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Saude Da Mulher

O estudo promoveu um Projeto de Intervenção em saúde focado na assistência a gestantes e cuidados com recém-nascidos, realizado por estudantes de enfermagem com agentes comunitários de saúde em Aracaju, Sergipe. A intervenção abordou temas como reconhecimento de sinais de trabalho de parto, humanização do parto e cuidados básicos ao recém-nascido, resultando na troca de conhecimento e esclarecimento de dúvidas dos profissionais. Conclui-se que essa interação é fundamental para melhorar a assistência à saúde materno-infantil na comunidade.
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O estudo promoveu um Projeto de Intervenção em saúde focado na assistência a gestantes e cuidados com recém-nascidos, realizado por estudantes de enfermagem com agentes comunitários de saúde em Aracaju, Sergipe. A intervenção abordou temas como reconhecimento de sinais de trabalho de parto, humanização do parto e cuidados básicos ao recém-nascido, resultando na troca de conhecimento e esclarecimento de dúvidas dos profissionais. Conclui-se que essa interação é fundamental para melhorar a assistência à saúde materno-infantil na comunidade.
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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SERGIPE

CURSO DE ENFERMAGEM

ASSISTÊNCIA A GESTANTE: DOS PRÓDOMOS AOS CUIDADOS COM O


RECÉM-NASCIDOS

Antônia Caroline Dos Santos, Barbara Feitosa De Albuquerque, Bruna Katherriny


Gonçalves Santos Nascimento, Gabriella Guimarães Moreno, Joana Dark Pereira
Barros, Laryssa Da Silva Castro, Luiz Felipe Dos Santos Bomfim, Mariana Oliveira
Maia, Nicolly Eduarda Da Silva Santos, Tânia Gomes Da Cruz

Orientadora: Anna Cecilia Soares Santos

ARACAJU
2023
RESUMO

O parto é um momento muito esperado, tendo significados que vão sendo construídos e
reconstruídos dinamicamente na cultura que a gestante está inserida e de acordo com as
experiências vivenciadas por elas, que precisam está preparadas para esse momento.
Este estudo visou promover um Projeto de Intervenção em saúde sobre o trabalho de
parto, parto e os cuidados básicos ao recém-nascido, com os agentes comunitários de
saúde (ACS) de uma Unidade básica de Saúde (UBS), que são profissionais que têm
contato direto com gestantes e puérperas, do Município de Aracaju, Sergipe, Brasil. Trata-
se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência realizado por estudantes do Curso
de Enfermagem do Centro Universitário Estácio Sergipe. Com o presente estudo pode-se
evidenciar a importância da assistência às gestantes na atenção primária e a participação
de toda equipe de saúde para o fortalecimento da assistência a elas. Observou-se que
existiam muitas dúvidas, vindas dos ACS, relacionadas a essa temática e durante a
intervenção as mesmas foram sanadas, ocorrendo uma troca de conhecimento entre os
intervencionistas e os profissionais participantes. Conclui-se que é de grande importância
esse contato entre alunos e profissionais, para que a troca de informações e
conhecimentos aconteça, podendo assim beneficiar não só eles, como a comunidade.
Palavras Chave: Cuidados Pré-natal, ACS, Parto, Recém-nascido, Aleitamento

Abstract

Childbirth is a long-awaited moment, with meanings that are dynamically constructed and
reconstructed in the culture in which the pregnant woman is inserted and according to the
experiences lived by them, who need to be prepared for this moment. This study aimed to
promote a Health Intervention Project on labor, delivery and basic care for newborns, with
community health agents (ACS) of a Basic Health Unit (UBS), who are professionals who
have direct contact with pregnant and postpartum women in the city of Aracaju, Sergipe,
Brazil. This is a descriptive study, of the experience report type carried out by students of
the Nursing Course at Centro Universitário Estácio Sergipe. With the present study, the
importance of assistance to pregnant women in primary care and the participation of the
entire health team to strengthen assistance to them can be highlighted. It is observed that
there were many doubts, coming from the ACS, related to this theme and during the
intervention they were resolved, with an exchange of knowledge between the
interventionists and the participating professionals. It is concluded that this contact between
students and professionals is of great importance, so that the exchange of information and
knowledge occurs, thus benefiting not only them, but also the community.
Keywords: Prenatal care, ACS, Childbirth, Newborn, Breastfeeding

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1 INTRODUÇÃO

A maternidade pode ser entendida como a experiência de se tonar mãe, momento


único na vida da mulher, considerado um dos aspectos mais significativos da existência
humana, sintetizado como a renovação da vida (ALMEIDA; ACOSTA; PINHAL, 2015).
Para a mulher enfrentar esse momento ela precisa ser encorajada e estar
preparada. Assim, a humanização do nascimento prevê que a preparação para o parto
requer o uso de orientações e tecnologias do cuidado que promovam o conforto e o
empoderamento da mulher que, desta forma, poderá participar de forma ativa do seu parto
e tolerar melhor a dor, controlar o medo e a ansiedade (PEREIRA; BENTO, 2011).
O Ministério da Saúde (MS), buscando alcançar melhores resultados relativos à
condição da assistência obstétrica e neonatal instituiu, por meio da Portaria no. 569/2000,
o Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento (PHPN). O principal eixo
norteador do programa é garantir a melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do
acompanhamento pré-natal, da assistência ao parto e puerpério (BACKES et al.,2019;
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000).
A humanização na atenção à saúde da mulher implica promoção, reconhecimento e
respeito aos direitos humanos, isso, inclui os eventos da gestação, parto e nascimento, de
forma a colocar a mulher como protagonista destes eventos (LEAL et al., 2018).
O parto é o momento esperado, tendo significados que vão sendo construídos e
reconstruídos dinamicamente na cultura em que se inserem as gestantes e também de
acordo com as experiências vivenciadas por elas. Ao mesmo tempo, é também um
momento frequentemente temido devido ao desconhecimento do que pode vir a ocorrer. A
possibilidade de sentir dor e o medo decorrente disso também são aspectos proeminentes
e influentes nas expectativas relacionadas ao parto (TOSTES; SEIDL, 2016).
Considera-se imprescindível entender melhor os aspectos sociais, psicológicos e
emocionais que podem influenciar as expectativas sobre o parto, a preparação para esse
momento ao longo da gestação e as vivências da parturição pelas mulheres (OLIVEIRA;
PIEROT; SILVA; JORGE,2022).
Portando é durante o pré-natal, que um espaço de educação em saúde deve ser
criado, a fim de possibilitar o preparo da mulher para viver a gestação, o parto, puerpério e
os cuidados com o recém-nascido de forma positiva, integradora, enriquecedora e feliz.
De acordo com o artigo "O papel dos agentes comunitários de saúde na atenção
primária em saúde no Brasil: revisão integrativa", publicado na revista Ciência & Saúde
Coletiva em 2020, os agentes comunitários de saúde desempenham um papel
fundamental na promoção, prevenção, educação e monitoramento da saúde da população.
Esses profissionais são a base da atenção primária em saúde e possuem um

5
conhecimento ímpar das particularidades e desafios enfrentados pelas comunidades em
que estão inseridos.
Eles são treinados para identificar sinais de alerta e encaminhar as pessoas para os
serviços de saúde quando necessário. Além disso, podem fornecer informações
importantes sobre cuidados básicos com o recém-nascido, como aleitamento materno,
higiene e vacinação.
Devido à sua proximidade com a comunidade, os agentes comunitários de saúde
são fundamentais para garantir que as famílias possam ter acesso às informações e
serviços de saúde necessários. É importante destacar que o papel dos agentes
comunitários de saúde vai além do cuidado com o recém-nascido, eles também atuam na
prevenção de doenças e promoção da saúde em geral na comunidade.
Frente ao citado, a Assim, podemos afirmar que a atuação dos agentes
comunitários de saúde é de suma importância no cuidado com os recém-nascidos,
garantindo a promoção da saúde e o bem-estar da comunidade.
Assim, espaço de convivência dos grupos específicos pode ser local ideal para
esclarecimentos e informações sobre as diversas etapas do processo de gestação, parto,
puerpério e cuidados com o RN. As mulheres sentem necessidade de compartilhar reflexões
sobre as mudanças que atravessam, trocar informações objetivas sobre as experiências de
parto e primeira infância, bem como preparar-se do ponto de vista corporal e emocional para
as experiências que viverão.
Acredita-se que esse projeto tem muito a contribuir e auxiliar as gestantes em uma
fase importante de suas vidas. As atividades educativas realizadas abordaram temáticas
que estão incluídas no PHPN, tais como: aleitamento materno, cuidados com o RN e
puerperais, além de outras relacionadas ao binômio mãe-filho, respeitando a cultura e o
saber popular para facilitar a participação ativa da mulher durante o parto.

6
2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral


Promover um Projeto de Intervenção em saúde aos agentes comunitário de uma
Unidade de Saúde do Município de Aracaju sobre o trabalho de parto e parto e cuidados
básicos ao recém-nascido.

2.2 Objetivos Específicos


● Esclarecer sobre o reconhecimento dos sinais de trabalho de parto e
humanização do parto;
● Orientar e ensinar os cuidados com os recém-nascido, tais como higiene do
cordão umbilical, banho e troca de fraldas;
● Incentivar e salientar a importância do aleitamento materno exclusivo para a mãe
e o bebê;
● Incentivar sobre a importância da realização da triagem neonatal e da vacinação;
● Apresentar os direitos e deveres garantidos por Lei durante o trabalho de parto,
parto e pós-parto.

3 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência realizado por


estudantes participantes do projeto de extensão, do Curso de Enfermagem do Centro
Universitário Estácio Sergipe.
O público-alvo foram Agentes Comunitários de Saúde (ACS) de uma Unidade
Básica de Saúde (ACS) em que o projeto foi realizado. O estudo será constituído por três
etapas: construção do projeto, aplicação da intervenção e análise dos resultados.
A primeira etapa consistiu na construção do projeto e reuniões com os
intervencionistas. Anteriormente ao desenvolvimento das atividades educativas, realizou-
se um encontro com a enfermeira da UBS e uma visita a unidade de saúde para conhecer
as instalações e a estrutura física, nesse momento foi feita apresentação do projeto,
agendamento de dias e horários compatíveis com a agenda dos profissionais e
disponibilização de espaço físico adequado para realização.
Para a preparação da atividade, os alunos do projeto realizaram uma revisão sobre
os temas em questão (sinais verdadeiros do trabalho de parto, humanização no parto e
cuidados básicos ao RN, como higienização do coto umbilical, banho, troca de fraldas,
amamentação), por meio de livros didáticos, artigos científicos obtidos em bases de dados
e sites, como o do Ministério da Saúde. Tal revisão teve como finalidade um maior

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aprofundamento do tema, assim como o entendimento das questões que seriam mais
relevantes para que fossem incluídas na dinâmica.
De modo a divulgar e captar os agentes foram entregues a Enfermeira convites
com informações sobre o dia, horário, realização de sorteio com brindes, dinâmica sobre a
temática e um café da manhã para que fossem distribuídas a eles no final da intervenção.
A segunda etapa compreendeu a execução da temática citada anteriormente. Para
o desenvolvimento das ações recorreu-se ao lúdico e atrativo para despertar a curiosidade
e interesse pelo conteúdo que seria abordado. Para tanto, iniciou-se com a apresentação
de como ocorre o trabalho de parto, como reconhecer esses sinais a partir do
conhecimento prévio das gestantes sobre o assunto.
Realizou –se uma dinâmica utilizando dez bolas de assopro contendo em cada
uma, uma pergunta. As bolas foram entregues aos agentes e, de acordo com o número
escrito na bola, eles foram estourando as mesmas e lendo em voz alta a pergunta,
respondendo conforme seu nível de conhecimento e entendimento. Após todas as bolas
estouradas e todas as perguntas lidas, os alunos iniciaram a as explanações, orientações
e informações das perguntas e de todo o universo de reconhecimento e atenção ao
trabalho de parto, humanização do parto e direitos e deveres no trabalho de parto, parto e
pós-parto. Em seguida iniciou a demonstração e orientação referente aos cuidados básicos
com o RN.
Foram disponibilizados panfletos contendo informações sobre toda a temática
abordada. Finalizando a intervenção foi oferecido um café da manhã e sorteado um kit
maternidade com banheira, fralda, lenço umedecido, toalhinha, algodão, colônia, escova,
pente e soro fisiológico e entregues brindes, para que o agente que ganhasse, pudesse
entregar a uma gestante da escolha dele, visto que o contato deles com as gestantes é
grande.
A terceira etapa compreendeu na análise dos resultados obtidos resultando na
consolidação do projeto. O planejamento e execução das ações ocorreram no março a
maio de 2023.
Dessa forma, informa-se que este estudo, por se constituir em um relato de
experiência, não foi submetido à avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa. No entanto,
durante o seu desenvolvimento, ressalta-se que foram considerados os preceitos éticos da
Resolução n. º 466/12 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012).

8
4 RESULTADOS

Realizado dia 24/05/2023 a intervenção contou com 10 discentes do curso de


Enfermagem e teve como público alvo os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) de uma
Unidade Básica de Saúde (UBS). Participaram da ação um total de 10 ACS, sendo todas
do sexo feminino, com faixa etária entre 34 a 56 anos de idade. O tempo da intervenção foi
de aproximadamente 120 minutos.
Foram utilizados os dez balões com uma pergunta dentro de cada, sendo entregues
a cada uma das participantes e estourados por ordem numérica. As perguntas tinham
como temáticas o trabalho de parto, parto, pós-parto e cuidados com o recém-nascido,
sendo elas:
1ª - Devo comparecer a todas as consultas de pré-natal?
Uma das participantes perguntou se era necessário ir a todas as consultas,
enquanto outra disse que era necessário para que pudesse descobrir se a gestante tem
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes. Foi explicada a importância do pré-natal
por um dos discentes e apareceu outra dúvida, sobre como saber que o bebê tem alguma
doença e qual exame fazer para descobrir, como resposta foi falado sobre a ultrassom
morfológica.
2ª - Qual a diferença entre contrações falsas e verdadeiras?
Nesse momento aconteceram risadas e algumas disseram que só sabiam que doía
muito, mas que não sabiam o que eram contrações falsas. Ao ser explicada a diferença
entre elas, foi questionado se era nesse momento que o bebê estava encaixando.
3ª - Como saber se estou entrando em trabalho de parto?
As respostas obtidas de uma das participantes estavam corretas, mas precisou ser
complementada. Algumas também já sabiam como funcionava esse momento e quais
eram os sintomas gerais.
4ª - Em qual momento do trabalho de parto devo procurar a maternidade?
A resposta foi dada detalhadamente e elas deram risadas, dizendo que era nesse
momento que a mulher estava pronta. A dúvida de uma delas foi em relação a quantos
centímetros de dilatação eram necessários para acontecer o parto e a mesma explicou que
no momento em que foi dar a luz mesmo com 4 dedos de dilatação mandaram-na voltar
para casa e ela passou 12 horas em trabalho de parto. Uma outra participante falou
também sobre a indução do parto com medicação. Foi observado nesse momento que a
maioria entendia sobre o assunto perguntado.
5ª - Posso ter um acompanhante da minha escolha durante o pré-natal, parto e pós-
parto?

9
Durante essa pergunta foi relatado por duas participantes que foram proibidas de
acompanhar o parto de duas parentes no hospital, uma delas tinha conhecimento sobre os
direitos da gestante, mas a outra não. Uma terceira falou que durante seu parto, em 2010,
não permitiram que ela tivesse um acompanhante e passou por aquele momento sozinha,
relatou também que não tinha conhecimento sobre essa lei. Foi perguntado também
porque os primeiros 3 meses de gestação eram tidos como os mais arriscados.
6ª - Como devo realizar banho no recém-nascido?
Foi realizada uma demonstração com um boneco e a dúvida de uma delas foi
porque cobrir o resto do corpo do recém-nascido, sendo explicado então sobre a
necessidade de manter a temperatura corporal do bebê.
7ª - Como devo realizar a limpeza umbilical?
Houve a demonstração com álcool e cotonete e a indagação de uma das
participantes foi se poderia colocar óleo no local, o que foi prontamente negado. A maioria
sabia como realizar e qual álcool usar.
8ª - Caso meu bebê se engasgue, o que devo fazer?
Durante a explicação de uma das discentes, algumas participantes riram e
disseram que não teriam aquela calma que a mesma estava tendo no momento e que
começaria a gritar. Uma delas disse que passou por aquela situação com o filho e que só
conseguia chacoalhá-lo, enquanto gritava.
9ª - Quais cuidados devo realizar com as mamas?
Observou-se que elas tinham conhecimento sobre o assunto, pois citaram sobre o
sutiã para “não cair o peito”, sobre lavar os seios e hidratar o mamilo com o próprio leite
materno. Nesse momento surgiu a dúvida de uma delas do porque o leite empedra e qual
a causa disso, enquanto a discente explicava, todas estavam em silêncio e prestando
atenção. Durante essa pergunta, foi notório que apareceram ainda mais dúvidas delas,
pois logo em seguida vieram perguntas sobre como saber se o bebê está mamando
suficientemente e se a mãe não tivesse o mamilo como iria amamentar. Uma delas
destacou que sua filha não conseguiu mamar e precisou usar fórmula, vindo a desenvolver
uma intolerância.
10°- Quais posições posso amamentar meu bebê?
Elas explicaram que era necessário um lugar calmo e que deveriam estar sentadas.
Foram demonstradas as posições utilizando o boneco e nesse momento surgiu a dúvida
sobre uma delas, se deitada o bebê não correria um risco maior de engasgar, sendo
respondida logo em seguida pela discente que estava fazendo a demonstração. Foi
perguntado também se quando o bebê arrota enquanto estava mamando significava que o
leite empedrou. Uma delas riu e falou que o melhor perfume que uma mulher pode ter é a
golfada de seu bebê.

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Entre as ACS que relataram ter dificuldade na limpeza do umbigo do bebê,
desconheciam da maneira correta de utilização da desinfecção do coto umbilical. Segundo
Ribeiro (2015), para a correta higienização, o coto umbilical pode ser lavado com água
filtrada e sabão neutro e, posteriormente, deve ser feita a secagem e higienização
utilizando
um chumaço ou uma haste (cotonete) de algodão embebida em álcool 70%, pelo menos 3
vezes ao dia. Correa et al (2006) acrescenta que o coto umbilical deve ser bem seco após
o
banho, e que após a colocação de álcool 70%, deve ser feita nova secagem, seguida de
observação quanto ao aspecto e odor.
Para uma relação saudável entre mãe e filho é preciso perceber e satisfazer de modo
adequado às necessidades do bebê, que deve ser visto como um indivíduo e não como
uma
parte de sua mãe (MALDONADO, 1997).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante a realização do presente estudo, foi possibilitada a ampliação do debate


acerca da importância do pré-natal para uma gestação e puerpério saudável, tendo como
público-alvo os agentes comunitários de saúde, os quais têm contato direto e diariamente
com as gestantes durante as visitas domiciliares e que são responsáveis por identificar as
gestantes, orientar sobre a importância do acompanhamento, pré-natal e puerpério. Foram
referidas informações e algumas demonstrações sobre o direito da gestante e cuidados
com o recém-nascido, orientações do período puerperal e planejamento familiar. Assim
favorecendo o aumento da cobertura e contribuindo significativamente para a humanização
da assistência prestada. Tendo como objetivo, orientar e ensinar os cuidados com o
recém-nascido, tais como higiene do cordão umbilical, banho e troca de fraldas; incentivar
e salientar a importância do aleitamento materno exclusivo para a mãe e o bebê;
esclarecer sobre o reconhecimento dos sinais de trabalho de parto e os direitos e deveres
garantidos por lei durante o trabalho de parto, parto e pós-parto.

11
REFERÊNCIAS

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não farmacológicos para alívio da dor do parto. REME Rev Min Enferm. 2015;19(3):711–7.
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Available from: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=324027976004

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de construto de boas práticas de atenção ao parto/nascimento. Enferm Foco. 2019;10(5):85-90.

Ministério da Saúde. Portaria no. 569, de 1o de junho de 2000. Institui o Programa de Humanização
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15]. Available from: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2000/
prt0569_01_06_2000_rep.html

Leal MC, Szwarcwald CL, Almeida PVB, Aquino ELM, Barreto ML, Barros F, et al. Saúde reprodutiva,
materna, neonatal e infantil nos 30 anos do Sistema Único de Saúde (SUS). Ciênc Saúde Coletiva
2018;23(6):1915-28. doi: 10.1590/1413-81232018236.03942018

TOSTES, Natalia Almeida; SEIDL, Eliane Maria Fleury. Expectativas de gestantes sobre o parto e
suas percepções acerca da preparação para o parto. Temas psicol., Ribeirão Preto , v. 24, n. 2, p.
681-693, jun. 2016 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1413-389X2016000200015&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 30 abr. 2023.
http://dx.doi.org/10.9788/TP2016.2-15.

Oliveira MC, Pierot EV, Silva LA, Jorge HM. Experiências de discentes na assistência ao parto:
projeto de extensão. Enferm Foco. 2022;13:e-202226ESP1. DOI: https://doi.org/10.21675/2357-
707X.2022.v13.e-202226ESP1

http://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/102/10.pdf
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD012505.pub2/pt
https://www.scielo.br/j/prc/a/MTBGL85GcSBfBc5SpJy4xBG/?lang=pt

12
https://www.researchgate.net/publication/
237763425_O_Antes_e_o_Depois_Expectativas_e_ExperiOEncias_de_Mes_sobre_o_Parto
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2016000200015
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9909957/
https://portalatlanticaeditora.com.br/index.php/enfermagembrasil/article/view/4884/7990

13

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