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Ciclo Geologico-1

O ciclo geológico é um processo contínuo de formação e destruição de rochas e relevos, causado por agentes internos e externos. A formação dos solos, chamada pedogênese, depende de fatores como material de origem, relevo, organismos vivos, clima e tempo. Os solos desempenham funções essenciais para o equilíbrio ambiental e a sustentação da vida, sendo fundamentais para a agricultura e a infraestrutura humana.
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Ciclo Geologico-1

O ciclo geológico é um processo contínuo de formação e destruição de rochas e relevos, causado por agentes internos e externos. A formação dos solos, chamada pedogênese, depende de fatores como material de origem, relevo, organismos vivos, clima e tempo. Os solos desempenham funções essenciais para o equilíbrio ambiental e a sustentação da vida, sendo fundamentais para a agricultura e a infraestrutura humana.
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Ciclo geologico

Ao longo de várias lições que dedicámos ao estudo do relevo terrestre certamente se apercebeu que o nosso planeta
está em constante transformação. De tudo que foi estudado tornou-se evidente que a acção dos agentes internos e
externos embora actuando de maneira diferente modificam, continuamente à superfície terrestre. Os agentes internos
são os responsáveis pela criação de relevos e os agentes externos encarregam-se da destruição, modelação do mesmo.
A deposição dos sedimentos, ao longo do tempo, cria camadas sobrepostas que ao sofrerem efeitos da geodinânica
interna criam-se de novo novas formas de relevo rigorosos. Portanto, constantemente se originam novas rochas e
novas formas de relevo e lugares há em que o relevo está constantemente sendo destruído havendo um encadeamento
de fases de formação de rochas e relevo e de destruição dos mesmos. Toda esta sequência ocorre ininterrupta e
simultaneamente gerando um processo cíclico que se fecha e se repete, designado ciclo geológico. Todos os aspectos
descritos sobre o ciclo geológico podem ser observados e resumidos no esquema abaixo

Importância do Relevo
• As diversas formas de relevo existentes à superfície são de extrema importância para o próprio equilíbrio da terra. •
É graças as irregularidades da superfície terrestre que existem os continentes que são terras emersas, e os oceanos que
ocupam as depressões;
• As formas de relevo influenciam na fixação das sociedades humanas.

Resumo
Os agentes internos são os responsáveis pela criação de relevos e os agentes externos encarregam-se da destruição,
modelação do mesmo.
• A deposição dos sedimentos, ao longo do tempo, cria camadas sobrepostas que ao sofrerem efeitos da geodinânica
interna criam-se de novo novas formas de relevo rigorosos.
• Constantemente se originam novas rochas e novas formas de relevo e lugares há em que o relevo está
constantemente sendo destruído.
• Há um encadeamento de fases de formação de rochas e relevo e de destruição dos mesmos. Toda esta sequência
ocorre ininterrupta e simultaneamente gerando um processo cíclico que se fecha e se repete, designado ciclo
geológico.

Pedogeografia, é o ramo da geografia fisica que estuda os processos da formação dos solos, os constituintes essenciais
do solo, a classificação dos solos, a distribuição geográfica dos solos e a importância da defesa e conservação dos solos.

"O solo corresponde à porção superficial da Terra onde é realizada a maior parte das atividades humanas. Trata-se de
uma parte integrada da paisagem, responsável pela sustentação da vida vegetal e da manutenção dos recursos naturais
relacionados. Acima de tudo, o solo é também um importante recurso natural.

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Fatores de formaçao dos solo

O processo de formação dos solos é chamado de pedogênese e ocorre principalmente em razão da ação do
intemperismo, responsável pelo desgaste de uma rocha original (rocha mãe) e sua gradativa transformação em
sedimentos, que dão origem ao material que compõe os solos.

Nesse sentido, é importante e necessário observar que a característica dos solos, o seu tempo de constituição, a sua
profundidade e sua estrutura estarão relacionados com os elementos atuantes nesse processo, chamados de fatores de
formação dos solos, a saber: o material de origem, o relevo, os organismos vivos, o clima e o tempo.

a) Material de origem

O material de origem corresponde à formação rochosa original que foi intemperizada para dar origem aos solos, dando
a ele suas principais características. Por mais que existam solos cuja composição advém do depósito sedimentar oriundo
de diferentes áreas, é a rocha mãe que determina suas principais características.

Assim, materiais rochosos compostos por arenitos, por exemplo, darão origem a solos arenosos; já material composto
por granito dará origem a outros tipos de solos. Um exemplo muito conhecido no Brasil é a formação da chamada “terra
roxa”, oriunda de rochas vulcânicas – como o basalto – que são ricas em enxofre e que, por isso, deram origem a um
solo muito fértil.

b) Relevo

O relevo – isto é, as formas externas da crosta terrestre – também é decisivo no processo de formação dos solos, pois
ele exerce direta influência na forma de atuação dos agentes responsáveis pelo intemperismo, como a água e os ventos.

Em áreas de relevo mais inclinado, a infiltração da água é menor, o que provoca uma menor ação do intemperismo
sobre a rocha mãe e também uma remoção maior dos sedimentos na superfície, formando solos mais rasos. Já em áreas
mais baixas, o acúmulo de água é maior, provocando uma maior ação intempérica e, por outro lado, dificultando a
drenagem, o que ocasiona a redução do ferro e solos mais orgânicos. Além disso, o grau de inclinação do relevo torna-o
menos ou mais exposto à iluminação solar, o que também afeta a sua composição e textura.

c) Organismos vivos

Os organismos vivos atuam de forma contínua sobre o solo, tanto na sua formação quanto na sua transformação,
conservando-o, degradando-o ou alterando sua composição físico-química. Nessa categoria, podemos incluir desde os
micro-organismos até os seres humanos.

Os micro-organismos, como as bactérias, algas e fungos, atuam na ação do intemperismo biológico, fazendo-se
presentes na decomposição das rochas e também na alteração dos compostos vegetais ou mineralógicos dos solos,
tornando-os mais férteis ou mais pobres. As plantas atuam na contenção do transporte de sedimentos e os animais
também exercem influência e impactos. No caso dos seres humanos, os impactos são rápidos e, muitas vezes,
profundamente sentidos, como nas ocorrências de erosões, desertificações e outros processos.

d) Clima

A maior parte dos agentes intempéricos está relacionada com processos meteorológicos e climatológicos, a exemplo da
água das chuvas, dos ventos e da temperatura. Assim, o tipo climático e suas variações ao longo do tempo são
determinantes para a formação dos solos e também para a velocidade do desgaste do material original.

Regiões de clima mais quente tendem a apresentar processos mais acelerados de formação dos solos, pois o calor
acelera as relações químicas. A intensidade e frequência das chuvas, a pressão atmosférica, o índice anual de insolação
e a força dos ventos também são fatores importantes nesse contexto.

e) Tempo

O período de tempo também precisa ser considerado no processo de formação dos solos. Áreas formadas em épocas
geológicas mais recentes estiveram por menos tempo expostas aos agentes intempéricos e, por isso, apresentam solos

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jovens e mais rasos, geralmente com menor quantidade de material orgânico. Já as áreas geologicamente mais antigas
podem apresentar solos mais profundos (a depender dos fatores anteriormente citados) e, em muitos casos, mais
“lavados” e alterados quimicamente.

"Solo é a camada que recobre a superfície terrestre. Os solos são corpos formados por meio do intemperismo químico e
do intemperismo físico das rochas, sendo constituídos essencialmente por minerais, matéria orgânica, água e ar, além de
pequenos animais e micro-organismos. Os componentes do solo estão dispostos em camadas chamadas de horizontes.
O desenvolvimento de um perfil de solo varia de região para região, dependendo de aspectos como clima,
disponibilidade hídrica, rocha-mãe e topografia.

Função do solo
Os solos são estruturas que apresentam múltiplas funções. Listamos abaixo algumas das suas principais funções.

Manutenção do equilíbrio ambiental por meio da sua participação nos ciclos biogeoquímicos (da água, do nitrogênio,
do carbono etc.) que acontecem na natureza.

Sustentação dos mais variados tipos de cobertura vegetal, desde florestas a estepes, o que faz com que se tornem
também importantes reservatórios de nutrientes e minerais.

Fornecimento de recursos naturais para os seres humanos.

Base para o desenvolvimento de atividades econômicas, como a agricultura e a pecuária.

Armazenamento e circulação de água.

Proteção da rocha-mãe.

Habitat para milhares de formas de vida que compreendem de pequenos animais a micro-organismos.

Fundação para as obras de infraestrutura e edificações."

Formação do solo.
A formação dos solos tem início por meio da decomposição química e desestruturação mecânica de uma camada de
rocha, que, então, passa a ser chamada de rocha-mãe ou rocha matriz, uma vez que é ela quem dá origem ao perfil de
solo. Dá-se o nome de pedogênese ao processo de formação de um solo.

A transformação do corpo rochoso recebe o nome de intemperismo, que, no caso em questão, se dá tanto na sua forma
química quanto física. Na primeira, há a modificação dos minerais presentes na rocha; enquanto a segunda é
caracterizada fragmentação e divisão dela em pedaços menores. A constituição de um perfil de solo somente é possível
porque o material intemperizado não é transportado para outros locais, ou seja, ele permanece sobre a rocha de origem.

A formação do solo é um processo muito lento que decorre na escala de tempo de milhares de anos. O desenvolvimento
de somente 2,5 centímetros de um solo leva de algumas centenas até dois mil anos.|1| É importante ressaltar, no entanto,
que essa é somente uma estimativa que pode variar de acordo com vários fatores, principalmente o tipo de rocha e a
ação dos agentes intempéricos.

Composição do solo
A composição química de um solo varia de acordo com a localidade onde ele se formou e com a sua rocha-mãe. No
entanto, todos os perfis de solo apresentam determinados elementos em comum que, em geral, constituem materiais
orgânicos e materiais inorgânicos. Levando isso em consideração, podemos afirmar que todos os solos apresentam em
sua composição: minerais (a maior parcela de seus componentes); água, ar, matéria orgânica.

Os materiais que compõem um solo estão dispostos por meio de camadas que recebem o nome de horizontes. O número
de horizontes presentes em um solo não é o mesmo para todos, e a sua variação acontece em função do tempo de
desenvolvimento daquele perfil.

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Quando bem desenvolvidos, os solos apresentam, pelo menos, quatro horizontes, os quais descrevemos abaixo.

Horizonte O: é o horizonte orgânico do solo, representa a camada superficial formada por matéria orgânica e água.
Apresenta coloração mais escura do que os demais horizontes.

Horizonte A: camada formada por minerais e matéria orgânica, o que lhe confere também uma coloração escura.

Horizonte B: camada formada por nutrientes lixiviados das camadas superiores do solo e outros minerais decorrentes da
decomposição química da rocha. É mais espesso que os horizontes superiores, e a presença de matéria orgânica é muito
baixa.

Horizonte C: corresponde ao horizonte de transição entre a rocha-mãe e as demais camadas do solo. Apresenta minerais
decorrentes do intemperismo químico e também fragmentos da rocha original, produto do intemperismo químico. Não
apresenta matéria orgânica.

Classificaçao dos solos


Quanto à influência externa, os solos classificam se em em zonais, intrazonais e azonais:
1. Zonais: são maduros, bem delineados e profundos. São subdivididos em latossolos, podzóis, solos de
pradaria e desérticos.
1.1. Latossolos: São solos pouco férteis, presentes geralmente em climas quentes e úmidos, com profundidades
superiores a 2m;
1.2. Podzóis: São solos férteis, graças à acumulação de minérios, húmus e matéria orgânica, e são próprios de climas
frios e temperados;
1.3. Solos de pradarias: São ricos em cálcio e matérias orgânicas, por isso, são extremamente férteis. Estão presentes
em regiões subúmidas de clima temperados;
1.4. Desérticos: Solos caracterizados por serem pouco profundos e pouco férteis. Próprios de regiões desérticas.
2. Intrazonais: são solos bem desenvolvidos, além de serem bastante influenciados pelo local e pelos fatores externos.
Dividem-se em solos salinos e solos hidromórficos.
2.1. Solos salinos: também chamados de halomórficos, caracterizam-se pelo alto índice de sais solúveis, próprios de
regiões áridas e próximas ao mar. Possuem uma baixa fertilidade;
2.2. Solos hidromórficos: por estarem localizados próximos a rios e lagos, apresentam grande umidade. Sua fertilidade
depende do índice de umidade: quanto mais úmidos, menos férteis.
3. Azonais: solos pouco desenvolvidos e muito rasos. Dividem-se em solos aluviais e litossolos.
3.1. Solos aluviais: presentes em áreas de formação recente em planícies úmidas. Quando os seus sedimentos são
transportados, formam um solo de coloração amarela denominado de loess.
3.2 Litossolos: presentes em locais com declives acentuados. Costumam estar posicionados diretamente sobre a rocha
formadora. São solos inférteis.

Distribuicao geografica dos solos


A distribuição geográfica dos solos é irregular. Alguns dos principais tipos de solos encontram-se assim distribuídos:
Solos ferralíticos – predominam nas regiões onde o clima é quente (tropical húmido e equatorial);
Solos castanho-avermelhados florestais – são mais abundantes nas regiões de clima subtropical seco ou mediterrânico;
Solos podzolicos – localizam-se em regiões de climas temperados frescos e moderados;
Solos chernozem – encontram-se em regiões de clima semidesértico com vegetação própria de estepe e de pradaria.

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Importância, defesa e conservação
Os solos desempenham um papel muito importante na existência e sobrevivência da humanidade, pois estão na base
da produção alimentar, através da agricultura, da implantação de diversas obras de engenharia civil, como a
construção de edifícios para habitação, comercio e industria e vias de comunicação, entre outros.
Todavia, a tarefa mais importante não se restringe apenas ao uso e aproveitamento quantitativo dos solos em
diferentes condições e situações, mas refere-se igualmente à defesa e conservação dos solos, de modo a não os poluir e
destruir. O combate à erosão, o uso de queimadas controladas, a aplicação regrada de ertilizantes, a rotação de
culturas, a pratica de pousio, entre outros aspectos, podem constituir algumas das medidas de defesa e conservação
dos solos a adoptar.

Medidas de melhoramento do solo


Com o objetivo de obter uma melhor produtividade na agricultura e manter o equilíbrio entre a produção de matérias-
primas e a preservação da natureza, existem diferentes técnicas para melhorar o solo e que mantêm o seu uso
sustentável. Afinal, o seu uso de maneira predatória ou incorreta pode acarretar problemas como a desertificação, a
arenização, a intensificação de erosões e outros problemas.
Em geral, é preciso conhecer bem o solo antes de aplicar qualquer medida de melhoria. Todavia, podemos elencar
algumas técnicas em um âmbito geral, a saber:
1) Aplicação de adubo orgânico ou de origem mineral em solos que possuem baixo teor de nutrientes. Eles servem
para aumentar a fertilidade do terreno e impedir o seu rápido esgotamento.
2) Em solos pobres, também é possível alternar o plantio de um determinado produto com o cultivo de plantas
leguminosas, chamadas de “adubos verdes”, como o tremoço, o feijão-de-corda, a leucena e outras. Além de aumentar
o nível de nitrogênio no solo, a adubação verde potencializa a produção de húmus.
3) Utilização de técnicas de irrigação que tanto preservem o uso da água quanto evitem a ocorrência da salinização do
solo em regiões com alto índice de evaporação.
4) Aplicação de técnicas de correção da acidez em tipos de solo em que há essa necessidade, como aqueles que
apresentam um elevado teor de alumínio, a exemplo dos latossolos. A mais conhecida das técnicas de correção é
a calagem, que consiste na adição de calcário para adubação.
5) Emprego da técnica de minhocultura, que, como o nome indica, consiste na utilização de minhocas, além de larvas
e insetos, para fertilização do terreno e construção de pequenos “túneis” que servem para a passagem de ar.
6) Realização de análise do tipo de solo para utilizar as máquinas agrícolas específicas para cada tipo, de modo a
preservar a sua produtividade.
7) Contenção da erosão por meio de diferentes técnicas de cultivo, como a de curvas de nível, o terraceamento ou, até
mesmo, cobrir o solo com vegetação para evitar a exposição dele aos agentes intempéricos.
8) Aplicação de técnicas agrícolas específicas, como a rotação de cultura e o afolhamento, utilizado para descansar
uma parte do terreno enquanto outras são cultivadas, em uma espécie de revezamento.

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Hidrogeografia

A Hidrogeografia é a ciência geográfica que estuda a hidrosfera que ocupa 70% da superfície total do
planeta Terra numa área de aproximadamente 371.1 milhões de km . A água distribui-se em oceanos, rios,
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lagos, lençóis subterrâneos e outras quantidades na atmosfera.

Hidrografia: estuda os componentes da hidrosfera, as características físicas e químicas


da água e as relações existente com outros componentes da geosfera.

Os principais ramos da Hidrogeografia são:

A oceanografia (oceanos e mares), a potamografia (águas superficiais e subterrâneas) e a limnografia


(lagos e pântanos).

Hidrosfera

Hidrosfera: é a parte líquida da geosfera, ou seja, a água dos mares, oceanos, rios,
lagos, lençóis freáticos e da atmosfera.

A água é um dos recursos mais importantes da Terra e ocorre em três estados da matéria: o líquido, o
gasoso e o sólido. Estudos recentes mostram que a água distribui-se do seguinte modo (conforme a tabela
abaixo):

Fonte Volume km 3
% Volume

Oceanos 1 348 000 000 92,39

Gelo polar, icebergues 227 000 000 2,01

Água subterrânea, 8 062 000 0,58


humidade do solo

Rios, lagos 225 000 0,02

Atmosfera 13 000 0,001

Água potável 36 020 000 4,5

Total 1619320 000 100

Tabela baseada nos trabalhos de N. Meinardus (1928) e He Hoinkes (1968)

Origem das águas


Os dados disponíveis mostram que a água surge no processo de fusão das rochas existentes na crusta
terrestre. Dos processos vulcânicos, desprende-se a água e terá sido assim, no início que se formaram os
actuais oceanos e mares. Este processo continua até aos nossos dias com o fornecimento da água juvenil.

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Entretanto, o volume das águas oceânicas não aumenta por causa das perdas de partículas de água
para o espaço interplanetário pois a água é dissolvida pela luz solar nas altitudes mais elevadas e uma
parte das moléculas de H escapam da atmosfera. Este volume de perdas é compensado pelas águas
provenientes do processo de formação da água juvenil.

Mesmo havendo algumas dúvidas sobre o processo da formação inicial da água, esta teoria é uma base
segura para futuros estudos sobre a origem das águas

Rios
São cursos de água doce suficientemente estáveis compostas por nascente, foz, leito, margens, afluentes,
curso do rio, talvegue, quedas de água, cascatas ou rápidos meandros capturados e foz.

Fig.1: Elementos de um rio

Se as águas de um rio se juntam a outro mais importante, ao primeiro chama-se afluente. Assim, o rio e
os seus afluentes constituem a rede hidrográfica e o conjunto de terra onde correm as suas águas é a
bacia hidrográfica. A água de um rio corre da nascente em direcção à foz. A velocidade máxima regista-se
no centro, na secção imediata, devido à influência do vento e exprime-se em m/s.

O caudal do rio é a quantidade de água que circula num dado ponto determinado do seu leito por
unidade de tempo. A alimentação do rio é feita de chuvas, neve e pelo gelo.

Regime dos rios

Regime do rio – é o comportamento do seu caudal que depende da alimentação dos lagos reguladores,
do relevo e do escoamento superficial, assim como da vegetação ao longo do curso.

O regime de um rio pode ser constante, periódico, irregular, da intermitente, torrencial ou estacionário.

Regime constante – o rio mantém um caudal constante, devido regularidade das chuvas e de todas
as fontes de alimentação. Exemplo, Amazonas e Congo.

Regime periódico – é o comportamento do caudal dos rios das zonas tropicais (o Nilo) ou sob
influência das monções. Estes rios observam um período de cheias e outro de estiagem. As cheias são
alimentadas por chuvas periódicas concentradas no Verão. Na estiagem, as águas estão baixas com
caudal fraco.

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Regime irregular ou intermitente – este tipo de regime de rios ocorre nas regiões desérticas
(Ouedes do Saara, Creks da Austrália). As águas correm apenas quando caem chuvas e esgotam-se de
imediato ou secam por evaporação ou por infiltração.

Regime sazonal – depende das estações do ano. Os rios de certas áreas temperadas ou subtropicais
têm o caudal dependente da precipitação que cai no Outono, ou no Inverno. Noutras regiões, o aumento
do caudal deve-se à queda de neve.

Formas terminais: estuário e delta


Estuário é a parte de um rio que se encontra em contacto com o mar.

Por esta razão, um estuário sofre a influência das marés e possui tipicamente água salobra.

Muitas vezes, usa-se a palavra estuário em contraposição ao delta, onde o rio se mistura com o mar
através de vários canais ou braços do delta. No entanto, um delta pode considerar-se também uma região
estuarina. Por outro lado, um «mar interior» como o Mar Báltico pode apresentar em toda a sua extensão
as características de um estuário.

Delta é a foz de um rio formada por vários canais ou braços do leito do rio.

Um caso típico é o delta do rio Nilo, no Egipto, que tem a forma de um leque ou triângulo - que é a forma
da letra grega maiúscula com este nome (A) -, donde provém esta designação. No entanto, a forma do
delta depende da topografia da planície costeira onde o rio vai desaguar. As regiões de deltas da África,
da Ásia e da Europa São muito importantes pois possuem grande concentração da população, como o
delta do Reno, do Ganges e do Níger. Esse tipo de foz é comum em rios de planícies, devido ao menor
declive e, consequentemente, menor capacidade de descarga de água, o que favorece a acumulação de
areia e aluviões na foz do rio.

Nem todos os deltas se situam em costas marítimas: o delta do rio Okavango, no Botswana, é um delta
interior.

Dinâmica da estrutura dos rios


A estrutura de um rio relaciona-se com o modelo que este representa nas diferentes dimensões da sua
forma.

Perfil longitudinal: obtém-se desde a nascente até à foz pela união de vários pontos do fundo do
leito. Graficamente em forma de parábola, o trabalho de erosão eliminará as irregularidades que o perfil do
rio apresenta no curso superior e verifica-se a diminuição do seu declive até ultrapassar o nível de base
das águas na foz, impedindo deste modo novos processos erosivos.

Fig.2: Perfil longitudinal e tranversal de um rio

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O nível mínimo de escavação de um rio denomina-se nível de base: obtém-se no curso inferior junto à foz
e é necessário um determinado declive para que se verifique a escorrência das águas. No seu
desenvolvimento, um rio obtém mais rapidamente esse declive ou gradiente, desde que as condições
existentes de descarga e as características do caudal sejam ideais para o transporte da sua carga. Tal tipo
de rio diz-se que está em equilíbrio.

O perfil longitudinal de um rio em equilíbrio denomina-se perfil de equilíbrio e apresenta-se em forma de


curva hiperbólica suavemente côncava para cima.

Perfil transversal: é representado pela união dos diferentes pontos do curso do rio, duma margem até
oposta, a sua forma característica é um V (medido em cima terá sempre maior largura do que em
profundidade).

A formação deste perfil realiza-se conjuntamente com o processo erosivo do leito e o arranque do material
das vertentes.

Meandros: São sinuosidades regulares descritas pelo leito de um rio e o traçado fluvial afasta-se da
sua direcção de escoamento para voltar a ela depois de descrever uma curva pronunciada. É comum em
rios de planície com declive muito suave (Fig. 3).

Fig.3: Meandro

Capturas: para aumentarem o seu caudal, alguns rios capturam as águas de outros de maneira original.
A captura fluvial, que é como se denomina este fenómeno, é bastante frequente e o rio capturado cede
parte do seu caudal ao rio pirata.

Cursos água subterrânea

Resultam da penetração no solo das águas das precipitações por infiltração em terrenos permeáveis. No
interior da água desce através dos capilares até encontrar rochas impermeáveis e começa a acumular-se.

Esta água pode constituir um rio, um lençol ou uma toalha subterrânea.

As águas subterrâneas saem para o exterior sempre que encontram uma saída em forma de cascata ou
de nascente. A água concentra-se em forma de toalha de água de dois tipos:

 Toalhas subterrâneas: formam-se por infiltração pelos interstícios e pequenas escadas de infiltração.
 Toalhas cársicas: formam-se por infiltração através das diáclases. O nível das águas depende da
intensidade das precipitações, estação do ano, grau de humidade da região, percurso dos cursos de água,
proximidade relativa do mar. Nos terrenos secos, a água circula pelas diáclases das rochas e concentra-se
em camadas de maior profundidade, originando rios e lagos subterrâneos.

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Balanço hídrico
Este conceito exprime a quantidade de água que entra e sai na superfície da Terra num determinado
intervalo de tempo e estabelece uma espécie de equilíbrio dinâmico. Todas as actividades como obras de
engenharia, actividades agrícolas e florestais, vias fluviais e outras não podem pôr em causa esse
equilíbrio.

O balanço hídrico de uma região faz parte do ciclo hidrológico. Tem como processos constituintes a
precipitação, a evaporação, a descarga ou escoamento, a reserva ou armazenamento e o uso e consumo.

Fontes naturais e artesianas

A água subterrânea tem como principais fontes as nascentes, que são as emergências das toalhas de
água e as exsurgências e ressurgências.

No caso de exsurgência, o seu abastecimento de água procede da superfície da massa líquida, a qual
se encontra nos fundos de calcários e circula pelas condutas subterrâneas sem que anteriormente tivesse
formado um curso subaéreo.

Por outro lado, a fonte de uma ressurgência é um curso de água que, depois de um escoamento
determinado, se perde numa gruta ou numa zona rochosa filtrante.

Quando se abrem pops verticais até se atingir a toalha de água, se o lugar se encontra sobre um nível
superior da toalha, a água mantém-se no poço até esse nível, sendo necessário, para obtê-la, a utilização
de bombas ou outros meios.

Maiores bacias hidrográficas


As maiores bacias hidrográficas do mundo são as seguintes, de acordo com nome; localização e área (km²): [3]

 Bacia do rio Amazonas, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Bolívia e Brasil, 7 050 000;
 Bacia do Congo, Congo, 3 690 000;
 Bacia do Mississippi, EUA e Canadá, 3 328 000;
 Bacia do rio da Prata, Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai e Argentina, 3 140 000;
 Bacia do Obi, Federação Russa, 2 975 000;
 Bacia do Nilo, Uganda, Tanzânia, Ruanda, Quénia, República Democrática do Congo, Burundi, Sudão, Sudão do Sul,
Etiópia e Egito, 2 867 000;
 Bacia do rio São Francisco, Brasil, 2 700 000;
 Bacia do Ienissêi, Federação Russa, Mongólia, 2 580 000;
 Bacia do Níger, Nigéria, 2 090 000;
 Bacia de Amur, Federação Russa, 1 855 000;
 Bacia do Rio Amarelo, China, 1 807 199.
 Bacia do Rio Toraxischamun, Chile

Maiores oceanos e mares


Os maiores oceanos do mundo são os seguintes - Nome, área (km²) e profundidade máxima (m):

 Oceano Pacífico, 179 700 000, 11 020;


 Oceano Atlântico, 106 100 000, 7758;
 Oceano Índico, 73.556.000 km², 7.455;
 Mar Glacial Ártico, 14 090 000, 5450;
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 Mar do Caribe (ou Mar das Caraíbas), 2 754 000, 7680;
 Mar Mediterrâneo, 2 505 000, 5020;
 Mar da Noruega, 1 547 000, 4020;
 Golfo do México, 1 544 000, 4380;
 Baía de Hudson, 1 230 000, 259;
 Mar do Norte, 580 000, 237;
 Mar Negro, 413 000, 2243;
 Mar Báltico, 420 000, 463;
 Mar da China Meridional, 3 447 000, 5560;
 Mar de Okhotsk, 1 580 000, 3372;
 Mar de Bering, 2 270 000, 4191;
 Mar da China Oriental, 752 000 2720;
 Mar Amarelo, 417 000, 105;
 Mar do Japão, 978 000, 4230;
 Golfo de Bengala, 2 172 000, 5258;
 Mar Vermelho, 440 000, 2600.

Maiores rios
A seguir, os maiores rios do mundo - Nome, localização, extensão (km) e foz[4]:

 Rio Nilo, Egito, 6 852 km, Mar Mediterrâneo, com [5]


 Rio Amazonas, Brasil, 6 400 km, Oceano Atlântico; [6][5]
 Rio Yangtzé, China, 5.800, Mar da China;
 Mississippi-Missouri, EUA, 5.620, Golfo do México;
 Rio Ob, Federação Russa, 5.410, Golfo de Obi;
 Rio Amarelo, China, 4.845, Mar Amarelo;
 Rio Mekong, China, 4.500, Mar da China;
 Rio Amur, Federação Russa, 4.416, Estreito da Tartária;
 Rio Lena, Federação Russa, 4.400, Mar de Laptev/Ártico.

Maiores lagos
Na sequência, os maiores lagos do mundo - Nome, localização, área (km²) e profundidade máxima (m):

 Mar Cáspio, Oeste da Ásia e Leste da Europa, 371 000, 1.025;


 Lago Superior, EUA/Canadá, 84 131, 906;
 Lago Vitória, Uganda/Tanzânia/Quênia, 68 100, 73;
 Lago Huron, EUA/Canadá, 61 797, 229;
 Lago Michigan, EUA, 58 016, 281;
 Mar de Aral, Cazaquistão/Uzbequistão, 41 000, 68;
 Lago Tanganica, Congo (ex-Zaire)/Zâmbia/Burundi/Tanzânia, 32 893, 1435;
 Grande Urso, Canadá, 31 792, 90;
 Lago Baikal, Federação Russa, 31 500, 1620;
 Lago Niassa (Malawi), Malawi/Moçambique, 30 800, 678.

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