Texto Respiração Celular.
Texto Respiração Celular.
Para obter essa energia, as células realizam o processo de respiração celular que consiste
basicamente no processo de extração da energia química armazenada nas moléculas de
glicose, com a participação do oxigênio (O2). É um processo contínuo, que acontece em
todas as células dos seres aeróbios (que necessitam de oxigênio), tanto de dia como de
noite. Se o mecanismo respiratório de entrada de O2 for paralisado num indivíduo, suas
células deixam de dispor de energia necessária para o desempenho de suas funções vitais
e inicia-se, então, um processo de desorganização da matéria viva, o que acarreta a morte
do indivíduo.
A respiração celular da maioria dos seres vivos se realiza dentro de uma estrutura com
forma de chinelo: a mitocôndria, que são verdadeiras “Usinas” de energia. O número de
mitocôndrias de uma célula varia de alguns até centenas, dependendo se a célula realiza
menos ou mais intensamente a respiração celular. Este é um processo complexo
envolvendo uma serie de reações químicas e necessitará uma atenção de sua parte.
Nos organismos aeróbicos, a equação simplificada da respiração celular pode ser assim
representada:
Uma maneira eficiente de liberar a energia contida nas ligações químicas da glicose
(C6H12O6) é provocar a reação de suas moléculas com o oxigênio (O2).
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(C6H12O6) + 6 O2 -> 6 CO2 + 6 H2O + energia
No entanto, a energia não é liberada de uma vez só, pois acarretaria uma liberação de uma
quantidade muito grande de energia que não poderia ser aproveitada diretamente pela
célula, acabando por ser perdida para o meio ambiente sob a forma de calor. Por isso, a
glicose é quebrada aos poucos, formando moléculas menores e liberando pequenas
porções energéticas que vão sendo captadas por uma substância chamada ATP (trifosfato
de adenosina). Quando a célula precisa de energia para realizar algum trabalho, o ATP
fornece a energia armazenada no seu terceiro fosfato e transforma-se em ADP, pronto
para receber novo fosfato e armazenar outra porção energética nessa terceira ligação
química, regenerando um novo ATP.
Glicólise -> Nessa etapa, a glicose se quebra em duas moléculas de ácido pirúvico, cada
uma delas com 3 carbonos. Para essa quebra acontecer, a célula gasta 2 ATP e durante a
mesma são produzidos 4 ATP. Portanto, a glicólise apresenta um saldo energético
positivo de 2 ATP (figura 8.6).
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Ciclo de Krebs –
Bom, vimos a primeira parte do processo que é chamada de glicólise aeróbica. Agora
vamos ver o Ciclo de Krebs que corresponde a próxima fase. As duas moléculas de ácido
pirúvico formadas no citoplasma durante a glicólise, entram na mitocôndria. Ali cada
molécula entra em um ciclo de reações químicas em seqüência, onde ocorrem
desidrogenações (perda de íons H) e descarboxilações (perda de CO2). As 6 moléculas de
CO2 (3 para cada molécula de ácido pirúvico) são imediatamente eliminadas das células,
em direção ao meio externo.
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Descarboxilação oxidativa do piruvato para formar o Acetil-CoA
Observe que essa reação produz NADH, uma molécula carregadora de energia.
As demais fases ocorre com a entrada do Acetil COA no clico em uma serie de rotas
metabólicas como demonstrado na figura abaixo. Sendo que no final do clico o ácido
oxalacético de junto com um novo piruvato iniciando um novo clico. Neste ciclo temos
como subprodutos a liberação de água, 4 CO2, 6 NADH2, 2 FADH2, 2 ATP.
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Cadeia respiratória -
Essa fase ocorre nas cristas mitocondriais. Os íons hidrogênios (H+) retirados da glicose
são transportados, pela cadeia respiratória até o oxigênio, formando água. Durante a
passagem pela cadeia, há liberação gradativa de energia, formando ATP.
Ao final, podemos dizer que temos como matéria prima e produtos o seguinte:
Nas primeiras etapas da respiração celular (glicólise e ciclo de Krebs), parte da energia
produzida na degradação de compostos é armazenada em moléculas intermediárias, as
coenzimas, como o NAD+ e o FAD+.
Essa energia de oxidação das coenzimas é utilizada para a síntese de ATP. Para isso
ocorre a fosforilação do ADP, ou seja, quando o NADH2 e o FAD H2 perdem os elétrons
(oxidarem), ele o ADP, recebe um grupo fosfato se convertendo em ATP. Por isso esse
processo é chamado Fosforilação Oxidativa.
É muito importante, entretanto, que as coenzimas sejam reoxidadas, de forma a poderem
participar novamente dos ciclos de degradação de nutrientes, doando mais energia para a
síntese de ATP.
O processo de fosforilação oxidativa acontece apenas nos seres aeróbios, nos quais o
oxigênio faz a reoxidação das coenzimas através de uma cadeia de transporte de
elétrons ou cadeia respiratória, como também é chamada.
Muitas reações químicas que produzem energia, a liberam na forma de calor, o que não
seria um mecanismo apropriado para as células.
Para resolver essa situação, a estratégia celular é formar um gradiente de prótons e
produzir uma molécula “carregadora” de energia chamada ATP. Essa síntese é
intermediada por um complexo enzimático chamado ATP-sintase.
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Esquema da cadeia transportadora de elétrons, cujas moléculas estão inseridas na
membrana mitocondrial
O saldo energético dessa etapa, ou seja, o que é produzido ao longo de toda a cadeia
transportadora de elétrons é de 38 ATPs.
Para finalizar, é importante chamar atenção de que a reação química geral da respiração
celular é o inverso da reação química da fotossíntese. Mais importante ainda, é chamar a
atenção de que a respiração é um processo de liberação de energia realizado
continuamente (noite e dia) pelos seres aeróbios sejam eles autótrofos ou heterótrofos.
Para exemplificar, podemos dizer que a respiração é feita continuamente por todos os
vegetais e animais, de dia e de noite.
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Da mesma forma, a respiração celular utiliza O2 e libera CO2 enquanto que a fotossíntese
faz o contrário. Em vista disso, podemos dizer que são processos químicos
complementares, igualmente importantes e necessários.
Balanço energético
Ufa!!!... terminamos então basta agora no final das contas verificarmos o quanto a célula
ganhou de energia. Para cada molécula de glicose se produz 38 ATPs ao final de todo
processo de respiração celular que pode ser distribuído da seguinte forma:
Glicólise 2 ATPs - 2
2 NADH2 3x 6
Acetilação 2 Co2
2 NADH2 3x 6
Ciclo de Krebs 2 ATPs - 2
6 NADH2 3x 18
2 FADH2 2x 4
4CO2
TOTAL 38 ATPS
Referências
De ROBERTS, E. & HIB, J. Biologia Celular e. Molecular. 15ª. Edição. Rio de Janeiro:
Ed. Guanaba Koogan,. 2006.
UFRGS, Obtenção de Energia da Célula, Disponível em:
http://mdmat.mat.ufrgs.br/acqua/Textos/resp_celular.htm, Acesso: 2021.
Fosforilação Oxidativa. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/fosforilacao-
oxidativa/#:~:text=Fosforila%C3%A7%C3%A3o%20Oxidativa%20%C3%A9%20uma
%20das,de%20ATP%20e%20produzir%20energia. Acesso em 2021.
O ciclo de Krebs. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/ciclo-de-krebs/.
Acesso em 2021.