Pmgirs Ubatuba - Final
Pmgirs Ubatuba - Final
MUNICÍPIO DE UBATUBA
JUNHO / 2014
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Maurício Humberto Fornari Moromizato
Prefeito Municipal
Equipe Técnica
Coordenação Geral
Fabiana de Queiroz Miranda – Secretaria Municipal de Meio ambiente
Colaboradores
Claudinei Jerônimo dos Santos – Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano
Danuta Maria de Mattos Vassão – Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Denise Moria Elisabeth Formaggio – Comitê de Bacias Hidrográficas – Litoral Norte
Eder Barbosa Chagas – Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Eduardo Pereira – Secretaria Municipal de Serviços de Infraestrutura Pública
Helena Gonçalves Kawall – Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Fábio Pincinatto – Comitê de Bacias Hidrográficas – Litoral Norte
Lucila Pinsard Vianna – APA Marinha do Litoral Norte – Fundação Florestal/SMA
Marcio J. dos Santos – Comitê de Bacias Hidrográficas – Litoral Norte
Jéssica de Paula – Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Josué Pereira – Secretaria Municipal de Serviços de Infraestrutura Pública
Paula Mathias Paulino Bolta – APA Marinha do Litoral Norte – Fundação Florestal/SMA
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Sumário
PREFÁCIO .................................................................................................................................... 10
1. Gestão integrada de resíduos sólidos ............................................................................. 11
1.1. Apresentação............................................................................................................... 11
1.2. Introdução ................................................................................................................... 11
2. Objetivos gerais............................................................................................................... 13
3. Metodologia para elaboração do plano. ........................................................................ 13
4. Caracterização do município ........................................................................................... 16
4.1. Dados gerais do município .......................................................................................... 16
4.1.1. Localização e acessos 16
4.1.2. Caracterização Física do Município 17
4.1.3. Unidades de Conservação 22
4.1.4. Contextualização do Território marinho do Município de Ubatuba .................................. 24
4.2. Dados socioeconômicos .............................................................................................. 26
4.2.1. IDH – Índice de Desenvolvimento Humano ........................................................................ 28
4.2.2. IPRS – Índice Paulista de Responsabilidade Social .............................................................. 29
4.2.3. Saúde 29
4.2.4. Economia 31
5. Diagnóstico ..................................................................................................................... 34
5.1. Resíduos Sólidos Marinhos – RSM .............................................................................. 34
5.1.1. Poluição Marinha 34
5.1.2. Fontes Poluição Marinha 36
5.1.3. Atividades portuárias 37
5.1.4. Poluição Difusa 39
5.1.5. Atividade pesqueira e comércio 40
5.2. Composição gravimétrica ............................................................................................ 42
5.3. Resíduos sólidos domiciliares – RSD............................................................................ 44
5.3.1. Geração, coleta, processamento, reaproveitamento, transporte e destinação final dos
resíduos 44
5.3.2. Transbordo, transporte e destinação final dos resíduos .................................................... 51
5.4. Resíduos sólidos de limpeza pública - RLP .................................................................. 55
5.4.1. Limpeza Pública 56
5.4.2. Resíduos de cemitério 60
5.4.3. Resíduos industriais e de saneamento 60
5.4.4. Resíduos da zona rural e das atividades agrossilvopastoris ............................................... 60
5.4.5. Resíduos pneumáticos 61
5.4.6. Resíduos sólidos perigosos e eletrônicos............................................................................ 62
5.5. Resíduos do serviço de saúde – RSS ............................................................................ 62
5.6. Resíduos da construção civil – RCC ............................................................................. 64
5.7. Educação ambiental .................................................................................................... 65
6. Projeção demográfica e de demandas ........................................................................... 69
6.1. Projeção demográfica.................................................................................................. 69
6.2. Projeção da geração de resíduos................................................................................. 69
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6.2.1. Parâmetros de cálculo 69
6.2.2. Projeção de Resíduos Sólidos Brutos 70
6.2.3. Reaproveitamento de Resíduos 75
6.2.4. Projeção da Geração de Rejeitos 79
7. Considerações sobre o diagnóstico e avaliação dos serviços ......................................... 80
8. Consulta pública, prognóstico e plano de metas ............................................................ 85
9. Ações objetivas para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos ..... 91
9.2. Propostas para a Revitalização e Conservação da Zona Marinha e Costeira ............. 92
9.3. Alternativas convencionais.......................................................................................... 94
9.4. Alternativas não convencionais ................................................................................... 96
9.4.1. Alternativa Transbordo Região Sul 97
9.4.2. Alternativa Compostagem e Geração de Energia por Aproveitamento do Biogás
(Biodigestor) 97
9.4.3. Alternativa ampliação da coleta seletiva, unidade de triagem e reciclagem e apoio a
cooperativas sociais de catadores e recicladores e outras entidades. .............................................. 98
9.4.4. Alternativa de implantação de uma usina com decompositores termomagnéticos. ....... 100
9.4.5. Considerações finais sobre as alternativas ....................................................................... 101
10. Ações corretivas, monitoramento e avaliação das ações implementadas ................... 102
11. Programas, planos e outras ações necessárias. ............................................................ 103
12. Geradores de resíduos obrigados a apresentar plano de gerenciamento específico e estruturar
logística reversa ........................................................................................................................ 108
13. Avaliação sistemática da eficácia das ações programadas ........................................... 111
14. Fontes de financiamento e formalização de consórcios públicos ................................ 117
15. Tarifas, Taxas, Preços Públicos, Transferências e Subsídios ......................................... 119
16. Situações de urgência, emergência, avaliação de riscos e impactos ............................ 119
16.1. Serviços de Limpeza Pública ...................................................................................... 119
16.2. Serviços relacionados a Resíduos Sólidos Domiciliares ............................................. 122
16.3. Serviços relacionados a Resíduos da Cosntrução Civil .............................................. 124
16.4. Serviços relacionados a Resíduos de Serviços de Saúde ........................................... 125
16.5. Sistema de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas ................................... 126
16.6. Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos ........................................................ 128
17. Considerações Finais ..................................................................................................... 130
18. Referências Bibliográficas e Bibliografia ....................................................................... 132
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Quadro de ilustrações
Figura 1: Mapa rodoviário de São Paulo – Litoral e região metropolitana ................................................. 17
Figura 2: Mapa das Bacias Hidrográficas do Litoral Norte de São Paulo. ................................................... 18
Figura 3: Divisão das Bacias Hidrográficas de Ubatuba. ............................................................................. 19
Figura 4: Unidades de Conservação de Ubatuba. ...................................................................................... 23
Figura 5: Quadro de evolução da qualidade das praias. ............................................................................. 35
Figura 6: Colônia Z10 – Panorâmica do local e das caçambas estacionárias .............................................. 40
Figura 7: Colônia Z10 – infraestrutura de acondicionamento .................................................................... 41
Figura 8: Colônia Z10 e peixarias – resíduos de peixe e RLP despejados nas ruas ..................................... 41
Figura 9: Análise Gravimétrica – Descarga do caminhão no pátio superior do transbordo. ...................... 42
Figura 10: Análise Gravimétrica – Embalagens plásticas triadas da amostra de RSD antes da pesagem. . 43
Figura 11: Análise Gravimétrica – Matéria orgânica típica, metais e outros utensílios. ............................ 43
Figura 12: Unidade de Transbordo de Ubatuba – Fardos de reciclagem e prensas ................................... 46
Figura 13: Empresa Reciclagem Central – pátio de triagem ....................................................................... 47
Figura 14: Empresa Reciclagem Central – pátio da prensa e acondicionamento....................................... 47
Figura 15: Coleta de lixo (RSD) realizada em Ubatuba. .............................................................................. 50
Figura 16: Unidade de Transbordo de Ubatuba – Logística da Unidade. ................................................... 51
Figura 17: Unidade de Transbordo de Ubatuba – Saída de caminhões..................................................... 51
Figura 18: Vista aérea da unidade de transbordo municipal. Fonte: Google Earth. .................................. 53
Figura 19: Localização da UTGR em relação à Rod. dos Tamoios. Fonte: Google Earth. ............................ 54
Figura 20: Vista aérea da UTGR Jambeiro. Fonte: Google Earth. ............................................................... 54
Figura 21: Foto de perspectiva da UTGR de Jambeiro. ............................................................................... 55
Figura 22: Trabalhador atuando na varrição pública. ..................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 23: EMDURB – Destinação da poda verde e triturador de galhos. .................................................. 58
Figura 24: exemplo de área utilizada como “bota-fora” irregular . ............................................................ 59
Figura 25: Foto da Unidade de Transbordo de Ubatuba – Destinação dos resíduos pneumáticos. .......... 61
Figura 26: Caminhão que realiza a coleta de RSS. ...................................................................................... 63
Figura 27: foto aérea da EMDURB, local de destinação dos RCC e os resíduos da poda verde. ................ 64
Figura 28: EMDURB – Processamento do RCC............................................................................................ 64
Figura 29: Exemplo de projetos de Educação Ambiental – Lixo Zero – PGA Itamambuca. ........................ 67
Figura 30: Exemplo de projetos de Educação Ambiental – Projeto TAMAR. ............................................. 67
Figura 31: Exemplo de projetos de Educação Ambiental – Aquário de Ubatuba. ...................................... 68
Figura 32: Exemplo de projetos de Educação Ambiental – Aquário de Ubatuba. ...................................... 69
Figura 33: Pré-conferências sobre Resíduos Sólidos realizadas no município ........................................... 85
Figura 34: Pré-conferências realizadas na Região Centro e Centro Sul respectivamente .......................... 86
Figura 35: Pré-conferências realizadas na Região Norte e Sul respectivamente ....................................... 86
Figura 36: Abertura da I CMMA de Ubatuba e Panorâmica da reapresentação da plenária da I CMMA de
Ubatuba ...................................................................................................................................................... 86
Figura 37: I CMMA realizada na Região Central e os grupos de trabalho .................................................. 87
Figura 38: Mapa Mental das fontes de poluição do LN. ............................................................................. 93
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Quadro de tabelas
Tabela 1: Principais Leis Federais, Estaduais e Municipais sobre resíduos sólidos. ................................... 14
Tabela 2: Sub-bacias Hidrográficas do Município de Ubatuba ................................................................... 19
Tabela 3: Balanço hídrico de Ubatuba ........................................................................................................ 20
Tabela 4: Unidades de Conservação (UC) – Ubatuba ................................................................................ 22
Tabela 5: Principais leis regulamentadoras das navegações e do meio aquático ..................................... 25
Tabela 6: Principais atos, acordos e tratados internacionais assinados pelo Brasil .................................. 26
Tabela 7: Dados Socioeconômicos ............................................................................................................. 27
Tabela 8: População Urbana e Rural – Ubatuba ........................................................................................ 28
Tabela 9: Domicílios Recenseados – Ubatuba ............................................................................................ 28
Tabela 10: Evolução do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM .................................... 29
Tabela 11: Evolução do Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS .............................................. 29
Tabela 12: Estatísticas vitais e saúde ......................................................................................................... 30
Tabela 13: Infecções Relacionadas com a Água ........................................................................................ 30
Tabela 14: Morbidade Hospitalar do SUS em Ubatuba ............................................................................ 31
Tabela 15: Pessoas infectadas com dengue ............................................................................................... 31
Tabela 16: Número de Estabelecimentos – Comércio, Serviços e Indústria ............................................. 32
Tabela 17: Relação de Produtos e Rendas do Município ........................................................................... 32
Tabela 18: Relação de Produtos e Rendas do Município – Estatística pesqueira ...................................... 33
Tabela 19: Classificação da balneabilidade segundo a Resolução 274/00 ................................................ 35
Tabela 20: Composição gravimétrica verificada nas amostras de RSD. .................................................... 43
Tabela 21: Composição gravimétrica dos Resíduos Sólidos Domiciliares (RSD) ........................................ 45
Tabela 22: Geração de resíduos por localidades 2013 .............................................................................. 50
Tabela 23: Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos .................................................... 56
Tabela 24: Histórico das quantidades de RLP coletado no município de Ubatuba .................................... 57
Tabela 25: Legislação municipal específica sobre o tema de Educação Ambiental ................................... 65
Tabela 26: Projeção de População e de Domicílios .................................................................................... 69
Tabela 27: Projeção da produção máxima de Resíduos Sólidos Domiciliares ........................................... 71
Tabela 28: Projeção da Produção de Resíduos Sólidos da Construção Civil ............................................... 72
Tabela 29: Projeção da Produção de Resíduos Sólidos de Serviços da Saúde ............................................ 74
Tabela 30: Reaproveitamento dos Resíduos Sólidos Domiciliares ........................................................... 76
Tabela 31: Produção de Rejeitos de RSD .................................................................................................... 79
Tabela 32: Produção de Rejeitos de RCC .................................................................................................... 80
Tabela 33: Propostas Prioritárias de Ação Municipal – Conferência Municipal de Meio Ambiente .......... 87
Tabela 34: Propostas Prioritárias de Ação Regional – Conferência Regional de Meio Ambiente .............. 89
Tabela 35: Resumo das Ações para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos ........... 95
Tabela 36: Plano de metas para curto, médio e longo prazo ................................................................... 105
Tabela 37: Tabela das principais atividades geradoras encontradas atualmente no município .............. 110
Tabela 38: Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos ............................................................................ 114
Tabela 39: Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final dos RSD....................................... 115
Tabela 40: Índice de Qualidade de Destinação de RCC ............................................................................ 116
Tabela 41: Índice de Qualidade de Manejo de Resíduos de Serviços de Saúde ....................................... 117
Tabela 42: Fontes de Financiamento ........................................................................................................ 118
Tabela 43: Planos de Contingências – Serviços de Limpeza Pública ......................................................... 121
Tabela 44: Planos de Contingências – Serviços Relacionados a Resíduos Sólidos Domiciliares ............... 123
Tabela 45: Planos de Contingências – Serviços Relacionados a Resíduos Sólidos Inertes ....................... 125
Tabela 46: Planos de Contingências – Serviços Relacionados a Resíduos de Serviços de Saúde ............. 126
Tabela 47: Planos de Contingências – Sistema de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas ..... 128
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Quadro de gráficos
Gráfico 1: Precipitação média mensal no período de 1961 a 1990 – Ubatuba ......................................... 21
Gráfico 2: Representação das entradas e saídas de água ao longo do ano – Ubatuba. ............................ 21
Gráfico 3: Economia do Município de Ubatuba. ........................................................................................ 33
Gráfico 4: Representatividade dos resíduos sólidos em sua composição gravimétrica. ............................ 45
Gráfico 5: Geração de lixo em função da sazonalidade. ............................................................................. 48
Gráfico 6: Geração mensal de resíduos oriundos da limpeza pública ...................................................... 49
Gráfico 7: Geração de resíduos do Serviço de Saúde. ............................................................................... 63
Gráfico 8: Projeção de RSD ......................................................................................................................... 72
Gráfico 9: Projeção de RCC ........................................................................................................................ 73
Gráfico 10: Produção de RSS ...................................................................................................................... 74
Gráfico 11: Projeção da produção de rejeitos de RSD. ............................................................................... 79
Gráfico 12: Projeção da produção de rejeitos de RCC. ............................................................................... 80
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SIGLAS E ABREVIATURAS
APA – Área de Proteção Ambiental
APP – Área de Proteção Permanente
ATS – Aterro Sanitário
BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento
BIRD - Banco Mundial
BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento
CADRI – Certificado de Destinação de Resíduos Industriais
CATI – Coordenadoria de Assistência Técnica Integral
CBH-LN – Comitê de Bacias Hidrográficas – Litoral Norte
CEMPRE – Compromisso Empresarial Com a Reciclagem
CEPAGRI – Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura
CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
CMILP – Custo Médio Incremental de Longo Prazo
COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente
DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica
Dt – Domicílios Totais
EMDURB – Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano
FEHIDRO – Fundo Estadual de Recursos Hídricos
FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
GIRF – Geração Interna de Recursos Financeiros
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Icr – Indicador do Serviço de Coleta Regular
Ics – Indicador do Serviço de Coleta Seletiva
Icv – Indicador de Controle de Vetores
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano
IDH-M – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
Idi – Indicador da Destinação Final dos RSI
Ids – Indicador do Manejo e Destinação dos RSS
IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
IPRS – Índice Paulista de Responsabilidade Social
Iqr – Indicador da Destinação Final dos RSD
IR – Imposto de Renda
Irh – Indicador de Recursos Hídricos
Iri – Indicador do Reaproveitamento dos RSI
8|Página
Irr – Indicador do Reaproveitamento dos RSD
Irs – Indicador de Resíduos Sólidos
ISAm – Índice de Salubridade Ambiental modificado
Ise – Indicador Socioeconômico
Isr – Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final dos RSD
IT – Interceptor
Ivm – Indicador do Serviço de Varrição das Vias
LIMPURB – Limpeza Pública Urbana
LO – Licença de Operação
OGU – Orçamento Geral da União
ONU – Organização das Nações Unidas
PAC – Plano de Aceleração do Crescimento
PEV – Posto de Entrega Voluntária
PIB – Produto Interno Bruto
PIS – Programa de Integração Social
PMGIRS – Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
PMSP – Prefeitura Municipal de São Paulo
PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
RA – Região Administrativa
RCC – Resíduos da Construção Civil
RLP – Resíduos de Limpeza Pública
RSD – Resíduos Sólidos Domiciliares
RSS – Resíduos de Serviços de Saúde
SEADE – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados
SIG – Sistema de Informações Geográficas
SMAPU – Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca de Ubatuba
SMMA – Secretaria Municipal de Meio Ambiente
SUS – Sistema Único de Saúde
TJLP – Taxa de Juros de Longo Prazo
UGRHI – Unidade Hidrográfica de Gerenciamento de Recursos Hídricos
UPD-APTA – Unidade de Pesquisa de Desenvolvimento da APTA
9|Página
PREFÁCIO
10 | P á g i n a
1. Gestão integrada de resíduos sólidos
1.1. Apresentação
O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS), segundo a
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), objetiva a administração integrada dos resíduos
sólidos por meio de um conjunto de ações normativas, operacionais, financeiras e de
planejamento, englobando os diversos setores da sociedade e enfatizando a responsabilidade
compartilhada.
Os sistemas de gerenciamento integrado são um processo que incluem as ações
específicas desde a geração, acondicionamento, coleta seletiva e triagem, transporte,
transferência, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos, até a manutenção da limpeza
dos logradouros públicos. Os planos de metas e ações objetivam a obtenção da máxima
redução na geração, no aumento das ações de reutilização e reciclagem e no tratamento
adequado para disposição final.
Uma das primícias dessa forma de gestão é promover a inclusão social,
economizar o uso dos recursos naturais e das fontes energéticas, transformar os resíduos em
matérias-primas e matrizes energéticas alternativas para sociedade, com uma visão da
sustentabilidade abrangente e que envolve as dimensões da equidade social, a viabilidade
econômica e a qualidade ambiental.
1.2. Introdução
O PMGIRS foi desenvolvido com base nos dados levantados durante toda a
construção da I Conferência Municipal do Meio Ambiente em 2013, que teve como tema os
resíduos sólidos. Para tal, foram realizados 14 encontros com a população, em que o município
foi subdividido em cinco regiões conforme o estabelecido no Plano Diretor (2006): Sul, Centro-
Sul, Centro, Oeste, Norte. Também foram mantidas reuniões com os seguintes setores:
Administração Pública; Comerciário e Turístico; Construção Civil e Podas Verdes; Recicladores
e Catadores. Esse processo de conferência subsidiou a construção participativa das etapas do
diagnóstico, do prognóstico e dos cenários de Metas.
A escolha dos grupos de resíduos contemplados no estabelecimento das diretrizes
e estratégias foi focada nas diferentes classes de resíduos sólidos gerados no Município,
dentre elas:
1) RSD – Resíduos Sólidos Domiciliares;
11 | P á g i n a
As diretrizes objetivam o estabelecimento do plano de gerenciamento adequado
dos resíduos e as estratégias orientam e recomendam metodologias para o alcance das metas
propostas no plano. Ambos são adaptadas à realidade local, resultante da construção
participativa do Diagnóstico, Prognósticos, Matriz de Alternativas e Construção de Cenários.
As propostas, metodologias e ações indicadas neste PMGIRS, se encontram em
conformidade com as premissas da Lei 12.305/2010. São objetivos da PNRS:
II. Não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos,
bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;
VIII. Articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas com o setor
empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de
resíduos sólidos;
XII. Integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que
envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
12 | P á g i n a
XIV. Incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial voltados
para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos sólidos,
incluídos a recuperação e o aproveitamento energético;
2. Objetivos gerais
13 | P á g i n a
V. Diagnóstico participativo da realidade da gestão dos resíduos em todas as regiões do
município, através de reuniões nos bairros e a construção de propostas para gestão dos
resíduos, que atendam as expectativas de cada região. Processo esse baseado nos
eixos temáticos da I Conferência do Meio Ambiente no Município de Ubatuba.
Especificidade Assunto
Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente seus fins e mecanismos de formulação e
Lei Federal 6.938/81
aplicação e dá outras providências.
Lei Federal 9.433/97 Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos.
Dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
Lei Federal 11.107/05 contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá
outras providências.
Estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de
Lei Federal 11.445/07
saneamento básico.
Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus princípios,
objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao
Lei Federal 12.305/10
gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos
geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.
Lei Estadual
Institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos e define princípios e diretrizes.
12.300/06
Dispõe sobre o Plano Diretor Físico do Município: o Sistema Viário, o Zoneamento, o
Lei Municipal 711/84
Parcelamento, o Uso e Ocupação do Território do Município de Ubatuba.
Lei Orgânica Dispõe sobre normas gerais para a organização e funcionamento da Prefeitura Municipal de
Municipal/90 Ubatuba
14 | P á g i n a
(continuação)
Especificidade Assunto
Lei Municipal Dispõe sobre o acondicionamento, coleta, transporte e disposição final de lixo proveniente de
1282/93 farmácias, drogarias e estabelecimentos de saúde e dá outras providências.
Lei Municipal
Dispõe sobre a coleta de lixo no Município de Ubatuba.
1287/93
Autoriza o Executivo a celebrar Convênio com a Secretaria da Ciência, Tecnologia e
Lei Municipal
Desenvolvimento Econômico, objetivando recursos para a complementação da Usina de
1374/94
Reciclagem e Compostagem de Lixo.
Lei Municipal
Proíbe e impõe multa para a deposição ou descarte de lixo e de outros detritos.
1511/96
Lei Municipal Dispõe sobre a regularização das varandas já construídas nos MÓDULOS ESPECIAIS de
1643/97 comércio de praia.
Lei Municipal Complementa Lei Municipal 1511/96: Proíbe e impõe multa para a deposição ou descarte de
1768/98 lixo e de outros detritos.
Dispõe sobre limpeza, capina e aterramento, bem como sobre a construção de muro e
Lei Municipal
calçada em terrenos particulares, sobre depósito ou descarte de lixo, entulho e outros
1691/98
materiais em calçadas e áreas públicas ou particulares, e dá outras providências.
Lei Municipal Regulamenta o artigo 226 da Lei Orgânica Municipal de Ubatuba, promovendo a implantação
2050/01 progressiva dos processos de compostagem e reciclagem do lixo.
Altera a Lei Municipal 1691/98, que dispõe sobre a limpeza de lotes, descarte e depósito de
Lei Municipal
materiais em calçadas e áreas públicas, e outras posturas urbanas, agravando multas e
2251/02
exigências.
Lei Municipal Dispõe sobre o descarte de resíduos de construção civil e de outros resíduos volumosos, e a
2386/03 definição de áreas para transbordo e para deposição final, triagem e utilização deste material.
Lei Municipal
Institui a coleta seletiva de lixo nas escolas do Município.
2438/03
Lei Municipal Autoriza o Poder Executivo Municipal a conceder permissão de uso de área pública e
2627/04 instalações, a cooperativas de trabalhadores, para separação e reciclagem de lixo.
Lei Municipal
Incentiva a Coleta Seletiva de lixo nas escolas instaladas no município.
2709/05
Lei Municipal Autoriza o Executivo a realizar Licitação Pública para firmar parcerias para colocação de
2767/06 lixeiras e coletores de lixo nos logradouros públicos de Ubatuba.
Lei Municipal Institui o Plano Diretor Participativo e o processo de Planejamento e Gestão do
2892/06 desenvolvimento urbano do Município de Ubatuba.
Lei Municipal Autoriza o Executivo a implementar no município sistema para a coleta, processamento e
2988/07 venda de lixo reciclável e dá outras providências.
Lei Municipal Dispõe sobre incumbência do Poder Executivo de elaborar um plano de coleta, compostagem
3171/09 e reciclagem de lixo.
Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da
Lei Municipal
Administração Pública Municipal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às
3244/09
Entidades Sociais, Associações e Cooperativas e dá outras providências.
Dispõe sobre as atividades pertinentes ao controle da poluição atmosférica, por meio da
Lei Municipal
avaliação da emissão de fumaça preta de veículos e máquinas movidos a diesel, conforme
3249/09
regulamentação específica, e adota ouras providências.
Lei Municipal Dispõe sobre a criação do Conselho Municipal do Meio Ambiente – CMMA e dá outras
3258/09 providências.
Lei Municipal
Dispõe sobre o reajuste da Taxa de Coleta de Lixo para o exercício fiscal de 2010.
3273/09
15 | P á g i n a
(continuação)
Especificidade Assunto
Decreto 5231/10 Aprova o Regimento do Conselho Municipal de Meio Ambiente – CMMA
Aprova o “Selo Verde”de que trata o Art. 4° da Lei 3249/09, que dispõe sobre as atividades
Decreto 5242/10 pertinentes ao controle da poluição atmosférica, por meio da avaliação da emissão de fumaça
preta de veículos e máquinas movidos a diesel.
Lei Municipal Declara, no âmbito do Município de Ubatuba, a atividade de “Catadores de Lixo” como
3304/10 Relevante Interesse Social.
Lei Municipal
Altera a Lei Municipal 3258/09, que dispõe sobre a criação da SMMA.
3318/10
Lei Municipal Autoriza o Executivo a instituir, nas escolas públicas municipais, campanha permanente para
3394/11 conscientização dos alunos sobre a questão do lixo na cidade.
Lei Municipal Dispõe sobre a criação do Programa Lixo Zero, Arquitetura Sustentável, Energia Renovável
3412/11 no âmbito do município de Ubatuba, e dá outras providências correlatas.
Lei Municipal Dispõe sobre a proibição de estabelecimentos de ensino descartarem óleos e/ou gorduras em
3438/11 geral no meio ambiente.
Lei Municipal Disciplina o descarte, o recolhimento e a destinação de medicamentos vencidos como
3469/12 proteção ao meio ambiente e à saúde pública.
Lei Municipal
Dispõe sobre a criação do Fundo Municipal do Meio Ambiente e dá outras providências.
3490/12
Lei Municipal Dispõe sobre a Coleta, Reutilização, Reciclagem, Tratamento e Disposição Final de Lixo
3522/12 Tecnológico no Município de Ubatuba e dá outras providências.
4. Caracterização do município
16 | P á g i n a
Janeiro. O centro da cidade encontra-se nas coordenadas geográficas 23º 26‟ 15” S e 45º 03‟
45” O.
Da capital do estado, São Paulo, são aproximadamente 250 km. O acesso se dá
pela Rodovia Rio-Santos (BR-101) ou pelas Rodovias Governador Carvalho Pinto (SP-70) e
Presidente Dutra (BR-116), que se ligam à Rodovia dos Tamoios (SP-99) e a Rodovia Oswaldo
Cruz (SP-125), que possibilitam o acesso direto ao município de Ubatuba (figura 1).
1
Figura 1: Mapa rodoviário de São Paulo – Litoral e região metropolitana
17 | P á g i n a
Solos e Geologia
Os sedimentos continentais, provindos das encostas da Serra do Mar e os
marinhos, constituem o material de origem dos solos: Podzólico Hidromorfo e Hidromorfo
Podzólico Vermelho-Amarelo intergrade Latossolo Vermelho-Amarelo. Em ambos, a textura
acusa concentração de areia superior a 85%, o que explica a rápida infiltração, percolação e
lixiviação de bases solúveis originando elevada acidez, com pH variando entre 3,8 e 4,8.
Portanto, o potencial produtivo dos solos é extremamente baixo. Em relação à geologia,
Ubatuba está situada sobre rochas gnáissicas de origem magmática e/ou sedimentar de médio
grau metamórfico e rochas graníticas desenvolvidas durante o tectonismo.
Hidrografia / Sub-bacias
O gerenciamento estadual dos recursos hídricos estabeleceu que Ubatuba está
inserida na UGRHI 3 e que foi dividida em 34 sub-bacias, tendo em vista os principais corpos
d‟água da região (figura 2). Uma bacia hidrográfica ou bacia de drenagem de um curso de água
é o conjunto de terras que fazem a drenagem da água das precipitações para esse curso de
água e seus afluentes. A formação da bacia hidrográfica dá-se através dos desníveis
dos terrenos que orientam os cursos da água, sempre das áreas mais altas para as mais
baixas.
4
Figura 2: Mapa das Bacias Hidrográficas do Litoral Norte de São Paulo.
4
Fonte: CBH-LN. Disponível em www.cbhln.com.br.
18 | P á g i n a
Todas as ações promovidas pelos agentes de intemperismos físico-químicos e tudo
o que se refere a fluxo de massa e de energia, que concernem a uma bacia hidrográfica,
possuem os rios como receptores.
Em outras palavras, os rios refletem toda uma dinâmica hidrogeomorfológica, isto é,
a iteração entre eventos climáticos, agentes modeladores de terreno e ocupação antrópica por
exemplo.
Ampliando a escala das informações fornecidas pelo CBH-LN, Ubatuba tem 11 sub-
bacias, sendo uma delas dividida com o município de Caraguatatuba (figura 3). A seguir
seguem a localização, distribuição e a área ocupada por cada sub-bacia.
Tabela 2: Sub-bacias Hidrográficas do Município de Ubatuba
3
2
5 1
6 4
7
10 8
11
5
Figura 3: Divisão das Bacias Hidrográficas de Ubatuba.
5
Fonte: CBH-LN e Google Earth – Plano Bacia Hidrográfica do Litoral Norte, 2009. Disponível em www.cbhln.com.br.
19 | P á g i n a
Vegetação
A vegetação é formada por Floresta Ombrófila Densa - Bioma Mata Tropical
Atlântica, nas encostas dos morros isolados e espigões, bem como por restinga, na baixada
litorânea. Toda formação vegetal do município tem sido severamente atacada pelo
desmatamento desde a época da colonização, mas possui grandes áreas preservadas por
parques e tombamentos, de grande riqueza vegetal e animal.
Clima 6
Município: Ubatuba – SP
Latitude: 23,45 S Longitude: 45,07 W Altitude: 8m Período: 1961-1990
T P ETP ARM ETR DEF EXC
Mês
(°C) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm)
Jan 25,0 376 132 100 132 0 244
Fev 25,5 302 126 100 126 0 176
Mar 24,7 300 123 100 123 0 177
Abr 22,7 241 91 100 91 0 150
Mai 20,5 124 69 100 69 0 55
Jun 19,1 87 53 100 53 0 34
Jul 18,4 11 50 68 43 7 0
Ago 19,2 93 57 100 57 0 4
Set 19,9 166 64 100 64 0 102
Out 21,1 215 81 100 81 0 134
Nov 22,6 256 98 100 98 0 158
Dez 23,9 348 121 100 121 0 227
TOTAIS 262,6 2.519 1.065 1.168 1.059 7 1.460
MÉDIAS 21,9 210 89 97 88 1 122
T Temperatura Média Mensal do Ar ETR Evapotranspiração Real
P Precipitação Total Média DEF Deficiência Hídrica
ETP Evapotranspiração Potencial EXC Excedente Hídrico
ARM Armazenamento
6
Fonte: Relatório do Diagnóstico Socioambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Itamambuca. Associação Amigos de Itamambuca (SAI)
20 | P á g i n a
O gráfico a seguir é uma representação diferenciada dos dados do quadro anterior,
que faz uma análise média dos “ciclo hidrológico” e das características das chuvas durante as
estações do ano, bem como os períodos de maior e menor ocorrência.
300
250
200
150
100
50
0
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
7
Gráfico 1: Precipitação média mensal no período de 1961 a 1990 – Ubatuba
8
Gráfico 2: Representação das entradas e saídas de água ao longo do ano – Ubatuba.
7
Fonte: Relatório do Diagnóstico Socioambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Itamambuca. Plano de Gestão Ambiental (PGA) de Itamambuca.
8
Fonte: Banco de Dados Climáticos do Brasil – BDClima. Acesso em 20/05/2014:
http://www.bdclima.cnpm.embrapa.br/resultados/balanco.php?UF=&COD=492
21 | P á g i n a
que a demanda atmosférica por vapor d´água, a vazão diminui, ao passo em que nos períodos
em que a chuva supera a demanda, a vazão aumenta.
A classificação climática de Köeppen, que é um modelo global de classificação de
climas, para Ubatuba é Af. Esta classificação representa o clima tropical chuvoso, sem estação
seca e com a precipitação média do mês mais seco superior a 60mm. Isso implica em um
aumento na frequência de eventos climáticos extremos, como chuvas torrenciais de alta
intensidade e uma elevada amplitude térmica. Em toda área tropical ou área úmida existente na
terra há um superávit de água, como os gráficos anteriores apontaram. Entretanto se faz
necessário avaliar a interação entre a oferta e a utilização destes recursos para monitorar o
equilíbrio da qualidade do patrimônio natural.
9
Fonte: Plano de Bacia Hidrográfica do Litoral Norte, dez/2009 e Grupo Executivo Local
22 | P á g i n a
(continuação)
UC Proteção Legal Área (ha) Administração Municípios
Área Natural Tombada Núcleo Resolução
176,27 Condephaat Ubatuba
Caiçara de Picinguaba nº 7/83
Área Natural Tombada Boa Vista Decreto Federal
920,66 FUNAI Ubatuba
do Sertão do Prumirim n° 94.220/87
Conselho
Reserva da Biosfera da Mata Cerca de Caraguatatuba, Ilhabela,
- Nacional da
Atlântica -RBMA 35.000.000 São Sebastião e Ubatuba
RBMA
10
Figura 4: Unidades de Conservação de Ubatuba.
10
Fonte: Litoral Sustentável. Disponível em: www.litoralsustentavel.org.br. Acesso em: 20/05/2014.
23 | P á g i n a
4.1.4. Contextualização do Território marinho do Município de Ubatuba 11
11
Trabalho elaborado em conjunto entre a APA Marinha-LN e CBH-LN (CT-SAN), de autoria de L.P.Vianna, P.M.P.Bolta e D.M.E. Formaggio
24 | P á g i n a
Vale ressaltar que parte do território marinho de Ubatuba faz parte da Área de
Proteção Ambiental Marinha do Litoral Norte (APAMLN) – setor Cunhambebe – com
aproximadamente 145.101,08 ha, como já citado neste documento. O objetivo destas Unidades
de Conservação é proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e
assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.
Tabela 5: Principais leis regulamentadoras das navegações e do meio aquático
Especificidade Assunto
O protocolo de 1978, relativo à Convenção Internacional para Prevenção da Poluição por Navios
Leg. Internacional
de 1973, estabelece medidas tanto para a prevenção da poluição por esgotos sanitários, quanto
MARPOL
por resíduos sólidos.
Cria o Guia para Saneamento dos Navios e estabelece que Todos os navios devem ser equipados
Leg. Internacional OMS com instalações de gestão de esgotos sanitários, definindo os equipamentos mínimos e o tipo de
tratamento em função da quantidade de resíduos gerados.
Estabelece penalidades para embarcações marítimas ou fluviais que lançarem detritos ou óleo em
Lei Federal 5.5357/67
águas brasileiras.
Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
Lei Federal nº 6.938/81
aplicação.
Disciplina a Ação Civil Pública de Responsabilidade por Danos Causados ao Meio Ambiente, ao
Lei Federal nº 7.347/85
Consumidor, a Bens e Direitos de Valor Artístico, Estético, Histórico e Paisagístico.
Dispõe sobre a Pesquisa, Exploração, Remoção e Demolição de Bens Afundados, Submersos,
Lei Federal nº 7.542/86
Encalhados e Perdidos em Águas sob Jurisdição Nacional.
Regulamenta a navegação em águas brasileiras e dispõe sobre a Lei de Segurança do Tráfego
Lei Federal nº 9.537/97
Aquaviário (LESTA)
Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo
Lei Federal nº 9.966/00 e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional e dá outras
providências.
Decreto Federal nº O 1º promulga e o 2º regulamenta a aplicação da Convenção Internacional sobre Responsabilidade
79.437/77 e nº 83.540/79 Civil de Danos Causados por Poluição por Óleo, de 1969.
Decreto Legislativo nº Aprova (1º) e promulga (2º) o texto da Convenção sobre Prevenção da Poluição Marinha por
10/82 e nº 87.566/82 alijamento de resíduos e outras matérias, concluída em Londres.
Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às infrações às regras de prevenção, controle e
Decreto Federal nº
fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas
4.136/02
em águas sob jurisdição nacional, prevista na Lei no 9.966/00, e dá outras providências
Lei Estadual nº 997/76 Dispõe sobre o controle da poluição do meio ambiente.
Lei Estadual nº 11.165/02 Institui o Código de Pesca e Aqüicultura do Estado.
Dispõe sobre o Zoneamento Ecológico-Econômico do Setor do Litoral Norte, prevê usos e
Decreto Estadual nº
atividades para as diferentes zonas, estabelece diretrizes, metas ambientais e sócio-econômicas e
49.215/04
dá outras providências
Resolução nº 72/09 - Dispõe sobre o Regulamento Técnico que visa à promoção da saúde nos portos de controle
ANVISA sanitário instalados em território nacional e embarcações que por eles transitem.
Resolução CONAMA nº Dispõe sobre a metodologia de coleta para definição de nível de balneabilidade das praias
20/86 paulistas.
Resolução CONAMA nº Dispõe sobre a metodologia de coleta para definição de nível de balneabilidade das praias
06/90 paulistas.
Estabelece os procedimentos para o cadastro e o licenciamento ambiental de estruturas
localizadas nas margens e nas águas interiores e de mar aberto, destinadas ao acesso de pessoas e
Resolução SMA nº 04/02
coisas às embarcações de esporte e recreio e ao acesso destas e daquelas às mesmas águas no
Estado de São Paulo e dá providências correlatas.
25 | P á g i n a
(continuação)
Especificidade Assunto
Estabelece os procedimentos para o licenciamento ambiental de estruturas de apoio a
Resolução SMA nº
embarcações, destinadas ao acesso de pessoas e cargas às embarcações de esporte e
21/08
recreio no Estado de São Paulo e dá providências correlatas.
Portaria Ministério da Aprova a Resolução GMC nº 09/08 procedimentos Mínimos de Inspeção Sanitária em
Saúde nº 2.660/08 Embarcações que Navegam pelos Estados- Partes do MERCOSUL
Portaria Normativa Estabelece critérios para a concessão de registro provisório aos dispersantes químicos
IBAMA nº 64-N/92 empregados nas ações de combate aos derrames de petróleo e seus derivados.
Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, Montego Bay. No Brasil, entra em vigor
pelo Decreto nº 1530/95.
Ubatuba tem 81.771 habitantes, distribuídos em uma área de 723,83 km², com
densidade de 112,97 hab./km². A maior parte da população vive em área urbana, com a taxa
de urbanização de 97,60%. No município, o índice de mortalidade infantil, que em 2012 foi de
13,13 óbitos por 1.000 nascidos vivos, esteve acima do índice estadual, que foi de 11,48/1.000
nascidos vivos.
12
Fonte: Grupo Executivo Local - GEL
26 | P á g i n a
Em 2011 houveram 11,69 óbitos em menores de 1 ano por 1000 nascidos vivos,
indicando aumento da mortalidade infantil no período analisado, ao passo que a taxa estadual
foi de 13,35 óbitos por 1000 nascidos vivos. A taxa de mortalidade da população entre 15 e 34
anos, que é de 160,54/100.000hab, também se encontra acima da taxa estadual, que é de
119,61/100.000hab.
Entre 2000 e 2010, a população de Ubatuba teve uma taxa média de crescimento
anual de 1,66%. Na década anterior, de 1991 a 2000, a taxa média de crescimento anual foi de
3,90%. No Estado, estas taxas foram de 1,01% entre 2000 e 2010 e 1,02% entre 1991 e 2000.
Referente à educação, a taxa municipal de analfabetismo a partir dos 15 anos de
idade é de 5,82% da população, maior que a média estadual que é de 4,33%. A população
entre 18 e 24 anos que terminou o ensino médio representa 48,45% do total, bem abaixo da
média estadual que é de 58,68%. Abaixo segue a tabela de resumo extraída da SEADE.
Estado de
Caracterização Ano Unidade Ubatuba
São Paulo
Demografia
População 2013 hab. 81.771 42.304.694
Grau de Urbanização 2010 % 97,60 95,94
Taxa de Crescimento Anual 2010 % a. a. 1,66 1,01
Área territorial 2014 km² 723,83 248.223,21
Densidade demográfica 2013 hab./km² 112,97 170,43
Taxa de Natalidade Infantil 2012 1/1000hab. 14,15 14,71
Demografia
Taxa de Mortalidade Infantil 2012 1/1000hab. 13,13 11,48
Taxa de mortalidade entre 15 e 34 anos 2011 1/100.000hab. 160,54 119,61
População com menos de 15 anos 2013 % 22,20 20,35
População com 60 anos ou mais 2013 % 10,67 12,52
Educação
Taxa de analfabetismo da população
2010 % 5,82 4,33
de 15 anos e mais
População de 18 a 24 anos com Ensino Médio
2010 % 48,45 58,68
Completo
13
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE)
http://www.seade.gov.br/produtos/perfil/perfil.php, acessado em 18 de junho de 2014.
27 | P á g i n a
Tabela 8: População Urbana e Rural – Ubatuba 14
Evolução da População urbana
Local 1980 1985 1990 1995 2000 2010
Ubatuba 24.478 32.700 43.389 53.896 64.983 76.958
Evolução da população rural
Local 1980 1985 1990 1995 2000 2010
Ubatuba 2.449 2.085 1.294 1.337 1.661 1.912
14
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE). Site: www.seade.gov.br/. Acessado em 18/06/2014.
15
IBGE – Cidades – Ubatuba – Síntese de informações. Site: www.ibge.gov.br . Acessado em 23/06/2014.
28 | P á g i n a
16
Tabela 10: Evolução do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM
Grupo
Local
2000
2002
2004
2006
2000
2002
2004
2006
2000
2002
2004
2006
2000
2002
2004
2006
Ubatuba 29 44 47 59 59 64 64 66 68 56 59 62 2 2 2 2
Estado SP 44 52 54 65 65 67 70 72 61 50 52 55 - - - -
4.2.3. Saúde
Em relação à saúde da população, a base de dados utilizada foi o DATASUS on-
line, que foi desenvolvido pelo Ministério da Saúde e disponibiliza dados estatísticos de saúde.
Este sistema permite a confecção de tabulações sobre as bases de dados dos sistemas de
16
Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013. Site: www.ibge.gov.br . Acessado em 23/06/2014.
17
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE). Site: www.seade.gov.br. Acessado em 18/06/2014.
29 | P á g i n a
Mortalidade e Internações Hospitalares do Sistema Único de Saúde - SUS. Para descrição
estatística do quadro da saúde do município foi utilizado a SEADE.
Estado de
Caracterização Ano Unidade Ubatuba
São Paulo
Demografia
Taxa de Natalidade Infantil 2012 1/1000hab. 14,15 14,71
Taxa de fecundidade geral (mulheres entre 15 e 49 anos) 2011 1/1000hab. 49,26 51,60
Taxa de mortalidade infantil 2012 1/1000hab. 13,13 11,48
Taxa de mortalidade na infância 2011 1/1000hab. 11,69 13,35
Taxa de mortalidade entre 15 e 34 anos 2011 1/100.000hab. 160,54 119,61
Taxa de mortalidade de 60 anos para mais 2011 1/100.000hab. 3.232,27 3.611,03
Mães adolescentes (menos que 18 anos) 2011 % 8,81 6,88
Nascimentos de baixo peso (menos que 2,5kg) 2011 % 8,00 9,26
19
Tabela 13: Infecções Relacionadas com a Água
18
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE)
www.seade.gov.br/produtos/perfil/perfil.php, acessado em 18 de junho de 2014.
19
Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo. Site: www.cvs.saude.sp.gov.br. Acessado em 18/06/2014.
30 | P á g i n a
20
Tabela 14: Morbidade Hospitalar do SUS em Ubatuba
Morbidade Hospitalar do SUS - por local de residência
Grupos 1995 - 2007 A partir de 2008
I Nd 25
II Nd Nd
III Nd Nd
IV Nd Nd
Apesar de não terem sido registradas mortes hospitalares para o Grupo IV, as
ocorrências de dengue no município nos últimos anos chamam a atenção com números
expressivos, a saber:
Tabela 15: Pessoas infectadas com dengue 21
Pessoas Infectadas com dengue
4.2.4. Economia
A economia de Ubatuba baseia-se na prestação de Serviços, vinculados
principalmente ao setor turístico e no comércio. É também notável a importância da Construção
Civil e do Setor Imobiliário, em particular no que se refere à construção de residências de
veraneio, característica esta que dá origem a um aumento desproporcional da demanda que
incide sobre os serviços de saneamento municipais. Outras atividades que merecem destaque
são as dos setores agrícolas, pecuária e da pesca.
Em 2009, os estabelecimentos de Serviços totalizavam 1.278, seguidos pelos
Comerciais, 754, e Industriais, com 76 unidades. O número de estabelecimentos no Comércio
cresceu a uma média de 1,5% ao ano, seguido de 7,5% nos estabelecimentos de prestação de
Serviços e 15,2% na indústria.
20
Portal da Saúde – Ministério da Saúde (DATASUS). Site: www2.datasus.gov.br. Acessado em 25/06/2014.
21
Programa Cidades Sustentáveis. Site: www.cidadessustentaveis.org.br. Acessado em 25/06/2014.
31 | P á g i n a
22
Tabela 16: Número de Estabelecimentos – Comércio, Serviços e Indústria
Em Ubatuba, o Valor Adicionado – valor dos bens produzidos por uma economia,
depois de deduzidos os custos dos insumos adquiridos de terceiros (matérias-primas,
serviços, bens intermediários), utilizados na produção – alcançou os maiores números no setor
de Serviços, representando 84,43% do total, seguido pela Indústria, com 14,22% e, por último,
a Agropecuária, com 1,35%. Ainda segundo o SEADE, o Produto Interno Bruto e a renda per
capita aumentaram. No período de 2007 a 2011, o PIB passou de R$ 685,52 milhões para R$
1.094,02 milhões, indicando um aumento de 59,6%. A renda per capita passou de R$ 9.081,61
para R$ 13.725,65, indicando um aumento de 51,1% em 5 anos.
Tabela 17: Relação de Produtos e Rendas do Município 23
Produtos e Rendas – Ubatuba
Variável Unidade 2007 2008 2009 2010 2011
Milhões
Valor Adicionado dos Serviços 540,92 566,21 671,14 710,59 863,7
de R$
Participação dos Serviços no Total do Valor Adicionado % 84,79 84,83 85,13 82,73 84,43
Milhões
Valor Adicionado da Agropecuária 13,55 11,77 12,82 15,44 13,83
de R$
Participação da Agropecuária no Total do Valor
% 2,12 1,76 1,63 1,8 1,35
Adicionado
Milhões
Valor Adicionado na Indústria 83,47 89,51 104,43 132,89 145,44
de R$
Participação da Indústria no Total do Valor Adicionado % 13,08 13,41 13,25 15,47 14,22
Milhões
PIB 685,52 718,29 843,72 920,74 1.094,02
de R$
PIB per Capita R$ 9.081,61 9.376,73 10.865,94 11.700,47 13.725,65
Participação no PIB do Estado % 0,075934 0,071614 0,08 0,073802 0,08107
Milhões
Valor Adicionado Total 637,95 667,49 788,4 858,92 1.022,97
de R$
Milhões
Valor Adicionado da Administração Pública 131,49 147,56 174,99 174,21 184,13
de R$
Participação da Administração Pública no Total do Valor
% 20,61 22,11 22,2 20,28 18
Adicionado
Milhões
Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios 47,57 50,81 55,32 61,82 71,05
de R$
Conforme dados de SEADE para 2012, nas contratações com vínculo empregatício,
destacou-se a prestação de Serviços, com 60,55% do total, seguido de 30,71% no setor de
comércio atacadista e varejista, 4,58% de empregos formais na construção civil, 3,91% na
22
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE). Site: www.seade.gov.br. Acessado em 18/06/2014.
23
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE). Site: www.seade.gov.br. Acessado em 18/06/2014.
32 | P á g i n a
indústria e menos de 1% de empregos formais no setor primário (agricultura, pecuária,
produção florestal, pesca e aquicultura).
As comunidades caiçaras, indígenas e quilombolas que praticam uma economia de
subsistência e atividades predominantemente no setor primário, que são voltadas para
produção agrícola, pecuária, artesanatos e extrativismos diversos.
Não foram encontrados registros oficiais para estimativas dos empregos informais
nos diversos setores da economia do município. A vocação turística da cidade e a especulação
imobiliária são fatores que estimulam uma quantidade enorme de empregos informais.
Empregos formais no Município de Ubatuba
0,25% 4% 5%
31%
60%
Participação dos Empregos Formais da Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura no Total de Empregos Formais
Participação dos Empregos Formais do Comércio Atacadista e Varejista e do Comércio e Reparação de Veículos Automotores e
Motocicletas no Total de Empregos Formais
24
Gráfico 3: Empregos gerados pela economia do Município de Ubatuba.
24
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE). Site: www.seade.gov.br. Acessado em 18/06/2014.
25
Instituto de Pesca. Site: www.pesca.sp.gov.br. Acessado em 19/06/2014.
33 | P á g i n a
5. Diagnóstico
26
Trabalho elaborado em conjunto entre a APA Marinha-LN e CBH-LN (CT-SAN), de autoria de L.P.Vianna, P.M.P.Bolta e D.M.E. Formaggio
34 | P á g i n a
a) Excelente: quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas em cada uma
das cinco semanas anteriores, colhidas no mesmo local, houver, no máximo, 250 coliformes
fecais (termotolerantes) ou 200 Escherichia coli ou 25 enterococos por l00 mililitros;
b) Muito Boa: quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas em cada
uma das cinco semanas anteriores, colhidas no mesmo local, houver, no máximo, 500
coliformes fecais (termotolerantes) ou 400 Escherichia coli ou 50 enterococos por 100 mililitros;
c) Satisfatória: quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas em cada
uma das cinco semanas anteriores, colhidas no mesmo local, houver no máximo 1.000
coliformes fecais (termotolerantes) ou 800 Escherichia coli ou 100 enterococos por 100
mililitros.
A CETESB faz um monitoramento da balneabilidade das praias do litoral de São
Paulo desde a década de 90 (figura 5). Em sua maioria, as principais praias de Ubatuba
apresentam uma balneabilidade regular, como demonstrado a seguir.
Tabela 19: Classificação da balneabilidade segundo a Resolução 274/00
Classificação Categoria Coliformes Termotolerantes Escherichia coli
(NMP/100mL) (NMP/100 mL)
Excelente 250 200
Própria Muito boa 500 400
Satisfatória 1000 800
Imprópria > 1.000 > 800
NMP/100 mL: número mais provável por 100 mL, em 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores.
27
Figura 5: Quadro de evolução da qualidade das praias.
27
Fonte: Relatório do Diagnóstico Socioambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Itamambuca. PGA de Itamambuca.
35 | P á g i n a
5.1.2. Fontes Poluição Marinha
Navegação
36 | P á g i n a
a) Limpeza de porão;
b) Resíduos orgânicos e recicláveis;
c) Boias que atuam como lava rápido;
d) Captação de água irregular;
e) Contaminação por óleos graxos;
f) Sal azedo (produto químico utilizado em manutenção);
g) Lançamento de esgoto no mar (sanitários);
h) Tinta antiincrustante (estanho);
i) Eficiência do processo na remoção de coliformes termotolerantes dos processos
de tratamento por biodegradação;
j) Impossibilidade de esgotar os tanques de dejetos das embarcações nas Marinas;
k) Ausência de Norma ABNT para encaixe de “mangote” em estrutura de recepção
de esgoto nas Marinas.
Empreendimentos portuários
O Litoral Norte faz parte de um dos maiores corredores de atividade portuária do
Brasil. Com a expansão das atividades de petróleo e gás na região advindos do pré-sal,
estima-se que o número de embarcações trafegando em nossa costa aumente
consideravelmente.
Ubatuba encontra-se como área de influência dos principais empreendimentos de
petróleo e gás que acontecem em nossa região, e por isso está suscetível aos impactos
advindos das rotas de embarcações, das atividades decorrentes das infraestruturas de apoio e
dos próprios empreendimentos.
Os possíveis impactos ambientais causados pela atividade portuária são
decorrentes da execução de obras de abrigo e novas frentes de atracação, de dragagens e
canais de acesso, de derrocamentos, de aterros, de enrocamentos, de infra-estrutura de
armazenagem, de edificações em geral, de acessos terrestres e outros, que, quando
dimensionadas de forma inadequada, podem gerar, agressão aos ecossistemas e poluição dos
recursos naturais.
37 | P á g i n a
Operações portuárias
Operações de manuseio, transporte e armazenagem da carga, serviços de
manutenção da infra-estrutura, o abastecimento e reparo de embarcações, máquinas,
equipamentos e veículos em geral quando ocorrem de forma inadequada podem gerar
resíduos sólidos e líquidos, lançamento de efluentes em corpos d'água, poluição do ar, da
água, do solo e do subsolo.
Exploração de hidrocarbonetos (petróleo)
A poluição dos mares e das zonas costeiras originada por acidentes com o
transporte marítimo de mercadorias, em particular o petróleo bruto, contribui, anualmente, em
10% para a poluição global dos oceanos. Todos os anos, 600.000 toneladas de petróleo bruto
são derramadas em acidentes ou descargas ilegais, com graves consequências econômicas e
ambientais.
As chamadas marés negras, de efeitos altamente destruidores a fauna e a flora
provocam enormes prejuízos à atividade pesqueira e tem um forte impacto negativo na
atividade turística, já que os resíduos petrolíferos, de difícil remoção, impedem durante muito
tempo a utilização das praias. Também nas operações de lavagem dos tanques dos petroleiros
em pleno oceano são derramadas enormes quantidades de petróleo, que, não raramente,
originam autênticas marés negras. Embora atualmente tal operação em pleno mar seja
proibida, é natural que se continuem a cometer abusos, dada a dificuldade de fiscalização.
Esgoto e Emissários submarinos
Os esgotos domésticos em geral possuem uma composição com altos teores de
carbono orgãnico total, série nitrogenadas, fósforo orgãnico e inorgãnico, sulfetos, cloretos)
além de quantidades variáveis de contaminantes como por exemplo metais, hidrocarbonetos,
pesticidas e outras substâncias potencialmente tóxicas. Ressalta-se que além de receber
esgoto doméstico, o sistema de coleta de esgotos urbanos recebe também efluentes
hospitalares, águas pluviais, resíduos de estabelecimentos comerciais, postos de gasolina e
industriais (Abessa, et al., 2003). No município de Ubatuba tem-se 1 emissário submarino,
localizado na praia da Enseada.
Metais pesados
Devemos ainda citar o caso de despejo de metais pesados no mar, altamente
tóxicos para os seres vivos,e são cumulativos. Boa parte dos metais pesados é proveniente da
chamada água negra que é uma mistura de água do mar com óleo, graxa e inúmeras
substâncias tóxicas, como os metais pesados de bário, berílio, cádmio, cobre, ferro, e até
radioativas, como estrôncio-90 e bismuto-214.
38 | P á g i n a
5.1.4. Poluição Difusa
Entende-se por poluição de origem difusa o escoamento superficial da água em
áreas urbanas, uma vez que provém de atividades que depositam poluentes de formas
esparsas, sobre a área de contribuição da bacia hidrográfica. Pode-se dizer que a fonte de
poluição difusa é causada por cinco condicionantes (Cardoso; Fukushiro; et. al., 2003):
a) Lançamento da carga poluidora é intermitente e está relacionado à precipitação;
b) Poluentes são transportados a partir de áreas extensas;
c) As cargas poluidoras não podem ser monitoradas a partir de seu ponto de origem,
mesmo porque não é possível identificar a sua origem;
d) O controle da poluição difusa, obrigatoriamente, deve incluir ações sobre a área
geradora da poluição, ao invés de incluir apenas, o controle do efluente quando
lançado;
e) É difícil o estabelecimento de padrões de qualidade para o lançamento do
efluente, uma vez que a carga poluidora lançada varia de acordo com a
intensidade e a duração do evento meteorológico, a extensão da área de
produção e outros fatores que tornam a correlação vazão x carga poluidora
praticamente impossível de ser estabelecida.
39 | P á g i n a
Dispersantes de Óleos e Graxas
Os dispersantes químicos, produtos de natureza orgânica, são utilizados em
situações de derramamentos de óleos, com o objetivo de proteger os recursos naturais e
socioeconômicos sensíveis, como por exemplo são utilizados em acidentes de vazamento de
óleo em ambientes marinhos e costeiros.
40 | P á g i n a
tabuleiros de aproximadamente 30kg por dia (450kg/dia) e na alta temporada, esse número
chega a mais de 100 tabuleiros (aprox. 3.000kg/dia).
A SANEPAV realiza a coleta no mercado de peixe diariamente, porém não há
horário fixo. Geralmente ocorrem no período noturno, de forma que os coletores jogam os
resíduos diretamente nos caminhões sem serem ensacados e devolvem os tambores e
tabuleiros vazios nas calçadas.
As caçambas estão severamente danificadas e não garantem segurança de saúde,
de manuseio e acondicionamento (figura 8). No que se refere ao comércio de produtos do mar,
o Mercado Municipal de Peixe de Ubatuba, ainda que precária, possui uma infraestrutura
própria mínima para manejo destes resíduos, diferente da realidade do restante do município,
que não possui.
Há em andamento, um projeto da Secretaria Municipal de Pesca, Agricultura e
Abastecimento (SMAPA), em conjunto com demais Secretarias do município, de reestruturação
para melhorias da infraestrutura do Mercado de Peixe.
Este projeto prevê uso mais eficiente dos recursos naturais, como reaproveitamento
de águas pluviais e implantação de um sistema de tratamento de efluentes antes do
lançamento no corpo d‟água receptor e de manejo adequado dos resíduos.
Figura 8: Colônia Z10 e peixarias – resíduos de peixe e RSD despejados nas ruas
41 | P á g i n a
A CATI em parceria com o CBH-LN, Unidade de Pesquisa de Desenvolvimento da
APTA (UPD) e Secretaria Municipal de Pesca, Agricultura e Abastecimento, está
desenvolvendo um projeto de pesquisa de mistura de diversos materiais orgânicos para
compostagem. Esse projeto de pesquisa está testando a utilização dos detritos de pesca
misturados com resíduos de poda verde para compostagem e formação de adubo orgânico.
Esse adubo será fornecido para agricultura familiar. Os resíduos de peixe, acondicionados nos
tambores, são recolhidos pelo automóvel da CATI e levados para a UPD-APTA em Ubatuba,
onde existe uma área licenciada para atividade de compostagem. Os resíduos da poda são
fornecidos pela Prefeitura, EMDURB, onde na UPD-APTA, são montadas as leiras para o
estudo e produção do composto. O projeto encontra-se em fase de experimentação.
42 | P á g i n a
Figura 10: Análise Gravimétrica – Embalagens plásticas triadas da amostra de RSD antes da pesagem.
Figura 11: Análise Gravimétrica – Matéria orgânica típica, metais e outros utensílios.
14/01/2011
14/02/2011
16/03/2011
06/04/2011
12/05/2011
09/06/2011
04/07/2011
PESO TOTAL AMOSTRADO (kg) 739,3 729,6 585,2 624,6 551,4 533,2 610,8 597,8
(1)
NÍVEL DE RENDA FAMILIAR baixo médio médio baixo alto médio médio alto
OCORRÊNCIA DE CHUVAS forte fraca não fraca não não não não
PERDAS NO PROCESSO – umidade (%) 0,6 0,9 1 0,1 1,7 0,3 0,4 0,4
3
DENSIDADE (kg/m ) 491 466 488 520,5 414 533,2 512 505
28
Grupo Executivo Local. Relatório da Caracterização Física e Gravimétrica dos RSD de Ubatuba, 2010 e 2011.
43 | P á g i n a
(Continuação)
16/12/2010
14/01/2011
14/02/2011
16/03/2011
06/04/2011
12/05/2011
09/06/2011
04/07/2011
DATA DA REALIZAÇÃO DA COLETA
44 | P á g i n a
Segundo dados da composição gravimétrica realizada em 2011 no município, o
resíduo sólido domiciliar é composto por 53% de material orgânico, 35% é material passível de
reciclagem e 12% são considerados rejeitos.
Tabela 21: Composição gravimétrica dos Resíduos Sólidos Domiciliares (RSD) 29
12%
Rejeitos
Recicláveis
53%
Material orgânico
35%
29
Grupo Executivo Local - GEL
45 | P á g i n a
A coleta seletiva é operada pela Prefeitura Municipal, de forma manual, com equipe
padrão composta por motorista e coletores, que realiza a coleta porta a porta, somente no
perímetro urbano central. Esses resíduos são coletados por um único caminhão compactador e
encaminhados até o centro de triagem, que fica localizado na Unidade de Transbordo Municipal
(ver item 5.3).
A infraestrutura desta central de triagem é dotada de 1 balança, 2 prensas para
papel, papelão e plásticos, 1 prensa para metais, com capacidade de processar cerca de 10
ton/dia de materiais considerados potencialmente recicláveis. Atualmente as condições das
instalações estão precárias e necessitam de reestruturação (figura 12).
46 | P á g i n a
ABNT). A Vigilância Sanitária realiza monitoramento em 37 depósitos de sucata distribuídos no
município, dentre elas duas empresas destacam-se nesta área: Reciclagem Central e Mineiro
Reciclagem. Ambas estão licenciadas como postos intermediários de sucata para triagem,
processamento e destinação final para Usinas de Reciclagem situadas do Vale do Paraíba.
A empresa Reciclagem Central processa em média 1,5 ton/dia de sucata, em uma
área com aproximadamente 1.000m², sendo 600m² de área coberta onde estão situadas
bancada de triagem, a balança, as prensas para empacotamento e o local de armazenamento.
Trabalha com 10 funcionários próprios e movimenta uma economia informal com mais de 100
pessoas, entre catadores, carroceiros de materiais recicláveis, caminhoneiros e ajudantes
(figuras 13 e 14). A empresa Mineiro Reciclagem não disponibilizou dados até o fechamento
deste documento.
47 | P á g i n a
A coleta dos resíduos sólidos domiciliares é processada de forma convencional, ou
seja, através de serviços manuais executados por equipes padrão compostas pelo motorista e
pelos coletores, e transportada por caminhão até a unidade de transbordo do município.
Devido à sazonalidade, a frota mobilizada varia de 8 na baixa temporada a 14 na
alta temporada de caminhões para a coleta dos resíduos sólidos domiciliares. A coleta seletiva
é realizada constantemente com 1 caminhão próprio para tal.
Em termos percentuais, essa sazonalidade atinge cerca de 37% do total anual
apenas nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, podendo ser observada através do
seguinte gráfico:
6.000
5.000
RSD (t/mes)
4.000
3.000
2.000
1.000
0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
48 | P á g i n a
PMU, totalizando 1.078 ton; no mesmo período a SANEPAV realizou 7.577 viagens de
caminhões pelo município, que recolheram um total de 49.144 ton de RSD.
Juntados os RSD com os Resíduos de Limpeza Pública quantificáveis, devido a
ausência de tratamento específico para este (detalhado no item 5.4), tanto da PMU quanto da
SANEPAV, totalizaram 50.222 ton, o que representa uma média de 31,4 ton/mês.
Geração RLP
Peso (ton)
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
49 | P á g i n a
Tabela 22: Geração de resíduos por localidades 2013 30
Geração
Setor Localidades
(ton/dia) *
01 Centro I, Centro II, Barra da Lagoa 11,1
02 Pq Vivamar, Itaguá, Sumaré, Silop 5,3
Taquaral, Sumidouro, Usina Velha, Pedreira, Ressaca, Mato Dentro, Pq dos
03 5,2
Ministérios
04 Estufa II, Sertão do Sergio, Sesmaria 6,3
Pé da Serra, Figueira, Cachoeira dos Macacos, Morro das Moças, Vale do Sol,
05 5,3
Emaús, Jd. Ipiranga, Ipiranguinha
Contêiner Maranduba, Sapezinho, Inga, Sertão da Quina, Arariba, Rio da Prata,
06 6,15
Tabatinga
Orla do Pereque Açú, Barra Seca, Vermelha do Norte, Itamambuca Sertão,
07 4,5
Itamambuca Ranário, Tiagão, Felix, Promirim, Casanga
Beira Rio Praia e Bairro Promove, Porto do Eixo, Salga, Cabeça de Boi, Recanto,
08 6,6
Imobiliária, Jd Marisol, Praia do Sape e Lagoinha
09 Pereque Mirim, Enseada, Toninhas 7,3
Repasse Quiosk Toninhas e Enseada, Praia Vermelha do Centro, Tenório, Praia
10 5,5
Grande
Monte Valério, Rio Escuro, Fortaleza, Vermelha do Sul, Praia Dura, Folha Seca,
11 5,6
Corcovado, Cond. Domingas Dias, Lázaro, Sununga, Ribeira
12 Perequê-Açú 5,7
13 Jd Sumaré, Jd Carolina, Jd Samambaia, Marafunda, Bela Vista 6,5
TOTAL 81
* obs: medidas que podem oscilar dentro de um desvio padrão de ± 2%.
30
Dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Serviços de Infraestrutura Pública.
50 | P á g i n a
Figura 16: Unidade de Transbordo de Ubatuba – Logística da Unidade.
31
Dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Serviços de Infraestrutura Pública.
51 | P á g i n a
chorume, além de melhorias no sistema de queima do biogás e no sistema de controle da
estabilidade do maciço. O TAC encontra-se em processo final de execução. Em 2013, foi
realizada uma vistoria por perito judicial que atestou o encerramento total das atividades do
lixão, assim como o fato de já estar ocorrendo à recuperação natural da área, com vegetação
em estágio inicial para médio de regeneração. Foi realizada licitação para a elaboração do
PRAD e a execução está em fase final. Após a conclusão, será contratada a empresa de
execução do monitoramento do antigo “lixão”. A implantação da caixa de coleta para o
tratamento do chorume residual está em fase de conclusão, toda a tubulação e caixas de areia
e de passagem estão finalizadas e as instalações para o funcionamento dos equipamentos de
tratamento já foram executados. Para sua completa operacionalização falta a
impermeabilização da caixa principal, que será concluída ainda no ano de 2014.
Em 2014, a Prefeitura Municipal de Ubatuba buscou alternativas para melhoria da
logística de destinação final dos resíduos, dentre elas destacam-se a readequação do antigo
“lixão” como Unidade Transbordo, e na transferência do local de disposição final dos resíduos,
que passou do município de Tremembé/SP para Jambeiro/SP.
A disposição final em aterro sanitário da empresa Resicontrol em Tremembé foi
transferida no início de 2014 para aterro da empresa ENGEP Ambiental Ltda32, situada no
município de Jambeiro/SP. Alguns dos benefícios imediatos desta alteração foram ambientais e
econômicos, pois com a diminuição da distância percorrida pelas carretas, os resíduos ficam
menos expostos às periculosidades que envolvem o transporte, além do custo financeiro, que
diminuiu devido a quilometragem percorrida se comparado à antiga.
Junto com as medidas de recuperação ambiental, firmadas no TAC em 2009, a
área do antigo “lixão” foi devidamente licenciada pela CETESB como Unidade de Transbordo
de Ubatuba em caráter definitivo, conforme Licença de Operação n° 68000103 com validade
até 14/02/2019. As atividades licenciadas são de destinação intermediária dos resíduos sólidos
domiciliares, situada na Rua do Saneamento, s/n, bairro do Ipiranguinha, Ubatuba/SP. Possui
área total de 5.600,00m², sendo 2.461,00m² dedicados para atividades ao ar livre e com
321,10m² de área construída. A logística atual de destinação dos resíduos passou a funcionar
da seguinte maneira:
Os RSD e RLP são transportados pelos caminhões, públicos e privados, até a
unidade de transbordo municipal, localizada na mesma gleba onde agora opera a Unidade de
Transbordo de Ubatuba (figura 18).
32
ENGEP Ambiental Ltda. http://www.engep.com.br/index.php/areas-de-atuacao/aterro-sanitario/. Acesso em 23/05/2014.
52 | P á g i n a
Local do aterro
Rod. Oswaldo Cruz
Unidade de
Transbordo de
Ubatuba
Figura 18: Vista aérea da unidade de transbordo municipal. Fonte: Google Earth.
Nesta unidade, cuja capacidade é compatível com a previsão de geração máxima
durante a alta temporada turística, os resíduos domiciliares, depois de pesados na balança
municipal ali existente, são transferidos através de uma escavadeira hidráulica posicionada
numa rampa coberta em desnível para carretas de maior capacidade. Ao todo, para atender ao
pico sazonal, chegam a ser mobilizadas 8 carretas para o transporte dos resíduos até a
unidade de destinação final.
Além de reduzir o custo de transporte, delegando o transporte à longa distância
para os veículos de maior capacidade de carga, com custo unitário menor, a operação de
transbordo também evita o desvio dos caminhões coletores de sua função principal de coleta
domiciliar, não obrigando a alterações radicais no planejamento ou até mesmo ao aumento
desnecessário de frota. A UTGR está localizada na Estrada Municipal Olavo Vieira Vilela, km 4,
Fazenda São João, bairro Capivari e Varado, município de Jambeiro/SP, localizado pelas
coordenadas UTM E 423.060m e N 7.425.930m, a cerca de 6,5 km da cidade (figuras 19 e 20).
53 | P á g i n a
Rod. Carvalho Pinto
Aterro Sanitário
ENGEP
Rod. Tamoios
Figura 19: Localização da UTGR em relação à Rod. dos Tamoios. Fonte: Google Earth.
54 | P á g i n a
lançamento e cobertura diária das células de lixo, dentre outros procedimentos técnico-
operacionais (figura 21).
55 | P á g i n a
Tabela 23: Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos 33
33
Dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Serviços de Infraestrutura Pública.
56 | P á g i n a
Figura 22: Trabalhador atuando na varrição pública
A coleta dos sacos com os resíduos resultantes da varrição manual é realizada
pela empresa de coleta terceirizada, que os conduz em caminhões basculantes até a unidade
de transbordo municipal.
Os RLP são recolhidos pelas equipes de varrição manual que, com os resíduos da
capina, entulhos e lixo verde, usualmente totalizam uma média de 15 a 25 caminhões/dia,
números estes que podem ser extrapolados em eventos extremos (enchentes, vendavais,
eventos e sazonalidade do turismo, etc.).
Tabela 24: Histórico das quantidades de RLP coletado no município de Ubatuba
57 | P á g i n a
Manutenção de Passeios e Vias
A manutenção dos passeios e vias se processa através dos serviços de capina das
ervas espontâneas nos pisos, de roçada dos matos e de raspagem da poeira acumulada pelas
águas de chuva e da areia trazida pelos ventos. Este material é considerado RLP.
Estes serviços são executados cerca de 20% pela Prefeitura e 80% por empresa
terceirizada, compostas por equipe padrão, com periodicidades de atendimento em cada local
variando em função das características dos locais atendidos e da intensidade das chuvas que
interferem na proliferação das ervas espontâneas e matos.
A Prefeitura obteve a Licença de Instalação para a Compostagem, no local que
opera a EMDURB (Empresa Municipal Desenvolvimento Urbano) e, apesar de obterem a
licença, atualmente a maior parte dos detritos e restos vegetais resultantes destes serviços
também são levados por caminhões basculantes até o transbordo, para serem transportados
até a unidade de destinação final.
Manutenção de Áreas Verdes
Entendem-se por áreas verdes todos os espaços públicos recobertos por vegetação
rasteira ou de maior porte, como praças, canteiros centrais e outros. A manutenção das áreas
verdes é realizada através dos serviços de corte de gramíneas e de poda de árvores, se
restringindo ao perímetro urbano. Estes serviços também são executados por uma equipe
padrão, com periodicidades que variam em função do crescimento da vegetação, da
intensidade das chuvas e da época adequada de corte e poda para cada espécie.
Os resíduos vegetais resultantes destes serviços são destinados para a EMDURB
e, em 2014, foi adquirido pela PMU um triturador de galhos móvel para realização do
processamento dos resíduos vegetais antes da disposição final, no pátio da EMDURB (figura
23).
58 | P á g i n a
Assim como os resíduos de grande volumes (ex: sofás, geladeiras, fogões), o lixo
verde resultante da poda, capina e supressão de espécies arbóreas realizadas por particulares,
tais como residências, comércios, condomínios, empresas e demais instituições, deveriam ser
destinados a poda verde para EMDURB e os resíduos ditos “grande volumes” deveriam ser
destinados ao transbordo, porém esses resíduos tem sido destinados em áreas como “bota
fora”. Foram levantadas 15 áreas irregulares de “bota fora” identificadas no município (figura
24).
59 | P á g i n a
pelos ventos. A manutenção é realizada parcialmente por funcionários da EMDURB e da
Prefeitura.
Atualmente, por não contarem com local licenciado para destinação no próprio
município estes resíduos são parcialmente reutilizados pela EMDURB e o restante é
transportado por caminhões basculantes até o transbordo, onde são incorporados aos RSD e
RLP, para serem transportados até UTGR Jambeiro. E quando não esses resíduos são
descartados em áreas de “bota-fora”.
60 | P á g i n a
para os produtores das lavouras permanentes e temporárias de juçara, banana, mandioca e
gengibre. A pecuária é voltada à subsistência e é de pouca expressão.
Ainda que a aquisição de insumos e produtos próprios para controle de pragas seja
regulamentada por lei, assim como o descarte de suas embalagens, a maioria dos produtores
adquirem, para as atividades agrossilvopastoris, os produtos e insumos agropecuários de
forma irregular, sem receituário e de maneira indiscriminada. Não há controle de vendas e tão
pouco do descarte dos resíduos.
Existem pontos de deposição irregular de resíduos onde a coleta não obedece a
uma rotina, ou locais mais afastados que nem recebem o serviço de coleta. Nestes locais os
proprietários queimam, ou enterram seus resíduos, ou ainda acabam incorporando-os ao lixo
doméstico comum.
A Polícia Ambiental e a Vigilância Sanitária realizam fiscalizações de rotina
periodicamente, autuando diversas irregularidades que variam desde utilização de agrotóxicos
e herbicidas sem licença, até áreas irregulares de “bota-fora”. O município não dispõe de
dados quali-quantitativos dos resíduos rurais e agrossilvopastoris.
Figura 25: Foto da Unidade de Transbordo de Ubatuba – Destinação dos resíduos pneumáticos.
61 | P á g i n a
5.4.6. Resíduos sólidos perigosos e eletrônicos
Os Resíduos Perigosos são aqueles que apresentam riscos à saúde pública e ao
meio ambiente, exigindo tratamento e disposição especiais, em função de suas características
de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, degradabilidade, etc. Estes resíduos são listados
na NBR 10.004/04.
Comerciantes, distribuidores, prestadores de serviço de eletroeletrônicos deveriam
disponibilizar postos de coleta próprios, atuando como receptores na Logística Reversa junto
aos fornecedores. Atualmente, tanto os resíduos perigosos quanto os resíduos eletrônicos são
descartados nos postos de venda que possuem pontos de coleta próprios (ex: lojas de
materiais de construção e lojas de artigos eletroeletrônicos), mas é elevada a quantidade
despejada como resíduo doméstico comum.
Como o tratamento e destinação final destes resíduos são feitos pela logística
reversa e pela iniciativa privada, o poder público atua quando solicitado, acionando a coleta
seletiva para tal destinação, mas apenas no caso de resíduos eletrônicos, que não possuem
material perigoso na sua composição.
O município não possui dados sobre quantidades geradas, destinadas e recicladas
referentes aos resíduos eletrônicos. Importante enfatizar que esta não é só uma exclusividade
do município, mas uma realidade nacional.
34
Grupo Pioneira. Site: www.pioneira.com.br/incineracao/tipos.php. Acesso em 09/07/2014.
62 | P á g i n a
Rondon, nº 55, Suzano/SP. Os incineradores próprios da empresa estão situados tanto na
cidade de Suzano quanto Pindamonhangaba e atendem todas as normativas vigentes
(Conama, CETESB, NBR, ISO, etc.)
O gráfico abaixo apresenta a quantidade de RSS coletado mensalmente no período
de janeiro de 2013 até abril de 2014, cuja fonte de dados foi o relatório dos manifestos de
carga da própria empresa.
RSS
RSS Peso (ton)
10
35
Dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Serviços de Infraestrutura Pública.
63 | P á g i n a
5.6. Resíduos da construção civil – RCC
Os resíduos da construção civil, convencionalmente, abrangem os entulhos
gerados pela construção civil, gerados a partir de obras novas, reformas e/ou demolições.
A Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano - EMDURB possui Licença de
Operação de nº 35000197/10, para o recebimento de resíduos da construção civil, situada na
Rua Pedro Lucindo da Silva, s/n, bairro da Figueira . Embora já tenham obtido a licença,
apenas 1% de todo RCC, em média cerca de 12m³ por dia é enviado para empresa, este é
processado pela britadeira e depois reaproveitado em ruas não pavimentadas, como base
asfáltica. A maior parte dos RCC é coletada por 11 empresas da iniciativa privada que alugam
caçambas estacionárias. Essas são retiradas e levadas para pátios onde os RCC são
separados manualmente e não ocorre o processamento. Os RCC são revendidos e reutilizados
como aterro em terrenos particulares, que geram uma economia significativa aos comércios
locais. Os RCC que são descartados irregularmente nos logradouros, são retirados pela própria
Prefeitura e encaminhados à EMDURB.
EMDURB
Figura 27: foto aérea da EMDURB, local de destinação dos RCC e os resíduos da poda verde.
64 | P á g i n a
A Prefeitura Municipal de Ubatuba não possui a quantificação ou estimativas para o
número de caçambas terceirizadas, o volume, a periodicidade, a valoração e a qualidade da
produção RCC.
Especificidade Assunto
Lei Municipal nº Inclui na grade curricular da 5ª a 8ª série do ensino fundamental ministrado nas escolas do
2.787/06 Município a disciplina Educação Ambiental.
Lei Municipal nº Institui a Política Municipal de Educação Ambiental na rede municipal de ensino do
3.233/09 Município de Ubatuba.
Decreto Municipal nº Regulamenta a Lei Municipal 3.233/09, que institui a Política Municipal de Educação
5.240/10 Ambiental na rede municipal de ensino.
65 | P á g i n a
comunidade em campanhas de limpeza de praias e rios até a execução de projetos de
reflorestamento e manejo florestal.
Dentre essas organizações pode-se citar como exemplo o Projeto Tamar, Sala
Verde Ubatuba, Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica (IPEMA), o Instituto
Bicho Preguiça (IBP), Associação Somos Ubatuba (ASSU), Dacnis, Promata, SOS Mata
Atlântica, entre outras.
Também há exemplos de iniciativas tomadas por entidades privadas e de bairro,
como o Aquário de Ubatuba, a Associação de Amigos do Itamambuca, a Associação de
Moradores da Almada e a comunidade da Praia Grande do Bonete, entre outras.
As iniciativas se dividem em programas, campanhas e atividades regulares
permanentes ou periódicas, independente da instituição executora.
Essas ações buscam sempre sensibilizar turistas e a população a respeito de
questões voltadas ao meio ambiente, de forma a reconhecer o ambiente que estão inseridos e
suas relevâncias, de modo amenizar impactos ambientais negativos, incentivar e promover
uma saudável interação com o meio, ampliando e cooperando para um visão do consumo
consciente.
Diversos projetos voltados à Educação Ambiental foram executados nos últimos
anos em Ubatuba. O Projeto TAMAR juntamente com o Aquário de Ubatuba e com a parceria
da ASSU desenvolvem ações de limpezas de praia e palestras educativas a respeito do tema
em datas comemorativas, como por exemplo no dia 22 de setembro – Dia Mundial de Limpeza
de Rios e Praias e no dia 08 de junho - Dia Mundial dos Oceanos. Outra iniciativa que merece
ser destacada é o Projeto de Petrecho de Pesca Perdido que ocorrem na ESEC-Tupinambás
(São Sebastião e Ubatuba/SP).
Alguns projetos de destaque serão listados a seguir como exemplos de sucesso de
ações na área:
66 | P á g i n a
Ambiental, Gincanas, distribuição de mudas de árvores nativas da mata atlântica, sorteios de
prêmios aos participantes e voluntários. Projeto foi realizado pelo Plano de Gestão Ambiental
(PGA) de Itamambuca.
Figura 29: Exemplo de projetos de Educação Ambiental – Lixo Zero – PGA Itamambuca.
36
Projeto TAMAR – Base Ubatuba. Site: www.ubatuba.com.br/tamar.
37
Aquário de Ubatuba. Site: http://aquariodeubatuba.com.br/campanha-do-lixo/.
67 | P á g i n a
Preocupados com a grande quantidade de lixo despejado nos rios, mares e praias,
o Projeto Tamar-ICMBio e o Aquário de Ubatuba decidiram lançar uma campanha educativa
visando diminuir a amplitude deste grave problema ambiental. Regularmente são feitas
campanhas de limpeza das praias de Ubatuba, campanhas educativas, palestras com escolas
e visitantes, com o intuito de conscientização ambiental (figura 31).
38
Sala Verde – Serviço de Educação Ambiental - SMMA. Site: http://www.facebook.com/SalaVerdeUbatuba/. Acesso em 30/06/2014.
68 | P á g i n a
Figura 32: Exemplo de projetos de Educação Ambiental – Sala Verde.
População Domicílios
Ano
Total Fixa Flutuante Total Permanente Ocasional
2018 221.886 89.583 132.303 69.397 30.254 39.143
2020 227.819 92.025 135.794 71.778 31.602 40.176
2025 242.547 98.338 144.209 77.530 34.865 42.665
2030 256.314 104.217 152.097 82.891 37.892 44.999
2035 269.071 109.733 159.338 87.769 40.628 47.141
2040 280.106 114.137 165.969 92.149 43.046 49.103
39
SABESP – Plano Diretor de Água e Esgoto - 2011. Disponível em http://site.sabesp.com.br/. Acesso em 30/06/2014.
69 | P á g i n a
Como critério fundamental para o planejamento, tem-se a universalização do
atendimento às comunidades locais, independentemente das dificuldades impostas pelas
condições em que se encontram. Além deste critério, também foram adotados e até mesmo
desenvolvidos - quando inexistiam - critérios para projeções de resíduos sólidos, conforme
apresentado adiante.
Assim, atualmente, tais critérios servem de orientadores do passo a passo para se
atingirem as metas almejadas. Foram pesquisadas fontes existentes, as quais não respondiam
satisfatoriamente às necessidades do plano, o que estimulou à elaboração de novas curvas de
projeção, baseadas nos dados fornecidos pelos próprios municípios da região.
Vale ressaltar que é extremamente difícil realizar tais projeções, isto porque as
demandas de geração estão relacionadas com o comportamento humano voltado para a
compra e consumo dos produtos. Por essa razão, preferiu-se um posicionamento conservador
e adotou-se que a atual composição gravimétrica da massa de resíduos sólidos domiciliares
deverá persistir sem grandes alterações por todo o horizonte de projeto.
A seguir, estão abordadas cada uma das fases de planejamento, que geraram as
informações necessárias para a formulação das proposições.
40
Scielo. Artigo Técnico. Modelo para estimativa da geração de resíduos sólidos domiciliares em centros urbanos a partir de variáveis
socioeconômicas conjunturais. Site: http://www.scielo.br/pdf/esa/v17n3/v17n3a09. Acesso em 25/06/2014.
70 | P á g i n a
Os índices de crescimento da geração máxima dos resíduos sólidos domiciliares
foram extraídos por meio de uma curva construída com os pontos resultantes dos cruzamentos
entre População e Geração Atual. Partindo de dados básicos da população e da geração de
resíduos, referentes a 2010, foi elaborada uma curva de produção que por sua vez serviu como
base de cálculo para o fator de ajuste.
Em que:
fa: Fator de Ajuste (para ajustar os pontos à curva resultante)
Pr: Produção real de resíduos sólidos em 2010
Pc: Produção calculada para a população de 2010
Em que:
Pp: Produção projetada de resíduos sólidos
Pc: Produção calculada
fa: Fator de Ajuste
41
SABESP – Plano Diretor de Água e Esgoto - 2011. Disponível em http://site.sabesp.com.br/. Acesso em 30/06/2014.
71 | P á g i n a
(1,258)
Gráfico 8: Geração RSD = (População / 2.990,32)
72 | P á g i n a
Considerando as populações projetadas foram obtidas as estimativas anuais de
resíduos da construção civil, conforme apresentado no quadro a seguir.
73 | P á g i n a
Porém, com raras exceções, os equipamentos de saúde apresentam maiores
concentrações quanto maior for à população dos municípios, o que permite que se considere
que os efeitos da polarização podem ser compensados pela concentração demográfica. Assim,
optou-se por montar uma única curva para responder pela relação entre população e geração
de RSS, conforme segue:
Tabela 29: Projeção da Produção de Resíduos Sólidos de Serviços da Saúde
Ano Produção RSS (kg/dia)
2018 275,07
2020 282,85
2025 296,35
2030 305,52
2035 311,62
2040 315,62
Aplicado às populações projetadas ano a ano, foram obtidas as projeções anuais
dos resíduos de serviços de saúde decorrentes da população recenseada de cada município,
conforme apresentado no gráfico a seguir.
1,697
Gráfico 10: Geração RSS = (População / 3.140,947)
Com os dados básicos de população e geração de 2010 utilizados para a
montagem da curva e a geração por meio dela projetada para este mesmo ano, foi calculado
do fator de ajuste.
Vale ressaltar que o PMGIRS também detalha os RSS levando em consideração as
Resoluções RDC ANVISA 306/04 e CONAMA 358/05 que dispõem, respectivamente, sobre o
gerenciamento interno e externo dos RSS. As Resoluções estabelecem diretrizes para a
segregação na fonte, tratamento e a possibilidade da disposição final, desde que aprovada
pelos Órgãos de Meio Ambiente.
74 | P á g i n a
6.2.3. Reaproveitamento de Resíduos
O reaproveitamento dos resíduos sólidos passou a ser compromisso obrigatório das
municipalidades após a Lei Federal 12.305/10, referente à Política Nacional dos Resíduos
Sólidos.
No entanto, o reaproveitamento está focado apenas nos resíduos sólidos
domiciliares e nos resíduos da construção civil já que, pelos riscos à saúde pública e por sua
patogenicidade, os resíduos de serviços de saúde não são recicláveis e possuem tratamentos
específicos.
75 | P á g i n a
do PMGIRS e da criação da Política Municipal de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos no
município.
42
Tabela 30: Reaproveitamento dos Resíduos Sólidos Domiciliares
Metas de Reaproveitamento
Composição Condição Mínima Condição Máxima
Gravimétrica Formas Atuais de
Componentes
Reaprovei- Reaproveitamento
(%) Índice Reaprovei- Índice
tamento
(%) tamento (%) (%)
(%)
Papel/Papelão 9,60% 10,00% 0,96% 60,00% 5,76%
Embalagens
1,00% 30,00% 0,30% 90,00% 0,90%
Longa Vida
Reciclagem
Plástico Rígido 6,30% 30,00% 1,89% 90,00% 5,67%
Plástico Mole 6,70% 5,00% 0,34% 40,00% 2,68%
Embalagens PET 0,60% 30,00% 0,18% 90,00% 0,54%
Metal Ferroso 1,40% 30,00% 0,42% 90,00% 1,26%
Metal Não
0,40% 30,00% 0,12% 90,00% 0,36% Reciclagem
Ferroso
Vidros 1,70% 5,00% 0,09% 40,00% 0,68%
Isopor 0,20% 0,00% 0,00% 40,00% 0,08%
Trapos/Panos 2,20% 0,00% 0,00% 40,00% 0,88% -
Borracha 0,20% 0,00% 0,00% 40,00% 0,08%
Subtotal 30,30% 4,29% 18,89% Reciclagem
Matéria Orgânica 62,90% 30,00% 18,87% 60,00% 37,74% Compostagem/
Madeira 1,20% 30,00% 0,36% 90,00% 1,08% combustível
Britagem/ tubulões/
Terra/Pedras 2,10% 0,00% 0,00% 40,00% 0,84%
Blocos
Pilhas/Baterias 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% -
Diversos 2,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% -
Perdas 1,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% -
Subtotal 69,70% 19,23% 39,66%
Total 100,00% 24% 59%
Observando-se este quadro, nota-se que foram analisadas duas condições de
disponibilidade dos materiais:
Condição Mínima: O lixo bruto chega à central de triagem sem separação prévia no
local de sua geração e, portanto, sem ter sido recolhido separadamente pela coleta
seletiva;
Condição Máxima: O lixo é separado na origem em duas partes: resíduo reciclável e
resíduo de material orgânico, sendo recolhidas separadamente pelas coletas seletiva e
regular, chegando à central de triagem sem estarem misturadas.
42
Grupo de Apoio Local – GEL.
76 | P á g i n a
Na condição mínima, estima-se que se consiga reaproveitar até no máximo 25%
dos materiais, nas proporções indicadas no quadro enquanto que, na condição máxima, esse
percentual pode atingir teoricamente até cerca de 60% do peso total dos resíduos.
Com relação à aceitabilidade pelo mercado consumidor, com a instituição da nova
legislação, que obriga a retirada dos materiais reaproveitáveis e limita a disposição apenas
daqueles para os quais o reaproveitamento não é viável, ou seja, os rejeitos acredita-se que
haverá um maior desenvolvimento no setor de reciclagem, principalmente se houver incentivos
governamentais para que isto aconteça.
A progressão necessária para a implementação do reaproveitamento e colocação
dos materiais é a seguir transcrita:
Ano 2016: faixa de 0 a 10%, com média anual de 5% de reaproveitamento;
Ano 2017: faixa de 10 a 20%, com média anual de 15% de reaproveitamento;
Ano 2018: faixa de 20 a 35%, com média anual de 27,5% de reaproveitamento;
Ano 2019: faixa de 35 a 60%, com média anual de 47,5% de reaproveitamento; e
Ano 2020 em diante: 60% ou mais de reaproveitamento.
Com estas metas atende-se o prazo fixado na legislação para a reciclagem máxima
em até quatro anos após vigência do PMGIRS. Este tempo foi disponibilizado para que os
municípios e o mercado se adaptem à nova realidade, no entanto, destacamos que essas
metas são impraticáveis com os recursos financeiros e infraestruturas existentes no município.
Buscando soluções para o difícil cenário atual do município, o poder público e a
iniciativa privada deverão trabalhar juntos para viabilizar projetos em diversos fundos de
investimentos financeiros de forma a cumprir o plano de metas para: 1) regularizar as áreas de
“bota-fora” clandestinas; 2) regulamentar e melhorar a condição de vida dos coletores informais
de recicláveis; 3) sistematizar e monitorar a logística de coleta e destinação final do RSD; 4)
viabilizar projetos executivos para descentralização e centralização, quando necessário, da
coleta, acondicionamento, transporte, triagem, processamento, beneficiamento e destinação
final; 5) buscar continuamente novas alternativas tecnológicas e de locais de destinação final
dos resíduos, que melhorem a relação de custo-benefício social, ambiental e econômico do
município.
O material reciclado é uma fonte de renda direta que pode ser explorada e
reinvestida em projetos sociais e ambientais incentivando o desenvolvimento sustentável do
município. O material orgânico e os resíduos de poda verde podem ser utilizados como matriz
energética através de produção de gás por biodigestores, substituição de carvão mineral e
77 | P á g i n a
florestal para estabelecimentos que se utilizem desta fonte de energia, por exemplo, além dos
derivados da compostagem e outros subprodutos.
Com estas metas atende-se o prazo fixado na legislação para a reciclagem máxima
em até quatro anos após vigência do PMGIRS. Este tempo será para que os municípios se
adaptem para processar os materiais brutos gerados em seus territórios.
Semelhante à infraestrutura existente para tratamento do RSD, destaca-se que
essas metas são impraticáveis com os recursos financeiros e infraestruturas atuais existentes
no município.
Para tratamento do RCC, o cenário é um pouco melhor por já existir uma empresa
e um local licenciado na cidade para processamento e destinação dessa classe de resíduos. As
metas que devem ser implantadas são: 1) Apresentação de Plano de gerenciamento e
adequação de todas as empresas e estabelecimentos públicos e privados, profissionais
autônomos e demais atuantes da área de construção civil, para questões de geração,
78 | P á g i n a
transporte e destinação dos resíduos; 2) descentralização dos centros de processamento de
destinação final; 3) regularizar as áreas de “bota-fora” clandestinas 4) Sistematizar e monitorar
a logística de coleta e destinação final do RCC; 4) viabilizar projetos executivos para
descentralização da coleta, acondicionamento, transporte, triagem, processamento,
beneficiamento e destinação final; 5) buscar continuamente novas alternativas tecnológicas e
de locais de destinação que melhorem a relação de custo-benefício social, ambiental e
econômico da cidade.
150
(ton/dia)
projeção
100
2020
50
Ano
79 | P á g i n a
Observando-se este quadro, pode-se notar que há decréscimo apenas nos
primeiros quatro anos até 2020, data em que deverá ter sido atingido o limite máximo de
reaproveitamento dos materiais contidos nos resíduos domiciliares.
28
26
24 projeção
22
2020
20
Ano
80 | P á g i n a
O serviço de limpeza pública, que compreende os RLP, englobando varrição de
vias e praias, manutenção de vias, passeios públicos e boca de lobo, manutenção de áreas
verde, limpeza pós feiras livres, é precário em infraestrutura e equipamentos básicos e as
equipes necessitam de atualizações, informações na área de educação ambiental e segurança
do trabalho.
A destinação dos RLP não é adequada, devido à utilização de “bota foras” ou
mesmo em relação ao transbordo, já que resíduos potencialmente compostáveis não estão
sendo depositados na área municipal da EMDURB, que está devidamente licenciada para
atividade, elevando assim os custos em relação ao transbordo e aterro. Hoje não existe um
acompanhamento e uma metodologia de trabalho bem definida e padronizada dentro dos
moldes da PNRS, deficiência que será corrigida com a implementação deste plano.
O serviço de coleta dos RSD, realizado por empresa terceirizada é desenvolvido a
partir de um modelo de um termo de referência antigo e obsoleto, que impede a melhoria da
qualidade e modernização do serviço. A coleta é realizada porta a porta, porém existem
variações muito amplas nos horários e a metodologia apresenta problemas, pois quando os
resíduos passam a ser acumulados em um único ponto, geralmente no meio da rua, ficam
expostos aos animais e aves, gerando problemas de higienização e de sanidade pública, além
de comprometer o trânsito.
Durante a temporada, a logística de coleta também deixa a desejar, pois os
acessos aos locais mais movimentados ficam muitas vezes obstruídos pelo trânsito e faz-se
necessário o aumento do número de caminhões ou viagens, o que gera custos mais elevados.
Necessita-se também do aumento no número de caçambas estacionárias cobertas, uma vez
que não atendem a necessidade do volume de resíduo produzido nestas épocas do ano.
Nos bairros mais isolados, onde a coleta não é realizada porta a porta e em praias
mais movimentadas com grande produção de resíduos, as caçambas estacionárias disponíveis
não possuem tampas, o que deixa os resíduos expostos, gerando um grande problema de
poluição visual, de higienização e de saúde pública. A coleta de todo o Município dos RSD é
custeada pela Prefeitura, não existe taxa específica para comércio e para os grandes
geradores. Não existe um programa específico de Educação Ambiental sobre resíduos sólidos
ou comunicações sistemáticas direcionadas aos munícipes em geral, a respeito dos
procedimentos da coleta, data, hora, mudanças, ou mesmo programas específicos para época
de temporada.
O serviço da Unidade de Transbordo localizado na região Oeste do município,
está devidamente legalizado com Licença de Operação para transporte de resíduos. O serviço
81 | P á g i n a
é adequado às normas vigentes de operação, porém é importante ressaltar que o município
possui mais de 100km de extensão, com diversas comunidades dispersas em locais de difícil
acesso e com uma malha viária que fica sobrecarregada durante os períodos de temporada.
Assim sendo os resíduos coletados da região Sul passeiam pela cidade até a sua disposição
final no aterro de Jambeiro, isto é, ocorre a duplicação da quilometragem percorrida pelos
resíduos, pois eles saem da região sul e vão para o transbordo, que fica na região oeste, e
voltam para a região sul para a disposição final na UTGR Jambeiro, cuja rota dá-se no sentido
Ubatuba – Caraguatatuba – Jambeiro. Isso implica em um aumento significativo dos custos
financeiros e no risco e no comprometimento da qualidade ambiental devido à exposição do
lixo durante o transporte.
De acordo com os dados apresentados na composição gravimétrica de 2011, os
RSD são compostos por 53% de resíduos de origem orgânica, 35% de resíduos
potencialmente recicláveis e 12% de resíduos considerados rejeitos. O Município ainda não
tem uma política direcionada para a coleta seletiva, e tão pouco estruturação e infraestrutura
para realizá-la, fato que deve mudar a partir da implantação deste plano. Hoje operamos
somente com um caminhão compactador em estado precário, que não coleta 1% dos resíduos
potencialmente recicláveis, e somente a região central é atendida. O serviço é realizado por
uma pequena equipe, sem planejamento e não há sistematização dos dados. A educação
ambiental é praticamente inexistente e se dá por algumas iniciativas da Sala Verde e de
escolas e entidades que desenvolvem a temática.
Existe por parte da iniciativa privada um giro significativo na economia local e a
movimentação de um mercado informal, do comércio dos resíduos potencialmente recicláveis,
por parte das recicladoras particulares, que chegam a processar cerca de 1,5 ton/dia cada
uma. Esses valores do mercado informal não chegam a totalizar 3% do potencial de
reaproveitamento dos resíduos potencialmente recicláveis.
No município não existe uma organização dos trabalhadores da reciclagem, seja
por cooperativas, associações ou grupos de carroceiros, catadores ou mesmo comerciantes da
reciclagem.
Ainda em relação aos RSD e RLP, outra problemática encontrada diz respeito a
inexistência do mapeamento da grande quantidade da produção de poda verde, gerada pela
supressão de vegetação e capina no município, realizadas tanto pelo poder público quanto por
particulares. A grande quantidade de poda verde se dá pelo fato de que o município possui
mais de 87% do território coberto por florestas . A destinação final destes resíduos ainda não é
82 | P á g i n a
adequada, pois apenas uma parcela deles é destinada para EMDURB e a outra para o
transbordo, gerando um grande custo devido ao peso deste material.
Ainda há uma terceira parcela dos resíduos vegetais que está sendo disposta em
terrenos utilizados como “bota fora”, muitas vezes incorporado a outros tipos de resíduos,
gerando um grande impacto ambiental e problemas de sanidade pública. Isto gera um grande
desperdício de material que poderia ser transformado em composto para agricultura familiar,
haja vista que existe esta demanda no Município por parte dos agricultores, ou ainda que esse
material poderia ser reutilizado como matriz energética (ex: lenha, carvão, biogás, etc.).
A partir deste Plano está clara a necessidade de adequações em todos os
procedimentos que envolvam os RSD e RLP e a significativa importância e relevância da
sazonalidade na gestão dos resíduos, pois há aumento significativo em períodos com intensas
atividades turísticas, além dos demais entraves a serem superados, de modo que o município
esteja de acordo com as recomendações da PNRS.
A partir da I CMMA realizada em Ubatuba no ano de 2013, junto com os
encontros com os diversos setores da sociedade, que tiveram como tema os resíduos sólidos e
subsidiaram a construção deste Plano, garanti-o dessa maneira o controle social. Por tanto, os
primeiros passos para reversão dos cenários levantados foram dados.
A Prefeitura tem como objetivo a implantação do Programa Lixo Zero, minimizando
a quantidade de resíduos a ser disposta em aterros. Para isso, estão sendo estudadas políticas
públicas e tecnologias adequadas a realidade local que otimizem e viabilizem social, ambiental
e economicamente a gestão dos resíduos.
No entanto, terão que ser feitos investimentos estruturais e educacionais para
implantação da coleta seletiva em 100% do território e a transformação dos resíduos orgânicos,
por meio de tecnologias de biodigestão, por exemplo, sendo enviado para o aterro somente os
rejeitos.
A situação se agrava ainda mais quando se observam os custos decorrentes da
necessidade de transportar os resíduos sólidos domiciliares do litoral até o planalto e o grande
risco ambiental durante o transporte, o que confere à atual logística, um caráter temporário.
Com a mudança do aterro para o Município de Jambeiro conseguiu-se, mesmo que de pouca
significância, uma economia relacionada à redução da quilometragem percorrida.
Por outro lado, é evidente a dificuldade de se encontrar local apropriado para
instalação de um aterro sanitário no próprio município, cuja planície é predominantemente
arenosa e cujas encostas, em sua quase totalidade, estão englobadas por áreas protegidas.
83 | P á g i n a
Por isso se faz necessário o estudo minucioso ambiental, econômico e social de tecnologias
adequadas.
Outro grande desafio é fazer com que a EMDURB, que possui área devidamente
licenciada tanto para os resíduos vegetais, quanto para os resíduos da construção civil, opere
com todo o seu potencial de funcionamento transformando os resíduos vegetais, juntamente
com o coco verde, em compostos que poderão ser utilizados em canteiros públicos e para
agricultura familiar local.
Os RCC são operados quase que em sua totalidade por empresas terceirizadas
e os dados de geração, processamento e destinação são precários, pois não existe um controle
satisfatório por parte do Poder Público, além das empresas não forneceram os dados
adequadamente sistematizados.
Busca-se a organização do setor, por meio da exigência do Plano de
Gerenciamento dos RCC para empresas e a potencialização por parte da EMDURB em coletar,
transformar e destinar os RCC para recapeamento das ruas e para a confecção de outros
materiais, como tubulões, por exemplo. Isso diminuiria o impacto ambiental devido o descarte
irregular, além de diminuir os custos com o transbordo e gerar uma economia local significativa.
Finalmente, no que se refere aos RSS, toda a sua gestão é realizada por empresa
terceirizada a partir de contrato com a Prefeitura Municipal. Os RSS por exigir destinação final
especializada disponível apenas no planalto, dificilmente encontrarão solução adequada no
próprio Litoral Norte, a menos que os quatro municípios ali existentes se cotizem sob forma de
consórcio.
Por ser um serviço especializado, os custos desta prestação são mais elevados e
esses valores não são repassados aos geradores, pois não existe taxa específica para clínicas
médicas, clínicas veterinárias, consultórios em geral, laboratórios particulares e demais
geradores para coleta e destinação destes resíduos.
A partir deste diagnóstico fica clara a necessidade de adequação da atual gestão
dos resíduos sólidos do Município de Ubatuba à PNRS, pois existe uma herança histórica de
gestão ineficiente e de defasagem ao acesso a tecnologias inovadoras, ambiental,
economicamente e socialmente apropriadas para o município. Este histórico se reflete nos
resultados precários apresentados neste diagnóstico e espera-se que a partir deste PMGIRS,
através de suas metas e plano de ações venha mitigar ou até mesmo sanar essas
problemáticas.
Porém existe na atual conjuntura nacional um abismo entre a adequação dos
municípios à PNRS e o acesso às políticas de investimentos, financiamentos, tecnologias,
84 | P á g i n a
repasses e apoio dos entes Estaduais e da União ao avanço da implementação da PNRS e dos
PMGIRS nos municípios, tendo, portanto um longo caminho a ser conquistado na temática dos
Resíduos Sólidos.
A PNRS coloca sobre os municípios uma carga de demandas para as quais estes
não tem capacidade administrativa e financeira de resposta no tempo requerido por lei. Em
particular, destaca-se a necessidade urgente de regulamentar a logística reversa e efetivar o
cumprimento do princípio do gerador-pagador, sem a qual não será possível dar
encaminhamento aos resíduos não-compostáveis.
No caso específico de Ubatuba, não existe dentro do orçamento próprio do
município, salvo um improvável grande aumento da arrecadação, a capacidade de executar os
investimentos necessários em infraestrutura e equipamentos para atingir as metas
estabelecidas pela PNRS nos prazos nela previstos.
Assim sendo, a obtenção de recursos públicos estaduais e federais, assim como a
captação de investimento privado, por meio de Parcerias Público Privadas ou outros
mecanismos compatíveis, torna-se prioridade absoluta para a implementação deste Plano.
85 | P á g i n a
Figura 34: Pré-conferências realizadas na Região Oeste e Centro Sul respectivamente
86 | P á g i n a
Figura 37: I CMMA realizada na Região Central e os grupos de trabalho
Eixo
Ordem Ação Prioritária Municipal
Temático
1. Produção e Consumo
Implementar postos de entrega voluntária de materiais recicláveis em
1.1 supermercados e comércios dos bairros, para redirecioná-los em prol das
Sustentáveis
comunidades.
87 | P á g i n a
(continuação)
1. Produção e
Sustentáveis
1.3 recicláveis e reutilizáveis que possam ser beneficiados ou disponibilizados,
Consumo
gerando recursos a serem revertidos em prol da comunidade.
2.4 Gestão compartilhada do lixo por: poder público, privado e sociedade civil.
88 | P á g i n a
(continuação)
Eixo
Ordem Ação Prioritária Municipal
Temático
Divulgação das ações do Programa de Educação Ambiental nas escolas,
instituições (postos de saúde, igrejas, ONGs, comércios, associações de bairro)
e mídia, com a criação de um personagem de sensibilização, como o Naturuba;
4.1 Criação de um boletim comunitário periódico nos bairros, com horários de coleta,
dicas de separação, reutilização, informação sobre a destinação de cada
resíduo, e a colocação de placas e lixeiras próximas às cachoeiras, mirantes,
4. Educação Ambiental
praias e demais pontos da cidade.
Programa de Educação para o turista, quiosqueiros e ambulantes para que haja
4.2 conscientização e organização quanto à adequação do destino de resíduos em
locais públicos e também próximo aos rios, cachoeiras e praias.
Formação de agentes ambientais dentro das comunidades, interligados ao
4.3
Conselho Municipal de Meio Ambiente.
Estabelecer e fomentar a troca de informação entre o cidadão e o poder público,
4.4 para que ambos possam exigir ações efetivas no Programa Municipal de
Resíduos Sólidos.
Advertência e/ou multa aplicada ao descumprimento da legislação municipal,
4.5
estadual e federal de resíduos.
O relatório final da conferência, que contém todas essas propostas, foi levado pelos
delegados eleitos para 1ª Conferência Regional do Meio Ambiente do Litoral Norte, que foi
realizada juntamente com outras 3 cidades da região no dia 16 de agosto, no Centro
Universitário Módulo no município de Caraguatatuba.
A conferência regional definiu 20 propostas relacionadas dentro dos mesmos quatro
eixos temáticos abordados. Também elegeu sete delegados para Conferência Estadual do
Meio Ambiente, e 2 delegados do Município de Ubatuba para IV Conferência Nacional do Meio
Ambiente em Brasília-DF. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a conferência tem o
desafio de contribuir para implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Abaixo
relacionamos as diretrizes aprovadas na conferência regional por eixo temático:
Tabela 34: Propostas Prioritárias de Ação Regional – Conferência Regional de Meio Ambiente
Eixo
Ordem Ação Prioritária
Temático
Criação de fundo, com controle e participação social, para o fomento à
1.1
1. Produção e
Sustentáveis
89 | P á g i n a
(continuação)
Eixo
Ordem Ação Prioritária Municipal
Temático
Regulamentação nacional para que as embalagens obrigatoriamente
1. Produção e Consumo
1.3 apresentem informações quanto à composição, custo, percentual relativo ao
custo do produto, e possibilidades de segunda utilização
Sustentáveis
Estimular o aproveitamento de materiais reciclados, produção e técnicas
1.4 construtivas sustentáveis, por meio de regulamentação de programas e políticas
públicas.
Priorizar a implementação de programas e ações governamentais que
1.5 incentivem o consumo de produtos locais, oriundos de cadeias produtivas
sustentáveis.
Adoção de soluções regionais imediatas para destinação final dos resíduos
2.1
sólidos urbanos, não recicláveis. (Prazo máximo de 2 anos).
90 | P á g i n a
(continuação)
3. Geração de
3.4 resíduos por sistema cooperativo, incentivando iniciativas de moradores e
Trabalho e
Renda
associações utilizando os incentivos fiscais estaduais, municipais e federal.
Fomentar intercambio tecnológico entre universidades, instituições e poder
3.5 público para o desenvolvimento de produtos a partir dos resíduos visando a
utilização local dos mesmos.
Programa de Educação Ambiental descentralizado e territorial, com
fortalecimento das associações locais, com ação local de acordo com a sua
4.1
realidade e com as orientações das políticas públicas vigentes. Priorização da
educação ambiental no sentido da cidadania.
4. Educação Ambiental
Realização de campanhas educativas e publicitárias em âmbito municipal e
4.2
regional.
Programas de capacitação para: formação de agentes ambientais, utilizando
comunidades locais, em parceria com universidades, instituições de pesquisa e
4.3 desenvolvimento tecnológico, Poder Público e Setor Privado; desenvolvimento
de oficinas que tratem da redução de consumo, da gestão integrada de
resíduos, logística reversa e reaproveitamento de resíduos.
Orientação e fiscalização pela sociedade civil, em parceria com o poder público,
4.4
visando o cumprimento das leis que regulamentam a gestão dos resíduos.
Estabelecimento de parcerias público-privadas, e outros mecanismos, para
4.5 financiamento e execução de ações estabelecidas nos Programas Municipais
de Resíduos.
91 | P á g i n a
9.2. Propostas para a Revitalização e Conservação da Zona Marinha e Costeira 43
43
Trabalho elaborado em conjunto entre a APA Marinha-LN e CBH-LN (CT-SAN), de autoria de L.P.Vianna, P.M.P.Bolta e D.M.E. Formaggio
92 | P á g i n a
Figura 38: Mapa Mental das fontes de poluição do LN.
93 | P á g i n a
g) Elaborar, implantar e executar projetos de reciclagem;
h) Elaborar, implantar e viabilizar projetos a respeito da problemática dos petrechos
de pesca perdidos no mar;
i) Dialogar com os setores de atividades potencialmente poluidoras a respeito de
boas práticas em relação ao descarte de resíduos sólidos, independente da
classe dos mesmos;
j) Estabelecer parceria com a Secretaria de Ensino do município e priorizar no plano
de trabalho anual os assuntos:
o Resídulos Sólidos
o Logística Reversa
o Economia Verde
o Poluição Marinha
o Serviços Ambientais do ambiente marinho;
94 | P á g i n a
Tabela 35: Resumo das Ações para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos
UBATUBA
Metas
veitamento
Reapro-
Intervenção Prazo Intervenções Planejadas Investimentos
Coleta
95 | P á g i n a
(continuação)
UBATUBA
Metas
veitamento
Reapro-
Coleta
Intervenção Prazo Intervenções Planejadas Investimentos
100%
Implantação de Usina de Tratamento de 10%
Resíduos Orgânicos e geração de energia R$ 60.000.000,00
até (biogás e eletricidade)
Médio Prazo
a 2018 Centro de reciclagem municipal dos resíduos
R$ 350.000,00
eletrônicos
Implantação de cooperativa de reciclagem R$ 500.000,00
100%
até Disponibilização de aterro sanitário regional em
Longo Prazo R$ 8.700.472,00 60%
a 2025 Caraguatatuba
96 | P á g i n a
9.4.1. Alternativa Transbordo Região Sul
97 | P á g i n a
O método de biodigestão é um processo de tratamento que biologicamente degrada
os materiais orgânicos na ausência de oxigênio. Durante o processo é gerado o “biogás” rico
em metano que pode ser utilizado para gerar energia, ou através de um gerador ou tratando
esse gás para uso em veículos, podendo alimentar a frota municipal de veículos, na geração de
energia elétrica ou inclusive para sua comercialização para uso domiciliar.
Como o processo não remove nenhum contaminante que esteja presente na massa
dos resíduos, estes estarão presentes no produto final, diminuindo muito a qualidade e
aplicabilidade do composto. É um processo muito utilizado para tratamento de poda,
jardinagem e similares, assim como para correntes homogêneas de resíduos orgânicos. Para
resíduos urbanos em geral, a contaminação só será controlada se existir um processo muito
bom de coleta seletiva com separação na fonte. Mesmo assim, os resíduos necessitarão de um
pré-tratamento. Existem diversos métodos e a municipalidade está estudando o mais eficaz e
eficiente à realidade do município.
98 | P á g i n a
Mas há também programas municipais de coleta seletiva, realizados em parceria
com catadores organizados que apresentam elevadas taxas de recuperação de materiais.
Esses programas de sucesso, como o caso de Londrina - PR, se caracterizam pelo
envolvimento formal de catadores na coleta porta a porta e na triagem dos materiais
recuperados, e pela capacidade de gestão do município, sobretudo no apoio à organização dos
grupos e ao movimento de catadores e na implementação de soluções de baixo custo de
coleta.
Além disso, a própria caracterização geográfica, socioeconômica e cultural do
município sugere que os programas de coleta seletiva devem ser descentralizados e atender a
necessidades específicas dos bairros, podendo esta coleta organizar-se através de parcerias
do poder público, iniciativa privada e entidades sem ânimo de lucro, como associações de
moradores, entidades filantrópicas, organizações ambientalistas e outras.
Diante da atual realidade do município sugere-se a criação de um programa de
coleta seletiva em parceria que inclua tanto catadores organizados que prestarão o serviço na
coleta porta a porta e na triagem dos materiais recuperados, como entidades do terceiro setor
que organizem a coleta seletiva em localidades específicas do município, de acordo com os
interesses e a realidade de cada bairro ou núcleo populacional. Para isso é necessário um
estudo de setorização da coleta identificando os domicílios permanentes e os domicílios de
temporada, o incentivo e apoio a organização dos catadores e das entidades interessadas no
programa, além de disponibilização de infraestrutura e um programa de educação ambiental
amplo.
As características principais desse modelo serão:
a) Planejamento específico detalhado para cada projeto local;
99 | P á g i n a
transportados para pontos pré-definidos de acumulação temporária, os Ecopontos (onde não
se fará triagem).
A partir desses pontos de acumulação - os Ecopontos, veículos motorizados, de
maior volume de transporte, devidamente dimensionados para a atividade, e que podem estar
sob responsabilidade da administração municipal ou de uma central de cooperativas ou
empresa privada levarão os resíduos acumulados, ainda nos sacos em que foram segregados
nas residências, até um galpão de triagem, onde serão separados para processamento,
transformação e venda.
Nesse modelo os catadores se apropriarão do valor de venda do reciclável e serão
remunerados e contratados pela administração municipal. Além disso, o município poderá
estabelecer convênios para gestão dos Pontos de Entrega Voluntária ou Ecopontos às
entidades participantes do programa, remunerando-as pelo serviço prestado.
O catador, no início do programa, devidamente identificado como prestador de
serviços, deverá ser apresentado por equipes de mobilização e educação ambiental da
administração municipal aos moradores. A combinação de uma atividade porta a porta de baixo
custo com um transporte de maior capacidade volumétrica permitirá reduzir sensivelmente os
custos operacionais da coleta.
100 | P á g i n a
manutenção dos equipamentos não é necessário mão de obra especializada, sendo necessário
apenas um treinamento especifico.
O decompositor termomagnético pode processar os seguintes resíduos:
101 | P á g i n a
Sempre é bom lembrar que o Litoral Norte apresenta condições bastante favoráveis
para estas alternativas não convencionais, tanto pelas características geográficas, de recursos
naturais até pelo perfil de cidadãos com grande apelo ambiental, facilitando o processo de
educação ambiental. Ao mesmo tempo um apelo social, fortalecendo a economia local com a
geração de emprego e renda a partir da transformação dos resíduos. Assim, para saber como
as alternativas não convencionais equacionaram estes e outros aspectos, será realizado um
Estudo de Viabilidade Econômica para a implantação de uma usina de geração de energia por
aproveitamento de biogás, projeto aprovado pela SMMA em 2014 no Fundo Nacional para
Mudanças do Clima do Ministério do Meio Ambiente.
As conclusões deverão guiar as ações da Prefeitura Municipal de Ubatuba para o
tratamento de resíduos sólidos. As ações decorrentes desse estudo e de outros em andamento
deverão ser incluídas em revisões deste plano nos prazos previstos na lei municipal da qual
este plano é parte integrante. Nesse período, os quatro municípios da UGRHI 3 continuarão a
encaminhar seus resíduos para as unidades atuais, localizadas no Vale do Paraíba, até o CTR
de Caraguatatuba entrar em operação, tornando-se apto para recebê-los e tratá-los em
conformidade com as exigências da Política Nacional dos Resíduos Sólidos.
102 | P á g i n a
revisar seus planos de metas e ações, programas ou procedimentos, de forma que a evolução
da prestação dos serviços não apresente descontinuidades e se ajuste novamente à evolução
progressiva estipulada no PMGIRS.
103 | P á g i n a
Programa de Coleta Seletiva
Visa construir o conhecimento e a interação com o meio de modo que cada cidadão
compreenda sua função social, ambiental e econômica dentro da temática dos Resíduos
Sólidos. O trabalho será desenvolvido com os munícipes de forma ampla dentro e fora dos
espaços escolares, comércios, praças e com todas as idades. O programa parte da lógica do
cidadão educador e educando. O trabalho será difundido, através de palestras, oficinas,
vivências, no dia a dia a partir da valorização dos cidadãos exemplos, que já desenvolvem
trabalhos e ações dentro dessa temática. Será elaborado junto as diversas parcerias envolvida,
um material informativo para divulgação e socialização da informação na mídia disponível.
Os temas abordados dentro do programa de educação ambiental visa a importância
da minimização da geração de resíduos; do consumo consciente; da responsabilidade
compartilhada; do reaproveitamento; da separação dos resíduos recicláveis (coleta seletiva) e
compostáveis e do descarte correto. A educação ambiental construída e aplicada de forma
transversal atinge todos os seguimentos da sociedade, afim de um exercício prático e continuo
do despertar da consciência ambiental, a partir do envolvimento do cuidado aliado as práticas
de sustentabilidade.
104 | P á g i n a
Plano de metas
Plano de metas
44
Prazo (anos)
Metas gerais
curto Médio longo
Formação de uma equipe técnica multidisciplinar para implantação, execução, 3
1
coordenação e monitoramento do PMGIRS meses
6
2 Elaboração do Plano de Implementação do PMGIRS
meses
6
3 Elaboração de Plano de Arrecadação (Taxas) e Incentivos Fiscais
meses
Elaboração de Plano Específico de Educação Ambiental , permanente que envolva toda
4 a comunidade, escolas e comércio, de forma integrada e transdisciplinar em parceria 1 ano
com a Secretaria de Educação e a Secretaria de Saúde
Criação de uma Agência Reguladora para Gestão dos Resíduos Sólidos ou definição e
5 1 ano
adequação da estrutura do órgão que terá essas atribuições
Estabelecimento de um modelo público-privado de gestão e estudo de viabilidade para
6 1 ano
seleção de áreas potenciais de manejo e destinação final de resíduos
Estudo de Viabilidade para implantação de sistemas de Biodigestão no Município de
7 1 ano
Ubatuba.
Definição e disponibilização das áreas potenciais para implantação de transbordo e
8 1 ano
demais alternativas tecnológicas para tratamentos de resíduos sólidos
44
Prazos definidos a partir da promulgação da Lei Municipal que cria o PMGRIS
105 | P á g i n a
(continuação)
Plano de metas
Prazo (anos)
Metas gerais
curto Médio longo
Priorizar a contratação e compras municipais de produtos recicláveis e reciclados; bens,
9 serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de consumo social e 1 ano
ambientalmente sustentáveis.
Incluir nos editais licitatórios a preferência por produtos recicláveis e reciclados; bens, serviços
10 e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de consumo social e 1 ano
ambientalmente sustentáveis.
11 Aplicar e divulgar as lei municipais existentes 1 ano
Inserir no carne do IPTU o calendário de coleta e as leis básicas municipais de resíduos e a
12 1 ano
criação de um informativo específico para os comerciantes
Levantamento e licenciamento das áreas de descarte existentes, das áreas potenciais e dos
13 Constante
sistemas convencionais e alternativos de tratamento de resíduos sólidos
cadastro das fontes geradoras de
1 ano
resíduos: RSD; RCC; RSS
cadastro das empresas,
estabelecimentos e depósitos que 1 ano
atuem com manejo de resíduos
cadastro de caçambas estacionárias,
contêineres ou qualquer outro meio de 1 ano
acondicionamento de resíduos
cadastro dos veículos automotores
utilizados para transporte dos meio de 1 ano
Elaboração e operação de um Sistema acondicionamento de resíduos
Informatizado de Gerenciamento Municipal de cadastro de clínicas, empresas,
14
Resíduos (SIGMUR) que centralize as informações estabelecimentos públicos ou privados,
1 ano
do: prestadores de serviço que gerem
resíduos de saúde ou perigosos (Classe I)
agenda de coleta e elaboração de
logística para retirada de resíduos de 1 ano
grandes volumes
manifestos de carga 1 ano
monitoramento das empresas,
estabelecimentos, meios de transporte e 1 ano
meios de acondicionamento de resíduos
planos de gerenciamento de resíduos
1 ano
dos grandes geradores
Monitoramento dos estabelecimentos que vendem produtos tóxicos, ou que gerem resíduos
15 2 anos
perigosos e pneumáticos e, criar ponto de logística reversa
Formar a equipe de limpeza pública, promover adequações de infraestrutura e finalização do
16 2 anos
uso de bota fora pela PMU
Criar um plano específico de gerenciamento para Unidades de Conservação, ilhas e locais de
17 2 anos
difícil acesso
106 | P á g i n a
(continuação)
Plano de metas
prazo (anos)
Metas para RCC
curto Médio Longo
Notificar todos os estabelecimentos públicos ou privados, que atuem na área de
terraplanagem, manejo de entulhos e construção civil para o cadastramento de todas as
1 1 ano
caçambas estacionárias, contêineres, veículos automotores e demais meios de transporte e
acondicionamento de RCC
Obrigatoriedade de plano de gerenciamento de resíduos sólidos para as empresas e
18
2 estabelecimentos, públicos e privados que atuem diretamente em obras na área de construção
meses
civil, vinculada à obtenção de alvará e licenças municipais
18
3 Criação de Taxa Municipal Específica e Incentivos Fiscais
meses
Notificação para escritórios de engenharia e arquitetura, que atuem na construção civil, a
18
4 elaborarem um inventário de resíduos sólidos, vinculada à obtenção de alvará e licenças
meses
municipais
plano de gerenciamento de resíduos sólidos para
2 ano
Vincular a concessão do HABITE-SE construções com mais de 350m² de área construída
5
à apresentação de: inventário de resíduos sólidos para construções com
2 anos
menos de 350m² de área construída
Programa municipal para premiação dos empreendedores que comprovem a responsabilidade
6 2 anos
socioambiental com selo específico.
Adequação da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano (EMDURB) para gestão da
7 2 anos
coleta, recebimento, triagem, processamento e beneficiamento dos RCC
prazo (anos)
Metas para RSS
curto médio Longo
Estabelecer obrigatoriedade para todas as empresas, estabelecimentos públicos ou privados,
clínicas diversas, clínicas veterinárias e odontológicas, laboratórios, funerária, prestadores de
18
1 serviço diretos ou indiretos na área de saúde, como por exemplo: acupuntura e tatuagem para
meses
elaboração do inventário de resíduos perigosos (classe I, Grupos A, B, C e D) vinculada à
concessão ou renovação de alvarás e licenças municipais e notificar dos prazos.
18
2 Criação de Taxa Municipal Específica e Incentivos Fiscais
meses
prazo (anos)
Metas para RSD
curto médio Longo
Implantação do Programa Verão Limpo, direcionando atividades durante período da 6
1 temporada junto com vendedores ambulantes, distribuidores e demais comerciantes em geral
meses
para: Trabalho de Educação Ambiental interagindo população local com turistas.
Um plano de ação com a colocação de lixeiras, placas e manutenção dos principais pontos 6
2 turísticos; Entrega de informativos do horário da coleta e das leis associadas ao descarte
meses
irregular dos resíduos.
Adequação dos quiosques, estabelecimentos comerciais, ambulantes para implantar uma
3 logística de acondicionamento e destinação do coco verde, através de um programa de 1 ano
incentivo à aquisição para picadores e contêineres
Adequação da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano (EMDURB) para gestão da
18
4 coleta, recebimento, triagem, processamento e beneficiamento do lixo verde e de resíduos
meses
recicláveis
107 | P á g i n a
(continuação)
Plano de metas
prazo (anos)
Metas para RSD
curto Médio Longo
Vincular o alvará de funcionamento de eventos e feiras livres a um termo de responsabilidade
5 socioambiental para apresentação posterior de um relatório ou declaração para controle de 1 ano
geração e destinação de resíduos
Implantar um sistema de serviço fixo ou móvel para triturar lixo verde, resíduos de poda, coco,
como pré-tratamento para geradores, tais como: condomínios, loteamentos, quiosques e
6 2 anos
estabelecimentos públicos e privados para facilitar transporte, acondicionamento e destinação
final
Estabelecer obrigatoriedade para todas as empresas, estabelecimentos públicos ou privados,
prestadores de serviço diretos ou indiretos que exerçam atividades diversas no comércio e
7 2 anos
indústria, condomínios e loteamentos, para elaboração do inventário de resíduos, vinculada à
concessão ou renovação de alvarás e licenças municipais e notificar dos prazos.
Criar um plano de ações específicos para reestruturação e adequação do Mercado Municipal
8 de Ubatuba, das peixarias, píeres, fazendas aquícolas e demais locais que gerem detritos 2 anos
marinhos.
Funcionários que possuem contato direto com os
6
resíduos deverão utilizar Equipamento de Proteção
Adequação dos depósitos de meses
Individual (EPI)
sucatas, estabelecimentos e
Tornar-se um agente multiplicador e parceiro de
autônomos que exerçam atividades 2 anos
9 projetos sociais e ambientais
relacionadas à coleta, transporte,
Cadastrar todos veículo e demais meios de transporte
manejo e comércio de resíduos 2 anos
de resíduos
recicláveis.
Apresentar um relatório ou declaração periódica do
2 anos
manifesto de carga para controle de resíduos
Implantar uma cooperativa de catadores de resíduos para regulamentar e melhorar as
10
condições de trabalho e vida da classe 6 anos
Estabelecer parcerias públicas e privadas para oferecer subsídios de serviços técnicos de
11 engenharia para regularização, implantação e adequação dos depósitos de sucata, por estes 2 anos
prestarem serviços de interesse público.
5 em 20 em
Implantação de ecopontos, postos de coleta de grandes volumes e logística para transporte
12 até 1 até 6
até estabelecimentos intermediários ou definitivos.
ano anos
108 | P á g i n a
dever de “estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos
produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza
urbana e de manejo dos resíduos sólidos”, principalmente de agrotóxicos, seus resíduos e
embalagens; pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; produtos
eletroeletrônicos e seus componentes. Portanto, a logística reversa impõe obrigação ao setor
empresarial de implantar estruturas para coletar e dar destinação adequada aos resíduos.
Todavia, no § 7º do próprio artigo 33 da Lei nº 12.305/2010, abre-se a possibilidade
de o município realizar acordo setorial ou termo de compromisso firmado com o setor
empresarial, encarregando-se das responsabilidades dos fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes nos sistemas de logística reversa dos produtos e embalagens
mencionadas no caput. Assumindo, por parte do Município, o conjunto de ações,
procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao
setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou seja,
atividades vinculadas à logística reversa deverá haver a devida remuneração pelos fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes, nos termos expressos na parte final do § 7º do
próprio artigo 33 da Lei nº 12.305/10: “as ações do poder público serão devidamente
remuneradas, na forma previamente acordada entre as partes”.
Com isso, caberá a administração municipal, a possibilidade de promover acordo
setorial, ou termo de compromisso firmado entre os setores públicos e privados, para assumir
as obrigações de logística reversa e, assim, a remuneração auferida passará a compor a
receita do município. Para a prestação de um serviço de limpeza urbana adequado é preciso
identificar as características dos resíduos gerados, pois a composição dos resíduos varia em
função de diversos fatores e as cidades se transformam ininterruptamente. Dentro de uma
mesma comunidade, as características vão se modificando com o decorrer dos anos, tornando
necessários levantamentos e monitoramentos periódicos visando à atualização de dados.
Para definição dos estabelecimentos classificadas como Grandes Geradores de
resíduos sólidos foram observadas as legislações federais, estaduais e municipais. Foi utilizado
o modelo de classificação adotado pelo Município de Caraguatatuba, que no seu Plano
Municipal de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos estabelece como geradores os
estabelecimentos públicos, institucionais, de prestação de serviços, comerciais e industriais,
109 | P á g i n a
caracterizados como resíduos da Classe 2, pela NBR 10004, da Associação Brasileira de
Normas Técnicas - ABNT, com volume superior a 200 (duzentos) litros diários 45.
Dentro da realidade municipal, a tabela a seguir reúne as principais atividades de
grande geração de resíduos existentes na cidade.
Tabela 37: Tabela das principais atividades geradoras encontradas atualmente no município
45
Plano Municipal de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos – Caraguatatuba/2014
110 | P á g i n a
c) Cumprir fielmente as legislações Municipal, Estadual e Federal, prevalecendo
sempre a mais restritiva.
46
Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo. Site: http://www.saneamento.sp.gov.br/. Acesso em: 02/07/2014.
111 | P á g i n a
Iqr: Indicador da Destinação Final dos RSD - p = 2,0;
Este indicador quantifica as vias urbanas atendidas pelo serviço de varrição, tanto
manual quanto mecanizada, onde houver, sendo calculado com base no seguinte critério:
Em que:
112 | P á g i n a
Em que:
Em que:
Ics: Indicador do Serviço de Coleta Seletiva
%CS max: % dos domicílios coletados máximo = 100% dos domicílios municipais
%CS atual: % dos domicílios municipais coletados em relação ao total dos domicílios
municipais
Em que:
%Rr max: % dos resíduos reaproveitados máximo = 60% do total de resíduos sólidos
gerados no município
113 | P á g i n a
%Rr atual: % dos resíduos reaproveitados em relação ao total dos resíduos sólidos gerados
no município
IQR Enquadramento
0,0 a 6,0 Condições Inadequadas (I)
6,1 a 8,0 Condições Controladas (C)
8,1 a 10,0 Condições Adequadas (A)
Em que:
n = tempo em que o sistema ficará saturado (anos)
O nmin e o nmax são fixados conforme quadro a seguir:
47
Índice de Gestão de Resíduos. (SMA/CPLA). Site: http://www.ambiente.sp.gov.br/cpla/residuos-solidos-2/. Acesso em: 04/07/2014
114 | P á g i n a
Tabela 39: Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final dos RSD
Sendo que:
%Ri máx: % dos resíduos reaproveitados máximo = 60% do total de RCC gerados no
município
%Ri atual: % dos RCC reaproveitados em relação ao total dos resíduos sólidos inertes
gerados no município
Este indicador possibilita avaliar as condições dos sistemas de disposição dos RCC
que, embora ofereça menores riscos do que os relativos à destinação dos RSD, se não forem
bem operados podem gerar o assoreamento de drenagens e acabarem sendo, em muitos
casos, responsáveis por inundações localizadas, sendo calculado com base no seguinte
critério:´
115 | P á g i n a
Em que:
Caso o município troque de unidade e/ou procedimento ao longo do ano, seu IQI
final será a média dos IQIs das unidades e/ou procedimentos utilizados, ponderada pelo
número de meses em que ocorreu a efetiva destinação em cada um deles.
Este indicador traduz as condições do manejo dos resíduos dos serviços de saúde,
desde sua forma de estocagem para conviver com baixas frequências de coleta até o
transporte, tratamento e disposição final dos rejeitos, sendo calculado com base no seguinte
critério:
Em que:
48
Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo. Site: http://www.saneamento.sp.gov.br/. Acesso em: 02/07/2014.
116 | P á g i n a
Tabela 41: Índice de Qualidade de Manejo de Resíduos de Serviços de Saúde
117 | P á g i n a
Tabela 42: Fontes de Financiamento
FONTES DE FINANCIAMENTO
Reembolsáveis Público Alvo
FINAME Empresarial – Banco do Brasil Micro, Pequenas e Médias Empresas
Micro, Pequenas e Médias Empresas com faturamento bruto anual de até
R$ 90 milhões, sediadas no País, que exerçam atividade econômica
Cartão BNDES – Banco do Brasil compatíveis com as Políticas Operacionais e de Crédito do BNDES e que
estejam em dia com o INSS, FGTS, RAIS e tributos federais.
Proger Urbano Empresarial – Banco do Brasil Empresas com faturamento bruto anual de até R$ 5 milhões
Associações e cooperativas urbanas e seus respectivos associados e
Proger Urbano COOPERFAT – Banco do Brasil cooperados, formados por micro e pequenas empresas, com faturamento
bruto anual de até R$ 5 milhões, e pessoas físicas
Leasing – Banco do Brasil Empresas
PMI – Projetos Multissetoriais Integrados Estados, Municípios e Distrito Federal.
Urbanos – BNDES
Sociedades com sede e administração no país, de controle nacional ou
Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos –
estrangeiro, empresários individuais, associações, fundações e pessoas
BNDES
jurídicas de direito público.
Não Reembolsáveis Público Alvo
Instituições públicas pertencentes à administração direta e indireta nos
níveis federal, estadual e municipal, e instituições privadas brasileiras sem
Fundo Nacional de Meio Ambiente – Ministério fins lucrativos cadastradas no Cadastro Nacional de Entidades
do Meio Ambiente Ambientalistas (CNEA) e que possuam no mínimo três anos de existência
legal e atribuições estatutárias para atuarem em área do meio ambiente
(organização ambientalista, fundação e organização de base).
O Ministério do Meio Ambiente elaborará, anualmente, plano de anual de
aplicação dos recursos do Fundo, que inclui indicação de áreas, temas e
Fundo Clima – Ministério do Meio Ambiente regiões prioritárias para aplicação e modalidades de seleção, formas de
aplicação e volume de recursos.
FEHIDRO – Fundo Estadual de Recursos Hídricos. Órgãos ou entidades da administração direta ou indireta; consórcios
FECOP – Fundo Estadual de Prevenção e Controle intermunicipais;
da Poluição Concessionários de serviços públicos e empresas privadas.
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15. Tarifas, Taxas, Preços Públicos, Transferências e Subsídios
Varrição Manual
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levados pelo escoamento das águas pluviais para os dispositivos de drenagem superficial.
Essa é, quase sempre, a razão do entupimento das bocas de lobo e galerias e, por
consequência, a principal responsável pelas inundações das áreas urbanas.
120 | P á g i n a
Limpeza de Bocas de Lobo e Galerias
121 | P á g i n a
16.2. Serviços relacionados a Resíduos Sólidos Domiciliares
122 | P á g i n a
posição de menor relevância. Com essas novas exigências, tais rejeitos não somente deixarão
de ser ambientalmente tão agressivos devido à redução da matéria orgânica, como também
terão suas quantidades progressivamente diminuídas na medida em que os mercados
consumidores de materiais recicláveis e de composto orgânico forem se consolidando.
Mesmo com todos estes atenuantes, não poder contar com o aterro sanitário bem
operado e com seus efluentes líquidos e gasosos, por menores que sejam, bem controlados, é
um problema preocupante que, sem dúvida nenhuma, exige um Plano de Contingência bem
consistente.
Assim, foram identificados no quadro a seguir os principais tipos de ocorrências, as
possíveis origens e as ações a serem realizadas para os serviços relacionados a resíduos
sólidos domiciliares:
Tabela 44: Planos de Contingências – Serviços Relacionados a Resíduos Sólidos Domiciliares
123 | P á g i n a
16.3. Serviços relacionados a Resíduos da Construção Civil
124 | P á g i n a
Tabela 45: Planos de Contingências – Serviços Relacionados a Resíduos da Construção Civil
125 | P á g i n a
Tabela 46: Planos de Contingências – Serviços Relacionados a Resíduos de Serviços de Saúde
126 | P á g i n a
descargas das referidas estruturas, podem apresentar deficiência no seu funcionamento nas
situações que podem ser resumidas da seguinte maneira:
c) existência de alguma seção reduzida nas estruturas ou nos cursos d‟água (vão
inadequado de uma ponte ou um bueiro antigo subdimensionado), que impeça
o escoamento das vazões de projeto;
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Tabela 47: Planos de Contingências – Sistema de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas
128 | P á g i n a
Público garantir a coleta, o transporte e o lançamento do lixo em aterros sanitários adequados,
devidamente licenciados, que impeçam a percolação do chorume – “líquido de elevada acidez,
resultante da decomposição de restos de matéria orgânica, muito comum nas lixeiras
(FORNARI NETO, E., 2001)” – em lençóis freáticos e a ocorrência de outros danos ao
ambiente e à saúde das populações.
Na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos
urbanos recicláveis ou reutilizáveis, atividades praticadas por associações ou cooperativas, é
dispensado o processo de licitação50, como forma de estimular essa prática ambiental.
O serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos urbanos é
composto, assim, pelas seguintes atividades:
coleta, transbordo e transporte do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza
de logradouros e vias públicas;
triagem para fins de reuso ou reciclagem, de tratamento, inclusive por compostagem, e
disposição final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros
e vias públicas;
varrição, capina e poda de árvores em vias e logradouros públicos e outros eventuais
serviços pertinentes à limpeza pública urbana.51
Assim como para os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, a
Lei nº 11.445/07 determina que a limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos urbanos terão
a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que possível, mediante
remuneração pela cobrança de taxas ou tarifas e outros preços públicos, em conformidade com
o regime de prestação do serviço ou de suas atividades52.
A Lei nº 12.305/201053, ao instituir a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispõe
expressamente sobre a necessidade de articulação dessa norma com a Lei nº 11.445/07, entre
outras leis54. Cabe ressaltar que a nova norma trata de questões que impactam os sistemas
vigentes nos serviços de limpeza urbana, na medida em que estabelece, em seus objetivos, “a
não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como
disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos”, que por sua vez significa a
“distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de
129 | P á g i n a
modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos
ambientais adversos”55.
Com base nas novas diretrizes e normas legais a gestão dos resíduos sólidos, o
município de Ubatuba deverá utilizar modelos tecnológicos preconizados pelo Ministério do
Meio ambiente, modelos estes que privilegiam a redução da disposição final de resíduos e a
adoção de ações e instalações adequadas ao manejo sustentável dos resíduos como:
a) A não geração;
b) Redução;
c) Reutilização;
d) Reciclagem;
e) Tratamento e
f) Destinação final adequada.
130 | P á g i n a
j) Na sistematização dos dados (SIGMUR).
131 | P á g i n a
g) A capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos.
Com essas ações o município de Ubatuba atenderá ao novo panorama legal para a
gestão integrada e sustentável de resíduos sólidos.
Fundação Florestal. APA Marinha LN e ARIE de São Sebastião (APAMLN / ARIE-SS). Relatório
de poluição marinha no Litoral Norte de São Paulo. 2010.
CARDOSO, R.S.; FUKUSHIRO, I.A.; ZILLO, A.L.; NII; Y.T.; et. al. Poluição Urbana Difusa.
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. 2003.
CASTRO FILHO, B. M.; CAMPOS, E.J.D.; MASCARENHAS JR., A.S.; IKEDA, Y.;
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costeiro das regiões Sul e Sudeste do Brasil. São Paulo: FUNDESPA, v.3, p. 04-214, 1994.
Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Mar e Ambiente Costeiros. Editora Corporate
Financial Center. Brasília. DF. 2007.
132 | P á g i n a
FORNARI NETO, Ernani. Dicionário prático de ecologia. São Paulo: Aquariana, 2001, p. 54.
Guia didático sobre o lixo no mar/ Agência de Proteção Ambiental Norte Americana.
Coordenadoria de Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São
Paulo. Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo. São Paulo. 1997.
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Embarcação) e Comitê de Bacias Hidrográficas do Litoral Norte ( CT-Saneamento). 2012.
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Hidrográficas do Litoral Norte, 2013. Acesso: http://www.cbhln.com.br/
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