Direito Processual Civil - Aula 01-2
Direito Processual Civil - Aula 01-2
PONTOS DA EMENTA:
1. TEORIA GERAL DOS PROCESSOS
1. TEORIA GERAL DO PROCESSO
Da evolução da doutrina processual
1- Sincretismo (ou praxismo) – não autônomo e não científico;
2- Processualismo Científico – caráter científico e ramo autônomo ;
3- Instrumentalismo – instrumento específico de atuação a serviço do direito material
para sua efetividade;
4- Neoprocessualismo (ou formalismo-valorativo) – aproximação do processo com a
constituição – efetivação dos direitos constitucionais. (ART. 1º do CPC\15)
JURISDIÇÃO
Tipos
Conhecimento (condenatório, Declaratório e Constitutivo)
Executivo
Procedimento x Processo
Procedimento – Forma que a lei determina que realize tal ato
Processo – Conjunto de atos que se alongam no tempo
PROCESSO
- Pressupostos
1) Existência
Investidura do juiz
Demanda regular formada (partes, pedido e causa de pedir)
Jurisdição, petição inicial e citação
2) Validade
Competência matéria
Imparcialidade das partes (legitimidade)
Inexistência de fatos impeditivos
Respeitar formalidades
Citação válida
Petição inicial válida
... PROCESSO
3) Negativos:
Litispendência
Coisa Julgada
Conexão
Continência
----------------------------------------------------------------------------------------------------
Ação x Processo – Ação é direito público subjetivo de movimentar a máquina
judiciária, e para que ela seja viável é necessário correr o caminho do processo.
Princípios do Processo – Territorialidade, Indelegabilidade, Inafastabilidade e Juiz
natural.
INÉRCIA OU DEMANDA
CPC, Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso
oficial, salvo as exceções previstas em lei.
Exceções: restauração dos autos (art. 712) e herança jacente (art. 738);
INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO
CPC, art. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.
CF, art. 5º, XXXV A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito.
Sistema multiportas: arbitragem, conciliação (CPC, art. 165 parágrafo 2º), mediação
(CPC, art. 165 parágrafo 3º), autocomposição.
DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO
CPC, art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral
do mérito, incluída a atividade satisfativa.
CF, art. 5º, LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a
duração razoável do processo e os meios que garantam a celeridade de sua
tramitação.
LEALDADE PROCESSUAL – PRINCÍPIO DA BOA FÉ
CPC, Art. 5º - Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-
se de acordo com a boa-fé.
ps: boa-fé objetiva.
Enunciado 1 CJF – A verificação da violação à boa-fé objetiva dispensa a
comprovação do animus do sujeito processual.
PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO
CPC, ART. 6º - Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se
obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
CF, art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à prioridade, nos termos
seguintes:[(...)
CPC, art. 139 O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código,
incumbindo-lhe:
I – assegurar às partes igualdade de tratamento
PRINCÍPIO DA IGUALDADE:
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IGUALDADE FORMAL:
A igualdade formal é a igualdade perante a lei, diz respeito à forma com que esse
princípio se materializa no mundo jurídico.
Tratamento igual, independente alcançar ou não a igualdade no caso concreto.
IGUALDADE MATERIAL:
A igualdade material, por sua vez, sustenta-se a partir da afirmação de que, além de
não discriminar arbitrariamente, deve o Estado promover a igualdade material de
oportunidades, estabelecendo a elaboração de leis e a implementação de políticas
públicas tendentes a exterminar ou mitigar as desigualdades de fato.
Aqui não se busca apenas tratar de formal igual, busca-se trazer a igualdade de
forma efetiva.
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Igualdade formal:
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IGUALDADE MATERIAL
“Dar tratamento isonômico às partes
significa tratar igualmente os iguais
e desigualmente os desiguais, na
exata
medida de suas desigualdades”.
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CONTRADITÓRIO
CPC, Art. 7º É assegurada às partes paridade de tratamento (...), competindo ao juiz
zelar pelo efetivo contraditório.
CF, art. 5º,LV Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados
em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a
ela inerentes.
FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES
CPC, art. 11 Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.
1. protocolo
3. Conclusão ao relator, que em trinta dias, depois de elaborar o voto, restitui-los, com
relatório, à secretaria.
INCUMBE AO RELATOR
Incumbe ao relator ( art. 932. do CPC\2015)
-fatos supervenientes à decisão ou questões apreciáveis de ofício ainda não examinadas: o relator
irá intimar para manifestarem em 5 dias.
- apresentação dos autos ao presidente, que designará dia para julgamento, ordenando a
publicação da pauta em órgão oficial. Entre a data da publicação da pauta e a sessão de
julgamento, decorrerá, pelo menos, 5 dias. (art. 935 do CPC\2015)
SESSÃO DE JULGAMENTO
1. Exposição pelo relator, e procedimento previsto no art. 937 do CPC\2015.
Gozam de isenção legal: Ministério Público, União, estado e Municípios, autarquias e outros
conforme art. 1007 do CPC\2015.
ATOS SUJEITOS A RECURSO
Sentenças: decisões;
Despachos: atos de comunicação do juiz que não contêm uma decisão em si, mas têm
relevância no andamento.
Por outro lado, erro no procedimento (error in procedendo) diz respeito a um erro no
procedimento adotado durante o processo judicial, como por exemplo, a não observância das
formalidades legais ou a violação de garantias processuais. Em resumo, enquanto o erro no
julgamento trata do conteúdo da decisão, o erro no procedimento aborda a forma como o
processo foi prorrogado.
DISTINÇÃO ENTRE JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE E
JUÍZO DE MÉRITO
O juízo de admissibilidade refere-se à análise feita pelo órgão jurisdicional para
verificar se um recurso atende aos requisitos formais e legais necessários para ser
analisado no mérito. Basicamente, nessa etapa, ocorre uma verificação da verificação do
recurso, sem se adentrar no mérito da questão discutida.
Já o juízo de mérito refere-se à análise do cerne da questão, ou seja, é a avaliação do
conteúdo da demanda apresentada, levando em consideração as provas, argumentos e
normas jurídicas aplicáveis. Nessa fase, o órgão julgador analisa os fatos apresentados e
decide sobre a resolução do conflito
Em resumo, o juízo de admissibilidade foca na validade e nos requisitos formais do
recurso, enquanto o juízo de mérito envolve ao conteúdo da demanda.
REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DOS RECURSOS
Segundo a classificação de Seabra Fagundes, existem:
•Regularidade formal;
A sucumbência formal analisa o que foi pedido (demanda) com o que foi deferido
(sentença). Já a sucumbência material analisa se a situação jurídica do recorrente
será melhor do que a situação jurídica antes da interposição do recurso.
INEXISTÊNCIA DE FATO IMPEDITIVO OU
EXTINTIVO.
Diferença entre fato impeditivo e fato extintivo:
Nesse tipo de requisito, há 3 fatos recursais que pertencem a uma categoria a qual
impede a análise do mérito recursal. Os três fatos são os seguintes:
•Aquiescência;
•Desistência do recurso.
1.RENÚNCIA DO DIREITO DE RECORRER
A renúncia do direito de recorrer ( CPC, art. 999)é um requisito que impede a
admissibilidade intrínseca do recurso. Ela possui as seguintes características:
•Não admite termo ou condição, já que é um ato puro (ato jurídico em sentido estrito - seus
efeitos estão previsto em lei);
A desistência recursal:
Significa que foi recebido um recurso e a decisão dada anteriormente não terá
efeito até que ocorra o novo julgamento.
Efeito devolutivo:
Como o próprio nome diz, efeito devolutivo é aquele que “devolve” algo, ou seja,
quando um recurso é recebido com o efeito devolutivo, ele devolve toda matéria
para reexame em instância superior, para que sentença seja anulada, reformada,
ou, também, mantida. Porém os efeitos dessa sentença continuam vigentes.
Efeito translativo: