Princípios Da Dinâmica
Princípios Da Dinâmica
Nesta área da Física, estudaremos os movimentos dos corpos. A soma vetorial das forças que atuam em um corpo de massa
Aristóteles (séc. IV a.C.) acreditava que os corpos só poderiam se m faz com que este sofra alteração de velocidade, ou seja, adquira
mover quando estivessem submetidos à atuação de forças. Por sua aceleração. Este é o princípio fundamental da dinâmica.
vez, Galileu (séc. XVI), nos seus estudos de movimento dos corpos, A unidade no S.I. referente à massa é Kg, e a unidade no S.I.
percebeu que, na ausência de forças, os móveis se movimentam com de força é N (Newton).
velocidade constante (constante igual ou diferente de zero, isto é,
movem-se em M.U. ou estão em repouso). Observação
Newton continuou os estudos de Galileu e, no final do séc. XVII
Como a massa é um escalar positivo, o vetor aceleração tem a
e no início do séc. XVIII, publicou um dos livros de maior influência
mesma direção e sentido que o vetor resultante das forças.
na história da Ciência, o Principia, divido em 3 volumes. O livro
aborda o estudo dos movimentos dos corpos (inclusive dos corpos
celestes, trabalhando Gravitação), baseando-se nas famosas três leis
da dinâmica ou três leis de Newton.
FORÇAS PARTICULARES
1ª LEI (OU LEI DA INÉRCIA) PESO
“Todo corpo permanece em seu estado de repouso, ou de Corpos massivos no Universo deformam o espaço ao seu redor,
movimento uniforme em linha reta, a menos que seja obrigado atraindo outros corpos massivos. Se uma partícula, por exemplo,
a mudar seu estado por forças impressas nele”. estiver se movendo próximo à superfície da Terra, pode ser que
Essa lei retrata o Princípio da Inércia dos corpos. Se um ponto sofra alteração no seu vetor velocidade. Mudando a velocidade, há
material estiver livre da ação de forças, sua velocidade vetorial aceleração. Havendo aceleração, há força. Como não há ação direta
permanece constante. Galileu, estudando uma esfera em repouso (não há nada ligando a Terra ao corpo que se move próximo
sobre um plano horizontal, observou que, empurrando-a com a ela), dizemos que há atuação de um campo. Nesse caso, há
determinada força, ela se movimentava. Cessando o empurrão, a atuação de um campo gravitacional1. A aceleração que a partícula
esfera continuava a se mover até percorrer determinada distância. sofre quando está sob atuação do campo gravitacional chama-
Verificou, portanto, que a esfera continuava em movimento sem a se gravidade. A partícula que está no campo gravitacional da
ação de uma força e que a esfera parava em virtude do atrito entre Terra está submetida à força Peso.
a esfera e o plano horizontal. Polindo o plano horizontal, observou O módulo do vetor gravidade na superfície da Terra vale
que o corpo se movimentava durante um percurso maior após cessar aproximadamente 10 m/s2. Já na Lua, por exemplo, vale
o empurrão. Se pudesse eliminar completamente o atrito, a esfera aproximadamente 1,6 m/s2. A gravidade do corpo celeste depende de
continuaria a se movimentar indefinidamente em movimento retilíneo seu raio e da sua massa. Por isso, os valores são diferentes.
e uniforme.
Então:
Imagine um bloco amarrado a um fio, realizando-se um movimento
circular em uma superfície horizontal. Conforme discutimos no P = mg
módulo 2, apesar de o módulo da velocidade poder ser constante,
o vetor velocidade não o é. O que faz a direção e o sentido do
vetor mudarem o tempo todo é a atuação de uma força no Exercício Resolvido
bloco; neste caso, a força que o fio faz, apontando para o centro 01. Qual é o módulo da força Peso que um menino de 60 kg de
da trajetória, chama-se Tração. Quando um carro realiza uma curva massa sofre na superfície da Terra? E da Lua?
horizontal, é a força de atrito entre o pneu e o asfalto que promove
a alteração no vetor velocidade (em pistas com baixo atrito, torna-se Resolução:
mais difícil realizar uma curva). Na Terra:
Então, qual é a relação entre força e movimento? Força é a P = mg = 60 ⋅ 10 = 600 N
grandeza física capaz de alterar o movimento de um corpo. A 2ª lei Na Lua:
trata dessa questão:
P = mg = 60 ⋅ 1,6 = 96 N
2ª LEI
Se, na ausência de força, o corpo não sofre alteração de
velocidade, podemos inferir que, quando a soma das forças que atuam Observação
em um corpo é diferente de zero, a sua velocidade sofre mudanças
Note que a massa não muda, independentemente de onde o
(seja mudança de direção, sentido, ou até mesmo no módulo). Ao ser
corpo estiver.
aplicada uma força em um objeto, a mudança na sua velocidade vai
depender da sua massa:
F ma
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Exercício Resolvido
F – FAT = m · a
figura 1 figura 2 F FAT 60 – 30 = 10 · a
30 = 10 · a
Na situação onde o bloco está em repouso, sabemos que F = FATe. a = 3 m/s²
Existe um determinado valor de F no qual o bloco ficará na iminência
de movimento. Esse valor se expressa quando a força de atrito estático
alcança sua máxima intensidade (FATemáx). Se F > FATemáx, o bloco TRAÇÃO
começará a se mover e, portanto, o atrito será cinético, conforme a
É a força realizada por fios e cabos.
figura 2.
A intensidade do FATemáx dependerá do coeficiente de atrito
estático (µe) entre o bloco e a superfície, e da força normal (N) de
FORÇA ELÁSTICA
contato entre bloco e superfície. Assim: É a força realizada por elásticos e molas. Para deformar mais uma
mola, por exemplo, temos que aumentar a força aplicada, ou seja, a
FATemáx = µe·N força elástica é proporcional à deformação/elongação que sofre (seja
encolhendo ou esticando). Além disso, a depender do material de
Uma vez que o bloco está se movendo, teremos FATc: que é feita ou de sua espessura, a força aplicada para deformá-la
FATc = µc·N, muda também. A força aplicada pela distância deformada chama-se
constante elástica (k). Em módulo, temos que:
em que µc é o coeficiente de atrito cinético entre o bloco e a
F = Kx
superfície. A saber, µe > µc.
O sentido da força de atrito estático é oposto à tendência do De fato, ao comprimirmos uma mola para esquerda, a força
movimento. Já o do atrito cinético é oposto ao vetor velocidade. elástica será horizontal para direita. Ao ser esticada para direita, a
força elástica apontará para esquerda. Então, vetorialmente,
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3ª LEI
Esta lei baseia-se no princípio de ação e reação. Se um corpo A aplica
uma força em outro corpo B, então B aplicará em A uma força de mesmo
módulo e direção, porém de sentido oposto. Dizemos que a força que A
faz em B e a que B faz em A formam um par de ação-reação:
b) Bloco sobre um apoio inclinado.
FAB –FBA
Por exemplo, assim como a Terra atrai a Lua, a Lua também atrai
a Terra, com uma força de mesmo módulo e sentidos opostos. A força
que um livro faz na mesa é a mesma que a mesa aplicará no livro.
Nesse último caso perceba que, como o livro está em repouso na
mesa, a soma das forças que atuam nele é zero. Como só atuam peso
e normal, podemos dizer que, nesse caso, seus módulos são iguais. Se
a mesa estivesse inclinada e o bloco permanecesse em repouso, não
poderíamos falar que os módulos são iguais, já que possuem direções
de atuação diferentes.
Quando a mesa está na horizontal, o peso aponta para baixo e
a normal, para cima. Mesma direção, sentidos opostos. Já no plano
inclinado, o peso continua apontando para baixo (no sentido do
centro do planeta), mas a normal é perpendicular ao plano.
c) Escada apoiada na parede e no chão.
N
P
θ
Observação
Como a normal é a força que o plano faz no corpo e a força peso
é a força que o planeta faz no corpo, peso e normal não formam
par de ação-reação.
Neste caso:
A força que o bloco faz na mesa e a força que a mesa faz no bloco
formam par de ação e reação.
A força que a Terra faz no bloco é igual a que o bloco faz na Terra.
Como podemos ver, atuam em corpos diferentes:
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Observação EXERCÍCIOS DE
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05. (EAM) Observe a figura a seguir. 10. (EEAR) Observe o gráfico abaixo que relaciona a velocidade (v)
em função do tempo (t), de um ponto material. Sobre as afirmativas
abaixo, as que estão corretas são
I. No trecho AB, a força resultante que atua sobre o ponto material
é no sentido do movimento.
II. No trecho BC, não há forças atuando sobre o ponto material.
III. O trecho CD pode ser explicado pela 2ª lei de Newton.
IV. De acordo com a 1ª lei de Newton, no trecho BC o corpo está
em repouso.
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a) 20 b) 30 c) 40 d) 50
b)
e)
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10. (EEAR) Em alguns parques de diversão há um brinquedo em que 13. (EAM) Um marinheiro utiliza um sistema de roldanas com o objetivo
as pessoas se surpreendem ao ver um bloco aparentemente subir uma de erguer um corpo de 200 kg de massa, conforme figura abaixo.
rampa que está no piso de uma casa sem a aplicação de uma força.
O que as pessoas não percebem é que o piso dessa casa está sobre
um outro plano inclinado que faz com que o bloco, na verdade, esteja
descendo a rampa em relação a horizontal terrestre. Na figura a seguir,
está representada uma rampa com uma inclinação α em relação ao
piso da casa e uma pessoa observando o bloco (B) “subindo” a rampa
(desloca-se da posição A para a posição C).
Dados:
1. a pessoa, a rampa, o plano inclinado e a casa estão todos em
repouso entre si e em relação a horizontal terrestre.
2. considere P = peso do bloco.
Considerando a gravidade local igual a 10 m/s2, pode-se afirmar que
3. desconsidere qualquer atrito. a força exercida pelo marinheiro no cumprimento dessa tarefa foi de
a) 100 N c) 500 N e) 2000 N
b) 250 N d) 1000 N
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18. (AFA) Na figura 1, a mola, de constante elástica k, está no seu à 100 N. Os fios e as polias, iguais, são ideais.
comprimento normal. Fixa-se um corpo de massa m à sua extremidade
que é abaixada lentamente até a posição de equilíbrio (Fig. 2).
Se fixarmos o corpo de massa 2 m à extremidade da mola (Fig. 1)
e o soltarmos, ele distenderá a mola de um valor máximo L (Fig. 3).
Indique o valor de L.
a) d b) 2d c) d/2 d) 3d/2
23. (AFA) A figura apresenta um plano inclinado no qual está fixa uma
polia ideal. O fio também é ideal e não há atrito. Sabendo-se que os
blocos A e B têm massas iguais, o módulo da aceleração de B é
2mg mg 2Mg mg
a) b) c) d)
4M + m M+m M+m 4M + m
25. (EN) Uma cabine de elevador de massa M é puxada para cima por
meio de um cabo quando, de seu teto, se desprende um pequeno
a) 1,5 b) 3,0 c) 4,5 d) 6,0 parafuso. Sabendo que o módulo da aceleração relativa do parafuso
em relação à cabine é de 4/5 g, onde g é o módulo da aceleração da
gravidade, qual a razão estre o módulo da tração T no cabo e o peso
22. (ESPCEX) O sistema de polias, sendo uma fixa e três móveis,
P da cabine, T/P?
encontra-se em equilíbrio estático, conforme mostra o desenho.
A constante elástica a) 1/2 c) 3/4 e) 1
da mola, ideal, de peso desprezível, é igual a
50 N/cm e a força F na extremidade da corda é de intensidade igual b) 2/3 d) 4/5
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26. (AFA) Para levantar um pequeno motor até determinada altura, Também não há atrito entre a plataforma e o chão, de modo que
um mecânico dispõe de três associações de polias: poderia haver movimento relativo entre o sistema e o solo. Entretanto,
a plataforma é mantida em repouso em relação ao chão por meio de
uma corda horizontal que a prende ao ponto A de uma parede fixa.
COMBATE
as configurações do sistema vagão-pêndulo de velocidade V e
aceleração a nos instantes 1 s, 2 s e 3 s, são respectivamente
a)
01. (UFRJ 2006) Um bloco de massa m é abaixado e levantado por
meio de um fio ideal. Inicialmente, o bloco é abaixado com aceleração
constante vertical, para baixo, de módulo a (por hipótese, menor do
b) que o módulo g da aceleração da gravidade), como mostra a figura 1.
Em seguida, o bloco é levantado com aceleração constante vertical,
para cima, também de módulo a, como mostra a figura 2. Sejam T a
tensão do fio na descida e T’ a tensão do fio na subida.
c)
d)
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02. (EPCAR/AFA 2012) Os vetores A e B , na figura abaixo,
representam, respectivamente, a velocidade do vento e a velocidade
de um avião em pleno voo, ambas medidas em relação ao solo.
Sabendo-se que o movimento resultante do avião acontece em uma
direção perpendicular à direção da velocidade do vento,
tem-se que o
cosseno do ângulo θ entre os vetores velocidades A e B vale
B
a) −
A
A
b) −
B a) 4 m/s. d) 10 m/s.
b) 6 m/s. e) 14 m/s.
c) − A ⋅ B
c) 8 m/s.
d) A ⋅ B
06. (MACKENZIE 2008) No sistema a seguir, o fio e a polia são
03. (MACKENZIE 2010) Os blocos A e B a seguir repousam sobre uma considerados ideais e o atrito entre as superfícies em contato é
superfície horizontal perfeitamente lisa. Em uma primeira experiência, desprezível. Abandonando-se o corpo B a partir do repouso, no ponto
aplica-se a força de intensidade F, de direção horizontal, com sentido M, verifica-se que, após 2 s, ele passa pelo ponto N com velocidade
para a direita sobre o bloco A, e observa-se que o bloco B fica sujeito de 8 m/s. Sabendo-se que a massa do corpo A é de 5 kg, a massa do
a uma força de intensidade f1. Em uma segunda experiência, aplica- corpo B é
se a força de intensidade F, de direção horizontal, com sentido para
a esquerda sobre o bloco B, e observa-se que o bloco A fica sujeito
a uma força de intensidade f2. Sendo o valor da massa do bloco A o
f
triplo do valor da massa do bloco B, a relação 1 vale
f2
Dados:
g = 10 m/s2
cos 37° = 0,8
sen 37° = 0,6
30°
Fig.2
F‘
a) 60.
b) 70.
30°
c) 80.
Calcule a razão | F ’ | / | F | d) 85.
e) 90.
05. (ESPCEX/AMAN 2011) Um bote de assalto deve atravessar um
rio de largura igual a 800 m, numa trajetória perpendicular à sua 08. (ESPCEX/AMAN 2018) Um bloco A de massa 100 kg sobe, em
margem, num intervalo de tempo de 1 minuto e 40 segundos, com movimento retilíneo uniforme, um plano inclinado que forma um
velocidade constante. ângulo de 37° com a superfície horizontal. O bloco é puxado por
Considerando o bote como uma partícula, desprezando a resistência um sistema de roldanas móveis e cordas, todas ideais, e coplanares.
do ar e sendo constante e igual a 6 m/s a velocidade da correnteza O sistema mantém as cordas paralelas ao plano inclinado enquanto
do rio em relação à sua margem, o módulo da velocidade do bote em é aplicada a força de intensidade F na extremidade livre da corda,
relação à água do rio deverá ser de: conforme o desenho abaixo.
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PRINCÍPIOS DA DINÂMICA
DESAFIO PRO
Considere a aceleração da gravidade igual a 10 m/s².
a) 125 N.
b) 200 N.
c) 225 N.
d) 300 N.
e) 400 N. 1 (ITA) Três molas idênticas, de massas desprezíveis e
comprimentos naturais , são dispostas verticalmente
entre o solo e o teto a 3 de altura. Conforme a figura, entre
tais molas são fixadas duas massas pontuais iguais. Na situação
09. (EN 2016) Analise a figura abaixo.
inicial de equilíbrio, retira-se a mola inferior (ligada ao solo)
resultando no deslocamento da massa superior de uma
distância d1 para baixo, e da inferior, de uma distância d2
também para baixo, alcançando-se nova posição de equilíbrio.
Assinale a razão d2 d1 .
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a) g (3 3 ) ≤ a ≤ g 3. GABARITO
b) 2g ( 3 2 ) ≤ a ≤ 4g 2. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. E 04. C 07. C 10. A
c) g ( 2 3 ) ≤ a ≤ 4g ( 3 3 ) .
02. E 05. C 08. B
d) 2g ( 3 2 ) ≤ a ≤ 3g ( 4 2 ) . 03. A 06. C 09. C
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
e) g ( 2 3 ) ≤ a ≤ 3g ( 4 3 ) .
01. A 09. C 17. D 25. D
02. C 10. B 18. B 26. C
3 (ITA) Um elevador sobe verticalmente com aceleração
constante e igual a a. No seu teto está preso um conjunto
de dois sistemas massa-mola acoplados em série, conforme a
03. B
04. B
11. D
12. C
19. D
20. E
27. D
28. A
figura. O primeiro tem massa m1 e constante de mola k1 , e o 05. B 13. B 21. A 29. E
segundo, massa m2 e constante de mola k2 . Ambas as molas têm
06. A 14. A 22. D 30. A
o mesmo comprimento natural (sem deformação) . Na condição
de equilíbrio estático relativo ao elevador, a deformação da mola 07. D 15. E 23. A
de constante k1 é y, e a da outra, x. Pode-se então afirmar que 08. D 16. E 24. D
(y − x) é EXERCÍCIOS DE COMBATE
01. (g + a)/(g – a) 06. C
02. B 07. B
03. E 08. A
04. √3/2 09. D
05. D 10. 3/2
DESAFIO PRO
01. A
02. A
03. C
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