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Ica 160-65 2024

A Portaria DIRSA Nº 378/DMP aprova a Instrução ICA 160-65, que estabelece os requisitos de saúde para candidatos ao Estágio de Adaptação ao Oficialato (EAOF) na Aeronáutica. A instrução detalha as normas e rotinas para as Inspeções de Saúde, incluindo exames laboratoriais, toxicológicos e clínicos. A portaria entra em vigor na data de sua publicação.

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A Portaria DIRSA Nº 378/DMP aprova a Instrução ICA 160-65, que estabelece os requisitos de saúde para candidatos ao Estágio de Adaptação ao Oficialato (EAOF) na Aeronáutica. A instrução detalha as normas e rotinas para as Inspeções de Saúde, incluindo exames laboratoriais, toxicológicos e clínicos. A portaria entra em vigor na data de sua publicação.

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MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA
DIRETORIA DE SAÚDE DA AERONÁUTICA

PORTARIA DIRSA Nº 378/DMP, DE 08 DE NOVEMBRO DE 2024.

Aprova a Instrução que dispõe sobre Inspeção de


Saúde de candidatos para o ingresso ao Estágio de
Adaptação ao Oficialato (EAOF).

O DIRETOR DE SAÚDE DA AERONÁUTICA, no uso das atribuições previstas na NSCA 5-2,


aprovada pela Portaria GABAER/GC3 nº 661, de 21 de dezembro de 2023, e tendo em vista o disposto no
Art. 10°, no inciso VIII do Regulamento da Diretoria de Saúde, aprovado pela Portaria n° 557/GC3, de 11
de maio de 2020, resolve:

Art. 1º Aprovar a ICA 160-65 “Inspeção de saúde para o ingresso ao estágio de adaptação
ao oficialato (EAOF)”, na forma dos anexos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação.

Maj Brig Med LAERTE LOBATO DE MORAES


Diretor de Saúde da Aeronáutica

(Republicada no BCA Nº 219, de 09 de dezembro de 2024 por ter saído com incorreção no BCA Nº 204,
de 11 de novembro de 2024)
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DIRETORIA DE SAÚDE DA AERONÁUTICA

SAÚDE

ICA 160-65

INSPEÇÃO DE SAÚDE PARA O INGRESSO AO


ESTÁGIO DE ADAPTAÇÃO AO OFICIALATO
(EAOF)

2024
ANEXO I
ICA 160-65 - INSPEÇÃO DE SAÚDE DE CANDIDATOS PARA O INGRESSO AO ESTÁGIO DE ADAPTAÇÃO AO
OFICIALATO (EAOF)

SUMÁRIO

Art.
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Seção I - Finalidade ….………………………………………………………………………………………. 1º
Seção II - Conceituação ……………………………………………………………………………………. 2º
Seção III - Âmbito …………………………………………………………………………………………….. 3º
CAPÍTULO II – DISPOSIÇÕES GERAIS
Seção I – Requisitos de Aptidão……………………………………………………………………….. 4°
CAPÍTULO III – PATOLOGIA CLÍNICA
Seção I – Avaliação dos exames laboratoriais…………………………………………………… 5° / 6°
Seção II – Exames Toxicológicos de Substâncias Psicoativas (ETSP)…………………... 7° / 11
CAPÍTULO IV – EXAMES DE IMAGEM
Seção I – Exame radiológico de tórax……………………………………………………………….. 12
Seção II – Exame ultrassonográfico………………………………………………………………….. 13
Seção III – Mamografia…………………………………………………………………………………….. 14
CAPÍTULO V - EXAME MÉDICO GERAL
Seção I - Anamnese dirigida e Exame Físico……………………………………………………... 15 / 18
Seção II - Requisito Físico…………………………………………………………………………………. 19 / 24
CAPÍTULO VI - EXAME ODONTOLÓGICO
Seção I - Orientações gerais……………………………………………………………………………... 25 / 28
Seção II - Requisito Odontológico…………………………………………………………………….. 29
CAPÍTULO VII - EXAME OFTALMOLÓGICO
Seção I – Anamnese…………………………………………………………………………………………. 30
Seção II - Requisito Oftalmológico……………………………………………………………………. 31
CAPÍTULO VIII - EXAME OTORRINOLARINGOLÓGICO
Seção I - Anamnese e Exame Físico………………………………………………………………….. 32 / 33
Seção II - Requisito Auditivo…………………………………………………………………………….. 34 / 35
CAPÍTULO IX - EXAME NEUROLÓGICO
Seção I – Anamnese…………………………………………………………………………………………. 36
Art.
Seção II - Avaliação Neurológica………………………………………………………………………. 37
Seção III - Requisito Neurológico……………………………………………………………………... 38 / 39
CAPÍTULO X - EXAME PSÍQUICO
Seção I - Rotina dos Exames Psiquiátrico e Psicológico…………………………………….. 40 / 45
Seção II - Requisitos Psiquiátrico e Psicológico………………………………………………... 46 / 47
CAPÍTULO XI - REQUISITOS ESPECÍFICOS
Seção I - Requisito Cardiocirculatório……………………………………………………………... 48 / 50
Seção II - Requisito Metabólico e Endocrinológico………………………………………….. 51 / 60
Seção III - Requisito Oncológico………………………………………………………………………. 61 / 62
Seção IV - Requisito Pneumológico…………………………………………………………………. 63
Seção V - Requisito Ginecológico…………………………………………………………………….. 64 / 68
Seção VI - Requisito Ortopédico……………………………………………………………………… 69 / 70
Seção VII - Requisito de Infectologia……………………………………………………………….. 71 / 72
Seção VIII - Requisito de Urologia e Nefrologia……………………………………………….. 73 / 75
Seção IX - Requisito Gastroenterológico………………………………………………………….. 76 / 77
CAPÍTULO X - Disposições Finais……………………………………………………………………... 78 / 79
ANEXO II - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXO III - CLASSIFICAÇÃO DE ESTADO NUTRICIONAL DE ADULTOS SEGUNDO
O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC)
ANEXO IV - FICHA DE ANAMNESE (FRENTE)
ANEXO IV - FICHA DE ANAMNESE (VERSO)
ANEXO V - ODONTOGRAMA LEGAL
ANEXO VI - CRITÉRIOS LABORATORIAIS PARA O DIAGNÓSTICO DE PRÉ-DIABE-
TES E DIABETES MELLITUS
ANEXO VII - VALORES NORMAIS, ACEITÁVEIS E ELEVADOS DE COLESTEROL TO-
TAL/FRAÇÕES E TRIGLICERÍDEOS
ANEXO VIII - FICHA DE EXAME GINECOLÓGICO

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Seção I
Finalidade
Art. 1º A presente Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA) tem por finalidade
estabelecer os requisitos de aptidão, causas de incapacidade, bem como as normas e rotinas para a
execução das Inspeções de Saúde, na seleção de candidatos para ingresso ao Estágio de Adaptação ao
Oficialato (EAOF), pelas Juntas de Saúde da Aeronáutica.

Seção II
Conceituação

Art. 2º Para efeito desta publicação, os termos e expressões tem seus conceitos definidos
conforme abaixo:
I - Estágio de Adaptação ao Oficialato (EAOF): estágio que tem como finalidade propiciar
aos militares oriundos do Quadro de Suboficiais e Sargentos (QSS) e do Quadro Feminino de Graduados
(QFG), transição para seu novo círculo hierárquico, adaptando-os ao ingresso no Corpo de Oficiais do
COMAER, bem como ao exercício de funções administrativas e de chefia;
II - Juntas de Saúde: elos do Sistema de Saúde da Aeronáutica (SISAU) incumbidos das
atividades de perícia médica. Em função das respectivas atribuições e finalidades, são definidas como:
Junta Superior de Saúde (JSS), Junta de Saúde Local (JSL) e Junta de Saúde Transitória (JST); e
III - Inspeção de Saúde: perícias médico-legais realizadas com a finalidade de avaliar as
condições psicofísicas dos candidatos ao ingresso no COMAER, do pessoal militar e de seus
dependentes, a capacidade laborativa de servidores civis em serviço ativo e dos pensionistas. São
realizadas pelo Centro de Medicina Aeroespacial (CEMAL) e pelas Juntas de Saúde (JS) das Organizações
de Saúde do Comando da Aeronáutica (COMAER), tendo como órgão central a Junta Superior de Saúde
(JSS) da Diretoria de Saúde da Aeronáutica (DIRSA).

Seção III
Âmbito

Art. 3º A presente Instrução, de observância obrigatória no âmbito do Comando da


Aeronáutica, aplica-se às Juntas de Saúde do SISAU, normatizando a realização das Inspeções de Saúde
de candidatos para ingresso ao Estágio de Adaptação ao Oficialato (EAOF).

CAPÍTULO II
DISPOSIÇÕES GERAIS

Seção I
Requisitos de Aptidão

Art. 4º Entende-se por Requisitos de Aptidão a reunião de um padrão mínimo de higidez


dentro de índices ergonômicos compatíveis com o desempenho satisfatório das atribuições a que o
candidato se propõe a executar.
Parágrafo único. Os Requisitos de Aptidão para o EAOF serão avaliados levando-se em
consideração a faixa etária do candidato, assim como o histórico do exercício da atividade militar
pregressa à participação no certame referente à ascensão ao Oficialato, e todas as atividades inerentes
ao novo quadro.
CAPÍTULO III
PATOLOGIA CLÍNICA

Seção I
Avaliação dos Exames laboratoriais

Art. 5º Os candidatos deverão realizar os seguintes exames laboratoriais:


I - hemograma;
II - bioquímica após jejum de 8 a 12 (doze) horas: dosagens de glicose, uréia, creatinina,
ácido úrico, colesterol total, HDL, LDL e Triglicerídeos.
Parágrafo Único. Caso sejam constatados níveis séricos anormais de glicose, colesterol
total, HDL, LDL e triglicerídeos deverão ser seguidas as orientações referentes ao Requisito Metabólico e
Endocrinológico constante no Capítulo XI desta Instrução.
III - grupo sanguíneo e fator Rh;
IV - sorologia para LUES, através do VDRL. Caso positivo, realizar o FTA-ABS;
V - pesquisa de ANTI-HIV: Os resultados positivos deverão ser confirmados em amostra de
sangue diferente da primeira e, caso persista a positividade, será realizado nesta mesma amostra, nova
pesquisa do anti-HIV pelo método do Western-Blot.
§1º No caso de confirmação do resultado positivo na pesquisa de ANTI-HIV, deverão ser
seguidas as orientações referentes ao Requisito de Infectologia constante no Capítulo XI desta Instrução.
§2º O candidato que possuir confirmação diagnóstica prévia de HIV, deverá apresentar
relatório médico pormenorizado e exames complementares atualizados que comprovem o controle
adequado da patologia, bem como a ausência de impedimentos para o pleno exercício das atividades
propostas à ascensão ao Oficialato.
§3º As orientações referentes ao Requisito de Infectologia constante no Capítulo XI desta
Instrução, também deverão ser observadas para os candidatos que possuírem confirmação diagnóstica
prévia de HIV.
VI - dosagem da Beta-HCG: será realizada nas candidatas do sexo feminino e, deverá
sempre ocorrer previamente ao exame radiológico, visando à proteção do concepto, em casos de
gravidez;
VII - dosagem do PSA Total (Antígeno Prostático Específico Total): será obrigatória para os
candidatos masculinos com idade igual ou acima de 45 (quarenta e cinco) anos, e para análise do
resultado deverão ser observadas as orientações referentes ao Requisito Urológico constante no
Capítulo XI desta Instrução; e
VIII - pesquisa de Elementos Anormais no Sedimento Urinário (EAS).
Art. 6º Os candidatos com idade maior ou igual a 40 anos deverão apresentar o exame de
pesquisa de sangue oculto nas fezes pelo método imunocromatográfico.

Seção II
Exames Toxicológicos de Substâncias Psicoativas (ETSP)
Art. 7º Substância psicoativa é definida como qualquer substância química, lícita ou ilícita,
capaz de atuar no sistema nervoso central, alterando sensações, percepções estados emocionais ou
níveis de consciência.
§1º As substâncias psicoativas ilícitas, são aquelas que para fins de realização de exame
toxicológico no âmbito das Forças Armadas, estiverem relacionadas na Lista das substâncias de uso
proscrito no Brasil.
§2º A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, é o órgão governamental responsável pela
elaboração e publicação da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC Nº 277, de 16 de Abril de 2019, em
vigor, atualizando o Anexo I da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998, no qual a lista F versa
sobre o rol de Substâncias Entorpecentes, Psicotrópicas, Precursoras e Outras sob Controle Especial.
Art. 8º Os exames toxicológicos de substâncias psicoativas ilícitas (ETSP) consistem na
pesquisa de elementos e substâncias químicas relacionadas a substâncias psicoativas para fins de sua
detecção.
Art. 9º Será exigido dos candidatos a apresentação dos resultados de exames toxicológicos
realizados em, no máximo, 60 dias antes da inspeção, com janela de detecção mínima de 90 (noventa)
dias.
Art. 10. Os exames toxicológicos serão realizados às expensas do candidato em cabelos,
pelos corpóreos ou raspas de unhas, nos laboratórios autorizados pelos órgãos fiscalizadores públicos
competentes ou aqueles indicados pelo COMAER, com pesquisa das seguintes substâncias:
I - anfetaminas (anfetamina, metanfetamina e ecstasy);
II - metabólito de cocaína (cocaína e benzoylecgonine);
III - opiáceos (heroína, codeína, morfina e 6-monoacetilmorfina); e
IV - derivados da maconha.
Art. 11. O candidato que apresentar ETSP positivo será considerado INCAPAZ na Inspeção
de Saúde para fins de ingresso ao EAOF.
Parágrafo Único. O candidato reprovado no exame toxicológico poderá solicitar
contraprova, às suas expensas, para Inspeção de Saúde em grau de recurso, conforme previsto do Edital do
Certame.

CAPÍTULO IV
EXAMES DE IMAGEM

Seção I
Exame radiológico de tórax

Art. 12. Os candidatos realizarão os seguintes exames radiológicos:


I - exame radiológico de tórax em incidência póstero – anterior (PA); e
II - outros exames radiológicos caso haja indicação médica.

Seção II
Exame ultrassonográfico
Art. 13. As candidatas com idade maior ou igual a 40 anos deverão apresentar
ultrassonografias mamária e transvaginal ou, na impossibilidade desta última, ultrassonografia pélvica.
Parágrafo único. Os exames ultrassonográficos deverão ter sido realizados, no máximo,
há 180 (cento e oitenta) dias da data da inspeção de saúde.

Seção III
Mamografia

Art. 14. As candidatas com idade maior ou igual a 40 anos deverão apresentar o exame
de mamografia.
Parágrafo único. O exame de mamografia deverá ter sido realizado, no máximo, há 180
(cento e oitenta) dias da data da inspeção de saúde.

CAPÍTULO V
EXAME MÉDICO GERAL

Seção I
Anamnese dirigida e Exame Físico

Art. 15. Os candidatos deverão preencher a Ficha de Anamnese e assinar ou rubricá-la,


conforme previsto no Anexo IV.
Art. 16. As informações contidas na respectiva ficha são de responsabilidade do
candidato, bem como as sanções penais e administrativas previstas decorrentes de falsas declarações e
omissões de informações referentes ao seu estado de saúde atual e pregresso.
Parágrafo único. A ficha deverá ser entregue ao médico examinador e anexada,
obrigatoriamente, ao prontuário médico pericial.

Subseção I
Inspeção Geral

Art. 17. Na avaliação, deverá ser observada a seguinte rotina:


I - cabeça: verificar alterações do crânio, face, boca e pavilhão auditivo;
II - pescoço: assinalar anormalidades detectadas;
III - tórax: realizar inspeção geral, acompanhada pelo exame clínico dos aparelhos
cardiocirculatório e respiratório;
IV - abdome: executar a inspeção, palpação, percussão e ausculta assinalando-se as
anormalidades detectadas;
V - membros: verificar simetria, mobilidade, proporcionalidade, anomalias e alterações
patológicas;
VI - coluna vertebral: executar inspeção estática e dinâmica para detectar anomalias da
coluna cervical, dorsal, lombar e sacrococcígea;
VII - medidas antropométricas e outros dados clínicos: altura, peso, temperatura axilar,
pressão arterial, frequência cardíaca e capacidade vital, quando necessário;
VIII - pele e anexos: verificar a presença de cicatriz que possa, por sua natureza ou
localização, em face do uso de equipamento militar e do exercício das atividades militares durante o
curso de formação, vir a motivar qualquer perturbação funcional ou ulcerar-se; e
IX - tatuagens: verificar a presença de qualquer tipo de tatuagem no corpo com símbolo
ou inscrição que afete a honra pessoal, o pundonor militar ou o decoro exigido aos integrantes das
Forças Armadas.

Subseção II
Imunização

Art. 18. Todos os candidatos deverão, obrigatoriamente, apresentar os certificados de


vacinação anti-amarílica, antitetânica e anti-hepatite B.
Parágrafo único. Será aceito o exame Anti-HBs positivo em substituição à comprovação
do esquema vacinal contra hepatite B.

Seção II
Requisito Físico

Art. 19. O peso, componente do requisito físico é estruturado com base no índice de
massa corpórea (IMC).
Art. 20. Para as aferições de peso deverão ser utilizadas as balanças mecânicas
antropométricas ou as digitais, de precisão, as quais devem ser calibradas no mínimo anualmente.
Art. 21. Os pontos de corte do IMC estabelecidos para idade maior ou igual a 20 anos e
menor que 60 anos estão descritos no Anexo III.
Art. 22. Será considerado INCAPAZ, o candidato que obtiver valor de IMC maior ou igual
a 35,00, caracterizando obesidade grau 2 (Anexo III).
Art. 23. Os candidatos incapacitados nas Inspeções de Saúde Iniciais por não terem
alcançado o IMC previsto poderão solicitar a realização de nova inspeção, em grau de recurso.
Art. 24. A padronização dos pareceres para avaliação, em grau de recurso, para
obesidade deverá ser a que se segue:
I - nos casos em que o candidato mantiver o IMC maior ou igual a 35,00, será
considerado INCAPAZ; e
II - nos casos em que o candidato apresentar o IMC até 34,99, será considerado APTO.

CAPÍTULO VI
EXAME ODONTOLÓGICO

Seção I
Orientações gerais

Art. 25. O Odontograma legal (Anexo V) deverá ser realizado por todos os candidatos.
Art. 26. No exame clínico deverá ser observada a realização da inspeção e palpação de:
lábios, língua, mucosas, assoalho da boca, gengiva, palato, anexos salivares e ganglionares.
Art. 27. Os aspectos sanitário, morfológico, funcional e anomalias dentárias, deverão ser
observados e registrados.
Art. 28. Os candidatos deverão apresentar Radiografia Panorâmica atualizada, com no
máximo 6 (seis) meses de realização antes da data da Inspeção de Saúde.
Parágrafo único. O exame radiográfico periapical será realizado a critério clínico.

Seção II
Requisito Odontológico

Art. 29. Para ser considerado APTO, o candidato deverá apresentar:


I - presença de todos os dentes anteriores naturais, incisivos e caninos, tolerando-se a
substituição por próteses ou soluções decorrentes de terapia ortodôntica que satisfaçam à função
mastigatória e fonética;
II - presença de, no mínimo, 01 (um) molar, em cada hemi-arcada, naturais, ou
substituídos por próteses ou implantes bem adaptados e sem patologias associadas aos mesmos, que
satisfaçam à função;
III - ausência de moléstias periodontais avançadas (mobilidade dentária grau 2 e 3)
evidenciáveis ao exame clínico e/ou radiográfico; e
IV - ausência de afecções periapicais constatadas visualmente, ou evidenciadas em
exames radiográficos de dentes suspeitos.

CAPÍTULO VII
EXAME OFTALMOLÓGICO

Seção I
Anamnese

Art. 30. Deve ser verificada história de doença oftalmológica (pessoal ou familiar)
traumatismo ocular ou cirurgia, perda de visão ou diplopia, uso de óculos e antecedentes de
sensibilização medicamentosa.

Seção II
Requisito Oftalmológico

Art. 31. Para ser considerado APTO, o candidato deverá atender o seguinte:
I - acuidade visual a 06 (seis) metros: visão igual a 0,66 (20/30), em cada olho,
separadamente, com ou sem correção;
II - acuidade visual a 35cm (trinta e cinco centímetros): J-1, em cada olho, separadamente,
sem ou com correção;
Parágrafo Único. O candidato com o diagnóstico prévio de Ceratocone, que apresentar
acuidade visual dentro dos parâmetros exigidos pelo requisito, e não possuir incapacidade específica
relacionada à patologia em questão, será considerado APTO.
III- motilidade ocular extrínseca: excursões oculares normais nas 08 (oito) posições
cardinais;
IV - campo visual: pequenas alterações são permitidas, desde que não comprometa a
atividade fim em execução, a critério do especialista;
V - senso cromático: pesquisado através das Pranchas Pseudo-isocromáticas. Ocorrendo
mais de 3 (três) interpretações incorretas o inspecionado poderá qualificar-se, desde que reconheça,
com facilidade, as cores VERMELHA, VERDE, AZUL, ÂMBAR e BRANCA, utilizadas em aviação;
VI - fundoscopia: poderá existir alteração ao exame de fundo de olho, desde que não
comprometa a atividade fim em execução, a critério do especialista; e
VII - pressão intraocular: normal, entre 10 e 21 mm/Hg, com ou sem uso de colírio
hipotensor ocular.
Parágrafo Único. Os candidatos que utilizarem medicação hipotensora ocular deverão
apresentar exame de campo visual computadorizado normal.

CAPÍTULO VIII
EXAME OTORRINOLARINGOLÓGICO

Seção I
Anamnese e Exame Físico

Art. 32. A anamnese estará dirigida para as alterações clínicas relacionadas ao nariz,
cavidades paranasais, orofaringe, laringe e ouvido.
Art. 33. No exame físico serão observadas alterações da mucosa respiratória, forma e
tamanho das amígdalas palatinas e lingual, presença de lesões tumorais, presença e características das
secreções, hipertrofia dos cornetos nasais, desvios do septo nasal, perfurações do septo nasal, pólipos
em cavidades nasais, linfonodomegalias cervicais, cicatrizes cirúrgicas, alterações dos condutos
auditivos externos, membranas timpânicas e orelhas médias.

Seção II
Requisito Auditivo

Art. 34. Será considerado APTO:


I - o candidato da especialidade do controle do tráfego aéreo ou aeronavegante, que
apresentar perda auditiva de até 35dB (trinta e cinco decibéis) ISO 8253-1 nas frequências de 500
(quinhentos) a 2000 (dois mil) ciclos/segundo e de até 45dB (quarenta e cinco decibéis) para as
frequências de 3.000 a 6.000 ciclos/segundo; e
II - os demais candidatos não-aeronavegantes que apresentarem perda auditiva de até
45dB (quarenta e cinco decibéis) ISO 8253-1, considerada tolerável nas frequências de 500 (quinhentos)
a 2000 (dois mil) ciclos/segundo.
Art. 35. Será considerado INCAPAZ:
I - em casos de perda de audição superior aos níveis descritos nos inciso I e II, do Art. 34,
mesmo que unilateral; e
II - o candidato portador de prótese auditiva.

CAPÍTULO IX
EXAME NEUROLÓGICO

Seção I
Anamnese

Art. 36. Deve-se inquirir sobre sintomas neurológicos, particularmente de alterações


transitórias da consciência que sugiram epilepsia, sequelas pós-traumáticas, tratamento neurológico
clínico ou cirúrgico atual ou prévio, uso de medicamentos psicotrópicos ou anti-convulsivantes, déficits
neurológicos transitórios ou neuropatias/radiculopatias mesmo que tenham apresentado resolução
espontânea.

Seção II
Avaliação Neurológica

Art. 37. A avaliação neurológica tem por objetivo observar os seguintes aspectos:
I - estado mental;
II - força muscular;
III - coordenação estática e dinâmica;
IV - marcha;
V - nervos cranianos,
VI – reflexos;
VII- sensibilidade; e
VIII - tônus muscular.

Seção III
Requisito Neurológico

Art. 38. Será considerado APTO o candidato com:


I - história pessoal livre de sintomas neurológicos (transitórios ou permanentes), de uso
prévio de medicamentos psicotrópicos e/ou anti-convulsivantes, ou de neurocirurgia;
II - ausência de diagnóstico atual ou prévio de qualquer afecção neurológica que possa
evoluir com déficit neurológico ou, a critério do examinador, comprometer a segurança de voo ou a
atividade militar; e
III - eletroencefalograma (EEG) normal.
Art. 39. Será considerado INCAPAZ o candidato que possuir:
I - diagnóstico ou forte suspeita de doença paroxística que possa comprometer, mesmo
que brevemente, sua consciência, sentidos ou movimentos, independente do risco de reincidência
dos sintomas, mesmo que de baixo risco, como:
a) epilepsia (tratada ou não);
b) síncope;
c) aura enxaquecosa;
d) doenças neurológicas que produzam déficits focais intermitentes; e
e) lesões cerebrais de qualquer etiologia, mesmo assintomáticas, e que à critério do
examinador podem ser consideradas como potencialmente epileptogênicas.
II – história de uso de medicamentos psicotrópicos e/ou anti-convulsivantes que
possam alterar o estado de alerta, além de poder interferir no exercício com segurança da função
pretendida.

CAPÍTULO X
EXAME PSÍQUICO

Seção I
Rotina dos Exames Psiquiátrico e Psicológico

Art. 40. O exame psiquiátrico é constituído principalmente pela anamnese e exame


psíquico.
Art. 41. Os examinadores terão sempre em mente que o objetivo final do exame é avaliar
capacidade atual ou potencial para executar corretamente uma função determinada, para integrar-se
satisfatoriamente a um grupo e para preservar a segurança e eficiência da operação aérea, no caso
daqueles que se destinam a esta atividade, e dos restantes, dentro de suas atividades específicas, no que
lhes competir.
Art. 42. A Avaliação Psicológica deve ser compreendida como um processo subdividido em
4 fases: (1) aplicação de técnicas psicológicas, (2) correção dos instrumentos utilizados e levantamento
de dados, (3) análise crítico-reflexiva e (4) produção do informe psicológico/laudo.
Art. 43. A avaliação psicológica subsidiará o exame pericial a ser realizado pela Seção de
Psiquiatria e deverá estar à mão do examinador no momento da entrevista psiquiátrica.
Art. 44. Na elaboração da bateria de testes, o psicólogo responsável terá em mente os
objetivos da avaliação, visando auxiliar o exame da Clínica de Psiquiatria, e observará os aspectos
cognitivos, emocionais, traços de personalidade e padrão de relacionamentos interpessoais do
inspecionando, além de sua capacidade no enfrentamento de situações de estresse e pressão, inerentes
à vida militar, e a capacidade de emitir comportamentos seguros, com objetivo de garantir a segurança
de voo e das atividades operacionais.
Art. 45. As entrevistas psicológicas, quando realizadas, serão suficientemente longas e
livres para permitir ao examinador a formação de um juízo sobre a personalidade, expressão afetiva
relacionamentos interpessoais e adaptabilidade do inspecionando para o fim a que se destina.

Seção II
Requisitos Psiquiátrico e Psicológico

Subseção I
Requisito Psiquiátrico

Art. 46. O entrevistador tratará de assegurar-se da inexistência de uso atual de


medicação psicotrópica, assim como de transtorno psíquico que venham a comprometer a execução
da função pretendida pelo candidato, e no caso da persistência de dúvidas, poderá recorrer aos meios
que julgar necessários, como a avaliação psicológica, bem como a convocação de outros
examinadores, buscando dirimir qualquer dúvida com relação às conclusões finais.

Subseção II
Requisito Psicológico

Art. 47. A avaliação psicológica tem como objetivo observar os seguintes aspectos:
cognição, equilíbrio emocional, expressão afetiva, relacionamento interpessoal, traços de
personalidade além da capacidade de resposta do sujeito frente a situações de estresse e pressão
inerentes à vida militar.

CAPÍTULO XI
REQUISITOS ESPECÍFICOS

Seção I
Requisito Cardiocirculatório

Art. 48. Os valores da pressão arterial (PA) deverão ser menores ou iguais a 140 x 90
mmHg, independente do uso de medicamentos anti-hipertensivos.
Parágrafo único. O candidato portador de hipertensão arterial será considerado APTO ao
apresentar relatório médico pormenorizado, com comprovação de controle adequado de PA e com
ausência de lesão de órgão alvo confirmado por meio de exames complementares específicos.
Art. 49. O teste ergométrico deverá ser apresentado, obrigatoriamente, e a data de
realização não deverá ser superior a 180 (cento e oitenta) dias da data da Inspeção de Saúde.
Art. 50. Será considerado, INCAPAZ, a critério do especialista e/ou Junta de Saúde, o
candidato que apresentar patologia cardiovascular prévia ou atual que restrinja o pleno exercício das
atividades próprias do Oficialato.

Seção II
Requisito Metabólico e Endocrinológico

Art. 51. Nos casos de Glicose Plasmática de Jejum entre 70 (setenta) e 99 (noventa e nove)
mg/dl, o candidato será considerado APTO.
Art. 52. Nos casos de Glicose Plasmática inferior a 70 mg/dl (setenta), o candidato será
considerado INCAPAZ, com diagnóstico de Hipoglicemia.
Art. 53. Em grau de recurso, o candidato considerado incapaz na Inspeção de Saúde inicial
por Hipoglicemia deverá apresentar, às suas expensas, nova dosagem de Glicemia Plasmática de Jejum e
Hemoglobina Glicada para avaliação do médico especialista e/ou clínico geral.
Art. 54. Em grau de recurso, o candidato considerado incapaz na Inspeção de Saúde inicial
por aumento da glicemia deverá apresentar, às suas expensas, exame de Hemoglobina Glicada e/ou
Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG).
Art. 55. O resultado destes exames deverá ser avaliado de acordo com a Diretriz Oficial da
Sociedade Brasileira de Diabetes (2022), conforme Anexo VI.
Art. 56. Será considerado APTO, o candidato que embora apresente o diagnóstico de
Diabetes Mellitus não-insulino-dependente, se encontre sob controle clínico com dieta e/ou
hipoglicemiantes orais, compensado e sem complicações, comprovado por meio de exames
complementares específicos e relatório médico especializado.
Art. 57. Serão considerados normais níveis de colesterol total inferiores a 190 mg/dL, LDL-
colesterol inferiores a 130 mg/dL e triglicerídeos inferiores a 150 mg/dL. Nesses casos, o candidato será
considerado APTO (Anexo VII).
Art. 58. O candidato que apresentar valor de colesterol total plasmático inferior a 240
mg/dL, colesterol LDL inferior a 160 mg/dL e triglicerídeo inferior a 300 mg/dL, conforme descrito na
coluna Aceitáveis da tabela do Anexo VII (dislipidemia leve), será considerado APTO.
Parágrafo Único. O candidato que se encontrar em uso de hipolipemiantes orais e com
níveis controlados de colesterol total e frações terá o parecer APTO.
Art. 59. Será considerado INCAPAZ, com o diagnóstico de Dislipidemia, o candidato que
apresentar níveis de colesterol total igual ou acima de 240 mg/dL, colesterol-LDL igual ou acima de 160
mg/dL e triglicerídeos igual ou acima de 300 mg/dL (Anexo VII).
Art. 60. Será considerado APTO, o candidato que possuir o diagnóstico de hipotireoidismo,
desde que esteja sob controle clínico, compensado e sem complicações, com comprovação por meio de
exames complementares específicos (Exemplos: TSH, T3 e T4 livres, Anti-TPO, anti-TG, USG de tireoide,
etc) e relatório médico especializado.

Seção III
Requisito Oncológico

Art. 61. Será considerado APTO o candidato que possuir história de neoplasia maligna, e
não apresentar sequelas, recidivas e nem alterações residuais do tratamento da doença.
§1º A comprovação deverá ser realizada mediante a apresentação de relatório médico
especializado, que descreva detalhadamente a resposta clínica/laboratorial frente a terapêutica
instituída, assim como a duração e a presença ou não de intercorrências no período de
acompanhamento pós-tratamento.
§2º O laudo anatomopatológico da biópsia ou da peça cirúrgica que firmou a data do
diagnóstico da doença e, exames especializados atualizados também deverão ser apresentados.
Art. 62. Será considerado INCAPAZ o candidato que for:
I - portador de neoplasia maligna;
II - portador de neoplasia benigna que necessite de tratamento ou que venha, a critério
da Junta de Saúde prejudicar o desempenho da função militar; e
III - portador de neoplasia benigna intracraniana.
Parágrafo Único. Para avaliação em grau de recurso, o candidato deverá apresentar rela-
tório médico especializado detalhado, assim como exames complementares atualizados que comprovem
a ausência de impedimentos para o pleno exercício das atividades propostas à ascensão ao Oficialato.

Seção IV
Requisito Pneumológico

Art. 63. O candidato que possuir diagnóstico de asma brônquica, será considerado APTO
se atender a todos os itens a seguir relacionados:
I - exame clínico normal;
II – exame de imagem, atualizado dentro dos padrões de normalidade; e
III – espirometria atualizada dentro dos padrões de normalidade.

Seção V
Requisito Ginecológico

Art. 64. A Ficha de Exame Ginecológico (Anexo VIII) será preenchida pelo médico perito e
complementará a Ficha de Inspeção de Saúde.
Art. 65. Todas as candidatas que já tenham iniciado sua vida sexual deverão
obrigatoriamente apresentar o Exame Citopatológico de colo uterino.
§1º O laudo do exame Citopatológico deverá ter sido realizado dentro de 180 (cento e
oitenta) dias anteriores à data da Inspeção de Saúde.
§2º Todas as candidatas deverão apresentar na Inspeção de Saúde relatório médico
ginecológico completo.
§3º A candidata que não iniciou atividade sexual deverá apresentar laudo médico
especializado confirmando a informação declarada pela própria.
Art. 66. No caso de candidatas submetidas a histerectomia total, mediante a apresentação
de laudo ou relatório médico comprobatório da cirurgia (bem como da patologia que lhe deu causa), a
critério do especialista, tais candidatas poderão ser dispensadas da apresentação do exame
Citopatológico, no momento da Inspeção de Saúde.
Art. 67. A candidata com história de nódulo de mama ou massa pélvica que apresentar
relatório médico especializado detalhado, relatório cirúrgico e estudo anatomopatológico que
confirmem a presença de benignidade, sem sintomatologia, poderá ser considerada APTA, após
criteriosa avaliação médico-pericial dos exames entregues na INSPSAU.
Parágrafo único. A candidata que possuir história de nódulo mamário sem
complementação radiológica, citológica e/ou anatomopatológica, será considerada INCAPAZ.
Art. 68. A candidata portadora de miomatose uterina ou endometriose deverá apresentar
relatório médico pormenorizado, com comprovação do controle adequado da patologia, e ausência de
impedimentos para o pleno exercício das atividades propostas na ascensão ao Oficialato.
Seção VI
Requisito Ortopédico

Art. 69. Todos os candidatos serão avaliados para verificação da presença de patologias
ortopédicas incapacitantes específicas, que venham a interferir no desempenho das atividades
relacionadas à ascensão na carreira militar.
Parágrafo único. O candidato não poderá apresentar patologia ortopédica que o restrinja
ou o impeça de exercer plenamente suas funções militares, bem como aquelas próprias do oficialato, a
critério do especialista e/ou da Junta de Saúde.
Art. 70. O candidato ao EAOF será considerado APTO, desde que NÃO apresente doença
em atividade e afastamento temporário total ou parcial, pela Junta de Saúde nos últimos 12 meses,
consecutivos ou não, pelas seguintes patologias:
I – laminectomia;
II - cirurgia de hérnia discal;
II - pinçamento discal lombar maior que 20% (vinte por cento) do espaço intervertebral;
IV - espondilólises e espondilolisteses;
V - artrite reumatóide; e
VI – outras patologias ortopédicas que possam comprometer o desempenho do candidato
durante a realização do EAOF.

Seção VII
Requisito de Infectologia

Art. 71. O candidato soropositivo que for considerado portador assintomático, e se


encontrar no grupo A1, nomenclatura de classificação internacional adotada pelo Ministério da Saúde
estabelecida conforme a avaliação clínica e laboratorial, na qual a dosagem de linfócitos T auxiliares
(CD4) é maior ou igual a 500/mm3, será considerado APTO.
§1º O candidato portador de HIV, assintomático, deverá apresentar relatório médico de
especialista, contendo informações acerca da terapia antirretroviral (TARV) prescrita para o tratamento,
assim como os valores dos exames atualizados de determinação da carga viral por reação em cadeia da
polimerase (PCR), contagem de linfócitos CD4 +, hemograma completo e provas de função hepática.
§2º Será considerado INCAPAZ, o candidato que esteja fazendo uso de medicação
antirretroviral (TARV), que provoque alteração da sensopercepção e/ou psiquiátricas.
Art. 72. O candidato considerado inicialmente INCAPAZ pela JSL, ao solicitar avaliação em
grau de recurso, deverá apresentar relatório médico da Clínica de Infectologia, e exames
complementares que comprovem a classificação clínica e laboratorial compatível para o ingresso ao
EAOF, conforme descrito no caput do Art.71 desta Instrução.

Seção VIII
Requisito de Urologia e Nefrologia
Art. 73. Será considerado INCAPAZ pela JSL, o candidato que apresentar:
I - nível sérico de PSA total acima de 2,5ng/ml;
II - alterações na pesquisa de Elementos Anormais no Sedimento Urinário (EAS), que
indiquem incompatibilidade com a higidez necessária ao pleno exercício das atividades propostas à
ascensão ao Oficialato;
III - sintomas do trato urinário inferior que afetem a função urinária; e
IV - litíase urinária com sinais de obstrução.
Art. 74. O candidato que possuir história pregressa de nefrectomia poderá ser
considerado APTO ao apresentar TODOS os itens abaixo listados:
I - relatório médico pormenorizado de Nefrologista, sem contraindicação ao pleno
exercício das atividades próprias ao Oficialato;
II - exames complementares específicos atualizados, com comprovação de estabilidade
clínica e funcional sustentada pelo rim nativo in situ; e
III- laudo do anatomopatológico da peça cirúrgica.
Parágrafo Único: No caso em que o anatomopatológico evidenciar o diagnóstico de
Neoplasia Maligna, deverá ser observado o preconizado no Requisito Oncológico desta Instrução.
Art. 75. Na avaliação em grau de recurso, o candidato deverá apresentar relatório
médico detalhado, da Clínica de Urologia e/ou Nefrologia, assim como exames complementares de
imagem e laboratoriais atualizados, que afastem a possibilidade diagnóstica de Neoplasia Maligna da
Próstata, e de patologias renais e/ou urológicas que possam interferir no desempenho adequado das
atividades próprias do Oficialato.
§1º Em relação ao PSA (Antígeno Prostático), deverá ser apresentado o resultado da
dosagem de PSA Total (Antígeno Prostático Específico Total) e PSA Livre (Antígeno Prostático Específico
Livre), a fim de que a análise desta relação possa instruir o parecer da instância recursal.
§2º Os casos com diagnóstico de Neoplasia de Próstata serão conduzidos de acordo o
preconizado na Seção III, do Capítulo XI desta Instrução (Requisito Oncológico).

Seção IX
Requisito Gastroenterológico

Art. 76. O candidato que possuir história de gastroplastia (cirurgia bariátrica) deverá
apresentar:
I - relatório médico especializado detalhado;
II - relatório cirúrgico; e
III - exames laboratoriais atualizados como:
a) hemograma completo;
b) dosagem de minerais (ferro, cálcio, zinco, cobre e selênio); e
c) vitamina A, vitamina D, vitamina K e vitaminas do complexo B.
Parágrafo Único. Será considerado APTO, a critério do especialista e/ou Junta de Saúde, o
candidato que após a criteriosa avaliação médico-pericial subsidiada por toda a documentação entregue
durante a INSPSAU, não possuir evidências de alterações ou de sequelas que venham a interferir no
desempenho das atividades relacionadas à ascensão a carreira militar.
Art. 77. Será considerado INCAPAZ, o candidato que apresentar o exame de pesquisa de
sangue oculto nas fezes positivo.
Parágrafo Único. Para ser considerado APTO, em grau de recurso, o candidato deverá
apresentar relatório médico especializado e exames complementares atualizados, que confirmem a
realização da investigação do trato gastrointestinal superior e inferior, comprovando a ausência de
patologia que venha a se agravar ou impeça o desempenho adequado das atividades próprias do
Oficialato.

CAPÍTULO XII
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 78. Os fundamentos adotados na elaboração desta Norma foram baseados nas
referências contidas no Anexo II.
Art. 79. Os casos omissos serão resolvidos pelo Diretor de Saúde da Aeronáutica.
ANEXO II
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SAS/MS n 498, 11 mai. 2016. Aprova as Diretrizes Diagnósticas e
Terapêuticas do Adenocarcinoma de Próstata. Brasília. 2016.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Comando-Geral-do Pessoal. Portaria n˚245/ALE, 05 ago. 2022. Aprova
a reedição da NCSA 160-14 que dispõe sobre a “ Abordagem do uso indevido de substâncias psicoativas
na Aeronáutica”. Boletim do Comando da Aeronáutica, Rio de Janeiro, RJ, n 149,de 10 ago. 2022.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Conjunta SAES/SCTIE/MS n 19, 25 out. 2022. Aprova as Diretrizes
Diagnósticas e Terapêuticas do Melanoma Cutâneo. Brasília. 2022.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Comando-Geral-do Pessoal. Portaria n˚287/3SC1, 04 jan. 2023. Aprova
a reedição da NCSA 160-11 que dispõe sobre as “Juntas de Saúde da Aeronáutica”. Boletim do Comando
da Aeronáutica, Rio de Janeiro, RJ, n 030,de 13 fev. 2023.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Diretoria de Saúde. Portaria n˚297/SECSOP, 13 dez.2023. Aprova a


reedição da ICA 160-6 que dispõe sobre as“Instruções Técnicas das Inspeções de Saúde na Aeronáutica”.
Boletim do Comando da Aeronáutica, Rio de Janeiro, RJ, n 234,de 22 dez. 2023.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Comando-Geral-do Pessoal. Portaria n˚ 287/3SC1, 23mai.2024.Aprova


a reedição da NCSA 160-9 que dispõe sobre as “Inspeções de Saúde no Comando da Aeronáutica”.
Boletim do Comando da Aeronáutica, Rio de Janeiro, RJ, n 101,de 29 mai. 2024.

BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas (DDT) em Oncologia. Brasília. 2024.
Disponível em https://www.gov.br/conitec/pt-br/assuntos/avaliacao-de-tecnologias-em-saude/
protocolos-clinicos-e-diretrizes-terapeuticas/ddt. Acesso em 21 out.2024.
ANEXO III
CLASSIFICAÇÃO DE ESTADO NUTRICIONAL DE ADULTOS SEGUNDO O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL
(IMC)
ANEXO IV
FICHA DE ANAMNESE (FRENTE)
ANEXO IV
FICHA DE ANAMNESE (VERSO)
ANEXO V
ODONTOGRAMA LEGAL
ANEXO VI
CRITÉRIOS LABORATORIAIS PARA O DIAGNÓSTICO DE PRÉ-DIABETES E DIABETES MELLITUS
ANEXO VII
VALORES NORMAIS, ACEITÁVEIS E ELEVADOS DE COLESTEROL TOTAL/FRAÇÕES E TRIGLICERÍDEOS
ANEXO VIII
FICHA DE EXAME GINECOLÓGICO

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