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8 Classe

O documento apresenta a dosificação do conteúdo de Física para a 8ª classe em Angola, abrangendo temas como calor específico, quantidade de calor e fenômenos acústicos ao longo de 15 semanas. Além disso, discute conceitos de energia térmica, transferência de calor e a importância da termodinâmica, incluindo suas vantagens e desvantagens. O texto também menciona a história do estudo do calor e suas unidades de medida, destacando a relevância das máquinas térmicas na sociedade moderna.

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O documento apresenta a dosificação do conteúdo de Física para a 8ª classe em Angola, abrangendo temas como calor específico, quantidade de calor e fenômenos acústicos ao longo de 15 semanas. Além disso, discute conceitos de energia térmica, transferência de calor e a importância da termodinâmica, incluindo suas vantagens e desvantagens. O texto também menciona a história do estudo do calor e suas unidades de medida, destacando a relevância das máquinas térmicas na sociedade moderna.

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REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO DA PROVÍNCIA E LUANDA


GABINETE PROVINCIAL DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DA EDUCAÇÃO E ENSINO
DOSIFICAÇÃO II TRIMESTRE
Física 8ª Classe
06. 01. 2025 a 17. 04. 2025: 15 semanas (13 semanas lectivas)
Sem Tema Conteúdo Observação
.
01 Apresentação e correcção da prova
02 Energia Calor específico. Unidades de
calorífica medida do calor específico.
Calor específico. Unidades de
medida do calor específico.
03 Quantidade de calor. Unidades
de medida da quantidade de
calor.
Quantidade de calor. Unidades
de medida da quantidade de
calor.
04 Quantidade de calor. Exercícios.
Quantidade de calor. Exercícios.
05 Quantidade de calor. Exercícios.
Quantidade de calor. Exercícios.
06 Fenómenos Produção do som e fenómenos
acústicos sonoros.
Produção do som e fenómenos
sonoros.
07 Propagação do som em
diferentes meios
Propagação do som em
diferentes meios
08 Velocidade de propagação do Prova do
som Professor
Velocidade de propagação do (Avaliação
som contínua)
09 Qualidade do som Prova do
Características das ondas Professor
(Avaliação
contínua)
10 Intensidade, Altura e Timbre do
som
Intensidade, Altura e Timbre do
som
11 Ressonância acústica
Consolidação
12 Prova Trimestral
(Com interrupção de aulas)
13 Prova Trimestral
(Com interrupção de aulas)
Fonte: Calendário Nacional Escolar, Programa de Física de 7ª, 8ª e 9ª
Classes, Guia do Professor de Física de 7ª, 8ª e 9ª Classes

LUANDA, 27 DE DEZEMBRO DE 2024


O COORDENADOR PROVINCIAL
SIMÃO ANDRÉ

Trabalho
Trabolho potente (motor) e resistente (as forças a esquerda)

Energia térmica é uma forma de energia que está relacionada


com as altas temperaturas e o calor.

A energia térmica é formada como consequência da energia


cinética (movimentação) das moléculas e partículas de um
determinado corpo.

Quanto maior o movimento dessas partículas, maior será a


temperatura e, consequentemente, mais intensa será a energia
térmica liberada.
O calor consiste justamente na transmissão da energia térmica de um
corpo para outro. Esse processo pode ser feito por meio
de radiação, condução ou convecção.

A Termodinâmica é a área de pesquisa responsável por estudar a


energia térmica.

Num exemplo prático, de acordo com os princípios da


Termodinâmica, quando dois corpos com temperaturas diferentes
estão em contato, depois de certo tempo, nota-se que ambas as
temperaturas se igualam.

O corpo com temperatura mais elevada transfere calor, ou seja,


energia térmica, para o corpo de temperatura mais baixa.

Benjamim Thompson e James Prescott Joule foram alguns dos


pioneiros nesse ramo de estudo. Aliás, joules (J) passou a ser
utilizado como o nome da unidade de medida quando se trata do
calor como energia, segundo o sistema internacional da
Termodinâmica.

As usinas termoelétricas produzem eletricidade com base na


energia térmica. Esse processo requer a utilização de matérias-primas
combustíveis (como o petróleo, a gasolina, o gás natural ou o carvão).

Vantagens da energia térmica


 Pode ser obtida a partir do sol (energia solar), não poluindo o meio
ambiente.

 Obtida a partir da queima de lenha, uma matéria-prima barata e


encontrada em qualquer lugar.

 Pode ser obtida através do gás natural, que é menos poluente do que
os derivados do petróleo e carvão.

 É uma alternativa rápida e barata para a produção de energia


elétrica, em comparação com as hidroelétricas, por exemplo.

Desvantagens da energia térmica


 A queima dos combustíveis fósseis, utilizados para obter esta energia,
causa muita poluição.

 Libertação de grandes quantidades de gás carbônico (CO2).

 Ajuda no aumento do efeito estufa.

 Provoca desmatamento e derrubada inconsciente de florestas para


extrair madeira.

A energia interna de um sistema termodinâmico define-se pela energia total


considerada no sistema. Isso inclui a energia cinética e a energia potencial que
se encontra nele, sendo essas necessárias para criar ou preparar o mesmo em
qualquer estado.

A energia interna de um sistema pode ser aumentada pela introdução de


matéria, pelo calor ou pelo trabalho termodinâmico neste. Quando a
transferência de matéria é impedida por paredes impermeáveis, diz-se que o
sistema está fechado e a 1ª Lei da termodinâmica pode ser considerada ao se
definir a variação da energia interna como a soma algébrica do
"calor" adicionado e o "trabalho" feito pelo sistema em seu entorno. Se as
paredes não permitem a troca nem de matéria nem de energia, diz-se que o
sistema está isolado e sua energia interna não pode mudar.[1]

A unidade de energia no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o Joule (J).


Também usa-se uma densidade de energia intensiva correspondente,
chamada energia interna específica , que é ou relativa à massa do sistema,
com a unidade J / kg, ou relativa à quantidade de substância com unidade J /
mol ( interno molar energia ).

Termodinâmica

A máquina térmica de Carnot clássica

Ramos[Expandir]

Leis[Expandir]

Sistemas[Expandir]

Propriedades dos sistemas[Expandir]

Propriedades dos materiais[Expandir]

Equações[Expandir]

Potenciais[Esconder]
 Energia livre
 Entropia livre
 Energia interna

 Entalpia

 Energia livre de Helmholtz

 Energia livre de Gibbs


 História
 Cultura
[Expandir]

Cientistas[Expandir]

Outros[Expandir]

 Categoria

 v
 d
 e

Definição

Nas reações químicas os núcleos dos átomos, e


segundo Lavoisier também a massa total do sistema, permanecem inalterados. No
estudo da termodinâmica de tais reações, a parcela de energia interna atrelada à massa
de repouso mostra-se irrelevante. Ao se determinar as variações da energia interna

, essa parcela sempre se cancela, e pode ser previamente ignorada.

Em Termodinâmica a energia interna de um sistema corresponde à


soma de todas as energias cinéticas - com destaque para energia térmica - e
das energias potenciais - com destaque para a energia potencial elétrica -
associadas às partículas que compõem um dado sistema termodinâmico.

A energia atrelada à radiação térmica confinada, também integra a energia


interna, sua contribuição inclui-se usualmente na parcela de energia térmica.
Esse tratamento rigoroso é considerado na física quântica juntamente com
o princípio da equivalência massa energia (E=mC²). Para sistemas da física
clássica estas parcelas podem, entretanto, ser perfeitamente suprimidas uma
vez que, nestes casos, a lei da conservação de energia degenera-se em duas
leis distintas, as leis clássicas da conservação da energia e a da conservação
da massa. Inclusive, em sistemas constituídos por partículas perfeitamente
neutras, não espera-se a existência de radiação térmica (esta presente em
escala desprezível).

Na maioria das reações químicas espontâneas exotérmicas a energia


inicialmente armazenada na forma de energia potencial elétrica, na distribuição
eletrônica dos elétrons na estrutura dos reagentes, é convertida em energia
térmica armazenada nas partículas dos produtos, o que mantém a energia
interna do sistema em obediência à lei da conservação da energia, todavia,
leva a um considerável aumento da temperatura do sistema como um todo.
Este sistema aquecido é então utilizado como fonte quente em uma máquina
térmica que tenha por função transformar parte da energia térmica da fonte
quente em trabalho. Durante o funcionamento da máquina térmica as energias
térmica e interna da fonte quente diminuem de forma a suprirem o trabalho
realizado e a energia térmica que acaba obrigatoriamente (em acordo com a 2ª
lei da termodinâmica) renegada à fonte fria.

A energia interna é uma função de estado de forma que sua variação depende
apenas dos estados inicial e final.

Há duas formas de se fazer a energia interna de um sistema fechado variar: via


calor, e via trabalho. A 1ª Lei da termodinâmica estabelece que a variação da

energia interna ( ) de um sistema corresponde à energia térmica (Q)


recebida pelo sistema na forma de calor menos a energia cedida pelo sistema
à sua vizinhança na forma de trabalho (W).

Equivalência de energia e calor


Desde a Pré-História sabe-se que o calor é algo que geralmente flui de objetos
mais quentes para objetos mais frios. Na Idade Moderna e Renascença, foi
formulada a teoria do calórico, suposto fluido que constituiria o calor. Nessa
teoria, combustíveis conteriam quantidade desse fluido, que seria liberado na
combustão. A observação de que o atrito de dois corpos gerava calor levou
também a supor que o desgaste dos sólidos liberava calórico armazenado
neles. Lavoisier inicialmente incluiu o calórico em sua tabela de elementos
químicos.

A noção de que o calor é uma forma de energia surgiu, em termos históricos,


muito recentemente no desenvolvimento da ciência. Em 1798, Benjamim
Thompson (também conhecido como o Conde de Rumford), supervisionando a
perfuração de canhões do arsenal de Munique, notou que o calor era liberado
mesmo depois que as brocas ficavam cegas; o que contrariava uma opinião
então vigente, de que o calor liberado era consequência de um suposto
menor calor específico das aparas de ferro em relação ao ferro maciço.

Em 1799, Humphry Davy pôs por terra outra hipótese dos defensores do
calórico, que dizia que o ar era a fonte desse calor. Atritando dois pedaços de
gelo no vácuo, por um mecanismo automático, fê-los derreter.
Poucos anos mais tarde Julius Robert Meyer propôs a equivalência entre
trabalho e calor; resultado que, entretanto, seria confirmado apenas em 1849
por James Prescott Joule no seu artigo "Sobre o Equivalente Mecânico do
Calor", lido perante a Royal Society.

Conceitos importantes
Calor não é nem energia térmica nem energia interna
O calor é apenas energia transferida entre corpos, não energia armazenada
nos corpos. Não tem sentido dizer que um dado corpo "contém" ou "possui"
uma certa quantidade de calor. A transferência de uma quantidade Q de calor
(energia) para um corpo causa um aumento de Q na sua energia interna; mas
esta é composta por duas parcelas, a energia térmica (energia cinética dos
movimentos incoerente dessas partículas) e a energia potencial (que inclui a
energia armazenada na distorção de ligações entre átomos). [Ref. 1][Ref. 2]

A transferência de calor entre corpos (ou partes de um corpo) por contato não é
a única maneira de mudar a energia interna de um sistema. Esta pode ser
alterada exercendo ou extraindo trabalho mecânico no ou do sistema, ou por
meio de campos elétricos, magnéticos ou gravitacionais,

Transferência e fluxo de calor por condução


A transferência de calor entre corpos sólidos em contato ocorre por condução:
interações entre as partículas adjacentes à fronteira, que transferem a energia
térmica no sentido da maior temperatura para a menor temperatura.

O mesmo mecanismo é responsável pela transferência de calor entre partes


diferentes do mesmo corpo sólido que não está a uma temperatura uniforme. O
corpo em questão pode ser conceitualmente dividido em inúmeros corpos
pequenos, cada qual com temperatura aproximadamente uniforme. O fluxo do
calor dentro do corpo consiste então das transferências de calor através das
fronteiras entre essas várias partes.

O calor transferido ente dois sistemas complexos — como entre o corpo


humano e o ar ambiente, ou entre os oceanos e a atmosfera — é a soma do
calor transferido através de todas as partes da fronteira entre os dois sistemas.

Transferência de energia por radiação


Além de transferência por contato ("condução"), costuma-se dizer que calor
também pode ser transferido por "radiação". Na verdade, este fenômeno é uma
transferência indireta de energia: parte da energia térmica (energia cinética das
vibrações das partículas) de um corpo produzem ondas eletromagnéticas, que,
ao atingir o segundo corpo, causa um aumento da energia térmica de suas
partículas. Esta forma de transmissão de energia portanto pode ocorrer entre
corpos separados por vácuo ou grandes distâncias (como entre o Sol e
a Terra) ou através de meios materiais transparentes à radiação (como através
de uma folha de vidro).

Transferência de energia por troca de matéria


Outra maneira de transferir energia interna entre dois sistemas, ou duas partes
do mesmo sistema, é através da transferência de matéria.
Por exemplo, se a parede que separa dois volumes de gás com temperaturas
diferentes é removida subitamente, ocorre o fenômeno de difusão: as
moléculas de gás de cada volume atravessam a fronteira ideal onde estava a
parede e se misturam às do outro volume, levando consigo sua energia
cinética. Outras variantes deste modo de transferência de energia ocorrem
quando dois líquidos miscíveis são colocados em contato, e quando
há dissolução ou cristalização entre um sólido e um líquido de temperaturas
diferentes.

Outra modalidade semelhante de transferência de energia é quando uma


porção de matéria, por exemplo um fluido, passa de um sistema para o outro
(ou de uma parte a outra do mesmo sistema) sem se misturar de imediato. Por
exemplo, a energia captada por um aquecedor solar é transferida para o
tanque de água quente pelo movimento da água aquecida.

O termo convecção é usado, em particular, quando o movimento do fluido que


transporta a energia é gerado por diferenças de temperatura que o tornam mais
ou menos denso que o fluido ao redor. Por exemplo, ao se ferver água numa
panela, há transferência de calor por condução entre a chama e o fundo da
panela, através do fundo da panela, e do fundo da panela para a camada fina
de água em contato com o mesmo. O aquecimento dessa água a torna menos
densa que a água acima dela, criando um sistema de correntes que
transportam a energia — por convecção — para o resto da panela.

Unidades de medida
Embora a caloria (cal) corresponda à unidade usualmente empregada, a
unidade para a medida de calor no Sistema Internacional (SI) é o joule (J). Uma
caloria corresponde a aproximadamente 4,18 joules. De uso não pouco comum
é também a unidade imperial BTU - British Termal Unit, em português, unidade
térmica britânica. A BTU equivale a aproximadamente 252,2 calorias.

Uma locomotiva a vapor. A importância econômica e


social das máquinas térmicas constituiu, e ainda constitui, grande incentivo aos estudos
e aos avanços na área da termodinâmica; entre eles a compreensão da verdadeira
natureza do calor. Em dias atuais é inconcebível a vida sem os motores de combustão
interna, a exemplo.
O conceito de calor utilizado pela população é o já há muito estabelecido em
senso comum, conceito esse notoriamente ainda apegado à ideia do calórico;
fluido cuja existência há muito já foi contestada pela ciência. Em pleno verão ou
mesmo no outono, as pessoas costumam reclamar da temperatura: "Que
calorão!"; "Que calor insuportável!"; e vestem roupas leves quando a
temperatura sobe a fim de diminuir o calor; e se agasalham quando a
temperatura ambiente cai a fim de "conservarem o calor" de seus corpos e não
exporem seus organismos às alterações térmicas que prejudicariam sua
estabilidade. Poucas são as vezes nas quais acabam acertando nas
expressões, e quando o fazem, o fazem contudo por motivos ainda incorretos:
o ar refrigerado dá uma agradável sensação de bem-estar porque é regulado
para manter o calor em nível agradável, sejam quais forem as alterações
climáticas que ocorram no ambiente externo.

É certamente correto afirmar que o corpo humano é,


tanto fisiologicamente quanto sensorialmente, sensível ao calor. Embora
fisiologicamente também sensível à temperatura, sensorialmente, a percepção
de quente ou frio que o sentido do tato provê encontra-se associada ao calor
entre o corpo e o meio, e não à temperatura do corpo ou ambiente em questão.
Quando há calor em demasia do corpo para o ambiente, tem-se a sensação e
reações orgânicas associadas ao "frio"; e quando há pouco ou nenhum calor
do corpo para o ambiente - ou mesmo calor do ambiente para o corpo, o que
ocorre em condições não muito frequentes - tem-se a sensação de "quente", ou
de forma notoriamente controversa, a "sensação de calor" em senso comum.

Sendo o tato dotado de um sensor de calor e não de temperatura, esse jamais


deve ser usado como termômetro para inferir a temperatura de uma outra
pessoa; sob pena de incorrer-se em equívocos, que não obstante podem
implicar inclusive o risco de morte. A fim de se estabelecer corretamente se um
pessoa está ou não com febre, e se por tal essa deve ou não ser medicada
com antipiréticos, deve-se usar um termômetro clínico, jamais o tato.

Além de ligar-se ao bem-estar, o calor também é muito importante no cotidiano.


Com o calor cozinham-se os alimentos, aquece-se a água, secam-se a roupas,
evapora-se o suor, e é graças a ele que diversos outros fenômenos
indispensáveis à vida moderna ocorrem.

Na indústria, o calor é utilizado para levarem-se os minérios dos metais ao


ponto de fusão para que, a partir dos metais reduzidos, produzam-se variados
utensílios, de arados a armas de guerra. Calor é necessário para preparar
a cerâmica, para produzir papel, tecidos e vidro. O calor obtido a partir da
queima de combustível em motores é a fonte primária de energia utilizada para
movimentar máquinas térmicas, como automóveis, navios, aviões e foguetes.
Nas usinas termoelétricas e nucleares, o calor aquece o fluido até o ponto de
ebulição, e o vapor gerado faz girar as turbinas que estão ligadas a geradores,
e nesse ponto temos a transformação de energias mecânica em
energia elétrica.

O calor, quer associado a finalidades antrópicas quer não, provém de diversas


fontes. Praticamente todas, incluso as mais relevantes ao ser humano,
remontam de alguma forma, à exceção da energia nuclear, ao sol ou à
dinâmica de formação do sistema solar.

Embora certamente evidente no dia-a-dia, só recentemente a natureza do calor


foi compreendida pela ciência. Até o final do século XVIII os cientistas
propunham que o calor era uma espécie de fluido imponderável - sem massa e
invisível - que, quando presente, aquecia, ou em ausência, resfriava os corpos.
Deram a essa substância o nome de calórico, e o equilíbrio térmico era mantido
quando os corpos ganhavam ou perdiam calórico.

Antecedendo o conceito de calórico, nos primórdios do estudo


da criogenia houve inclusive a hipótese de que um "fluido frio", e não o calórico,
é que seria o fluido atrelado à temperatura dos corpos. Tal hipótese foi a que
fundamentou a proposta inicial da escala célsius de temperatura; nela
definindo-se que à água em ebulição associar-se-ia a temperatura de zero
graus célsius; e que tal fluido congelar-se-ia à temperatura de cem graus
célsius; sendo tais temperaturas de referência intercambiadas somente algum
tempo depois. A temperatura era notoriamente entendida à época, hoje sabido
de forma incorreta, como uma medida da concentração de calórico, ou de
"fluido frio", em um dado corpo.

Em 1798, o físico Benjamim Thompson, mais conhecido como Conde Rumford,


em seus trabalhos de perfuração de tubos de canhão para o exército inglês,
observou que o atrito aquecia os metais, e que as temperaturas elevadas
perduravam por algum tempo nas peças atritadas. Podendo essas contudo
serem continuamente reaquecidas via atrito, o calor não tardou em ser
reconhecido como uma forma de energia passível de ser obtida a partir do
trabalho mecânico. Seguindo a linha de raciocínio, o químico inglês Juchg
Heghref propôs que essa hipótese poderia ser facilmente demonstrada,
bastando para tal esfregarem-se dois blocos de gelo, o que os aqueceria e os
levaria ao derretimento, mesmo esses inicialmente não possuindo ou
possuindo pouco calórico. Mantida a hipótese do calórico, essa deveria implicar
a possibilidade desse ser produzido a partir do nada.

Foi o físico alemão Hermann Von Helmholtz que, em 1847, estabeleceu a


definição de calor como uma forma de energia, afirmando que para todas as
formas de energia há o equivalente em calor. A ideia foi posteriormente
corroborada por seu colega inglês James Prescott Joule. Construindo um
aparelho simples, que aproveitava o trabalho mecânico produzido pela queda
de corpos, Joule mediu a quantidade de energia mecânica necessária para
elevar por agitação a temperatura de uma certa quantidade de água, e por
comparação, estabeleceu o equivalente mecânico do calor.

O avanço que seguiu-se no tocante aos estudos na área, sobretudo


impulsionados pela importância histórica do advento das máquinas térmicas,
mostrou efetivamente que, assim como o movimento produz calor, o calor, por
sua vez, também pode produzir movimento. Seguindo-se o curso histórico,
gradualmente a antiga hipótese do calórico digladiou-se com a hipótese da
atualmente bem-estabelecido energia térmica e, perdendo a batalha, a
hipótese do calórico acabou suprimida do paradigma moderno concernente à
termodinâmica dos sistemas físicos.

Considerações iniciais
Calor e a Física

Blindagem térmica do ônibus espacial Discovery. Ao


regressar à Terra, movendo-se a 28.000 km/h, o atrito com a atmosfera eleva
a temperatura na porção inferior da nave à ordem dos milhares de graus célsius. A
blindagem serve para impedir que haja calor entre a nave e a porção externa
superaquecida durante a reentrada. Uma falha na proteção foi responsável pelo desastre
com o Columbia.
Embora grandezas termodinâmicas, ao contrário do que ocorre com a energia
interna e suas variações, calor e trabalho não são funções de estado; ou seja,
o calor e o trabalho envolvidos em processos termodinâmicos não dependem
apenas dos estados inicial e final do sistema em transformação.

A quantidade de calor e trabalho envolvidos em um processo são


explicitamente dependentes do caminho, no espaço de estados, associado à
transformação; literalmente da forma como o sistema evolui do estado inicial A
para o estado final B, quer via uma evolução quase-estática e reversível - a
geralmente e antes considerada - quer via processo abrupto ou irreversível.
Provido que, ao término, os estados inicial A e final B do sistema sejam sempre
os mesmos, evoluções diferentes implicam quase sempre valores diferentes
para as grandezas trabalho e calor.

Calor e trabalho não são pois propriedades do sistema em si, e suas definições
não permitem que associem-se aos mesmos potenciais termodinâmicos
correlatos.

Segue-se pois que é a rigor incorreta qualquer afirmativa que tente atribuir ao
sistema, ou a parte do mesmo, as posses de calor ou trabalho. Expressões
como "a água quente tem mais calor que a água fria", onde notoriamente
associa-se ao sistema uma quantidade específica de calor em cada estado - e
interpreta-se a temperatura como uma medida desse calor - são, frente aos
rigores do paradigma moderno, completamente descabidas. Da mesma forma,
visto que não se pode transferir o que não se possui, a expressão
"transferência de calor", se interpretada ao pé da letra, transmite também uma
informação inverídica frente ao paradigma moderno concernente à energia
interna, calor e trabalho. O uso de tais expressões é assim altamente
desencorajado.

Certamente contraditório, é fato que tais expressões - talvez por razões


históricas herdadas da hipótese do calórico - ainda circulam livremente entre
a população; essas não se fazendo em nada raras também no meio acadêmico
científico. Terminologias como "trocador de calor" e "dissipador de calor" são
ainda aceitas como terminologias oficiais, amplamente empregadas para
nomearem-se dispositivos cuja real função é estimular a existência de calor, e
não promover a troca de calor, entre partes do sistema ou entre o sistema e a
sua vizinhança. De forma correta, tais dispositivos são promotores de calor e
não trocadores de calor.

O uso corriqueiro de tais expressões deixa evidente o fato de os termos calor


e energia térmica - embora definidos por relações constitutivas bem diferentes -
serem popularmente utilizados como sinônimos; e não bastando a conexão
errônea, ambos são ainda utilizados como sinônimo do que nomeia-se
geralmente por "energia calorífica", expressão essa talvez mais condizente
mas não corretamente atrelada ao conceito de energia térmica.

Visto ser factualmente impossível suprimir-se o contato com tais expressões


e silogias incorretas mesmo no círculo acadêmico, cabe aos profissionais no
mínimo a função de interpretar corretamente as citadas expressões - e, dentro
do possível, suprimir o seu uso. Um profissional ou mesmo um leigo a par
da teoria moderna certamente darão à expressão "transferência de calor" a
conotação correta, "transferência de energia térmica na forma de calor", o
mesmo certamente o fazendo com as demais. E aconselha-se que o mesmo
seja sempre feito, e sobretudo difundido tanto na linguagem falada como
escrita, por todos.

O calor pode ser definido como a quantidade de energia


que é trocada entre dois corpos em virtude da diferença
de temperatura existente entre eles. Essa energia sempre
flui do corpo de maior para o de menor temperatura até
que o equilíbrio térmico seja atingido, isto é, as
temperaturas dos corpos sejam iguais.
Na imagem a seguir, o corpo A possui inicialmente
temperatura maior que a do corpo B (T A > TB), por isso, o
calor passa de A para B.
Tipos de calor

Dependendo do que ocorre com um corpo qualquer ao


receber calor, essa grandeza poderá ser denominada de
calor sensível ou latente.
→ Calor sensível: Quantidade de calor que é retirada
ou fornecida a um corpo e é capaz apenas de gerar
variação de temperatura. A determinação da quantidade
de calor sensível é feita pela equação a seguir:

 QS = Quantidade de calor sensível;


 m = Massa da substância aquecida ou resfriada;
 c = Calor específico da substância, isto é, a grandeza
que determina a quantidade de calor necessária para
que 1 g da substância eleve a sua temperatura em
1°C;
 Δt = Variação de temperatura.
→ Calor latente: Quantidade de calor que é fornecida
ou retirada de um corpo e gera mudança de estado
físico. Para que o calor seja denominado de latente, é
necessário que o corpo esteja na temperatura exata da
mudança de estado físico. A determinação da quantidade
de calor latente é dada pela equação abaixo:
"Calor específico é a quantidade de energia térmica fornecida a uma
substância para que sua temperatura varie 1 °C. Todos os líquidos,
sólidos e gases possuem um calor específico para eles que
caracteriza o seu comportamento quando estão sujeitos a uma fonte
de calor.
Esse calor é proporcional àquele fornecido pela substância, então se
aumentarmos o calor específico, a quantidade de calor necessário
para que a substância varie sua temperatura também aumentará."

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