Modulo II - Organização de Emergência
Modulo II - Organização de Emergência
Índice
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 4
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1. Introdução
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Com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro; pelo Decreto-Lei n.º
95/2019, de 18 de julho; e pela Lei n.º 123/2019, de 18 de outubro.
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Com a alteração introduzida pela Lei n.º 13/2013, de 31 de janeiro.
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2. Enquadramento Legal
Local de Risco A – local que não apresenta riscos especiais, no qual se verifiquem
simultaneamente as seguintes condições:
As CR, organizam-se em quatro níveis de risco para qualquer UT de um edifício e/ou recinto,
atendendo a fatores de risco.
Categorias de risco:
1ª - Risco reduzido;
2ª - Risco moderado;
3ª - Risco elevado;
• Altura da UT;
• Efetivo Total;
• A Carga de Incêndio.
Estes fatores são critérios que vão influenciar, nos termos dos quadros I a X do Anexo III, do
Decreto-Lei n.º 220/2008, alterado e republicado pela Lei n.º 123/2019 a classificação da Categoria de
Risco para cada UT.
6. Medidas de Autoproteção
As medidas de autoproteção previstas no RJ-SCIE, exigíveis para cada categoria de risco nas
diversas utilizações-tipo, contemplam:
• Procedimentos de Prevenção; ou
• Planos de Prevenção;
e) Simulacros, para teste do plano de emergência interno e treino dos ocupantes com vista a 11
criação de rotinas de comportamento e aperfeiçoamento de procedimentos.
Identificação da utilização-tipo;
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Data da sua entrada em funcionamento;
Identificação do RS (Responsável de Segurança);
Identificação de eventuais delegados de segurança;
Por plantas, à escala de 1:100 ou 1:200 com a representação inequívoca, recorrendo a
simbologia constante das normas portuguesas, dos seguintes aspetos:
• Classificação de risco e efetivo previsto para cada local, de acordo com o
disposto no regulamento;
• Vias horizontais e verticais de evacuação, incluindo os eventuais percursos em
comunicações comuns;
• Localização de todos os dispositivos e equipamentos ligados à segurança contra
incêndio.
Pelos procedimentos de prevenção.
Estes procedimentos e técnicas de atuação devem ser constituídos com a seguinte informação:
Nas situações em que seja exigível a existência de um plano de emergência interno, deve ser
implementado um Serviço de Segurança contra Incêndio (SSI), constituído por um delegado de
segurança com as funções de chefe de equipa e pelo número de elementos adequado à dimensão da
utilização-tipo e categoria de risco.
Nos estabelecimentos que recebem público das 3.ª e 4.ª categorias de risco, o delegado de
segurança, que chefia a equipa, deve desempenhar as suas funções enquanto houver público presente,
podendo os restantes agentes de segurança ocupar-se habitualmente com outras tarefas, desde que se
encontrem permanentemente suscetíveis de contato com o posto de segurança e rapidamente
mobilizáveis.
O SSI deve ser constituído, por iniciativa do RS, por pessoas de reconhecida competência em
matéria de SCIE, de acordo com padrões de certificação para os vários perfis funcionais a integrar.
Após efetuada a confirmação do sinistro e avaliada a sua extensão será acionado o plano de
evacuação. O Coordenador de Segurança irá determinar o tipo de evacuação que deve ser realizada, ou
seja, se a evacuação terá uma dimensão total ou parcial.
Desta forma, sempre que seja dada a ordem de evacuação, é obrigatório o seu cumprimento,
devendo o delegado da segurança informar a equipa de evacuação para evacuar os ocupantes.
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Visando a evacuação segura dos ocupantes, os edifícios devem possuir saídas em número e
largura adequados ao seu efetivo e distribuídas de forma a limitar ao mínimo as distâncias a percorrer
em evacuação.
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6.4.4. Instruções de Segurança
Independentemente da categoria de risco, devem ser elaboradas e afixadas instruções de
segurança especificamente destinadas aos ocupantes dos locais de risco C, D, E e F.
Quando numa dada utilização-tipo não for exigível, nos termos do regulamento de segurança
contra incêndio, procedimentos ou plano de emergência interno, devem ser afixadas, nos mesmos
locais, instruções de segurança simplificadas, incluindo:
As ocorrências devem ser registadas com data de início, fim, e o responsável pelo seu
acompanhamento referindo-se, nomeadamente, à conservação ou manutenção das condições de
segurança, às modificações, alterações e trabalhos perigosos efetuados, incidentes e avarias ou, ainda,
visitas de inspeção.
6.7. Simulacros
Os simulacros são exercícios de simulação de uma situação de emergência que visam a
criação de rotinas e a avaliação da eficácia das medidas de autoproteção.
Os exercícios devem ser devidamente planeados e avaliados, contando com a colaboração dos
corpos de bombeiros.
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Deve ser sempre dada informação prévia aos ocupantes da realização de exercícios, podendo
não ser rigorosamente estabelecida a data e ou hora programadas.
7. Fenómeno do Fogo
Fogo é uma combustão. Esta é uma recção química particular acompanhada pela libertação de
calor, isto é, uma reação exotérmica.
Existência de um combustível – qualquer substância que seja capaz de arder (pode ser
sólida, líquida ou gasosa);
Existência de um comburente – por norma, o ar, que contém cerca de 21% de
oxigénio;
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Estes três fatores constituem o que se costuma designar por triângulo do fogo.
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Consideram-se adequados para cada uma das classes de fogo, os seguintes agentes extintores:
AGENTE EXTINTOR A B C D
Água em nevoeiro Muito Eficaz Não Usar Não Usar Não Usar
Fonte: http//sapadoresdecoimbra.no.sapo.pt
Meios de extinção de fixos (Instalações automáticas com água (sprinkler) com agente
de substituição, anidrido carbónico e pó químico; e Instalações de extinção com água
através de mangueiras – RIA (rede de incendio armada).
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8.1. Extintores
Extintor de incêndio - aparelho contendo um agente extintor, que pode ser descarregado
sobre um incêndio por ação de uma pressão interna (Portaria n.º 1532/2008).
Todos os extintores devem ser alvo de manutenção anualmente, ou seja, mesmo não tendo
sido utilizados devem ser recarregados. Este tipo de manutenção deve ser efetuado por profissionais
credenciados para o efeito.
A sua localização preferencial é junto aos equipamentos a proteger, por exemplo, fogão,
blocos de confeção das cozinhas, etc. Deve ainda, encontrar-se adequadamente sinalizada.
Caso não existam manómetros instalados em todos os carretéis da RIA, deverá existir, pelo
menos, um no ponto mais desfavorável da instalação para controlo da pressão, quer em repouso quer
nos vários regimes de funcionamento da instalação.
Armário (opcional);
Boca-de-incêndio normalizada (diâmetro de 25 mm) com válvula de manobra (fecho
manual);
Lanço de mangueira semi-rígida (diâmetro de 25 mm) e respetivas uniões, com uma
delas, ligada à conduta de alimentação. O seu comprimento máximo deve ser de 20
metros;
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O seu manípulo de manobra se situa a uma altura do pavimento não superior a 1,50 m;
8.4. Bocas-de-Incêndio
Boca-de-incêndio: hidrante, normalmente com uma única saída. Pode ser armada,
destinando-se ao ataque direto a um incêndio. Pode ser exterior não armada, destinando-se
ao reabastecimento dos veículos de combate a incêndios. Neste caso, deve existir uma
válvula de suspensão no ramal de ligação que a alimenta, para fecho deste em caso de
avaria. Pode ser interior não armada, destinando-se ao combate a um incêndio recorrendo 28
a meios dos bombeiros (Portaria n.º 1532/2008).
As bocas-de-incêndio devem ter um diâmetro de 25 mm, assim como ser equipadas com uma
mangueira semi-rígida enrolada em carretel, designando-se por carretel de incêndio.
Quanto à localização das BIA, deve atender-se aos seguintes requisitos, para otimizar esta
medida de proteção:
O dimensionamento das canalizações da RIA deve garantir uma pressão de, pelo menos, 250
kPa, no ponto de cota mais elevada ou na BIA que for considerada em posição mais desfavorável. O
caudal a considerar nesta medição será o correspondente ao funcionamento simultâneo de metade das
bocas-de-incêndio da RIA, com um máximo de quatro.
A alimentação da RIA (abastecimento de água) deve ser feita de acordo com a Portaria n.º
1532/2008, Capítulo V, artigo 167.º.
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Os marcos de incêndio mais frequentes são hidrantes de coluna, ou seja, conjuntos auto
sustentados, salientes do solo, que possuem várias saídas ligadas a uma conduta subterrânea.
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Imagem 9 – Sprinklers.
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Os sprinklers devem estar ligados a uma rede água sob pressão, e ser munidos de um elemento
fusível ou uma ampola explosiva que é rebentada a uma determinada temperatura elevada, permitindo
a descarga de água diretamente no foco do incêndio.
No que se refere à localização dos sprinklers, deve ter-se em conta vários fatores, dos quais se
destacam os referentes à arquitetura dos espaços a proteger, e para além de serem respeitados os
critérios de densidade e espaçamento acima referidos, a sua localização deve ser de modo a que nem
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Iluminação ambiente, também designada por antipânico, que acarreta dois efeitos:
iluminar os locais com a presença de pessoas e os caminhos de evacuação, bem como
proporcionar a iluminação necessária para acesso aos meios de intervenção, comandos
e cortes de emergência;
Iluminação de balizagem ou de circulação, tem como objetivo facilitar a visibilidade
no encaminhamento das pessoas até à zona de segurança e possibilita a execução das
manobras respeitantes à segurança e intervenção dos meios de socorro.