Lei #531
Lei #531
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO ÚNICO
Art. 1º Esta Lei estabelece o Regime Jurídico dos Funcionários Públicos do Poder Executivo do Município de Niterói.
Art. 2º Funcionário Público, para efeito deste Estatuto, é a pessoa legalmente investida em cargo público, criado em
Lei, que perceba dos cofres municipais vencimentos pelos serviços efetivamente prestados.
Parágrafo único. As suas disposições aplicam-se aos membros do Magistério, no que não colidirem com os preceitos
constitucionais e o Estatuto próprio.
TÍTULO II
CAPÍTULO I
DO QUADRO DE PESSOAL
Art. 3º Quadro é o conjunto de séries de classes, de classes singulares, de Cargos de Comissão e Funções
Gratificadas, compreendendo:
I - Quadro Permanente - Q.P - Integrado por Cargos de Provimento Efetivo, em Comissão e Funções Gratificadas;
II - Quadro Suplementar - Q.S - Integrado pelos cargos, que se tornarem desnecessários à Administração Municipal e
que, devem ser extintos à medida que se vagarem.
CAPÍTULO II
DOS CARGOS
Art. 5º É vedada a atribuição ao funcionário de encargos ou serviços diferentes das tarefas próprias de seu cargo,
ressalvados os casos de funções de chefia, de direção, assessoramento e comissões.
Art. 6º É vedada a vinculação de cargos públicos municipais, de qualquer natureza, para efeitos de vencimento ou
remuneração.
Art. 7º Os vencimentos dos cargos públicos municipais obedecerá a padrões, símbolos ou classes, fixados em Lei.
Art. 8º Os cargos públicos do município podem ser de provimento efetivo ou provimento em comissão.
I - cargo efetivo é todo aquele para cujo provimento é exigido concurso público de prova ou de provas e títulos;
II - cargo em comissão é o declarado em Lei, de livre nomeação e exoneração pelo Chefe do poder Executivo do
Município.
Seção I
§ 1º Classe singular é o conjunto de cargos de denominação, atribuições e responsabilidades diversas e cujo número
não justifica a instituição de série de classe.
§ 2º Série de classe é o conjunto de classes da mesma natureza de trabalho, dispostas hierarquicamente, de acordo
com o grau de complexidade ou dificuldade das atribuições e com o nível de responsabilidade, constituindo a linha
natural de promoção do funcionário.
Seção II
§ 1º Os Cargos de que trata este artigo são providos através de livre escolha do Chefe do Poder Executivo do
Município, por pessoas que possuam capacidade profissional e reúnam as condições necessárias à investidura no
serviço público, podendo a escolha recair ou não, em funcionários do Município.
§ 2º No caso da escolha recair em servidor de órgão público não subordinado ao Chefe do Poder Executivo do
Município, o ato de nomeação será precedido da necessária requisição.
§ 3º Não poderão ocupar cargo em comissão os que tenham sido aposentados por invalidez para o servidor público,
desde que subsistentes os motivos que determinaram a inatividade.
Art. 11. O funcionário, ocupante de cargo efetivo, ou em disponibilidade, nomeado para cargo em comissão, perderá
durante o exercício desse cargo, o vencimento ou remuneração do cargo efetivo, salvo se optar pelo mesmo.
§ 1º O funcionário nomeado para cargo de comissão, que usar do direito de opção pelo vencimento e vantagens do
cargo efetivo de que seja titular, fará jus a uma gratificação equivalente a 2/3 (dois terços) do valor fixado para
aquele, aplicando-lhe, quando couber, o disposto no § 3º do artigo 12 desta Lei.
§ 2º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior aos servidores referidos no § 2º do artigo 10, quando colocados à
disposição do Poder Executivo Municipal, com ônus para o órgão de origem.
§ 3º A opção pelo vencimento do cargo de comissão não prejudicará o adicional por tempo de serviço devido ao
funcionário, que será calculado sobre o valor do cargo que ocupa em caráter efetivo.
§ 4º O servidor contratado que aceitar nomeação para cargo em comissão da estrutura da Administração Direta e das
suas autarquias, terá suspenso seu contrato de trabalho, enquanto durar o exercício do cargo de comissão.
§ 6º O afastamento e o retorno de que tratam os parágrafos 4º e 5º deste artigo, serão, obrigatoriamente anotados
na Carteira de Trabalho da Previdência Social, bem como nos demais registros do servidor.
§ 7º A retribuição pelo exercício de cargo em comissão será do valor do respectivo símbolo, podendo o servidor optar
por retribuição correspondente a 2/3 (dois terços) do valor do símbolo do cargo em comissão à qual se acrescentará,
como gratificação suplementar temporária, o valor correspondente ao que o servidor vinha percebendo no exercício
do contrato suspenso.
§ 8º O regime previdenciário dos servidores no exercício de cargos é o dos funcionários efetivos da Administração
Direta.
CAPÍTULO III
DA FUNÇÃO GRATIFICADA
Art. 12. Função gratificada é a instituída em lei para atender a encargos de Chefia e de outros que não justifiquem a
criação de cargo.
§ 2º A gratificação será percebida, cumulativamente, com o vencimento e vantagens do cargo de que for titular o
gratificado.
§ 3º Não perderá a gratificação a que se refere este artigo, o funcionário que se ausentar em virtude de férias,
casamento, luto, serviços obrigatórios por Lei e licença para tratamento de saúde ou à gestante.
§ 5º Aplica-se à função gratificada o disposto no § 3º do art. 10, e nos §§ 4º, 5º, 6º e 8º do art. 11 desta Lei.
Art. 13. Compete à autoridade a que ficar subordinado o funcionário designado para função gratificada dar-lhe
exercício no prazo máximo de 30 (trinta) dias.
CAPÍTULO IV
DA SUBSTITUIÇÃO
Art. 14. Os cargos em comissão e função gratificadas poderão ser exercidos eventualmente, em substituição, nos
casos de impedimento legal e afastamento de seus titulares.
Art. 15. A substituição será automática ou mediante ato da Administração, e independerá de posse.
Art. 16. A substituição será gratuita, salvo, se por prazo superior a 30 (trinta) dias consecutivos, quando então será
remunerada, por todo o período, com vencimento e vantagens atribuídos ao cargo em comissão ou função
gratificada, ressalvado o caso de opção pelo vencimento e vantagens do cargo efetivo.
§ 1º Quando se tratar de detentor de cargo em comissão ou função gratificada, o substituto fará jus somente à
diferença de remuneração.
§ 2º A substituição não poderá recair em servidor contratado ou em pessoa estranha ao serviço público municipal,
salvo na hipótese do parágrafo anterior.
TÍTULO III
CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO
Art. 17. Compete ao Chefe do Poder executivo prover os cargos públicos que compõem o Quadro Permanente. - Q.P.
§ 1º O ato de provimento deverá indicar, necessariamente, a existência da vaga, com todos os elementos capazes de
identificá-la.
§ 2º O funcionário não poderá, sem prejuízo de seu cargo, ser provido em outro cargo efetivo ou admitido como
contratado, salvo nos casos de acumulação legal.
§ 3º A nomeação para cargos de provimento efetivo, dependerá de prévia habilitação em concurso de provas ou de
provas de títulos.
§ 4º A nomeação observará o número de vagas existentes, obedecerá à ordem de classificação em concurso e será
feita para cargo de classe singular ou para cargo de classe inicial de série de classes objeto de concurso.
CAPÍTULO II
Art. 18. O concurso de que trata o § 3º do artigo anterior, será realizado para provimento de cargos existentes na
classe singular ou na classe inicial na série de classes, na forma das respectivas instruções.
Art. 19. Das instruções para o concurso constarão:
I - o limite de idade dos candidatos que poderá variar de 18 (dezoito) anos completos, dependendo da natureza do
cargo a ser provido;
III - a privatividade ou não do exercício dos cargos a serem providos por cidadãos do sexo masculino e feminino;
IV - o número de vagas a serem preenchidas, distribuídas por especialização, quando for o caso;
V - o prazo de validade do concurso, que será de 2 (dois) anos, prorrogável por igual período, a juízo do Chefe do
Poder Executivo.
Art. 20. Independente de limite de idade a inscrição em concurso, de servidores da Administração Direta ou Indireta
dos Municípios, dos Estados e da União, ressalvados os cargos em que, pela tipicidade das tarefas ou atribuições de
cada cargo singular ou de série de classes, deva ser fixado limite próprio pelas instruções especiais de cada concurso.
Parágrafo único. O funcionário efetivo que pretenda acumular o cargo já ocupado com o que for objeto do concurso,
desde que acumuláveis, ficará sujeito ao limite de idade que for estabelecido para os demais candidatos.
CAPÍTULO III
I - nomeação;
II - reintegração;
III - promoção;
IV - acesso;
V - readaptação;
VI - transferência;
VII - aproveitamento;
VIII - reversão.
Seção I
Da Nomeação
I - em caráter de efetivo, quando se tratar de nomeação para cargo de classe singular ou para cargo de classe inicial
de série de classe;
Seção II
Da Reintegração
Art. 23. A reintegração, que decorrerá de decisão administrativa ou judicial, é o retorno do funcionário ao serviço
público municipal, com ressarcimento do vencimento, direito e vantagens atinentes ao cargo.
Parágrafo único. A decisão administrativa que determinar a reintegração será sempre proferida em pedido de
reconsideração; recurso hierárquico ou revisão de processo.
Art. 24. A reintegração será feita no cargo anteriormente ocupado, se este houver sido transformado, no cargo
resultante da transformação e, se extinto, em cargo de vencimento ou remuneração equivalente, atendida à
habilitação profissional.
Art. 25. Reintegrado administrativa ou judicialmente o funcionário, quem lhe houver ocupado o lugar será exonerado
de plano ou, se estável, será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, sem direito, em ambos os casos, a
qualquer indenização.
Art. 26. O funcionário reintegrado será submetido a inspeção médica e aposentado se julgado incapaz.
Seção III
Da Promoção
Art. 27. Promoção é a elevação do funcionário à classe imediatamente superior àquela a que pertence, dentro da
mesma série de classes, obedecidos, alternadamente, os critérios de antiguidade e merecimento, e observado o
interstício na classe.
Parágrafo único. O critério a que obedecer a promoção deverá vir expresso no respectivo ato.
Art. 28. O merecimento será apurado, objetivamente, segundo preenchimento de condições definidas em
regulamento.
Art. 29. Não poderá ser promovido o funcionário em estágio probatório e o que não tenha o interstício de 730 dias
de efetivo exercício na classe.
Art. 30. A antiguidade será determinada pelo tempo de efetivo exercício na classe, apurado em dias.
Art. 31. Havendo fusão de classes, a antiguidade abrangerá o efetivo exercício na classe, apurado em dias.
Art. 32. Só poderão concorrer à promoção os funcionários colocados, por ordem de antiguidade, nos dois primeiros
terços da lista ressalvada a hipótese de número de vagas ser igual ou superior ao de candidatos, quando poderão ser
promovidos os integrantes do último terço.
Parágrafo único. As promoções, por antiguidade e merecimento, se processarão de acordo com a lista organizada
pelo órgão competente.
Art. 33. As promoções serão obrigatoriamente realizadas de doze em doze meses, sempre no dia consagrado ao
funcionário, desde que verificada a existência de vaga, na forma da regulamentação própria.
§ 1º Quando decretada em prazo excedente ao legal, a promoção produzirá seus efeitos a contar da data em que
deveria Ter sido efetivada.
Art. 34. O funcionário submetido a processo administrativo disciplinar ou penal poderá ser promovido, entretanto, se
for pelo critério de merecimento, ficará sem efeito no caso de o processo resultar em penalidade.
Art. 35. Ocorrendo empate na classificação por antiguidade, terá preferência o funcionário de maior tempo de
serviço na Prefeitura de Niterói, persistindo o empate, terá preferência, sucessivamente, o de maior tempo de
serviço público, o mais idoso e o de maior prole.
Parágrafo único. Se o empate se verificar na classificação por merecimento, este se resolverá em favor do funcionário
que contar maior tempo de serviço na classe; não ocorrendo o desempate, este se determinará pelo mesmo critério
estabelecido para a promoção por antiguidade.
Art. 36. Na promoção dos ocupantes dos cargos de classe inicial de série de classes, o primeiro desempate se
determinará pela classificação obtida em concurso.
Art. 37. Somente por antiguidade poderá ser promovido o funcionário em exercício de mandato eletivo federal,
estadual ou municipal.
Art. 38. Em benefício daquele a quem de direito cabia a promoção, será declarado sem efeito o ato que a houver
decretado indevidamente, em favor de outrem.
§ 1º O funcionário a quem indevidamente não ficará obrigado a restituir o que a mais houver recebido.
§ 2º o funcionário a que cabia a promoção será indenizado da diferença de vencimento e vantagens a que tiver
direito.
Seção IV
Do Acesso
Art. 39. Acesso é a elevação do funcionário da classe final de uma série de classes à classe inicial de outra do mesmo
grupamento ocupacional, ou diferente, observado o interstício na classe, reservadas 50% (cinquenta por cento) das
vagas para provimento por concurso público ou interno.
Art. 40. O provimento por acesso respeitará sempre o requisito de habilitação profissional, o grau de escolaridade e
as exigências e qualificações necessárias a cada caso.
Seção V
Da Transferência
Art. 41. Transferência é o ato de provimento do funcionário em outro cargo de denominação diversa, realizado com
observância da habilitação profissional, na forma estabelecida em regulamento.
Art. 42. A transferência se fará à vista de comprovação competitiva de habilitação dos interessados para o exercício
do novo cargo.
Art. 43. Não poderá ser transferido o funcionário que não tenha adquirido estabilidade.
Seção VI
Da Readaptação
Art. 44. O funcionário estável poderá ser readaptado, "ex-officio" ou a pedido, em função mais compatível ou por
motivos de saúde e incapacidade física.
I - redução ou comedimento de encargos diversos daqueles que o funcionário estiver exercendo, respeitadas as
atribuições de série de classes a que pertencer, ou do cargo de classe singular de que for ocupante;
§ 1º A readaptação dependerá sempre de prévia inspeção realizada por junta médica do órgão oficial.
§ 2º A readaptação referida no inciso I deste artigo não acarretará descenso nem elevação de vencimento.
I - quando provisória, mediante ato do Secretário Municipal de Administração, pela redução ou atribuição de novos
encargos ao funcionário, na mesma ou em outra unidade administrativa, consideradas a hierarquia e as funções de
seu cargo;
II - quando definitiva, por ato do Chefe do Poder Executivo, para cargo vago, mediante transferência, observados os
requisitos de habilitação fixados para a classe respectiva.
Seção VII
Do Aproveitamento
Art. 47. Aproveitamento é o retorno ao serviço público municipal do funcionário colocado em disponibilidade.
Art. 48. Será obrigatório o aproveitamento do funcionário em disponibilidade em cargo de natureza e vencimento ou
remuneração compatíveis com o anteriormente ocupado.
§ 2º Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o de maior tempo de disponibilidade e, em
caso de empate, o de maior tempo de serviço público.
Art. 49. Será tornado sem efeito o aproveitamento, e cassada a disponibilidade do funcionário, se este, cientificado
expressamente do ato de aproveitamento, não tomar posse no prazo legal, salvo em caso de doença comprovada por
inspeção médica.
Parágrafo único. Provada em inspeção médica incapacidade definitiva, será decretada a aposentadoria.
Seção VIII
Da Reversão
Art. 50. Reversão é o retorno ao serviço público municipal do funcionário aposentado, quando insubsistentes os
motivos que determinaram a sua aposentadoria.
Art. 51. A reversão se fará "ex-officio" ou a pedido, no mesmo cargo ou naquele em que se tenha transformado.
Art. 52. Para que a reversão possa efetivar-se, é necessário que o aposentado:
II - não conte mais de 25 (vinte e cinco) anos de tempo de serviço computável para fins de aposentadoria, incluído o
de inatividade, se do sexo masculino ou 20 (vinte) anos se feminino;
DA POSSE
Art. 53. Posse é o ato que completa a investidura em cargo público e em função gratificada.
Parágrafo único. Não haverá posse nos casos de promoção e reintegração, cabendo, apenas, o registro do início do
exercício.
VI - boa saúde, comprovada em exame médico realizado pelo órgão oficial da Prefeitura;
VII - habilitação em concurso público de provas ou provas de títulos, nos casos de provimento inicial em cargo
efetivo;
VIII - cumprimento das condições especiais previstas em Lei ou regulamento para determinados cargos.
§ 1º A prova das condições a que se referem os incisos I, II, III, IV, V e VII deste artigo não será exigida nos casos VII e
VIII do artigo 21 desta Lei.
§ 2º Nas formas de provimento por promoção ou transferência, serão observadas, apenas, as exigências contidas nos
incisos VI, VII e VIII deste artigo.
§ 3º Quando o cargo em comissão for provido por funcionário em atividade, este ficará sujeito somente à exigência
contida no inciso VIII deste artigo; quando provido por inativo, atenderá, também, à exigência contida no inciso VI.
§ 4º O limite de idade estabelecido, no inciso II, deste artigo, poderá ser reduzido quando se tratar de provimento de
cargo que, pelas suas características, possa ser exercido por menor e assim o tenha sido criado.
Art. 55. No ato da posse, o funcionário apresentará declaração dos bens e valores que constituem o seu patrimônio.
Art. 56. Ninguém poderá ser provido em cargo público, ainda que em comissão, sem apresentar, previamente ou no
ato da posse, declaração sobre se detém outro cargo, função ou emprego, na Administração direta ou Indireta de
qualquer esfera de Poder Público, ou se percebe proventos de inatividade.
Art. 57. Na hipótese de acumulação não permissível, a posse dependerá da prova de haver o interessado sido
exonerado do outro cargo, função ou emprego.
Parágrafo único. As atribuições de que trata este artigo poderão ser delegadas mediante ato competente.
Art. 59. A autoridade que der posse verificará, sob pena de responsabilidade, se foram satisfeitas as condições legais.
Art. 60. A posse terá lugar no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da publicação, no órgão oficial, do ato de provimento.
§ 1º O requerimento do interessado, o prazo poderá ser prorrogado pela autoridade competente, até o máximo de
30 (trinta) dias, a contar da publicação, no órgão oficial, do ato de provimento.
§ 2º Em se tratando de funcionário em férias ou licenciado, exceto no caso de licença para tratar de interesses
particulares, o prazo será contado da data em que terá de voltar ao serviço.
§ 3º Os candidatos aprovados em concurso e que estiverem diplomados para exercer mandato eletivo, quando da
publicação dos atos de provimento, terão o prazo de posse contado da data do término do mandato, exceto quando
eleito vereador, e havendo compatibilidade de horários.
§ 4º Os candidatos aprovados em concurso e que, quando da publicação dos respectivos atos de provimento,
estiverem incorporados às Forças Armadas, para prestação de serviço militar obrigatório, terão o prazo para a posse
contado da data de seu desligamento.
Art. 61. Se a posse não se verificar dentro do prazo máximo previsto no § 1º do artigo 60 desta Lei, será tornado sem
efeito o respectivo ato de provimento.
CAPÍTULO V
DO EXERCÍCIO
§ 2º O início do exercício e as alterações que nele ocorrerem serão comunicados ao órgão competente pelo Chefe de
repartição em que estiver localizado o funcionário.
Art. 63. Haverá lotação única de funcionário na Governadoria Municipal, em cada Secretaria Municipal, na
Procuradoria Geral do Município.
§ 1º Entende-se por lotação, o número de funcionários, por categoria funcional, que devem ter exercício em cada
unidade administrativa referida neste artigo.
§ 2º O funcionário nomeado integrará na administração municipal a lotação da qual houver claro, por idêntico; se
fará quanto às demais formas de provimento, exceto os casos de promoção em que o promovido mantém a lotação e
os cargos privativos de cada Secretaria e da Procuradoria Geral.
Parágrafo único. O Procurador Geral do município e os Secretários municipais farão sua própria afirmação de
exercício.
Art. 65. Localização é o ato que determina a repartição em que deva servir o funcionário, dentro de sua respectiva
lotação.
Art. 66. O exercício do cargo terá início no prazo de 30 (trinta) dias contados da data:
I - da publicação oficial do ato, no caso de reintegração;
§ 1º A promoção não interrompe o exercício, que será contado, na nova classe, a partir da data da publicação do ato
que promover o funcionário.
§ 2º O prazo para reinício de exercício será 30 (trinta) dias, a contar do dia da publicação do ato que autorizar ou da
data que cessar a causa da interrupção.
Art. 67. O funcionário removido, ou o que sofrer nova localização, deverá apresentar-se na sede dos seus serviços no
dia imediato ao que for baixado o respectivo ato.
Art. 68. O funcionário que não entrar em exercício, dentro do prazo, será exonerado do cargo; se designado para
ocupar função gratificada terá o respectivo ato de provimento tornado insubsistente.
Art. 69. O funcionário terá que apresentar ao órgão Central de Pessoal, antes de entrar em exercício, os elementos
necessários à abertura do seu assentamento individual.
Art. 70. O funcionário poderá ter exercício, fora de sua lotação somente com prévia autorização do Chefe do Poder
Executivo, por prazo certo para órgão da administração direta ou indireta do Poder Executivo, Legislativo ou
Judiciário, da União, dos Estados, dos Territórios ou Municípios com ou sem ônus para a Prefeitura de Niterói.
Parágrafo único. O Secretário Municipal de Administração poderá, por prazo certo e determinado, colocar
funcionários à disposição de órgãos integrantes da administração direta ou indireta do Município, sempre que
requisitado, ouvidos os titulares das pastas interessadas.
Art. 71. O funcionário será afastado do exercício do seu cargo nos casos previstos em Lei.
§ 1º o afastamento a que alude este artigo não se prolongará por mais de 4 (quatro) anos consecutivos, salvo:
I - quando para exercer cargo de direção ou em comissão nos Governos da União, dos Estados, do Distrito Federal,
dos Municípios e Territórios;
V - enquanto durar o mandato de Vereador, se não houver compatibilidade de horário entre o seu exercício e o da
função pública;
VI - durante o lapso de tempo que mediar entre o registro da candidatura eleitoral e o dia seguinte ao da eleitoral e o
dia seguinte ao da eleição;
VIII - quando se tratar de funcionário para acompanhar o cônjuge, nos casos previstos neste Estatuto.
§ 2º Preso preventivamente, pronunciado por crime comum ou denunciado por crime funcional, ou, ainda,
condenado por crime inafiançável em processo no qual não haja pronúncia, o funcionário será afastado do exercício,
até decisão final passada em julgado.
Art. 72. O funcionário estável no serviço público municipal poderá obter afastamento para estudo no exterior ou em
qualquer parte do território nacional, nas seguintes condições:
I - com direito à percepção do vencimento e das vantagens do cargo efetivo, quando se tratar de bolsa de estudo
diretamente oferecida pela entidade concedente ao Governo Municipal, desde que reconhecido pelo Prefeito o
interesse para a administração e o afastamento não ultrapassar 12 (doze) meses;
II - sem direito à percepção do vencimento e quaisquer vantagens do cargo efetivo e com interrupção da contagem
do tempo de serviço: a) quando não reconhecido o interesse para a administração ou, reconhecido este, for
ultrapassado o período de 12 (doze) meses, previsto no inciso I; b) quando a bolsa de estudo for obtida por iniciativa
do funcionário, hipótese em que o afastamento somente será concedido se atender à convivência da administração,
reconhecida pelo prefeito.
Art. 73. Na hipótese prevista no inciso I do artigo anterior, se o funcionário estiver em regime de acumulação,
devidamente autorizada, e o interesse para a Administração se manifestar apenas em relação a um dos cargos, o
afastamento do outro verificar-se-á na forma do inciso II, do mesmo artigo.
Parágrafo único. Quando a acumulação se referir à função, em regime de contrato, a autorização para o afastamento,
em qualquer hipótese, acarretará a suspensão do contrato pelo respectivo prazo.
Art. 74. O funcionário que estiver afastado nos termos do inciso I, do artigo 72, desta Lei, ficará obrigado a restituir o
que percebeu durante o afastamento se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao término da bolsa, ocorrer a sua
exoneração, demissão ou for licenciado para o trato de interesse particular.
§ 1º A importância a devolver sofrerá correção monetária, com base nos índices das Obrigações Reajustáveis o
Tesouro Nacional ORTN, vigentes à data do pagamento e aplicáveis ao período de afastamento.
§ 3º Em caso de demissão, a quantia devida será inscrita como dívida ativa e cobrada executivamente.
Art. 75. Nos casos previstos no artigo anterior, o afastamento não se prolongará por mais de 4 (quatro) anos
consecutivos, nem se permitirá novo afastamento senão depois de decorridos 4 (quatro) anos de serviços
efetivamente prestados ao Município, contados da data de regresso e qualquer que tenha sido o tempo do
afastamento anterior.
Parágrafo único. Se o afastamento anterior for inferior a 12 (doze) meses, novo afastamento só poderá ser concedido
após decorrido esse prazo.
Art. 76. O funcionário ficará obrigado a apresentar, dentro de 30 (trinta) dias do término do afastamento, relatório
circunstanciado das atividades desenvolvidas ou estudos realizados, devidamente documentados.
Art. 77. O cônjuge do funcionário bolsista nos termos desta Lei, que seja servidor municipal e o queira acompanhar,
também será autorizado a afastar-se, sem ônus para o Município.
Art. 78. É vedado o afastamento, em bolsa de estudo, do ocupante de cargo em comissão que não detenha, também,
a condição de funcionário efetivo do Município.
Parágrafo único. No caso deste artigo, quando o afastamento se verificar com base no inciso I do artigo 72, o
funcionário fará jus somente ao vencimento e vantagens de seu cargo efetivo.
CAPÍTULO VI
DA REMOÇÃO
Art. 79. Remoção é o deslocamento do funcionário de uma para outra lotação, e processar-se-á "ex-offício" ou a
pedido do funcionário, atendido o interesse e a conveniência da Administração.
Parágrafo único. A remoção só poderá dar-se para lotação em que houver claro que será indicado no ato.
Art. 80. A remoção, por permuta, será processada a pedido, por escrito, de ambos os interessados.
Art. 81. Cabe ao Secretário Municipal de Administração expedir as portarias de remoção, cumpridas as exigências
legais.
CAPÍTULO VII
Art. 82. Dá-se a vacância do cargo ou da função na data do fato ou da publicação do ato que implique desinvestidura.
I - exoneração;
II - demissão;
III - promoção;
IV - acesso;
V - transferência;
VI - readaptação;
VII - aposentadoria;
VIII - falecimento;
IX - determinação em Lei.
Seção I
Da Exoneração
Art. 84. Dar-se-á a exoneração:
II - "ex-offício".
Seção II
I - em virtude de sentença judicial ou mediante processo administrativo disciplinar em que se lhe tenha assegurada
ampla defesa;
II - quando, por desnecessário, for extinto, ficando o seu ocupante, se estável, em disponibilidade;
TÍTULO IV
CAPÍTULO I
DO TEMPO DE SERVIÇO
§ 1º O número de dias será convertido em anos considerando o ano como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
§ 2º Feita a conversão, os dias restantes, até 182 (cento e oitenta e dois), não serão computados, arredondando-se
para 1 (um) ano, quando excederem aquele número, só nos casos de cálculos para efeito de aposentadoria e
concessão de gratificação adicional quando da passagem à inatividade.
Art. 87. Serão, os dias de efetivo serviço exercício, à vista do registro de frequência da folha de pagamento ou das
certidões extraídas dessas fontes.
§ 1º Sempre que se verificar não existirem, em virtude de extravio, incêndio ou destruição, total ou parcial, os livros
ou documentos necessários ao levantamento de certidões probatórias de tempo de serviço, a repartição competente
isso mesmo o certificará, cabendo ao funcionário interessado suprir a falta mediante justificação judicial perante o
Juízo privativo competente para conhecer das causas em que a União, Estados e Municípios, respectivamente, forem
autores, réus ou intervenientes.
§ 2º É lícita, nestes casos, a apuração do tempo de serviço pelos contracheques de pagamento, juntados ao processo
para todos os efeitos.
I - férias;
III - luto pelo falecimento do cônjuge, filho, pai, mãe e irmão, até 8 (oito) dias;
VI - exercício de outro cargo ou função, no serviço público da União, de outro Estado e dos Municípios, inclusive
respectivas autarquias, empresa públicas, sociedade de economia mista e fundações, quando o afastamento houver
sido autorizado pelo Chefe do Poder Executivo, sem prejuízo de vencimento do funcionário;
VIII - exercício de cargos ou função de governo ou administração, em qualquer parte do território nacional, por
nomeação ou designação do presidente da República;
IX - licença especial;
XIV - missão ou estudo noutros pontos do território nacional ou no estrangeiro, quando o afastamento houver sido
expressamente autorizado pelo Chefe do poder Executivo, no interesse da municipalidade;
XVII - candidatura a cargo eletivo, conforme o disposto no inciso VI, do artigo 71;
XIX - mandato de vereador, nos termos do disposto no inciso V, do artigo 71, desta Lei.
§ 1º Para efeitos desta Lei, entende-se por acidente em serviço aquele que acarrete dano físico ou mental ao
funcionário e tenha relação mediata ou imediata com o exercício do cargo.
§ 2º Equipara-se ao acidente em serviço o ocorrido no deslocamento entre a resistência e local de trabalho, bem
como a agressão física sofrida em decorrência do desempenho do cargo, salvo quando provocada pelo funcionário.
§ 3º Entende-se por doença profissional a que resulta da natureza e das condições do trabalho.
§ 4º Nos casos previstos nos parágrafos 1º, 2º e 3º deste artigo, o laudo resultante da inspeção médica deverá
estabelecer rigorosamente a caracterização do acidente no trabalho e da doença profissional.
II - o período de serviço ativo nas Forças Armadas prestado durante a paz; computado pelo dobro o tempo de
operação de guerra;
V - o tempo de serviço prestado em autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou fundação instituída
pelo Poder Público;
VI - o período de trabalho prestado a instituição de caráter privado, que tiver sido transformada em estabelecimento
de serviço público, quando o funcionário estiver em exercício, no ato da transformação;
VIII - em dobro o período de férias não gozadas correspondentes aos 2 (dois) exercícios imediatamente anteriores à
aposentadoria, observado o artigo 103 desta Lei;
IX - o tempo de serviço prestado em atividades vinculadas ao regime da Lei Federal nº 3.807, de 26 de agosto de
1960, e legislação subsequente, para os funcionários que houverem completados 5 (cinco) anos de efetivo exercício,
observadas as normas desta Lei, e as determinações da Lei Federal nº 6.864, de 1º de dezembro de 1980;
X - em dobro o período não gozado de férias acumuladas, ou no caso de sua interrupção, no interesse do serviço, na
impossibilidade absoluta do gozo das mesmas.
§ 1º O tempo de serviço a que se referem os incisos I e II deste artigo será também computado para concessão de
adicional por tempo de serviço, quando de passagem à inatividade.
§ 2º A contagem de tempo de serviço de que trata o inciso IX não se aplica as aposentadorias já concedidas.
Art. 90. É vedada a acumulação de tempo de serviço prestado concorrente ou simultaneamente em cargos ou
funções da União, Estados, Distrito Federal, Territórios, Municípios, Autarquias, Empresa Pública, Sociedade de
economia mista e Fundações instituídas pelo Poder Público e entidades de caráter privado mesmo que hajam sido
transformadas em estabelecimentos de serviço público.
§ 2º Na hipótese de acumulação de cargos, é vedada a transposição de tempo de serviço de um para outro cargo.
CAPÍTULO II
DA ESTABILIDADE
Art. 91. Estabilidade é o direito que adquire o funcionário efetivo de não ser exonerado ou demitido, senão em
virtude de sentença judicial ou processo administrativo disciplinar em que se lhe tenha sido assegurada ampla
defesa.
§ 2º O funcionário nomeado, em caráter efetivo, em razão de concurso público, adquire estabilidade depois de 2
(dois) anos de efetivo exercício.
Art. 92. Estágio Probatório é o período de 2 (dois) anos de efetivo exercício, a contar da data de início deste, durante
o qual serão apurados os requisitos necessários à confirmação do funcionário no cargo efetivo, para qual foi
nomeado.
I - idoneidade moral;
II - aptidão;
III - assiduidade;
IV - disciplina;
V - eficiência;
VI - dedicação ao serviço.
Art. 93. Quando o estagiário não preencher as condições exigidas no artigo anterior, caberá ao dirigente da
respectiva repartição ou serviço onde estiver localizado, iniciar, a qualquer instante, dando ciência do fato ao
interessado e remetendo o expediente, em seguida, ao órgão do pessoal.
Parágrafo único. Na ausência de iniciativa da autoridade a que se refere este artigo, com o simples transcurso do
prazo previsto no artigo 92 desta Lei, o estagiário será automaticamente confirmado no cargo.
Art. 94. Não ficará sujeito a estágio o funcionário que for provido em outro cargo público pelas formas previstas nos
incisos II, III, VII e VIII do artigo 21 desta Lei.
Parágrafo único. Nos casos de provimento, por acesso ou transferência, quando o funcionário não lograr concluir o
estágio probatório, é assegurado o seu retorno ao cargo anteriormente ocupado ou a outro da mesma classe, ainda
que considerado excedente se não houver cargo vago.
CAPÍTULO III
DA APOSENTADORIA
I - por invalidez;
II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade ou, III - voluntariamente: a) após 35 (trinta e cinco) anos de
serviço, se do sexo masculino ou 30 (trinta) anos, se do sexo feminino; b) o Professor, após 30 (trinta) anos, e a
Professora, após 25 (vinte e cinco) anos de efetivo exercício em função do Magistério.
§ 1º A aposentadoria, por invalidez, será sempre precedida de licença por período contínuo, até o limite de 12 (doze)
meses, salvo se a junta médica concluir pela incapacidade definitiva do funcionário, antes de completado o prazo
máximo, mediante perícia médica solicitada pela Secretaria de Administração.
§ 2º No caso de aposentadoria voluntária, o funcionário aguardará em exercício a publicação do respectivo ato, salvo
se estiver legalmente afastado do cargo.
§ 3º No caso de aposentadoria compulsória, o funcionário afastar-se-á do exercício de seu cargo, a partir do dia
imediato em que completar a idade limite.
b) invalidar-se por acidente em serviço, por moléstia profissional ou for acometido de tuberculose ativa, alienação
mental, neoplasia maligna, cegueira, lepra, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia irreversível e
incapacitante, espondilite anquilosante, nefropatia grave, estados avançados de doença de Paget (osteíte
deformante), a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida - AIDS e outras moléstias que a Lei indicar, com base nas
conclusões da medicina especializada;
c) na inatividade, for acometido de qualquer das doenças especificadas na letra anterior, a partir da data do laudo
emitido pela Junta Médica.
II - proporcionais, quando o funcionário não contar o tempo de serviço estabelecido no inciso III, letras "a" e "b" do
artigo 95.
Art. 97. Nos cálculos dos proventos proporcionais, o tempo de serviço será calculado conforme o dispositivo no
artigo 86 e seus parágrafos, constituindo-se no numerador da fração, cujo denominador será o tempo previsto nas
alíneas "a" e "b" do inciso III do artigo 95, conforme o caso, e tendo como inteiro os vencimentos e vantagens que
atendam ao disposto no artigo 98 desta Lei.
Parágrafo único. O ocupante de cargo em comissão, não funcionário efetivo do município, somente será aposentado
por acidente em serviço ou por moléstia profissional, quando lhe será assegurada a vantagem do inciso I, do artigo
96, salvo no caso de já lhe ter sido assegurada aposentadoria por outro órgão, público ou privado.
Art. 98. Integram-se aos proventos da inatividade as seguintes vantagens percebidas na atividade:
b) percebida, interpoladamente, por 10 (dez) anos desde que, na data da aposentadoria, o funcionário a vinha
percebendo por período igual ou superior a 1 (um) ano.
IV - adicional de tempo integral desde que percebida por mais de 48 (quarenta e oito) meses consecutivos, e a esteja
percebendo na data da aposentadoria. Se o percentual for variável, tomar-se-á a média dessa gratificação nos
últimos 24 (vinte e quatro) meses anteriores ao ato.
Art. 99. A incorporação aos proventos da gratificação de insalubridade nos casos em que a aposentadoria resultar de
uma das doenças especificadas na alínea "b" do inciso I do artigo 96 fica isenta do estágio de que trata o inciso III do
artigo anterior.
Art. 100. (Este artigo foi revogado pelo art. 13 da Lei Municipal nº 1.565, de 30.12.1996 - Pub. 31.12.1996, com
efeitos a partir de 02.01.1998).
Art. 101. Os proventos de inatividade serão revistos sempre que, por motivo de alteração do poder aquisitivo da
moeda, se modificarem os vencimentos dos funcionários em atividade.
Parágrafo único. Ressalvado o disposto neste artigo, em caso nenhum, os proventos da inatividade poderão exceder à
remuneração percebida na atividade.
CAPÍTULO IV
DA DISPONIBILIDADE
Art. 102. Disponibilidade é o afastamento do funcionário estável em virtude de extinção do cargo ou da sua
desnecessidade declarada.
CAPÍTULO V
DAS FÉRIAS
Art. 103. O funcionário gozará, obrigatoriamente, 30 (trinta) dias de férias por ano, de acordo com a escala para esse
fim organizada pelo Chefe da repartição a que estiver subordinado, e será comunicado ao órgão competente.
§ 1º As férias poderão ser gozadas em parcelas mínimas de 10 (dez) dias, sendo proibido levar à conta de férias
qualquer falta ao trabalho.
§ 2º Somente depois do primeiro ano de exercício, adquirirá o funcionário direito a férias, que corresponderão ao
ano em que se completar esse período.
§ 3º Acrescida de férias ser alterada de acordo com as necessidades do serviço, por iniciativa do Chefe do
interessado, comunicada a alteração ao órgão competente.
§ 4º O gozo de férias anuais remuneradas terá um terço a mais do que o salário normal, que será pago na forma
prescrita em ato regulamentar.
Art. 104. É proibida a acumulação de férias, salvo imperiosa necessidade do serviço, e pelo máximo de dois períodos.
Parágrafo único. O impedimento decorrente de necessidade de serviço, para gozo de férias pelo funcionário não será
presumido, devendo o seu Chefe imediato fazer comunicação expressa do fato ao órgão competente de pessoal, sob
pena de perda do direito à acumulação excepcional de dois períodos.
Art. 105. Por motivo de promoção, transferência, readaptação ou remoção, o funcionário em gozo de férias não será
obrigado a interrompê-las.
Art. 106. Não terá direito a férias o funcionário que, durante o período de sua aquisição, estiver em gozo de licença
para tratar de interesse particular.
Art. 107. Durante as férias, o funcionário terá direito a todas as vantagens, como se em pleno exercício estivesse.
Art. 108. Ao entrar em férias, o funcionário comunicará ao Chefe da repartição o seu endereço eventual.
CAPÍTULO VI
DAS LICENÇAS
Seção I
Da Forma de Concessão
VII - especial;
VIII - para desempenho de mandato legislativo ou executivo
Art. 110. A licença referida nos incisos I, II e III do artigo anterior será concedida pelo órgão médico oficial
competente, ou por outros aos quais aquele transferir ou delegar atribuições e pelo indicado nos respectivos laudos.
§ 1º Para licença até 90 (noventa) dias, a inspeção será feita por médico do órgão competente admitindo-se, quando
assim não for possível, laudos de outros médicos oficiais ou ainda, excepcionalmente, atestados, passados por
médico particular.
§ 2º No caso do parágrafo anterior, não sendo homologado o laudo ou atestado, o funcionário será obrigado a
reassumir, de imediato, o exercício do cargo, considerando-se como de efetivo exercício os dias em que deixou de
comparecer ao serviço por esse motivo, devendo o laudo ou atestado ser remetido à Secretaria Municipal de
Administração, no prazo, máximo de 3 (três) dias, contados da primeira falta ao serviço.
§ 3º Será facultado à Administração, em caso de dúvida, exigir a inspeção por médico ou junta oficial.
§ 4º Ocorrendo a hipótese de laudo ou atestado gracioso ou até má fé, serão responsabilizados na esfera
administrativa, civil e penal, o médico e o funcionário.
§ 6º O pedido de prorrogação deverá ser apresentado antes de findo o prazo da licença, se indeferido, contar-se-á
como de licença o período compreendido entre a data do término e a do conhecimento oficial do despacho
denegatório.
Art. 111. O funcionário não poderá permanecer em licença por prazo superior a 24 (vinte e quatro) meses
consecutivos, salvo nos casos previstos nos incisos IV, V, VI e VIII do artigo 109 desta Lei.
Parágrafo único. Excetua-se do prazo estabelecido neste artigo a licença para tratamento de saúde quando o
funcionário for considerado recuperável para exercício da função pública, a juízo da junta médica.
Art. 112. Nas licenças dependentes de inspeção médica, expirado o prazo do artigo anterior, e ressalvada a hipótese
referida no seu parágrafo, o funcionário será submetido a nova inspeção, e aposentado, se for julgado inválido para
serviço público em geral, após verificada a impossibilidade de sua readaptação.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o tempo decorrido entre o término da licença e a publicação do ato de
aposentadoria será considerado como de licença prorrogada.
Art. 113. O funcionário em gozo de licença comunicará ao seu Chefe imediato o local onde poderá ser encontrado.
Parágrafo único. A licença a que se refere o inciso VI do artigo 109 desta Lei poderá ser sustada em qualquer tempo
no interesse da administração.
Art. 114. A licença superior a 90 (noventa) dias, com fundamento nos incisos I e II do artigo 109 desta Lei, dependerá
de inspeção em junta médica, sempre composta de, pelo menos, 3 (três) médicos.
Art. 115. Ao ocupante de cargo em comissão ou de função gratificada não serão concedidas, nessa qualidade, as
licenças de que tratam os incisos IV, V, VI, VII e VIII do artigo 109 desta Lei.
§ 1º Aos contratados, quando no exercício de função garatificada ou ocupante de cargo em comissão, conceder-se-ão
apenas as licenças de que tratam os incisos I, II e III do artigo 109.
§ 2º As disposições do parágrafo anterior aplicam-se ao ocupante de cargo em comissão não detentor de cargo
efetivo municipal.
Seção II
Art. 116. A licença para tratamento de saúde será concedida "ex-offício" ou a pedido do funcionário, ou de seu
representante, quando o próprio não possa fazê-lo, sempre mediante apresentação de credencial própria.
§ 1º Em ambos os casos, é indispensável a inspeção médica, que será realizada no órgão próprio e, quando
necessário, no local onde encontra-se o funcionário.
§ 2º Para as hipóteses de que tratam este parágrafo e bem ainda as dos artigos 123 e 124 e seus parágrafos, quando,
solicitada pelo funcionário ou seu representante legal, só se efetivará a concessão da licença mediante laudo
firmado:
II - quando a licença for concedida por período superior a 15 (quinze) dias, ou prorrogar-se por mais de 15 (quinze)
dias, nos 60 (sessenta) dias subsequentes, o laudo deverá ser firmado por junta médica especialmente designada
pelo Presidente da Fundação Municipal de Saúde. § 3º Na hipótese do artigo 116, parte final, ou em caráter de
emergência, será dispensada a apresentação referida no parágrafo anterior.
Art. 117. A inspeção médica será feita por médicos lotados no órgão próprio da Secretaria Municipal de
Administração.
Art. 118. O funcionário não poderá recusar-se à inspeção médica sob pena de suspensão do pagamento do
vencimento e vantagens até que a mesma se realize.
Art. 119. Considerado apto em inspeção médica, o funcionário reassumirá o exercício do cargo, apurando-se como
faltas os dias de ausência ao serviço.
Parágrafo único. No curso da licença poderá o funcionário requerer a inspeção médica, caso se considere em
condições de reassumir o exercício.
Art. 120. O funcionário licenciado para tratamento de saúde não poderá dedicar-se a qualquer atividade
remunerada, sob pena de interrupção da licença, com perda total do vencimento e vantagens desde o início do gozo
da licença e até que reassuma o cargo.
Art. 121. Nos casos de acidentes em serviço ou de doença profissional, correrão por conta do órgão assistencial do
Município, as despesas com o tratamento médico hospitalar do funcionário.
Art. 122. Serão sempre integrais o vencimento e vantagens do funcionário licenciado para tratamento de saúde.
Seção III
Art. 123. Desde que prove ser indispensável a sua assistência pessoal e que não possa ser prestada simultaneamente
com o exercício do cargo, ao funcionário será concedida licença por motivo de doença em pessoa da família.
§ 1º Considerar-se-ão como pessoa da família, para os efeitos desta licença, os pais, o cônjuge, os filhos, ou pessoa
que viva às suas expensas e conste de seu assentamento individual.
§ 3º A licença de se trata este artigo será concedida com vencimento e vantagens integrais até 6 (seis) meses, e com
2/3 (dois terços) do vencimento e vantagens, excedendo esse prazo até 2 (dois) anos.
§ 4º Em cada período de 5 (cinco) anos, o funcionário só poderá beneficiar-se de, no máximo, 2 (dois) anos de
licença, de que trata este artigo, seguidos ou intercalados.
§ 5º O funcionário terá direito à percepção de um vencimento ao completar 6 (seis) meses consecutivos de licença
para tratamento de doença em pessoa da família.
Seção IV
Da Licença á Gestante
Art. 124 À funcionária gestante será concedida, mediante inspeção médica, licença com vencimento e vantagens
integrais, pelo prazo de 06 (seis) meses prorrogável, no máximo, por 30 (trinta) dias. § 1º Salvo prescrição médica em
contrário, a licença será concedida, a partir do início do 8º (oitavo) mês de gestação.
§ 2º Quando a saúde do recém-nascido exigir assistência especial, será concedida licença à funcionária, pelo prazo
necessário, a critério médico e nos termos do artigos 123 desta Lei.
§ 3º A funcionária gestante terá direito, a critério médico, de ser aproveitada em função compatível com seu estado,
a contar do 5º (quinto) mês de gestação, sem prejuízo do direito à licença de que trata este artigo.
§ 4º À funcionária gestante, ao completar o 8º (oitavo) mês de gestação, será concedida, a título de auxílio-
natalidade, uma gratificação de valor igual ao vencimento do seu cargo naquele mês.
Art. 124. À funcionária gestante será concedida, mediante inspeção médica, licença com vencimento e vantagens
integrais, pelo prazo de 06 (seis) meses prorrogável, no máximo, por 30 (trinta) dias. (Redação dada pela Lei nº
2615/2008)
Seção V
Art. 125. Ao funcionário que for convocado para serviço militar ou outros encargos de segurança nacional será
concedida licença com vencimento e vantagens integrais.
§ 3º Ao funcionário oficial da reserva das Forças Armadas será concedida licença com vencimento e vantagens
integrais, durante os estágios de serviço militar obrigatório, não remunerados e previstos pelos regulamentos
militares.
Parágrafo único. Quando o estágio for remunerado assegurar-se-lhe-á o direito de opção.
Seção VI
Art. 127. O funcionário terá direito a licença, sem ônus para o município, quando seu cônjuge for exercer mandato
eletivo ou, sendo militar ou servidor da Administração Direta, da Autarquia, de Empresa Pública, de Sociedade de
Economia Mista ou de Fundação instituída pelo Poder Público, for mandado servir fora do Município.
§ 1º A licença será concedida mediante pedido instituído com documento oficial que comprove a remoção e deverá
ser renovada de 4 (quatro) em 4 (quatro) anos.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se aos funcionários que vivam maritalmente, desde que haja impedimento legal
ao casamento e convivência por mais de 5 (cinco) anos.
Art. 128. Finda a causa da licença, o funcionário deverá reassumir o exercício do cargo dentro de 30 (trinta) dias, a
partir dos quais a sua ausência será computada como falta ao trabalho.
Parágrafo único. Independentemente de regresso do cônjuge, o funcionário poderá reassumir o exercício, a qualquer
tempo, não podendo, neste caso, renovar o pedido de licença, senão depois de 1 (um) ano, da data da reassunção,
salvo se o cônjuge for transferido novamente.
Seção VII
Art. 129. Depois de 2 (dois) anos de exercício, o funcionário poderá obter licença sem vencimento e vantagens, para
tratar de interesses particulares.
§ 2º A licença não perdurará por tempo superior a 4 (quatro) anos consecutivos, e só lhe poderá ser concedida outra
depois de decorrido 1 (um) ano do término da anterior.
§ 3º Não se concederá licença quando inconveniente para o serviço, nem a funcionário nomeado, removido,
transferido ou readaptado, antes de assumir o exercício.
§ 4º O funcionário poderá, a qualquer tempo, desistir da licença, que poderá ser sustada na forma do parágrafo único
do artigo 113, desta Lei.
§ 5º Em caráter excepcional, e atendo ao interesse da própria Administração Pública, a licença sem vencimentos
poderá ser deferida a servidor de qualquer categoria funcional, independentemente de tempo de serviço.
Seção VIII
Da Licença Especial
Art. 130. Após cada quinquênio de efetivo exercício, ao funcionário que a requerer, conceder-se-á licença especial de
3 (três) meses com todo o vencimento e demais vantagens de seu cargo efetivo.
§ 1º o período de licença especial não gozado será computado em dobro para efeito de aposentadoria, e servirá,
também, na oportunidade desta, para a concessão de adicional por tempo de serviço.
§ 2º Em caso de acumulação de cargos, a licença será concedida em relação a cada um deles, simultânea ou
separadamente.
II - o tempo de serviço será apurado em dias e convertido em anos, sem qualquer arredondamento.
a) (Esta alínea foi suprimida pelo art. 13 da Lei Municipal nº 749, de 01.09.1989 - Pub. Órgão Oficial, de 02.09.1989);
b) (Esta alínea foi suprimida pelo art. 13 da Lei Municipal nº 749, de 01.09.1989 - Pub. Órgão Oficial, de 02.09.1989);
c) houver gozado as licenças a que se refere o artigo 109 incisos V, VI e VIII desta Lei;
d) houver gozado as licenças a que se refere o artigo 109 incisos V, VI e VIII desta Lei;
e) houver gozado as licenças a que se refere o inciso II do artigo 109, por prazo superior a 90 (noventa) dias
intercalados ou não.
Art. 132. O processo, devidamente informado pelo setor competente da Secretaria Municipal de Administração, será
encaminhado ao órgão de lotação do funcionário que observará o seguinte:
I - no mesmo setor, seção ou equivalente, não poderão ser licenciados, simultaneamente, funcionários em número
superior à sexta parte do total do pessoal em exercício.
II - se houver menos de seis funcionários em exercício, somente um deles poderá ser licenciado;
III - a Licença Especial poderá ser gozada integralmente ou em períodos de 1 (um) a 2 (dois) meses;
IV - quando requerida para um período único de três meses, a licença especial poderá ter início em qualquer mês do
ano civil;
VI - quando em período parcelado, será observado o intervalo de 1 (um) ano entre o término de um período e o
início de outro;
VII - quando houver requerimento para o mesmo período, terá preferência no gozo da licença, o funcionário que
contar mais tempo de serviço ao município.
Art. 133. Observado o disposto no artigo anterior, o titular do órgão de lotação do funcionário autorizará a concessão
de licença, remetendo o expediente à Secretaria Municipal de Administração, para a expedição do competente ato.
Parágrafo único. Deverão ser mencionadas, no ato de concessão as datas de início e término dos períodos relativos à
licença especial, especificando-se o quinquênio a que se refere.
Art. 134. O servidor em gozo de licença especial poderá, depois de 1 (um) mês, reassumir o exercício do cargo,
contando-se-lhe em dobro, no caso de desistência, o período restante, nos termos do artigo 89, inciso VII, desta Lei.
CAPÍTULO VII
DO VENCIMENTO
Art. 135. Vencimento é a retribuição pelo efetivo exercício do cargo, corresponder ao padrão fixado em Lei.
I - o vencimento do cargo efetivo, quando nomeado para cargo em comissão, ressalvado o direito de opção, ou
designado para servir em órgão de outra esfera do Poder Público, sem ônus para o município;
II - o vencimento do cargo efetivo, quando no exercício de mandato eletivo, remunerado, federal, estadual ou
municipal, ressalvado o caso previsto nesta Lei;
III - o vencimento do dia, em que não comparecer ao serviço, salvo, motivo legal ou moléstia comprovada,
computando para efeito dos descontos, os sábados, domingos, feriados, os dias de folga e os considerados de "ponto
facultativo", sempre que intercalados entre as faltas;
IV - um terço do vencimento do dia, ser comparecer ao serviço dentro da hora seguinte à marcado para o inicio dos
trabalhos ou quando se retirar até uma hora ates do término do período de trabalho, sendo considerado ausente se
ultrapassar esse limite;
V - um terço do vencimento, durante o afastamento por motivo de prisão administrativa, suspensão preventiva, ou
recolhimento à prisão, com direito à diferença se absolvido, ou se o afastamento exceder ao prazo de condenação
definitiva;
VI - dois terços do vencimento durante o período de afastamento em virtude de condenação, por sentença definitiva,
à pena privativa de liberdade, desde que não resulte em demissão.
§ 2º Investido no mandato de Prefeito Municipal ou de Vice-Prefeito, será afastado de seu cargo, sendo-lhe facultado
optar pelo seu vencimento e vantagens.
Art. 137. Nenhum funcionário, ativo ou inativo, poderá perceber vencimento ou provento inferior ao salário mínimo
vigente do município.
Art. 138. O vencimento, o provento ou qualquer vantagem pecuniária, atribuídos ao funcionário não serão objeto de
arresto, sequestro ou penhora, salvo quando se tratar de:
I - prestação de alimento determinada judicialmente;
Art. 139. As reposições e indenizações á Fazenda Municipal poderão ser descontadas em parcelas mensais
consecutivas, não excedentes à décima parte do vencimento ou provento, exceto na ocorrência de má-fé, hipótese
em que não se admitirá parcelamento.
Parágrafo único. Se o funcionário for exonerado ou demitido, a quantia devida será inscrita como dívida ativa, e
cobrada executivamente.
Seção Única
Do Registro da Frequência
Art. 140. Ponto é o registro que assinala o comparecimento do funcionário ao serviço, e pelo qual se verifica
diariamente, a sua entrada e saída.
§ 1º Nos registros de ponto, deverão ser lançados todos os elementos necessários à apuração de frequência.
§ 2º Para registro de ponto serão usados, sempre que possível, meios mecânicos.
§ 3º Salvo ato expresso do Chefe do Poder Executivo, é vedado dispensar o funcionário de registro de ponto.
§ 4º Compete ao responsável pelo setor, onde esteja localizado o funcionário, coibir o registro antecipado ou
posterior ao dia de frequência.
Art. 141. O Chefe do Poder Executivo disciplinará, mediante Decreto, o horário de trabalho dos funcionários públicos
municipais.
Art. 142. Ao funcionário estudante será permitido faltar ao serviço, sem prejuízo de vencimento e vantagens, nos
dias em que se realizarem provas parciais e finais.
Parágrafo único. O funcionário deverá apresentar documento fornecido pelo direção da Escola, que comprove seu
comparecimento às provas.
CAPÍTULO VIII
DAS VANTAGENS
Art. 143. Além do vencimento poderá o funcionário perceber as seguintes vantagens pecuniárias:
I - adicionais;
II - gratificações.
Seção I
Dos Adicionais
Art. 144. Em razão do tempo de serviço, ou pela exigibilidade de conhecimentos especializados ou em regime próprio
de trabalho, requeridos pela função, serão concedidas vantagens adicionais a saber:
IV - de produtividade.
Subseção I
Art. 145. Ao funcionário público municipal, a cada quinquênio de efetivo exercício, será concedido adicional de
tempo de serviço, na base de 5% (cinco por cento) por período, calculados sobre o vencimento do cargo efetivo.
Art. 146. O tempo de serviço, para efeito do artigo anterior, será calculado de conformidade com o artigo 86,
observando-se o disposto nos itens I e II, do artigo 89.
Art. 147. O direito à percepção do adicional por tempo de serviço começa no dia imediato aquele em que o
funcionário completar o quinquênio.
Art. 148. O adicional por tempo de serviço será pago simultaneamente com o vencimento, entretanto, não servirá
como base de cálculo para futuros adicionais ou aumentos.
Art. 149. O período de licença prêmio não gozado e computado em dobro para efeito de aposentadoria servirá,
também, na oportunidade desta, para concessão de adicional por tempo de serviço. Subseção II - Do Tempo Integral
Art. 150. Considera-se regime de tempo integral o exercício da atividade funcional sob dedicação exclusiva, ficando o
funcionário proibido de exercer cumulativamente outro cargo, função ou atividade de particular de caráter
empregatício, ou público de qualquer natureza.
Art. 151. O regime de tempo integral será determinado no interesse direto e imediato da administração municipal,
para atender à necessidade do serviço e terá caráter transitório, podendo ser suspenso ou cancelado, a critério da
autoridade que o tiver instituído.
Art. 152. Ao funcionário subordinado a regime de tempo integral, na forma do artigo anterior, será concedido
adicional de tempo integral, dentro do limite mínimo de 40% (quarenta por cento) e máximo de 100% (cem por
cento), que incidirão sobre o valor do vencimento do cargo efetivo.
Parágrafo único. Em se tratando de ocupante de cargo em comissão, o percentual será aplicado sobre o valor do
respectivo símbolo, salvo se, quando também ocupante de cargo efetivo, houver optado pelo vencimento deste na
forma do artigo 11 da presente Lei.
II - o funcionário:
b) for colocado à disposição de outro órgão não integrante da Administração Direta do Município;
e) (Esta alínea foi suprimida pelo art. 13 da Lei Municipal nº 749, de 01.09.1989 - Pub. Órgão Oficial, de 02.09.1989);
h) for afastado, removido, designado ou transferido do órgão ou setor de trabalho onde estava subordinado ao
regime de tempo integral.
Subseção III
Art. 154. Ao funcionário portador de diploma em curso superior de ensino, e desde que a natureza das atividades
impostas pelo cargo exija conhecimentos técnicos especializados, poderá ser concedido adicional por trabalho
técnico científico, calculado sobre o vencimento do cargo efetivo.
Parágrafo único. O Poder Executivo Municipal fixará, por Decreto, os cargos sujeitos à percepção do adicional referido
no artigo anterior e os respectivos percentuais.
Seção II
Das Gratificações
Art. 155. Pela prestação de serviços em condições especiais, ou em face de fatos ou situações individuais do
funcionário será concedida gratificação:
I - ajuda de custo;
II - salário família;
IV - pelo exercício de cargo em comissão, nos casos do artigo 11 e seu parágrafo, deste estatuto;
VIII - de representação;
a) de encargos de auxiliar ou membro de banca examinadora de concurso público de provas e provas e títulos;
XII - (Este inciso foi revogado pelo art. 4º da Lei Municipal nº 1.164, de 12.02.1993 - Pub. 13.02.1993);
XIII - (Este inciso foi revogado pelo art. 4º da Lei Municipal nº 1.164, de 12.02.1993 - Pub. 13.02.1993).
Subseção II
Da Ajuda de Custo
Art. 156. A juízo do Chefe do Poder Executivo será concedida ao funcionário ajuda de custo destinada à compensação
das despesas de viagens, a serviço exclusivo da Municipalidade, obrigando-se o custeado, a comprovar as despesas
realizadas.
§ 1º O funcionário restituirá a ajuda de custo, quando, antes de terminar a incumbência, regressar, pedir exoneração
ou abandonar o serviço.
Subseção II
Do Salário Família
III - por filho menor de 21 (vinte e um) anos, que não exerça atividade remunerada;
IV - por filho inválido;
VI - por filho estudante, que frequente curso de 2º grau ou superior, e que não exerça atividade remunerada, até a
idade de 24 (vinte e quatro) anos;
VII - pelo ascendente sem rendimento próprio que viva às expensas do funcionário;
Parágrafo único. Compreende-se, neste artigo, o filho de qualquer condição, o enteado, o adotivo e o menor que,
mediante autorização judicial, viva sob a guarda e sustento do funcionário.
Art. 158. Quando o pai e mãe forem funcionários ativos ou inativos, de qualquer órgão público federal, estadual ou
municipal e viverem em comum, o salário-família será concedido exclusivamente ao pai.
Parágrafo único. Se não viverem em comum, será concedido ao que tiver os dependentes sob sua guarda.
Art. 159. Ao pai e à mãe, equiparam-se o padrasto, a madrasta, e, na falta destes, os representantes legais dos
incapazes ou quem, por qualquer forma, tenha sob a sua guarda e sustento, os dependentes a que se refere o artigo
157 desta Lei.
Art. 160. O salário-família não será sujeito a qualquer imposto ou taxa, nem servirá de base para qualquer
contribuição ainda que de finalidade assistencial.
Art. 161. O valor do salário-família por dependente inválido corresponderá ao triplo do valor normal.
Parágrafo único. A invalidez, que caracteriza a dependência, é a comprovada incapacidade total e permanente para o
trabalho, ou, presumida no caso de ancianidade.
Art. 162. Nos casos de acumulação legal de cargos o salário-família será pago somente em relação a um deles.
Subseção III - Do Auxílio Doença
Art. 163. Após cada período de 12 (doze) meses consecutivos de licença para tratamento da própria saúde, o
funcionário terá direito a 1 (um) mês de vencimento a título de auxílio-doença.
Parágrafo único. O auxílio-doença não sofrerá descontos de qualquer espécie ainda que para fins de previdência
social, e será pago juntamente com o vencimento.
Art. 164. Se ocorrer o falecimento do funcionário, o auxílio-doença, a que faz jus até a data do óbito, será pago de
acordo com as normas aplicáveis ao pagamento do vencimento.
Subseção IV
Art. 165. A gratificação de risco de vida e saúde será de 10%, 20% e 40%, segundo o grau de risco a que estiver
exposto o funcionário, no exercício das atribuições inerentes a seu cargo ou função, desde que tenha contato direto e
permanente com pacientes portadores de doença infectocontagiosa.
Art. 166. A gratificação de insalubridade será de 10%, 20% e 40%, segundo o grau mínimo, médio e máximo, sempre
que o funcionário estiver em atividade em locais insalubres que, por sua natureza, condições e métodos de trabalho,
o exponha a contato direto com agentes físicos, químicos ou biológicos nocivos que possam produzir doença
transitória ou definitiva.
Art. 167. As gratificações de que tratam os artigos 165 e 166 incidirão sobre o vencimento do cargo efetivo do
funcionário, não podendo ser percebidas cumulativamente, sendo indispensável o laudo pericial do órgão
competente.
Art. 168. As condições exigidas para a concessão da gratificação de risco de vida e saúde e insalubridade serão
apuradas e definidas pela Secretaria Municipal de Administração que, para tanto, constituirá comissão específica, de
caráter temporário, e, a cada caso, integrada por médicos provindos da Secretaria Municipal de Saúde, podendo
valer-se de laudo pericial de órgão Federal de Higiene e Segurança do Trabalho.
Subseção V
Do Serviço Extraordinário
Art. 169. A gratificação pela prestação de serviço extraordinário será concedida pelo Secretário Municipal de
Administração, com prévia autorização do Chefe do Poder Executivo e paga por hora de trabalho, prorrogado ou
antecipado, na forma do regulamento próprio em vigor.
§ 1º O exercício de cargo em comissão ou de função gratificada exclui a gratificação por serviço extraordinário.
§ 2º Em se tratando de serviço extraordinário noturno, o valor da hora será acrescido de 25% (vinte e cinco por
cento).
§ 3º A inclusão do funcionário em regime de tempo integral não é compatível com o recebimento de gratificação por
serviço extraordinário.
Art. 170. Observadas as disposições deste capítulo os adicionais e gratificações reger-se-ão por regulamentação
própria, quando couber.
TÍTULO V
DO DIREITO DE PETIÇÃO
§ 2º O pedido de reconsideração, dirigido à autoridade que expediu o ato ou proferiu a primeira decisão, somente
será cabível quando contiver novos argumentos.
Art. 172. O requerimento e o pedido de reconsideração de que tratam os artigos anteriores deverão ser despachados
no prazo de 8 (oito) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias.
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão.
§ 2º O pedido de reconsideração e o recurso não têm efeito suspensivo; se for provido retroagirá, nos efeitos, à data
do ato impugnado.
I - em 5 (cinco) anos, quanto aos de que decorram demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
Art. 176. O pedido de reconsideração, e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição até duas vezes.
TÍTULO VI
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DA ACUMULAÇÃO
III - a de um cargo de Professor com outro técnico ou científico; ou IV - a de dois cargos de Médicos.
Art. 179. A acumulação, em qualquer hipótese, só será permitida quando houver correlação de matérias e
compatibilidade de horários.
Art. 180. A proibição de acumular se estende a cargos ou funções de qualquer modalidade ou emprego no Poder
Público Federal, Estadual ou Municipal, na administração centralizada ou autárquica, inclusive em sociedade de
economia mista e empresas públicas.
Art. 181. O funcionário não poderá exercer mais de uma função gratificada, nem participar de mais de dois órgãos de
deliberação coletiva.
Art. 182. Os aposentados ficam excluídos da proibição de acumular proventos quando no exercício de mandato
eletivo, cargo em comissão, ou quanto a contrato para prestação de serviços técnicos ou especializados.
Parágrafo único. O disposto neste artigo, quanto ao exercício de cargo em comissão, não se aplica ao aposentado
compulsoriamente ou por invalidez se não cessadas as causas determinantes de sua aposentadoria.
Art. 183. Não se compreende na proibição de acumular nem está sujeita a qualquer limite, a percepção:
Art. 184. Considera-se cargo técnico ou científico aquele que para cujo exercício seja exigida habilitação em curso
legalmente classificado como técnico, de grau ou de nível superior de ensino.
I - o cargo para cujo exercício seja exigida habilitação em curso legalmente classificado como técnico segundo de grau
ou de nível superior de ensino;
Art. 185. Cargo de professor é o que tem como atribuição principal e permanente lecionar em qualquer grau ou ramo
de ensino legalmente previsto.
Parágrafo único. Inclui-se, também, para efeito de acumulação, o cargo de direção, privativo de professor.
Art. 186. A simples denominação de "técnico" ou "científico" não caracteriza como tal o cargo que não satisfizer as
condições do artigo 184.
Parágrafo único. As atribuições do cargo, para efeito de reconhecimento de seu caráter técnico ou científico, serão
consideradas na forma do parágrafo único do artigo 187.
Art. 187. A correlação de matérias pressupõe a existência de relação íntima e recíproca entre os conhecimentos
específicos, cujo ensino ou aplicação constitua atribuição principal dos cargos acumuláveis, de sorte que o exercício
simultâneo favoreça o melhor desempenho de ambos os cargos.
Parágrafo único. tal relação não se haverá por presumida, mas terá de ficar provada mediante consulta a dados
objetivos, tais como os programas de ensino, no caso do professor, e as atribuições legais, regulamentares ou
regimentais do cargo, no caso de cargo técnico ou científico.
Art. 188. Para os efeitos deste capítulo, a expressão "cargo" compreende os cargos, funções ou empregos referidos
no artigo 180.
Art. 189. A compatibilidade de horários será reconhecida quando houver possibilidade do exercício dos dois cargos,
em horários diversos, sem prejuízo do número regulamentar de horas de trabalho determinado para cada um.
§ 1º A verificação dessa compatibilidade far-se-á tendo em vista o horário do servidor na unidade administrativa em
que estiver lotado, ainda que ocorra a hipótese de estar dela legalmente afastado.
§ 2º No caso de cargos a serem exercidos no mesmo local ou em municípios diferentes, levar-se-á em conta a
necessidade de tempo para a locomoção entre um e outro.
Art. 190. O funcionário que ocupe dois cargos em regime de acumulação legal poderá ser investido em cargo em
comissão, desde que, com relação a um deles, continue no exercício de suas atribuições, observado sempre o
disposto no artigo anterior.
§ 1º Ocorrendo a hipótese, o ato de provimento do funcionário mencionará em qual das duas condições funcionais
está sendo nomeado, para que, em relação ao outro cargo, seja observado o disposto neste artigo.
§ 2º O tempo de serviço, bem como quaisquer direitos ou vantagens adquiridos em função de determinada situação
jurídica, são insusceptíveis de serem computados ou usufruídos em outra, salvo se extinto seu fato gerador.
Art. 191. Verificada, em processo administrativo disciplinar, a acumulação proibida, e provada a boa-fé, o funcionário
optará por um dos cargos, sem obrigação de restituir.
§ 1º Provada a má-fé, além de perder os cargos, restituirá o que tiver percebido indevidamente pelo exercício de
cargo que gerou a acumulação.
§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, se o cargo gerador de acumulação proibida for de outra esfera de Poder
Público, o funcionário restituirá o que houver percebido desde a acumulação ilegal.
§ 3º Apurada a má-fé do inativo, este sofrerá a cassação da sua aposentadoria ou disponibilidade, obrigado, ainda, a
restituir o que tiver recebido indevidamente.
Art. 192. A inexatidão das declarações feitas pelo funcionário no cumprimento da exigência constante do artigo 56
desta Lei, constituirá presunção de má-fé, ensejando, de logo, a suspensão do pagamento do respectivo vencimento
e vantagens, ou provento.
Art. 193. As acumulações serão objeto de estudo e parecer individuais por parte do órgão municipal para esse fim
criado, que fará a apreciação de sua legalidade, ainda que um dos cargos integre os quadros de outra esfera de
poder.
CAPÍTULO II
DOS DEVERES
I - assiduidade;
II - pontualidade;
III - urbanidade;
IV - discrição;
V - boa conduta;
IX - levar ao conhecimento de autoridade superior irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ou função;
XII - atender prontamente às requisições para defesa da Fazenda Pública Municipal e à expedição de certidão para
defesa de direito;
XIII - guardar sigilo sobre a documentação e ao assuntos de natureza reservada de que tenha conhecimento em razão
de cargo ou função;
§ 1º Verificada a falta do servidor ao serviço por mais de 3 (três) dias seguidos ou alternados, desde que não
devidamente justificada, importará em perda integral das gratificações não incorporadas ao vencimento do
respectivo mês.
CAPÍTULO III
DAS PROIBIÇÕES
II - retirar, modificar ou substituir livro ou qualquer documento órgão municipal com o fim de criar direito ou
obrigação, ou de alterar a verdade dos fatos, bem como apresentar documento falso com a mesma finalidade;
III - Valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal em detrimento da dignidade da função pública;
V - promover manifestações de apreço ou desapreço e fazer circular ou subscrever lista de donativos, no recinto da
repartição;
b) fornecedora de equipamento, serviços ou materiais de qualquer natureza ou espécie, a qualquer órgão municipal;
c) de consultoria técnica que execute projetos e estudos, inclusive de viabilidade, para órgãos públicos.
VIII - pleitear, como Procurador ou intermediário, junto aos órgãos municipais, salvo quando se tratar de percepção
de vencimentos, remuneração, provento ou vantagens de parente, consanguíneo ou afim até o segundo grau civil;
IX - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer
espécie, em razão do cargo ou função, ou aceitar promessa de tais vantagens;
X - revelar fato ou informação de natureza sigilosa, de que tenha ciência, em razão do cargo ou função, salvo quando
se tratar de depoimento em processo judicial, policial ou administrativo;
XI - cometer a pessoa estranha ao serviço do Município, salvo em casos previstos em Lei, o desempenho de encargos
que lhe competir ou a seus subordinados;
XII - dedicar-se, nos locais e horas de trabalho, a palestras, leituras ou quaisquer outras atividades estranhas ao
serviço, inclusive ao trato de interesse de natureza particular;
XV - retirar objetos, de órgãos municipais, salvo quando autorizado por escrito pela autoridade competente;
XVI - fazer cobranças ou despesas em desacordo com o estabelecido na legislação fiscal e financeira;
XVIII - incitar ou aderir a greves nos serviços públicos ou praticar atos de sabotagem contra o regime ou serviço;
XIX - promover a venda de tômbolas, rifas ou mercadorias de qualquer espécie dentro do recinto da repartição;
XXII - exercer cargo ou função pública antes de atendidos os requisitos legais, ou continuar a exercê-los sabendo-os
indevidamente;
XXIII - promover festas ou solenidades de caráter particular nas dependências das repartições públicas municipais;
CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 196. Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente.
Art. 197. A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo que importe em prejuízo da Fazenda
Municipal ou de terceiros.
§ 1º A indenização de prejuízos causados à Fazenda Municipal poderá ser liquidada mediante descontos em
prestações mensais não excedentes à décima parte do vencimento ou remuneração, na falta de outros bens que
respondam pela indenização, exceto na ocorrência de má-fé, hipótese em que não se admitirá parcelamento.
§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o funcionário perante a Fazenda Municipal em ação
regressiva proposta depois de transitar em julgado a decisão de última instância que houver condenado a Fazenda a
indenizar o terceiro prejudicado.
§ 3º Quando o funcionário for exonerado, demitido ou vier a falecer, a quantia devida será inscrita como dívida e
cobrada judicialmente.
Art. 198. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao funcionário nessa qualidade.
Art. 199. A responsabilidade administrativa resulta de atos praticados ou omissões ocorrida no desempenho do cargo
ou função, ou fora dele, quando comprometedoras da dignidade e do decoro da função pública.
Art. 200. As comissões civis, penais e disciplinares poderão cumular-se, sendo umas outras independentes entre si,
bem assim as instâncias civil, penal e administrativa.
Parágrafo único. Só é admissível a ação disciplinar ulterior a absolvição no juízo penal quando, embora afastada a
qualidade do fato como crime, persista, residualmente, a falta administrativa.
CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES
I - advertência;
II - repreensão;
III - suspensão;
IV - multa;
V - destituição de função;
VI - demissão;
Art. 202. Na aplicação das penas disciplinares serão considerados os motivos e circunstâncias da falta, a sua natureza,
a gravidade e os danos que dela provierem para o serviço público e os antecedentes funcionais do servidor.
Art. 203. A pena de advertência será aplicada verbalmente, pelo Chefe do funcionário, em caso de negligência, e
comunicada ao órgão de pessoal.
Art. 204. A pena de repreensão será aplicada pelo Chefe do órgão onde estiver localizado o funcionário, por escrito,
em caso de desobediência ou falta de cumprimento dos deveres, alem da hipótese referida no parágrafo único do
artigo anterior, devendo remeter cópia ao órgão de pessoal.
Parágrafo único. Havendo dolo ou má-fé, a falta de cumprimento dos deveres será punida com pena de suspensão.
I - falta grave;
II - desrespeito a proibições que, pela sua natureza, não ensejarem pena de demissão;
§ 3º Quando houver conveniência para o serviço, a pena de suspensão, por iniciativa do Secretário ou Procurador
Geral a que pertencer a lotação do funcionário, poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por
cento) por dia de vencimento e vantagens, obrigado, nesse caso, o funcionário a permanecer no serviço durante o
número de horas de trabalho normal.
§ 4º Além da pena judicial que couber, serão considerados como de suspensão os dias em que o funcionário deixar
de atender às convocações para júri e outros serviços obrigatórios por Lei, sem motivo justificado.
Art. 206. A destituição de função dar-se-á quando verificada falta de exação no cumprimento do dever.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não impede a aplicação da pena disciplinar cabível, quando o destituído for,
também, ocupante de cargo efetivo.
I - falta relacionada no artigo 195 desta Lei, quando de natureza grave, a juízo de autoridade competente, se
comprovada a má-fé;
II - incontinência pública e escândalos, prática de jogos proibidos, embriaguez habitual ou uso de transportes tóxicos
e entorpecentes;
III - ofensa física, em serviço, contra funcionário ou particular, salvo em legítima defesa;
IV - procedimento irregular incompatível com o decoro e com a dignidade do serviço público;
V - ausência ao serviço, sem causa justificada, por mais de 60 (sessenta) dias, intercaladamente, durante o período
de 12 (doze) meses;
VI - abandono de cargo;
§ 1º Considera-se abandono de cargo a ausência ao serviço, sem justa causa, por 30 (trinta) dias consecutivos.
§ 2º Entender-se-á por ausência ao serviço, com justa causa, a que assim for considerada após a devida comprovação
em processo administrativo, sumário, caso em que as faltas serão justificadas para fins disciplinares.
§ 3º Quando a justificativa fundar-se em motivo de doença do funcionário ou pessoa de sua família, comprovada por
atestado passado por médico estranho ao órgão oficial de perícias médicas, só poderá ser alegada em processo
administrativo uma única vez.
§ 4º Será ainda demitido o funcionário que, em processo criminal, sofrer a pena acessória de perda da função
pública.
Art. 209. Conforme a gravidade da falta, a demissão poderá ser aplicada com nota "a bem do serviço público".
Art. 210. O funcionário demitido por processo administrativo ou por sentença judicial não poderá retornar ao serviço
público municipal antes de decorridos 10 (dez) anos.
Parágrafo único. Quando a demissão tiver sido aplicada com a nota "a bem do serviço público" não poderá o
funcionário retornar antes de cancelada a nota desabonadora, pelo Chefe do Poder Executivo, após decorridos 5
(cinco) anos da penalidade e mediante pedido fundamentado do interessado.
Art. 211. A pena de cassação de aposentadoria ou de disponibilidade será aplicada se ficar provado, em inquérito
administrativo, que o aposentado ou disponível:
I - praticou, quando ainda no exercício do cargo, falta grave suscetível de determinar a demissão;
Parágrafo único. Será igualmente cassada a aposentadoria ou disponibilidade do inativo que não assumir, no prazo
legal, o exercício do cargo no qual reverter ou for aproveitado.
I - o Chefe do Poder Executivo, em qualquer caso e, privativamente, nos casos de demissão, cassação de
aposentadoria ou disponibilidade;
II - o Secretário Municipal de Administração, em todos os casos, exceto nos de competência privativa do Chefe do
Poder Executivo;
III - os Secretários Municipais e o Procurador Geral, nos casos de penalidades que não ultrapassem a 30 (trinta) dias e
suspensão ou multa correspondente, ou não decorram de processo administrativo disciplinar.
Parágrafo único. A mesma autoridade que aplicar a penalidade poderá torná-la sem efeito, mediante despacho
fundamentado.
§ 1º A falta também prevista como crime na Lei penal prescreverá juntamente como este.
§ 2º O curso da prescrição começa a fluir na data do evento punível disciplinarmente e se interrompe com a abertura
do processo administrativo disciplinar.
TÍTULO VII
Art. 214. Poder disciplinar é a faculdade conferida ao Administrador Público com o objetivo de possibilitar a
prevenção e repressão de infrações funcionais e seus subordinados, no âmbito interno da Administração.
Art. 215. Constitui infração disciplinar toda ação ou omissão do funcionário capaz de comprometer a dignidade e o
decoro da função pública, ferir a disciplina e a hierarquia, prejudicar a eficiência do serviço ou causar dano à
Administração Pública.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se ao ocupante de cargo em comissão ainda que não ocupante de
cargo efetivo.
CAPÍTULO I
Art. 216. Cabe ao Chefe do poder Executivo ordenar a prisão administrativa de todo e qualquer responsável pelos
dinheiros e valores pertinentes à Fazenda Municipal ou que se acharem sob a guarda desta, nos casos de alcance,
desvio, remissão ou omissão em efetuar as entradas e entregas nos devidos prazos, ou ainda, a dos que, sendo ou
não funcionários públicos, hajam contribuído material ou intelectualmente para a execução ou ocultação desses
crimes.
§ 1º Decretada a prisão, a mesma autoridade comunicará, imediatamente, o fato à autoridade judiciária competente
e providenciará no sentido de ser realizado, com urgência, o processo de tomada de contas.
§ 2º A prisão administrativa não excederá a 90 (noventa) dias, e será cumprida em estabelecimento especial.
§ 3º A prisão administrativa será relaxada tão logo seja efetuada a reposição do "quantum" relativo ao alcance ou
desfalque verificado.
Art. 217. A suspensão preventiva até 30 (trinta) dias será ordenada pelas autoridades mencionadas no artigo 212,
desde que o afastamento do funcionário seja necessário para que este não venha a influir na apuração da falta.
Art. 218. A suspensão de que trata este artigo poderá, ainda, ser ordenada pelo Secretário Municipal de
Administração, no ato de instauração do processo administrativo disciplinar, e estendida até 90 (noventa) dias, findos
os quais cessarão automaticamente os efeitos da mesma, ainda que o processo não esteja concluído.
§ 2º Não estando preso administrativamente, o funcionário que responder por malversação ou alcance de dinheiro
ou valores públicos será sempre suspenso preventivamente e seu afastamento se prolongará até a decisão final do
processo administrativo disciplinar.
Art. 219. A prisão administrativa e a suspensão preventiva são medidas acautelatórias e não constituem penas.
Art. 220. O funcionário afastado em decorrência das medidas acautelatórias referidas no artigo anterior terá direito:
§ 1º Quando a pena disciplinar aplicada for superior ao período de afastamento o funcionário restituirá o que
recebeu indevidamente.
§ 2º Será computado, na duração da pena de suspensão disciplinar imposta, o período de afastamento decorrente de
medida acautelatória.
CAPÍTULO II
Art. 221. Qualquer autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a provocar a sua
apuração imediata, por meios sumários ou por intermédio de processo administrativo.
Art. 222. A apuração de irregularidade, mediante sindicância, não terá forma processual definitiva, nem ficará
adstrita ao rito determinado no Capítulo III, para o processo administrativo disciplinar, constituindo-se em simples
averiguação.
Parágrafo único. A critério da autoridade que instaurar, e segundo a importância maior ou menor do evento, a
sindicância poderá ser realizada por um único funcionário ou por uma comissão de 3 (três) servidores,
preferivelmente efetivos.
Art. 223. A instauração de sindicância não impede a adoção, imediata, através de comunicado à autoridade
competente, das medidas acautelatórias previstas no Capítulo I deste Título.
Art. 224. Se, no curso da apuração sumária, ficar evidenciada falta punível com pena de suspensão superior a 30
(trinta) dias ou multa correspondente, o responsável pela apuração fará imediata comunicação à autoridade
competente para o fim de ser instaurado o necessário processo administrativo disciplinar.
Art. 225. Por se tratar de apuração sumária, as declarações do servidor suspeito serão recebidas também como
defesa, dispensada a citação para tal fim, assegurada, porém, a juntada pelo mesmo, no prazo de 5 (cinco) dias, de
quaisquer documentos que considere úteis.
Art. 226. A falta punível com pena de advertência, repreensão ou suspensão inferior a 30 (trinta) dias será aplicada
pelo Secretário Municipal ou Procurador Geral a que pertencer o funcionário, assegurando-se-lhe ampla defesa.
CAPÍTULO III
Art. 227. A aplicação das penas de suspensão acima de 30 (trinta) dias, destituição de função, demissão ou cassação
de aposentadoria ou de disponibilidade serão sempre precedidas de processo administrativo disciplinar.
Art. 228. Cabe ao Secretário Municipal de Administração a instauração do processo administrativo disciplinar, com a
designação de comissão composta de, no mínimo, 3 (três) membros, integrantes da COPAD - Comissão Permanente
de Inquérito Administrativo, indicados pelo Presidente.
§ 1º O ato de designação indicará, desde logo, o presidente da comissão temporária, que deverá ser, Procurador do
Município ou Bacharel de Direito.
§ 2º Os atos de designação dos membros da comissão e de seu Secretário, serão publicados no órgão oficial.
Art. 229. Se, de imediato, ou no curso do processo administrativo disciplinar, ficar evidenciado que a irregularidade
cometida envolve fato punível como crime, o Presidente da Comissão o descreverá remetendo cópia do processo à
Procuradoria Geral do Município, a fim de comunicar à Polícia da jurisdição em que ela se verificou, para que seja
providenciada a instauração do competente inquérito.
Art. 230. A comissão poderá dedicar todo o tempo de expediente aos trabalhos do processo; ficando seus membros
e o Secretário dispensados do serviço da repartição, sem prejuízo de qualquer vantagem.
Art. 231. Caberá ao Presidente da Comissão a designação de um funcionário ou pelo Chefe, salvo motivo relevante a
critério do Secretário Municipal de Administração.
Art. 232. O processo administrativo disciplinar deverá estar concluído no prazo de 90 (noventa) dias, contados da
data em que os autos chegarem à comissão, prorrogáveis, sucessivamente, por períodos de 30 (trinta) dias, até o
máximo de 3 (três), em caso de força maior e a juízo do Secretário Municipal de Administração.
§ 1º A não observância dos prazos referidos neste artigo não acarretará nulidade do processo, importante em
responsabilidade administrativa dos membros da comissão, ou de quem haja dado causa ao descumprimento.
Art. 233. Os órgãos municipais, sob pena de responsabilidade de seus titulares, atenderão, com máxima presteza, às
solicitações da comissão, devendo comunicar prontamente a impossibilidade de atendimento, em caso de força
maior.
Art. 234. A autoridade instauradora do processo providenciará, com a devida urgência e, mediante requisição do
presidente da comissão, os meios materiais, inclusive os de locomoção ou transporte que se fizerem necessários.
Art. 235. A comissão assegurará, no processo administrativo disciplinar, o sigilo necessário à elucidação do fato ou o
exigido pelo interesse da Administração.
Art. 236. Será admitida a acareação entre acusado e testemunhas e entre testemunhas, sempre que divergirem em
suas declarações sobre fatos ou circunstâncias relevantes.
Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados; para que expliquem os pontos de divergência, reduzindo-se a
termo o ato de acareação.
Art. 237. Para assistir pessoalmente aos atos processuais, fazendo-se acompanhar de defensor, se assim o quiser, o
acusado será sempre intimado, e poderá, nas inquirições, levantar contradita, formular perguntas e reinquirir
testemunhas; nas perícias, apresentar assistente e formular quesitos cujas respostas integrarão o laudo; e fazer
juntadas de documentos em qualquer fase do processo.
Parágrafo único. Se, nas perícias, o assistente divergir dos resultados, poderá oferecer observações escritas que serão
examinadas no relatório final e na decisão.
Art. 238. No interrogatório do acusado, seu defensor não poderá intervir de qualquer modo nas perguntas e nas
respostas.
Art. 239. Antes de indiciado, o funcionário intimado a prestar declarações à Comissão poderá fazer-se acompanhar
de advogado, que, entretanto, observará o disposto no artigo anterior.
Art. 240. O Secretário da Comissão, a quem o Presidente fará a entrega de todos os documentos, que lhe forem
confiados pela autoridade instauradora, autuá-los-á mediante termos datados e assinados.
Art. 241. Ultimada a instrução, será feita, no prazo de 3 (três) dias; a citação do indiciado, para a apresentação de
defesa, no prazo de 10 (dez) dias, sendo-lhe facultado vista do processo durante todo esse período, na sede da
comissão.
§ 1º Havendo dois ou mais indicados, o prazo para defesa será comum e de 20 (vinte) dias.
§ 2º Achando-se o indiciado em lugar incerto ou não sabido, será citado por edital, publicado em órgão oficial de
imprensa, durante 8 (oito) dias consecutivos, contando-se o prazo para a defesa da data da última publicação.
§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligências consideradas imprescindíveis, mediante
requerimento do interessado e a critério do Presidente da Comissão.
§ 4º Nenhum acusado será julgado sem defesa, que poderá ser produzido em causa própria.
Art. 242. Em caso de revelia, o Presidente da Comissão designará, de oficio, defensor dativo, preferentemente
bacharel em direito.
§ 2º O defensor do acusado, quando designado pelo Presidente da comissão, não poderá abandonar o processo,
senão por motivo imperioso, sob pena de responsabilidade.
§ 3º A falta de comparecimento de defensor do indiciado mesmo motivada, não determinará o adiamento de ato
algum do processo, devendo o Presidente da Comissão, no caso do defensor, designar substituto "ad hoc".
Art. 243. Concluída a defesa, a comissão remeterá o processo à autoridade competente, e com relatório onde será
exposta a matéria de fato e de direito, concluindo pela inocência ou responsabilidade do indiciado, apontando, no
último caso, as disposições legais transgredidas e a pena que julgar cabível.
§ 1º Recebido o processo, o Chefe do Poder Executivo proferirá a decisão no prazo de 20 (vinte) dias, à vista dos fatos
apurados pela comissão, não ficando, entretanto, vinculado às conclusões do relatório.
§ 2º Não decidido o processo, no prazo deste artigo, o indiciado reassumirá automaticamente o exercício do cargo, se
deste estiver afastado, até o julgamento final.
Art. 244. Quando a autoridade instauradora considerar que os fatos não foram devidamente apurados, promoverá o
retorno do processo à Comissão para cumprimento das diligências expressamente determinadas, consideradas
indispensáveis a sua decisão.
Art. 245. O funcionário só poderá ser exonerado ou licenciado para tratar de interesses particulares, a pedido, após a
conclusão do processo administrativo disciplinar a que responder, desde que reconhecida a sua inocência ou
cumprida a decisão imposta.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto neste artigo quando o processo administrativo disciplinar tiver por objeto
apurar abandono do cargo ou faltas intercaladas, quando se permitirá exoneração a pedido, a juízo do Chefe do
Poder Executivo e não sendo o funcionário reincidente.
CAPÍTULO IV
Art. 246. Caracterizado o abandono do cargo, o Chefe da repartição onde tenha exercício o funcionário ou órgão
pagador comunicará o fato à Secretaria Municipal de Administração, que providenciará a instauração do processo
administrativo disciplinar.
Art. 247. Instaurado o processo administrativo disciplinar, a Comissão fará publicar, por 3 (três) dias, na imprensa
oficial, edital de chamada do acusado, para que, no prazo máximo de 20 (vinte) dias, a contar da última publicação,
apresente sua defesa.
§ 1º Findo o prazo do artigo anterior e não havendo manifestação do faltoso, ser-lhe-á designado defensor, pelo
Presidente da Comissão de Processo administrativo Disciplinar.
§ 2º O defensor diligenciará na apuração das causas determinantes da ausência ao serviço, tomando as providências
necessárias à defesa sob seu encargo, tendo 10 (dez) dias para apresentá-la, contados da data de sua designação.
Art. 248. A Comissão de Processo Administrativo, recebida a defesa, fará a sua apreciação e encaminhará, à
autoridade instauradora, parecer conclusivo, que será submetido à decisão do Chefe do Poder Executivo.
Art. 249. O processo administrativo disciplinar de abandono de cargo observará, no que couber, às disposições do
Capítulo III deste título.
CAPÍTULO V
DA REVISÃO
Art. 250. Poderá ser requerida a revisão do processo administrativo de que haja resultado pena disciplinar, quando
forem aduzidos fatos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do funcionário punido.
§ 1º Tratando-se de funcionário falecido, desaparecido ou incapacitado de requerer, a revisão poderá ser solicitada
por qualquer pessoa.
§ 4º O requerimento, devidamente instruído, será dirigido ao Chefe do Poder Executivo que decidirá sobre o pedido,
após ouvir a COPAD.
§ 5º Deferida a revisão, o Secretário Municipal de administração designará outra Comissão para processá-la.
Art. 251. Na inicial, o requerimento pedirá dia e hora para inquirição das testemunhas que arrolar.
Parágrafo único. Será considerada informante a testemunha que, residindo fora do Município, prestar depoimento
por escrito.
Art. 252. Concluído o encargo da Comissão, em prazo não excedente a 30 (trinta) dias, será o processo, com o
respectivo relatório, encaminhado ao Chefe do Poder Executivo, para julgamento.
§ 1º O prazo para julgamento será de 30 (trinta) dias, podendo, antes, a autoridade determinar diligências.
§ 2º No caso de serem determinadas diligências, o prazo será contado da data da sua conclusão.
Art. 253. Julgada procedente a revisão, será tornada sem efeito a penalidade imposta, restabelecendo-se todos os
direitos pela mesma atingidos.
TÍTULO VIII
Art. 254. O Poder Executivo expedirá os atos complementares necessários à plena execução da presente Lei.
Art. 255. Os prazos previstos nesta Lei e na sua regulamentação serão contados por dias corridos.
Parágrafo único. Não se computará, no prazo o dia inicial, prorrogando-se o vencimento que incidir em sábado,
domingo, feriado ou de expediente facultativo, para o primeiro dia útil que seguir.
Art. 256. Salvo nos casos de atos de provimento, de exoneração ou de punição, poderá haver delegação de
competência.
Art. 257. Nos dias úteis, só por determinação do Chefe do Poder Executivo poderão deixar de funcionar as
repartições públicas municipais ou ser suspenso o expediente.
Art. 258. É vedado ao funcionário e ao contratado servir sob a direção imediata do cônjuge ou parente até o segundo
grau, salvo em função de confiança ou livre escolha, não podendo, neste caso, exceder de dois o seu número.
Art. 259. Aos servidores do Município, regidos por legislação especial, não se reconhecerá direitos nem se deferirá
vantagem pecuniária prevista nesta Lei, quando, por força de regime especial a que se acham sujeitos, fizerem jus a
direitos ou vantagens com a mesma finalidade, ressalvado o caso de acumulação legal.
Parágrafo único. A situação de pessoal contratado não confere direito nem expectativa de direito de readaptação
para cargo efetivo.
Art. 260. O funcionário, candidato a cargo eletivo, desde que exerça cargo de direção, de Chefia ou Assessoramento,
ou encargo de fiscalização ou de arrecadação, será afastado do exercício, a partir da data em que for inscrito perante
à Justiça Eleitoral, até o dia seguinte ao do pleito.
§ 1º Para dedicar-se à atividade política, o funcionário, mediante requerimento, será afastado do exercício do cargo
durante o período que media entre o registro da candidatura perante a Justiça Eleitoral e o dia seguinte ao da
eleição.
§ 2º O afastamento a que se refere este artigo será efetuado sem prejuízo de vencimento, direitos e vantagens do
cargo efetivo que o funcionário ocupe.
Art. 261. Com a finalidade de elevar a produtividade dos funcionários e ajustá-los às suas tarefas e ao seu meio de
trabalho, o Município promoverá treinamento necessário na forma da regulamentação própria.
Art. 262. O dia 28 de outubro será consagrado ao Servidor Público do Município de Niterói.
Art. 263. É dispensada a prestação de fiança para o provimento e o exercício de qualquer cargo, função ou emprego
na Administração Municipal.
Art. 264. A função de jornalista profissional é compatível com a de servidor público, desde que este não exerça
aquela atividade no órgão onde trabalha e não incida em acumulação ilegal.
Art. 265. São isentos de taxas de expediente os requerimentos e certidões de interesse do funcionário público
municipal, ativo ou inativo.
Art. 266. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
WALDENIR DE BRAGANÇA
PREFEITO MICHEL
SALIM SAAD
PEDRO A. M. LENTINO
HERVAL BAZÍLIO