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Metodologia PDF

Este documento apresenta um projeto de pesquisa sobre os desafios alimentares enfrentados por indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e propõe estratégias para promover uma alimentação saudável. O estudo aborda aspectos sensoriais que influenciam as preferências alimentares e sugere um programa de introdução gradual de novos alimentos, considerando as sensibilidades das crianças com TEA. Além disso, discute os impactos da seletividade alimentar na saúde física e emocional dessas crianças.

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Este documento apresenta um projeto de pesquisa sobre os desafios alimentares enfrentados por indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e propõe estratégias para promover uma alimentação saudável. O estudo aborda aspectos sensoriais que influenciam as preferências alimentares e sugere um programa de introdução gradual de novos alimentos, considerando as sensibilidades das crianças com TEA. Além disso, discute os impactos da seletividade alimentar na saúde física e emocional dessas crianças.

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO NUTRIÇÃO

NOME: FLÁVIA MAÍSA ALMEIDA RODRIGUES DA CRUZ RA:


922101111 TURMA: 221 CAMPUS: MEMORIAL

NOME: NAYARA ALVES DOS SANTOS RA: 415101638


TURMA: 221 CAMPUS: MEMORIAL

NOME: IRANETE OLIVEIRA DE JESUS RA: 322103093


TURMA: 221 CAMPUS: MEMORIAL

NOME: RENATA SANTOS LOURENÇO RA: 920200415


TURMA: 221 CAMPUS: MEMORIAL

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) NO DESENVOLVIMENTO


NUTRICIONAL E NA ALIMENTAÇÃO DE INDIVÍDUOS
DIAGNOSTICADOS.

São Paulo

2025
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO NUTRIÇÃO

NOME: FLÁVIA MAÍSA ALMEIDA RODRIGUES DA CRUZ RA:


922101111 TURMA: 221 CAMPUS: MEMORIAL

NOME: NAYARA ALVES DOS SANTOS RA: 415101638


TURMA: 221 CAMPUS: MEMORIAL

NOME: IRANETE OLIVEIRA DE JESUS RA: 322103093


TURMA: 221 CAMPUS: MEMORIAL

NOME: RENATA SANTOS LOURENÇO RA: 920200415


TURMA: 221 CAMPUS: MEMORIAL

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) NO DESENVOLVIMENTO


NUTRICIONAL E NA ALIMENTAÇÃO DE INDIVÍDUOS
DIAGNOSTICADOS.

Orientadora: Dra. Elvira Barbosa


Miranda Projeto de pesquisa à Universidade Nove de Julho,
referente
ao Trabalho de Conclusão de
Curso para obtenção do título de
Nutricionista.

São Paulo

2025
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O objetivo dessa pesquisa é analisar os desafios alimentares enfrentados por pessoas


com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e propor estratégias que possam contribuir para
uma alimentação mais equilibrada e saudável. O estudo busca compreender os impactos do
TEA na relação com a comida, identificar dificuldades comuns, como seletividade alimentar e
hipersensibilidade sensorial, e apresentar abordagens práticas que possam auxiliar autistas,
suas famílias e profissionais da saúde na promoção de uma nutrição adequada.

Os Objetivos específicos são:

● Identificar os principais desafios alimentares enfrentados por pessoas com


Transtorno do Espectro Autista (TEA), incluindo seletividade alimentar, hipersensibilidade
sensorial e déficits nutricionais.

● Analisar como essas dificuldades impactam a saúde e o desenvolvimento dos


autistas, considerando aspectos físicos, emocionais e comportamentais.

● Investigar estratégias e abordagens terapêuticas que possam auxiliar na melhora da


alimentação, como técnicas de introdução gradual de alimentos e adaptações no ambiente
alimentar.

● Explorar a importância do acompanhamento multidisciplinar, envolvendo


nutricionistas, terapeutas ocupacionais e outros profissionais da saúde no suporte à
alimentação do autista.

● Apresentar estudos de caso e recomendações baseadas em evidências científicas para


embasar intervenções práticas voltadas à melhoria da qualidade alimentar de autistas

COMO IDENTIFICAR OS ASPECTOS SENSORIAIS


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Identificar quais aspectos sensoriais influenciam as preferências alimentares de


crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é essencial para entender melhor as
dificuldades alimentares que essas crianças podem enfrentar. Crianças com TEA
frequentemente apresentam sensibilidades sensoriais alteradas, o que pode afetar suas
escolhas alimentares, tornando alguns alimentos mais atrativos enquanto outros são rejeitados.
Os aspectos sensoriais que influenciam as preferências alimentares dessas crianças incluem:

Textura dos Alimentos

Textura pode ser um fator crucial para a aceitação de alimentos por crianças com
TEA. Elas podem ser mais sensíveis a certos tipos de texturas, seja por preferência ou aversão.
Exemplos de reações:

Algumas crianças podem rejeitar alimentos com texturas pegajosas, crocantes ou


pegajosas (como purês ou arroz).
Outras podem ter aversão a alimentos sólidos, preferindo alimentos com textura mais
suave, como sopas ou purês.
Crianças podem também preferir alimentos mais crocantes (como biscoitos ou maçã
crua) ou mais firmes, e rejeitar os alimentos que se desintegram facilmente.
Intervenção: Experimentar diferentes formas de preparo e apresentação do alimento
(ex: comida amassada versus pedaços) pode ajudar a introduzir novos alimentos gradualmente.
Sabor

Sabor também desempenha um papel fundamental nas preferências alimentares.


Algumas crianças com TEA podem ter uma sensibilidade alterada aos sabores, seja em
relação à intensidade ou à diversidade de sabores.
Exemplos de reações:

Muitas crianças com TEA são seletivas quanto aos sabores, preferindo sabores doces
ou salgados, mas rejeitando sabores amargos ou azedos.
Crianças com TEA podem ter dificuldade com alimentos com um sabor muito forte,
como especiarias ou alimentos com condimentos intensos.
É comum que algumas crianças desenvolvam preferências por alimentos com um
sabor mais simples, como arroz branco, macarrão simples, ou frutas doces, e evitem alimentos
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mais complexos ou amargos.


Intervenção: Introduzir novos alimentos de forma gradual, começando com alimentos
de sabor suave ou levemente doce, pode ajudar na aceitação.

Cheiro dos Alimentos

Cheiro é outro fator sensorial importante. Crianças com TEA podem ser
hipersensíveis aos odores, o que pode afetar profundamente sua aceitação ou rejeição de
alimentos.
Exemplos de reações:

Cheiros fortes de alimentos como peixe, queijo ou vegetais cozidos podem ser
particularmente desagradáveis para algumas crianças com TEA, levando à recusa alimentar.
O cheiro de alimentos frescos pode ser mais atraente do que o de alimentos
processados, que muitas vezes têm odores artificiais.

O cheiro também pode afetar a percepção de um alimento como “limpo” ou “fresco”, e


isso pode ser um fator importante na aceitação.
Intervenção: Tentar oferecer alimentos com aromas suaves e introduzir novos
alimentos aos poucos, permitindo que a criança se acostume com o cheiro sem pressões.

Comportamento Alimentar

O comportamento alimentar pode ser tanto uma resposta a estímulos sensoriais quanto
uma consequência de padrões de comportamento ou estereótipos relacionados ao TEA.
Exemplos de reações:

Algumas crianças com TEA podem ser extremamente resistentes à mudança e rejeitar
novos alimentos simplesmente porque estão fora da rotina ou não se reconhecem como
"seguros".
O comportamento pode ser influenciado por uma falta de interesse em experimentar
novos alimentos ou pela necessidade de previsibilidade nas refeições.
A criança pode ter padrões alimentares restritos, com preferências fixas por um
número limitado de alimentos, o que pode estar relacionado a comportamentos repetitivos e
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dificuldade em lidar com novidades.


Crianças com TEA também podem desenvolver rituais ou rotinas rigorosas ao comer,
o que pode resultar em aversões alimentares devido à quebra dessas rotinas.
Intervenção: A introdução gradual de novos alimentos, com uma abordagem de
reforço positivo e paciência, pode ajudar a minimizar os comportamentos negativos
relacionados a novos alimentos.

Influência do Ambiente

Ambiente: também desempenha um papel significativo nas preferências alimentares.


A iluminação, o barulho e até a aparência da comida podem ser fatores importantes para
crianças com TEA.
Exemplos de reações:

Ambientes muito barulhentos, como o refeitório da escola, podem causar distração ou


sobrecarga sensorial, levando à recusa alimentar.
A apresentação visual dos alimentos pode afetar a aceitação: algumas crianças podem
preferir alimentos com uma aparência mais simples e sem "mistura", evitando alimentos com
muitas cores ou camadas diferentes.

Intervenção: Oferecer alimentos em um ambiente tranquilo, com boa iluminação e


sem distrações excessivas, pode ajudar a melhorar a aceitação.

PROGRAMA PARA INTRODUÇÃO GRADUAL DE NOVOS ALIMENTOS PARA


CRIANÇAS COM TEA

Objetivo: Criar e implementar um programa que introduza novos alimentos de forma


gradual para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), monitorando a aceitação e
adaptação da criança. Este programa deve ser cuidadosamente estruturado para reduzir o
estresse e aumentar a aceitação de novos alimentos, levando em consideração as
sensibilidades sensoriais das crianças.
Estrutura do Programa
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Fase 1: Avaliação Inicial

Objetivo: Antes de começar a introdução de novos alimentos, é essencial avaliar a


criança em termos de suas preferências alimentares, aversões, comportamentos alimentares, e
sensibilidades sensoriais (textura, sabor, cheiro, etc.).
Ações:

Entrevista com os pais ou cuidadores: Obter informações sobre a história alimentar


da criança, alimentos preferidos e evitados, comportamentos alimentares e qualquer
diagnóstico relacionado a questões sensoriais.
Avaliação sensorial: Aplicar questionários e observar como a criança reage a
diferentes texturas, sabores e cheiros de alimentos.

Acompanhamento de saúde: Avaliar o crescimento e desenvolvimento físico da


criança para garantir que a introdução gradual não afete negativamente sua saúde.
Fase 2: Planejamento da Introdução Gradual de Alimentos

Objetivo: Criar um plano de introdução alimentar gradual, adaptado às necessidades


da criança. A introdução deve ser feita de forma a reduzir a sobrecarga sensorial e emocional
da criança.

Ações:

Escolha de alimentos iniciais: Comece com alimentos que a criança já aceita e que
são sensorialmente mais atraentes. Alimentos suaves, de sabor neutro e de textura macia são
mais fáceis de aceitar.
Plano de introdução gradual: Estabelecer um cronograma semanal ou mensal para a
introdução de novos alimentos. Introduza um alimento novo a cada 3-7 dias para observar a
aceitação ou qualquer reação adversa.
Métodos de adaptação: Modificar a textura dos alimentos (amassar, triturar, cortar
em pedaços pequenos) para que eles se ajustem melhor às preferências sensoriais da criança.
Uso de alimentos familiares: Oferecer alimentos conhecidos em combinações com
novos alimentos para ajudar na transição. Por exemplo, misturar uma nova fruta com uma
fruta familiar que a criança já goste.
Fase 3: Monitoramento de Aceitação e Adaptação
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Objetivo: Monitorar as reações da criança a cada novo alimento, registrando


sua aceitação e qualquer comportamento ou reação adversa.
Ações:

Formulário de monitoramento diário: Criar um formulário para que os pais ou


cuidadores registrem a aceitação do alimento e as reações comportamentais e físicas da
criança (exemplo de formato abaixo).

Registrar comportamentos alimentares: Observar se a criança aceita o alimento, se


demonstra repulsa ou resistência, se há mudanças no comportamento durante ou após a
refeição, e se há reações físicas (exemplo: náuseas, vômito, alergias).
Feedback constante: Realizar reuniões periódicas com os pais para ajustar o plano
alimentar com base nas observações. Adaptar o cronograma e a introdução de novos alimentos
conforme necessário.
Fase 4: Ajustes Baseados nas Observações

Objetivo: Ajustar o plano de introdução conforme necessário, com base nas reações
observadas, para melhorar a aceitação e promover a adaptação.
Ações:

Substituir alimentos não aceitos: Caso um alimento não seja aceito, tente introduzir
outro alimento com características sensoriais semelhantes. Por exemplo, se a criança não

aceitar maçã cozida, tente pera ou banana amassada.

Alterações na apresentação do alimento: Modificar a forma de apresentação, como


servir os alimentos de formas diferentes (em purê, pedaços, misturados com outros alimentos)
para ver se a criança aceita de outra maneira.
Atenção a aversões alimentares: Se houver uma aversão clara a determinados
alimentos devido a sabor ou textura, dê um tempo antes de tentar novamente, fazendo
ajustes na forma de oferecê-los ou esperando até que a criança se sinta mais confortável.
Fase 5: Reforço Positivo e Suporte Psicossocial

Objetivo: Incentivar a criança a experimentar novos alimentos de forma positiva e sem


pressão, garantindo que o processo seja o mais tranquilo possível.
Ações:
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Reforço positivo: Elogiar e oferecer pequenas recompensas quando a criança aceitar


ou tentar um novo alimento. Isso pode incluir um elogio verbal, adesivos ou atividades que a
criança goste.
Ambiente tranquilo: Garantir que o ambiente das refeições seja tranquilo e sem
pressões externas. Reduzir estímulos sensoriais que possam distrair ou incomodar a criança
durante as refeições (evitar ambientes muito barulhentos, luzes fortes, etc.).
Apoio emocional: Em alguns casos, pode ser útil trabalhar com psicólogos ou
terapeutas ocupacionais para lidar com dificuldades emocionais ou comportamentais
associadas à alimentação.
Fase 6: Avaliação Contínua e Feedback

Objetivo: Avaliar o progresso da criança no longo prazo e ajustar o plano conforme


necessário para garantir que ela continue se adaptando e diversificando a alimentação.
Ações:

Revisão mensal: Realizar reuniões mensais com os pais para revisar o progresso da
criança, identificar áreas de resistência e ajustar o plano alimentar.
Análise nutricional: Verificar se a criança está recebendo a variedade necessária de
nutrientes ao longo do tempo, garantindo que sua saúde física e emocional esteja sendo
adequadamente mantida.
Adaptação contínua: O plano deve ser flexível para acomodar novos alimentos e
adaptar-se às necessidades e preferências em constante mudança da criança.

EXEMPLO DE CRONOGRAMA DE INTRODUÇÃO GRADUAL DE ALIMENTOS

A implementação de um programa de introdução gradual de novos alimentos para


crianças com TEA precisa ser realizada com cuidado, levando em consideração as
preferências e limitações sensoriais de cada criança. Ao adotar uma abordagem gradual, onde
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alimentos já familiares são oferecidos junto com os novos, e monitorando as reações da


criança durante o processo, é possível aumentar a aceitação de novos alimentos sem causar
estresse ou desconforto. Esse método contribui para a inclusão de uma variedade maior de
alimentos na dieta da criança, além de promover benefícios para sua saúde nutricional e
emocional, garantindo uma alimentação mais equilibrada e saudável no longo prazo.

ESTUDANDO COMO A SELETIVIDADE PODE AFETAR A SAÚDE FÍSICA E


EMOCIONAL DAS CRIANÇAS COM TEA

Ao estudar como a seletividade alimentar afeta a saúde física e emocional das crianças
com Transtorno do Espectro Autista (TEA), é essencial entender as várias dimensões desse
comportamento, que impacta diretamente o desenvolvimento dessas crianças. Como
estudante de nutrição, percebo que a seletividade alimentar é um desafio comum em crianças
com TEA, e é caracterizada pela preferência por um número limitado de alimentos,
geralmente devido a questões sensoriais como textura, cor e cheiro. Esses hábitos alimentares
podem ter consequências graves para a saúde, afetando o crescimento, o desenvolvimento
neurológico e o bem-estar psicológico das crianças.

Impactos na saúde física e no crescimento

Crianças com TEA frequentemente têm dificuldades alimentares, e a seletividade


alimentar é um comportamento que pode levar a uma dieta muito restrita. Isso pode prejudicar
a ingestão de nutrientes essenciais, comprometendo o crescimento e o desenvolvimento físico
da criança. Alguns dos problemas que observo mais frequentemente incluem:

Deficiências nutricionais: Quando a criança não tem uma alimentação equilibrada, ela
pode ficar deficiente em nutrientes importantes, como ferro, vitamina D, cálcio e ácidos
graxos essenciais. Esses nutrientes são fundamentais para o crescimento ósseo, o
funcionamento do sistema imunológico e o desenvolvimento cerebral.
Desnutrição: Em casos mais graves de seletividade alimentar, podemos ver um
impacto significativo no ganho de peso e na altura da criança, o que indica desnutrição. Esse é
um dos problemas mais sérios, pois pode comprometer não só a saúde física, mas também o
desenvolvimento global da criança.

Problemas gastrointestinais: A relação entre TEA e distúrbios gastrointestinais é bem


documentada, e, como nutricionista, é importante observar que dietas restritivas podem
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agravar esses sintomas, como constipação ou diarreia, que são comuns em crianças com TEA.
Esses problemas podem ser exacerbados pela falta de fibras e de uma dieta balanceada.
Desenvolvimento neurológico e cognitivo

A alimentação adequada tem um papel fundamental no desenvolvimento cerebral, e a


falta de nutrientes essenciais pode afetar diretamente o funcionamento cognitivo da criança.
Quando não há a ingestão suficiente de nutrientes essenciais para o cérebro, podemos observar
déficits cognitivos e comportamentais:

Déficits cognitivos: A deficiência de ácidos graxos essenciais, como o ômega-3, pode


prejudicar o desenvolvimento cognitivo. Esses nutrientes são importantes para a função
cerebral, e a sua falta pode resultar em dificuldades de aprendizado, memória e concentração.

Comportamentos autolesivos e dificuldades de regulação emocional: Muitas vezes,


a seletividade alimentar pode agravar problemas comportamentais típicos do TEA, como a
irritabilidade, frustração e dificuldades na auto regulação emocional. Isso pode se manifestar
em comportamentos autolesivos ou explosões emocionais, que são mais frequentes quando a
criança não está recebendo os nutrientes adequados.

Aspectos emocionais e psicológicos


A alimentação não afeta apenas o corpo, mas também a saúde emocional e psicológica
da criança. A seletividade alimentar pode resultar em estresse e desconforto, não só para a
criança, mas também para a família. Abaixo, falo sobre alguns dos aspectos emocionais mais
importantes:

Ansiedade e frustração: Como a criança com TEA tende a ter uma relação inflexível
com os alimentos, isso pode gerar uma enorme ansiedade, especialmente quando a criança é
pressionada a experimentar novos alimentos. As refeições podem se tornar momentos de
estresse, tanto para a criança quanto para os pais.
Isolamento social: Crianças com seletividade alimentar podem ter dificuldades em
situações sociais, como festas, refeições escolares e restaurantes, onde a variedade de
alimentos é um estressor. Isso pode levar ao isolamento social, já que a criança pode se
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recusar a participar dessas atividades por não se sentir à vontade com os alimentos
disponíveis.
Baixa autoestima: Quando a criança é constantemente elogiada ou criticada por não
comer adequadamente, isso pode afetar sua autoestima. Essa pressão pode resultar em
sentimentos de vergonha ou frustração, prejudicando a sua autopercepção e dificultando a
socialização.

Estratégias para lidar com a seletividade alimentar

Como futura nutricionista, entendo que é fundamental adotar estratégias que envolvam
uma abordagem multidisciplinar para lidar com a seletividade alimentar e melhorar a saúde
das crianças. Algumas estratégias que podem ser eficazes incluem:

Terapias ocupacionais e comportamentais: Profissionais como terapeutas


ocupacionais e psicólogos podem ajudar a criança a superar a aversão a alimentos de forma
gradual, usando técnicas de dessensibilização para reduzir a ansiedade.
Exposição gradual a novos alimentos: A introdução de novos alimentos de forma
repetitiva e em pequenas quantidades, sem forçar a criança a comer, pode ser eficaz. Essa
abordagem permite que a criança se acostume com novos sabores e texturas de maneira
menos traumática.
Planejamento nutricional individualizado: Como nutricionista, é essencial elaborar
planos alimentares que atendam às necessidades nutricionais da criança, considerando suas
limitações alimentares. Podemos usar suplementos quando necessário, mas o mais importante
é garantir que a dieta seja equilibrada e rica em nutrientes essenciais.

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