, a produção e a tarefa.
O salário deve ser pago em dinheiro. No entanto, o artigo 458 da CLT prevê o chamado salário
in natura, pago em bens econômicos, porém, pelo menos 30% do salário deverá ser pago em dinheiro
(artigo 82, CLT).
Independentemente do sistema escolhido para pagar o salário, o mesmo não pode ser estipulado
por período superior a um mês, conforme artigo 459 da CLT, salvo comissões, percentagens ou
gratificações, que podem ser pagas quando findadas as operações ou transações (art. 466, CLT). Deve
ser pago pontualmente até o quinto dia útil do mês subsequente.
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ADICIONAIS
Na lei brasileira, o aviso prévio só existe na rescisão contratual por ato das partes sem causa
justa. Logo, se uma das partes comete falta grave (justa causa), não deve ser dado o aviso prévio.
Quanto ao tempo de duração do trabalho, podemos salientar os seguintes pontos:
- aviso prévio é de 30 (trinta) dias;
- o horário de trabalho será diminuído de duas horas diárias, ou de sete dias corridos, por opção
do empregado (art. 488, CLT).
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É o tipo mais comum, e, nesse caso o empregado dispensado sem justa causa tem os seguintes
direitos:
- sacar os depósitos do FGTS, e uma multa de 40% sobre tal saldo;
- aviso prévio;
- férias proporcionais mais 1/3 e férias vencidas (se houver);
- 13º salário proporcional.
Se o trabalhador estiver a mais de um ano, ao ser dispensado, deverá ter assistência do sindicato
ou de autoridade do Ministério do Trabalho (art. 477, CLT).
- O Custo Brasil
O chamado Custo Brasil é definido como o custo agregado por força de lei a contrato de
trabalho; é a expressão matemática de todos os encargos trabalhistas mais básicos que o empregador
está obrigado por lei a honrar.
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Um empregado no Brasil custa ao seu empregador algo em torno de 156% do seu salário,
sem contar com o custo de férias anuais. Cada R$ 1,00 pago a um empregado, custa ao empregador
mais R$ 1,56, aproximadamente.
Em números arredondados, de cada R$ 1,00, R$ 0,32 vaia para o INSS, R$ 0,163 representa o
FGTS, R$ 0,03 o 1/3 das férias, e R$ 0,08 o 13º.
Dos R$ 0,56, uma parte acaba no bolso do empregado em prazo relativamente curto (o 13º ao
final do ano e férias a cada 12 meses; outra parte somente em situações excepcionais – o FGTS.
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CONTRATO DE EXPERIÊNCIA
Entre a empresa ..., com sede em ... à Rua ..., nº ..., doravante designada EMPREGADORA e ..., portador da CTPS nº ...
série ..., a seguir chamado apenas EMPREGADO, e celebrado o presente CONTRATO DE EXPERIÊNCIA, que terá
vigência a partir da data de início da prestação de serviços, de acordo com as condições a seguir especificadas:
1. Fica o EMPREGADO admitido no quadro de funcionários da EMPREGADORA para exercer as funções de ..., mediante
a remuneração de R$ ... por mês (ou por hora).
A circunstância, porém, de ser a função especificada não importa na intransferibilidade do EMPREGADO para outro
serviço, no qual demonstre melhor capacidade de adaptação desde que compatível com sua condição pessoal.
2. O horário de trabalho será anotado na sua ficha de registro e a eventual redução da jornada, por determinação da
EMPREGADORA, não inovará este ajuste, permanecendo sempre íntegra a obrigação do EMPREGADO de cumprir o
horário que lhe for determinado, observando o limite legal.
3. Obriga-se também o EMPREGADO a prestar serviços em horas extraordinárias, sempre que lhe for determinado pela
EMPREGADORA, na forma prevista em lei. Na hipótese desta faculdade pela EMPREGADORA, o EMPREGADO
receberá as horas extraordinárias com o acréscimo legal, salvo a ocorrência de compensação, com a consequente
redução da jornada de trabalho em outro dia.
4. Aceita o EMPREGADO, expressamente, a condição de prestar serviços em qualquer dos turnos de trabalho isto é,
tanto durante o dia como a noite, desde que sem simultaneidade, observadas as prescrições legais reguladoras do
assunto, quanto à remuneração.
5. Fica ajustado nos termos do que dispõe o § 1º do art. 469, da Consolidação das Leis do Trabalho, que o EMPREGADO
aceitará ordem emanada da EMPREGADORA para a prestação de serviços tanto na localidade de celebração do Contrato
de Trabalho, como em qualquer bairro ou cidade, capital ou território nacional, quer essa transferência seja transitória,
quer seja definitiva.
6. No ato da assinatura deste contrato, o EMPREGADO recebe o Regulamento Interno da Empresa cujas cláusulas fazem
parte do Contrato de Trabalho, e a violação de qualquer delas implicará em sanção, cuja graduação dependerá da
gravidade da mesma, cominando com a rescisão do contrato por justa causa.
7. Em caso de dano causado pelo EMPREGADO, fica a EMPREGADORA, autorizada a efetivar o desconto da importância
correspondente ao prejuízo, o qual fará, com fundamento no parágrafo único do art. 462 da CLT, já que essa possibilidade
fica expressamente prevista em contrato.
8. O presente contrato, tem início a partir de __/__/__ e término no dia __/__/__, sendo celebrado para as partes
verificarem reciprocamente, a conveniência ou não de vincularem em caráter definitivo a um contrato de trabalho. A
empresa passando a conhecer as aptidões do EMPREGADO e suas qualidades pessoais e morais; o EMPREGADO
verificando se o ambiente e os métodos de trabalhos atendem à sua conveniência.
9. Na hipótese deste ajuste transformar-se em contrato de prazo indeterminado, pelo decurso do tempo, continuarão em
plena vigência as cláusulas de 01 a 07, enquanto durarem as relações do EMPREGADO com a EMPREGADORA.
E por estarem de pleno acordo, as partes contratantes, assinam o presente Contrato de Experiência em 2 vias, ficando a
primeira em poder da EMPREGADORA, e a segunda com o EMPREGADO, que dela dará o competente recibo.
(assinatura - empregadora)
(assinatura - empregado)
(assinaturas de 2 testemunhas)
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TERMO DE PRORROGAÇÃO:
Por mútuo acordo entre as partes, fica o presente contrato de experiência, que deveria vencer nesta data,
prorrogado até __/__/__.
(assinatura - empregadora)
(assinatura - empregado)
(assinaturas de 2 testemunhas).
ANOTAÇÕES NA CTPS
Na página de "Anotações Gerais" da CTPS, deverá ser transcrito ou carimbado, com o seguinte termo:
(local e data)
OU
(local e data)
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Srº.(a): __________________________________________
Pelo presente o(a) notificamos que a 30 (TRINTA) dias da data de entrega deste, não mais
serão utilizados os seus serviços pela nossa empresa, e pôr isso, vimos avisá-lo(a) nos
termos e para os efeitos do disposto no Art.487, Item II, Cap.VI - Título IV, do Decreto Lei
nº 5.452, do 1º. de maio de 1.943, (CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO).
Atenciosamente,
__________________________________
CIENTE DA OPÇÃO ( Lei No.7093/83)
____/____/_____ _________________________
responsável quando menor
De: EMPREGADO
Para: EMPREGADOR
Sem mais
Assino a presente
(Local, data e ano)
(Nome e assinatura do Empregado)
Ciente em (data)
(Nome e assinatura do Empregador)
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Documento Período
5 anos durante o emprego, até 2
Acordo de Compensação
anos após a rescisão
5 anos durante o emprego, até 2
Acordo de Prorrogação
anos após a rescisão
Aviso Prévio 2 anos
CAGED - Cadastro Geral de Empregados e 3 anos a contar da data da
Desempregados postagem
Comprovante de Cadastramento PIS/PASEP 10 anos
Declaração de Instalação (NR-2 - Port.
Indeterminado
3.214/78)
Documentação sobre imposto de renda na fonte 7 anos
FGTS - GFIP - GRFP 30 anos
Folha de votação de eleição da CIPA 5 anos
GRCS - Guia de Recolhimento de Contribuição
5 anos
Sindical
GPS e toda documentação previdenciária
10 anos, exceto na hipótese de
quando não tenha havido levantamento fiscal.
dolo, fraude ou simulação, o INSS
(Folha de pagamento, recibos, Ficha de Salário-
poderá a qualquer tempo apurar e
Família, Atestados médicos, guia de
constituir seus créditos
recolhimento)
Livro de Atas da CIPA Indeterminado
Livro de Inspeção do Trabalho Indeterminado
Mapa Anual de Acidente de Trabalho 5 anos
Pedido de Demissão 2 anos
Rais 10 anos
5 anos, durante o emprego até 2
Recibo de abono de férias
anos após a rescisão * vide GPS
5 anos durante o emprego, até 2
Recibo de pagamento de salário
anos após a rescisão * vide GPS
Registro de Empregados Indeterminado
Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho 2 anos * vide GPS
5 anos durante o emprego, até 2
Vale-transporte
anos após a rescisão
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CARTA DE ADVERTÊNCIA
Empresa:
CNPJ nº
Empregado:
CTPS nº Série
Prezado Senhor:
Em razão de V.Sa. ...................... (discriminar a falta cometida - por exemplo, faltar ao trabalho, de
forma injustificada, em 1º.02.2007), vimos pela presente adverti-lo da falta cometida e que, em caso
de repetirem essa falta, tomaremos novas medidas disciplinares.
Atenciosamente,
Local e data.
_________________________ ______________________
Empresa Empregado
Testemunhas:
1.
2.
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8 – Ética Profissional
- Repensar os valores da modernidade
Na modernidade o trabalho passou a ser fator fundamental à construção da identidade e da realização
pessoal e ao estabelecimento de uma ordem social. É necessário entender o trabalho como um estado onde
prevalece relações fundadas na dignidade, liberdade e na igualdade entre os homens
Paralelamente a essa visão ideal, ao trabalho são ainda relacionados outros valores, como disciplina,
subordinação, aplicação e segurança pessoal, justamente valores que sustentam o capitalismo, e que parecem
se contrapor à ideia de liberdade. Por tanto, percebe-se haver atritos no trabalho.
- Responsabilidade socioambiental
Não se pode perder de vista que uma organização / empresa está localizada numa comunidade. Ela
oferece emprego aos moradores, paga impostos e a tecnologia que utiliza causa algum impacto sobre essa
comunidade.
Logo, ao refletir sobre a dimensão ética nas organizações, precisamos compreender que, além dos
compromissos relativos ao seu funcionamento interno, também possui compromissos externos, de ordem
social.
O compromisso das organizações é, hoje, muito mais amplo do que a própria relação empregado –
empregador, pois envolve questões mais complexas, como as questões socioambientais.
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9 – Referências Bibliográficas
CHEIB, Ronaldo Maurílio. Direito do Trabalho dos novos tempos. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel da gestão do talento humano. 5ª edição [2ª
reimpressão]. São Paulo: Atlas, 2021
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 4ª
edição. Barueri – SP: Manole, 2014. Páginas 91 à 148. Obs.: temos na biblioteca do campus
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à teoria das organizações. São Paulo: Manole, 2010.
CHIAVENATO, Idalberto. Os novos paradigmas: como as mudanças estão mexendo com as empresas. São
Paulo: Manole, 2008.
Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getúlio Vargas. Princípios do direito do trabalho (série
Direito Empresarial). Rio de Janeiro: Editora FGV, 2008.
GUEDES, Carlos Eduardo Paletta. Direito do Trabalho: teoria e casos. São Paulo: Fundamento Educacional.
Internet: <http://www.mte.gov.br/>, acesso em 05 / 12 / 2010,
Internet: <http://www.administradores.com.br>, acesso em 05 / 12 / 2010.
LEME, Rogério. Aplicação prática de gestão de pessoas por competências. Rio de Janeiro: Qualitymark,
2005.
LEME, Rogério. Seleção e entrevista por competências. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2007.
LEME, Rogério. Avaliação de desempenho com foco em competências. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à Administração. São Paulo: ATLAS, 2010.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Introdução à Administração. São Paulo: Atlas, 2009.
ORLICKAS, Elizenda. Modelos de gestão: das teorias da Administração à Gestão Estratégica. Curitiba:
IBPEX, 2010.
SENAC. DN. Recursos humanos, administração e qualidade. Rio de Janeiro: SENAC Nacional, 2006.
ROBBINS, Stephen P.. Administração – mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraíva, 2001.
ATENÇÃO:
TRATA-SE DE MATERIAL DE APOIO PARA A DISCIPLINA GESTÃO
DE PESSOAS, MINISTRADA NO 2º ANO DO CURSO TÉC. INTEGRADO
AO ENSINO MÉDIO EM ADMINISTRAÇÃO, DO IFPI, EM 2024
SENDO COMPLEMENTO E NÃO SUBSTITITO DOS LIVROS
INDICADOS NA EMENTA DO CURSO E NO PLANO DE DISCIPLINA
NÃO CONTEMPLA TODOS OS CONTEÚDOS
OS SLIDES COMPLEMENTAM A APOSTILA, E FORAM
DISPONILIZADOS EM PDF NA SALA VIRTUAL E NO SUAP
SLIDE 1: A MODERNA GESTÃO DE PESSOAS, PRINCÍPIOS E
OBJETIVOS DA G.P.; GESTÃO ESTRATÉGICA DE GESTÃO DE
PESSOAS
SLIDE 2: GESTÃO DE DESEMPENHO, AVALIAÇÃO DE
DESEMPENHO, INDICADORES
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