Unidade II
Unidade II
DIREITO DO AMBIENTE
Unidade II
Ficha Técnica:
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Direito do Ambiente – unidade II
Índice
INTRODUÇÃO .......................................................................................................5
ATENÇÃO – 35
LEITURA RECOMENDADA ..............................................................................35
VEJA COMO RESOLVER OS EXERCÍCIOS.....................................................36
CAPÍTULO I ................................................................................................36
CAPÍTULO II...............................................................................................37
CAPÍTULO III .............................................................................................37
CAPÍTULO IV .............................................................................................37
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Direito do Ambiente – unidade II
ANEXO I 41
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Direito do Ambiente – unidade II
INTRODUÇÃO
Caro Estudante,
Seja Bem-vindo(a) à unidade II da disciplina de Direito do Ambiente.
Para ter sucesso nesta unidade necessita de estudar com atenção todo o manual, não deixando de
rever as unidades anteriores. Para complementar os seus conhecimentos recomenda-se que realize
uma leitura pelos recursos auxiliares recomendados ao longo desta unidade, não só pela
bibliografia indicada como pelos websites sugeridos. Para aceder a outras bibliotecas faça-se
acompanhar do seu cartão de estudante.
A biblioteca virtual do ISM inclui livros digitalizados, artigos, websites e outras referências
importantes para esta e outras disciplinas, que deverá utilizar na realização de casos práticos. A
biblioteca virtual pode ser consultada em biblioteca@ismonitor.ac.mz.
O aluno pode ainda recorrer a outras bibliotecas virtuais, como por exemplo em:
www.saber.ac.mz
www.books.google.com
Recomenda-se que o aluno não guarde as suas dúvidas para si e que as apresente ao tutor, sempre
que achar pertinente. Recomenda-se que entre em contacto com o respectivo tutor, caso ainda não
tenha o contacto do mesmo poderá obtê-lo através do site: https://www.ismonitor.ac.mz/ ou através
da página facebook: https://www.facebook.com/ismonitor/.
Os exercícios práticos têm como objectivo a consolidação do conhecimento dos temas
apresentados nesta unidade. O Instituto Superior Monitor fornece as soluções de muitos desses
exercícios de forma a facilitar o processo de aprendizagem, mas atenção caro estudante, você
deve resolver os exercícios de auto-avaliação antes de consultar as soluções fornecidas.
No final desta unidade encontra-se o teste de avaliação. A avaliação deve ser submetida ao Instituto
Superior Monitor até 30 (trinta) dias após a recepção da unidade. A avaliação da unidade pode ser
submetida por e-mail (testes@ismonitor.ac.mz) ou entrega directa na instituição sede ou centros de
recursos. É da responsabilidade do aluno certificar-se da recepção do teste no exacto número de
páginas.
Esta unidade pressupõe que a realização de 37,5 horas de aprendizagem, distribuídas da seguinte
forma:
✓ Tempo para leituras da unidade: 22 horas;
✓ Tempo para trabalhos de pesquisa: 5 horas;
✓ Tempo para realização de exercícios práticos: 8,5 horas;
✓ Tempo para realizar avaliações: 2 horas.
A presente unidade é válida por 12 (doze) meses. Os estudantes que não tenham obtido
aproveitamento na disciplina (por terem interrompido o curso ou reprovado) devem contactar o
Instituto Superior Monitor. Esta recomendação deve-se ao facto de os materiais serem
periodicamente revistos e actualizados, de forma a se adaptarem às mudanças do mundo actual e às
dinâmicas da produção de conhecimento no seio da própria disciplina.
UNIDADE II – O DIREITO DO AMBIENTE EM
MOÇAMBIQUE
ESTRUTURA DA UNIDADE II
A presente unidade é composta por quatro capítulos, ao longo dos quais será feita
uma análise dos documentos com valor jurídico e legislação referente ao
ambiente, em vigor em Moçambique. Contextualizado o estudante face às
questões ambientais, cabe agora fazer um apanhado do que existe, em
Moçambique, em termos políticos, estratégicos e de Direito, no que toca à
protecção e defesa do meio. Todos os capítulos da unidade II são referentes à
realidade moçambicana no presente momento.
O primeiro capítulo incide sobre as linhas políticas traçadas pelo Estado
Moçambicano quanto ao ambiente. Serão focadas as Políticas Nacionais em
relação com o ambiente e alguns mecanismos governamentais nacionais,
desenvolvidos na prossecução da sustentabilidade ambiental. Em seguida, serão
explicados os princípios ambientais adoptados pelo Estado Moçambicano, a maior
parte dos quais o aluno já teve oportunidade de ler no âmbito a Unidade I. Estes
princípios informam o ordenamento jurídico no que toca ao ambiente, assim como
a definição de políticas e outros mecanismos governamentais de prossecução de
metas ambientais.
O segundo capítulo irá incidir sobre a análise do texto constitucional e a
interpretação a dar ao mesmo, no que toca à defesa do bem jurídico ambiente. Será
analisada a posição do legislador constituinte quanto à assunção do postulado do
Estado Democrático Ecológico e será feita referência às perspectivas subjectivista
e objectivista, objecto de debate ao nível da doutrina constitucional.
O terceiro capítulo é referente aos instrumentos jurídicos que vinculam
Moçambique em matéria ambiental. A abordagem será feita de maneira a
distinguir a vertente internacional da vertente regional, explicitando assim os
vários tratados que Moçambique ratificou e que como tal vinculam o Estado.
O capítulo quatro serve para contextualizar o aluno face a toda a legislação
nacional aprovada em sede ambiental. Será dado relevo à Lei do Ambiente,
enquanto instrumento jurídico de base, e será feita uma breve abordagem da
principal legislação ambiental complementar existente em Moçambique.
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Direito do Ambiente – unidade II
CONTEXTUALIZAÇÃO
A primeira unidade serviu para que o aluno tomasse consciência da dimensão dos
problemas ambientais hoje experimentados por todo o mundo. Por outro lado, era
importante que o estudante pudesse ter dados que lhe permitissem formar uma
opinião clara quanto à necessidade do Direito intervir nas questões ambientais.
Com a presente unidade, pretende-se reforçar a ideia de que o ambiente é uma
preocupação nacional patente em diversos instrumentos de índole pública, como
sejam as políticas públicas e estratégias, planos, programas de concretização
destas, ou legislação aprovada para concretizar as bases lançadas no texto
constitucional. A este propósito, apela-se ao aluno para que relembre a noção do
bem jurídico ambiente, abordada na Unidade 1, de maneira a que possa facilmente
entender a posição do legislador constituinte.
Com esta unidade, pretende-se que o estudante consiga contextualizar-se face à
posição das autoridades públicas perante as preocupações ambientais. Pretende-se
que o estudante adquira uma base de conhecimentos ampla acerca dos
instrumentos políticos e jurídicos ambientais existentes, os quais poderão um dia
ser invocados em prol da defesa do ambiente, no seu desempenho futuro enquanto
jurista.
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1. INTRODUÇÃO
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O ambiente consta da agenda dos órgãos de soberania desde os anos 90, década
que marca a viragem ao nível político de Moçambique, desde logo pela revisão
constitucional operada em 1990, francamente aberta a uma economia de
mercado. A referida década marca o início da aprovação de políticas específicas,
que orientam grande parte da produção legislativa, bem como a actuação do
Aparelho de Estado e dos seus cidadãos.
As políticas nacionais são instrumentos aprovados pelo Conselho de Ministros
que, tendo em conta o modelo de desenvolvimento do país, traçam metas bem
claras e definem a estratégia a levar a cabo para as alcançar.
As políticas não são estáticas, pelo contrário, consagram a sua própria
evolução, que decorre da motivação pelos novos desafios ao enfrentar os
problemas colocados ao Estado. Ao definir estratégias, orienta-se a forma de
acatar questões estruturais e operacionais, e superá-las.
No que toca às políticas que iremos analisar, elas propugnam a protecção
ambiental, passando pelo objectivo primordial de redução da pobreza, a partir
do qual será possível alcançar o desenvolvimento sustentável. As políticas
definem estratégias de implementação diversas, consoante o sector envolvido.
Uma política nacional é indissociável do modelo de desenvolvimento e tem de ter
em conta os desequilíbrios regionais. Sendo universal, ela deve respeitar as
diferenças, de modo a ser aplicável e concretizável em todo o território
nacional.
Por último, importa focar que uma política nacional deve potenciar a integração
com outras políticas sectoriais definidas pelo Governo e que tenham objectivos
paralelos.
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No presente capítulo, iremos prestar especial atenção a um deles, por ser aquele
que serve de base ao desenvolvimento de outros mecanismos e por ser aquele que
abarca todo o rol de prioridades e metas do governo durante o seu mandato: o
Programa Quinquenal do Governo.
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Feita uma breve análise das principais políticas nacionais concebidas para acatar a
questão ambiental pelo órgão executivo do nosso país, e verificada a importância
do tema ambiente na prossecução das metas do Governo Moçambicano, importa
agora analisarmos alguns dos princípios ambientais que claramente orientam a
actuação do Estado e informam a produção de um sistema de normas
ambientais, capaz de justificar a autonomia do Direito do Ambiente também em
Moçambique.
“A especial importância dos princípios no Direito Ambiental resulta da
necessidade de dar coerência e racionalidade a um vastíssimo conjunto de
normas ambientais; de garantir a estabilidade a um sistema que não pára de
evoluir e de se expandir a velocidades vertiginosas”. (Aragão 2008:1).
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c) Princípio da Precaução
Por outro lado, “o princípio da precaução vem recebendo cada vez mais atenção
do Direito Internacional, na medida em que ele reflecte a necessidade de tomada
de decisões que possam antever prováveis danos ambientais causados por
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substâncias ou produtos dos quais não se tem ainda certeza científica quanto ao
seu impacto no meio ambiente.
A Lei do Ambiente, no artigo 4º, explica este princípio segundo o qual o ambiente
deve ser visto como um conjunto de ecossistemas interdependentes, naturais e
construídos, que devem ser geridos de maneira a manter o seu equilíbrio
funcional, sem exceder os seus limites.
f) Princípio de Igualdade
g) Princípio da Responsabilização
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j) Princípio da Sustentabilidade
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Este princípio consagra que a satisfação das necessidades das gerações actuais não
deve comprometer a das gerações vindouras. Por outras palavras, “a utilização
dos recursos naturais actualmente disponíveis, não deve ser mais rápida do que a
capacidade da própria natureza em os repor”. (Coelho, 2011:1)
QUADRO SINÓPTICO
O ambiente consta da agenda dos órgãos de soberania desde os anos 90, década
que marca a viragem ao nível político de Moçambique, desde logo pela revisão
constitucional operada em 1990, francamente aberta a uma economia de
mercado.
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EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
LEITURA RECOMENDADA
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Legislação
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Como sabe, a actual CRM foi aprovada em 1990 e resulta de uma viragem na
vontade política do povo moçambicano, manifestada pelos seus
representantes. O país mudou de política económica e adopta o ideal da
democracia multipartidária.
Passa a ser um Estado democrático, regido pelo Direito, com uma Constituição
que prevê rol de direitos e tarefas a desenvolver pelo Estado. Um Estado
Constitucional. “O Estado Constitucional é, assim, e em primeiro lugar, o Estado
com uma Constituição limitadora do poder através do império do direito”.
(Canotilho,1999:3)
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“Se, de uma forma simples, o Estado de Direito Ambiental é aquele que se pauta
por um nível elevado de protecção ecológica, mais desenvolvidamente, o Estado
de Direito Ambiental é a «forma de Estado que se propõe aplicar o princípio da
solidariedade económica e social para alcançar um desenvolvimento sustentável
orientado para a busca da igualdade substancial entre os cidadãos, mediante o
controlo jurídico do uso racional do património natural” (Aragão, 2010:2)
Nas palavras de Carlos Serra (Serra & Cunha, 2008), este artigo é um dos “pilares
do regime jurídico-constitucional moçambicano de protecção do ambiente”. O
direito a viver num ambiente equilibrado faz parte da esfera jurídica individual
de cada cidadão moçambicano e o legislador constituinte prevê, de entre os
direitos fundamentais patentes no texto constitucional, o direito fundamental ao
ambiente.
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Além de prever um direito, o artigo 90º refere claramente um dever por parte
do cidadão de defender o ambiente. Conjugado com o art. 45º al. f), podemos
concluir que este direito fundamental consiste também num dever.
Importa, neste contexto, prestar agora atenção ao artigo 117º da CRM. Este define
as incumbências do Estado face à protecção do direito fundamental ao
ambiente, de modo a garantir o equilíbrio ecológico e a conservação e
preservação do ambiente. No seu número 2 refere a tarefa de garantir o direito ao
ambiente, visando a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
Como vimos, o artigo 45º al. f) refere, de entre os deveres que cabem aos
cidadãos, a defesa e conservação do ambiente, assim como a defesa e
conservação do bem público e comunitário.
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QUADRO SINÓPTICO
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EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
LEITURA RECOMENDADA
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Legislação
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QUADRO SINÓPTICO
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EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
LEITURA RECOMENDADA
Legislação
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QUADRO SINÓPTICO
Para o tratamento jurídico das questões ambientais existe, para além da Lei do
Ambiente, a legislação aprovada nas mais diversas áreas que, de forma
complementar, se relaciona com matéria ambiental e concretiza as políticas
definidas para o respectivo sector, como por exemplo: a Lei das Águas, a Lei das
Florestas e Fauna Bravia, a Lei de Minas, a Lei dos Petróleos, a Lei da Terra, a Lei
das Pescas, etc.
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EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
LEITURA RECOMENDADA
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CAPÍTULO I
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CAPÍTULO II
1. - A generalidade dos direitos económicos, sociais e culturais possui duas
dimensões: uma negativa, que se traduz num direito a abstenção do Estado
e de terceiros; outra positiva, que consiste no direito de exigir ao Estado
determinadas acções e prestações.
- Como direitos positivados na CRM, os direitos económicos, sociais e
culturais podem ser encarados no plano subjectivo e no plano jurídico-
objectivo. No plano subjectivo, consideram-se autênticos direitos inerentes
à esfera jurídica individual de cada cidadão, independentemente da sua
exequibilidade imediata; nesta medida, assumem a mesma densidade
subjectiva dos direitos, liberdades e garantias.
- Os direitos de terceira geração: A terceira geração de direitos humanos
está relacionada com os direitos destinados à protecção de grupos, como
por exemplo o direito ao ambiente.
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
3.
a) Uma indústria de alumínio é fortemente poluente e nefasta para a saúde.
Deveria remeter para a CRM; Lei do Ambiente; Regulamento sobre
Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes; Regulamento
sobre o Processo de AIA; Regulamento sobre Inspecção Ambiental.
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Maio, 2011
Teste da 2ª Unidade – Duração 2 horas
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Bom Trabalho!
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ANEXO I
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO-
ESTUDANTES
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