12 Eletromagnetismo
12 Eletromagnetismo
Eletromagnetismo
Quando se fala em magnetismo, logo vem à cabeça a imagem de um ímã, polos positivos e negativos
e, é claro, das aulas de Física da escola e os resumos feitos sobre eletromagnetismo. Para quem ainda
não chegou lá, vai aí a definição desse fenômeno.
O magnetismo é o poder de atração do ferro magnético e a capacidade que ele possui de se orientar
na direção norte e sul, um poder indutor – esse conceito é do dicionário.
Outra definição, essa mais científica e aprofundada: o magnetismo é entendido como um fenômeno
básico no processo de andamento de geradores, motores elétricos, na reprodução de voz e de
imagens, no armazenamento de memória de aparatos tecnológicos, como os computadores, entre
outras aplicações. Para suprimir os conhecimentos desses dois parágrafos, tem-se que: o magnetismo
acontece quando um elemento atrai pedaços de ferro.
Um objeto bem comum que possui as propriedades atrativas é o ímã. Ele tem dois polos, norte e sul,
que são inseparáveis. Portanto, os fenômenos do magnetismo que acontecem nas correntes elétricas,
são chamados de eletromagnetismo.
Esse estudo foi desenvolvido pelo físico escocês James Clerck Maxwell, que, por intermédio de suas
teorias, conseguiu estabelecer a relação entre magnetismo e eletricidade.
As regras do eletromagnetismo são regidas pelas equações de Maxwell, pois o físico havia descoberto
que os fenômenos elétricos e magnéticos da natureza poderiam ser representados por quatro
equações. Estas por sua vez são equações bem mais compreendidas por profissionais de ciências.
São os computadores, motores elétricos, campainhas e aparelhos de áudio e vídeos. Por fora, são
apenas produtos expostos, seja em lojas ou mercados, mas, que na verdade, em seu interior, têm
várias aplicações no ramo das ciências. Com o avanço de estudos e pesquisas, observou-se e, logo
se estabeleceu uma relação entre o magnetismo e a eletricidade. Antes, como forma de obter energia,
usava-se a química, com pilhas e baterias.
Com o avanço dos estudos da eletrostática, os fenômenos elétricos passaram a ganhar mais
profundidade, recheando essa área de conhecimento com o eletromagnetismo. Nesse campo, surgiram
dois fenômenos: as cargas em movimento e os campos elétricos.
O campo elétrico é formado por cargas elétricas, tais como: elétrons, prótons ou íons. As cargas
elétricas são responsáveis pelas interações eletromagnéticas e estão sujeitas a uma força, essa,
chamada de força elétrica.
As cargas elétricas são simbolizadas pelas letras Q e q. A unidade é calculada em Coulomb, que é
uma das grandezas fundamentais do universo e é representada por C. A carga influencia no espaço
quando há o surgimento e desaparecimento de fótons e outras partículas com cargas elétricas.
Segundo os cientistas, nosso corpo e os demais materiais são compostos por moléculas. Ao nosso
redor, estão localizados diversas partículas menores, chamadas de átomos e, no interior deles, se
encontram os elétrons, prótons e os nêutrons.
O núcleo dos átomos é formado pela união dos prótons e os nêutrons – e isso não o torna a parte maior
da partícula. Os elétrons ocupam grande parcela do material atômico, pois cobrem os átomos formando
uma espécie de nuvem em redor do núcleo
Campo Magnético
Campo Magnético é a concentração de magnetismo que é criado em torno de uma carga magnética
num determinado espaço.É o ímã que cria o campo magnético, da mesma forma como é a carga
elétrica e a massa que, respectivamente, criam os campos elétrico e gravitacional.Isso pode ser
mostrado através da imagem de um vetor, um ímã, que é representado pelo vetor B.
As linhas de indução partem dos vetores de indução magnética e dirigem-se do polo norte para o polo
sul.
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ELETROMAGNETISMO
Campo Magnético É a região próxima a um ímã que influencia outros ímãs ou materiais ferromagnéticos
e paramagnéticos, como cobalto e ferro.
Compare campo magnético com campo gravitacional ou campo elétrico e verá que todos estes têm as
características equivalentes.
Também é possível definir um vetor que descreva este campo, chamado vetor indução magnética e
simbolizado por . Se pudermos colocar uma pequena bússola em um ponto sob ação do campo o
vetor terá direção da reta em que a agulha se alinha e sentido para onde aponta o polo norte
magnético da agulha.
Se pudermos traçar todos os pontos onde há um vetor indução magnética associado veremos linhas
que são chamadas linhas de indução do campo magnético. estas são orientados do polo norte em
direção ao sul, e em cada ponto o vetor tangencia estas linhas.
As linhas de indução existem também no interior do ímã, portanto são linhas fechadas e sua orientação
interna é do polo sul ao polo norte. Assim como as linhas de força, as linhas de indução não podem se
cruzar e são mais densas onde o campo é mais intenso.
Em física, definimos o campo magnético de forma bem análoga ao que estudamos a respeito do campo
elétrico e gravitacional. Nesses dois casos definimos um campo gravitacional ou um campo elétrico
como sendo a modificação no espaço em função da presença de massa ou de cargas elétricas.
Portanto, analogamente, definimos o campo gravitacional como sendo a região do espaço onde um
ímã, seja ele em forma de barra ou de ferradura, manifesta sua ação. O campo magnético é
representado por um vetor chamado de vetor indução magnética, que pode ser representado apenas
por :
Usamos como unidade de campo magnético o símbolo T, denominado tesla. Portanto, no SI a unidade
de é tesla (T).
A direção do vetor indução magnética é aquela em que se dispõe a pequena agulha e o sentido do
vetor indução é aquele para onde o polo norte da agulha aponta. Vejamos a representação abaixo.
Um campo magnético é criado pela influência das correntes elétricas que estão em movimento e pelos
ímãs. Inicialmente, o magnetismo era associado apenas aos ímãs, porém com o passar dos tempos
estudiosos começaram a criar teorias sobre o assunto.
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ELETROMAGNETISMO
James Maxwell criou a teoria do electromagnetismo, onde conseguiu identificar as causas da atração
dos ímãs e também das correntes elétricas, após essas descobertas ele uniu a eletricidade com o
magnetismo.
Em elétrica cada carga cria em torno de si um campo elétrico, de modo análogo o imã cria um campo
magnético, porém num imã não existe um mono-pólo assim sempre o imã tem a carga positiva e a
negativa.Para representarmos o campo magnético usaremos o símbolo B⃗ .
Para determinar o sentido de B⃗ utilizamos uma bússola ( que só a partir dos estudos do magnetismo
pôde ser utilizada para a navegação, com grande importância até nos dias de hoje).
Assim podemos observar que o sentido adotado para o campo magnético é sempre do pólo norte do
imã para o pólo sul.
Indução Magnética
O ímã pode ser representado por um vetor, que é conhecido como vetor indução magnética, é
simbolizado pelo vetor B. Usa-se como unidade de campo magnético o símbolo T, que é denominado
de Tesla. Desta forma no SI a unidade de B é Tesla (T). A direção do vetor indução é aquela em que a
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ELETROMAGNETISMO
pequena agulha da bússola aponta e o sentido do vetor indução é aquele para onde o polo norte da
agulha da bússola aponta.
Da mesma forma que no campo elétrico uniforme, este é definido como o campo do vetor indução
magnética B é igual em todos os pontos, ou seja, possui o sentido, a direção e o módulo iguais. Desta
forma a sua representação torna-se mais fácil, pois é feita através de linhas paralelas e igualmente
espaçadas. Se você observar muitos ímãs são representados por imagens em formato de U. Isso
ocorre porque a parte interna desse tipo de ímã aproxima um campo magnético uniforme.
Já se sabe que o vetor indução magnética é representado pelo símbolo B, para determinar o sentido
de B é utilizada uma bússola. É importante lembrar que a bússola só começou a ser usada nas
navegações após os estudos do magnetismo. O sentido adotado para o campo magnético é sempre
do polo norte ao polo sul do ímã
De maneira análoga ao campo elétrico uniforme, é definido como o campo ou parte dele onde o vetor
indução magnética é igual em todos os pontos, ou seja, tem mesmo módulo, direção e sentido. Assim
sua representação por meio de linha de indução é feita por linhas paralelas e igualmente espaçadas.
• Campos magnéticos estacionários, ou seja, que o vetor campo magnético em cada ponto não
varia com o tempo;
Tendo um Ímã posto sobre um referencial arbitrário R, se uma partícula com carga q for abandonada
em sua vizinhança com velocidade nula não será observado o surgimento de força magnética sobre
esta partícula, sendo ela positiva, negativa ou neutra.
"Um campo magnético estacionário não interage com cargas que tem velocidade não nula na mesma
direção do campo magnético."
Sempre que uma carga se movimenta na mesma direção do campo magnético, sendo no seu sentido
ou contrário, não há aparecimento de força eletromagnética que atue sobre ela. Um exemplo deste
movimento é uma carga que se movimenta entre os polos de um Ímã. A validade desta afirmação é
assegurada independentemente do sinal da carga estudada
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ELETROMAGNETISMO
Quando uma carga é abandonada nas proximidades de um campo magnético estacionário com
velocidade em direção diferente do campo, este interage com ela. Então esta força será dada pelo
produto entre os dois vetores, e e resultará em um terceiro vetor perpendicular a ambos, este é
chamado um produto vetorial e é uma operação vetorial que não é vista no ensino médio.
Mas podemos dividir este estudo para um caso peculiar onde a carga se move em direção
perpendicular ao campo, e outro onde a direção do movimento é qualquer, exceto igual a do campo.
Experimentalmente pode-se observar que se aproximarmos um ímã de cargas elétricas com movimento
perpendicular ao campo magnético, este movimento será desviado de forma perpendicular ao campo
e à velocidade, ou seja, para cima ou para baixo. Este será o sentido do vetor força magnética.
A intensidade de será dada pelo produto vetorial , que para o caso particular onde e
são perpendiculares é calculado por:
A unidade adotada para a intensidade do Campo magnético é o tesla (T), que denomina , em
homenagem ao físico iugoslavo Nikola Tesla.
Como citado anteriormente, o caso onde a carga tem movimento perpendicular ao campo é apenas
uma peculiaridade de interação entre carga e campo magnético. Para os demais casos a direção do
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ELETROMAGNETISMO
Aplicando esta lei para os demais casos que vimos anteriormente, veremos que:
• se v = 0, então F = 0
Um método usado para se determinar o sentido do vetor é a chamada regra da mão direita
espalmada. Com a mão aberta, se aponta o polegar no sentido do vetor velocidade e os demais
dedos na direção do vetor campo magnético.
Para cargas positivas, vetor terá a direção de uma linha que atravessa a mão, e seu sentido será
o de um vetor que sai da palma da mão.
Para cargas negativas, vetor terá a direção de uma linha que atravessa a mão, e seu sentido será
o de um vetor que sai do dorso da mão, isto é, o vetor que entra na palma da mão.
Sempre que uma carga é posta sobre influência de um campo magnético, esta sofre uma interação que
pode alterar seu movimento. Se o campo magnético em questão for uniforme, vimos que haverá uma
força agindo sobre a carga com intensidade , onde é o ângulo formado no plano
entre os vetores velocidade e campo magnético. A direção e sentido do vetor serão dadas pela
regra da mão direita espalmada.
Se imaginarmos um fio condutor percorrido por corrente, haverá elétrons livres se movimentando por
sua secção transversal com uma velocidade . No entanto, o sentido adotado para o vetor velocidade,
neste caso, é o sentido real da corrente ( tem o mesmo sentido da corrente). Para facilitar a
compreensão pode-se imaginar que os elétrons livres são cargas positivas.
Como todos os elétrons livres têm carga (que pela suposição adotada se comporta como se esta fosse
positiva), quando o fio condutor é exposto a um campo magnético uniforme, cada elétron sofrerá ação
de uma força magnética.
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ELETROMAGNETISMO
Mas se considerarmos um pequeno pedaço do fio ao invés de apenas um elétron, podemos dizer que
a interação continuará sendo regida por , onde Q é a carga total no segmento do
fio, mas como temos um comprimento percorrido por cada elétron em um determinado intervalo de
tempo, então podemos escrever a velocidade como:
Ao substituirmos este valor em teremos a força magnética no segmento, expressa pela notação
:
Da mesma forma como um campo magnético uniforme interage com um condutor retilíneo pode
interagir com um condutor em forma de espira retangular percorrido por corrente.
Quando a corrente passa pelo condutor nos segmentos onde o movimento das cargas são
perpendiculares ao vetor indução magnética há a formação de um "braço de alavanca" entre os dois
paralelo ao vetor indução magnética não há surgimento de pois a corrente, e por consequência
, tem mesma direção do campo magnético.
Se esta espira tiver condições de girar livremente, a força magnética que é perpendicular ao sentido da
corrente e ao campo magnético causará rotação.
À medida que a espira gira a intensidade da força que atua no sentido vertical, que é responsável pelo
giro, diminui, de modo que quando a espira tiver girado 90° não haverá causando giro, fazendo
com que as forças de cada lado do braço de alavanca entrem em equilíbrio.
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ELETROMAGNETISMO
No entanto, o movimento da espira continua, devido à inércia, fazendo com que esta avance contra as
forças . Com isso o movimento segue até que as forças o anulem e volta a girar no sentido
contrário, passando a exercer um movimento oscilatório.
Uma forma de se aproveitar este avanço da posição de equilíbrio é inverter o sentido da corrente,
fazendo com que o giro continue no mesmo sentido. Este é o princípio de funcionamento dos motores
de corrente contínua, e a inversão de corrente é obtida através de um anel metálico condutor dividido
em duas partes.
Um campo magnético não atua sobre cargas elétricas em repouso, mas se pegarmos esta carga e
lançarmos com uma velocidade v em direção a uma área onde há um campo magnético B pode
aparecer uma força F atuando sobre esta carga, denominada força magnética. As características desta
força magnética foram determinadas pelo físico Hendrick Antoon Lorentz (1853-1920).
F = q . B . v . sen(a)
A força magnética que age sobre a carga móvel é sempre perpendicular ao plano formado pelos vetores
v e B.
Observando a equação acima veremos que quando a=0 ou a=180º a força magnética será nula,
portanto quando o lançamento for paralelo ao campo não teremos a força magnética atuando sobre
esta carga, assim descrevendo um movimento retilíneo uniforme.
O sentido da força é dada pela regra da mão esquerda, como mostra a figura abaixo:
ou seja, o dedo indicador no sentido do campo e o dedo médio no sentido da velocidade, dando no
dedo polegar o sentido da força magnética.
Essa regra é válida para cargas positivas, se a carga for elétricamente negativa basta utilizar a mão
direita.
Na física, a Força magnética (Fm), também chamada de Força de Lorentz, representa a força de atração
e/ou repulsão exercida pelos ímãs ou objetos magnéticos.
Fórmula
F = |q| . v . B. sen θ
Onde,
F: força magnética
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ELETROMAGNETISMO
B: campo magnético
O campo magnético representa um espaço onde existe uma concentração de magnetismo criado em
torno das cargas magnéticas.
Já o chamado campo eletromagnético é o local onde existe uma concentração das cargas elétricas e
magnéticas.
Nesse caso, a movimentação das cargas eletromagnéticas ocorre em forma de ondas, as chamadas
“ondas eletromagnéticas”.
Indução Eletromagnética
Em 1820, Hans Christian Oersted descobriu que a passagem de uma corrente elétrica em um condutor
mudava a direção da agulha de uma bússola. Ou seja, ele descobriu o eletromagnetismo.
A partir daí muitos cientistas começaram a investigar mais profundamente a conexão entre os
fenômenos elétricos e magnéticos.
Eles buscavam, principalmente, descobrir se o efeito contrário era possível, isto é, se os efeitos
magnéticos poderiam gerar uma corrente elétrica.
Assim, em 1831, Michael Faraday com base em resultados experimentais, descobriu o fenômeno da
indução eletromagnética.
A Lei de Faraday e a Lei de Lenz são duas leis fundamentais do eletromagnetismo e determinam a
indução eletromagnética.
Quando Oersted mostrou, através de experimentos, que uma corrente elétrica gera um campo
magnético à sua volta, muitos físicos da época começaram a pensar no modo contrário, isto é,
começaram a imaginar se um campo magnético poderia gerar uma corrente elétrica. A questão era
saber como isso poderia ser feito, foi então que Faraday conseguiu provar que o inverso acontecia, isto
é, Faraday provou que era possível um campo magnético gerar uma corrente elétrica.
Na época, acreditava-se que a corrente elétrica era um fluido e para conseguir explicar corretamente
que um campo magnético gera uma corrente, Faraday teve que partir do princípio que algum tipo de
movimento ou variação do campo magnético poderia provocar o movimento desse fluido. A partir desta
hipótese Faraday descobriu a indução eletromagnética.
A situação da figura acima mostra o fator determinante na geração da corrente elétrica: a variação do
número de linhas de campo magnético que atravessa a espira, ou seja, a variação do fluxo magnético
através da espira.
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ELETROMAGNETISMO
Portanto, podemos dizer que com uma simples movimentação de um ímã próximo a uma espira, isto
é, a um circuito elétrico fechado, é possível produzir corrente elétrica.
A produção de corrente elétrica por campos magnéticos recebeu o nome de indução eletromagnética e
a corrente gerada por meio desse processo é chamada de corrente induzida.
Quando uma área delimitada por um condutor sofre variação de fluxo de indução magnética é criado
entre seus terminais uma força eletromotriz (fem) ou tensão. Se os terminais estiverem ligados a um
aparelho elétrico ou a um medidor de corrente esta força eletromotriz ira gerar uma corrente,
chamada corrente induzida.
Este fenômeno é chamado de indução eletromagnética, pois é causado por um campo magnético e
gera correntes elétricas.
Faraday observa que sempre que existe um movimento relativo entre espira e imã, independente de
quem se mova, surge uma corrente elétrica, chamada de corrente induzida, na espira. Através desse
e de outros resultados, nos quais nota que a corrente elétrica induzida é mais intensa quanto maior a
área da espira e quanto mais rápido é o movimento, enuncia o seguinte resultado:
A variação do fluxo magnético em uma superfície provocava o aparecimento de uma corrente induzida
na espira, o que equivale ao aparecimento de uma força eletromotriz (f.e.m.), ou voltagem, induzida na
espira.
Heinrich Friedrich Emil Lenz, em 1833, observou que a corrente induzida em uma espira por um fluxo
magnético variável tem um sentido tal que o campo magnético que ela cria tende a contrariar a variação
do fluxo magnético através da espira. Assim, na figura acimã, a corrente induzida gera um campo
magnético nesta, de forma a atrair o imã que está se afastando e repelir o imã que está se
aproximando.
A relação que dá a força eletromotriz induzida numa espira devido à variação do fluxo magnético é
conhecida como Lei de Faraday-Lenz:
É importante ressaltar que não é a presença de campo magnético nas proximidades de um condutor
que gera uma corrente elétrica induzida, mas sim a variação do fluxo de campo magnético nesse
condutor. Assim, é necessário que uma ou várias grandezas que definem o fluxo variem. Uma variação
do valor do campo magnético, da área do condutor imersa nesse campo ou da inclinação do condutor
em relação ao campo é necessária para o surgimento da corrente induzida.
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Nas usinas de eletricidade, a voltagem e, por consequência, a corrente elétrica são geradas através de
bobinas inseridas em turbinas dentro de um campo magnético, que giram, graças a um agente externo
(queda de água, vento, fluxo de vapor). Isso faz com que o fluxo de campo magnético oscile no tempo,
gerando uma voltagem também oscilante.
Essa voltagem é chamada de voltagem alternada. Por isso, a corrente elétrica que flui pela fiação de
nossas casas é chamada de corrente alternada (AC). No Brasil, a corrente oscila com uma frequência
de 60 Hz, ou seja, 60 oscilações por segundo. Como essa frequência é muito alta, não percebemos
variação no brilho de lâmpadas, por exemplo.
Nele, um fio é enrolado em uma região de um núcleo de material ferromagnético, dando um número de
voltas N1 e criando uma voltagem alternada V1. Isso faz com que seja estabelecido, graças à passagem
de corrente elétrica nessa bobina, um campo magnético no metal. Como a corrente é variável, o campo
magnético também o será. Isso gera uma variação do fluxo magnético em outra bobina, feita com outro
fio enrolado com N2 voltas em outra região. A variação do fluxo nesse enrolamento gera nela uma
voltagem alternada.
Como o campo é proporcional ao numero de voltas da bobina, isso faz com que as voltagens também
sejam proporcionais ao número de voltas, ou seja:
Exemplo:
(Uerj) Um transformador que fornece energia elétrica a um computador está conectado a uma rede
elétrica de tensão eficaz igual a 120 V. A tensão eficaz no enrolamento secundário é igual a 10 V, e a
corrente eficaz no computador é igual a 1,2 A
Resposta:
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Corrente alternada ou AC é a corrente elétrica na qual a intensidade e a direção são grandezas que
variam ciclicamente ao contrário da corrente contínua, DC, que tem direção bem definida e não varia
com o tempo. Em um circuito de potência de corrente alternada a forma da onda mais utilizada é a
onda senoidal, no entanto, ela pode se apresentar de outras formas como, por exemplo, a onda
triangular e a onda quadrada.
Esse tipo de corrente surgiu com Nicola Tesla, que foi contratado para construir uma linha de
transmissão entre duas cidades de Nova York. Naquela época, Thomas Edison tentou desacreditar
Tesla de que isso daria certo, no entanto, o sistema que Tesla fez acabou sendo adotado.
A partir de então a corrente elétrica em forma de corrente alternada passou a ser muito utilizada, sendo
hoje aplicada na transmissão de energia elétrica que vai das companhias de energia elétrica até os
centros residenciais e comerciais. A corrente alternada é a forma mais eficaz de transmissão de energia
elétrica por longas distâncias, pois ela apresenta facilidade para ter o valor da sua tensão alterado por
aparelhos denominados transformadores.
Corrente Contínua
Uma corrente é considerada contínua quando não altera seu sentido, ou seja, é sempre positiva ou
sempre negativa.
A maior parte dos circuitos eletrônicos trabalha com corrente contínua, embora nem todas tenham o
mesmo "rendimento", quanto à sua curva no gráfico i x t, a corrente contínua pode ser classificada por:
Diz-se que uma corrente contínua é constante, se seu gráfico for dado por um segmento de reta
constante, ou seja, não variável. Este tipo de corrente é comumente encontrado em pilhas e baterias.
Embora não altere seu sentido as correntes contínuas pulsantes passam periodicamente por variações,
não sendo necessariamente constantes entre duas medidas em diferentes intervalos de tempo.
Corrente alternada
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ELETROMAGNETISMO
Dependendo da forma como é gerada a corrente, esta é invertida periodicamente, ou seja, ora é positiva
e ora é negativa, fazendo com que os elétrons executem um movimento de vai-e-vem.
Este tipo de corrente é o que encontramos quando medimos a corrente encontrada na rede elétrica
residencial, ou seja, a corrente medida nas tomadas de nossa casa.
Chama-se corrente elétrica o movimento ordenado das cargas elétricas em um condutor. Estas cargas
são aceleradas pela diferença de potencial a que estão submetidas.
Se a diferença de potencial for constante, o movimento das cargas elétricas terá um único sentido e
velocidade constante, em circuitos comuns com certa resistência.
Ou seja, neste caso o fluxo de cargas elétricas em uma área de seção transversal é constante ao longo
do tempo. O sentido real da corrente elétrica é o sentido do movimento dos elétrons, conforme mostra
a figura abaixo:
Mas o sentido convencional adotado no meio científico é o sentido do movimento das cargas positivas:
Porém, se a diferença de potencial variar com o tempo, o fluxo de cargas elétricas vai mudar, de acordo
com a variação na tensão. Quando esta variação da tensão oscila entre valores positivos e negativos,
ou seja, a polaridade alterna-se entre positiva e negativa, pode-se dizer que a corrente elétrica gerada
é uma corrente alternada.
As correntes elétricas alternadas em geral obtidas variam de forma senoidal com o tempo. Ou seja,
oscila senoidalmente entre valores máximos e mínimos. A expressão para a força eletromotriz tem a
forma:
ε = εm . senω . t
Imediatamente após aplicada a tensão, a corrente elétrica varia de maneira irregular com o tempo. Este
é o chamado efeito transiente. Após cessar o transiente, a corrente elétrica oscila de maneira senoidal
da mesma forma que a tensão aplicada.
A expressão para a intensidade da corrente elétrica tem a mesma forma da equação para a tensão,
embora agora seja necessário introduzir a constante de fase Φ, entre a força eletromotriz e a corrente.
Deste modo, podemos escrever:
i = im. sen(ωt – Φ)
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ELETROMAGNETISMO
Para a análise das correntes alternadas, usa-se um circuito RLC com ambos os componentes, resistor,
indutor e capacitor em série, conectados a uma fonte de força eletromotriz alternada.
O símbolo utilizado para corrente alternada, assim como para força eletromotriz alternada ε, é
representado pelo símbolo ~:
Transformadores
A tensão de entrada e de saída são proporcionais ao número de espiras em cada bobina. Sendo:
Onde:
• é a tensão no primário;
• é a tensão no secundário;
Por esta proporcionalidade concluímos que um transformador reduz a tensão se o número de espiras
do secundário for menor que o número de espiras do primário e vice-verso.
Se considerarmos que toda a energia é conservada, a potência no primário deverá ser exatamente
igual à potência no secundário, assim:
Estes equipamentos possuem mais de um enrolamento, sendo que estas partes são chamadas de
primário e secundário em casos de transformadores com dois enrolamentos, e em transformadores que
possuem três enrolamentos, além dos dois nomes já citados, o terceiro enrolamento é denominado
terciário.
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ELETROMAGNETISMO
Existem diversos tipos de transformadores: os monofásicos, que operam no máximo em duas fases
(127V -220V ); os trifásicos (ou de potência), que funcionam em três fases (220V-380V-440V) e são
aplicados na transformação de tensão e corrente, em que eleva-se a tensão e diminui-se a corrente,
assim diminuindo a perda por Efeito Joule (perdas por sobreaquecimento nos enrolamentos).
Além de serem classificados de acordo com o fim a ser usado, ainda existe a classificação de acordo
com o núcleo. Os tipos de transformadores de acordo com o núcleo são: os de núcleo de ar, cujos
enrolamentos ficam em contato com a própria atmosfera e os de núcleo ferromagnético, onde são
usadas chapas de aço laminadas (no geral usam-se chapas de aço-silício, por diminuírem a perda
por Corrente de Foucault ou correntes parasitas).
Alguns transformadores são sensíveis a acoplamento estático nos enrolamentos, por isso eles recebem
uma proteção chamada de Blindagem Eletrostática.
Aquele transformador que você vê na rua é um típico transformador de potencia trifásico, este recebe
a tensão que vem da estação de distribuição, que está no nível de 13,8 KV (13800 Volts) e transforma
em 127V e 220V.
O transformador que você usa em casa, é um transformador monofásico, ele transforma tanto 127V
em 220V como 220V em 127V.
E ainda existem os transformadores usados em circuitos eletrônicos, que transformam a tensão da sua
rede em tensões significativamente menores.
Fórmula:
E1/E2 x N1/N2
E1⁄ E2 x I2⁄ I1
Sendo que:
Tendo como base essas formula é possível você chegar também à conclusão de que em caso de ter-
se um transformador com N1 > N2 terá um transformador abaixador de tensão e se tiver N1< N2 terá um
transformador elevador de tensão.
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Lei de Gauss
A lei de Gauss relaciona os campos elétricos em pontos sobre uma superfície fechada com a carga
resultante que é envolvida por essa superfície.
A lei de Gauss relaciona o fluxo elétrico resultante Φ de um campo elétrico, através de uma superfície
fechada, com a carga resultante que é envolvida por essa superfície. Em outras palavras, a lei de Gauss
relaciona os campos elétricos em pontos sobre uma superfície gaussiana (fechada) com a carga
resultante envolta por essa superfície.
Onde:
ε0 = constante de permissividade elétrica no vácuo
Na equação, “q” é a soma algébrica de todas as cargas envolvidas, sendo elas positivas ou negativas.
É importante salientar que o sinal diz algo a respeito do fluxo resultante. Se q for maior do que zero, o
fluxo resultante é para fora; se q for menor do que zero, o fluxo resultante é para dentro. (fig. 1)
Uma carga fora da superfície gaussiana, não importa o seu tamanho ou sua proximidade, não é incluída
no termo q da lei de Gauss. Também não importa a forma ou a localização exata das cargas dentro da
superfície gaussiana, importa apenas o sinal da carga resultante envolvida.
O campo elétrico, em razão de uma carga fora da superfície gaussiana, não contribui com nenhum
fluxo resultante através da superfície, pois a quantidade de linhas de campo, em virtude dessa carga
que entra na superfície, é a mesma que sai dela.
Podemos dizer que a lei de Gauss é equivalente à Lei de Coulomb, pois podemos deduzir a lei de
Coulomb através da lei de Gauss.
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ELETROMAGNETISMO
Vamos supor que temos um conjunto de cargas positivas e negativas, que estabelecem um campo
elétrico e numa certa região do espaço. Imaginemos uma superfície fechada dentro desse espaço,
chamada superfície gaussiana, que pode envolver ou não alguma das cargas elétricas. A Lei de Gauss,
relaciona o fluxo total (ΦE) que atravessa essa superfície com a carga total q envolvida por ela,
provenientes das cargas elétricas. Dessa forma:
ou
Onde:
ΦE é o fluxo;
q a carga elétrica.
Exemplo 1: A figura abaixo mostra um cilindro hipotético fechado, de raio r, dentro de um campo elétrico
uniforme E. O eixo do cilindro é paralelo ao campo. Determine o valor do fluxo (ΦE) através da
superfície gaussiana.
Solução: O fluxo ΦE é a soma de três termos, três integrais: (a) sobre a base esquerda do cilindro,
(b) sobre a superfície cilíndrica e (c) sobre a base direita do cilindro. Logo:
O ângulo θ em todos os pontos da base esquerda é 180°, E é constante, e os vetores dA são todos
paralelos. Portanto,
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ELETROMAGNETISMO
Onde A (=πR²) é a área da base esquerda. Do mesmo modo, para a base direita:
Neste caso o ângulo θ é nulo em todos os pontos. Finalmente, para a superfície cilíndrica:
porque θ = 90°;donde E.dA = 0 em todos os pontos dessa superfície. Logo o fluxo total vale:
Podemos ver então que a Lei de Gauss estabelece que ΦE é nulo porque a superfície não envolve
nenhuma carga.
Nessas condições, a lei de Gauss pode ser utilizada para calcular o campo elétrico.
Seja uma carga Q. Imagine uma superfície qualquer, fechada, envolvendo esta carga.
A lei de Gauss é válida para qualquer situação, com campo uniforme, ou não, e para qualquer tipo de
superfície fechada, também denominada superfície Gaussiana. Todavia, para ser operacionalmente
útil ela deve ser usada apenas em determinadas circunstâncias. Uma circunstância favorável ocorre
quando a superfície Gaussiana é tal que o produto escalar entre o campo e o vetor superfície é
facilmente obtido
Isso é sempre possível quando a distribuição de cargas apresenta alta simetria. Existem três tipos de
simetrias que facilitam o uso da lei de Gauss
• Simetria planar;
• Simetria esférica
A simetria planar aplica-se no caso de uma distribuição de cargas num plano infinito, ou no caso em
que se possa fazer a aproximação de plano infinito. Por exemplo, um plano finito pode ser considerado
infinito, se o campo elétrico for calculado num ponto muito próximo do plano. Isto é, se a distância do
plano ao ponto for muito menor do que as dimensões do plano
A simetria cilíndrica, ou axial, aplica-se no caso de uma distribuição linear infinita. Existem dois casos
clássicos:
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ELETROMAGNETISMO
De modo análogo ao caso anterior, um cilindro finito pode ser considerado infinito em determinadas
circunstâncias.
• Carga puntiforme;
Veremos mais adiante como usar a lei de Gauss para calcular o campo devido a cada uma dessas
distribuições.
Nesta animação, o espaço definido pela moldura é dividido em duas regiões: dentro e fora do círculo
cinza. Uma certa quantidade de carga elétrica é distribuída dentro da moldura. Dispomos de quatro
tipos de detetores de fluxo elétrico, cujos valores medidos são apresentados na barra à esquerda da
moldura.
Observe que a lei de Gauss, expressa na eq. 3.4, significa que o fluxo através de uma superfície
fechada é proporcional à carga englobada por esta superfície. Então, quando usamos um desses
detetores, para medir fluxo elétrico, estamos englobando uma certa quantidade de carga elétrica, o
valor medido é proporcional à carga englobada. Se o fluxo for positivo (negativo), é porque a carga é
positiva (negativa). Qual é a diferença essencial entre um detetor e outro? É o tamanho. Quanto maior
o detetor, mais carga ele vai englobar.
Então, se numa região tivermos cargas positivas e negativas, próximas umas das outras, precisamos
escolher um detetor com tamanho apropriado para distinguir os tipos de carga. Use os diferentes
detetores e descreva como a carga é distribuída no espaço definido pela moldura.
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