Respostas 2
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Atenciosamente,
Paula
Bons estudos!
Equipe Ênfase.
Atenciosamente, Paula
Tal limitação encontra-se prevista na parte final do dispositivo (art. 5º, parágrafo único,
inciso I do CC):
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada
à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o
tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
Atenciosamente,
Paula
Nesse sentido:
Atenciosamente,
Paula
Nesse sentido (Filho, Sergio C. Programa de Direito do Consumidor. (6th edição). Grupo
GEN, 2022. pág. 258):
Esse dispositivo guarda semelhança com o art. 940 do Código Civil: “Aquele que
demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas
ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o
dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se
houver prescrição”. Tem, todavia, características próprias, como se denota cotejando as
duas normas. Para o CDC bastará que o consumidor tenha sido cobrado (judicial ou
extrajudicialmente – usa-se ali o verbo cobrar), enquanto pelo Código Civil será preciso
cobrança judicial (refere-se a demandar), vale dizer, ação de cobrança pelo menos
ajuizada. O consumidor, todavia, só terá direito à devolução em dobro daquilo que
efetivamente tiver pago em excesso ou indevidamente, não bastando a simples cobrança,
como no regime civil. Por último, e esta é a mais importante diferença, o Código Civil
exige má-fé do credor. A questão já estava sumulada no Supremo Tribunal Federal
(Súmula nº 159) na vigência do Código Civil de 1916 e quando a matéria era ainda da sua
competência, no sentido de ser necessária a má-fé: “cobrança excessiva, mas de boa-fé,
não dá lugar às sanções do art. 1.531 do Código Civil”. O Superior Tribunal de Justiça
adotou a mesma orientação em inúmeros julgados.74 No Código de Defesa do
Consumidor, a pena pela cobrança indevida é bem mais rigorosa porque basta a
cobrança indevida; não exige a má-fé. Para se eximir da pena terá o fornecedor (credor)
que provar o engano justificável, e este só ocorre quando não houver dolo ou culpa. Não
caracteriza engano justificável o erro de cálculo, falha na computação, mau
funcionamento da máquina, demora do correio etc.
Atenciosamente,
Paula
Sua finalidade é assegurar que o viúvo ou viúva permaneça no local em que antes residia
com sua família, garantindo-lhe uma moradia digna.
Atenciosamente,
Paula
Atenciosamente,
Paula
Para as ações que visam a fixação da prestação alimentar aplica-se o previsto no art.
292, III do CPC.
Atenciosamente,
Paula
Nesse sentido:
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Paula
Atenciosamente,
Paula
A princípio, aplica-se o previsto no CDC, visto que é lei especial em relação ao CC, e pelo
princípio da especialidade a lei geral não derroga a especial (art. 2º, §2º da LINDB).
Dito isso, o art. 7º do CDC prevê que os direitos previstos neste código não excluem
outros, possibilitando que uma norma mais favorável ao consumidor seja aplicável ainda
que esteja prevista fora do CDC.
Assim sendo, tem-se admitido o diálogo das fontes para proteger o consumidor,
aplicando-se normas previstas no Código Civil em relações de consumo quando mais
benéfico ao consumidor, inclusive em questões atinentes aos prazos prescricionais.
Atenciosamente,
Paula
Olá, Ivan! Tudo bem?
Não sei se entendi o seu questionamento, portanto se permanecer dúvida peço que
reformule a pergunta.
Havendo o julgamento procedente dos embargos à execução fiscal (em que se executa
dívida tributária ou não) se proferirá uma decisão contrária à Fazenda Pública, portanto
será hipótese de remessa necessária por força do art. 496, II do CPC. Isso ocorre porque
a execução fiscal só pode ser promovida pela fazenda, de modo que os embargos
configuram a defesa do executado e, sendo julgados procedentes, serão contrários aos
interesses fazendários.
Atenciosamente,
Paula
O juiz não está vinculado aos fundamentos jurídicos utilizados pelo autos, podendo decidir
com base em fundamento diverso, desde que oportunizadas as partes a oportunidade de
se manifestar, conforme art. 10 do CPC.
Atenciosamente,
Paula
Atenciosamente,
Paula
Dito isso, a sub-rogação possui seus efeitos previstos no art. 349 do Código Civil:
Atenciosamente,
Paula
Inicialmente é preciso ressaltar que para a alteração do registro civil para mudança de
nome e ou gênero nem mesmo a existência de processos criminais, trabalhistas ou
inscrição em cadastro de inadimplentes impedem a retificação do registro.
Nesse sentido, consignou o Ministro Luiz Fux em seu voto na ADI 7275/DF:
É sabido que a alteração do registro civil para mudança do nome, em todas as diversas
hipóteses juridicamente admissíveis, pode acarretar alguns riscos à segurança jurídica de
terceiros interessados, como credores e herdeiros. Nesses casos, em um juízo de
ponderação, a segurança jurídica cede espaço para a dignidade, havendo mecanismos
de mitigação dos riscos, tais como a manutenção do número de inscrição no cadastro de
pessoa física (CPF), do número da carteira de identidade e de outros dados registrais,
como filiação.
Por fim, obrigações propter rem são aquelas que recaem sobre a pessoa em decorrência
da titularidade da coisa, ou seja, obrigações que nascem independentemente da vontade
sendo atreladas à titularidade da coisa. Na hipótese, as dívidas pretéritas são mera
relação obrigacional e não há sequer alteração do polo da relação jurídica anteriormente
estabelecida entre credor e devedor, mas tão somente alteração da denominação do
devedor.
Atenciosamente,
Paula
I – que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e cultural, os seus costumes e
tradições, bem como suas instituições, desde que não sejam incompatíveis com os direitos
fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela Constituição Federal; (Incluído pela Lei nº 12.010,
de 2009.)
Assim, quando se trata da relação indigenista o inciso III prevê a necessária a oitiva de
representantes do órgão federal responsável pela política indigenista e de antropólogos, perante a
equipe interprofissional.
Tal necessidade pode ser analogicamente trazida para a relação dos remanescentes de quilombo
e toda comunidade tradicional
Atenciosamente,
Paula
A doutrina não elenca a responsabilidade pelo fato de animal dentre as hipóteses em que
seria aplicável a teoria do risco integral, justamente porque o legislador trouxe hipóteses
de exclusão do nexo causal: fato exclusivo da vítima ou força maior.
Configuraria hipótese decorrente da teoria do risco criado, presente nos casos em que o
agente cria o risco, decorrente de outra pessoa ou de uma coisa. Assim, o responsável é
a pessoa que assume o risco criado pela coisa que tem a seu serviço ou para sua
recreação.
Vale ressaltar que Cavaliere Filho, ao tratar da responsabilidade pelo fato dos animais
prevê que se trata de uma hipótese de responsabilidade ainda mais forte, contudo não a
elenca dentro da responsabilidade pelo risco integral (Filho, Sergio C. Programa de
Responsabilidade Civil. 16th edição. Grupo GEN, 2023. Pág. 294):
O art. 936 não mais admite ao dono ou detentor do animal afastar sua responsabilidade
provando que o guardava e vigiava com cuidado preciso, ou seja, provando que não teve
culpa. Agora, a responsabilidade só poderá ser afastada se o dono ou detentor do animal
provar fato exclusivo da vítima ou força maior. Temos, destarte, uma responsabilidade
objetiva tão forte que ultrapassa os limites da teoria do risco criado ou do risco-proveito.
Tanto é assim que nem todas as causas de exclusão do nexo causal, como o caso fortuito
e o fato de terceiro, afastarão a responsabilidade do dono ou detentor do animal. A vítima
só terá que provar o dano, e que este foi causado por determinado animal. A defesa do
réu estará restrita às causas especificadas na lei, e o ônus da prova será seu. Não estará
afastada, a toda evidência, a defesa fundada no fato de não ser dono nem detentor do
animal.
Atenciosamente,
Paula
Atenciosamente,
Paula
O Código Civil aponta que sejam consideradas mortes presumidas as situações que
autorizam a abertura da sucessão definitiva. Assim, o art. 6º prevê:
“Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.”
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser
requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a
data provável do falecimento.”
Nos casos em que é necessária a prévia declaração de ausência, dez anos depois de
passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória do
ausente, poderão os interessados requerer a SUCESSÃO DEFINITIVA (art. 37). Também
pode ser requerida a sucessão definitiva, uma vez provado que o ausente conta com 80
anos de idade e que de cinco datam suas últimas notícias (art. 38). Nesse momento há a
possibilidade de reconhecimento presumido da morte.
Atenciosamente,
Paula
Contudo, conforme previsto no Provimento 82/2019 do CNJ poderá ser requerida, perante
o Oficial de Registro Civil competente, a averbação no registro de nascimento e no de
casamento das alterações de patronímico dos genitores em decorrência de casamento,
separação e divórcio, mediante a apresentação da certidão respectiva.
Deste modo, sendo os filhos menores de idade a genitora pode pedir a averbação no
registro dos filhos para que conste a alteração do próprio nome. Tratando-se de filhos
maiores a retificação do registro depende da manifestação do filho.
Atenciosamente,
Paula
O § 3º do art. 55 do CPC permite a reunião para julgamento conjunto dos processos que
possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos
separadamente ainda que não exista conexão entre eles.
Tal dispositivo se aplica aos casos que têm como ponto de partida uma mesma lesão ou
ameaça a direito envolvendo diversos interessados e que, não obstante, precisam ser
homogeneamente resolvidos e poderia ser aplicado ao caso dos expurgos inflacionários.
2. A ausência de decisão acerca dos dispositivos legais indicados como violados, não
obstante a interposição de embargos de declaração, impede o conhecimento do recurso
especial.
4. Ainda que haja conexão entre as ações, ela não determina a reunião dos processos, se
um deles já foi julgado. Precedentes.
Precedentes.
Atenciosamente,
Paula
A arbitragem, por outro lado, embora seja um meio alternativo de solução configura meio
de heterocomposição (terceiro decide a lide), mas foge à regra do exercício da jurisdição
pelo Judiciário.
Atenciosamente,
Paula
Atenciosamente,
Paula
Contudo, como a culpa é meramente pessoal, se for de um só, somente ele ficará
responsável pelo pagamento das perdas e danos, ficando exonerados dessa
responsabilidade os demais, não culpados (CC, art. 263, § 2º), que responderão, no
entanto, pelo pagamento de suas quotas (art. 234).
Portanto, se só um for culpado, só ele ficará responsável pelo prejuízo, restando dessa
responsabilidade exonerados os demais, não culpados. Mas exonerados, tão somente,
das perdas e danos, não do pagamento de suas cotas
Atenciosamente,
Paula
O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela
parte que lhes caiba.
Dito isso, embora o Código não contenha regra expressa sobre essa divisibilidade, ela
resulta da própria natureza da obrigação. A solidariedade existe só em função da
exigibilidade do crédito ou do seu implemento pelo devedor. Entre os cocredores, para o
efeito do reembolso, aplica-se a regra geral da divisão do débito.
Portanto, a remissão levada a efeito pelo credor solidário libera o devedor, mas o
remitente se coloca no lugar deste, no tocante às QUOTAS DOS OUTROS CREDORES,
que não podem perder o que, por lei ou convenção, lhes pertence, sem ato seu.
Atenciosamente,
Paula
Art. 33. A parte interessada poderá pleitear ao órgão do Poder Judiciário competente a
declaração de nulidade da sentença arbitral, nos casos previstos nesta Lei.
Na hipótese, a parte sucumbente pode propor perante o Judiciário uma ação com vistas a
anular a sentença arbitral, desde que sua ação seja fundamentada em uma das hipóteses
previstas no art. 32 da Lei de Arbitragem e que o faça dentro do prazo decadencial de 90
dias.
No ponto, cumpre observar que as vias predispostas para impugnar sentenças arbitrais
são duas: a impugnação ao cumprimento de sentença (art. 33, § 3º, da Lei nº 9.307/1996)
e a ação de nulidade (art. 33, § 1º, da Lei nº 9.307/1996).
Dito isso, o entendimento do STJ é de que embora o prazo de 90 dias tenha sido previsto
para a ação de nulidade com fundamento nas hipóteses previstas no art. 32 da Lei de
Arbitragem, o mesmo prazo também se aplica para a alegação das mesmas hipóteses do
art. 32 em sede de impugnação ao cumprimento de sentença arbitral.
Assim sendo, aludido prazo é decadencial, findo o qual não será possível suscitar as
matérias previstas no art. 32 da Lei de Arbitragem.
b) A sentença arbitral deve estabelecer o prazo para o seu cumprimento, por força do art.
26, III, da Lei de Arbitragem. Não havendo o cumprimento voluntário, é necessário buscar
judicialmente o cumprimento forçado seguindo o procedimento do art. 523 do CPC.
Isso não se confunde com prazo prescricional, que não pode ser alterado por vontade das
partes (art. 192 do CC), de modo que na hipótese de execução de uma sentença arbitral
se aplica a regra segundo a qual prescreve a execução no mesmo prazo de prescrição da
ação. Portanto, será preciso analisar qual a pretensão que foi reconhecida no título e
aplicar os prazos previstos no art. 205 do CC.
Atenciosamente,
Paula
Nesse sentido:
Atenciosamente,
Paula
Não, a cobrança não é direcionada ao beneficiário do plano de saúde, mas tão somente
em relação a operadora.
Art. 32. Serão ressarcidos PELAS OPERADORAS dos produtos de que tratam o inciso I e
o § 1o do art. 1o desta Lei, de acordo com normas a serem definidas pela ANS, os serviços
de atendimento à saúde previstos nos respectivos contratos, prestados a seus
consumidores e respectivos dependentes, em instituições públicas ou privadas,
conveniadas ou contratadas, integrantes do Sistema Único de Saúde - SUS.
Atenciosamente,
Paula
Não será admissível reclamação ajuizada para impugnar decisão judicial já transitada em
julgado (art. 988, § 5º, I, e Enunciado nº 734 da súmula do STF). Assim, é preciso que a
reclamação seja proposta dentro do prazo para interposição de recurso contra a decisão
impugnada, ou quando ainda pendente de julgamento tal recurso. O fato de ser tal
recurso, posteriormente, declarado inadmissível ou improcedente não prejudica a
reclamação (art. 988, § 6º), que ainda assim poderá ser julgada. Provido que seja o
recurso, porém, e anulada ou reformada a decisão impugnada, a reclamação estará
prejudicada. No caso específico de reclamação contra decisão que contraria precedente
fixado em recurso extraordinário (repetitivo ou não, sendo certo que o texto normativo fala
em “recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida”, mas, sendo a
repercussão geral da questão constitucional um requisito de admissibilidade, não há
julgamento de mérito em recurso extraordinário sem que se tenha reconhecido a
repercussão geral) ou em recurso especial repetitivo, só se admite o emprego dessa via
processual após o esgotamento das vias ordinárias (art. 988, § 5º, II, na redação da Lei nº
13.256/2016). Em outros termos, caso se profira decisão que contrarie algum desses
precedentes, será preciso primeiro exaurir as instâncias ordinárias (com a interposição de
todos os recursos aí admissíveis, como a apelação, por exemplo) e, depois, caso mantido
o julgado contrário ao padrão decisório, aí sim impetrar-se a reclamação. (Câmara,
Alexandre F. Manual de Direito Processual Civil. E-book (2ª edição). Grupo GEN, 2023.
Pág. 962)
Atenciosamente,
Paula
Olá, Nathalia! Tudo bem?
Nos termos literais do que consta do art. 26, § 2º, do CDC, tais prazos podem ser
obstados. Trata-se de uma exceção à regra segundo a qual o prazo decadencial não pode
ser impedido, suspenso ou interrompido, como consta do art. 207 do CC/2002. Diverge a
doutrina se tal obstação constituiria uma suspensão ou uma interrupção.34
Atenciosamente,
Paula
Nesse sentido:
2. O art. 19, caput, parte final, da Lei n. 5.478/1968 foi tacitamente revogado pelo art. 528,
§ 3º, do CPC/2015, prevalecendo no ordenamento jurídico pátrio o prazo máximo de
prisão civil de 3 (três) meses proveniente de cumprimento de sentença de prestação
alimentícia, definitiva ou provisória, em observância ao critério cronológico de solução de
conflito aparente de normas previsto no art. 2º, § 1º, da LINDB, dada a superveniência da
lei processual e a incompatibilidade entre os dispositivos legais coexistentes.
(HC n. 808.009/PB, relator Ministro Marco Aurélio Bellizze, Terceira Turma, julgado em
25/4/2023, DJe de 28/4/2023.)
Atenciosamente,
Paula
Por outro lado, se extinta a dívida, opera-se a resolução da propriedade, que se torna
plena para o devedor alienante.
Atenciosamente,
Paula
As hipóteses previstas no art. 1.638 do CC, não exige o trânsito em julgado da sentença
condenatória. Inclusive, há doutrina que entende que para a aplicação dessas hipóteses
sequer seria necessária a condenação criminal, sendo possível a apuração, apenas para
fins de perda do poder familiar, no juízo cível.
Tal entendimento tem como orientação o fato de que tais hipóteses de perda do poder
familiar na esfera penal estaria previstas no art. 92, II do CPB, sendo exigida a previsão
expressa na sentença condenatória. Assim sendo, se a hipótese fosse apenas decorrente
de sentença penal não haveria necessidade de repetir a regra no CC, salvo se fosse para
permitir a aplicação diretamente no juízo civil.
Atenciosamente,
Paula
Do mesmo modo, podemos dizer que a relatividade dos efeitos do contrato também será
influenciada pelo princípio da função social, nesse sentido o enunciado 21 do CJF.
Atenciosamente,
Paula
Nesse sentido:
Portanto, para sua aplicação os contratos devem ser a prazo, ou de duração. O contrato
de cumprimento instantâneo, como é elementar, não se amolda à problemática da
excessiva onerosidade. Esta surge com o decorrer de certo tempo, ainda que muito
próxima à feitura do contrato. O fato deve ser imprevisto e imprevisível aos contratantes.
Se algum deles já souber de sua existência ou ocorrência, o enfoque desloca-se para os
vícios de vontade. O campo de atuação é dos contratos bilaterais comutativos, ou
unilaterais onerosos. A onerosidade, como a própria denominação está a dizer, é
essencial. Não se aplica, em linha geral, aos contratos aleatórios, embora possamos
defender a onerosidade excessiva se o fato imprevisível nada tem a ver com a álea
propriamente dita do contrato, isto é, fatores estranhos aos riscos próprios do contrato.
Aliás, a dicção da segunda parte do art. 1.198 do Código Civil argentino é expressa em
descrever, com minúcias, os contratos atingidos pelo princípio, o que é mantido pelo
código atual. (Venosa, Sílvio de S. Direito Civil: Contratos. v.3. Grupo GEN, 2023. Pág.
127)
Atenciosamente,
Paula
CPC: Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou
consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.
Atenciosamente,
Paula
O caput do art. 249 do CC permite que, ante o inadimplemento, o credor possa buscar
que a prestação venha a ser cumprida por terceiro, a expensas do substituído. Para tanto,
ele deve buscar essa autorização judicialmente.
O parágrafo único do mesmo dispositivo, por outro lado, possibilita ao credor, em caso de
urgência e sem necessidade de autorização judicial, executar ou mandar executar a
prestação por terceiro, pleiteando posteriormente o ressarcimento.
Fonte: Goncalves, Carlos R. Direito Civil Brasileiro: Teoria Geral das Obrigações. v.2.
Editora Saraiva, 2023. Pág. 42.
Atenciosamente,
Paula
( ) Por ser a nota promissória documento com conteúdo literal, não se presume a cláusula
sem garantia quando for endossada pelo beneficiário.
( ) Nos títulos de crédito causais e à ordem, como a duplicata, não se aplica o princípio da
abstração no momento da circulação.
GABARITO: C
Fonte:
https://conhecimento.fgv.br/sites/default/files/concursos/prefeituracuiaba_fazenda/
201506__Auditor_Fiscal_Tributario_da_Receita_Municipal_(Manha)_(NS001)_Tipo_1.pdf
https://conhecimento.fgv.br/sites/default/files/concursos/prefeituracuiaba_fazenda/
cuiaba2016_auditor_gabarito_definitivo.pdf
Atenciosamente,
Paula
Sim, na solidariedade ativa concorrem dois ou mais credores, podendo qualquer deles
receber integralmente a prestação devida. O devedor libera-se pagando a qualquer dos
credores, que, por sua vez, pagará aos demais a quota de cada um.
Atenciosamente,
Paula
Por outro lado, não há solidariedade ativa, visto que não há cláusula de solidariedade,
aplicando-se as normas relativas às obrigações indivisíveis.
Questão
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: Senado Federal Prova: FGV - 2022 - Senado Federal -
Consultor Legislativo - Direito Civil, Processual Civil e Agrário
Maria e Rejane celebraram contrato de promessa de compra e venda de imóvel com
Jorge, Lucas e Zózimo, por instrumento particular, sem levá-lo a registro, nos seguintes
termos:
1. Maria e Rejane se obrigaram, solidariamente, a pagar aos irmãos Jorge, Lucas e
Zózimo o valor de R$600.000,00 (seiscentos mil reais), à vista, na data da celebração
do acordo.
2. Em contrapartida, Jorge, Lucas e Zózimo, coproprietários do imóvel, obrigaram-se, sem
cláusula de solidariedade (i) a entregar a chave do apartamento no prazo de 10 (dez)
dias contados da data da assinatura do contrato; e (ii) a realizarem a outorga da escritura
pública definitiva de compra e venda, no prazo de dez dias após a imissão das
promitentes compradoras na posse do imóvel.
Diante do caso acima, assinale a afirmativa correta. (...)
Atenciosamente,
Paula
Assim sendo, pessoa jurídica de direito privado não poderia adotar tal modalidade de
intervenção, ainda que se trata-se de empresa que não atue em regime de concorrência
pois não foram previstas pela hipótese legal.
Atenciosamente,
Paula
3.1 De acordo com a jurisprudência do STJ, estando em curso a lide, inexiste preclusão
pro judicato para apreciação de competência absoluta. Precedentes.
Atenciosamente,
Paula
Assim sendo, mesmo se tratar de causa envolvendo bem da união situado em outro
estado da federação ou mesmo se houver seção judiciária no local de domicílio do autor,
o mesmo poderá escolher o foro dentro das possibilidades previstas no § 2º.
Art. 109 (…) §2º As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção
judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que
deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.
Por fim, cumpre mencionar que há controvérsia quando se trata de competência dos
Juizados Especiais Federais, visto que a Lei 10.259/01 prevê a competência absoluta do
foro onde estiver instalada Vara do JEF. A questão, contudo está pendente de julgamento(
RE 1426083).
Atenciosamente,
Paula
LINDB:
Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.
§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível
ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
Atenciosamente,
Paula
Não, o art. 932 do CPC prevê hipóteses em que o relator profere decisões terminativas ou
mesmo de mérito:
Atenciosamente,
Paula
No âmbito obrigacional, o Código Civil Brasileiro trata da sub-rogação pessoal ativa, que
vem a ser a substituição em relação aos direitos relacionados com o crédito, em favor
daquele que pagou ou adimpliu a obrigação alheia, de terceira pessoa. A matéria consta
dos arts. 346 a 351 do CC.
A sub-rogação real ou objetiva, ou seja, a substituição de uma coisa por outra, não é
estudada no direito obrigacional, interessando principalmente em alguns casos
envolvendo o Direito de Família e o Direito das Sucessões. É o que ocorre se forem
substituídos os vínculos restritivos de inalienabilidade, impenhorabilidade e
incomunicabilidade de um imóvel a outro (art. 1.848, § 2º).
Atenciosamente,
Paula
O link permanece o mesmo, sugiro que verifique se seu navegador está bloqueando o
download do arquivo.
https://rbdcivil.emnuvens.com.br/rbdc/article/download/365 /274
Atenciosamente,
Paula
Por exemplo, o endereço indicado foi Rua José da Silva na cidade de Bom Riacho,
contudo a cidade não possui tal rua, mas possui uma Avenida José da Silva e uma
Travessa José da Silva.
Dito isso, trata-se de uma hipótese em que, em razão da imprecisão, os resultados que
podem ser obtidos são plurais, aplicando-se a regra do art. 327 parágrafo único do CC
que determina a escolha pelo credor.
Atenciosamente,
Paula
A princípio, havendo conexão entre ação anulatória de débito fiscal e execução fiscal,
haverá a conexão, devendo as ações serem reunidas para julgamento conjunto a fim de
evitar decisões contraditórias (AgInt no AREsp n. 1.064.761/PE).
Nesses casos, embora não seja permitida a reunião dos processos, havendo
prejudicialidade entre a execução fiscal e a ação anulatória, cumpre ao juízo em que
tramita o processo executivo decidir pela suspensão da execução, caso verifique que o
débito está devidamente garantido, nos termos do art. 9º da Lei 6.830/80 (CC
200900968895).
Vale ressaltar, entretanto, que tal impossibilidade de reunião se aplica apenas quando o
juízo a que distribuída a execução fiscal, e que tenha competência absoluta para
conhecê-la, pretenda declinar a competência para o juízo não competente, mas que
recebeu com precedência, a distribuição de ação anulatória fiscal sobre o mesmo débito.
O STJ entende que haverá conexão entre a ação anulatória e a execução, em razão da
prejudicialidade, determinando a reunião dos processos para julgamento conjunto. Essa
conexão encontra-se prevista no NCPC que, no art. 55, § 2º, I, dispõe aplicar-se a
conexão “à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo
ato jurídico”.
Entretanto, se as ações correrem em vara especializada, em razão da competência
absoluta, não poderá haver reunião de processos.
(Júnior, Humberto T. Lei de execução fiscal. Disponível em: Minha Biblioteca, (14th
edição). Editora Saraiva, 2022. Pág. 187)
Atenciosamente,
Paula
Nesse sentido:
Atenciosamente,
Paula
1) O parágrafo primeiro do art. 915 do CPC, estabelece a regra de que havendo mais de
um executado, o prazo de embargos será contado separadamente para cada um deles, a
partir da respectiva citação.
Portanto, sendo vários os intimados a cumprir a sentença, o prazo de 15 dias para que o
débito exequendo seja pago sem acréscimo da multa de 10% (art. 523, caput) contar-se-á
individualmente para cada litisconsorte passivo a partir da juntada do respectivo
comprovante da citação.
2) Em relação ao art. 915, §2º do CPC, é preciso ressaltar que quando a penhora é
realizada em comarca estranha ao foro da causa (art. 845, § 2º), diz o Código que se dará
“a execução por carta” e a competência para processar e julgar os embargos caberá ora
ao juízo deprecado, ora ao deprecante, conforme a matéria debatida (art. 914, § 2º).
Nesse caso, a contagem do prazo será de acordo com o art. 915,§2º, I do CPC, se
iniciando com da juntada da juntada na carta precatória da certificação da citação.
Art. 915 (…) § 2º Nas execuções por carta, o prazo para embargos será contado:
I - da juntada, na carta, da certificação da citação, quando versarem unicamente
sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens;
Para tal hipótese, o § 2º, II, do art. 915 do CPC/2015 adota uma precaução para que o
andamento da execução não sofra maiores embaraços. Ao juiz deprecado incumbe
comunicar imediatamente a realização da citação, e da juntada aos autos principais dessa
comunicação será contado o prazo para embargos, sem depender do retorno efetivo da
carta precatória. Se houver omissão da parte do deprecado quanto ao informe do
cumprimento da citação, o prazo para os embargos começará a correr da juntada da
precatória cumprida aos autos da execução.
Art. 915 (…) § 2º Nas execuções por carta, o prazo para embargos será contado:
(…) II - da juntada, nos autos de origem, do comunicado de que trata o § 4º deste artigo
ou, não havendo este, da juntada da carta devidamente cumprida, quando versarem
sobre questões diversas da prevista no inciso I deste parágrafo.
Contudo, se por algum motivo o juízo deprecado falhar e não comunicar o cumprimento
da citação ao juízo deprecante, o prazo será da juntada da carta precatória aos autos
principais (juízo deprecante).
4) Em relação à moratória legal do art. 916 do CPC, o juiz indeferirá a proposta quando
não forem atendidos os requisitos legais, tendo em vista que a sua concessão não é ato
discricionário do juiz.
O parcelamento deve ser requerido em petição simples, no bojo dos autos da execução.
Ouvido o exequente, para cumprir-se o contraditório, verificará o juiz a observância das
exigências do caput do art. 916. Estando satisfeitas, proferirá decisão interlocutória, no
prazo de cinco dias (art. 916, § 1º, do CPC/2015), com que deferirá o parcelamento. Não
se trata de ato discricionário do juiz. (Júnior, Humberto T. Curso de Direito Processual Civil
- Vol. 3. Disponível em: Minha Biblioteca, (55th edição). Grupo GEN, 2021. Pág. 595)
5) O art. 917, §1º do CPC, permite que a penhora e a avaliação, quando ocorridas
supervenientemente aos embargos do executado (casos como o de substituição,
ampliação ou renovação da penhora), ou quando somente realizadas depois de esgotado
o prazo para os embargos por motivo relacionado com os próprios serviços forenses, não
sejam tratadas como matéria própria para segundos embargos.
Assim sendo, tal matéria pode ser alegada em embargos à execução, contudo, caso já
tenha transcorrido o prazo para embargos ou já tenham sido propostos, o legislador
permite que sejam também alegadas por simples petição nos autos da execução.
Colaciono passagem da doutrina de Humberto Teodoro em razão da clareza da
elucidação:
(...)
(CPC/2015, arts. 847, § 4º, e 874).(Júnior, Humberto T. Curso de Direito Processual Civil -
Vol. 3. Disponível em: Minha Biblioteca, (55th edição). Grupo GEN, 2021. Pág. 583)
Atenciosamente,
Paula
O prazo prescricional não pode ser alterados por acordo das partes, o que pode ocorrer é
existir um prazo prescricional diverso, previsto para aquele contrato em específico (ex.:
locação, seguro).
CC: Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.
Atenciosamente,
Paula
Olá, Arthur! Tudo bem?
Nesse sentido:
II - Não fica configurado julgamento ultra petita quando o julgador entende que os cálculos
indicados pela contadoria judicial, mesmo que menores que os apontados pelo
embargante/executado, devam prevalecer, por entender estarem adstritos aos princípios
do livre convencimento do julgador e da verdade real, sendo possível a adoção de valor
diferente, a maior ou menor. Nesse sentido: EDcl no AgInt no AREsp n. 1.413.579,
Ministra Maria Isabel Gallotti, DJe de 1º/7/2019.
III - O caso não comporta a alegação de ofensa ao art. 492 do CPC/2015, uma vez que o
acolhimento de cálculos da contadoria, ainda que aponte valores diferentes dos
encontrados pelas partes, não importa em julgamento extra ou ultra petita, segundo o
entendimento deste Tribunal Superior. Precedentes.
Atenciosamente,
Paula
Juliana
Em linhas gerais, os juros fixados, legais (determinados por lei) ou convencionais (fixados
pelas próprias partes), subdividem-se em:
a) compensatórios;
b) moratórios.
Os primeiros objetivam remunerar o credor pelo simples fato de haver desfalcado o seu
patrimônio, concedendo o numerário solicitado pelo devedor. Os segundos, por sua vez,
traduzem uma indenização devida ao credor por força do retardamento culposo no
cumprimento da obrigação.
O Código Civil brasileiro não estabelece, para esta modalidade compensatória de juros,
qualquer limitação específica.
Seguindo tal diretriz, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) aprovou a Súmula de n. 382,
que define que a estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só,
não caracteriza abuso, entendendo-se que é necessário analisar cada caso concreto472.
Se, entretanto, no dia do vencimento, atrasar o cumprimento da prestação, pagará os
juros de mora, que são contabilizados dia a dia, sendo devidos independentemente da
comprovação do prejuízo.
A arguição de impedimento ou suspeição é feita nos próprios autos, por meio de petição
específica dirigida ao juiz da causa, indicando uma das causas previstas nos arts. 144 e
145 do CPC/2015. Pode, ainda, instruir a petição com documentos em que se fundar a
alegação e com rol de testemunhas.
Dito isso, suscitado o incidente, o processo será SUSPENSO, nos termos do art. 313, III,
ficando impedida a prática de atos processuais, enquanto não julgada a arguição (art.
314). Em se tratando de atos urgentes e inadiáveis, cujo protelamento possa causar dano
irreparável, a solução da emergência dar-se-á por meio de sua submissão ao juiz
substituto do impugnado (art. 146, § 3º).
Caberá ao juiz então: (i)reconhecer os motivos para sua recusa e ordenar imediatamente
a remessa dos autos ao seu substituto legal (art. 146, § 1º); ou (ii)rejeitar os motivos de
seu afastamento, determinando a autuação em apartado da petição e, no prazo de quinze
dias, apresentar suas razões, acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas, se
houver, ordenando a remessa do incidente ao tribunal (art. 146, § 1º).
Atenciosamente,
Paula
Olá, Daniel! Tudo bem?
Inicialmente, vale ressaltar que empresário não se confunde com sócios. O empresário
pode ser empresário individual ou sociedade empresária, e é ele que exerce a atividade
empresarial e responde pelas atividades (art. 966 do CC). Por outro lado o sócio é aquele
que contribui para a constituição do capital social da pessoa jurídica e, em regra, não
possui responsabilidade pessoal pelos riscos da atividade.
Dito isso, o art. 1.146 do CC prevê que desde que regularmente escriturada, o adquirente
tem condições de avaliar a viabilidade da aquisição, tornando-se responsável pelo
cumprimento, pelo prazo de um ano, solidariamente com o alienante (“empresa”
alienante).
Atenciosamente,
Paula
1) e 2) Após a Lei 14.195/2021, a regra para a citação é que seja feita por meio eletrônico.
Art. 246. A citação será feita preferencialmente por meio eletrônico, no prazo de até 2
(dois) dias úteis, contado da decisão que a determinar, por meio dos endereços
eletrônicos indicados pelo citando no banco de dados do Poder Judiciário, conforme
regulamento do Conselho Nacional de Justiça.
Portanto, de forma OBJETIVA, a citação por meio eletrônico é preferencial e deverá ser
encaminhada para o endereço eletrônico que o próprio citando tenha indicado no banco
de dados do Poder Judiciário, cuja regulamentação cabe ao Conselho Nacional de
Justiça.
"Embora a lei não faça distinção entre as pessoas que podem receber citação por essa
forma, pode-se afirmar que apenas pessoas jurídicas receberão citações eletrônicas. É
que, nos termos do art. 246, § 1º, são as ?empresas públicas e privadas? (na verdade, as
pessoas jurídicas de Direito Público e de Direito Privado) que têm o dever de informar seu
endereço eletrônico ao banco de dados do Poder Judiciário, não havendo previsão de
dever análogo para pessoas naturais. Para essas, então, a citação será ? a princípio ?
realizada de outro modo (mas sempre se pode imaginar a existência de negócio jurídico
processual que preveja a citação por meio eletrônico de alguma pessoa natural)."
Atenciosamente,
Paula
1. Nos termos do art. 966, § 2º, I e II, do CPC, será rescindível a decisão transitada em
julgado que, embora não seja de mérito, impeça nova propositura da demanda, ou ainda
a admissibilidade do recurso correspondente.
Atenciosamente,
Paula
Olá, Arthur! Tudo bem?
Atenciosamente,
Paula
Na hipótese do art. 404 do CC, que trata das obrigações de pagamento em dinheiro, as
perdas e danos são divididas em prestações que consistem nos valores correspondentes
à atualização monetária calculada por índice oficial, assim como à remuneração
correspondente aos juros, bem como às custas e honorários advocatícios, tudo isso sem
prejuízo do valor convencionado em cláusula penal a título de multa.
Dito isso, se o somatório da pena convencional e dos juros não comportarem todo o
prejuízo experimentado pelo credor, poderá o juiz conceder indenização suplementar a
título de ressarcimento pelos danos, caso não exista previsão contratual de pena.
Atenciosamente,
Paula
A título de exemplo, podemos citar a pretensão dos sócios minoritários de anular decisão
assemblear. Trata-se do exercício de direito material conferido igualmente a diversas
pessoas. Qualquer um dos sócios dissidentes pode mover a ação anulatória, com eficácia
geral para todos os demais sócios. Se vários deles se reunirem para propor a ação
conjuntamente, o litisconsórcio será facultativo, porque não imposto pela lei. O julgamento
da causa, todavia, não poderá ser senão um só, já que é impossível invalidar a
assembleia para uns e mantê-la para outros.
Fonte: Jr., Humberto T. Curso de Direito Processual Civil - Vol. 1. Grupo GEN, 2021.
Atenciosamente,
Paula
O CPC atual trata da oposição não mais como espécie de intervenção de terceiros, mas
como ação autônoma, tratada nos arts. 682 e seguintes.
Dito isso, a oposição consiste em nova ação, que o terceiro ajuíza em face das partes
originárias do processo. Pressupõe que o terceiro formule pretensão sobre o mesmo
objeto já disputado entre as partes.
Atenciosamente,
Paula
A alienação fiduciária corresponde ao negócio jurídico pelo qual uma pessoa (fiduciante)
transmite a propriedade de uma coisa ou a titularidade de um direito a outra (fiduciário),
que se obriga a dar-lhe determinada destinação e, cumprido esse encargo, retransmitir a
coisa ou direito ao fiduciante ou a um beneficiário indicado no pacto fiduciário. (Chalhub,
Melhim N. Alienação Fiduciária - Negócio Fiduciário. Grupo GEN, 2021.)
Conforme entendimento do STJ, serve para qualquer operação creditícia, não apenas
para a aquisição da própria coisa que cuja propriedade será transmitida.
Nesse sentido:
(STJ - Súmula 28): O contrato de alienação fiduciária em garantia pode ter por objeto bem
que já integrava o patrimônio do devedor.
Atenciosamente,
Paula
É preciso lembrar que competência territorial é aquela que é atribuída aos diversos
órgãos jurisdicionais levando em conta a divisão do território nacional em circunscrições
judiciárias. Dito de outro modo, são normas que tratam do LOCAL, do foro que detêm
competência para processar e julgar a ação.
Atenciosamente,
Paula
Olá, Laísa! Tudo bem?
A resilição é a cessação do vínculo contratual pela vontade das partes, ou, por vezes, de
uma das partes. A resilição é, portanto, termo reservado para o desfazimento voluntário
do contrato, que pode ser bilateral ou unilateral.
A resilição bilateral é o DISTRATO mencionado por nossa lei no art. 472. É o mútuo
consenso para o desfazimento do vínculo.
Fonte: Venosa, Sílvio de S. Direito Civil: Contratos. v.3. Grupo GEN, 2023.
Atenciosamente,
Paula
Pois bem, o Código de Defesa do Consumidor é tido pela doutrina como uma norma
principiológica, diante da proteção constitucional dos consumidores, que consta,
especialmente, do art. 5º, inc. XXXII, da Constituição Federal de 1988, ao enunciar que “o
Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor”. A propósito dessa questão,
precisas são as lições de Luiz Antonio Rizzatto Nunes:
Diante de tais premissas, pode-se dizer que o Código de Defesa do Consumidor tem
eficácia supralegal, ou seja, está em um ponto hierárquico intermediário entre a
Constituição Federal de 1988 e as leis ordinárias. Para tal dedução jurídica, pode ser
utilizada a simbologia do sistema piramidal, atribuída a Hans Kelsen.(…)
Como exemplo dessa conclusão, pode ser citado o problema relativo à Convenção de
Varsóvia e à Convenção de Montreal, tratados internacionais dos quais o Brasil é
signatário e que preveem tarifação de indenização no transporte aéreo internacional, nos
casos de cancelamento e atraso de voos, bem como de extravio de bagagem. Deve ficar
claro que tais tratados internacionais não são convenções de direitos humanos, não tendo
a força de emendas à Constituição, como consta do art. 5º, § 3º, da Constituição Federal,
na redação dada pela Emenda Constitucional 45/2004.
Ora, tais convenções internacionais colidem com o princípio da reparação integral dos
danos, retirado do art. 6º, inc. VI, da Lei 8.078/1990, que reconhece como direito básico
do consumidor a efetiva reparação dos danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos
e difusos, afastando qualquer possibilidade de tabelamento ou tarifação de indenização
em desfavor dos consumidores. Diante da citada posição intermediária ou supralegal do
Código de Defesa do Consumidor, a norma consumerista deve prevalecer sobre as
citadas fontes internacionais.
Atenciosamente,
Paula
A princípio, são matérias que devem ser suscitadas pelo réu em contestação como defesa
de natureza processual. Contudo, assim como as demais preliminares do art. 337 (salvo a
convenção de arbitragem e a incompetência relativa), ainda que não tenham sido
suscitadas pelo réu devem, no entanto, ser apreciadas e decididas pelo juiz de ofício, isto
é, independentemente de arguição pelo contestante (art. 337, § 5º). Esse poder do
julgador decorre, na espécie, do fato de que qualquer uma das referidas preliminares
afeta os requisitos de constituição ou desenvolvimento válido e regular do processo,
matéria na qual há, sem dúvida, evidente interesse público.
Atenciosamente,
Paula
Trata-se, portanto de sentença terminativa. Ademais, haverá prevenção do juízo, por força
do disposto no art. 286, II do CPC.
Atenciosamente,
Paula
O réu revel, que não tenha advogado constituído, é considerado intimado da sentença e
demais atos processuais através da publicação do ato decisório nos órgãos oficiais, ou
seja, por meio de publicação no diário de justiça.
Nesse sentido:
CPC: Art. 346. Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data
de publicação do ato decisório no órgão oficial.
Vale ressaltar que, ainda que tenha sido revel na fase de conhecimento, para o
cumprimento de sentença é necessária a sua intimação pessoal (REsp 1967425 / GO).
Atenciosamente,
Paula
Olá, Arthur! Tudo bem?
A decisão de saneamento, a grosso modo, serve para sanar irregularidades, bem como
organizar a fase instrutória, delimitando as questões de fato e direito que serão objeto, de
prova. Portanto, tratando-se de ação em que se discute questão puramente de direito,
sem a necessidade de dilação probatória, a decisão de saneamento do processo não é
necessária.
Trata-se de decisão eventual porque nem sempre ocorre, mesmo quando o processo está
em ordem, dado que em muitos casos o juiz deve passar diretamente da fase postulatória
para o julgamento do mérito (art. 355).
A decisão de saneamento, portanto, passou a ser aquela decisão que o juiz profere, ao
final das providências preliminares, para reconhecer que o processo está em ordem e que
a fase probatória pode ser iniciada, eis que será possível o julgamento do mérito e, para
tanto, haverá necessidade de prova oral ou pericial (art. 357, V).
(Júnior, Humberto T. Curso de Direito Processual Civil. v.1. Grupo GEN, 2023. Pág. 780)
Atenciosamente,
Paula
A remessa necessária é um sucedâneo recursal previsto no art. 496 do CPC, que visa
submeter sentenças ao duplo grau de jurisdição.
Trata-se de instituto pelo qual determinadas sentenças proferidas contra o Poder Público
ficam submetidas à revisão perante o Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal
respectivo, independentemente da interposição de apelação pelo ente público. Busca a
salvaguarda do interesse público, submetendo a matéria a um duplo grau necessário.
A sujeição da sentença ao reexame necessário nos casos do art. 496 impede a produção
imediata de seus efeitos. A sentença, destarte, quando proferida contra os interesses do
Poder Público, é ineficaz enquanto não reexaminada pelo Tribunal recursal competente,
e, por isso, é entendida por alguns como verdadeiro ?ato complexo?, isto é, um ato
jurídico que, para surtir seus regulares efeitos, depende da conjugação de vontades de
dois órgãos diversos. Em se tratando de remessa necessária, esses dois órgãos são o
juízo de primeira instância e o Tribunal de Justiça ou o Tribunal Regional Federal
respectivo.
A remessa necessária é, portanto, condição imposta pelo art. 496, para que as sentenças
proferidas contra o Poder Público, excepcionadas as situações de seus §§ 3º e 4º, surtam
seus regulares efeitos.
A lei da ação popular prevê a remessa necessária no seu art. 19, dispositivo aplicável ao
microssistema de tutelas coletivas. Assim sendo, a jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça firmou-se no sentido de ser aplicável o reexame necessário nas hipóteses de ação
civil pública.
Atenciosamente, Paula
A título de exemplo, em uma ação em que se busca a indenização por danos materiais, a
sentença pode fixar a obrigação de reparar o dano, inclusive por meio da indenização por
lucros cessantes. Contudo, o valor da indenização não foi fixado em sentença,
dependendo de liquidação, na qual haverá dilação probatória para provar o valor devido a
título de lucros cessantes.
“Fato novo” deve ser entendido como todo aquele que, por qualquer razão, não foi levado
em conta na decisão que se pretende liquidar, isto é, cujo valor correspondente se
pretende obter perante o Estado-juiz. Não se trata, necessariamente, de fato que tenha
ocorrido depois da apresentação da petição inicial – fatos supervenientes, portanto –,
porque é possível que esses fatos tenham sido, legitimamente, levados para o plano do
processo e considerados pelo Estado-juiz na formação de sua convicção e no
proferimento da decisão que se pretende liquidar. São fatos novos porque se relacionam
com a pesquisa relativa à identificação do valor devido e que ainda não foram
considerados no processo. São, por isso mesmo, novos em relação ao processo e à sua
discussão (sempre em contraditório) no e para o processo no que diz respeito à pesquisa
sobre o quantum debeatur; não em relação à sua própria existência52.
(...)
Importa observar, de qualquer sorte, que tais fatos, ainda que novos, não podem
pretender infirmar o que é considerado devido (o an debeatur), prática expressamente
vedada pelo § 4º do art. 509. É essa a razão pela qual é mais correto entendê-los como
novos em relação à atividade cognitiva relacionada ao quantum debeatur e não a
quaisquer outros elementos da obrigação, já constantes do título executivo.
Atenciosamente, Paula
A doação contemplativa é também pura e simples, pois o doador não impõe nenhuma
restrição ou encargo ao beneficiário, nem subordina a sua eficácia a qualquer condição. A
única diferença é que na contemplativa o doador menciona expressamente o motivo da
liberalidade, mas não tem como pressuposto recompensar um favor ou serviço.
Por exemplo, o donatário menciona que faz a doação porque o donatário é uma pessoa
extremamente honesta, ou porque é seu amigo de longa data.
Atenciosamente,
Paula
Olá, Gabriel ! Tudo bem?
O dispositivo permite tal espécie de doação quer pelos nubentes entre si, quer por terceiro
a um deles, a ambos, ou aos filhos que, de futuro, houverem um do outro. Pode ser
beneficiada, portanto, a prole eventual do futuro casal. Neste caso, são duas as condições
suspensivas: se o casamento se realizar e se os filhos nascerem com vida. A doação à
prole futura é insuscetível de revogação por ingratidão, por impossibilidade lógica, sendo
que a praticada pelos futuros pais não autoriza a revogação. Frustrando-se o casamento
ou se a futura prole se inviabilizar, o nubente deverá devolver a coisa, com os efeitos de
possuidor de boa-fé.
A doação propter nuptias não se resolve pela separação, nem podem os bens doados
para casamento ser reivindicados pelo doador por ter o donatário enviuvado ou divorciado
e passado a novas núpcias.
Por outro lado, a doação feita ao nascituro, conforme art. 542 do CC, “valerá, sendo
aceita pelo seu representante legal”. Portanto, dependem de aceitação que será
manifestada pelos pais, ou por seu curador (art. 1.779 do CC), neste caso com
autorização judicial (CC, art. 1.748, II, c.c. o art. 1.774). Sendo titular de direito eventual,
sob condição suspensiva, caducará a liberalidade, se não nascer com vida.
Fonte: Goncalves, Carlos R. Direito Civil Brasileiro: Contratos e Atos Unilaterais. v.3.
Editora Saraiva, 2023. Pág. 120
Atenciosamente,
Paula
Olá, Juliana! Tudo bem?
O art. 486 do Código Civil permite que se deixe “a fixação do preço à taxa do mercado ou
de bolsa, em certo e determinado lugar”. Vários outros modos de determinação futura do
preço podem ser escolhidos pelos contraentes: o preço do custo, o preço em vigor no dia
da expedição, a melhor oferta, o preço do costume etc. O que não se admite é a
indeterminação absoluta, como na cláusula “pagarás o que quiseres”, deixando ao arbítrio
do comprador a taxação do preço (art. 489 do CC).
Permite a lei que a fixação do preço seja “deixada ao arbítrio de terceiro, que os
contratantes logo designarem ou prometerem designar. Se o terceiro não aceitar a
incumbência, ficará sem efeito o contrato, salvo quando acordarem designar outra
pessoa” (CC, art. 485). O terceiro age como mandatário destes, não se exigindo
capacidade especial. Não é ele propriamente um avaliador da coisa, mas um árbitro
escolhido pelos interessados.
Fonte: Goncalves, Carlos R. Direito Civil Brasileiro: Contratos e Atos Unilaterais. v.3.
Editora Saraiva, 2023. pág. 95
Atenciosamente,
Paula
Olá, Artur!
Atenciosamente,
Nicolle
A doação contemplativa é também pura e simples, pois o doador não impõe nenhuma
restrição ou encargo ao beneficiário, nem subordina a sua eficácia a qualquer condição. A
única diferença é que na contemplativa o doador menciona expressamente o motivo da
liberalidade, mas não tem como pressuposto recompensar um favor ou serviço.
Por exemplo, o donatário menciona que faz a doação porque o donatário é uma pessoa
extremamente honesta, ou porque é seu amigo de longa data ou porque é um renomado
cientista.
É o caso, por exemplo, do cliente que paga serviços prestados por seu médico, mas
quando a ação de cobrança já estava prescrita; e, ainda, do que faz uma doação a quem
lhe salvou a vida ou lhe deu apoio em momento de dificuldade, como forma de
remuneração por tudo que fez.
Na doação remuneratória não há dever jurídico exigível pelo donatário. Todavia, o doador
sente-se no dever moral de remunerá-lo em virtude da prestação de um serviço que
aquele lhe prestou e, por alguma razão pessoal, não exigiu o correspectivo ou a ele
renunciou.
Atenciosamente,
Paula
Na doação remuneratória não há dever jurídico exigível pelo donatário. Todavia, o doador
sente-se no dever moral de remunerá-lo em virtude da prestação de um serviço que
aquele lhe prestou e, por alguma razão pessoal, não exigiu o correspectivo ou a ele
renunciou.
Dito isso, o advogado faz jus ao recebimento de sua remuneração correspondente aos
serviços prestados. Portanto, sendo o motivo determinante recompensar serviços ou
favores prestados ao doador (herdeiros), na parte correspondente à retribuição dos
serviços, o ato, em verdade, não é doação, mas pagamento. Contudo, os herdeiros
podem, por liberalidade, conceder ao advogado uma recompensa, uma retribuição que
não pode ser exigida através de uma doação remuneratória, ou mesmo, após o
transcurso do prazo prescricional para a cobrança dos honorários advocatícios (obrigação
deixa de ser exigível) remunerar o causídico por meio de uma doação remuneratória.
Atenciosamente,
Paula
Nesse sentido:
Na separação consensual, o cônjuge decide livremente a respeito do uso do sobrenome
do outro. A omissão no acordo sobre essa questão não deve ser interpretada como
renúncia, pois tem ele o direito de continuar a usar o nome do ex-consorte.
Verifica-se, assim, que o culpado só pode continuar a usar o sobrenome que adotou
quando do casamento se com isso concordar o outro cônjuge. Contudo, mesmo havendo
essa oposição, será possível mantê-lo nas hipóteses excepcionadas pelo mencionado
art. 1.578.
Goncalves, Carlos R. Direito Civil Brasileiro: Direito de Família. v.6. Editora Saraiva, 2023.
Pág. 104.
Atenciosamente,
Paula
Inicialmente, é preciso considerar que não se pode dispor, mediante doação, de mais da
metade de seu patrimônio, SE houver herdeiros necessários (art. 548 do CC). Esse é o
limite proporcional adotado pelo direito brasileiro, configurado na chamada parte
disponível, ou seja, a parte que o doador pode livremente doar a parentes ou a terceiros.
A outra metade, indisponível, constitui a legítima dos futuros herdeiros necessários
(descendentes, os ascendentes e o cônjuge), se houver.
É possível, ainda, fazer a denominada partilha em vida, contudo, o mesmo art. 548 do
Código Civil considera nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda
suficiente para a subsistência do doador. Nesses casos, a doação pode alcançar todos os
bens, mas desde que o doador reserve para si o usufruto dos referidos bens, ou de parte
deles, pois o que o legislador não permite é doação universal (omnium bonorum) sem que
o doador conserve o necessário para assegurar a sua sobrevivência.
Atenciosamente,
Paula
Acredito que o enunciado da súmula do STJ que se refira seja o 619 ou o 637 que
estabelecem:
Vale ressaltar, ainda, que a jurisprudência entende ser possível o particular buscar a
proteção possessória de bem público em face de outro particular (REsp 1.296.964-DF),
mas NÃO em face do poder público.
Atenciosamente,
Paula
Olá, Mariana! Tudo bem?
Portanto, não é alterada pela presença de vítima menor de idade. Nesse sentido, as
normas que regulamentam o art. 23 da Lei 13.431/17 no âmbito dos Tribunais de Justiça
ressalvam a competência do Juri.
A título de exemplo:
Atenciosamente,
Paula
Inicialmente, é preciso lembrar que a morte de um dos devedores solidários não extingue
a solidariedade.
“Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será
obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a
obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor
solidário em relação aos demais devedores”.
Dito isso, os herdeiros respondem pelos débitos do de cujus, desde que não ultrapassem
as forças de herança (princípio do benefício do inventário). Assim sendo, cada herdeiro do
devedor solidário fica responsável por sua quota na parte do falecido.
Atenciosamente,
Paula
Nesse sentido:
Por similitude com a exclusão do herdeiro por indignidade, são pessoais os efeitos da
deserdação. O herdeiro necessário deserdado equipara-se ao excluído, não sendo
contaminados os direitos de seus descendentes, que herdam em seu lugar. (Lôbo, Paulo.
Direito civil: sucessões. v.6. Editora Saraiva, 2023. Pág. 92)
Atenciosamente,
Paula
Se o herdeiro renuncia a herança ele deixa de fazer jus à sua parcela dos bens do de
cujus, que serão redistribuídas entre os demais herdeiros da mesma classe.
]Art. 1.810. Na sucessão legítima, a parte do renunciante acresce à dos outros herdeiros da mesma classe e, sendo ele o único desta, devolve-se aos da
subseqüente.
Por exemplo, se o de cujus deixou como herdeiros três filhos, são todos da mesma
classe. Assim sendo, se um dos filhos renuncia a herança, a parte a que faria jus será
dividida entre os outros dois irmão. O renunciante será excluído, não havendo que se falar
em representação por parte de seus herdeiros.
Art. 1.811. Ninguém pode suceder, representando herdeiro renunciante. Se, porém, ele for o único legítimo da sua classe, ou se todos os outros da mesma
classe renunciarem a herança, poderão os filhos vir à sucessão, por direito próprio, e por cabeça.
Contudo, pode ocorrer de o herdeiro renunciante ser o único de sua classe, hipótese em que, com a
renúncia, deixarão de existir herdeiros daquela classe. Assim sendo, a sucessão passa para a classe
seguinte, que herdarão por direito próprio.
Por exemplo, o de cujus teve três filhos, dois pré-mortos e um filho vivo no momento da abertura da
sucessão. Contudo, o único filho vivo renuncia a herança deixada pelo pai. Com isso, a sucessão
passa para a classe seguinte, ou seja, para os netos do de cujus. Os netos então serão sucessores por
direito próprio e não mais representado os pais.
Minudenciando o exemplo, se o filho 1 pré-morto deixou um neto do de cujus, filho 2 pré-morto
deixou dois netos do de cujus, filho 3 vivo tem três filhos. A princípio, os netos do filho 1 e do filho
dois pré-mortos herdariam por representação de seus pais, fazendo jus à cota parte que pertenceria
aos seus pais pré-mortos.
Contudo, se o único filho vivo do de cujus renuncia, aquela classe é excluída, restando apenas a
classe seguinte, dos netos do de cujus. Assim, os netos serão chamados a suceder por cabeça, por
direito próprio, sendo o espólio divididos em partes iguais entre todos os netos.
Atenciosamente,
Paula
Basta lembrar que o disposto no art. 788 do CC se aplica aos seguros obrigatórios, como por exemplo o seguro DPVAT.
Art. 788. Nos seguros de responsabilidade legalmente obrigatórios, a indenização por sinistro será paga pelo segurador
diretamente ao terceiro prejudicado.
Parágrafo único. Demandado em ação direta pela vítima do dano, o segurador não poderá opor a exceção de contrato
não cumprido pelo segurado, sem promover a citação deste para integrar o contraditório.
Por outro lado, o enunciado 529 da súmula do STJ se aplica aos seguros privados, facultativos.
Paula
Assim, ainda que o autor manifeste expressamente na petição inicial desinteresse pela
autocomposição, o juiz a despachará designando dia e hora para sua realização. Esse ato
conciliatório somente não será realizado se o réu aderir ao desinteresse do autor em petição
posterior à citação e anterior à audiência. O autor, portanto, não tem o poder de, isoladamente,
impedir ou evitar a audiência. Sem a adesão do réu, a sessão ocorrerá necessariamente. Da mesma
forma, o demandado também não tem poder de impedi-la pela só manifestação individual de
desinteresse. Nem uma nem outra parte tem possibilidade de, sozinha, escapar da audiência
preliminar.
A referida audiência visa possibilitar aos litigantes uma solução negocial da contenda, mormente
porque a tentativa de conciliação não mais será realizada pelo juiz, mas por auxiliares, de modo que
se uma das partes manifesta no sentido da possibildade de solução consensual ela deve ser
privilegiada.
Atenciosamente,
Paula
Atenciosamente,
Paula
Atenciosamente,
Paula
Art. 367. O servidor lavrará, sob ditado do juiz, termo que conterá, em resumo, o ocorrido na audiência, bem
como, por extenso, os despachos, as decisões e a sentença, se proferida no ato.
(...)
§ 6º A gravação a que se refere o § 5º também pode ser realizada diretamente por qualquer das partes,
independentemente de autorização judicial.
Atenciosamente,
Paula
O Código atual alterou a forma do interrogatório, que antes era ato exclusivo do juiz.
Agora será feito pelas partes diretamente à testemunha, começando por quem a arrolou.
Entretanto, o juiz não admitirá as perguntas que puderem induzir a resposta, não tiverem
relação com as questões de fato objeto da atividade probatória ou importarem repetição
de outra já respondida (art. 459, caput). As perguntas que o juiz indeferir serão transcritas
no termo, se a parte o requerer (art. 459, § 3º).
Não foi subtraído ao juiz o poder de inquirir a testemunha. O Código de 2015 continua
assegurando-lhe a possibilidade de fazê-lo, a seu critério, antes e depois da inquirição
efetuada pelas partes (art. 459, § 1º).
(Júnior, Humberto T. Curso de Direito Processual Civil. v.1. Grupo GEN, 2023. Pág. 910)
Atenciosamente,
Paula
Atenciosamente,
Paula
Excepcionalmente, contudo, pode esse quantum ser alterado caso se mostre irrisório ou
exorbitante, ou seja, em descompasso com os princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade, contexto no qual se insere o caso ora examinado.
2. A multa cominatória não possui natureza de indenização, mas sim inibitória ou
coercitiva, uma vez que o dever de arcar com o pagamento das astreintes e o de
indenizar os danos causados são efeitos de fatos jurídicos absolutamente distintos.
3. No caso dos autos, mostra-se inviável manter o exorbitante valor histórico alcançado
pelo descumprimento da originária medida judicial desobedecida - cerca de R$
18.000.000,00 (dezoito milhões de reais) -, uma vez que, além de levar ao enriquecimento
injusto do credor, acarreta no desvirtuamento da própria finalidade da multa diária.
Restauração da monocrática de primeira instância, proferida em maio de 2017, que
reduziu aquele montante para o patamar de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).
(AgInt no AREsp n. 1.660.115/SP, relator Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, julgado
em 10/10/2023, DJe de 20/10/2023.)
2. No caso dos autos, o montante total da multa cominatória foi fixado em R$ 4.920,00
(quatro mil, novecentos e vinte reais), por quase oito meses de descumprimento da ordem
judicial, não excedendo, portanto, ao razoável, considerando tratar-se de descumprimento
de decisão que determinou o custeio de cirurgias reparadoras (correção de cicatriz
mamária bilateral e na linha abdominal) em favor da agravada.
(AgInt no AREsp n. 2.316.111/SP, relator Ministro Raul Araújo, Quarta Turma, julgado em
4/9/2023, DJe de 8/9/2023.)
eliminar contradição; suprir omissão de ponto ou questão sobre as quais o juiz devia
pronunciar-se de ofício ou a requerimento; e/ou corrigir erro material.
III - Da análise das razões lançadas nos aclaratórios verifica-se que, de fato, como
alegado pelo embargante, não houve manifestação expressa desta Corte no tocante ao
pedido de fixação de teto/limite à multa diária que lhe fora imposta, mas tão somente ao
quantum fixado.
VI - O § 4º do art. 537 do CPC/15 deixa claro que a multa será devida desde o
descumprimento da decisão e perdurará enquanto não for cumprida a obrigação.
VII - Na presente hipótese, restou evidente que o único obstáculo à efetividade do direito
já reconhecido pela Corte de origem é o descaso da recorrente pela Justiça. Se a multa
diária tem por objetivo, como visto, forçar o devedor renitente a cumprir sua obrigação,
não há como reduzi-la nesta hipótese sem cair em contradição, pois a conclusão
inafastável que se retira de todo o contexto fático é que nem diante do acúmulo de uma
multa pesadíssima, a recorrente cedeu à ordem judicial.
Atenciosamente,
Paula
Olá, Juliana! Tudo bem?
O credor fiduciário não pode se apropriar da coisa alienada, uma vez que é defesa a CLÁUSULA
COMISSÓRIA (CC, art. 1.364). Deste modo, havendo o inadimplemento, o credor é obrigado a
vender o bem, aplicando o preço no pagamento de seu crédito, acréscimos legais, contratuais e
despesas, e a entregar o saldo, se houver, ao devedor. Para esse fim, pode ajuizar ação de busca e
apreensão contra o devedor, a qual poderá ser convertida em ação de depósito, caso o bem não seja
encontrado.
Nesse sentido:
A proibição da estipulação de cláusula comissória nos direitos de garantia é tradicional. Sendo o
devedor inadimplente, não pode o credor ficar com a coisa dada em garantia, mesmo que seu
crédito seja maior. Incumbe-lhe promover as medidas legais para vender, judicial ou
extrajudicialmente, a coisa a terceiros, e aplicar o preço no pagamento de seu crédito, entregando o
saldo, se houver, ao devedor (CC, art. 1.364), como já foi dito.
A nulidade, que é ipso iure, atinge somente a cláusula comissória, permanecendo íntegro o restante
da avença. (Goncalves, Carlos R. Direito Civil Brasileiro: Direito das Coisas. v.5. Editora Saraiva,
2023. Pág. 178)
Atenciosamente,
Paula
Na audiência prevista no art. 8º da Lei de Alimentos, já haverá a colheita de prova oral e demais
provas. Portanto, ainda que o réu seja revel, não incidem os efeitos materiais da revelia,
prosseguindo-se à colheita da prova oral e demais provas.
Após, terminada a instrução, o juiz vai colher as alegações finais das partes e do MP, proferindo
sentença.
Atenciosamente,
Paula
Deve-se entender que a ordem descrita não é obrigatória, prevalecendo sempre o melhor
interesse do curatelado. Nessa linha, concluiu julgado do Tribunal Gaúcho que:
Atenciosamente,
Paula
O prazo, denominado de stay period, foi previsto apenas para a hipótese de recuperação judicial
para possibilitar que a empresa recuperanda possa adotar as medidas previstas no plano de
recuperação.
Nesse sentido:
Por outro lado, uma vez decretada a falência, os créditos então suspensos deverão ser
habilitados no juízo universal.
Atenciosamente,
Paula
Atenciosamente,
Paula
Portanto, por ser empresário individual seu patrimônio pessoal que responde pelas
obrigações de sua empresa, uma vez que nessa condição não há separação patrimonial
da pessoa natural. Não há limitação da responsabilidade patrimonial em relação ao
empresário individual.
Atenciosamente,
Paula
a) Direito Personalíssimo
Diante do seu caráter intuitu personae unilateral, a obrigação alimentar não se transmite
aos herdeiros do credor, sendo intransmissível nesse ponto. Esse caráter personalíssimo
justifica a natureza declaratória da ação de alimentos, a sua correspondente
imprescritibilidade bem como outras características especiais, sui generis, estudadas a
seguir. (Tartuce, Flávio. Direito Civil: Direito de Família. v.5. Grupo GEN, 2023. Pág. 571)
(…)
k) Obrigação transmissível
Outro dispositivo polêmico da atual codificação material é o seu art. 1.700, in verbis: “a
obrigação de prestar alimentos transmite-se aos herdeiros do devedor, na forma do art.
1.694”. De acordo com o comando legal, em relação ao devedor, está consagrada a
transmissibilidade da obrigação alimentar.
O atual Código Privado, assim, supostamente, encerra polêmica anterior. Isso porque,
quanto às relações de parentesco, havia norma expressa no art. 402 do CC/1916 no
sentido de que a obrigação seria intransmissível. No que toca ao casamento, ou mesmo à
união estável, a obrigação era considerada transmissível segundo o art. 23 da Lei do
Divórcio. Aplicando o novo dispositivo e responsabilizando o espólio, da jurisprudência do
STJ:
(Tartuce, Flávio. Direito Civil: Direito de Família. v.5. Grupo GEN, 2023. Pág. 593)
Atenciosamente,
Paula
Atenciosamente,
Paula
Para tanto, é interessante possuir uma bibliografia de apoio, a ser consultada nesses
casos.
Um bom termômetro, para saber se é necessário ou não buscar outras fontes, é a
resolução de questões de concurso específicas do cargo desejado.
Atenciosamente,
Paula
Olá, Milene! Tudo bem?
Conforme mencionado em aula, o conceito extrapola o âmbito jurídico e alcança uma
amplitude que ultrapassa o âmbito do nosso estudo.
Contudo, em linhas gerais, os contratos inteligentes, ou smart contracts, são sistemas
inteligentes de contratos programados para executar transações de forma automática
(sem intervenção de terceiros intermediários). São contratos que dispensam a presença
de instituições tradicionais para que a operação seja válida e segura.
De forma bem simplista, os contratos inteligentes são programas que se executam de
forma automática assim que certas condições acordadas previamente pelas partes são
atendidas.
Tal metodologia oferece segurança e relativa imutabilidade, pois uma vez que os
contratos são “publicados” e compõem uma rede digital descentralizada, não é possível
alterar ou modificar unilateralmente as suas configurações, visto que seus códigos são
registrados em blockchains, sendo difícil hackeá-los.
Blockchains são um banco de dados público, descentralizado (sem necessidade de uma
entidade central) e imutável que registra as movimentações e transações de seus
usuários.
A título de exemplo, podemos citar o que acontece com as criptomoedas, que são ativos
digitais armazenados por meio de blockchains. As moedas são transacionados no meio
digital e não dependem de uma autoridade central para emissão ou regulação.
Atenciosamente,
Paula
O casamento só se extingue com a morte ou com o divórcio (art. 1.751,§1º do CC),
portanto, antes disso não é possível contrair novas núpcias.
"Art. 1.751 (...) § 1º O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou
pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente."
Por outro lado, a sociedade conjugal, que corresponde aos deveres mútuos de fidelidade,
coabitação, a comunhão de vida e que também alcança o regime de bens, está inserida
dentro do casamento, mas não se confunde com ele, podendo ser extinta nas hipóteses
do art. 1.571 do CC. Dito isso, ocorrendo a separação de fato do casal, que é a livre
decisão dos cônjuges de encerrar a sociedade conjugal sem recorrer aos meios legais, há
o fim dos direitos, deveres e efeitos do casamento ou seja, se encerra a sociedade
conjugal, contudo o casamento como estado civil permanece íntegro e as partes não
podem contrair novas núpcias até que se divorciem.
Prescreve o art. 1.551 do Código Civil que “não se anulará, por motivo de idade, o
casamento de que resultou gravidez”. Não importa se o defeito de idade é da mulher ou
do homem. A gravidez superveniente exclui, assim, a anulação por defeito de idade (não
por outros defeitos, como a falta de consentimento paterno), ainda que se manifeste
depois de ajuizada a ação.
Preleciona Caio Mário da Silva Pereira257, inspirado nas lições de Eduardo Espínola,
Planiol, Ripert e Boulanger, que a regra impeditiva da anulação, por motivo de idade, do
casamento de que resultou gravidez, reflete, “de um lado, o interesse social em que não
se celebre o casamento de quem não atingiu a idade núbil. De outro lado o interesse
familiar em que se não desfaça o matrimônio que frutificou com o advento da prole.
Encarada a situação de um ângulo biológico, a gravidez faz presumir a aptidão para a
procriação. Vista de um aspecto psicológico, a invalidação traumatiza os cônjuges e
reflete no filho, com todos os inconvenientes resultantes”.
Apurada a gravidez, ocorrida antes ou depois de instaurada a lide, extingue-se a ação,
ainda que aquela se frustre. A anulabilidade não obsta que o filho seja considerado
concebido ou havido na constância do casamento.
Atenciosamente,
Paula
Olá, Juliana! Tudo bem?
O encerramento irregular da empresa, ou seja, sem observar o procedimento de
liquidação e pagamento de credores e sem a devida baixa na Junta Comercial, por si só
não autoriza o redirecionamento das execuções civis para os sócios.
Nesse sentido o enunciado 282 da IV Jornada de Direito Civil: “O encerramento
irregular das atividades da pessoa jurídica, por si só, não basta para caracterizar abuso
da personalidade jurídica.”
AGRAVO INTERNO NA PETIÇÃO. ACÓRDÃO RECORRIDO QUE DEFERIU A
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA DA EXECUTADA EM RAZÃO DO
ENCERRAMENTO IRREGULAR DA EMPRESA E DO SEU ESTADO DE INSOLVÊNCIA.
DIVERGÊNCIA, EM TESE, COM ENTENDIMENTO SUFRAGADO PELA TURMAS DE
DIREITO PRIVADO DO STJ. PRESENÇA DO FUMUS BONI IURIS E DO PERICULUM IN
MORA. TUTELA PROVISÓRIA DEFERIDA PARA CONFERIR EFEITO SUSPENSIVO AO
RECURSO ESPECIAL. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.
1. Nos termos do art. 1.029, § 5°, III, do CPC/2015, o pedido de concessão de efeito suspensivo ao
recurso especial, nos casos em que interposto, mas sem que tenha ocorrido o exame de
admissibilidade, deve ser dirigido ao Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal de origem, de tal
sorte que, em regra, não é possível que esta Corte examine, nessas hipóteses, esse tipo de pretensão,
sob pena de usurpação de competência.
2. Entretanto, em situações excepcionais, admite-se que seja feito o pedido de tutela provisória
diretamente neste Superior Tribunal, antes de efetuado o juízo de admissibilidade, a fim de
resguardar direito da parte que tenha sido contraditado por decisão manifestamente contrária à
orientação jurisprudencial firmada no âmbito desta Corte (RCD na PET no TP n. 920/RJ, Relator o
Ministro Luis Felipe Salomão, DJe de 6/11/2017).
3. No caso, é possível reconhecer, nesta análise perfunctória, que o Tribunal estadual se apartou, em
tese, do posicionamento perfilhado pelo Superior Tribunal de Justiça de que o encerramento
irregular das atividades da empresa não enseja a desconsideração da personalidade jurídica, assim
como a caracterização do seu estado de insolvência, justificando-se, portanto, a atribuição de efeito
suspensivo ao recurso especial.
4. Agravo interno desprovido.
(AgInt na Pet n. 12.712/SP, relator Ministro Marco Aurélio Bellizze, Terceira Turma, julgado em
23/9/2019, DJe de 27/9/2019.)
Atenciosamente,
Paula
Olá, Gessica! Tudo bem?
O art. 1.361, caput, do Código Civil conceitua a PROPRIEDADE fiduciária nestes termos:
Atenciosamente,
Paula
Olá, Isadora! Tudo bem?
Dito isso, tratando-se de sociedade simples que adota o tipo simples pura, a
responsabilidade dos sócios é ilimitada.
Atenciosamente,
Paula
A enfiteuse é um direito real sobre coisa alheia em que um enfiteuta recebe o direito de
domínio sobre um bem imóvel que permanece ainda que o enfiteuta o aliene a terceiro ou
venha a óbito, ou seja, é marcado pela perpetuidade. A enfiteuse foi vedada pelo Código
Civil de 2002, no seu artigo 2038, permanecendo somente as já constituídas até sua
extinção.
A enfiteuse é o direito real limitado mais extenso, o que permite a seu titular a maior
amplitude de exercício de poderes inerentes à propriedade. Pelo direito brasileiro de
1916,
Nossa lei restringiu o alcance da enfiteuse apenas a “terras não cultivadas ou terrenos
que se destinem a edificação” (art. 680).
O objetivo desse provecto instituto era permitir ao proprietário que não desejasse ou não
pudesse usar o imóvel diretamente cedê-lo a outro seu respectivo uso e gozo, mediante a
obrigação de pagamento de um foro para utilização do fundo. Sua constituição, que pode
estabelecer-se mediante contrato perpétuo (art. 679), corresponde a virtual alienação
(Trabucchi, 1992:444). Se estabelecida por tempo determinado, a lei de 1916 a considera
um arrendamento, com o qual tem afinidade, e como tal deve ser tratada (art. 679).
O Código atual não mais disciplina a enfiteuse, substituindo-a pelo direito de superfície
que examinaremos a seguir. Tendo em vista a possibilidade de perpetuidade da enfiteuse,
durante muito tempo o instituto sobreviverá em nosso universo jurídico. Ao levar em conta
esse aspecto, o art. 2.038 do mais recente Código, dentro das Disposições Finais e
Transitórias, dispõe que fica proibida a constituição de enfiteuses e subenfiteuses,
subordinando-se as existentes, até sua extinção, aos princípios do Código Civil de 1916.
O § 2º desse artigo ainda se refere à enfiteuse dos terrenos de marinha, que
mencionaremos a seguir, a qual continuará a ser regulada por lei especial.
(Venosa, Sílvio de S. Direito Civil: Direitos Reais. v.4.Grupo GEN, 2023. Pág. 399)
Atenciosamente,
Paula
Atenciosamente,
Paula
Isso ocorre, porque o vínculo de filiação socioafetiva estabelecida com o padrasto que
também consta como pai registral (socioafetivo) serve para todos os fins, inclusive de
alimentos e de sucessão.
Paula
(ii) aquelas em que o Código preconiza a observância dos precedentes judiciais, sem,
entretanto, coibir de imediato as transgressões cometidas pelos juízes e tribunais
obrigados à respectiva sujeição.
Se os precedentes não gozam de tal força (vinculação fraca), a parte, inconformada com
sua inobservância, terá de impugnar a decisão pelas vias recursais ordinárias ou
extraordinárias, para tentar escapar da insurgência do julgador contra o padrão decisório,
salvo se o seu afastamento apoiar-se em razão de direito suficiente (distinção e
superação do precedente) (art. 489, § 1º, VI).
Dito isso, todas as hipóteses previstas no art. 927 do CPC possuem força vinculante, em
maior ou menor grau, assim sendo, todos os órgãos judiciais observarão:
(b)Os enunciados de Súmula vinculante, editados pelo STF, como prevê o art. 103-A da
CF, a respeito de decisões reiteradas sobre matéria constitucional (inciso II).82
(e)A orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem vinculados (inciso
V). In casu, também não se exige a existência de enunciado de súmula. Basta que a tese
de direito tenha sido a ratio decidendi de acórdão emanado do plenário ou do órgão
especial que faça suas vezes (CF, art. 93, XI). Não ocorre, porém, a força vinculante
máxima da orientação, de modo que, embora seja obrigatória a observância pelos órgãos
judiciais inferiores (vinculação fraca), o desvio de entendimento acaso verificado não
ensejará reclamação ao tribunal cuja orientação não se acolheu.
Dito isso, no seu exemplo “ Um julgado proferido em quorum qualificado, num recurso de apelação ”, a
princípio não se amolda a nenhuma das hipóteses do art. 927 do CPC, portanto não
gozaria de força vinculante.
Atenciosamente,
Paula
Olá, Arthur! Tudo bem?
Atenciosamente,
Paula
Por outro lado, a compensação é o modo de extinguir a obrigação quando uma pessoa for
devedora e, ao mesmo tempo, credora DE OUTRA, até o limite do que esta lhe dever.
Assim sendo, compensam-se crédito e dívida. A compensação extingue os dois débitos a
partir do dia em que se verifica sua coexistência, operando-se a liberação do devedor e a
satisfação do credor. Contudo, a compensação não é automática; é direito do devedor de
extinguir a dívida até o montante do crédito que tem contra a mesma pessoa, que
necessita ser exercido. Dois créditos, pelo menos, têm de existir, sendo cada credor
devedor do outro.
Atenciosamente,
Paula
Ademais, tal sistemática não fere a ordem de pagamento de precatórios, visto que não há
obrigatoriedade de submissão do crédito reconhecido pela via mandamental
à ordem cronológica de precatórios, na forma imposta pelo art. 100 da Constituição
Federal, já que esse dispositivo se refere ao provimento judicial de caráter condenatório,
que reconhece um direito creditório, o que não se verifica na hipótese, em que a sentença
apenas declara o direito de repetição de indébito pela via administrativa, ainda que em
espécie. (REsp 1.951.855-SC, Rel. Min. Manoel Erhardt (Desembargador convocado do
TRF da 5ª Região), Primeira Turma, por unanimidade, julgado em 08/11/2022)
Atenciosamente,
Paula
2. A Lei 10.259/2001 determina que, para os efeitos do § 3º, do artigo 100, da CRFB/88,
as obrigações de pequeno valor, a serem pagas independentemente de precatório,
compreendem aquelas que alcancem a quantia máxima de 60 (sessenta) salários
mínimos (§ 1º, do artigo 17, c/c o caput, do artigo 3º, da Lei 10.259/2001).
13. O reconhecimento da repercussão geral pelo STF, com fulcro no artigo 543-B, do
CPC, como cediço, não tem o condão, em regra, de sobrestar o julgamento dos recursos
especiais pertinentes.
(REsp n. 1.143.677/RS, relator Ministro Luiz Fux, Corte Especial, julgado em 2/12/2009,
DJe de 4/2/2010.)
Atenciosamente,
Paula
Inicialmente, é preciso lembrar que indenização securitária é o valor pago pela seguradora caso o
risco coberto se concretize (sinistro). Por outro lado, prêmio é a quantia paga pelo segurado para
que a seguradora aceite assumir o risco.
Dito isso, o simples atraso no pagamento da prestação mensal devida pelo segurado, sem prévia
constituição em mora do segurado, não produz o cancelamento automático ou a imediata suspensão
do contrato de seguro firmado entre as partes. Para tanto é necessário que a seguradora constitua o
segurado em mora, mediante interpelação extrajudicial. Em outras palavras, a seguradora deverá
notificar o segurado informando a ele que está em mora (em atraso).
Portanto, o contrato de seguro não se encerra automaticamente em razão do atraso no pagamento de
parcela do prêmio por parte do segurado, sendo necessário para o desfazimento do contrato de
seguro e, portanto, para a perda da proteção securitária a prévia constituição em mora, por meio de
notificação ou interpelação específica.
Sem a interpelação, ainda que o segurado esteja em mora ele não perde a proteção securitária.
Ex: João deixou de pagar as “parcelas do seguro”, ou seja, o prêmio mensal que havia sido ajustado.
Já estava devendo três meses. Apesar disso, a seguradora não notificou o segurado. João morreu; os
beneficiários do contrato terão direito à indenização securitária porque não houve comunicação
prévia da seguradora informando o segurado sobre o atraso.
Fonte: https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2018/07/sc3bamula-616-stj.pdf
Atenciosamente,
Paula
Nesse sentido:
Segundo o art. 1.857 do Código Civil, toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da
totalidade dos seus bens, ou de parte deles, para depois de sua morte, excluída a legítima
dos herdeiros necessários. Ocorrido o óbito, o testamento deve ser apresentado perante a
autoridade judicial, para confirmação (arts. 1.875 e 1.878), com observância das normas
processuais.
Jr, Humberto T. Curso de Direito Processual Civil. v.II. Grupo GEN, 2022. Pág. 458)
Atenciosamente,
Paula
Em que pese o Tema 1053 da Repercussão Geral do STF, julgado faz menos de um mês,
ter entendido que a separação judicial não subsiste como figura autônoma no
ordenamento jurídico brasileiro (RE 116747), o Tribunal entendeu também que deve ser
preservado o estado civil das pessoas que já estão separadas, por decisão judicial ou
escritura pública, por se tratar de ato jurídico perfeito (art. 5º, XXXVI, da CF).
Paula
Há uma regra de direito intertemporal expressa no CPC de 2015 que limita sua aplicação
apenas às provas requeridas ou determinadas a partir do início da sua vigência
CPC/15 :Art. 1.047. As disposições de direito probatório adotadas neste Código aplicam-se apenas às provas requeridas ou determinadas
Atenciosamente,
Paula
O credor de um dos herdeiros que restou prejudicado pode ajuizar ação anulatória com
fundamento na fraude contra credores (art. 158 do CC), desde que a partilha proposta
resulte em insolvência do devedor e reste caracterizado o intuito de prejudicar o credor, o
que somente será aferido no caso concreto.
Com tal ação, o credor busca tão somente a declaração de nulidade da partilha realizada
em seu prejuízo, a fim de garantir a satisfação do seu crédito.
Dito isso, o sucesso ou não da ação anulatória vai depender da configuração ou não da
fraude contra credores, sendo que se a diferença entre os quinhões é mínima pode não
caracterizar a insolvência exigida.
"[...] sempre será possível a discussão judicial de eventuais controvérsias a respeito da validade do
testamento ou de alguma de suas cláusulas. Da mesma forma, 'a existência de débitos do autor da
herança, bem como de eventual direito de terceiros, não impedem a lavratura da escritura pública
amigável de inventário e partilha.
Contudo, ficam ressalvados esses eventuais direitos porque o sistema jurídico brasileiro não admite
sejam realizados negócios jurídicos em fraude contra credores, que ficam sujeitos à anulação (CC
158), nem em fraude de execução, que são ineficazes relativamente à ação judicial pendente quando
da alienação ou oneração do bem (CPC, 792)'[...]". (REsp n. 1.808.767/RJ, relator Ministro Luis
Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 15/10/2019, DJe de 3/12/2019.- texto extraído do inteiro
teor)
Atenciosamente,
Paula
Por outro lado, na renúncia translativa o herdeiro que renuncia em favor de determinada
pessoa, citada nominalmente, está praticando dupla ação: aceitando tacitamente a
herança e, em seguida, doando-a. Portanto, na renúncia translativa o ato implica
aceitação e transferência posterior dos direitos hereditários.
Nesse caso, houve o aceite por parte do filho e, além disso houve uma doação em favor
da genitora, portanto não são chamados a suceder os netos do falecido.
Fonte: Goncalves, Carlos R. Direito Civil Brasileiro: Direito das Sucessões. v.7. Editora
Saraiva, 2023.
Atenciosamente,
Paula
A súmula 545 foi editada em 2015 estabelecendo que a aplicação da atenuante prevista
no art. 65, III, alínea “d” do CP deveria ocorrer sempre que o juiz citasse a confissão do
réu na fundamentação da sentença condenatória.
A confissão qualificada ocorre quando quando o agente admite a autoria dos fatos, mas
suscita, em seu favor, uma causa de exclusão da ilicitude ou da culpabilidade.
Assim, de acordo com o entendimento até então adotado, ainda que a confissão fosse
qualificada, se ela fosse utilizada na fundamentação da sentença condenatória o agente
faria jus à atenuante.
Contudo, em precedentes recentes o STJ tem entendido que basta a confissão do réu
para que incida a atenuante, visto que o art. 65, III, “d”, do CP não estabelece
pressupostos adicionais à confissão. Assim sendo, bastaria a confissão, seja ela parcial,
qualificada ou extrajudicial para que incida a atenuante, independentemente de sua
utilização ou não na sentença condenatória.
O réu fará jus à atenuante do art. 65, III, “d”, do CP quando houver admitido a autoria do
crime perante a autoridade, independentemente de a confissão ser utilizada pelo juiz
como um dos fundamentos da sentença condenatória, e mesmo que seja ela parcial,
qualificada, extrajudicial ou retratada. (STJ. 5ª Turma. REsp 1.972.098-SC, Rel. Min.
Ribeiro Dantas, julgado em 14/06/2022. Info 741).
A confissão, para valer como meio de prova, precisa ser voluntária, ou seja,
livremente praticada, sem qualquer coação. Entretanto, em nosso entendimento,
para servir de atenuante, deve ser ainda espontânea, vale dizer, sinceramente
desejada, de acordo com o íntimo do agente. Essa era a posição dominante,
embora, atualmente, o STJ tenha atenuado o aspecto da espontaneidade, fazendo-o
nos seguintes pontos: a) se o juiz levar em consideração a confissão feita pelo réu
– em juízo ou fora dele –, havendo ou não retratação, na sentença condenatória, há
de se aplicar a atenuante; b) mesmo sendo qualificada a confissão (quando o réu
admite a autoria com o propósito de levantar excludente de ilicitude ou de
culpabilidade), pode valer para efeito da atenuação, quando levada em
consideração pelo julgador; c) a confissão parcial, especialmente quando usada
pelo juiz, deve servir para aplicar a atenuante. É o conteúdo da Súmula 545 do STJ:
“Quando a confissão for utilizada para a formação do convencimento do julgador, o
réu fará jus à atenuante prevista no art. 65, III, d, do Código Penal”. Mas o Superior
Tribunal de Justiça, em nosso entendimento, com acerto amenizou a aceitação
incondicional da confissão do acusado, retornando à ideia de que a confissão
qualificada (feita para atrair algum benefício do acusado) não poderia prevalecer.
Vide o teor da Súmula 630 do STJ: “a incidência da atenuante da confissão
espontânea no crime de tráfico ilícito de entorpecentes exige o reconhecimento da
traficância pelo acusado, não bastando a mera admissão da posse ou propriedade
para uso próprio”. Esta última súmula deve ser aplicada, quando o julgador não
precisar da confissão do acusado para formar o seu convencimento quanto à
traficância.
(Nucci, Guilherme de S. Manual de Direito Penal. Volume Único. Grupo GEN, 2023.
Pág. 433)
Fonte:
Atenciosamente,
Paula
A atividade da AGU não se confunde com a das PGEs e PGMs. A advocacia pública
ESTADUAL é exercida pelas Procuradorias dos ESTADOS e do DISTRITO FEDERAL
(Ex. PGE-MG, PGE-SP, PGE-RJ). Do mesmo modo, no âmbito dos MUNICÍPIOS podem
existir as Procuradorias Municipais, que exercem a advocacia pública representando o
respectivo ente municipal.
Atenciosamente,
Paula
Conforme se infere do art. 8º, caput, da LEP, para o condenado ao cumprimento de pena
privativa de liberdade em regime fechado, além do exame de classificação, deverá ser
obrigatoriamente submetido a exame criminológico. Isso se justifica na circunstância de
que a imposição do regime fechado decorre da prática de crimes de maior gravidade.
Entretanto, para os presos que iniciem o cumprimento de pena em regime semiaberto, a
realização do exame criminológico é apenas facultativa, podendo ser por iniciativa da
Comissão Técnica de Classificação visando à correta individualização da execução.
Por outro lado,em relação aos condenados em regime aberto ou a pena restritiva de
direitos não se realiza o exame criminológico.
A Lei 10.792/03 alterou o art. 112 da LEP suprimindo a exigência do exame para a
progressão de regime de cumprimento de pena.
Contudo, a jurisprudência tem entendido que ainda que a LEP não preveja mais a
necessidade de exame criminológico como condição para a progressão, o juiz da
execução pode, de forma fundamentada, determinar a sua realização. Neste sentido, os
enunciados 439 do STJ.
Atenciosamente,
Paula
Independentemente de tudo isto, alerta-se o Leitor que o tema está sendo tratado no
Recurso Extraordinário 973.837/MG, relativo aos “limites dos poderes do Estado de colher
material biológico de suspeitos ou condenados por crimes, de traçar o respectivo perfil
genético, de armazenar os perfis em dados e de fazer uso dessas informações” que teve
reconhecida sua repercussão geral, não havendo o STF pronunciado decisão definitiva
até o encerramento da 6a edição deste livro. (Avena, Norberto. Execução Penal. Grupo
GEN, 2019. Pág. 26)
Por fim, cumpre mencionar que o julgamento ainda está pendente de apreciação pelo
STF:
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?
incidente=4991018&numeroProcesso=973837&classeProcesso=RE&numeroTema=905
Atenciosamente,
Paula
A lei não exige condenação do indivíduo para que esteja caracterizada a falta grave
bastando a prática do fato definido como crime doloso, sendo isso o bastante para ensejar
a aplicação de sanção disciplinar ao sentenciado.
Atenciosamente,
Paula
As custas processuais são pagas no decorrer da ação pela parte que requereu o
ato processual (ex. Citação, penhora e avaliação, apreensão), perícia técnica,
depoimento de testemunha que implicou em pagamento de diária, expedição
de alvará etc, conforme art. 82 do CPC.
Atenciosamente,
Paula
Atenciosamente,
Paula
Justiça comutativa é aquela que prevalece entre os particulares deve haver a igualdade
entre o quinhão que se dá e o que se recebe. Tal espécie de justiça é denominada
comutativa. Mais presente nas relações de compra e venda, quando o preço corresponde
ao valor do objeto, deve estar na generalidade dos contratos, como na locação, permuta,
prestação de serviço, empreitada.
Atenciosamente,
Paula
Paula
As conversas registradas por meio de aplicativos de conversas podem ser utilizadas como
prova nos processos judiciais, sendo consideradas provas válidas, desde que obtidas por
meios lícitos. O valor probante será aferido em cada caso concreto.
Dito isso, a princípio não há restrição à divulgação das mensagens obtidas de forma lícita,
contudo, caso reste configurada hipótese em que o sigilo é necessário para proteger as
pessoas envolvidas ou mesmo proteger o direito à intimidade ou a imagem é possível que
seja decretado o sigilo (art. 189 do CPC).
Atenciosamente,
Paula
Isso não se confunde com trabalho forçado, vedado pelo art. 5º, XLVII, c, da CF. Portanto,
se o condenado se recusar à execução do trabalho, não poderá ser constrangido a tanto,
porém tal conduta implicará cometimento de falta grave (arts. 39, V, e 50, VI, da LEP),
sujeitando-o às sanções disciplinares previstas em lei. Ressalva existe com relação ao
condenado por crime político que, nos termos do art. 200 da LEP, não está obrigado a
trabalhar.
Contudo, quando se trata de trabalho destinado a empresa privada que realiza obra
pública, a prestação pelo preso depende do seu consentimento (art. 36, § 3º), a fim de
evitar que o preso veja obrigado ao trabalho para a entidade que tem, precipuamente, o
intuito de lucro, com a utilização inclusive do trabalho prisional, o que poderia ser visto por
ele como tendo um sentido de exploração econômica.
Fonte: Avena, Norberto. Execução Penal. Grupo GEN, 2019.
Atenciosamente,
Paula
Há, ainda, precedente emblemático em que o STJ aplicou a teoria da perda de uma
chance no julgamento de um caso em que a autora da ação teve frustrada a chance de
ganhar o prêmio de R$ 1 milhão no programa “Show do Milhão” em razão de uma
pergunta mal formulada (REsp 788.548-BA, 4ª T., j. 8-11-2005).
A teoria da perda de uma chance pode ser utilizada como critério para a apuração de
responsabilidade civil, ocasionada por erro médico, na hipótese em que o erro tenha
reduzido possibilidades concretas e reais de cura de paciente. A apreciação do erro de
diagnóstico por parte do juiz deve ser cautelosa, com tônica especial quando os métodos
científicos são discutíveis ou sujeitos a dúvidas, pois nesses casos o erro profissional não
pode ser considerado imperícia, imprudência ou negligência. Na espécie, a perda de uma
chance remota ou improvável de saúde da paciente que recebeu alta hospitalar, em vez
da internação, não constitui erro médico passível de compensação, sobretudo quando
constatado que a sua morte foi um evento raro e extraordinário ligado à ciência médica
(STJ, REsp 1.662.338-SP, 3ª T., rel. Min. Nancy Andrighi, DJe 2-2-2018).
•Responsabilidade subjetiva do hospital pelos atos praticados por seus médicos –
Negligência comprovada – Sequelas irreversíveis – Aplicação da teoria da perda de uma
chance.
A omissão adquire relevância jurídica e torna o omitente responsável quando este tem o
dever jurídico de agir, de praticar um ato para impedir o resultado, como na hipótese,
criando, assim, sua omissão, risco da ocorrência do resultado. A simples chance (de cura
ou sobrevivência) passa a ser considerada como bem juridicamente protegido, pelo que
sua privação indevida vem a ser considerada como passível de ser reparada (STJ, REsp
1.335.622-DF, 3ª T., rel. Min. Villas Bôas Cueva, DJe 27-2-2013).
Atenciosamente,
Paula
O bem de família instituído pela Lei n. 8.009/1990 isenta o imóvel destinado a servir de
domicílio da família do devedor, de execução por dívidas de índole civil, fiscal,
previdenciária, trabalhista ou de qualquer natureza, salvo as exceções previstas em
relação aos débitos descritos no seu artigo 3º, sendo intento do instituto proteger o direito
de propriedade que serve de abrigo para a família, não no propósito de asilar o mau
pagador, e sim no sentido de equilibrar o processo executivo. (Madaleno, Rolf. Direito de
Família. Grupo GEN, 2023. pág. 1.252)
Dito isso, o bem de família não se sujeita a penhora, exceto nas hipóteses legalmente
previstas. Ademais, caso configurada hipótese que excepciona a proteção conferida ao
bem de família e o mesmo seja leiloado, o produto da arrematação não perde a natureza
de bem familiar, não sendo possível a sua penhora para pagamento de dívida fora das
hipóteses previstas no art. 3º da Lei 8.009/90.
Nesse sentido, precedente da 16ª Turma do TRT da 2ª Região ao julgar o Processo nº 1000770-
91.2017.5.02.0262.
Atenciosamente,
Paula
O termo concepturo é utilizado pela doutrina para designar tanto o embrião quanto o
nascituro. Nesse sentido, Rolf Madaleno:
Atenciosamente,
Paula
Atenciosamente,
Paula
Contudo, o direito a reparação moral não é reconhecido quando já existe uma inscrição
prévia, regularmente realizada.
Nesse sentido, o Enunciado 385 da Súmula do STJ: Da anotação irregular em cadastro de proteção ao
crédito, não cabe indenização por dano moral quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao
cancelamento.
Isso ocorre
Atenciosamente,
Paula
Olá, Andreia! Tudo bem?
O interesse de agir é caracterizado pela existência do binômio processual necessidade e adequação
da ação proposta. Dito isso, a apresentação do contrato ou mesmo dos comprovantes de pagamento
das prestações estipuladas não são condições ao exercício da ação, podendo a parte inclusive
pleitear que a instituição seja instada a apresentar os instrumentos de contrato, por ser a parte
hipossuficiente da relação.
Ademais, a assinatura do termo de vistoria e entrega de chaves não afasta o interesse de agir, uma
vez que os vícios redibitórios podem se manifestar somente após o ingresso do comprador no
imóvel.
Há decisões que, na hipótese, tem condicionado a existência de interesse de agir a prévia requisição
administrativa, contudo não é o entendimento que tem prevalecido nos Tribunais.
Nesse sentido:
PROCESSO CIVIL. VÍCIOS DE CONTRUÇÃO. AÇÃO DE REPARAÇÃO. INTERESSE DE
AGIR. EXAURIMENTO DA VIA ADMINISTRATIVA. DESNECESSIDADE. ACESSO À
JUSTIÇA. PRIMAZIA DO JULGAMENTO DE MÉRITO. RETORNO. I Trata-se de recurso de
apelação, interposto pela parte autora, em face da r. sentença que, extinguiu a demanda sem
resolução de mérito por falta de interesse de agir, diante do não exaurimento da via administrativa.
II Consignou a r. sentença que a prévia postulação administrativa é imprescindível para
configurar o interesse processual, uma vez que essa exigência se relaciona com a própria
sistemática desenvolvida pelo agente operador do Programa Minha Casa Minha Vida para a solução
dos problemas dos mutuários com os construtores. III Na jurisprudência desta Corte, por
força do princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário, previsto no art. 5º, XXXV, da CF/88, o
prévio requerimento administrativo junto à Caixa Econômica Federal não deve ser considerado uma
condição para se pleitear indenização por danos materiais e morais em virtude de vícios de
construção em imóvel, ainda que exista canal de comunicação criado para esta finalidade, o
denominado programa De Olho na Qualidade. Precedentes (AC 1003412-88.2019.4.01.3815,
relator Desembargador Federal Souza Prudente, 5T, PJe 16/04/2021). Confiram-se também: AC
1004189-69.2020.4.01.3902, relator Desembargador Federal Carlos Augusto Pires Brandão, 5T, PJe
11/02/2021; AC 1005079- 08.2020.4.01.3902, relatora Desembargadora Federal Daniele Maranhão
Costa, 5T, PJe 15/12/2020; AC 0013060-24.2000.4.01.3800, relator Desembargador Federal Jirair
Aram Meguerian, 6T, e-DJF1 04/08/2015, p. 1435. IV - Frise-se que um dos pilares do Código de
Processo Civil de 2015 é o princípio da primazia do mérito, de forma que o Estado-juiz deve
empregar esforços para resolver, definitivamente, a lide, com a apreciação do mérito da causa. V
Destaco ainda que a exigência de que a parte hipossuficiente emende a inicial para trazer aos
autos cópia do contrato celebrado com a Caixa, quando informado que a respectiva via não foi
entregue à autora quando da sua assinatura; cópia dos projetos arquitetônico, estrutural e de
instalações; três orçamentos oriundos de construtoras/empreiteiras diversas; e laudo individualizado
sobre seu imóvel, constitui obstáculo indevido ao acesso à jurisdição, ao tempo em que a não
realização de prova pericial apta a demonstrar os alegados danos no imóvel induz cerceamento de
defesa, independentemente de quem deva arcar com os custos da prova, sendo admissível em casos
como tais a apresentação como início de prova laudo por amostragem (AC 1001260-
47.2021.4.01.3314, relatora Desembargadora Federal Daniele Maranhão, 5T, PJe 24/02/2022)
(TRF1, AC 1001064-77.2021.4.01.3314, relator Desembargador Federal Souza Prudente, 5T, e-
DJF1 01/04/2022). Igualmente: AC 1002191- 50.2021.4.01.3314, relator Juiz Federal Convocado
Paulo Ricardo de Souza 5T, PJe 27/04/2022). VI Apelação da parte autora provida para
reconhecer o interesse de agir da parte autora e determinar o retorno dos autos à origem para
prosseguimento.
Atenciosamente,
Paula
Nesse sentido:
Há determinadas medidas executivas típicas que a lei exige que somente possam ser
determinadas após requerimento da parte. Três exemplos: a) prisão civil do devedor de
alimentos (art. 538, caput, CPC); b) penhora on-line (art. 854, caput, CPC); c) a inclusão
do nome do executado em cadastros de inadimplentes (art. 782, § 3º, CPC); d) a
constituição de capital na execução de alimentos indenizativos (art. 533, caput, CPC).
(DIDIER JR, Fredie; DA CUNHA, Leonardo Carneiro; BRAGA, Paula Samo; e DE
OLIVEIRA, Alexandre. Curso de Direito Processual Civil, vol. 5. 7ª ed. - Salvador: Ed.
JusPodivm, 2017. Página117)
Atenciosamente,
Paula
"o preço dos serviços será calculado pela conversão do valor de referência para a moeda do pais do contratante,
observada a soma com a carga tributária do LOCAL ONDE SE CONSTITUIR A OBRIGAÇÃO".
Assim, a luz da LINDB, o examinador pergunta qual a carga tributária a ser considerada, que no caso será a do
local onde se constituiu a obrigação.
In verbis:
Atenciosamente,
Paula
Depois de ultrapassado um ano, os autos são arquivados (§ 2º), sem entretanto, acarretar
a extinção do processo.
A prescrição da execução tem como termo inicial a ciência (pelo exequente) da primeira
tentativa infrutífera de localização do devedor ou de bens penhoráveis, e será suspensa
por uma única vez, pelo prazo máximo de um ano previsto no § 1º do art. 921.
Observe-se que, uma vez consumado o lapso prescritivo, a audiência das partes não se
destina a convocá-las a dar prosseguimento à execução. Nessa altura, se não
demonstrada alguma causa de interrupção da prescrição, outro destino não terá o
processo senão a sua extinção da pretensão do exequente.
Proposta a execução, o executado deve ser intimado para pagar. Contudo, o executado
não é encontrado ou, embora encontrado, não paga e não são localizados bens
penhoráveis capazes de satisfazer a obrigação.
Assim, ante a não localização do devedor ou, na segunda hipótese, inexistência de bens
penhoráveis do devedor, o processo será suspenso pelo prazo de um ano.
Assim sendo, após o transcurso de um ano de suspensão mais o transcurso de três anos
do prazo prescricional o juiz, depois de ouvidas as partes, poderá reconhecer a prescrição
intercorrente.
Bons Estudos!
Atenciosamente,Paula
No caso narrado, ao menos três dos membros da família possuem domicílio necessário, o
que afasta a regra do domicílio voluntário.
Portanto, a afirmativa I é incorreta, visto que não são todos os membros da família que
possuem domicílio voluntário.
Sobre o assunto:
Júlia, estudante de 12 anos é incapaz, logo possui como domicílio necessário o do seu
representante ou assistente.
CC:
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o
preso.
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas
funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do
marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.
Como dito, Carlos é servidor público é tem como domicílio necessário o lugar em que exercer
permanentemente suas funções, portanto seu domicílio em São Carlos não se restringe às relações
concernentes à profissão.
Atenciosamente,
Paula
O erro da alternativa “E” é prever que as árvores são consideradas parte do imóvel
independentemente de sua destinação, visto que há entendimento jurisprudencial no
sentido de que a cobertura vegetal lenhosa destinada ao corte, em razão da destinação econômica do
bem e a depender da vontade das partes, também pode ser classificada como bem móvel por antecipação.
Nesse sentido:
Informativo 651)
Atenciosamente,
Paula
Inicialmente, é preciso considerar que apenas o fato de um imóvel não possuir matrícula
não significa que o mesmo é considerado terra devoluta, de modo que não
necessariamente será um bem público.
Terras devolutas são aquelas que não estão afetadas a nenhum uso público ou particular,
sendo consideradas bem público e insuscetíveis de aquisição por usucapião.
Nesse sentido:
Assim, somente podem ser objeto de usucapião bens do domínio particular, não podendo
sê-lo os terrenos de marinha e as terras devolutas. Estas não mais podem ser objeto de
usucapião pro labore, em face da expressa proibição constante do parágrafo único do
mencionado art. 191 da Constituição Federal. (Goncalves, Carlos R. Direito Civil
Brasileiro: Direito das Coisas. v.5. Editora Saraiva, 2023. Pág. 109)
Embora a ausência e matrícula possa ser um indício de que o imóvel seria classificado
como terra devoluta, não o será se restar configurado que integram ou já integraram o
patrimônio particular.
Portanto, a ausência de matrícula, por si só, não impede a aquisição por usucapião.
Atenciosamente,
Paula
Atenciosamente,
Paula
Olá, Samuel! Tudo bem?
A decisão de cancelamento da distribuição, prevista no art. 290 do CPC, ocorre quando há o
indeferimento da petição inicial por uma razão específica, qual seja ausência de recolhimento das
custas iniciais mesmo após a intimação do autor para tanto, com fulcro no art. 330, IV e 485 I do
CPC. Neste caso, deve o juízo, por ato meramente administrativo, determinar o cancelamento da
distribuição e de todos os registros referentes àquele “processo” (que não é verdadeiramente um
processo pois falta pressuposto de existência). Contudo, o ato que determina o cancelamento da
distribuição tem natureza de sentença, impugnável por apelação.
Por fim, cumpre mencionar que o cancelamento da distribuição não enseja o pagamento de custas,
visto que o legislador previu uma consequência específica para o não pagamento das custas iniciais
( REsp 1.906.378).
“2. Quando a extinção decorre de não recolhimento das custas iniciais, o autor não tem obrigação de
quitar as custas finais, uma vez que essa hipótese se amolda ao cancelamento da distribuição, nos
moldes do art. 290 do CPC/2015. 3. Nesse sentido o entendimento desta 3ª Turma Cível do TJDFT:
'[...]1. A extinção do processo, sem resolução de mérito, ante a falta de pagamento das custas
processuais (ausência de pressuposto de constituição e de desenvolvimento válido e regular), com o
consequente cancelamento da distribuição, dispensa o pagamento das custas processuais finais. [...]'
(Acórdão 1345439, 07336961620208070001, Relator: FÁTIMA RAFAEL, 3ª Turma Cível, data de
julgamento: 1/6/2021, publicado no DJE: 21/6/2021. Pág.: Sem Página Cadastrada.).”
Acórdão 1420189, 07349480920208070016, Relator: ANA MARIA FERREIRA DA SILVA, 3ª Turma
Cível, data de julgamento: 28/4/2022, publicado no DJE: 16/5/2022.
Atenciosamente,
Paula
Averiguando o desaparecimento de uma pessoa de seu domicílio, sem que haja notícia
sobre seu paradeiro, e sem deixar representante ou procurador, para que possa
administrar seus bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, podendo ser
parente ou não, ou ainda do Ministério Público, declarará a ausência e, em seguida,
designará um curador, apenas se houver bens para serem administrados.
Contudo, na hipótese de alguém desaparecer de seu domicílio deixando representante
(art. 115 do CC), não se pode impor o comando do art. 22 do CC. Hipótese em que a
declaração de ausência observa do art. 26 do CC.
Vale ressaltar que haverá a nomeação de curador quando o ausente deixar mandatário
que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato ou se seus poderes forem
insuficientes para dar continuidade à administração do patrimônio (art. 23).
Atenciosamente,
Paula
É completamente possível.
Atenciosamente,
Paula
Nesse sentido:
Se durante a vacatio legis ocorrer nova publicação de seu texto, para a correção de erros
materiais ou falha de ortografia, o prazo da obrigatoriedade começará a correr da nova
publicação (LINDB, art. 1º, § 3º). O novo prazo para a entrada em vigor da lei só corre
para a parte corrigida ou emendada, ou seja, apenas os artigos republicados terão prazo
de vigência contado da nova publicação, para que o texto correto seja conhecido, sem
necessidade de que se vote nova lei. Os direitos e as obrigações baseados no texto legal
publicado hão de ser respeitados. (Goncalves, Carlos R. Direito Civil Brasileiro: Parte
Geral. v.1. Editora Saraiva, 2023. Pág. 25)
Atenciosamente,
Paula
Dos três critérios anteriores, o cronológico, constante do art. 2.º da Lei de Introdução, é o
mais fraco de todos, sucumbindo diante dos demais. O critério da especialidade é o
intermediário e o da hierarquia o mais forte de todos, tendo em vista a importância do
Texto Constitucional.
Antinomia de 1.º grau: conflito de normas que envolve apenas um dos critérios expostos.
Antinomia de 2.º grau: choque de normas válidas que envolve dois dos critérios
analisados.
Havendo conflito entre norma superior anterior e outra inferior posterior, prevalece
também a primeira (critério hierárquico), outro caso de antinomia de segundo grau
aparente.
Por fim, quando se tem conflito entre uma norma geral superior e outra norma, especial e
inferior, haverá um antinomia real, ou seja, uma situação que não pode ser resolvida com
os metacritérios antes expostos.
Nesses casos, Flávio Tartuce leciona que:
Pelo Legislativo, cabe a edição de uma terceira norma, dizendo qual das duas normas em
conflito deve ser aplicada. Mas, para o âmbito jurídico, o que mais interessa é a solução
do Judiciário.
Mais uma vez entram em cena esses importantes preceitos da Lei de Introdução. Pelo art.
4.º, pode o magistrado aplicar a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito,
sem que essa ordem seja obrigatoriamente respeitada. Seguindo o que preceitua o seu
art. 5.º, deve o juiz buscar a função social da norma e as exigências do bem comum, ou
seja, a pacificação social. Não se pode esquecer, igualmente, da aplicação imediata dos
princípios fundamentais que protegem a pessoa humana e da regra constante do art. 8.º
do CPC/2015, anteriormente transcrita.(Tartuce, Flávio. Direito Civil: Lei de Introdução e
Parte Geral. v.1. Grupo GEN, 2023. Pág. 35)
Atenciosamente,
Paula
Por fim, a página dos informativos disponibilizada no site do STJ oferece informações
sobre o inteiro teor dos julgados que resultaram nos destaques divulgados, que explicam
os entendimentos adotados pela Corte.
https://processo.stj.jus.br/jurisprudencia/externo/informativo/
Atenciosamente,
Paula
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
(...)
§ 3º Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.
Atenciosamente,
Paula
Atenciosamente,
Paula
Olá, XX! Tudo bem?
Atenciosamente,
Paula
Observa-se, entretanto, que, com o novo CPC, foi eliminada a exigência de homologação
para a sentença estrangeira de divórcio consensual simples ou puro, quando a decisão
cuida apenas da dissolução do casamento. Havendo envolvimento de guarda de filhos,
alimentos ou partilha de bens, a homologação do divórcio consensual continua
necessária, mas não se exige o transcurso do prazo de um ano (HDE 4.289/EX).
Atenciosamente,Paula
1ª tese: É necessária a edição de lei em sentido formal para a tipificação do crime contra a
humanidade trazida pelo Estatuto de Roma, mesmo se cuidando de Tratado internalizado.
2ª tese: O disposto na Convenção sobre a Imprescritibilidade dos Crimes de Guerra e dos Crimes
contra a Humanidade não torna inaplicável o art. 107, inciso IV, do Código Penal.
Na oportunidade, o STJ entendeu que o Estatuto de Roma, que conceitua os crimes contra a
humanidade, não tem efeitos penais no Brasil, onde impera o pressuposto da lei penal em sentido
estrito para a tipificação de crimes. Assim sendo, não é possível utilizar tipo penal descrito em
tratado internacional para tipificar condutas internamente, sob pena de se violar o princípio da
legalidade, segundo o qual “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal” (art. 5º, XXXIX, da CF/88).
Atenciosamente,
Paula
Olá, Mariana! Tudo bem?
O bem de família convencional ou voluntário pode ser instituído pelos cônjuges, pela
entidade familiar ou por terceiro, mediante escritura pública ou testamento, não podendo
ultrapassar um terço do patrimônio líquido das pessoas que fazem a instituição (art. 1.711
do CC). O limite estabelecido pela legislação visa a proteger eventuais credores. Também
pelo que consta da parte final desse dispositivo, o bem de família convencional não
revogou o bem de família legal, coexistindo ambos em nosso ordenamento jurídico.
O que ocorre é que, nos casos em que a entidade familiar possua pluralidade de imóveis,
residenciais urbanos ou rurais, podendo também abranger valores mobiliários, cuja renda
será aplicada na conservação do bem e no sustento da família, podem eleger ou
convencionar aquele que será objeto da proteção conferida ao bem de família.
Essa proteção convencional só passa a valer a partir da sua instituição, de modo que não
se aplica, por exemplo, a dívidas anteriores. Assim, para as dívidas anteriores a instituição
prevalece o bem de família legal, para as posteriores o bem de família convencional,
devendo ser observadas, ainda as hipóteses que excepcionam a proteção legal ou
convencional. Por isso se diz que ambos os regimes coexistem.
Atenciosamente,
Paula
A única hipótese em que teoricamente seria possível a emancipação antes dos 16 anos
seria se houvesse a colação de grau em curso superior, pois nas demais hipóteses ou há
previsão expressa prevendo a idade mínima de 16 anos ou a limitação decorre de outras
normas, como a proibição do casamento aos menores de 16 anos ou o fato de que
dificilmente a lei admitirá o provimento efetivo em cargo ou emprego público antes dos
dezoito anos, até mesmo porque esta é a idade mínima admitida para a capacidade plena
trabalhista.
Atenciosamente,
Paula
Os bens imóveis por determinação legal são aqueles em que não prevalece o aspecto
naturalístico do bem, senão a vontade do legislador.
Principalmente por imperativo de segurança jurídica, a lei civil optou por considerar tais
bens de natureza imobiliária.
Dito isso, são considerados imóveis por força de lei “os direitos reais sobre imóveis e as
ações que os asseguram”, bem como “o direito à sucessão aberta” (art. 80, I e II).
Os navios e as aeronaves são bens móveis propriamente ditos. Podem ser imobilizados,
no entanto, somente para fins de hipoteca, que é direito real de garantia sobre imóveis
(CC, art. 1.473, VI e VII; Código Brasileiro de Aeronáutica – Lei n. 7.565, de 19-12-1986,
art. 138).
Fonte: Goncalves, Carlos R. Direito Civil Brasileiro: Parte Geral. v.1. Editora Saraiva,
2023.
Atenciosamente,
Paula
Atenciosamente,
Paula
Vale ressaltar, ainda, que a jurisprudência entende ser possível o particular buscar a
proteção possessória de bem público em face de outro particular (REsp 1.296.964-DF),
mas NÃO em face do poder público.
Atenciosamente,
Paula
Dito isso, adotando esse segundo posicionamento, ainda sim seria necessário que os
requisitos a serem adotados fossem equivalentes aos do casamento, ou seja, seria
necessário respeitar a idade mínima de 16 anos, a autorização expressa dos
representantes legais que detêm o poder familiar e o reconhecimento solene da união
estável.
Portanto, uma união estável constituída de fato sem a concordância dos representantes
legais, mesmo para essa segunda corrente, não seria causa de emancipação do menor.
Atenciosamente,
Paula
De todo modo, a proteção alcança apenas um imóvel, o que diferencia é que na hipótese
de proteção apenas do bem legal, havendo mais de um imóvel, a impenhorabilidade será
apenas do bem de menor valor. Por outro lado, havendo bem convencional a
impenhorabilidade poderá incidir sobre o imóvel de maior valor que foi escolhido para
receber a proteção.
Atenciosamente,
Paula
Infelizmente, os sistemas do STJ estão fora do ar até o dia 07/01, o que alcança a página
de jurisprudência, de modo que não é possível utilizar as ferramentas de busca
disponibilizadas para indicar os precedentes mais recentes.
https://www.stj.jus.br/static/manutencao.html
(…) A recusa indevida de cobertura, pela operadora de plano de saúde, nos casos de urgência ou emergência,
enseja reparação a título de dano moral, em razão do agravamento ou aflição psicológica ao beneficiário, ante a
situação vulnerável em que se encontra (STJ. 4ª Turma. AgInt no AgInt no REsp 1.804.520/SP, DJe de 02/04/2020).
Atenciosamente,
Paula
Olá, Artur! Tudo bem?
Nesse sentido:
Atenciosamente,
Paula
Olá, Artur! Tudo bem?
A genitora pode ser responsabilizada pelos danos morais e materiais causados ao réu da
ação de alimentos gravídicos, caso reste caracterizada a indicação do suposto pai com
dolo ou culpa.
Nesse sentido:
Atenciosamente,
Paula
Atenciosamente,
Paula
Atenciosamente,
Paula
Atenciosamente,
Paula
Atenciosamente,
Paula
Olá, Vanessa!
Não indicamos um Vade Mecum específico, mas, em geral, o de preferência dos alunos é
o da editora Rideel, que costuma ser o mais completo em termos de legislação e de
remissões.
Contudo, o ideal será aquele que você considerar mais adequado para suas
necessidades, bem como aquele que considerar mais fácil para o seu manuseio.
Atenciosamente,
Paula
https://forms.clickup.com/3034589/f/2wkex-6643/DW1QIV6W27JGFRBKVY
Atenciosamente,
Paula
https://forms.clickup.com/3034589/f/2wkex-6643/DW1QIV6W27JGFRBKVY
Atenciosamente,
Paula
Atenciosamente,
Paula
Em regra, se considera que os valores pagos antes do casamento são considerados bem
particular e as parcelas do financiamento quitadas durante a vigência do casamento
devem ser partilhadas, por se tratar de bem que decorre de esforço comum, ainda que o
imóvel tenha sido adquirido originalmente por apenas um dos cônjuges.
2. Nos termos dos artigos 1.661 e 1.659 do Código Civil de 2002, não se comunicam, na
partilha decorrente de divórcio, os bens obtidos com valores aferidos exclusivamente a
partir de patrimônio pertencente a um dos ex-cônjuges durante o namoro 3. Na hipótese,
ausente a affectio maritalis, o objeto da partilha é incomunicável, sob pena de
enriquecimento sem causa de outrem.
(REsp n. 1.841.128/MG, relator Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira Turma,
julgado em 23/11/2021, DJe de 9/12/2021.)
Atenciosamente,
Paula
Sem prejuízo desses mecanismos tradicionais, que parecem ser mais seguros e efetivos, vejamos
dois instrumentos tidos como novos e que geram muitas dúvidas e divergências a respeito do
planejamento sucessório, quais sejam a holding familiar e o trust.
Sobre o primeiro, explica Rodrigo Toscano de Brito que o verbo to hold significa segurar, manter,
controlar, guardar, sendo a holding familiar uma sociedade que detém participação societária em
outra pessoa jurídica com a finalidade de controlar “o patrimônio da família para fins de
organização patrimonial, diminuição de custo tributário e planejamento sucessório” (Planejamento
sucessório... 2018, p. 672).
Ainda segundo o autor, a constituição pode se dar por meio de uma sociedade simples ou
empresária, o que é definido pelos próprios membros da família. Dentre as suas funções e
utilidades, destaca ele a maior possibilidade de conter os conflitos entre os membros da família, sem
afetar a sociedade controlada, que continua produzindo riquezas, mantendo os seus funcionários e
pagando os tributos.
Preferimos pensar diferente. De fato, é possível se organizar em sociedade ou por meio de outras
formas de constituição de pessoas jurídicas, dentro dos limites da autonomia privada e desde que
não se afronte a legítima, que é segunda regra que não se pode perder de vista. Assim, parece-nos
que todos os contratos existentes dentro dos limites das normas sucessórias são válidos e eficazes,
inclusive de constituição de holdings, para fins de planejamento sucessório, diante de uma
interpretação conforme a harmonização das regras sobre liberdade e as limitações aqui referidas,
presentes no Código Civil” (TOSCANO DE BRITO, Rodrigo. Planejamento sucessório..., 2018, p.
671).
Discorda-se, com o devido respeito, uma vez que, como têm sido estabelecidos no Brasil, tais
negócios jurídicos são claramente nulos. Se são muitos, então temos uma realidade em que a
nulidade absoluta acabou por ser propagada de forma continuada em nosso País, sob o manto do
planejamento sucessório. Se há uma sociedade – que tem natureza contratual –, instituída com o
objetivo de administrar os bens de alguém ou de uma família e de dividir esses mesmos bens em
caso de falecimento, a afronta ao art. 426 do Código Civil é clara e cristalina.
Cite-se, ainda, situação de maior gravidade analisada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, em que
se reconheceu que a holding familiar foi utilizada com intuito de desvio de dinheiro público,
caracterizando improbidade administrativa:
“Nessa esteira, a Convenção de Haia estabelece que (i) os bens em trust constituem patrimônio
separado, que não se confunde com o patrimônio pessoal do trustee; (ii) a titularidade dos bens em
trust fica em nome do trustee; (iii) o trustee tem o poder e o dever, do qual deve prestar contas, de
administrar, gerir ou dispor dos bens, de acordo com os termos do trust e com os deveres
específicos que lhe são impostos por lei; (iv) os credores pessoais do trustee não podem excutir os
bens em trust; (v) os bens em trust não serão arrecadados na hipótese da insolvência ou falência do
trustee; e (vi) os bens em trust não integram o patrimônio da sociedade conjugal nem o espólio do
trustee” (OLIVA, Milena Donato. Trust, 2018, p. 367-368).
Esclareça-se, na linha das lições da mesma doutrinadora, que o trustee é quem recebe a titularidade
das situações jurídicas conferidas em trust, sendo proprietário desses direitos e responsável pela sua
administração. Existem, ainda, duas figuras envolvidas, sendo a primeira delas o seu instituidor, que
é o settlor. A segunda é o cestui que trust, que é o beneficiário da instituição, sendo o destinatário de
todos os benefícios econômicos que derivam do trust. Como conclui a jurista por último citada, o
trust não é equiparável a qualquer instituto jurídico do ordenamento jurídico brasileiro.
A compreensão da estrutura descrita já demonstra uma série de problemas que podem surgir na
realidade jurídica brasileira, notadamente diante da existência de autonomia entre o patrimônio em
trust e os bens pessoais do trustee.
Em uma realidade social na qual prosperam mecanismos jurídicos utilizados com intuito de fraude e
a busca de sofisticados meios de blindagem patrimonial, criados para que os interessados se furtem
de dívidas antes constituídas, a instituição do trust não pode nem deve resistir perante as alegações
de simulação, fraude contra credores, fraude à execução, ou mesmo diante da possibilidade de
aplicação do instituto da desconsideração da personalidade jurídica, em qualquer uma de suas
modalidades.
Eventualmente, caso haja lesão aos bens que compõem a quota dos herdeiros necessários, pode-se
falar, ainda, em fraude à legítima, presente a nulidade absoluta da sua instituição por lesão a
preceitos de ordem pública, havendo o objetivo de fraude à lei imperativa (art. 166, inc. VI, do CC).
Ademais, parece-me que muitas vezes a instituição do trust como mecanismo de planejamento
sucessório tem como objetivo a gestão e a divisão futura de bens de uma pessoa ainda viva,
entrando em conflito com o teor do antes citado art. 426 do Código Civil. Haveria, assim, problema
similar ao que ocorre com a holding familiar e que ora descrevi.
(Tartuce, Flávio. Direito Civil: Direito das Sucessões. v.6. Grupo GEN, 2023. Pág. 616)
Atenciosamente,
Paula
Paula