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PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO- UNINORTE – Manaus, AM, Brasil, maio/2016

Orientações básicas de segurança contra incêndio e


pânico em escolas públicas municipais de Manaus

Leomi Soares da Silva (UNINORTE) leomi.soares@hotmail.com


Fernando Fabricio Aragão (UNINORTE) fernando.fabricio@hotmail.com

Dr. André Ricardo Ghidini (UNINORTE) andrericardo83@gmail.com

Resumo
Toda edificação é desenvolvida a fim de que possamos desempenhar alguma
atividade duradoura ou temporária, destarte faz-se necessário garantir a segurança
física e emocional das pessoas que ali transitam. Isto posto, este artigo vem
discorrer sobre orientações básicas de segurança contra incêndio e pânico em
escolas públicas municipais de Manaus. Uma vez que é notável a carência de
literaturas de linguagem didática e acessível voltada a esse âmbito das escolas
manauaras, o objetivo deste é nortear o profissional que venha desenvolver um
projeto anti-incêndio nesse contexto, dando orientações de como aplicar as leis,
decretos, normas e instruções técnicas, vindo a elaborar facilmente um projeto apto
à aprovação dos órgãos competentes.
Palavras-chave: Segurança, Incêndio, Escolas, Manaus, Orientações, Projeto.

Abstract
Whole building is designed to we can developed any lasting or temporary activity,
therfore it is necessary to ensure the physical and emotional safety of those transiting
there. Thus, this article is discuss basic guidelines for fire safety and panic in public
schools in Manaus. Since it is remarkable the lack of didactic literature with an
accessible language aimed at this scope of manauaras schools, the aim of this is to
guide the professional will develop a fire prevention project in this context, giving
guidance on how to apply the laws , decrees, technical standards and instructions, been
easily draw up a suitable project to the approval of the competent bodies.
Key words:Security, Fire, Schools, Manaus, Guidelines, Project.

1. Introdução
O fogo é conhecido desde a pré-história e tem seus benefícios bem esclarecidos
durante o passar dos anos. Dominá-lo foi de suma importância ao homem para chegar
à civilização. Apesar de tê-lo controlado para o uso próprio, o fogo proveniente de
raios e vulcões era uma incógnita para o homem que durante anos titubeou em estuda-
lo uma vez que encarava como um castigo transcendental. Dentro do domínio
humano, o fogo era imprescindível para a subsistência, entretanto, fora de controle,
causava perdas e danos com os incêndios.
O resultado de um processo termoquímico muito exotérmico de oxidação, vulgo fogo,
era tido na idade média, para os alquimistas, como uma propriedade de transformação
da matéria, já que alterava determinadas propriedades químicas das substâncias, como
na transformação de um minério sem valor em ouro. Nesta época o fogo também fora
usado como instrumento de execução como nas condenações de morte a fogueira,
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bem como instrumento de tortura como a bota malaia, a qual era preenchida com
água, óleo ou chumbo, calçada nos pés da vítima e posta à brasas abertas.
Durante todo o caminho histórico da humanidade, o fogo se faz presente como
coadjuvante na trama. Deveras, ele foi, na antiguidade, o fator chave para a
sobrevivência do homem, bem como o seu grau de desenvolvimento até os dias atuais.
Apesar de serem visíveis as consequências de sua má manipulação, somente depois da
segunda guerra mundial que o fogo começou a ser encarado como uma ciência
complexa que exigia conhecimentos, físicos, químicos, toxicológicos e de engenharia.
Hoje, sabendo-se da necessidade de controlar tal fenômeno, as atividades de
segurança contra incêndio e pânico envolvem milhões de pessoas em todo mundo,
fazendo com que essa ciência cresça rapidamente, sendo uma tendência internacional
a exigência de todos materiais, componentes, sistemas construtivos, equipamentos e
utensílios usados nas edificações sejam analisados e testados laboratorialmente do de
vista da segurança contra incêndio.
Indubitavelmente, cuidados devem ser tomados em todo e qualquer lugar, mesmo que
o risco de incêndio seja mínimo a fim de evitar catástrofes tanto de cunho ambiental,
como os 263 (duzentos e sessenta e três) incêndios em áreas de vegetação localizadas
em Manaus ocorridos no período de janeiro a setembro de 2015 (fonte: portal de
notícias G1 Amazonas), quando de cunho trágico como incêndio na boate kiss
ocorrido em janeiro de 2013 na cidade de Santa Maria – RS; a imprudência e as más
condições de segurança causaram a morte de mais de duas centenas de pessoas.
Esse último fato, é o que desencadeou uma série de preocupações de órgãos públicos
brasileiros quanto à segurança contra incêndio de edificações. Não diferente do resto
país, o Governo do Amazonas, por meio do decreto Nº. 24.054 de 1 de março de
2004, baseado na Lei Nº.2.812 de 17 de julho de 2003, estabelece as instruções
técnicas do corpo de bombeiros militar do Estado de São Paulo como o padrão a ser
seguido nas edificações de risco a fim de evitar danos.
Em pesquisa na Secretaria Municipal de Educação de Manaus – SEMED, constatou-
se a importância dada à prevenção de incêndio e pânico nas escolas de âmbito já que
hoje Manaus apresenta o número de aproximadamente 374 (trezentos e setenta e
quatro) escolas municipais. Com isso os órgãos têm apresentado manuais e diretrizes
a serem seguidos para melhor elaboração de projetos. Entretanto é perceptível a falta
de literaturas na área de segurança contra incêndio.
Vale ressaltar que o tema segurança não abrange só ato de proporcionar padrões de
combate ao fogo, mas visa, também, a compreensão da sociedade em torno dessa
problemática levando aos cidadãos conscientes que possam não somente combater e
sim prevenir.

2. Orientações básicas de segurança contra incêndio e pânico em escolas públicas


municipais de Manaus

É importante evidenciar que o país tem aprendido com incêndios de grandes


proporções durante os anos, como no caso do Edifício Joelma (ocorrido em Fevereiro
de 1974 após um curto elétrico no aparelho condicionador de ar seguido de uma
explosão) trazendo assim o tema de segurança como uns dos mais discutidos em
políticas públicas. Em cima disso cada governo tem apresentado medidas mitigatórias
para diminuir esse número expressivo de grandes ocorrências de incêndios.
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A prevenção é o conjunto de medidas que visam evitar que os sinistros surjam, mas
não havendo essa possibilidade, que sejam mantidos sob controle, evitando a
propagação e facilitando o combate. Já o combate dá-se quando não foi possível evitar
o surgimento do incêndio.
Observar-se que o tema segurança não abrange só ato de garantir padrões de possíveis
ocorrências de sinistros, mas visa, a compreensão da sociedade em torno dessa
problemática. Diante disso, pode-se estabelecer diretrizes básicas para seguir ao
elaborar projetos voltados a segurança contra incêndio e pânico nas escolas
municipais. São esses:
a) Conhecimento das leis, normas e decretos;
b) Identificação do tipo de edificação;
c) Elaboração dos Projetos dentro dos parâmetros;
d) Análise dos itens de proteção obrigatórios;
e) Veracidade na execução do projeto.
A seguir esse roteiro, o profissional habilitado na área de engenharia de segurança do
trabalho irá desenvolver um projeto de forma rápida e sucinta a considerar todas as
orientações propostas para garantir a segurança do corpo docente e discente da
unidade escolar.

2.1. Conhecimento de leis, normas e decretos

O domínio das técnicas para elaboração de projetos de combate a incêndio é


fundamental na criação de um espaço equipado e preparado em caso de sinistros e
pânico. A Cartilha de Orientações Básicas – Noções de Prevenção Contra Incêndio,
Dicas de Segurança do corpo de bombeiro do estado de São Paulo (Versão 05/2011),
fala que o primeiro passo para regularização é conhecer a legislação do corpo de
bombeiros; cabe então ao profissional de Engenharia de Segurança dominar os
atributos contidos nas legislações e decretos estaduais, complementados por
instruções técnicas (IT) e demais documentos que servem como auxílio.
No plano da cidade de Manaus, as diretrizes para elaboração do projeto dão-se a partir
da Lei Nº 2.812 de 17 de Julho de 2003 que em seu artigo primeiro, inciso IV frisa
sobre o objetivo de fixar as regras para a realização do serviço de perícia de incêndio.
Essa lei também discorre, de forma geral, sobre as principais medidas a serem levadas
em consideração na aprovação do projeto e as assinaturas de responsabilidade.
Em 28 de Julho de 2015 foi publicada a Lei Nº 4207 que “Altera na forma que
especifica a Lei nº 2.812, de 17 de julho de 2003, que ‘Institui o Sistema de Segurança
contra Incêndio e Pânico em Edificações e Áreas de Risco e dá outras providências’".
A mudança é dada em uma palavra no parágrafo 3° do Artigo 3° da lei. A redação
atual estabelece: “Os Municípios obrigam-se a autorizar o Corpo de Bombeiros
Militar a se pronunciar nos processos referentes às hipóteses de que trata o caput do
artigo”. Na nova redação, a expressão “se pronunciar” é substituída por “fiscalizar”,
ficando assim o parágrafo 3°: “Os municípios obrigam-se a autorizar o Corpo de
Bombeiros Militar a fiscalizar os sistemas e projetos referentes às hipóteses de que
trata o caput do artigo”.
As diretrizes têm continuidade no Decreto Nº 24.054 de 1 de Março de 2004 que
aprova o Regulamento do Sistema de Segurança contra Incêndio e Pânico em
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Edificações e Áreas de Risco instituído pela Lei n° 2.812 de 17 de julho de 2003 e dá


outras providências como as definições adotadas em um projeto anti-incêndio.

“Art. 2.° - Para efeito deste Regulamento são adotadas as definições abaixo:
I - Altura da Edificação: é a medida em metros entre o ponto que
caracteriza a saída ao nível de descarga, sob a projeção do paramento
externo da parede da edificação, ao piso do último pavimento, excluindo-se
áticos, casas de máquinas, barriletes, reservatórios de água e assemelhados;
nos casos em que os subsolos tenham ocupação distinta de estacionamento
de veículos, vestiários e instalações sanitárias ou respectivas dependências
sem aproveitamento para quaisquer atividades ou permanência humana, a
mensuração da altura será a partir do piso mais baixo do subsolo ocupado;
II - Ampliação: é o aumento da área construída da edificação;
III - Análise: é o ato de verificação das exigências das medidas de segurança
contra incêndio das edificações e áreas de risco no processo de segurança
contra incêndio;
IV - Andar: é o volume compreendido entre dois pavimentos consecutivos,
ou entre o pavimento e o nível superïor a sua cobertura;
V - Área da Edificação: é o somatório da área a construir e da área
construída de uma edificação;
VI - Áreas de Risco: é o ambiente externo à edificação que contém
armazenamento de produtos inflamáveis, combustíveis e ou instalações
elétricas e de gás;
VII - Ático: é a parte do volume superior de uma edificação, destinada a
abrigar máquinas, piso técnico de elevadores, caixas de água e circulação
vertical;
VIII - Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB): é o documento
emitido pelo Corpo de Bombeiros MiLitar do Amazonas (CBMAM)
certificando que, durante a vistoria, a edificação possuía as condições de
segurança contra incêndio, previstas pela legisLação e constantes no
processo, estabelecendo um período de revalidação;
IX - Carga de Incêndio: é a soma das energias caloríficas possíveis de
serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais
combustíveis contidos em um espaço, inclusive o revestimento das paredes,
divisórias, pisos e tetos;
X - Comissão Especial de Avaliação (CEA): é um grupo de pessoas
qualificadas no campo da segurança contra incêndio, representativas de
entidades públicas e privadas, com o objetivo de avaliar e propor alterações
necessárias ao presente regulamento;
XI - Comissão Técnica: é o grupo de estudo do CBMAM, instituído pelo
Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, com o
objetivo de elaborar as instruções técnicas, analisar e emitir pareceres
relativos aos casos que necessitarem de soluções técnicas mais complexas ou
apresentarem dúvidas quantos às exigências previstas neste regulamento;
XII - Compartimentação: são medidas de proteção passiva, constiwídas de
elementos de construção resistentes ao fogo, destinados a evitar ou
minimizar a propagação do fogo, calor e gases, interna ou externamente ao
edifício, no mesmo pavimento ou para pavimentos elevados consecutivos;
XIII - Edificação: é a área construída destinada a abrigar atividade humana
ou qualquer instalação, equipamento ou material;
XIV - Edificação Térrea: é a construção de um pavimento, podendo
possuir mezaninos cuja somatória de áreas deve ser menor ou igual à terça
parte da área do piso de pavimento;
XV - Emergência: é a situação crítica e fortuita que representa perigo à
vida, ao meio ambiente e ao patrimônio, decorrente de atividade humana ou
fenômeno da natureza que obriga a uma rápida intervenção operacional;
XVI - Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros (ITCB): é o documento
elaborado pela comissão técnica do CBMAM que regulamenta as medidas
de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco;
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XVII - Mezanino: é o pavimento que subdivide parcialmente um andar em


dois andares; será considerado andar, o mezanino que possuir área maior que
um terço (113) da área do andar subdividido;
XVIII - Mudança de Ocupação: consiste na alteração da atividade
desenvolvida na edificação ou área de risco que motive a mudança na
classificação constante da tabela das ocupações prevista neste regulamento;
XIX - Ocupação: é a atividade ou uso da edificação;
XX - Ocupação Mista: é a edificação que abriga mais de um tipo de
ocupação;
XXI - Ocupação Predominante: é a atividade ou uso principal exercido na
edificação;
XXII - Medidas de Segurança Contra Incêndio: é o conjunto de
dispositivos ou sistemas a serem instalados nas edificações e áreas de risco
necessários para evitar o surgimento de um incêndio, limitar sua propagação,
possibilitar sua extinção e ainda propiciar a proteção à vida, ao meio
ambiente e ao patrimônio;
XXIII - Nível de Descarga: é o nível no qual uma porta externa conduz a
um local seguro no exterior;
XXIV - Pavimento: é o plano de piso; XXV - Pesquisa de Incêndio: consiste
na apuração das causas, desenvolvimento e conseqüências dos incêndios
atendidos pelo CBMAM, mediante exame técnico das ediflcaçôes. materiais
e equipamentos, no local ou em laboratório especializado;
XXVI - Prevenção de Incêndio: é o conjunto de medidas que visam evitar
o incêndio, permitir o abandono seguro dos ocupantes da edificação e áreas
de risco, dificultar a propagação do incêndio, proporcionar meios de controle
e extinção do incêndio e permitir o acesso para as operações do corpo de
bombeiros;
XXVII - Processo de Segurança Contra Incêndio: é a documentação que
contém os elementos formais exigidos pelo CBMAM na apresentação das
medidas de segurança contra incêndio de uma edificação e áreas de risco que
devem ser projetadas para avaliação em análise técnica;
XXVIII - Reforma: são as alterações nas edificações e áreas de risco sem
aumento de área construída;
XXIX - Responsável Técnico: é o profissional habilitado para elaboração
e/ou execução de atividades relacionadas a segurança contra incêndio;
XXX - Piso: é a superfície superior do elemento construtivo horizontal sobre
a qual haja previsão de estocagem de materiais ou aonde os usuários da
edificação tenham acesso irrestrito;
XXXI - Segurança Contra Incêndio: é o conjunto de ações e recursos
internos e externos à edificação e áreas de risco que permite controlar a
situação de incêndio;
XXXII - Subsolo: é o pavimento situado abaixo do perfil do terreno; nüo
será considerado subsolo o pavimento que possuir ventilação natural e tiver
sua laje de cobertura acima de l,20m do perfil do terreno;
XXXIII - Vistoria: é o ato de verificar o cumprimento das exigências das
medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco em
inspeção no local.” (Decreto nº24.054 de 1º de março de 2004 p.4)

O Decreto supracitado é acentuado pelo Boletim Geral 209 do Corpo de Bombeiros


do Estado do Amazonas que descreve a Ata 003 da Reunião da Comissão Técnica do
dia 23.10.2014, o qual cita:

“A Comissão Técnica, embasada no Art. 11 do Decreto Estadual 24.054/200,


decide por unanimidade pela aplicação das Instruções Técnicas do Estado de
São Paulo a fim de sanar a ausência de normatização específica de combate a
incêndio no Estado do Amazonas, esta decisão é válida até a elaboração e
publicação das Instruções Técnicas do Estado do Amazonas pela CEA,
conforme Artigos 55 e 56 do Decreto Estadual 24.054/2004”
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As instruções técnicas do Corpo de Bombeiros Militar de São Paulo (IT),


estabelecidas em 2011, são um conjunto de indicações para instalação de medidas
totalizadas em 44 IT´s dispostas numa sequência primordial para a execução do
projeto. Essas serão abordadas de forma mais completa a seguir, em outro item desse
artigo. Todas são baseadas em Normas Brasileiras Regulamentadoras.
2.2 Identificação do tipo de edificação
O Sistema de Combate Contra Incêndio (SCCI) leva em consideração inúmeras
características da edificação, como o tempo de vida, instalações elétricas, os materiais
construtivos empregados e o material prevalecente nas dependências das escolas.
Atualmente os prédios onde funcionam as escolas municipais de Manaus apresentam
um tempo de vida útil elevado, explicitando não só o risco de sinistros, mas também a
necessidade de um projeto para a durabilidade, o maior controle de execução de novas
edificações e, sobretudo, a indispensabilidade do constante monitoramento e/ou
manutenção das obras já existentes. Em resumo, o ideal é que seja melhorada a
qualidade das edificações construídas.
Outro fator chave levado em consideração no SCCI, são as instalações elétricas. Os
incêndios advindos dessa são, na maioria dos casos, suscitados por sobreaquecimento
dos fios que pode vim inflamar o próprio revestimento plástico e os materiais
adjacentes como madeira, plástico, papel.
Vale ressaltar, que em particularidades, os curtos elétricos podem ser fomentados a
partir de falhas no telhado. Nas unidades escolares em questão, observa-se, além dos
atributos supracitados, outras deficiências como a não especificidade das instalações
de ventiladores e aparelhos condicionadores de ar, emendas de fios e cabos e a
ausência de manutenção corretiva e preventiva. Acentua-se que, apesar desse déficit,
as instalações elétricas oferecem risco alto em apenas 3% das escolas municipais.
Os riscos das instalações elétricas são desencadeados também pelos materiais
existentes tanto em elementos construtivos, como a madeira das estruturas de
telhados, forro de madeira ou PVC; quanto por itens existentes dentro da construção,
no caso das escolas, o papel se destaca pela existência de livros, arquivos, cadernos;
também pode-se citar o gás liquefeito de petróleo (GLP), sua armazenagem e
manipulação pelos funcionários.

Levando esses fatores em consideração, é fundamental conjeturar as ações de


segurança de forma adequada as quais devem ser coerentes e implantadas de maneira
conjunta. SEITO (e outros, 2008, p. 78) diz que:

“Essas ações constituem o sistema global de segurança contra incêndio, o


qual é particular a cada edifício, e sua concepção e seu desenvolvimento
cabem a uma equipe de profissionais, devido ao grande número de aspectos
abordados.”

HARMATHY (1984, apud BERTO, 1991, p.3) diz que:

“Um edifício seguro contra incêndio pode ser definido como aquele em que
há alta probabilidade de que todos os ocupantes sobrevivam a um incêndio
sem sofrer qualquer ferimento e no qual os danos à propriedade serão
confinados às vizinhanças imediatas ao local em que o fogo se iniciou”.
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Os requisitos funcionais para se afirmar a seguridade de um edifício são diretamente


proporcionais à sequência de etapas de um incêndio, as quais se desenvolvem no
seguinte fluxo: início do incêndio, crescimento dele no local de origem, combate,
propagação para outros ambientes, desocupação do edifício, propagação para outras
construções e ruína parcial e/ou total do edifício. Estabelecida essa sequência, pode-se
considerar que os requisitos funcionais atendidos pelos edifícios são:
a) dificultar a ocorrência do princípio de incêndio.
b) ocorrido o princípio de incêndio, dificultar a ocorrência da inflamação
generalizada do ambiente, ou seja, a inflamação por meio de radiação de todos os
materiais combustíveis do ambiente.
c) possibilitar a extinção do incêndio no ambiente de origem, antes que a inflamação
generalizada ocorra.
d) instalada a inflamação generalizada no ambiente de origem do incêndio, dificultar
a propagação para outros ambientes.
e) permitir a fuga dos usuários do edifício.
f) dificultar a propagação do incêndio para edifícios adjacentes. Nesse ponto faz-se
alusão ao afastamento mínimo das edificações contido no Plano Diretor de
Manaus
g) manter o edifício íntegro, sem danos, sem ruína parcial e/ou total.
h) permitir operações de natureza de combate ao fogo e de resgate/salvamento de
vítimas.
No sistema anti-incêndio, as medidas de proteção evidenciam-se mediante as falhas das
de prevenção, ocasionando o surgimento do incêndio. Essas medidas compõem os
elementos que limitam o crescimento do incêndio, sua propagação, desocuapação
segura do edifício, precaução contra o colapso estrutural e rapidez, eficiência e
segurança nas operações de combate e resgate. As medidas que o compõem um sistema
de combate a incêndio estão dispostas com relação aos aspectos construtivos
(resultantes do processo produtivo do edifício) e ao uso do edifício (resultantes das
fases de operação e manutenção do edifício) na tabela abaixo.

Tabela 1 - Principais medidas de prevenção contra incêndio


Principais Medidas de Prevenção Contra Incêndio
Elemento Relativas ao Processo Produtivo do
Relativas ao Uso do Edifício
Edifício
- correto dimensionamento e
execução de instalações do
processo;
- correto dimensionamento e - correta estocagem e manipulação
execução de instalações de serviço; de líquidos inflamáveis e
- distanciamento seguro entre combustíveis e de outros produtos
Precaução contra o
fontes de calor e materiais perigosos;
início do incêndio
combustíveis; - manutenção preventiva e corretiva
- provisão de sinalização de dos equipamentos e instalações que
emergência podem provocar o início do
incêndio;
- conscientização do usuário para a
prevenção do incêndio
Limitação do - controle da quantidade de - controle da quantidade de
crescimento do materiais combustíveis materiais combustíveis incorporados
incêndio incorporados aos elementos aos elementos construtivos
construtivos;
- controle das características de
reação ao fogo dos materiais
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incorporados aos elementos


construtivos
- manutenção preventiva e corretiva
- provisão de equipamentos
dos equipamentos de proteção
portáteis;
destinados a extinção inicial do
- provisão de sistema de hidrantes
incêndio;
e mangotinhos;
- elaboração de planos para a
Extinção inicia - provisão de sistema de chuveiros
extinção inicial do incêndio;
do incêndio automáticos;
- treinamento dos usuários para
- provisão de sistema de detecção e
efetuar o combate inicial do
alarme;
incêndio;
- provisão de sinalização de
- formação e treinamento de
emergência
brigadas de incêndio
- compartimentação horizontal;
- compartimentação vertical;
- manutenção preventiva e corretiva
- controle da quantidade de
dos equipamentos destinados a
materiais combustíveis
Limitação da compor a compartimentação
incorporados aos elementos
propagação do horizontal e vertical;
construtivos;
incêndio - controle da disposição de materiais
- controle das características de
combustíveis nas proximidades das
reação ao fogo dos materiais
fachadas
incorporados aos elementos
construtivos
- provisão de sistema de detecção
e alarme;
- provisão de sistema de - manutenção preventiva e corretiva
comunicação de emergência; dos equipamentos destinados a
- provisão de rotas de fuga garantir a evacuação segura;
seguras; - elaboração de planos de abandono
Desocupação segura - provisão do sistema de do edifício;
do edifício iluminação de emergência; - treinamento dos usuários para a
- provisão do sistema do controle evacuação de emergência;
do movimento da fumaça; - formação e treinamento de
- controle das características de brigadas de evacuação de
reação ao fogo dos materiais emergência.
incorporados aos elementos
construtivos
- controle das características de
reação ao fogo dos materiais
Precaução contra a - distanciamento seguro entre incorporados aos elementos
propagação do edifícios; construtivos (na envoltória
incêndio entre - resistência ao fogo da envoltória do edifício);
edifícios dos edifícios - controle da disposição de materiais
combustíveis nas proximidades das
fachadas
- resistência ao fogo dos elementos
Precaução contra o estruturais;
-----------------
colapso estrutural - resistência ao fogo da envoltória
do edifício
Controle da quantidade de
materiais combustíveis
Rapidez, eficiência e incorporados aos elementos
Controle da quantidade de materiais
segurança das construtivos
combustíveis incorporados aos
operações de combate Controle das características de
elementos construtivos
e resgate reação ao fogo dos materiais
incorporados aos elementos
construtivos
Fonte: Bento, A. F. Medidas de proteção contra incêndio: aspectos fundamentais a serem considerados
no projeto arquitetônico dos edifícios. São Paulo, 1991, Dissertação (Mestrado), p. 26 – FAU/USP.
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2.3. . Elaboração dos projetos dentro dos parâmetros

É importante organizar um roteiro para elaboração do projeto, seguindo assim uma


série de exigências que serão observadas nas Instruções Técnicas do Estado de São
Paulo, com isso o profissional terá que ter um conhecimento especifico voltado a
Engenharia de Segurança do Trabalho, pois se tratando de vidas humanas não poderá
haver nenhum tipo de erro.
A seguir apresenta-se um fluxo de leituras indicadas para a elaboração dos projetos
dentro dos padrões estabelecidos pelos órgãos competentes.

Lei Nº. 2.812 - 17 de Julho de 203

Decreto Nº. 24.054 - 1 de Março de Aprovado Que Foi Alterada pela Lei Nº. 4207 de 28 de
2004 Pelo Julho de 2015

Acentuado Boletim Geral Nº. 209 - Corpo de


Pelo Bombeiros Militar do Amazonas
estabeleceu
que

as

Instruções Técnicas do Corpo de


Bombeiros Militar de São Paulo
são Baseadas na
As quais

Norma Brasileira Regulamentadoras

Figura 1 – Fluxo de leituras

A professora da Universidade de São Paulo – USP, Rosário Ono, em entrevista à


REVISTA TÉCNCE (2013, p. 26), especialista em arquitetura preventiva afirma: “A
segurança contra incêndio nas edificações começa com um bom projeto arquitetônico.
A concepção das áreas de circulação, a especificação adequada dos materiais de
acabamento e revestimento e o posicionamento de portas e janelas podem facilitar – ou
impedir – o fogo de começar e se propagar”.
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Precisamente o Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo estabelece 44 (quarenta e


quatro) Instruções Técnicas, onde as mesmas dão parâmetros a serem seguidos,
trazendo assim o passo a passo para melhor elaboração do projeto. Apesar de estarem
fixadas 44 IT´s, o Decreto Nº 24.054 de 1 de Março de 2004 restringe as medidas de
segurança para cada edificação. Tais medidas ficam classificadas dentro da atividade
ou uso da edificação, onde as escolas municipais de Manaus se encaixam no Grupo E –
Educacional e Cultural, conforme figura a seguir:

Figura 2 – Fonte: Detalhe da Tabela 1 do Decreto 24.054 de 1/3/2014

Após a identificação do da classificação da edificação e área de risco quanto a


ocupação, é necessário apontar a classificação da edificação quanto a altura segundo a
tabela:

Figura 3 – Fonte: Tabela 2 do Decreto 24.054 de 1/3/2014

Identificadas essas, estipulam-se as medidas de segurança necessárias para o resguardo


da edificação por meio da tabela:
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Figura 4 – Fonte: Tabela 4E do Decreto 24.054 de 1/3/2014

A partir de então poderão ser estudadas as IT´s de cada medida necessária de acordo
com a altura da edificação. Portanto a partir de agora trataremos das instruções de cada
medida do grupo em questão.

As duas primeiras Instruções Técnicas (IT Nº 01/2011 e IT Nº 02/2011) que trata dos
procedimentos administrativo instituindo orientações para a apresentação do projeto de
segurança contra incêndio e documentos necessários para dar entrada no processo de
Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e alguns conceitos fundamentais
para o entendimento das próximas IT´s, respectivamente. Alguns desses conceitos já
foram mencionados aqui.

Seguindo as medidas de segurança estabelecidas para as edificações do Grupo E, deve-


se citar com atenção o acesso de viaturas nas edificações. Tal assunto é abordado na IT
Nº 06/2011 que estabelece condições mínimas para o acesso da viatura na edificação,
trata do arruamento, operação dos veículos e equipamento juntos a áreas de risco. Uma
definição válida é a do item 4.1 da mesma:
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“4.1 Via de acesso: arruamento trafegável para aproximação e operação dos


veículos e equipamentos de emergência juntos às edificações ou áreas de
risco.”

Figura 5: Largura e altura mínimas do portão de acesso à edificação - Fonte: IT 06/2001 – CBM/SP

Já o Controle de Materiais de Acabamento dá-se na IT Nº 10 e aplica-se em todas as


edificações, uma vez que ajudam a restringir a propagação de fogo e fumaça, onde a
classe dos matérias a serem utilizados deve consider o grupo/divisão da ocupação/uso
em função da finalidade do material, como na tabela a seguir:

Figura 6 – Fonte: Instrução Técnica Nº.10/2011- Corpo de bombeiro militar SP.

A IT Nº 11/2011 determina os requisitos mínimos necessários para o dimensionamento


das saídas de emergência usadas na evacuação da edificação. Para o dimensionamento,
leva-se em consideração: cálculo da população, dimensionamento das saídas de
emergência (largura das saídas), acessos, rampas, escadas, guarda-corpos e corrimãos,
elevadores de emergência, área de refúgio e descarga.
As brigadas de incêndio são referidas na Instrução Técnica Nº 17/2011 a qual
estabelece as condições mínimas para a composição, formação, implantação,
treinamento e reciclagem da brigada de incêndio para atuação em edificações e áreas de
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risco. As brigadas de incêndio são pessoas organizadas, treinadas e capacitadas dentro


de um estabelecimento que realizam atendimentos em situações de emergência.
Na instrução técnica Nº18/2011 firma as obrigações necessárias para o projeto e
instalação do sistema de iluminação de emergência em edificações e áreas de risco,
com grupo motogerador (GMG), sistema centralizado com baterias ou conjuntos de
blocos autônomos.
O sistema de detecção e alarme de incêndio, é responsável por coletar a informação de
estado dos detectores e, em caso de verificar uma situação de alarme, ativar os
sinalizadores podendo ser visuais, sonoros ou mistos; é mencionado na IT Nº 19/2011.
Para que todos esses elementos possam ser identificados na edificação, a Instrução
técnica Nº 20/2011 faz alusão à sinalização de emergência, busca designar as condições
exigíveis que devem satisfazer o sistema, fazendo uso de simbologias, formas
geométricas e dimensões para sinalização de emergência, mensagens e cores, com o
intuito de orientem as ações de combate e facilitem a localização dos equipamentos e
dar rotas de saídas para abandono da edificação caso ocorra um incêndio.
Os itens de Compartimentação Vertical, Plano de Intervenção de Incêndio e Chuveiros
automáticos, foge do critério de escolas municipais já que a altura delas, no contexto
manauara, não ultrapassa 12 metros.

2.4. Análise dos itens de proteção obrigatórios


De fato o fogo expõe ao risco tanto a estrutura de um edifício como a vida de seus
ocupantes, por conta do desenvolvimento de calor, produção de fumaça e gases
advindos da combustão dos materiais. Decerto, o combate a incêndio é diretamente
proporcional à proteção, primordial, da vida humana e dos bens. Nos dias que correm,
contudo, a proteção dos bens também é muito importante, tendo em vista o tamanho
das perdas econômicas que um sinistro pode causar.
As especificações dos materiais e itens obrigatórios que cuidem da rápida detecção e
extinção do fogo são fatores importantes para a proteção dos ocupantes e também para
minimizar as perdas de bens.
“Esses meios de proteção atendem às necessidades dos usuários em situação
normal de funcionamento do edifício, porém em situação de incêndio têm
um comportamento especial que retarda o crescimento do incêndio, impede
uma grande emissão de fumaça ou permite uma saída segura para os
ocupantes do prédio, entre tantas outras finalidades. São exemplos de
proteção passiva o controle de materiais de acabamento e revestimento,
proteção das de fuga, compartimentação e isolamento de risco”. (A
Segurança Contra Incêndio no Brasil, 2008, p. 169)

Na NR 23 são citados alguns desses itens de proteção obrigatórios com suas


peculiaridades fundamentais. As saídas de emergência, por exemplo, devem estar em
número suficiente segundo a quantidade de ocupantes da edificação. As portas, em
geral, devem abrir no sentido da saída e situar-se de tal modo que, ao se abrirem, não
impeçam as vias de passagem. As escadas devem ser feitas de materiais resistentes
ao fogo e terem, no mínimo uma largura de 1,20m e, quando necessário, conter porta
corta-fogo que se fechem automaticamente e podendo ser abertas facilmente pelos 2
(dois) lados.
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Quanto aos extintores esses também precisam ser bem dimensionados e deve ser
levada em consideração os agentes que deverão combater.

Figura 7 – Tabela prática de classes de fogo versus etintores. Fonte:


http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/nr23.htm

2.5. Veracidade na execução dos projetos

O Decreto 24.054/2004 em seu Capítulo XII da responsabilidade no Art. 45, nas


edificações e áreas de risco a serem construídas, cabe aos respectivos autores ou
responsáveis o detalhamento técnico dos projetos e instalações das medidas de
segurança contra incêndio e ao responsável pela execução da obra o fiel cumprimento
do que foi projetado. Devendo obedecer as Instruções Técnicas que nortearão a
elaboração e execução conforme foi aprovado no Corpo de Bombeiro Militar do Estado
do Amazonas.
Quando o profissional definir a classificação das ocupações. Ele determina os tipos de
sistemas e equipamentos a serem executados na edificação, a partir daí devem ser
analisadas as Normas oficiais para complementar o decreto supracitado.
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3. Conclusão
Segundo o dicionário, em uma de suas definições, segurança é a condição de estar livre
de perigos, incertezas, assegurado de danos e riscos eventuais; situação em que nada há
de temer. Deveras esse é o múnus de um sistema de combate a incêndio,
principalmente no âmbito escolar, e, para que isso seja possível, é substancial a
qualificação profissional; qualquer fragilidade nesse quesito pode levar a resultados
desastrosos na ocorrência de sinistros facilmente evitáveis. Felizmente os órgãos que
gerem, avaliam e fiscalizam as escolas públicas municipais de Manaus dispensam total
atenção à segurança anti-incêndios. Fica, portanto, a cargo do profissional de
arquitetura e/ou engenharia se ater a elaboração de um bom projeto. Indubitavelmente
as indicações nesse artigo relatadas servem como auxílio aos técnicos que
desenvolverão trabalho nesse cunho.
Vale ressaltar que o ingresso da população na prevenção de incêndios é profícuo à
cidade; a implantação de programas educacionais desde as creches até as escolas de
ensino fundamental cria uma cadeia de conhecimento vitalícia, de maneira que todos,
inclusive pais e parentes, possam conhecer os riscos de incêndio em suas atividades e
quais atitudes podem ser tomadas em caso de infortúnios. É válido também a aplicação
de um programa e/ou ciclo de palestras, formações e cursos ministrados pelos órgãos
competentes (CONFEA, CREA, CAU, Corpo de Bombeiros) aos engenheiros,
arquitetos e bombeiros sobre a tratativa desse assunto, como elaborar um bom projeto,
suas características, importância e validação.

Referências
ALEXANDRE ITUI SEITO, ALFONSO ANTONIO GILL, FABIO DOMINGOS PANNONI,
ROSARIO ONO, SILVIO BENTO DA SILVA, UALFRIDO DEL CARLO, VALDIR PIGNATA E
SILVA. A Segurança Contra Incêndio no Brasil, 2008
FUNDAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO, DIRETORIA DE OBRA E
SERVIÇOS SÃO PAULO. Manual de orientação à prevenção e ao combate a incêndio nas escolas,
2009
GOVERNO DO ESTADO DO AMAZONAS, Lei Nº2.812, 2003
GOVERNO DO ESTADO DO AMAZONAS, Decreto Nº.24.054, 2004

Sites
http://www.corpodebombeiros.sp.gov.br/internetcb/site/legislacao.php

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