Metodologia PDF
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São Paulo
2025
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
São Paulo
2025
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Textura pode ser um fator crucial para a aceitação de alimentos por crianças com
TEA. Elas podem ser mais sensíveis a certos tipos de texturas, seja por preferência ou aversão.
Exemplos de reações:
Muitas crianças com TEA são seletivas quanto aos sabores, preferindo sabores doces
ou salgados, mas rejeitando sabores amargos ou azedos.
Crianças com TEA podem ter dificuldade com alimentos com um sabor muito forte,
como especiarias ou alimentos com condimentos intensos.
É comum que algumas crianças desenvolvam preferências por alimentos com um
sabor mais simples, como arroz branco, macarrão simples, ou frutas doces, e evitem alimentos
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Cheiro é outro fator sensorial importante. Crianças com TEA podem ser
hipersensíveis aos odores, o que pode afetar profundamente sua aceitação ou rejeição de
alimentos.
Exemplos de reações:
Cheiros fortes de alimentos como peixe, queijo ou vegetais cozidos podem ser
particularmente desagradáveis para algumas crianças com TEA, levando à recusa alimentar.
O cheiro de alimentos frescos pode ser mais atraente do que o de alimentos
processados, que muitas vezes têm odores artificiais.
Comportamento Alimentar
O comportamento alimentar pode ser tanto uma resposta a estímulos sensoriais quanto
uma consequência de padrões de comportamento ou estereótipos relacionados ao TEA.
Exemplos de reações:
Algumas crianças com TEA podem ser extremamente resistentes à mudança e rejeitar
novos alimentos simplesmente porque estão fora da rotina ou não se reconhecem como
"seguros".
O comportamento pode ser influenciado por uma falta de interesse em experimentar
novos alimentos ou pela necessidade de previsibilidade nas refeições.
A criança pode ter padrões alimentares restritos, com preferências fixas por um
número limitado de alimentos, o que pode estar relacionado a comportamentos repetitivos e
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Influência do Ambiente
Ações:
Escolha de alimentos iniciais: Comece com alimentos que a criança já aceita e que
são sensorialmente mais atraentes. Alimentos suaves, de sabor neutro e de textura macia são
mais fáceis de aceitar.
Plano de introdução gradual: Estabelecer um cronograma semanal ou mensal para a
introdução de novos alimentos. Introduza um alimento novo a cada 3-7 dias para observar a
aceitação ou qualquer reação adversa.
Métodos de adaptação: Modificar a textura dos alimentos (amassar, triturar, cortar
em pedaços pequenos) para que eles se ajustem melhor às preferências sensoriais da criança.
Uso de alimentos familiares: Oferecer alimentos conhecidos em combinações com
novos alimentos para ajudar na transição. Por exemplo, misturar uma nova fruta com uma
fruta familiar que a criança já goste.
Fase 3: Monitoramento de Aceitação e Adaptação
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Objetivo: Ajustar o plano de introdução conforme necessário, com base nas reações
observadas, para melhorar a aceitação e promover a adaptação.
Ações:
Substituir alimentos não aceitos: Caso um alimento não seja aceito, tente introduzir
outro alimento com características sensoriais semelhantes. Por exemplo, se a criança não
Revisão mensal: Realizar reuniões mensais com os pais para revisar o progresso da
criança, identificar áreas de resistência e ajustar o plano alimentar.
Análise nutricional: Verificar se a criança está recebendo a variedade necessária de
nutrientes ao longo do tempo, garantindo que sua saúde física e emocional esteja sendo
adequadamente mantida.
Adaptação contínua: O plano deve ser flexível para acomodar novos alimentos e
adaptar-se às necessidades e preferências em constante mudança da criança.
Ao estudar como a seletividade alimentar afeta a saúde física e emocional das crianças
com Transtorno do Espectro Autista (TEA), é essencial entender as várias dimensões desse
comportamento, que impacta diretamente o desenvolvimento dessas crianças. Como
estudante de nutrição, percebo que a seletividade alimentar é um desafio comum em crianças
com TEA, e é caracterizada pela preferência por um número limitado de alimentos,
geralmente devido a questões sensoriais como textura, cor e cheiro. Esses hábitos alimentares
podem ter consequências graves para a saúde, afetando o crescimento, o desenvolvimento
neurológico e o bem-estar psicológico das crianças.
Deficiências nutricionais: Quando a criança não tem uma alimentação equilibrada, ela
pode ficar deficiente em nutrientes importantes, como ferro, vitamina D, cálcio e ácidos
graxos essenciais. Esses nutrientes são fundamentais para o crescimento ósseo, o
funcionamento do sistema imunológico e o desenvolvimento cerebral.
Desnutrição: Em casos mais graves de seletividade alimentar, podemos ver um
impacto significativo no ganho de peso e na altura da criança, o que indica desnutrição. Esse é
um dos problemas mais sérios, pois pode comprometer não só a saúde física, mas também o
desenvolvimento global da criança.
agravar esses sintomas, como constipação ou diarreia, que são comuns em crianças com TEA.
Esses problemas podem ser exacerbados pela falta de fibras e de uma dieta balanceada.
Desenvolvimento neurológico e cognitivo
Ansiedade e frustração: Como a criança com TEA tende a ter uma relação inflexível
com os alimentos, isso pode gerar uma enorme ansiedade, especialmente quando a criança é
pressionada a experimentar novos alimentos. As refeições podem se tornar momentos de
estresse, tanto para a criança quanto para os pais.
Isolamento social: Crianças com seletividade alimentar podem ter dificuldades em
situações sociais, como festas, refeições escolares e restaurantes, onde a variedade de
alimentos é um estressor. Isso pode levar ao isolamento social, já que a criança pode se
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recusar a participar dessas atividades por não se sentir à vontade com os alimentos
disponíveis.
Baixa autoestima: Quando a criança é constantemente elogiada ou criticada por não
comer adequadamente, isso pode afetar sua autoestima. Essa pressão pode resultar em
sentimentos de vergonha ou frustração, prejudicando a sua autopercepção e dificultando a
socialização.
Como futura nutricionista, entendo que é fundamental adotar estratégias que envolvam
uma abordagem multidisciplinar para lidar com a seletividade alimentar e melhorar a saúde
das crianças. Algumas estratégias que podem ser eficazes incluem: