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Intro topoJAIR

Topografia é a ciência que descreve e analisa superfícies terrestres, definindo sua situação, localização e medidas, representadas graficamente em cartas topográficas. Suas aplicações abrangem diversas áreas, como urbanismo, obras viárias e hidrografia, utilizando métodos como planimetria e altimetria. O documento também discute instrumentos e técnicas de mensuração de distâncias e ângulos, essenciais para levantamentos topográficos.

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Intro topoJAIR

Topografia é a ciência que descreve e analisa superfícies terrestres, definindo sua situação, localização e medidas, representadas graficamente em cartas topográficas. Suas aplicações abrangem diversas áreas, como urbanismo, obras viárias e hidrografia, utilizando métodos como planimetria e altimetria. O documento também discute instrumentos e técnicas de mensuração de distâncias e ângulos, essenciais para levantamentos topográficos.

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TOPOGRAFIA

AGA - 0429

Carga horária 60h

Prof. Jair J. Bertucini Jr.


CONCEITOS BÁSICOS EM TOPOGRAFIA
Definição:
A palavra "Topografia" deriva das palavras gregas "topos" (lugar) e
"graphen" (descrever), o que significa, a descrição exata e minuciosa de
um lugar (DOMINGUES, 1979).

Topografia é a ciência que estuda uma determinada superfície, com


todos os seus acidentes geográficos naturais ou não, definindo a
SITUAÇÃO E A LOCALIZAÇÃO de qualquer área e determinando
analiticamente as medidas da mesma (área e/ou perímetro), com
EXPRESSÃO EXATA DE SEU RELEVO, tudo isso representado
graficamente em cartas (ou plantas) topográficas.

Finalidade:
Determinar o contorno, dimensão e posição relativa de uma porção
limitada da superfície terrestre, do fundo dos mares ou do interior de
minas, desconsiderando a curvatura resultante da esfericidade da Terra
(DOMINGUES, 1979).
CONCEITOS BÁSICOS EM TOPOGRAFIA
___________________________________________________
Aplicações:
•Obras viárias (Pontes, Rodovias, Ferrovias, etc.)
•Núcleos habitacionais,
•Edifícios,
•Portos e Aeroportos,
•Hidrografia,
•Usinas hidrelétricas,
•Telecomunicações,
•Sistemas de água e esgoto,
•Planejamento,
•Urbanismo,
•Paisagismo,
•Irrigação,
•Drenagem,
•Cultura e reflorestamento.
SUPERFÍCIES Normal

Vertical do lugar
H = altura geoidal
d = desvio da vertical

Superfície terrestre

h = altura elipsoidal

Geóide

Elipsóide
CONCEITOS BÁSICOS EM TOPOGRAFIA
Modelo da forma da Terra - Plano topográfico
CONCEITOS BÁSICOS EM TOPOGRAFIA
O Plano Topográfico:
Projeção Ortogonal Cotada e denomina-se Superfície Topográfica. Os
limites desta superfície, bem como todas as suas particularidades naturais ou
artificiais, serão projetadas sobre um plano considerado horizontal. A esta
projeção do terreno dá-se o nome de Planta ou Plano Topográfico.
(ESPARTEL, 1987).

Planimetria ⇒ Metodologia que tem por finalidade a determinação, no terreno,


dos dados necessários à representação em plano horizontal, da forma e da
posição relativas de todos os acidentes que nele se encontram, comportando,
assim, a medida de ângulos e de distâncias HORIZONTAIS
referidas àquele plano.

Altimetria ⇒ Método que nos fornece os dados necessários à representação,


em um plano VERTICAL perpendicular ao plano toptográfico do relevo da
superfície terrestre objeto de levantamento.

Plani-altimetria ⇒ operação que congrega a Planimetria e a altimetria.


CONCEITOS BÁSICOS EM TOPOGRAFIA
CONCEITOS BÁSICOS EM TOPOGRAFIA
Plano Meridiano ⇒ é todo e qualquer plano que contém a
linha que passa pelos pólos Norte e Sul da Terra.

Paralelos ⇒ Círculos definidos por planos paralelos ao


Equador Terrestre.

Linha Norte-Sul ou Meridiana ⇒ é a intersecção do plano


meridiano com o plano do horizonte.

Meridiano Verdadeiro ⇒ Plano do Meridiano geográfico


determinado por observações astronômicas. Para qualquer ponto da
terra, sua direção será sempre a mesma, permanecendo invariável,
independente do tempo.

Meridiano Magnético ⇒ Definido pelo campo magnético terrestre.


O meridiano magnético não é paralelo ao verdadeiro e sua direção
não é constante, ainda assim, ele é empregado como uma linha de
referência constante em um levantamento topográfico
CONCEITOS BÁSICOS EM TOPOGRAFIA
COORDENADAS GEOGRÁFICAS
Modelo Esférico

A Terra possui um movimento de rotação, em torno de seu eixo. Este


eixo intercepta a superfície em dois pontos, os pólos Norte e Sul.
O círculo máximo perpendicular ao eixo de rotação terrestre é
denominado Equador e os círculos máximos que passam pelos pólos
Norte e Sul geográficos dão origem aos Meridianos.
O Meridiano de origem do Sistema de Coordenadas Geográficas é o
Meridiano de Greenwich.
CONCEITOS BÁSICOS EM TOPOGRAFIA
Norte Magnético ⇒ Direção Norte de um Meridiano Magnético, assinalada pela
agulha de uma bússola imantada.

Norte Verdadeiro ⇒ Direção de um meridiano verdaeiro,


indicada pelos pólos geográficos da Terra.

Declinação Magnética ⇒ Ângulo formado entre o Norte Magnético e o Norte


geográfico. Como já vimos o Norte Magnético é variável, logo o ângulo de
declinação também varia.

Ângulo Vertical ou Zenital ⇒ Ângulo de elevação ou depressão em relação ao


horizonte. Medido a partir de algum plano de referência, o ângulo é positivo, se o
ponto estiver acima do horizonte do observador. Negativo, se o ponto estiver
abaixo do horizonte do observador.

Zênite ⇒ Ponto da esfera celeste, imediatamente acima do observador,


perpendicular ao horizonte do mesmo.

Nadir ⇒ Ponto da esfera celeste, imediatamente abaixo do observador,


perpendicular ao horizonte do mesmo.
CONCEITOS BÁSICOS EM TOPOGRAFIA

v
CONCEITOS BÁSICOS EM TOPOGRAFIA

Ângulo Horizontal ou Azimutal ⇒ Ângulo formado entre as projeções


horizontais de duas linhas que passam através desses dois pontos e
convergem a um terceiro ponto.

Rumos ⇒ é o menor ângulo que o alinhamento faz com o meridiano


(direção Norte-Sul ). Os rumos são contados a partir do Norte ou do Sul,
no sentido horário ou anti-horário, conforme os quadrantes em que se
encontram, e variam de 0 a 90 graus.

Azimutes ⇒ Ângulo contado a partir da direção Norte (Azimute Geodésico ou


Topográfico) ou Sul (Azimute Astronômico), no sentido horário, variando de 0 a
360 graus, entre o meridiano e o alinhamento. Podem ser: Verdadeiros,
Magnéticos ou Assumidos, conforme o meridiano adotado como referência.
CONCEITOS BÁSICOS EM TOPOGRAFIA
Ângulos horizontais de orientação
Azimute Rumo
CONCEITOS BÁSICOS EM TOPOGRAFIA
Deflexão ⇒ é o ângulo formado pelo prolongamento do alinhamento anterior
do caminhamento e o novo alinhamento.

Ângulo Interno ⇒ É o ângulo medido entre o alinhamento anterior e o


alinhamento seguinte, internamente à poligonal.

Ângulo Externo ⇒ É o ângulo medido entre o alinhamento anterior e o


alinhamento seguinte, externamente à poligonal. É o complemento do ângulo
interno.
CONCEITOS BÁSICOS EM TOPOGRAFIA

Ponto de Estação ⇒ ponto de onde se realizam as


visadas de Ré e de Vante.

Ré ⇒ visada no sentido contrário ao do caminhamento.

Vante ⇒ visada no sentido do caminhamento.


Instrumentos Topográficos de Campo

Baliza ⇒ Haste reta usada para demarcar ou balizar um


alinhamento no terreno.

Níveis: Instrumentos utilizados na operação de nivelamento.


Instrumentos Topográficos de Campo

Mira ⇒ Régua graduada de 4m


de comprimento, dividida
centimetricamente. Pode ser
para leituras diretas ou
invertidas. É usada juntamente
com o teodolito para obtenção
dos parâmetros para cálculos de
distâncias horizontais e verticais.
Instrumentos Topográficos de Campo
Diastímetros: Instrumentos que medem diretamente as distâncias
lineares.Exemplos: odômetro, corrente de agrimensor, trena de
lona, fitas e trenas de aço, etc.
Instrumentos Topográficos de Campo
Goniômetros: Instrumentos usados para obtenção de ângulos.
Exemplos: clinômetro, clisímetro, bússola, teodolito, taqueômetros ou
teodolitos taqueométricos.

Teodolitos ⇒ Aparelhos que medem distâncias e ângulos.


Instrumentos Topográficos de Campo
Equipamentos Topográficos Eletrônicos: têm o seu funcionamento
baseado no princípio de reflexão de ondas. Exemplos: trena eletrônica,
teodolito eletrônico, distanciômetro eletrônico, estação total, nível digital,
nível a laser, GPS, etc.
Instrumentos Topográficos de Campo
Equipamentos Topográficos Eletrônicos

Estação total , tripé, prisma e bastão (Brandalize,1999)


Instrumentos Topográficos de Campo
Mensuração de Distâncias
Pode-se dividir o processo de mensuração de distâncias em:

PROCESSOS DIRETOS

PROCESSOS INDIRETOS

Processo de Medição Direta de Distâncias:

As distâncias são determinadas diretamente através do uso de diastímetros.


Exemplos: passo humano, uso de trenas, etc.

Processo de Medição Indireta de Distâncias:

As distâncias são calculadas em função de relações matemáticas existentes com


dados colhidos por aparelhos apropriados.
Uso da taqueometria para se obter as distâncias indiretamente
Mensuração de Distâncias
PROCESSOS DIRETOS
Mensuração de Distâncias
Grandezas Lineares
Distância Horizontal (DH): é a distância medida entre dois pontos,
no plano horizontal.
Distância Vertical ou Diferença de Nível (DV ou DN): é a distância
medida entre dois pontos, num plano vertical que é perpendicular ao
plano horizontal.
Distância Inclinada (DI): é a distância medida entre dois pontos, em
planos que seguem a inclinação da superfície do terreno.
Mensuração de Distâncias
Erros Cometidos na Medição Direta de Distâncias

Erro devido ao desvio de


baliza

Erro que ocorre devido ao


posicionamento da baliza
fora da vertical do ponto
topográfico
Mensuração de Distâncias
Taqueometria
É a parte da topografia que se ocupa em obter a medida indireta das
distâncias horizontais e das diferenças de nível, utilizando instrumentos
denominados taqueômetros.
Mensuração de Distâncias
Uso da taqueometria para se obter a distância horizontal a partir de uma
visada horizontal
Mensuração de Distâncias
Uso da taqueometria para se obter a distância horizontal a partir de uma
visada horizontal
Mensuração de Distâncias
Uso da taqueometria para se obter a distância horizontal a partir
de uma visada inclinada

DH = 100 . H . cos2 άV
Mensuração de Distâncias
Uso da taqueometria para se obter a distância vertical a partir de
uma visada inclinada ASCENDENTE

DN = 50 . H . sen 2 - FM + I
Mensuração de Distâncias
Uso da taqueometria para se obter a distância vertical a partir
de uma visada inclinada DESCENDENTE

DN = 50 . H . sen 2 + FM - I
Mensuração de Distâncias
Erros Cometidos na Medição Indireta de
Distâncias

Imprecisão da definição da constante estadimétrica


Erros na leitura da mira que podem ser provocados
pelas condições atmosféricas do local
Erro de leitura das divisões da mira
Erro devido à falta de verticalidade da mira
Erro de nivelamento do teodolito
Erro de centralização do teodolito
Leitura incorreta dos ângulos
Mensuração Angular

Goniometria
É a parte da topografia onde se estudam os instrumentos, métodos e
processos utilizados na avaliação numérica de ângulos (Garcia &
Piedade, 1987)

Tipos de ângulos
Horizontal (formados entre os alinhamentos ou por estes e uma linha
de referência)
Vertical (entre planos horizontais)

Ângulo zenital: ângulo em relação à vertical (direção norte/sul)


Ângulo nadiral: ângulo em relação à vertical (direção sul/norte)
Mensuração Angular

Círculo ou Limbo Horizontal ⇒ É um círculo graduado de 0 a 360


graus em ambos os sentidos, horário e anti- horário. Apenas um
trecho do círculo graduado é que aparece por uma fenda ou janela
de leitura nos teodolitos.

Círculo ou Limbo Vertical ⇒ É semelhante ao horizontal. Os


ângulos verticais são utilizados, principalmente, para os cálculos de
Distância Horizontal e Diferenças de Nível entre alinhamentos.

Estadimetria ⇒ basicamente é a medida de distâncias (tanto


horizontal como vertical ) obtida por cálculos, depois de se obter a
medida do ângulo de inclinação da luneta em relação ao plano
horizontal e as leituras na mira (com auxílio do teodolito ).
Mensuração Angular
Rumo Azimute
Rumo de uma linha é o ângulo horizontal Azimute de uma linha é o ângulo que
entre a direção norte-sul e a linha, medido essa linha faz com a direção norte-sul
a partir do norte ou do sul na direção da e a linha, medido a partir do norte ou
linha, porém, não ultrapassando 90º ou do sul, para a direita ou para a
100 grd (Borges, 1977) esquerda, e variando de 0º a 90º ou
de 0 a 400 grd. (Borges, 1977)

N
N

Az
S
E S
W E
W

r
r S
P P
S
Mensuração Angular
Sentidos a Vante e a Ré na medida dos Rumos e Azimutes
Sentido a Vante: sentido percorrido em um caminhamento de sucessão de
linhas cujas estacas estão numeradas (Ex: 1, 2, 3, 4, 5, 6 etc.)
Sentido a Ré: sentido contrário ao da numeração das estacas
Rumo de vante de uma linha
Ângulo que o alinhamento A-B forma com a linha N-S ou S-N.

N
N

60º
N
A
W E
60º NE W E N
B

W E 50º SE
A S W E
S
B

S
S
Mensuração Angular
Rumo a ré de uma linha

N
N
6
N A 0º
W E
W E N
B 50ºN
W E 60º W
A SW S W E
S
B

S
S
Azimute a vante de uma linha

N
N
12
N A 0º
W E
60 W E N
º
B
W E
A S S W E
B

S
S
Mensuração Angular
Azimute a ré de uma linha

N
N

N B
A
W E
W E N

W E 240º

A S W E
S

B
300º

S
S
Mensuração Angular
Dados os rumos de vante das linhas da tabela abaixo, encontrar os
azimutes a vante e a ré, à direita.

Linha Rumo a Azimute a direita


vante
B
Vante Ré
45º
30’
AB 45º30’N 314º30’ 134º30’ 30º
A
W C
50’

BC 30º 210º50’ 30º50’


50’SW
F
CD 22º20’SE 157º40’ 337º40’ 22º 25º
20’ 15’
D
DE 75º 10’SE 104º50’ 284º50’
75º
E
10’
EF 25º 25º15’ 205º15’
15’NE

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