Fibromialgia
Fibromialgia
Teste de Allen
• usado para determinar a patência das artérias que suprem a mão
• deve-se comprimir as artérias radial e ulnar no punho com ambas as mãos e elevar
o membro do paciente e pedir para abrir e fechar fortemente as mãos até ficar pálida
• em seguida, mantê-la relaxada e liberar somente a artéria radial (fazer pra ulnar)
• se a palma da mão e os cinco dedos se corarem rapidamente, a artéria radial
esta patente com boa circulação colateral para o sistema da artéria ulna
• entretanto, ao se liberar uma das artérias, não houver o rápido enchimento arterial, diz
que o teste de Allen é positivo e essa artéria deve ser mais bem investigada
Fibromialgia/Dor Miofascial
a) Caso Clínico:
MJS , 56 anos, negra, comparece ao ambulatório de clínica médica com história de que
há aproximadamente três anos tem dores generalizadas pelo corpo e astenia. Fez uso de
diversos medicamentos com melhora parcial e temporária dos sintomas. Informa que há um ano
começou a apresentar artralgia de interfalangianas distais e proximais, joelhos e quadril. Referia
dificuldade para mexer as articulacões no início da manhã com duração de 15 minutos. Procurou
serviço de saúde sendo diagnosticado reumatismo (SIC) e iniciou uso irregular de AINEs. Relata
antecedentes de hipertensão arterial e obesidade. Há 3 meses iniciou quadro de dificuldade de
concentração e insônia. Começou a ter discussões em casa e no ambiente de trabalho. Procurou
avaliação médica tendo sido diagnosticado hipotireoidismo (SIC) e iniciado terapia com
levotiroxina sódica com controle adequado (TSH: 1,2; T4 livre: 1,1) do mesmo. Porém não
apresentou melhora dos sintomas referidos. Atualmente vem com piora do quadro álgico o que
a levou a procurar este ambulatório.
b) Exame Físico:
• extremidades – presença de nódulos em interfalangeanas proximais e distais de 2 e 3
quirodáctilos direitos e 3 e 4 quirodáctilos esquerdos; creptação a movimentação de joelhos; bem
perfundidas; edema de MMII (+/4), depressível, frio e doloroso.
• demais exames sem alterações
c) Exames Complementares:
d) Fibromialgia (FM):
• pode ser definida como uma síndrome dolorosa crônica, não inflamatória, de etiologia
desconhecida, que se manifesta no sistema músculo-esquelético, podendo apresentar sintomas
em outros aparelhos e sistemas
• sua definição constitui motivo de controvérsia, basicamente pela ausência de substrato
anatômico na sua fisiopatologia e por sintomas que se confundem com a depressão maior e a
síndrome da fadiga crônica
I. Epidemiologia
• enfermidade reumática mais frequente
• ocorre em cerda de 9 mulheres para cada homem
• inicio dos sintomas por volta dos 30/50 anos
II. Etiologia
• o início dos sintomas é insidioso
• os sinais e sintomas se relacionam com múltiplas áreas da medicina, sendo definida
como uma síndrome de dor à palpação, generalizada e associada a rigidez articular, fadiga e
distúrbios do sono, humor
• fatores psicológicos negativos (depressão e ansiedade, perda do controle ou
insegurança pessoal) e determinados aspectos cognitivos (crenças e atribuições negativas ou
catastróficas) ampliam a dor percebida
V. Exame Físico
• o paciente parecerá bem, sem doença sistêmica ou anormalidade articular
• apesar da queixa de fraqueza muscular, o exame físico evidencia força muscular normal
• as parestesias não evidenciarão déficits neurológicos.
• o achado mais comum é a presença de pontos dolorosos, que podem ser apenas um,
poucos ou múltiplos generalizados.
• de acordo com os critérios de classificação do Colégio Americano de Reumatologia,
existem 18 pontos dolorosos para a fibromialgia, expostos na figura a seguir:
VI. Diagnóstico
VII. Tratamento
1- Farmacológico:
• dor crônica: analgésicos não-opióides (acetaminofeno) e opióides (tramadol em
associação ao acetaminofeno), AINEs no caso de doenças inflamatórias associadas.
2- Não Farmacológico:
• exercício aeróbico, alongamento e fortalecimento, terapia de biofeedback e relaxamento,
TCC, hipnoterapia
I. Epidemiologia
• comumente encontrada na prática clínica
• prevalente em mulheres
• a SDM não diagnosticada e não tratada torna-se crônica
• é uma das causas mais comuns do afastamento do trabalho e de compensações
trabalhistas, pois é causa importante de incapacidade.
II. Etiologia
• as causas mais comuns de SDM são traumatismos, sobrecargas agudas ou
microtraumatismos repetitivos de estruturas musculoesqueléticas
V. Anamnese
• dor no pescoço e no ombro, cefaléia do tipo de tensão e lombalgia
• limitação dos movimentos, fraqueza e a dor referida
• músculos envolvidos com fatigabilidade (devido às microlesões)
• dor difusa em um músculo ou grupo de músculos
• dor regional em peso, queimação ou latejamento, queixas de parestesias
Questionar
• ocorrência ou não de sobrecargas musculoesqueléticas
• posturas inadequadas durante a execução de tarefas diárias
• afecções traumáticas inflamatórias, metabólicas, oncológicas, viscerais, neuropáticas ou
musculoesqueléticas pregressas
Características da dor
• mal localizada em queimação ou em peso
• muitas vezes, em pontada ou referida à distância
• parestesias ou adormecimentos regionais
• ocorre durante atividades de contração voluntária
• pode associar-se a alterações do sono, à sensação de fraqueza, à fadiga e à intolerância
aos exercícios
VIII. Tratamento
Farmacológico
• AINES (1ª escolha)
• analgésicos e miorrelaxantes + psicotrópicos: analgesia, regulação do sono,
relaxamento muscular (psicotrópicos: amitriptilina, clorimipramina, nortriptilina, venlafaxina,
mirtazapina)
• benzodiazepínicos: depressores do SNC e miorrelaxantes
Não Farmacológico
• dieta saudável e sono repousante
• atividades física adequada
• acupuntura, ioga.
• cinesioterapia: técnica de alongamento passivo, ativo assistido ou ativo e massagem
da zona reflexa, massagens transversas profundas, seguidas de contrações isométricas para
manutenção e recuperação do trofismo muscular orientações posturais
• biofeedback: aparelhos que, via sensores aplicados aos músculos, geram estímulos
auditivos ou visuais e permitem aos doentes controlar e conscientizar-se da ocorrência d e
contrações musculares
• para pacientes que tem dificuldade de escolher entre 0 a 10, o esquema seguinte pode
facilitar:
Propedêutica: Cervicalgia