Marinha Do Brasil Centro de Instrução Almirante Graça Aranha
Marinha Do Brasil Centro de Instrução Almirante Graça Aranha
Nota:______________________________
1º Examinador:______________________
2º Examinador:______________________
DEDICATÓRIA
“Os que descem ao mar em navios, mercando nas grandes águas, esses vêem as
obras do Senhor e as suas maravilhas no profundo.”
RESUMO
A manutenção deixou de ser nas últimas décadas uma simples atividade de reparo
para tornar-se um meio essencial ao alcance dos objetivos e metas da organização.
Coloca-se, estrategicamente, como parte fundamental do processo produtivo em um
ambiente, onde cada vez mais se utilizam equipamentos de última geração, com os
modernos sistemas mecânicos e eletroeletrônicos, de maior grau de complexidade,
alto custo e exigências elevadas quanto ao nível da manutenção. A maior
complexidade dos equipamentos e diversidade dos ativos físicos fez da manutenção
uma função igualmente complexa, levando ao desenvolvimento de novas técnicas,
ferramentas de gestão modernas e abordagens inovadoras quanto a organização e
estratégia de manutenção. Gerenciar corretamente esses modernos meios de
produção exige conhecimentos de métodos e sistemas de planejamento e execução,
que sejam ao mesmo tempo eficazes e economicamente viáveis. Equipamentos
parados em momentos inoportunos comprometem a produção e podem significar
perdas irrecuperáveis num ambiente altamente competitivo. Diante desse cenário, a
estrutura de planejamento, programação e controle de manutenção tem um papel
importantíssimo: fazer com que a manutenção trabalhe de forma planejada, para
que os recursos sejam aplicados de forma correta, garantindo assim a
disponibilidade dos equipamentos e consequentemente uma maior produtividade.
The maintenance is no longer the last decades a simple repair activity to become an
essential means to achieve the objectives and goals of the organization. Is placed
strategically as a key part of the production process in an environment where
increasingly using the latest equipment, with modern mechanical systems and
electronics, a higher degree of complexity, high cost and high requirements regarding
the level of maintenance. The greater complexity of the equipment and diversity of
physical assets did maintenance function equally complex, leading to the
development of new techniques, modern management tools and innovative
approaches regarding the organization and maintenance strategy. Properly manage
these modern means of production requires knowledge of methods and systems for
planning and execution, which are both effective and economically viable. Equipment
still at inopportune moments undertakes production and irrecoverable losses can
mean a highly competitive environment. Given this scenario, the structure of
planning, scheduling and controlling maintenance plays an important role: to make
the maintenance work in a planned manner so that resources are applied correctly,
thus ensuring the availability of equipment and consequently higher productivity.
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 11
1 HISTÓRICO DE MANUTENÇÃO .................................................................. 13
1.1 A PRIMEIRA GERAÇÃO ........................................................................... 13
1.1.2 A SEGUNDA GERAÇÃO ........................................................................ 13
1.1.3 A TERCEIRA GERAÇÃO ........................................................................ 14
1.2 INTERAÇÃO ENTRE AS FASES .............................................................. 15
1.3 UNIDADE DE ALTA PERFORMANCE ...................................................... 16
2 TIPOS DE MANUTENÇÃO ........................................................................... 17
2.1 BENEFÍCIOS DA MANUTENÇÃO ............................................................. 18
2.2 MANUTENÇÃO CORRETIVA .................................................................... 18
2.2.1 MANUTENÇÃO CORRETIVA NÃO PLANEJADA .................................. 19
2.2.2 MANUTENÇÃO CORRETIVA PLANEJADA ........................................... 20
2.3 MANUTENÇÃO PREVENTIVA .................................................................. 20
2.4 MANUTENÇÃO PREDITIVA ...................................................................... 23
2.4.1 ESTUDO DAS VIBRAÇÕES ................................................................... 24
2.4.2 ANÁLISE DE ÓLEOS .............................................................................. 25
2.4.3 ANÁLISE DO ESTADO DAS SUPERFÍCIES ......................................... 26
2.4.4 ANÁLISE ESTRUTURAL ........................................................................ 27
2.4.5 ANÁLISE TERMOGRÁFICA ................................................................... 28
2.5 MANUTENÇÃO DETECTIVA .................................................................... 29
2.6 ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO ........................................................... 31
3 CUSTOS DA MANUTENÇÃO ....................................................................... 32
4 MANUTENÇÃO DOS MOTORES DE COMBUTÃO INTERNA .................... 35
4.1 INSTRUÇÕES GERAIS ............................................................................. 35
4.2 PROCEDIMENTOS PRELIMINARES AS REVISÔES DE MANUTENÇÃO 38
4.3 ANALISE DO ÓLEO LUBRIFICANTE ......................................................... 38
5 CALDEIRAS ................................................................................................... 40
5.1 IMPUREZAS ................................................................................................ 40
5.2 EFEITOS DA CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA DE ALIMENTAÇÃO ............... 42
5.3 TRATAMENTO DA ÁGUA DE CALDEIRA .................................................. 44
5.4 CONTROLE DA ALCALINIDADE DA ÁGUA ............................................... 45
5.4.1 Carbonato de Sódio .................................................................................. 45
5.4.2 Fosfato Trisódico e Soda Cáustica ........................................................... 45
5.4.3 Fosfato coordenado .................................................................................. 46
5.4.4 Alcalis voláteis .......................................................................................... 46
5.4.5 Baixo teor de soda cáustica ...................................................................... 47
5.4.6 A sílica na água de caldeira ...................................................................... 47
5.4.7 Fragilização do metal das caldeiras pelo hidrogênio ............................... 48
5.4.8 Fragilização cáustica do metal de tubos de caldeiras .............................. 49
6 EQUIPAMENTOS ........................................................................................... 50
6.1 EQUIPAMENTOS DO CONVÉS ................................................................. 50
6.2 PRINCIPAIS CUIDADOS COM EQUIPAMENTOS .................................... 53
CONSIDERAÇÕES FINAIS [[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[ 53
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS [[[[[[[[[[[[[[[[[... 55
11
INTRODUÇÃO
1 HISTÓRICO DE MANUTENÇÃO
Esta geração vai desde a Segunda Guerra Mundial até os anos 60. As
pressões do período da guerra aumentaram a demanda por todo tipo de produtos,
ao mesmo tempo em que o contingente de mão de obra industrial diminuiu
sensivelmente. Como consequência, neste período houve forte aumento da
mecanização, bem como da complexidade das instalações industriais.
Começa a evidenciar-se a necessidade de maior disponibilidade, bem como
maior confiabilidade, tudo isto na busca da maior produtividade; a indústria estava
bastante dependente do bom funcionamento das máquinas. Isto levou à ideia de que
as falhas dos equipamentos poderiam e deveriam ser evitadas, o que resultou no
conceito de manutenção preventiva.
14
ocultos por vários períodos e vêm a se manifestar muitas vezes quando o sistema é
fortemente solicitado, ou seja, quando o processo produtivo assim o exige, ou seja,
normalmente quando se necessita de maior confiabilidade.
As fase de manutenção e operação terão por objetivo garantir a função dos
equipamentos, sistemas e instalações no decorrer de sua vida útil e a não
degeneração do desempenho. Nesta fase da existência, normalmente são
detectadas as deficiências geradas no projeto, seleção de equipamentos e
instalação.
Da não interação entre as fases anteriores, percebe-se que a Manutenção
encontrará dificuldades de desempenho das suas atividades, mesmo que se
apliquem nelas as mais modernas técnicas. A confiabilidade estará num patamar
inferior ao inicialmente previsto.
Atualmente, uma nova fase está surgindo e está ligada à busca de Unidades
e Sistemas de Alta Performance. Isto é fruto de uma economia mais globalizada
que induz a busca de maior competitividade, além das exigências cada vez maiores
da sociedade com relação às questões de SMS – Saúde, Meio Ambiente e
Segurança.
A Unidade de Alta Performance pode ser mais bem explicitada,
qualitativamente, pelas seguintes variáveis:
• Alto nível de confiabilidade.
• Baixo custo de manutenção.
• Automatizadas e com controle avançado.
• Ecologicamente equacionadas.
• Intrinsecamente seguras.
• Baixa necessidade de intervenções.
• Atendimento à qualidade futura dos produtos.
• Flexibilidade operacional para atendimento das demandas do mercado,
com máxima utilização das instalações.
• Baixo consumo energético.
17
2 TIPOS DE MANUTENÇÃO
• Manutenção Preventiva
• Manutenção Preditiva
• Manutenção Detectiva
• Engenharia de Manutenção
manualmente de um lado para outro até aqueles que são instalados definitivamente
nas máquinas com a missão de executar monitoração constante.
Fonte: Internet
Fonte: Internet
Fonte: Internet
3 CUSTOS DA MANUTENÇÃO
stellite, outros, usinagens especiais, testes específicos etc. O custo é dado pelo
valor da nota fiscal, que inclui impostos e taxas.
- Serviços executados internamente – são aqueles feitos na própria instalação da
Contratante.
O acompanhamento de custos, um dos itens de controle na manutenção,
deve ser colocado na forma de gráfico para fácil visualização, mostrando pelo
menos:
• Previsão de custos mês a mês.
• Realização – quanto foi efetivamente gasto em cada mês.
• Realizado no ano anterior (ou anos anteriores).
• Benchmark – qual a referência mundial, isto é, valores da empresa que
tem o menor custo de manutenção nesse tipo de instalação.
É fundamental que cada especialidade da manutenção faça um controle de
custos, independente do modo como a estrutura organizacional as agrupa ou divide.
A apropriação do custo de uma especialidade envolve seu próprio custo e de outras
especialidades agregadas pela polivalência.
35
4 MANUTENÇÃO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA
Fonte: Internet
5 CALDEIRAS
Fonte: Internet
5.1 IMPUREZAS
Figura 10 - Caldeira
Fonte: Internet
Nos casos em que houver um acúmulo excessivo de lama, a caldeira não irá
permitir uma extração de fundo eficiente na área onde a lama é formada, ou as
extrações de fundo serão inadequadas.
deve ser mantido acima de 10 para assegurar uma melhor remoção do cálcio, e no
máximo de 11 para evitar concentrações elevadas de soda cáustica.
Esse tipo de controle tem a vantagem de evitar eficientemente incrustações,
tanto de cálcio como de magnésio, por precipitá-los de forma floculenta, não
aderente, facilmente eliminado das caldeiras, por meio de purgas de sua água. A
sua principal desvantagem é a de oferecer o perigo de altas concentrações de soda
cáustica, principalmente nas zonas de alta transferência de calor, com consequente
corrosão.
6 EQUIPAMENTOS
esteja fazendo o trabalho de cabos ou amarras, afim de que seja feita a lubrificação
dos mancais e engrenagens.
•Observar sempre quando o equipamento estiver funcionando, se existe
qualquer barulho estranho ou aquecimento excessivo nas partes que se atritam.
53
CONSIDERAÇÕES FINAIS
prejuízos muito além do previsto. Com isso, ao aplicarmos uma manutenção eficaz,
estabelecida em um plano de manutenção bem elaborado, conseguiremos alcançar
a confiabilidade e a disponibilidade exigidas para as máquinas e equipamentos de
bordo.
O maquinista deve estar sempre atento a ruídos não rotineiros, a vibrações
excessivas, a temperaturas, pressões e a velocidades ou rotações anormais que
devem ser observadas nas máquinas existentes a bordo. Estes cuidados foram
destacados neste trabalho, nos motores de combustão principal que são
responsáveis por gerar a força para propulsão das embarcações e nas caldeiras que
são responsáveis por gerar vapor para as turbinas ou para serviços de hotelaria.
Contudo, além da manutenção, é fundamental que haja um entendimento e
trabalho de equipe entre toda a tripulação a fim de estabelecer uma comunicação
para que nenhum deslize, mesmo que pequeno, comprometa a segurança de todos
a bordo devendo assim, haver sempre uma comunicação entre os oficiais da praça
de máquinas e o passadiço para que sejam realizados os devidos procedimentos de
navegação ou pedido de socorro à outra embarcação a tempo de evitar um acidente
e com isto salvaguardar a vida humana no mar, prevenir a poluição do ambiente e
selar pela integridade da embarcação.
55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS