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Albertina 1

O relatório científico aborda a importância da drenagem pluvial na urbanização, destacando sua função na prevenção de alagamentos e na proteção da saúde pública e meio ambiente. Também diferencia esgoto sanitário de águas pluviais, enfatizando a necessidade de sistemas de drenagem adequados e seu dimensionamento hidráulico. Conclui-se que a gestão eficiente desses sistemas é crucial para a qualidade de vida nas cidades.

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O relatório científico aborda a importância da drenagem pluvial na urbanização, destacando sua função na prevenção de alagamentos e na proteção da saúde pública e meio ambiente. Também diferencia esgoto sanitário de águas pluviais, enfatizando a necessidade de sistemas de drenagem adequados e seu dimensionamento hidráulico. Conclui-se que a gestão eficiente desses sistemas é crucial para a qualidade de vida nas cidades.

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RELATÓRIO CIENTÍFICO

Discentes: Albertina Bernardo

Nº 59613

Sala: 41

Curso: Arquitetura e urbanismo

Disciplina: Instalações Prediais Hidrossanitárias

Docente

__________________________

MESSA NDOPETELO LEONARDO

Abril, 2025
ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO
2. A IMPORTÂNCIA DA DRENAGEM PLUVIAL
3. DIFERENÇA ENTRE ESGOTO SANITÁRIO E ÁGUAS PLUVIAIS
3.1 Características do Esgoto Sanitário
3.2 Características das Águas Pluviais
4. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS
1. Introdução
A urbanização crescente e o adensamento populacional tornam indispensável
a implantação de sistemas de drenagem urbana eficientes. A gestão das águas
pluviais é uma necessidade para garantir a segurança, o conforto e a saúde
pública das populações urbanas. Dentro desse contexto, as normas técnicas
fornecem diretrizes fundamentais para a elaboração de projetos adequados,
sendo a ABNT NBR 10844:1989 — Sistemas de drenagem urbana — Projeto e
execução uma das principais referências.
Este trabalho tem como objetivo abordar a importância da drenagem pluvial, a
diferença conceitual entre esgoto sanitário e águas pluviais, bem como
apresentar noções básicas sobre o dimensionamento hidráulico de sistemas de
drenagem.
2. Importância da Drenagem Pluvial no nosso bairro, município e cidade
A drenagem pluvial consiste no conjunto de técnicas e obras destinadas a
captar, transportar e dispor de maneira adequada as águas das chuvas.
Quando bem planejada, ela previne alagamentos, erosões, danos a vias
públicas, degradação ambiental e prejuízos econômicos.
De acordo com a ABNT NBR 10844:1989, um sistema de drenagem eficiente
deve ser projetado considerando fatores como intensidade de precipitação,
topografia local, uso e ocupação do solo. Sua importância se destaca nos
seguintes aspectos:
 Saúde pública: Evita a proliferação de doenças transmitidas pela água,
como leptospirose e dengue;
 Proteção do meio ambiente: Reduz a contaminação dos corpos de água
naturais, preservando ecossistemas;
 Infraestrutura urbana: Minimiza o desgaste de ruas, calçadas e redes de
saneamento;
 Segurança e bem-estar: Reduz riscos de acidentes, perdas materiais e
deslocamento de moradores em áreas vulneráveis.
Segundo Pinto (2012), "a drenagem urbana deve ser tratada como parte
integrante do planejamento urbano, e não como solução isolada de problemas
de enchentes" (PINTO, 2012, p. 48).Portanto, investir em sistemas de
drenagem é investir na qualidade de vida da população e na sustentabilidade
das cidades.

Quando as chuvas excedem a capacidade da rede de drenagem, as águas

superficiais inundam ou causam inundações nos rios. Uma das tarefas mais

importantes para os planejadores da cidade é manter um sistema de drenagem

que possa lidar com transbordamentos.

Em cidades com grande população, como Nova York e Tóquio, uma

precipitação média fará com que mais de um bilhão de toneladas de água

superficiais por ano escoam para os rios e esgotos. Isso leva a altos níveis de

descarga de esgoto bruto, o que ameaça a saúde pública e limita a navegação

em portos e hidrovias.
Fonte: Envato

O tipo mais comum de sistema de drenagem é o sistema de gerenciamento de

águas pluviais, que usa recursos naturais como coleta e armazenamento de

água da chuva, desenvolvimento de terras, pavimentação impermeável e

telhados verdes para filtrar os poluentes da água da chuva antes que ela entre

em um ralo ou potencialmente em rios ou riachos que levam a corpos d’água

naturais.

Este tipo de sistema também ajuda a reduzir as inundações ao interceptar a

água da chuva antes de entrar nos cursos d’água. Portanto, a importância da

drenagem nas cidades não pode ser subestimada, pois é um elemento

essencial para o bem-estar da população.

Se esses sistemas não forem mantidos de maneira adequada, ocorrerão

inundações e poluição da água. Isso leva a uma diminuição da qualidade de

vida para os cidadãos da cidade, bem como ao aumento dos custos de

manutenção da infraestrutura.
3.A diferença entre esgoto sanitário e aguas pluviais
A compreensão da diferença entre esgoto sanitário e águas pluviais é
fundamental para o correto dimensionamento e operação dos sistemas de
drenagem urbana.
O esgoto sanitário é composto pelos resíduos líquidos provenientes das
residências, estabelecimentos comerciais, industriais e públicos, contendo
cargas poluentes oriundas de banheiros, cozinhas e lavanderias. Seu
tratamento é essencial antes do lançamento no meio ambiente, visto seu
potencial de contaminação.
Já as águas pluviais são aquelas resultantes das precipitações atmosféricas
(chuvas) que escoam superficialmente pelas ruas, calçadas e telhados. Em
geral, possuem menor carga poluente do que o esgoto sanitário, embora
possam carregar sólidos suspensos, óleos, lixo urbano e outros contaminantes
do ambiente urbano.
De acordo com Tortella (2010), "o esgoto sanitário deve ser direcionado a
estações de tratamento específicas, enquanto as águas pluviais são
conduzidas por redes independentes, para lançamento em corpos hídricos ou
infiltração no solo" (TORTELLA, 2010, p. 23).
Assim, a separação dos sistemas de coleta é uma exigência técnica e sanitária
para garantir a eficiência dos serviços de saneamento básico, conforme
previsto na NBR 10844 e demais normas associadas.

 Esgoto Sanitário:
É o esgoto proveniente de residências, estabelecimentos comerciais, indústrias
e outras fontes.
Contém resíduos orgânicos, matéria fecal, produtos de limpeza e outros
poluentes.
É coletado por redes de esgoto, que o encaminham para estações de
tratamento (ETEs).
Após o tratamento, o esgoto sanitário pode ser devolvido ao meio ambiente de
forma segura.
Águas Pluviais:
É a água da chuva que cai sobre as superfícies urbanas, incluindo telhados,
ruas, calçadas, etc.
A água pluvial pode transportar sujeira, resíduos sólidos e outros poluentes das
ruas.
É coletada por redes de drenagem pluvial (galerias pluviais, sarjetas, bocas de
lobo, etc.).
A água pluvial é geralmente direcionada para rios, córregos, lagoas ou o mar,
sem tratamento.
Normas Técnicas
ABNT NBR 10844:1989 - Instalações Prediais de Águas Pluviais:
Esta norma estabelece os requisitos mínimos para o projeto de instalações de
drenagem de águas pluviais em edificações, incluindo critérios para o
dimensionamento de condutores, calhas e outros componentes do sistema.
DNIT 030/2004 - Especificação de Serviço para Dispositivos de Drenagem
Pluvial Urbana:
Esta norma do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)
estabelece requisitos para a execução de dispositivos de drenagem pluvial em
projetos rodoviários e urbanos, como menciona o Portal Gov.br.
Dimensionamento de condutores:
A NBR 10844 recomenda o dimensionamento de condutores com uma
declividade mínima de 0,5%, garantindo o escoamento adequado das águas
pluviais.
Qualidade do projeto e execução:
A qualidade do projeto e sua correta execução são fundamentais para o bom
funcionamento do sistema de drenagem pluvial.

 NBR 8160: Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução.


 NBR 9649: Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário.
 NBR 12209: Elaboração de projetos hidráulico-sanitários de estações de
tratamento de esgoto sanitário.
 NBR 17076: Sistemas de tratamento de efluentes sanitários - Design e
instalação.
Normas Internacionais:

 ISO 8588: Sewage pumps - Performance testing.


Importância das Normas:
Garantir a qualidade do serviço, Promover a segurança e saúde pública,
Proteger o meio ambiente, Viabilizar a eficiência dos sistemas.
É fundamental que os profissionais envolvidos na área (engenheiros,
arquitetos, instaladores, etc.) conheçam e apliquem as normas técnicas
relevantes para garantir a segurança, eficiência e conformidade com a
legislação em vigor, tanto em nível nacional como internacional.
4. Dimensionamento Hidráulico
O dimensionamento hidráulico dos sistemas de drenagem urbana é essencial
para garantir que a rede tenha capacidade de escoar as águas pluviais sem
causar alagamentos ou sobrecarga das estruturas. Para isso, utiliza-se uma
equação bastante conhecida:
Cálculo da Vazão

Vazão é a quantidade de fluido que passa por um ponto em determinado


tempo. Existem dois tipos principais:

 Vazão volumétrica (m³/s ou L/s): Volume de fluido por tempo.


 Vazão mássica (kg/s): Massa de fluido por tempo.

Para sistemas de água, usamos principalmente vazão volumétrica, calculada


por:

Q=V/t

Onde:

 Q = vazão (m³/s ou L/s)


 V = volume (m³ ou L)
 t = tempo (s)

Se o fluido estiver escoando em uma tubulação, também podemos calcular a


vazão por:

Q=A×v

Onde:

 A = área da seção transversal da tubulação (m²)


 v = velocidade do fluido (m/s)

E como a área de um tubo circular é:

A=π×((d2)/2)
d = diâmetro interno do tubo.

Exemplo rápido:

Se você tem uma tubulação de 50 mm (0,05 m) de diâmetro interno e o fluido


escoa a 2 m/s:

 Área A=3,1416×(0,05/2)2=0,001963 m2
 Vazão Q=0,001963×2=0,003926 m3/s
 Convertendo: 0,003926×1000=3,926 L/s

Aplicações do Cálculo de Vazão no Dimensionamento Hidráulico

 Determinar o diâmetro das tubulações.


 Escolher a bomba adequada.
 Estimar perdas de carga (perda de pressão ao longo da tubulação).
 Definir reservatórios e caixas d'água.

Fórmula da vazão para projetos de drenagem pluvial, usada no


dimensionamento de galerias, bocas de lobo, canais etc:

Q=C×I×A

Onde:

 Q = vazão de escoamento superficial (m³/s)


 C = coeficiente de escoamento (adimensional)
 I = intensidade da chuva (mm/h ou L/s·ha, dependendo da unidade
usada)
 A = área de drenagem (ha ou m²)

Unidades:

 Se I estiver em mm/h e A em m², normalmente convertemos para m³/s


usando o fator 1/3600.
 Se I estiver em L/s·ha e A em hectares (ha), o resultado sai direto em
L/s.

Exemplificando:

Se você tem:

 Área A=2 ha (hectares),


 Coeficiente C=0,8 (superfície muito impermeável),
 Intensidade de chuva I=150 L/s\cdotphaI

A vazão Q será:
Q=0,8×150×2=240 L/s
Cada termo representa:

 Área A: Superfície total que irá escoar água.


 Coeficiente C: Fração da água da chuva que realmente escorre (o resto
infiltra ou evapora). Valores típicos:
o Telhado: 0,9 a 1,0
o Asfalto: 0,8 a 0,9
o Grama compactada: 0,2 a 0,4
 Intensidade I: Intensidade média da chuva em um tempo específico
(vem de curvas IDF: intensidade × duração × frequência).

Exemplo:

Problema:
Um estacionamento de piso intertravado cobre uma área de 0,75 hectares.
Durante uma chuva com intensidade de 180 L/s·ha, deseja-se calcular a vazão
de escoamento superficial, considerando que o coeficiente de escoamento para
piso intertravado é 0,70.

Resolução:
Usando a fórmula Q=I×A×C

Q=180×0,75×0,70
Q=94,5L/s

Resposta:
A vazão de escoamento é 94,5 L/s.

Assim, a vazão de projeto para este lote seria aproximadamente 0,047 metros
cúbicos por segundo.Este tipo de cálculo é fundamental para definir o diâmetro
das tubulações, dimensionar bocas de lobo, galerias de águas pluviais e outros
elementos do sistema de drenagem.
Segundo a ABNT NBR 10844:1989, o dimensionamento deve considerar ainda
outros fatores, como o tempo de concentração, o tipo de solo e as condições
de ocupação da bacia de drenagem.
Conclusão

Conclui-se que a drenagem pluvial é um componente vital no ordenamento


urbano, pois sua ausência ou má gestão gera impactos socioeconômicos
severos. A pesquisa reforçou que esgoto sanitário e águas pluviais são
sistemas distintos que, quando corretamente separados, garantem maior
eficiência e segurança ambiental. O estudo do dimensionamento hidráulico
demonstrou a necessidade de cálculos precisos para a durabilidade e eficácia
das redes de drenagem. Portanto, é imperativo que gestores públicos priorizem
investimentos contínuos em sistemas de drenagem, promovendo cidades mais
resilientes e saudáveis.
Referencia bibliográfica

https://brazabe.com.br/importancia-da-drenagem-para-as-cidades-2/

https://degraus.com.br/drenagem-de-aguas-pluviais-entenda-como-

funciona/

https://www.aguasdematao.com.br/rede-pluvial-e-rede-de-esgoto-

voce-sabe-a-diferenca/

https://ecivilufes.wordpress.com/wp-content/uploads/2013/06/nbr-

10844-1989-instalac3a7c3b5es-prediais-de-c3a1guas-pluviais.pdf

https://www.normas.com.br/visualizar/abnt-nbr-nm/5225/abnt-

nbr8160-sistemas-prediais-de-esgoto-sanitario-projeto-e-execucao

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