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Texto Respiração Celular.

O documento aborda o processo de respiração celular, essencial para a obtenção de energia nas células dos organismos aeróbicos, onde a glicose é oxidada em presença de oxigênio, resultando em ATP, CO2 e água. A respiração celular é dividida em três etapas principais: glicólise, ciclo de Krebs e cadeia respiratória, sendo que, ao final do processo, são gerados até 38 ATPs por molécula de glicose. A respiração celular é um processo contínuo que ocorre tanto de dia quanto à noite, complementando a fotossíntese, que armazena energia.

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Texto Respiração Celular.

O documento aborda o processo de respiração celular, essencial para a obtenção de energia nas células dos organismos aeróbicos, onde a glicose é oxidada em presença de oxigênio, resultando em ATP, CO2 e água. A respiração celular é dividida em três etapas principais: glicólise, ciclo de Krebs e cadeia respiratória, sendo que, ao final do processo, são gerados até 38 ATPs por molécula de glicose. A respiração celular é um processo contínuo que ocorre tanto de dia quanto à noite, complementando a fotossíntese, que armazena energia.

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Obtenção de energia pela célula: respiração celular

E aí pessoal? vamos agora estudar como se dá o processo de obtenção de energia pelas


células. As células dos organismos vivos necessitam de energia para realizar os seus
processos de crescimento e manutenção vital, entre os quais estão os de sintetizar novas
substâncias, realizar movimentos, estabelecer trocas passivas e ativas de substâncias
através de membranas, produzir calor, eliminar resíduos, desencadear processos de
reprodução, etc.

Para obter essa energia, as células realizam o processo de respiração celular que consiste
basicamente no processo de extração da energia química armazenada nas moléculas de
glicose, com a participação do oxigênio (O2). É um processo contínuo, que acontece em
todas as células dos seres aeróbios (que necessitam de oxigênio), tanto de dia como de
noite. Se o mecanismo respiratório de entrada de O2 for paralisado num indivíduo, suas
células deixam de dispor de energia necessária para o desempenho de suas funções vitais
e inicia-se, então, um processo de desorganização da matéria viva, o que acarreta a morte
do indivíduo.

A respiração celular da maioria dos seres vivos se realiza dentro de uma estrutura com
forma de chinelo: a mitocôndria, que são verdadeiras “Usinas” de energia. O número de
mitocôndrias de uma célula varia de alguns até centenas, dependendo se a célula realiza
menos ou mais intensamente a respiração celular. Este é um processo complexo
envolvendo uma serie de reações químicas e necessitará uma atenção de sua parte.

Nos organismos aeróbicos, a equação simplificada da respiração celular pode ser assim
representada:

C6H12O6+O2-> 6 CO2 + 6 H2O + energia

Como a energia é liberada?

Uma maneira eficiente de liberar a energia contida nas ligações químicas da glicose
(C6H12O6) é provocar a reação de suas moléculas com o oxigênio (O2).

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(C6H12O6) + 6 O2 -> 6 CO2 + 6 H2O + energia

No entanto, a energia não é liberada de uma vez só, pois acarretaria uma liberação de uma
quantidade muito grande de energia que não poderia ser aproveitada diretamente pela
célula, acabando por ser perdida para o meio ambiente sob a forma de calor. Por isso, a
glicose é quebrada aos poucos, formando moléculas menores e liberando pequenas
porções energéticas que vão sendo captadas por uma substância chamada ATP (trifosfato
de adenosina). Quando a célula precisa de energia para realizar algum trabalho, o ATP
fornece a energia armazenada no seu terceiro fosfato e transforma-se em ADP, pronto
para receber novo fosfato e armazenar outra porção energética nessa terceira ligação
química, regenerando um novo ATP.

No entanto, grande parte da energia química liberada durante a oxidação da glicose se


transforma em calor que contribui para a manutenção de uma temperatura corpórea em
níveis que possibilitam a vida, compensando o calor que normalmente um organismo vivo
cede para o ambiente, sobretudo nos dias de frio. Isso se verifica principalmente em aves
e mamíferos; em outros grupos, como os anfíbios e os répteis, o organismo é aquecido
basicamente através de fontes externas de calor, quando, por exemplo, o animal se põe ao
sol.

Quais são as etapas da respiração celular?

As transformações sucessivas da glicose até chegar aos compostos inorgânicos C6H12O6 e


H2O permitem dividir a respiração celular em 3 etapas:

Glicólise -> Nessa etapa, a glicose se quebra em duas moléculas de ácido pirúvico, cada
uma delas com 3 carbonos. Para essa quebra acontecer, a célula gasta 2 ATP e durante a
mesma são produzidos 4 ATP. Portanto, a glicólise apresenta um saldo energético
positivo de 2 ATP (figura 8.6).

Na conversão da glicose em ácido pirúvico, verifica-se a ação de enzimas


denominadas desidrogenases, responsáveis, como o próprio nome diz, pela retirada de
hidrogênios da glicose e a sua transferência para uma substância chamada NAD –
(nicotinamida adenina dinucleotídeo). Cada NAD captura 2 Hidrogênios. Logo, formam-
se 2 NADH2 .

C6H12O6 + 2 ATP + 2 NAD -> 2 CH3-CO-COOH +2 NADH2 + 4 ATP

Como se pode observar, nessa etapa não há necessidade de O2.

2
Ciclo de Krebs –

Bom, vimos a primeira parte do processo que é chamada de glicólise aeróbica. Agora
vamos ver o Ciclo de Krebs que corresponde a próxima fase. As duas moléculas de ácido
pirúvico formadas no citoplasma durante a glicólise, entram na mitocôndria. Ali cada
molécula entra em um ciclo de reações químicas em seqüência, onde ocorrem
desidrogenações (perda de íons H) e descarboxilações (perda de CO2). As 6 moléculas de
CO2 (3 para cada molécula de ácido pirúvico) são imediatamente eliminadas das células,
em direção ao meio externo.

Nessa fase, também não há presença ou necessidade de O2.

Descarboxilação Oxidativa do Piruvato


Na primeira fase do ciclo de Krebs a glicose (C6H12O6) proveniente da degradação dos
carboidratos se converterá em duas moléculas de ácido pirúvico ou piruvato (C3H4O3). A
glicose é degradada através da Glicólise, e é uma das principais fontes de Acetil-CoA.

A descarboxilação oxidativa do piruvato dá início ao ciclo de Krebs. Ela corresponde a


remoção de um CO2 do piruvato, gerando o grupo acetil que se liga a coenzima A (CoA)
e forma o Acetil-CoA.

3
Descarboxilação oxidativa do piruvato para formar o Acetil-CoA

Observe que essa reação produz NADH, uma molécula carregadora de energia.

As demais fases ocorre com a entrada do Acetil COA no clico em uma serie de rotas
metabólicas como demonstrado na figura abaixo. Sendo que no final do clico o ácido
oxalacético de junto com um novo piruvato iniciando um novo clico. Neste ciclo temos
como subprodutos a liberação de água, 4 CO2, 6 NADH2, 2 FADH2, 2 ATP.

4
Cadeia respiratória -

Essa fase ocorre nas cristas mitocondriais. Os íons hidrogênios (H+) retirados da glicose
são transportados, pela cadeia respiratória até o oxigênio, formando água. Durante a
passagem pela cadeia, há liberação gradativa de energia, formando ATP.

Ao final, podemos dizer que temos como matéria prima e produtos o seguinte:

C6H12O6 + 6 O2 -> 6 CO2 + 6 H2O + 38 ATP

Nas primeiras etapas da respiração celular (glicólise e ciclo de Krebs), parte da energia
produzida na degradação de compostos é armazenada em moléculas intermediárias, as
coenzimas, como o NAD+ e o FAD+.

Essa energia de oxidação das coenzimas é utilizada para a síntese de ATP. Para isso
ocorre a fosforilação do ADP, ou seja, quando o NADH2 e o FAD H2 perdem os elétrons
(oxidarem), ele o ADP, recebe um grupo fosfato se convertendo em ATP. Por isso esse
processo é chamado Fosforilação Oxidativa.
É muito importante, entretanto, que as coenzimas sejam reoxidadas, de forma a poderem
participar novamente dos ciclos de degradação de nutrientes, doando mais energia para a
síntese de ATP.
O processo de fosforilação oxidativa acontece apenas nos seres aeróbios, nos quais o
oxigênio faz a reoxidação das coenzimas através de uma cadeia de transporte de
elétrons ou cadeia respiratória, como também é chamada.
Muitas reações químicas que produzem energia, a liberam na forma de calor, o que não
seria um mecanismo apropriado para as células.
Para resolver essa situação, a estratégia celular é formar um gradiente de prótons e
produzir uma molécula “carregadora” de energia chamada ATP. Essa síntese é
intermediada por um complexo enzimático chamado ATP-sintase.

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Esquema da cadeia transportadora de elétrons, cujas moléculas estão inseridas na
membrana mitocondrial

O gradiente protônico é formado através da cadeia transportadora de elétrons, que são


moléculas que se encontram inseridas na membrana das mitocôndrias, além de dois
componentes móveis (coenzima Q e citocromo c). Essas moléculas são organizadas
segundo seu potencial de oxirredução.
Portanto, a energia vai sendo liberada aos poucos através dessas moléculas integrantes da
cadeia respiratória e somente no final da mesma o hidrogênio se une ao oxigênio
formando água.

O saldo energético dessa etapa, ou seja, o que é produzido ao longo de toda a cadeia
transportadora de elétrons é de 38 ATPs.

Para finalizar, é importante chamar atenção de que a reação química geral da respiração
celular é o inverso da reação química da fotossíntese. Mais importante ainda, é chamar a
atenção de que a respiração é um processo de liberação de energia realizado
continuamente (noite e dia) pelos seres aeróbios sejam eles autótrofos ou heterótrofos.
Para exemplificar, podemos dizer que a respiração é feita continuamente por todos os
vegetais e animais, de dia e de noite.

Já a fotossíntese é um processo de armazenamento de energia no composto orgânico


produzido (glicose) realizado somente pelos seres autótrofos, pois só eles possuem
clorofila, indispensável para a transformação da energia luminosa em energia química.

6
Da mesma forma, a respiração celular utiliza O2 e libera CO2 enquanto que a fotossíntese
faz o contrário. Em vista disso, podemos dizer que são processos químicos
complementares, igualmente importantes e necessários.

Balanço energético
Ufa!!!... terminamos então basta agora no final das contas verificarmos o quanto a célula
ganhou de energia. Para cada molécula de glicose se produz 38 ATPs ao final de todo
processo de respiração celular que pode ser distribuído da seguinte forma:

Glicólise 2 ATPs - 2
2 NADH2 3x 6
Acetilação 2 Co2
2 NADH2 3x 6
Ciclo de Krebs 2 ATPs - 2
6 NADH2 3x 18
2 FADH2 2x 4
4CO2
TOTAL 38 ATPS

Referências
De ROBERTS, E. & HIB, J. Biologia Celular e. Molecular. 15ª. Edição. Rio de Janeiro:
Ed. Guanaba Koogan,. 2006.
UFRGS, Obtenção de Energia da Célula, Disponível em:
http://mdmat.mat.ufrgs.br/acqua/Textos/resp_celular.htm, Acesso: 2021.
Fosforilação Oxidativa. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/fosforilacao-
oxidativa/#:~:text=Fosforila%C3%A7%C3%A3o%20Oxidativa%20%C3%A9%20uma
%20das,de%20ATP%20e%20produzir%20energia. Acesso em 2021.
O ciclo de Krebs. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/ciclo-de-krebs/.
Acesso em 2021.

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