UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL PARA ENGENHARIA
SEMESTRE 2022.1

PRÁTICA 04 – MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO

ALUNO: DAVI HONORIO CAVALCANTE MOTA

MATRÍCULA: 433992
CURSO: ENGENHARIA AMBIENTAL
TURMA: 27
PROFESSOR: EDSON SOARES
 1. OBJETIVOS
- Determinar o deslocamento, a velocidade e a aceleração de um móvel com movimento
retilíneo uniformemente variado.
- Representar graficamente a posição, a velocidade e a aceleração em função do tempo
de um movimento retilíneo uniformemente variado.
- Representar graficamente a posição em função do tempo ao quadrado de um movimento
retilíneo uniformemente variado.
2. MATERIAL
- Trilho de ar com eletroímã; - Cabos;
- Cronômetro eletrônico digital; - Fotossensor;
- Unidade geradora de fluxo de ar; - Paquímetro;
- Carrinho com três pinos (pino preto, pino - Calço de madeira;
ferromagnético e um pino qualquer); - Fita métrica.
- Chave liga/desliga;

3. INTRODUÇÃO
A prática executada proporciona a visualização de um conteúdo presente nos
estudos de física, presentes desde o ensino de nível médio no Brasil. O movimento retilíneo
uniformemente variado é o movimento de um móvel em relação a mesma referência, apresenta
uma aceleração constante e diferente de zero (BUGLIA, 2017). É muito importante ressaltar
que esse movimento deve ser feito em linha reta como em seu próprio nome sugere.
Afim de encontrar os valores dos dados, é necessário buscar entender como se da o
cálculo das variáveis. Considerando que, pela segunda lei de Newton, força resultante é igual
ao produto da massa pela aceleração. Isto quer dizer que se a força resultante é zero, então a
aceleração também será zero (VICENTE, 2018). Tendo visto isso, sabemos que em um
determinado instante em que não há variação de aceleração, a velocidade de um corpo poderá
ser definida, como quanto espaço ele percorre em um determinado tempo, matematicamente
isso ficaria conforme a Equação 1 nos apresenta.

Equação 1: Equação da velocidade.

∆𝑆
𝑉𝑚 =
∆𝑡
Fonte: (GOUVEIA)
Sabendo então que em um determinado período onde não há variação de aceleração
deve ser obtida a velocidade média dessa forma, mas sabe-se que se trata de algo muito mais

2
complexo, e a aceleração raramente deverá ser desprezada, e buscando equacionar maneira de
descobrir como fica esse cálculo, chegou se a equação 2.

Equação 2: Equação da velocidade em função da aceleração

∆𝑉 = 𝑎 ∗ 𝑡

Equação 3: Equação do espaço em função da aceleração

𝑎𝑡 2
𝑑𝑒𝑠𝑒𝑛𝑣𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑡𝑒𝑟: 𝑆 = 𝑆𝑜 + 𝑉𝑜𝑡 +
2
Para ilustrar melhor a situação imagina-se um veículo em linha reta, que parte do
repouso, ou seja, estava parado e inicia seu movimento, em direção a um determinado ponto
dessa reta onde ele consegue atingir uma velocidade de valor equivalente a X, em um
determinado tempo equivalente S, mas então lembra se que esse veículo sofreu uma aceleração,
pois estava para e teve sua velocidade aumentada de maneira constante até atingir o
determinado espaço e a determinada velocidade. Assim pode se exemplificar o movimento
retilíneo uniformemente variado, que se diferencia do não variado por possuir aceleração.
Buscando trazer o melhor entendimento e para ilustrar. foi gerado gráficos partindo
de uma situação hipotética elaborada pelo autor. Nessa situação é apresentado um objeto
qualquer, esse objeto parte de um repouso, então é desprezado qualquer força que não seja a
que gera sua aceleração, ele parte de um ponto no espaço de medida igual a zero e vai até outro
ponto no espaço, esse com medida de 100 metros de distância do ponto de partida. Esse
movimento durou um total de 10 segundos. Logo sabendo que a velocidade média de um
deslocamento pode ser dada pela divisão entre variação do espaço e a variação do tempo
(SILVA), tem que a velocidade atingida ao fim do percurso foi equivalente a 10 m/s. Dessa
forma e com esses dados, pôde ser descoberto dados ponto a ponto. Porém para a obtenção da
aceleração média tem se que é a variação do espaço em relação ao quadrado da variação do
tempo (TRIGO). Como foi dito anteriormente pôde descobrir os valores para cada ponto, logo
a Tabela 1 apresenta os resultados e em consequência dela foi gerado os gráficos para ilustrar.

2
 Tabela 1- Dados Hipotéticos para exemplificar
Espaço(m) velocidade(m/s) tempo(s) aceleração(m/s²)
0 0 0 -
1 1 1 2
4 2 2 2
9 3 3 2
16 4 4 2
25 5 5 2
36 6 6 2
49 7 7 2
64 8 8 2
81 9 9 2
100 10 10 2
Fonte: Autor.

Gráfico 1: Velocidade (espaço x tempo)

Espaço x Tempo
100
Velocidade (m/s)
Exponencial (Velocidade (m/s))
80
Espaço (m)

60

40

20

0
0 2 4 6 8 10
Tempo (s)

Fonte: Autor

3
 Gráfico 2: Velocidade em relação ao tempo

Velocidade x Tempo
10
Velocidade x Tempo
Linear (Velocidade x Tempo)
8
Velocidade (m/s)

0
0 2 4 6 8 10
Tempo (s)

Fonte: Autor

Gráfico 3: Aceleração em relação ao tempo

Aceleração x Tempo
3
Aceleração x Tempo
Linear (Aceleração x Tempo)
Aceleração (m/s²)

2
0 2 4 6 8 10
Tempo (s)

Fonte: Autor

4. PROCEDIMENTO

Foi montado o equipamento conforme apresenta a Figura 1.

4
 Figura 1:Montagem do equipamento

Fonte: (DIAS, 2022)

Em seguida foi ligado a unidade geradora de fluxo de ar, que já estava regulada
para um fluxo de ar médio. Então foi observado se o trilho possuía algum tipo de desnível que
logo foi visto que ele se apresentava alinhado pois, o carrinho que nos foi dado não havia se
deslocado sem auxilio. Após isso foram medidas com auxílio de uma fita métrica a distancia
entre os pés de apoio e com um paquímetro a espessura da madeira utilizada para dar o desnível
ideal ao equipamento, essas medidas obtidas são apresentadas na Tabela 2.

Tabela 2: Tabela dos dados medidos

Espessura da madeira: 1,08
Distância entre os pés: 178
Ângulo formado: 0,35
Fonte: Autor

A nós foi entregue um carrinho com 3 pinos, um central e dois laterais, o carrinho
que estava disponível para a equipe apresentava um pequeno defeito, pois o pino lateral que
entrava em contato com o eletroímã, estava levemente torto, como apresenta a fotografia
retirada durante o trabalho. A imagem mostra o carrinho.

5
 Figura 2: Carrinho fornecido para a execução da prática

Fonte: Autor

Figura 3: Carrinho fornecido para outra equipe

Fonte: Autor

É colocada uma pequena inclinação no trilho de ar com um calço de madeira

fornecido sob os pés do mesmo. Após isso foi colocado o fotossensor na posição 1. A posição
do mesmo foi medida, com uma trena, do pino central do “carrinho” até o centro do
fotossensor, estando o “carrinho” na posição inicial junto ao eletroímã. Foi fixado o carrinho
no eletroímã ligando a chave liga-desliga e ajuste a tensão aplicada pelo cronômetro digital de
modo que o carrinho não fique muito preso. Após isso foi configurado o cronometro para a
função F2, que permite mensurar o tempo de maneira precisa, foi então zerado o cronômetro e
solto de forma que cada vez que é solto inicia a contagem. Foi medido para cada distancia
solicitada na tabela, que é apresentada a seguir. Em seguida é solicitado que seja feito gráficos
para apresentar e discutir os resultados obtidos. Os valores obtidos experimentais são
apresentados na Tabela 3 e no Gráfico 4: Posição x tempo

6
 Tabela 3: Resultados experimentais
nº x (cm) medidas de t (s) tmed (s) t² (s²) v=2x/t (cm/s) a=2x/t² (cm/s²)
10 2,696 2,785 7,756 7,2 2,6
2,906
1 2,753
20 3,529 3,456 12,006 12 3,3
3,287
2 3,552
30 4,306 4,298 18,473 14 3,2
4,149
3 4,440
50 5,474 5,463 29,844 18 3,4
5,559
4 5,355
70 6,904 6,74 45,428 21 3,1
6,722
5 6,595
90 6,904 7,765 60,295 23 3
6,722
6 6,595
110 8,849 8,692 75,551 25 2,9
8,690
7 8,537
150 9,833 10,101 102,03 30 2,9
10,20
8 10,27
Fonte: Autor
Gráfico 4: Posição x tempo

Posição x tempo
200
180
Posição x tempo
160
140 Exponencial (Posição x tempo)
Posição (cm)

120
100
80
60
40
20
0
0 2 4 6 8 10 12
Tempo (s)

Fonte: Autor

7
 5. QUESTIONÁRIO

1- O que representa o coeficiente angular do gráfico “x contra t” ?

O coeficiente angular do espaço pelo tempo representa a velocidade média.
2- O que representa o coeficiente angular do gráfico x contra t²?
O coeficiente angular representa a aceleração
3- Trace o gráfico da velocidade em função do tempo com os dados da Tabela 4.1.
Velocidade x Tempo
35
Vel x temp
30
Linear (Vel x temp)
Velocidade (cm/s)

25

20

15

10

0
0 2 4 6 8 10 12
Tempo (s)

4- Trace o gráfico da aceleração em função do tempo, para os dados obtidos da Tabela 4.1.
Aceleração x tempo
4
Aceleração (cm/s²)

3,5

2,5

2
0 2 4 6 8 10 12
Tempo (s)

6. CONCLUSÃO
A prática foi executada e durante sua execução foi observado e comparado com as outras
equipes que algo estava fora do comum com nosso equipamento, apresentou dificuldades para
entrar em movimento mesmo com a instalação correta, foi pedido auxilio do professor que
constatou o fato, mesmo assim podemos observar que se desprezarmos o primeiro valor a
aceleração em relação ao tempo segue constante, como o esperado, já que a aceleração tende a
ser a mesma, pelo principio da inercia. Considerando os valores das equipes é interessante já
8
que a velocidade do nosso carrinho foi a metade das equipes logo nossa aceleração foi a metade
também, mesmos com os percalços a atividade se apresentou coerente com a teoria.

7. REFERÊNCIAS
BUGLIA, F. Conceitos do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado. Info enem, 18 out.
2017. Disponivel em: <https://infoenem.com.br/conceitos-do-movimento-retilineo-
uniformemente-variado/>. Acesso em: 08 jun. 2022.
GOUVEIA, R. Toda Matéria. Movimento Retilíneo Uniforme. Disponivel em:
<https://www.todamateria.com.br/movimento-retilineo-uniforme/>. Acesso em: 08 jun. 2022.
SILVA, A. C. B. D. Movimento retilíneo uniforme. Infoescola. Disponivel em:
<https://www.infoescola.com/fisica/movimento-retilineo-uniforme/>. Acesso em: 08 jun.
2022.
TRIGO, T. Movimento Retilíneo Uniformemente Variado. Infoescola. Disponivel em:
<https://www.infoescola.com/fisica/movimento-retilineo-uniformemente-variado/>. Acesso
em: 08 jun. 2022.
VICENTE, P. Movimento Retilíneo Uniforme. FísicaInterativa.com, 2018. Disponivel em:
<https://www.fisicainterativa.com/mru-movimento-retilineo-uniforme/>. Acesso em: 08 jun.
2022.