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Experimental - Relatório 11

O relatório apresenta um experimento sobre circuitos RLC, onde foram realizadas medições em configurações em série e paralelo para investigar o comportamento de circuitos de corrente alternada. Os resultados indicam que o circuito RLC em série atua como um filtro passa-banda, enquanto o circuito em paralelo funciona como um filtro rejeita-banda. A análise das medições e gráficos obtidos permite concluir sobre as propriedades de filtragem de frequência dos circuitos estudados.

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Experimental - Relatório 11

O relatório apresenta um experimento sobre circuitos RLC, onde foram realizadas medições em configurações em série e paralelo para investigar o comportamento de circuitos de corrente alternada. Os resultados indicam que o circuito RLC em série atua como um filtro passa-banda, enquanto o circuito em paralelo funciona como um filtro rejeita-banda. A análise das medições e gráficos obtidos permite concluir sobre as propriedades de filtragem de frequência dos circuitos estudados.

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO



Relatório Experimento 11 - Circuito RLC





2

CIRCUITOS RLC
Relatório 11

Relatório 11 sobre Circuitos RLC , apresentado como requisito parcial para aprovação na
disciplina de Física Experimental III no curso de Física Médica em nome da Universidade
de São Paulo.
3

SUMÁRIO

1.0 RESUMO............................................................................................................................. 4
3.0 MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................................4
4.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES.......................................................................................5
4.1 Medidas de Resistência................................................................................................. 5
4.1.1 Medidas de Resistência pelo Método 1 e 2......................................................... 5
4.1.2 Medidas de Resistência pelo Método 3............................................................. 11
4.1.3 Medidas de Resistência pelo Método 4.............................................................12
4.2 Associações...................................................................................................................13
4.2.1 Associação em Série........................................................................................... 14
4.2.2 Associação em Paralelo......................................................................................15
4.3 Fusíveis......................................................................................................................... 16
5.0 CONCLUSÃO................................................................................................................... 17
6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................18
4

1.0 RESUMO

Neste experimento, foram feitas múltiplas medições em um sistema que incluía um gerador de
funções, um capacitor, um resistor e um indutor, dispostos tanto em série quanto em paralelo.
O propósito era investigar o comportamento de circuitos de corrente alternada, que possuem
propriedades de filtragem de faixas de frequência. A partir da análise dos resultados,
observamos que o circuito RLC em série atua como um filtro passa-banda no resistor,
enquanto o circuito RLC em paralelo age como um filtro rejeita-banda.

2.0 INTRODUÇÃO
Para estudar circuitos de corrente alternada, é necessário analisar a diferença de potencial e a
intensidade de corrente em cada componente. Essas grandezas, que variam periodicamente
com o tempo, são comumente representadas por funções seno e cosseno. Para simplificar a
relação entre elas, utilizamos o plano complexo, que permite representar essas grandezas em
um "diagrama de fasores".
A figura 1.0 ilustra o circuito RLC, que possui várias aplicações, como a função de filtro de
frequências baseada no fenômeno da ressonância. Nesse contexto, existem dois tipos de
circuitos RLC mostrados na figura: o RLC em série, onde todos os componentes estão
conectados em série e têm a mesma intensidade de corrente máxima, e o RLC em paralelo,
em que todos os elementos estão conectados em paralelo e compartilham a mesma diferença
de potencial máxima.

Figura 1.0 - Circuito RLC em série e paralelo


5

3.0 MATERIAIS E MÉTODOS

Para a realização do experimento, utilizamos os seguintes materiais: um gerador de funções,


um osciloscópio, um capacitor de 1 μF, resistores de 2,2 Ω e 330 Ω, uma protoboard, e dois
indutores de 52 mH e 54 mH com resistência interna de 60 Ω. O experimento foi dividido em
duas etapas:

Etapa um: Montou-se o circuito representado na figura 2.0 (a), usando um resistor de 2,2 Ω,
um capacitor de 1 μF, um indutor de 52 mH e uma fonte de tensão alternada com tensão
máxima de 10 V e frequência conhecida. Alteramos a frequência da fonte e, com o auxílio de
um osciloscópio, observamos as curvas de tensão em função do tempo no resistor e na fonte,
registrando os valores de tensão máxima e a diferença de fase entre essas curvas. Em seguida,
realizamos medições de tensão máxima apenas no resistor, em uma faixa de frequências de
aproximadamente 500 Hz a 1000 Hz. A partir dos dados obtidos montou-se gráficos, um para
cada procedimento realizado, de VR/VE no eixo y e log da frequência no eixo x.

Etapa dois:Montou-se o circuito mostrado na figura 2.0 (b), que inclui um resistor de 330 Ω,
um capacitor de 1 μF, um indutor de 54 mH e uma fonte de tensão alternada com tensão
máxima de 10 V e frequência conhecida. Variamos a frequência da fonte e, usando o
osciloscópio, analisamos as curvas de tensão em função do tempo no conjunto
capacitor-indutor e na fonte, registrando os valores de tensão máxima e a diferença de fase
entre elas. Posteriormente, medimos os valores de tensão máxima somente no conjunto
capacitor-indutor, em uma faixa de frequências de aproximadamente 5 kHz a 14 kHz. Os
gráficos montados foram de VCL/VE no eixo y e log da frequência no eixo x

Circuito 1 Circuito 2
6

Figura 2 - Circuitos utilizados para o experimento

Além dos procedimentos realizados, também foi calculada a frequência de ressonância para
ambas as configurações do circuito, utilizando as seguintes fórmulas:
1
ω0 = (1)
𝐿𝐶

ω0 = 2π𝑓 (2)

Igualando as duas expressões para a frequência angular e reorganizando a equação em função


da frequência (f), obtém-se:
1
𝑓 = (3)
2π 𝐿𝐶

4.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Circuito RLC em série

Com o circuito 1 da figura 2 montado, foi medido as amplitudes, pico a pico, da tensão no
resistor (𝑉𝑅) e da tensão de entrada (𝑉𝐸), além da diferença de fase entre 𝑉𝐸 e 𝑉𝑅, em função

da frequência. A frequência foi ajustada pelos seguintes valores: 100 Hz, 500 Hz, 800 Hz, 1
kHz, 5 kHz e 10 kHz. Os resultados obtidos constam abaixo.

Tabela 1 - RLC (Série)

Frequência (Hz) log (F) 𝑉𝐸 (V) 𝑉𝑟 (mV) 𝑉𝑅/𝑉𝐸 Fase (º)


100,00 2,00 10,00 20,00 2,00 72,00
500,00 2,70 10,00 150,00 15,00 63,00
800,00 2,90 10,00 200,00 20,00 -43,00
1000,00 3,00 10,00 150,00 15,00 -63,00
5000,00 3,70 10,00 16,00 1,60 -90,00
10000,00 4,00 10,00 8,00 0,80 -90,00
7

Com isso, foi feito um gráfico de 𝑉𝑅/𝑉𝐸 em função de log(F), tal qual resultado consta abaixo

do lado direito como Gráfico Experimental. Ademais, foi feito também um gráfico com os
valores teóricos, a fim de comparar o esperado pela literatura com os resultados obtidos
(expresso do lado esquerdo como Gráfico teórico).

Gráfico teórico Gráfico experimental

Através do diagrama de fasores expresso abaixo:

Pode-se concluir que a impedância poderá ser expressa como:

2 2 2
𝑍 = (𝑉𝑅 + (𝑉𝐿 − 𝑉𝐶) )

2 𝐼 2
𝑍 = (𝑅 · 𝐼) + (𝑋𝐿 · 𝐼 − 𝑋𝐶
)

Isolando o valor de I, tem-se que:


8

1 2
𝑍 =
2
𝑅 + (ω · 𝐿 − ω𝐶 )
𝑉𝑅 𝑅
𝑉𝐸
= 1 2
2
(
𝑅 + ω·𝐿− ω𝐶)
𝑉𝑅 𝑅
𝑉𝐸
= 2
2
(
𝑅 + 2·π·𝑓·𝐿 −
1
2·π·𝑓·𝐶)

Dada a dedução acima, foi possível construir o gráfico experimental e teórico. Ao analisar o
gráfico, conclui-se que o circuito RLC em série funciona como um "filtro passa-banda". Em
frequências altas, a reatância capacitiva é baixa, fazendo com que o capacitor se comporte
como um curto-circuito, enquanto a reatância indutiva é alta, fazendo o indutor se comportar
como um circuito aberto. Dessa forma, a maior parte da tensão de entrada é concentrada no
indutor, enquanto a tensão no resistor (saída) é reduzida, resultando na atenuação do sinal. Em
frequências baixas, ocorre o oposto: a reatância indutiva é baixa, o que faz com que o indutor
funcione como um curto-circuito, enquanto a reatância capacitiva é alta, fazendo com que o
capacitor se comporte como um circuito aberto. Assim, a maior parte da tensão de entrada se
concentra no capacitor, enquanto a tensão de saída no resistor permanece baixa, o que também
atenua o sinal e bloqueia as frequências mais baixas.

Ademais, foi feito também medidas mais finas, em que foi medido somente a amplitude de
𝑉𝑅. Os resultados obtidos constam abaixo.

Tabela 2 - RLC (Série)


Frequência (Hz) log (F) Vr (mV)
500,00 2,70 100,00
540,00 2,73 160,00
580,00 2,76 196,00
620,00 2,79 236,00
660,00 2,82 280,00
680,00 2,83 296,00
700,00 2,85 296,00
720,00 2,86 300,00
740,00 2,87 272,00
780,00 2,89 248,00
820,00 2,91 216,00
9

860,00 2,93 176,00


900,00 2,95 160,00
940,00 2,97 200,00
1000,00 3,00 120,00

Com isso, foi feito um gráfico de 𝑉𝑅/𝑉𝐸 em função de log(F). O resultado consta abaixo.

Teoricamente, é possível calcular a frequência através da equação (3) expressa nos materiais e
métodos. Ao se substituir os valores, é encontrada uma frequência de:
∴ f = 684,9 Hz
Ao aplicar o logaritmo deste valor, resultará em aproximadamente 2,84. Analisando o gráfico
3, ao observar esse ponto percebe-se que ele se encontra no local em que a configuração da
curva muda, isto é, os pontos deixam de apresentar fase positiva e passam a valores negativos.

Ademais, vale ressaltar que a frequência determinada acima, em que no circuito RLC em
série, a ressonância acontece quando a frequência angular da fonte de corrente alternada (ω) é
igual à frequência ressonante (ω0​). Quando isso ocorre, as reatâncias do indutor e do

capacitor, o que dessa forma, a impedância total do circuito se reduz ao valor da resistência R,
e a corrente no circuito atinge seu valor máximo. Ou seja, o circuito apresenta a maior
resposta em corrente quando operado na frequência de ressonância. Este fenômeno pode ser
relacionado com o funcionamento de um filtro de sintonia e de rejeição de faixa de frequência
na configuração RLC em série, já que é aplicado para selecionar ou excluir faixas de
10

frequência específicas. Num filtro de sintonia, a frequência de entrada coincide com a


frequência de ressonância do circuito, o sinal passa com pouca impedância, permitindo que a
frequência desejada seja transmitida enquanto outras são atenuadas. Já num filtro de rejeição
de faixa, o circuito "rejeita" a frequência de ressonância, impedindo que ela passe, enquanto
permite a passagem de outras frequências.

4.1 Circuito RLC em paralelo

De forma análoga ao item anterior, foi coletado as amplitudes, pico a pico, da tensão em cima
do conjunto capacitor-indutor (𝑉𝐶𝐿) e da tensão de entrada (𝑉𝐸), além da diferença de fase

entre 𝑉𝐸 e 𝑉𝐶𝐿, em função da frequência, mas com a montagem do circuito 2 da figura 1

apresentado nos materiais e métodos expressos na sessão anterior. Os resultados obtidos


constam abaixo.

Tabela 3 - RLC (Paralelo)


Frequência
(Hz) log (F) 𝑉𝐸 (V) 𝑉𝐶𝐿 (mV) 𝑉𝐶𝐿/𝑉𝐸 Fase (º)
100,00 2,00 10,00 1,00 -1,00 21,00
500,00 2,70 10,00 5,36 -0,27 20,20
800,00 2,90 10,00 7,04 -0,15 -16,00
1000,00 3,00 10,00 5,76 -0,24 -40,00
5000,00 3,70 10,00 1,20 -0,92 -72,00
10000,00 4,00 10,00 0,64 -1,19 97,00

Com isso, foi feito um gráfico de 𝑉𝐶𝐿/𝑉𝐸 pelo log (F) que está expresso abaixo.
11

De maneira análoga à sessão anterior, pode-se encontrar a seguinte expressão:


𝑉𝑅 𝑋𝐿𝑋𝐶
𝑉𝐸
= 𝑅(𝑋𝐿+ 𝑋𝐶) + 𝑋𝐿𝑋𝐶

A indutância poderá ser calculada por:


𝑋𝐿𝑋𝐶
𝑍 = 𝑅(𝑋𝐿+ 𝑋𝐶)

Ademais, vale ressaltar que ao analisar o gráfico, observa-se que o sistema atua como um
filtro passa-banda em paralelo. Em baixas frequências, a reatância capacitiva é alta, fazendo
com que o capacitor funcione como um circuito aberto, enquanto a reatância indutiva é
menor, permitindo que o indutor se comporte como um curto-circuito. Nesse caso, a tensão de
entrada se concentra no resistor, resultando em uma tensão de saída reduzida e,
consequentemente, atenuando a frequência. Em altas frequências, a situação se inverte: o
indutor apresenta alta reatância, funcionando como um circuito aberto, enquanto o capacitor
possui baixa reatância, atuando como um curto-circuito. Assim, a tensão de entrada
permanece sobre o resistor, reduzindo a tensão de saída e novamente atenuando a frequência.

Como conclusão, assim como na sessão anterior (RLC em série), foram feitas medidas mais
finas, somente das amplitudes de VCL, para a faixa de frequência em torno de 500 Hz a 1.4
kHz. Os resultados obtidos constam abaixo.
12

Tabela 4 - RLC (Paralelo)


Frequência
(Hz) log(F) Vcl (mV)
500,00 2,70 5,40
600,00 2,78 6,48
650,00 2,81 6,88
700,00 2,85 7,12
725,00 2,86 7,20
750,00 2,88 7,20
800,00 2,90 7,04
900,00 2,95 6,56
950,00 2,98 6,24
980,00 2,99 6,00
1000,00 3,00 5,52
1100,00 3,04 5,20
1200,00 3,08 4,80
1300,00 3,11 4,32
1400,00 3,15 3,92

Foi feito também um gráfico de 𝑉𝐶𝐿/𝑉𝐸 em função de log(F). O resultado consta abaixo.

Com o gráfico acima, é possível verificar se a frequência de ressonância prevista teoricamente


foi alcançada experimentalmente. Os valores utilizados para o circuito RLC em série são os
13

mesmos na montagem em paralelo, permitindo comparar diretamente. Assim, basta observar


se o valor de 2,84 (logaritmo da frequência) corresponde ao “ponto de virada”. Ao analisar o
gráfico, constata-se que, de fato, esse valor coincide com o ponto esperado de ressonância.

5.0 CONCLUSÃO

O experimento demonstrou que o circuito RLC em série atua como um filtro passa-faixa,
enquanto o circuito RLC em paralelo funciona como um filtro rejeita-faixa. No circuito em
série, ao ajustar a frequência, identificou-se um ponto de ressonância no qual a corrente atinge
seu valor máximo, minimizando a impedância do sistema. Esse comportamento resulta em
uma transferência de potência máxima para o resistor exatamente nesse ponto de frequência.
Em frequências acima e abaixo da ressonância, o circuito atenua o sinal, bloqueando as
frequências fora da faixa ressonante.

Por outro lado, o circuito RLC em paralelo apresentou o efeito oposto: ele rejeita a frequência
de ressonância, apresentando uma tensão mínima no conjunto capacitor-indutor nesse ponto,
enquanto permite maior transferência de tensão para o resistor nas demais frequências. Os
gráficos experimentais confirmam essa dinâmica, mostrando que o valor logarítmico da
frequência em 2,84 coincide com o ponto de ressonância teórico em ambas as configurações.
Assim, os resultados experimentais validam as previsões teóricas sobre o comportamento dos
circuitos RLC em relação às faixas de passagem e rejeição de frequência.

6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

●​ Tipler, P. A. Física, Vol. 2

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