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Diretiva Recipientes de Pressão

A Diretiva do Conselho de 25 de junho de 1987 estabelece normas para a harmonização das legislações dos Estados-membros da Comunidade Europeia em relação a recipientes sob pressão simples, visando garantir a segurança das pessoas e bens. A diretiva define requisitos essenciais de segurança e procedimentos de certificação, permitindo a livre circulação desses recipientes no mercado. Além disso, a presença da marca CE em recipientes indica conformidade com as exigências da diretiva, facilitando a aceitação entre os Estados-membros.

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Diretiva Recipientes de Pressão

A Diretiva do Conselho de 25 de junho de 1987 estabelece normas para a harmonização das legislações dos Estados-membros da Comunidade Europeia em relação a recipientes sob pressão simples, visando garantir a segurança das pessoas e bens. A diretiva define requisitos essenciais de segurança e procedimentos de certificação, permitindo a livre circulação desses recipientes no mercado. Além disso, a presença da marca CE em recipientes indica conformidade com as exigências da diretiva, facilitando a aceitação entre os Estados-membros.

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N ? L 220 / 48 Jornal Oficial das Comunidades Europeias 8 . 8 .

87

DIRECTIVA DO CONSELHO

de 25 de Junho de 1987

relativa à aproximação das legislações dos Estados-membros respeitantes aos recipientes sob
pressão simples
( 87 / 404 / CEE )

O CONSELHO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS , necessárias à satisfação de exigências imperativas ; que,


consequentemente , a harmonização legislativa deve limi­
tar-se , neste caso , apenas às prescrições para satisfação das
exigências imperativas e essenciais de segurança , relativas
Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade aos recipientes sob pressão simples ; que essas exigências
Económica Europeia e , nomeadamente , o seu artigo devem substituir as prescrições nacionais nesta matéria, na
100 ?, medida em que são essenciais ;

Tendo em conta a proposta da Comissão ( ! ),


Considerando que , por consequência , a presente directiva
Tendo em conta o parecer do Parlamento Europeu ( 2 ), apenas contém as exigências imperativas e essenciais ; que,
a fim de facilitar a prova da conformidade com as exigên­
cias essenciais , é indispensável dispor de normas harmoni­
Tendo em conta o parecer do Comité Económico e So­ zadas a nível europeu , referentes , nomeadamente, à cons­
cial ( 3 ), trução , funcionamento e instalação dos recipientes sob
pressão simples , cujo respeito garanta aos produtos uma
presunção de conformidade com as exigências essenciais ;
Considerando que incumbe aos Estados-membros garantir , que estas normas harmonizadas a nível europeu são elabo­
no seu território , a segurança das pessoas , dos animais radas por organismos privados e devem conservar o seu
domésticos e dos bens contra os riscos de fugas ou de estatuto de textos não obrigatórios ; que para este fim , o
explosão que podem advir dos recipientes sob pressão Comité Europeu de Normalização (CEN ) e o Comité
simples ; Europeu de Normalização Electrotécnica (CENELEC ) são
os organismos reconhecidos competentes para adoptar as
Considerando que disposições imperativas nos Estados­ normas harmonizadas , em conformidade com as orienta­
-membros determinaram , em especial , o nível de segurança ções gerais para a cooperação entre a Comissão e estes dois
a respeitar pelos recipientes sob pressão simples por meio organismos , assinadas em 13 de Novembro de 1984 ; que,
da especificação das características de construção e de nos termos da presente directiva , uma norma harmonizada
funcionamento , das condições de instalação e de utilização , é uma especificação técnica (norma europeia ou documento
bem como dos procedimentos de controlo antes e depois da de harmonização ) adoptada por qualquer destes organis­
comercialização ; que essas disposições imperativas não mos ou pelos dois, com mandato da Comissão nos termos
conduzem necessariamente a níveis de segurança diferentes da Directiva 83 / 189 / CEE do Conselho , de 24 de Março
entre os Estados-membros mas , pela sua disparidade , de 1983 , que prevê um procedimento de informação no
entravam o comércio no interior da Comunidade ; domínio das normas e regulamentações técnicas (*) e das
orientações gerais ;

Considerando que as disposições nacionais que asseguram


essa protecção devem ser harmonizadas tendo em vista
garantir a livre circulação dos recipientes sob pressão Considerando que é necessário um controlo do respeito por
simples , sem que os níveis existentes justificados de protec­ essas prescrições técnicas para proteger eficazmente os
ção nos Estados-membros sejam reduzidos ; utentes e os terceiros ; que os processos de controlo existen­
tes diferem de um Estado-membro para outro ; que, para
evitar controlos múltiplos , que constituem outros tantos
Considerando que o direito comunitário , no seu estado entraves à livre circulação dos recipientes, é conveniente
actual prevê que , em derrogação de uma das regras funda­ prever um reconhecimento mútuo dos controlos pelos
mentais da Comunidade , a da livre circulação de mercado­ Estados-membros ; que , para facilitar este reconhecimento
rias os obstáculos à circulação intracomunitária , decorren­ mútuo dos controlos, é conveniente, nomeadamente , pre­
tes de disparidades nas legislações nacionais relativas à ver procedimentos comunitários harmonizados e harmoni­
comercialização dos produtos , devem ser aceites na medida zar os critérios a tomar em consideração para designar os
em que estas prescrições podem ser reconhecidas como organismos encarregados de efectuar as funções de exame,
vigilância e verificação ;

0 ) JO n ? C 89 de 15 . 4 . 1986 , p . 2 .
( 2 ) JO n ? C 190 de 20 . 7 . 1987 .
( 3 ) JO n ? C 328 de 22 . 12 . 1986 , p . 20 . («) JO n ? L 109 de 26 . 4 . 1983 , p . 8 .
8 . 8 . 87 Jornal Oficial das Comunidades Europeias N? L 220/ 49

Considerando que a presença da marca CE num recipiente — recipientes destinados especificamente para utilização
sob pressão simples leva a presumir que este se encontra em nuclear , e cuja avaria possa causar emissão de radio­
conformidade com a presente directiva e torna , por conse­ actividade ,
guinte , inútil , aquando da importação e utilização , a repe­ — extintores de incêndio .
tição dos controlos já efectuados ; que todavia , pode acon­
tecer que recipientes sob pressão simples comprometam a
segurança ; que é conveniente , portanto , prever um proce­
dimento destinado a atenuar este perigo , Artigo 2°

1 . Os Estados-membros adoptarão todas as disposições


necessárias para que os recipientes referidos no artigo 1 ?, a
seguir denominados « recipientes », só possam ser coloca­
ADOPTOU A PRESENTE DIRECTIVA : dos no mercado e em serviço se não comprometerem a
segurança das pessoas, dos animais domésticos ou dos
bens , quando instalados e manutencionados de modo con­
CAPITULO I veniente, e utilizados em conformidade com o fim a que se
destinam .

Âmbito de aplicação, comercialização e livre circulação 2 . As disposições da presente directiva não afectam o
direito dos Estados-membros de especificarem — na devida
observância do Tratado — as condições que consideram
Artigo 1 ? necessárias para assegurar a protecção dos trabalhadores
durante a utilização dos recipientes, desde que tal não
1 . A presente directiva aplica-se a recipientes simples sob implique a alteração dos referidos recipientes em moldes
pressão fabricados em série . não especificados na presente directiva .

2 . Para efeitos da presente directiva entende-se por reci­


piente simples sob pressão qualquer recipiente soldado Artigo 3 ?
submetido a uma pressão interior superior a 0,5 bar,
destinado a conter ar ou nitrogénio e não destinado a ser 1 . Os recipientes cujo produto de PS . V exceda
submetido a uma chama . 50 bar . L devem respeitar as exigências essenciais de segu­
rança constantes do Anexo I.
Além disso ,
2 . Os recipientes cujo produto de PS. V não exceda
— as partes e juntas que participam na resistência do 50 bar. L devem ser fabricados segundo as regras da arte
recipiente sob pressão são fabricadas quer em aço de na matéria utilizadas num dos Estados-membros e ostentar
qualidade não ligado quer em alumínio não ligado ou as inscrições previstas no ponto 1 do Anexo II , com
em liga de alumínio não autotemperante , excepção da marca CE referida no artigo 16 ?
— o recipiente deve ser constituído :
— quer por uma parte cilíndrica de secção transversal Artigo 4
circular, fechada por fundos copados com a face
côncava voltada para o interior e / ou por fundos Os Estados-membros não levantarão obstáculos à coloca­
planos com o mesmo eixo de revolução que a parte ção no mercado e à entrada em serviço no seu território
cilíndrica , de recipientes que respeitem as disposições da presente
directiva .
— ou por dois fundos copados com o mesmo eixo de
revolução,
— a pressão máxima de serviço do recipiente não deve Artigo 59
exceder 30 bar e o produto desta pressão pela capa­
cidade do recipiente ( PS . V ) não deve exceder 1 . Os Estados-membros devem presumir que se encon­
10 000 bar . L , tram em conformidade com as exigências essenciais de
segurança referidas no artigo 3 ? os recipeintes munidos da
— a temperatura nínima de serviço não deve ser inferior a
marca « CE » que declare a sua conformidade com as
— 50 °C e a temperatura máxima de serviço não deve
normas nacionais aplicáveis que incorporam as normas
exceder 300 °C para os recipientes de aço ou 100 °C
para os recipientes de alumínio ou de liga de
harmonizadas e cujas referências tenham sido objecto de
alumínio .
publicação no Jornal Oficial das Comunidades Europeias .
Os Estados-membros publicarão as referências dessas nor­
mas nacionais .

3 . Os seguintes recipientes estão excluídos do âmbito da


presente directiva ; 2 . Os Estados-membros devem presumir que os recipien­
tes a que o fabricante apenas tenha aplicado em parte, ou
— recipientes concebidos especificamente para utilização não tenha aplicado , as normas referidas no n? 1 , ou para
nuclear, e cuja avaria possa causar emissão de radio­ os quais não existam normas, estão em conformidade com
actividade , as exigências essenciais referidas no artigo 3° , quando,
N ? L 220 / 50 Jornal Oficial das Comunidades Europeias 8 . 8 . 87

após terem recebido um certificado « CE » de tipo , a sua


conformidade com o modelo aprovado seja certificada pela 4 . A Comissão assegurará que os Estados-membros sejam
aposição da marca « CE » . mantidos ao corrente do desenvolvimento e dos resultados
deste procedimento .

Artigo 6°

1 . Sempre que um Estado-membro ou a Comissão consi­


derar que as normas harmonizadas referidas no n ? 1 , CAPITULO II
alínea a ), do artigo 59 não respeitem inteiramente as
exigências essenciais referidas no artigo 3 ?, a Comissão ou Procedimentos de certificação
o Estado-membro submeterão o assunto , com uma exposi­
ção dos motivos , à apreciação do Comité Permanente
instituído pela Directiva 83 / 189 / CEE , a seguir denomina­
do « Comité ». O Comité emitirá um parecer urgente . Artigo 8 ?

Tendo em conta o parecer do Comité , a Comissão notifi­ 1 . Antes da construção dos recipientes, cujo produto de
cará aos Estados-membros se as normas em causa devem PS . V seja superior a 20 bar . L , fabricados :
ou não ser retiradas das publicações referidas no n9 1 do a ) Em conformidade com as normas referidas no n9 1 do
artigo 5 ? artigo 59 , o fabricante , ou o seu mandatário estabeleci­
do na Comunidade, deve , à sua escolha :
— ou informar desse fabrico um organismo de con­
Artigo 7­ trolo aprovado , referido no artigo 99 , que estabele­
cerá , com base na documentação técnica referida no
1 . Sempre que em Estado-membro verifique que recipien­ ponto 3 do Anexo II , um certificado de conformida­
tes providos da marca « CE » e utilizados em conformidade de dessa documentação ,
com o fim a que se destinam correm o risco de comprome­ — ou apresentar um modelo do recipiente ao exame
ter a segurança das pessoas , dos animais domésticos ou dos « CE » de tipo referido no artigo 109 ;
bens, tomará todas as medidas necessárias para retirar os
produtos do mercado , proibir ou restringir a sua comerci­ b ) Sem respeitar , ou respeitando apenas em parte, as
alização . normas referidas no n9 1 do artigo 59 , o fabricante, ou
o seu mandatário estabelecido na Comunidade, deve
O Estado-membro informará imediatamente a Comissão apresentar um modelo do recipiente ao exame « CE » de
dessa medida e indicará as razões da sua decisão e , em tipo referido no artigo 109
especial , se a não conformidade resulta :
a) Da não observância das exigências essenciais referidas
2 . Os recipientes fabricados em conformidade com as
normas referidas no n9 1 do artigo 59 ou com o modelo
no artigo 39 , quando o recipiente não corresponder às
normas referidas no n9 1 do artigo 59 , aprovado serão submetidos, antes da sua colocação no
mercado :
b ) De uma má aplicação das normas referidas no n9 1 do
artigo 59 , a ) Quando o produto de PS por V for superior a 3 000
bar . L , à verificação CE referida no artigo 119 ;
c) De uma lacuna das próprias normas referidas no n9 1
do artigo 59 b ) Quando o produto de PS . V for inferior ou igual a
3 000 bar . L e superior e 20 bar. L , à escolha do
fabricante :
2 . A Comissão consultará as partes interessados tão
rapidamente quanto possível . Se , após essas consultas , a — ou à declaração de conformidade « CE » referida no
artigo 129 ,
Comissão verificar que se justifica a actuação referida no
n9 1 , dá-lo-á a conhecer imediatamente ao Estado-membro — ou à verificação « CE » referida no artigo 119
que tomou a iniciativa bem como aos outros Estados­
-membros . Quando a decisão referida no n9 1 for motivada 3 . A documentação e a correspondência relativas aos
por uma lacuna das normas , a Comissão , após consulta das procedimentos de certificação referidos nos n?s 1 e 2 serão
partes interessadas , apresentará o assunto ao Comité num redigidas numa língua oficial do Estado-membro em que o
prazo de dois meses , se o Estado-membro que tiver tomado organismo aprovado estiver estabelecido , ou numa língua
as medidas pretender mantê-las , e iniciará os procedimen­ por ele aceite .
tos referidos no artigo 69

3 . Sempre que o recipiente não conforme estiver provido


da marca « CE », o Estado-membro competente tomará as Artigo 9 ?
medidas adequadas contra quem tiver aposto a marca e
informará do facto a Comissão e os outros Estados-mem­ 1. Cada Estado-membro notificará a Comissão e os ou­
bros . tros Estados-membros dos organismos aprovados encarre­
8 . 8 . 87 Jornal Oficial das Comunidades Europeias N ? L 220 / 51

gados de efectuar os procedimentos de certificação referi­ 4 . Se o modelo corresponder às disposiçoes que lhe dizem
dos nos n<?s 1 e 2 do artigo 8 ? Para efeitos de informação, a respeito , o organismo emitirá um certificado « CE » de tipo,
comissão publicará no Jornal Oficial das Comunidades que será notificado ao requerente. Esse certificado reprodu­
Europeias a lista desses organismos , bem como o respecti­ zirá as conclusões do exame, indicará as condições que
vo número distintivo por ela atribuído , e assegurará a sua eventualmente o acompanhem e compreenderá as descri­
actualização . ções e desenhos necessários para identificar o modelo
aprovado .
2 . O Anexo III contém os critérios mínimos que devem ser
respeitados pelos Estados-membros para a aprovação des­ A Comissão , os outros organismos aprovados e os outros
ses organismos.
Estados-membros podem obter cópias do certificado e, a
pedido fundamentado , cópias da documentação técnica de
3 . Um Estado-membro que tenha aprovado um organis­ fabrico e dos relatórios dos exames e ensaios efectuados .
mo deve retirar essa aprovação se verificar que o organismo
já não satisfaz os critérios enumerados no Anexo III . Desse
facto informará imediatamente a Comissão e os outros 5 . O organismo que recusar emitir um certificado « CE »
Estados-membros . de tipo informará desse facto os outros organismos aprova­
dos . O organismo que retirar um certificado « CE » de tipo
informará desse facto o Estado-membro que o tiver apro­
vado . Este Estado-membro informará desse facto os outros
Estados-membros e a Comissão , expondo os motivos dessa
Exame « CE » de tipo decisão .

Artigo 10 ?

1 . O exame « CE » de tipo é o procedimento pelo qual um


organismo de controlo aprovado verifica e certifica que o
modelo de um recipiente satisfaz as disposições da presente Verificação « CE »
directiva que se lhe referem .

2 . O pedido de exame « CE » de tipo será apresentado Artigo 11 ?


pelo fabricante ou pelo seu mandatário a um único organis­
mo de controlo aprovado , para um modelo de recipiente ou 1 . A verificação « CE » tem por objectivo controlar e
para um modelo representativo de uma família de recipien­ certificar a conformidade dos recipientes produzidos em
tes . O mandatário deve estar estabelecido na Comun­ série com as normas referidas no n 9 1 do artigo 5 ? ou com
idade . o modelo aprovado . Essa verificação é efectuada por um
organismo de controlo aprovado em conformidade com as
O pedido incluirá : disposições a seguir indicadas . O organismo em causa
emitirá um certificado de verificação « CE » e aporá a
— o nome e o endereço do fabricante ou do seu mandatá­ marca de conformidade prevista no artigo 16 ?
rio , bem como o local de fabrico dos recipientes ,
— a documentação técnica de fabrico referida no ponto 3
do Anexo II . 2 . A verificação será efectuada nos lotes de recipientes
apresentados pelo fabricante ou pelo seu mandatário esta­
O pedido será acompanhado de um recipiente representa­ belecido na Comunidade . Esses lotes serão acompanhados
tivo da produção prevista . pelo certificado « CE » de tipo referido no artigo 10? ou ,
quando os recipientes não tiverem sido fabricados em
3 . O organismo aprovado procederá ao exame « CE « de conformidade com o modelo aprovado , pela documentação
tipo segundo as regras a seguir indicadas . técnica de fabrico referida no ponto 3 do Anexo II . Neste
último caso , o organismo aprovado analisará a documenta­
ção , antes da verificação « CE », para confirmar a respec­
O Organismo efectuará a análise da documentação técnica tiva adequação .
de fabrico para verificar a sua adequação , e examinará o
recipiente apresentado .
3 . Ao examinar um lote de recipientes , o organismo
Aquando do exame do recipiente , o organismo : certificar-se-á de que estes foram fabricados e controlados
a) Vertificará se o recipiente foi fabricado em conformida­ em conformidade com a documentação técnica de fabrico e
de com a documentação técnica de fabrico e se pode ser efectuará um ensaio hidráulico em cada recipiente do lote
utilizado com toda a segurança nas condições de serviço ou um ensaio pneumático de eficácia equivalente a uma
previstas ; pressão Ph igual a 1,5 vezes a pressão de cálculo , a fim de
verificar a sua integridade . A realização do ensaio pneumá­
b ) Efectuará os exames e ensaios adequados para verificar tico fica subordinada à aceitação dos processos de seguran­
a conformidade dos recipientes com as exigências essen­ ça de ensaio por parte do Estado-membro em que o ensaio
ciais que lhes dizem respeito . for efectuado . Além disso , o organismo efectuará ensaios
N ? L 220 / 52 Jornal Oficial das Comunidades Europeias 8 . 8 . 87

sobre provetas retirados , à escolha do fabricante , de um c) O compromisso de levar a cabo os exames e ensaios em
talão testemunho de produção ou de um recipiente , a fim conformidade como registo de controlo referido na
de controlar a qualidade das soldaduras . Os ensaios serão alínea b ) e de fazer um ensaio hidráulico ou, mediante o
efectuados sobre as soldaduras longitudinais . Todavia , acordo do Estado-membro, um ensaio pneumático, a
quando for utilizado um método de soldadura diferente uma pressão de ensaio igual a 1,5 vezes a pressão de
para as soldaduras longitudinais e para as circulares , esses cálculo sobre cada recipiente fabricado .
ensaios serão repetidos nas soldaduras circulares .
Esses exames e ensaios devem ser efectuados sob a
responsabilidade de pessoal qualificado e suficiente­
Para os recipientes referidos no ponto 2.1.2 do Anexo I , os mente independente em relação aos serviços encarrega­
ensaios sobre provetas serão substituídos por um ensaio dos da produção , e ser objecto de um relatório ;
hidráulico efectuado em cinco recipientes tirados ao acaso
de cada lote, a fim de verificar a sua conformidade com o d ) O endereço dos locais de fabrico e de entreposto, bem
disposto no ponto 2.1.2 do Anexo 1 . como a data de início do fabrico .

2 . Além disso , quando o produto de PS . V for superior a


Declaração de conformidade « CE » 200 bar . L , o fabricante deve autorizar o acesso do
organismo encarregado da vigilância « CE » aos referidos
locais de fabrico e entreposto , a fim de proceder aos
controlos , permitir-lhe retirar recipientes e fornecer-lhe
Artigo 12 "
todas as informações necessárias , nomeadamente :
1 . O fabricante que satisfaça as obrigações decorrentes do — a documentação técnica de fabrico ,
artigo 13 ? aporá a marca « CE », referida no artigo 169 ,
nos recipientes que declarar em conformidade com as — a documentação do controlo ,
normas referidas no n? 1 do artigo 5 ? ou com o modelo
aprovado . Por este processo de declaração de conformida­ — o certificado « CE » de tipo ou o certificado de confor­
de « CE », o fabricante fica sujeito à vigilância « CE », midade , se for caso disso ,
sempre que o produto de PS . V for superior a 200 bar . L.
— um relatório sobre os exames e ensaios efectuados.
2 . A vigilância « CE » tem por finalidade , de acordo com o
n ? 2 do artigo 14?, velar pela correcta aplicação , por parte
do fabricante, das obrigações decorrentes do n ? 2 do arti­
go 13 ? Será assegurada pelo organismo aprovado que tiver Artigo 14 "
emitido o certificado « CE » de tipo referido no artigo 10 ?,
no caso de os recipientes serem fabricados em conformida­ 1 . O organismo de controlo aprovado que tiver emitido o
de com um modelo aprovado ou , no caso contrário , pelo certificado « CE » de tipo ou o certificado de conformidade
organismo a que tenha sido enviada a documentação deve, antes da data de início do fabrico, examinar o
técnica de fabrico , em conformidade com o n ? 1 , primeiro documento referido no n? 1 do artigo 13 ? bem como a
travessão , da alínea a ), do artigo 8 ? documentação técnica de fabrico referida no ponto 3 do
Anexo II , a fim de verificar se são adequados, quando os
recipientes não forem fabricados em conformidade com um
modelo aprovado .
Artigo 13 ?

1 . Quando o fabricante recorrer ao procedimento referido


no artigo 12 ? deve , antes do início do fabrico , enviar , ao 2 . Além disso , quando o produto de PS . V for superior a
organismo aprovado que tiver emitido o certificado « CE » 200 bar. L , o organismo deve, no decurso do fabrico :
de tipo ou o certificado de conformidade , um documento
que defina os processos de fabrico bem como o conjunto — certificar-se de que o fabricante verifica efectivamente
das disposições pré-estabelecidas e sistemáticas que serão os recipientes fabricados em série , em conformidade
aplicadas para assegurar a conformidade dos recipientes com o n ? 1 , alínea c), do artigo 13 ?,
com as normas referidas no n ? 1 do artigo 5 ? ou com o
modelo aprovado . — proceder inopinadamente à recolha de recipientes nos
locais de fabrico ou de entreposto , para efeitos de
controlo .
Esse documento compreenderá , nomeadamente :
a) Uma descrição dos meios de fabrico e de verificação
adequados para o fabrico dos recipientes ;
O organismo fornecerá ao Estado-membro que o tiver
b ) Um registo de controlo que descreva os exames e aprovado e, a pedido , aos outros organismos aprovados,
ensaios adequados com as respectivas regras e frequên­ aos outros Estados-membros e à Comissão, uma cópia do
cias de execução , a efectuar no decurso do fabrico ; relatório dos controlos .
8 . 8 . 87 Jornal Oficial das Comunidades Europeias N ? L 220 / 53

CAPITULO III CAPITULO IV

Marca « CE » Disposições finais

Artigo 15 ? Artigo 17 ?

Quando se verificar que a marca « CE » foi aposta indevida­ Qualquer decisão tomada em aplicação da presente direc­
mente em recipientes : tiva que restrinja a comercializaço e / ou a colocação em
serviço de um recipiente deve ser fundamentada com preci­
— não conformes com o modelo aprovado , são . Essa decisão será comunicada ao interessado o mais
— conformes com um modelo aprovado que não corres­ rapidamente possível , com a indicação das vias de recurso
ponde às exigências essenciais referidas no artigo 3° , previstas na legislação em vigor nesse Estado-membro e
dos prazos dentro dos quais devem ser interpostos os
— não conformes , quanto aos recipientes referidos no recursos .
n9 1 , alínea a ), do artigo 8 ?, com as normas referidas
no n9 1 do artigo 59 que lhes dizem respeito ,
Artigo 18 ?
— para os quais o fabricante não respeite as obrigações
que lhe incumbem por força do artigo 139 , 1 . Os Estados-membros adoptarão e publicarão , antes de
1 de Janeiro de 1990 , as disposições legislativas, regula­
mentares e administrativas necessárias para darem cumpri­
o organismo encarregado da vigilância « CE » deve comuni­ mento à presente directiva . Do facto informarão imediata­
car o facto ao Estado-membro competente e , se for caso mente a Comissão .
disso , retirar o certificado « CE » de tipo .
Os Estados-membros aplicarão essas disposições a partir de
1 de Julho de 1990 .
2. Os Estados-membros comunicarão à Comissão o texto
Artigo 16 ? das disposições de direito interno que adoptarem no
domínio regulado pela presente directiva .
1 . A marca « CE », bem como as inscrições previstas no
ponto 1 do Anexo II devem ser apostas de modo visível , Artigo 19 ?
legível e indelével no recipiente ou numa placa sinalética
fixada de modo inamovível sobre o recipiente. Os Estados-membros são os destinatários da presente
directiva .

A marca « CE » é constituída pelo símbolo > pelos dois


últimos algarismos do ano no decurso do qual a marca foi
aposta e pelo número distintivo , referido non ? 1 do artigo
99 , do organismo de controlo aprovado encarregado da Feito no Luxemburgo , em 25 de Junho de 1987 .
verificação « CE » ou da vigilância « CE ».
Pelo Conselho

O Presidente
2. E proibido apor nos recipientes marcas ou inscrições
susceptíveis de criar confusões com a marca « CE » . H. DE CROO
N9 L 220 / 54 Jornal Oficial das Comunidades Europeias 8 . 8 . 87

ANEXO I

As exigências essenciais de segurança a satisfazer pelos recipientes são indicadas a seguir :

1. MATERIAIS

Os materiais devem ser seleccionados de acordo com a utilização prevista para os recipientes e em
conformidade com os pontos 1.1 a 1.4 .

1.1 . Partes submetidas a pressão


Os materiais referidos no artigo 1 ?, utilizados para o fabrico das partes dos recipientes submetidas a
pressão , devem ser :
— susceptíveis de serem soldados ,
— dúcteis e tenazes para que , em caso de ruptura à temperatura mínima de serviço , aquela não
provoque fragmentação nem quebra do tipo frágil ,
— insensíveis ao envelhecimento .

Quanto aos recipientes de aço , devem também satisfazer as exigências estabelecidas no ponto 1.1.1 , e
quanto aos recipientes de alumínio ou ligas de alumínio as estabelecidas no ponto 1.1.2 .
Os materiais devem ser acompanhados por um relatório de controlo , tal como descrito no Anexo II ,
emitido pelo produtor dos materiais .

1.1.1 . Recipientes de aço


Os aços de qualidade não ligados deverão satisfazer as seguintes exigências :
a ) Devem ser não efervescentes e fornecidos após tratamento de normalização ou num estado
equivalente ;
b ) O teor de carbono do produto deve ser inferior a 0,25 % e os teores de enxofre e fósforo devem ser
inferiores a 0,05 % para cada um destes elementos ;
c ) Devem ter as seguintes características mecânicas no produto :
— o valor máximo da resistência à tracção Rm max deve ser inferior a 580 N / mm2 ,
— o alongamento após a ruptura deve ser :
— em provetes paralelos à direcção de laminagem
espessura > 3 mm : A > 22 % ,
espessura < 3 mm : A80 mm > 17% ,
— em provetes perpendiculares à direcção de laminagem
espessura > 3 mm : A > 20% ,
espessura < 3 mm : A80 mm > 15 % ;
— o valor médio da energia de ruptura KCV determinado sobre 3 provetes longitudinais não deve
ser inferior a 35 J / cm2 à temperatura mínima de serviço. Apenas um dos três valores pode ser
inferior a 35 J / cm 2 e neunca a 25 J / cm2 .
A verificação desta qualidade é exigida para os aços destinados ao fabrico de recipientes cuja
temperatura mínima de serviço seja inferior a - 109C e cuja espessura das paredes exceda
5 mm .

1.1.2 . Recipientes de alumínio


O alumínio não ligado deve ter um teor de alumínio pelo menos igual a 99,5 % , e as ligas a que se refere
on '' 2 do artigo 1 ? deverão oferecer uma resistência adequada à corrosão intercristalina à temperatura
máxima de serviço .
Para além disso , estes materiais devem satisfazer as seguintes exigências :
a ) Ser fornecidos no estado recozido ;
b ) Ter as seguintes características mecânicas no produto :
— o valor máximo da resistência à tracção Rm max não deverá exceder 350 N / mm2 ;
— o alongamento após ruptura deverá ser :
— A > 16 % em provetes paralelos à direcção de laminagem ,
— A > 14 % em provetes perpendiculares à direcção de laminagem .
8 . 8 . 87 Jornal Oficial das Comunidades Europeias N9 L 220 / 55

1.2 . Materiais de soldadura

Os materiais de soldadura utilizados na execução de soldaduras ou no fabrico do recipiente sob pressão


devem ser adequados e compatíveis com os materiais a soldar.

1.3 . Acessórios que contribuem para a resistência do recipiente

Estes acessórios (parafusos , porcas, . . . ) devem ser fabricados quer num material especificado em 1.1
quer outros tipos de aço , alumínio ou ligas de alumínio apropriadas e compatíveis com os materiais
utilizados no fabrico das partes submetidas a pressão .

Estes últimos materiais devem ter , à temperatura mínima de serviço , um alongamento após ruptura e
uma tenacidade adequados .

1.4 . Partes não submetidas a pressão

Todas as partes dos recipientes não submetidas a pressão , montadas por soldadura , devem ser de
materiais compatíveis com o dos elementos aos quais estão soldadas .

2. CONCEPÇÃO DOS RECIPIENTES

Ao conceber os recipientes o fabricante deve definir o respectivo domínio de utilização, escolhendo :


— a temperatura mínima de serviço Tmin ,
— a temperatura máxima de serviço Tmax ,
— a pressão máxima de serviço PS .

Contudo , caso seja adoptada uma temperatura mínima de serviço superior a - 10° C , as características
exigidas dos materiais devem ser satisfeitas a - 10° C.

O fabricante deverá ter igualmente em conta as seguintes disposições :


— terá de ser possível inspeccionar o interior dos recipientes ,
— terá de ser possível escoar os recipientes ,
— as qualidades mecânicas deverão manter-se durante todo o período de utilização do recipiente para
os fins em vista ,

— os recipientes devem estar adequadamente protegidos contra a corrosão , tendo em conta o fim a que
se destinam ;

e que , nas condições de utilização previstas


— os recipientes não devem ser sujeitos a esforços susceptíveis de prejudicar a segurança da sua
utilização ,
— a pressão interior não deve , de forma permanente , exceder a pressão máxima de serviço PS ; pode
contudo haver sobrepressões momentâneas até um limite máximo de 10 % .

As juntas circulares e longitudinais devem ser realizadas com soldaduras de penetração total ou
soldaduras de eficácia equivalente . Os fundos copados que não sejam hemisféricos devem ter um bordo
cilíndrico .

2.1 . Espessura das paredes

Se o produto de PS e de V não for superior a 3 000 bar . L , o fabricante deve escolher um dos métodos
descritos em 2.1.1 e 2.1.2 para determinar a espessura das paredes no recipiente ; se o produto de PS e
de V for superior a 3. 000 bar . L ou se a temperatura máxima de serviço exceder 100° C , a espessura de
paredes deve ser determinada pelo método descrito em 2.1.1 .

A espessura efectiva das paredes da virola e dos fundos não deve , contudo , ser inferior a 2mm no caso
dos recipientes de aço e a 3 mm no caso dos recipientes de alumínio ou de liga de alumínio .
N9 L 220 / 56 Jornal Oficial das Comunidades Europeias 8 . 8 . 87

2.1.1 . Método de calculo

A espessura mínima das partes submetidas a pressão deve ser calculada em função da intensidade das
tensões e das disposições seguintes :
— a pressão de cálculo a ter em conta não deve ser inferior à pressão máxima de serviço escolhida,
— a tensão geral de membrana admissível não deve ser superior ao mais baixo dos valores 0,6 RET ou
0,03 Rm . Para determinar o estado de tensão admissível , o fabricante deve utilizar os valores de RET
e Rm mínimos garantidos pelo fabricante do material .
Contudo , quando a parte cilíndrica do recipiente contiver uma ou várias soldaduras longitudinais feitas
por um processo de soldadura não automática , a espessura , calculada de acordo com as regras acima
indicadas , deve ser multiplicada pelo coeficiente 1,15 .

2.1.2 . Método experimental


A espessura das paredes deve ser determinada de tal modo que os recipientes possam , à temperatura
ambiente , resistir a uma pressão igual a pelo menos cinco vezes a pressão máximo de serviço , com uma
deformação circunferencial permanente inferior ou igual a 1 % .

3. PROCESSOS DE FABRICO

Os recipientes devem ser fabricados e sujeitos a controlos de produção de acordo com a documentação
técnica de fabrico referida no n ? 3 do Anexo II .

3.1 . Preparação das peças componentes


A preparação das peças componentes ( formação , chanfragem , ...) não deve provocar defeitos
superficiais , fissuras ou qualquer alteração das características mecânicas das peças que sejam
susceptíveis de prejudicar a segurança na utilização dos recipientes.

3.2 . Soldaduras nas partes submetidas a pressão


As características das soldaduras e das zonas adjacentes devem ser idênticas às dos materiais soldados e
não devem ter quaisquer defeitos superficiais ou internos susceptíveis de prejudicar a segurança na
utilização dos recipientes .
As soldaduras devem ser executadas por soldadores ou operadores qualificados com um nível de aptidão
apropriado e de acordo com processos de soldadura aprovados. Essas aprovações e qualificações devem
ser concedidas por organismos de controlo autorizados .
O fabricante deve igualmente assegurar uma qualidade constante das soldaduras através de exames
apropriados efectuados durante o fabrico , em moldes adequados . Estes exames devem ser objecto de um
relatório .

4. ENTRADA EM SERVIÇO DOS RECIPIENTES


Cada recipiente deve ser acompanhado das instruções elaboradas pelo fabricante , de acordo com o
referido no n ? 2 do Anexo II .
8 . 8 . 87 Jornal Oficial das Comunidades Europeias N? L 220/ 57

ANEXO II

1. MARCA CE E INSCRIÇÕES

O recipiente ou a placa sinalética deve exibir a marca CE prevista no artigo 169 e, pelo menos, as
seguintes inscrições :
— a pressão máxima de serviço PS em bar
— a temperatura máxima de serviço Tmax em °C
— a temperatura mínima de serviço Tmin em °C
— a capacidade do recipiente V em 1
— o nome ou a marca do fabricante

— o tipo e o número de série ou de lote do recipiente .

Quando for utilizada uma placa sinalética , esta deve ser concebida de maneira a não poder voltar a ser
utilizada e deve incluir um espaço livre a fim de possibilitar a inscrição de outros dados.

2. INSTRUÇÕES

As instruções devem fornecer as seguintes informações :

— as indicações previstas no ponto 1 , com excepção do número de série do recipiente ,


— a utilização a que o recepiente se destina ,

— as condições de manutenção e instalação necessárias para garantir a segurança do recipiente.

As instruções devem ser escritas na língua ou línguas oficiais do Estado-membro de destino .

3. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA DE FABRICO

A documentação técnica de fabrico deve incluir uma descrição das técnicas a actividades de carácter
operacional a utilizar para satisfazer as exigências essenciais referidas no artigo 3 ? ou nas normas
referidas no n ? 1 do artigo 5° e , nomeadamente :

a ) Um desenho de fabrico pormenorizado do recipiente-tipo ;

b ) As instruções ;

c) Uma memória descritiva especificando :


— os materiais utilizados ,

— os processos de soldadura utilizados ,


— os controlos efectuados ,
— todas as informações pertinentes relacionadas com a concepção dos recipientes .

Quando forem utilizados os procedimentos previstos nos artigos 119 a 149 , esta documentação deve
incluir ainda :

i ) Os certificados relativos à qualificação apropriada do processo de soldadura e dos soldadores ou


operadores ;

ii ) O relatório de controlo dos materiais utilizados para o fabrico dos componentes e juntas que
contribuem para a resistência do recipiente de pressão ;

iii ) Um relatório dos exames e ensaios efectuados ou a descrição dos controlos previstos .
N9 L 220 / 58 Jornal Oficial das Comunidades Europeias 8 . 8 . 87

4. DEFINIÇÕES E SÍMBOLOS

4.1 . Definições
a ) A pressão do cálculo « P » é a pressão manométrica escolhida pelo fabricante e utilizada para
determinar a espessura das partes submetidas a pressão ;
b ) A pressão máxima de serviço « PS » é a pressão manométrica máxima que pode ser exercida nas
condições normais de utilização ;
c) A temperatura mínima de serviço « Tmin » é a temperatura estabilizada mais baixa da parede do
recipiente nas condições normais de utilização ;
d) A temperatura máxima de serviço « Tmax » é a temperatura estabilizada mais elevada da parede do
recipiente nas condições normais de utilização ;
e) A tensão limite de elasticidade « REX » é o valor, à temperatura máxima de serviço Tmax :
— ou da tensão superior de cedência ReH, para uma material que apresente uma tensão inferior e
uma tensão superior de cedência ,
— ou da tensão limite convencional de elasticidade Rp0,2 ,
— ou da tensão limite convencional de elasticidade R„1,0 no caso de alumínio não ligado ;
f) Família de recipientes :
Fazem parte de uma mesma família os recipientes que apenas difiram do modelo pelo seu diâmetro ,
desde que não sejam excedidas as normas referidas nos pontos 2.1.1 e 2.1.2 do Anexo I , e / ou pelo
comprimento da sua parte cilíndrica , com os seguintes limites :
— quando o modelo for constituído , por uma ou várias vírolas , para além dos fundos , as variantes
devem incluir pelo menos um virola ,
— quando o modelo for constituído apenas por dois fundos copados, as variantes não devem
incluir vírolas .

As variações de comprimento que provoquem modificações das aberturas e / ou picagens devem ser
indicadas nos desenhos de cada variante ;
g ) Um lote de recipientes é constituído no máximo por 3 000 recipientes do mesmo tipo ;
h ) Existe fabrico em série , na acepção da presente directiva , se no decurso de um dado período , forem
fabricados , pelos mesmos processos de fabrico e em regime contínuo vários recipientes do mesmo
tipo que obedeçam a uma concepção comum ;
i ) Relatório de controlo : documento pelo qual o fabricante atesta que os produtos entregues estão em
conformidade com as especificações da encomenda e no qual apresenta os resultados dos ensaios de
inspecção de rotina efectuados em fábrica , em especial a composição química e as características
mecânicas , realizados em produtos resultantes de um processo de fabrico idêntico ao utilizado no
fabrico do produto fornecido , mas não necessariamente nos produtos entregues.

4.2 . Símbolos

A alongamento após ruptura (L0 = 5,65 VíQ °/


/O

A 80 mm alongamento após ruptura (L0 = 80 mm ) O/


/O

KCV energia de ruptura J / cm2


P pressão de cálculo bar
PS pressão de serviço bar
Ph pressão de ensaio hidráulico ou pneumático bar
Rp0,2 tensão limite convencional de elasticidade a 0,2 % N / mm2
RET tensão limite de elasticidade à temperatura máxima de serviço N / mm2
R tensão limite superior de cedência N / mm2
Rm resistência à tracção à temperatura ambiente N / mm2
Tmax temperatura máxima de serviço °C
T
* min temperatura mínima de serviço °C
V capacidade do recipiente 1
D
m , max
resistência máxima à tracção N / mm2
Rp l,0 tensão limite convencional de elasticidade a 1 ,0 % N / mm2
8 . 8 . 87 Jornal Oficial das Comunidades Europeias N ? L 220 / 59

ANEXO III

CRITÉRIOS MÍNIMOS QUE DEVEM SER TOMADOS EM CONSIDERAÇÃO PELOS ESTADOS­


-MEMBROS PARA A DESIGNAÇÃO DOS ORGANISMOS DE CONTROLO

1 . O organismo de controlo, o seu director e o pessoal encarregado de executar as operações de verificação


não podem ser nem o projectista , nem o construtor , nem o fornecedor, nem o instalador dos recipientes que
verificarem , nem o mandatário de qualquer dessas pessoas . Não podem intervir , nem directamente nem
como mandatários , na concepção , fabrico , comercialização , ou mantuenção desses recipientes . Isto não
exclui a possibilidade de uma troca de informações técnicas entre o fabricante e o organismo de
controlo .

2 . O organismo de controlo e o pessoal encarregado do controlo devem excutar as operações de verificação


com a maior integridade profissional e a maior competência técnica , e devem estar livres de quaisquer
pressões e incentivos , nomeadamente de ordem financeira , que possam influenciar o seu juízo ou os
resultados do seu controlo, em particular de pressões exercidas por pessoas ou grupos de pessoas
interessadas nos resultados das verificações .

3 . O organismo de controlo deve dispor do pessoal e dos meios necessários para cumpir de forma adequada as
tarefas técnicas e administrativas ligadas à execução das verificações ; deve igualmente ter acesso ao material
necessário para as verificações excepcionais .

4 . O pessoal encarregado dos controlos deve possuir :


— uma boa formação técnica e profissional ,
— um conhecimento satisfatório das prescrições relativas aos controlos que efectuar e uma prática
suficiente desses controlos ,

— a aptidão requerida para redigir os certificados , boletins e relatórios que constituem a materialização
dos controlos efectuados .

5 . Deve ser garantida a independência do pessoal encarregado dos controlos. A remuneração de cada
controlador não deve ser função nem do número de controlos que efectuar, nem dos resultados desses
controlos .

6 . O organismo de controlo deve subscrever um seguro de responsabilidade civil , excepto se essa responsabi­
lidade for coberta pelo Estado com base no direito interno ou se os controlos forem efectuados directamente
pelo Estado-membro .

7 . O pessoal do organismo de controlo fica sujeito ao sigilo profissional relativamente a todas as informações
de que possa tomar conhecimento no exercício das suas funções (excepto em relação às autoridades
administrativas competentes do Estado onde exerce a sua actividade) no âmbito da presente directiva ou de
qualquer disposição de direito interno adoptada para efeitos da sua execução.

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