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Prad Anderson Pires

O documento apresenta um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas para a propriedade de Anderson Pires, localizada no Parque Estadual do Biribiri. O plano inclui atividades para restaurar a vegetação, proteger o solo e promover a sustentabilidade ambiental. Além disso, são detalhadas as características do empreendimento, a equipe técnica envolvida e o cronograma de execução das ações propostas.

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Prad Anderson Pires

O documento apresenta um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas para a propriedade de Anderson Pires, localizada no Parque Estadual do Biribiri. O plano inclui atividades para restaurar a vegetação, proteger o solo e promover a sustentabilidade ambiental. Além disso, são detalhadas as características do empreendimento, a equipe técnica envolvida e o cronograma de execução das ações propostas.

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Plano de Recuperação de Áreas Degradadas

Proprietário:Anderson Pires

5 de setembro de 2018
Sumário

Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Atividade Prevista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Caracterização do Empreendimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Identificação do Requerente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Identificação da Equipe Técnica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Caracterı́sticas do Empreendimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Caracterı́sticas do Imóvel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Clima e Temperatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Geologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Pedologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Hidrografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Caracterização da Flora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Plano de Recuperação de Área Degradada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Alterações no meio ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Formas de Recuperação Adotadas no PRAD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Metodologia de recuperação da área . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Espécies indicadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Implantação e Manutenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Cronograma de Execução Fı́sica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Monitoramento Ambiental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Dos Custos de Implantação do Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Lista de Figuras

1 Localização do Imóvel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2 Gráfico de temperaturas médias mensais, temperaturas máximas mensais, tem-
peraturas mı́nimas mensais, temperatura média anual, temperatura máxima anual
e temperatura mı́nima anual (IGAM, 2013). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3 Histograma de precipitação média mensal para o municı́pio de Diamantina
(IGAM, 2013). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
4 Umidade relativa média mensal ao decorrer do ano (IGAM, 2013). . . . . . . . 10
5 Mapa de Solos do Municipio de Diamantina/MG . . . . . . . . . . . . . . . . 12
6 Divisão das Regiões Hidrográficas (RH) existentes no Estado de Minas Gerais
(MG). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
7 Municipios da Bacia Hidrográficas do Rio Jequitinhonha (IGAM, 2013). . . . . 15
8 Bacia hidrográfica do Alto Jequitinhonha (IGAM, 2013). . . . . . . . . . . . . 15
9 Distribuição dos Biomas Brasileiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
10 Vista áerea da área a ser recuperada, sendo a área objeto destacada em vermelho 20
11 Esquema de plantio proposto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
12 Cronograma trimestral das atividades de recuperação da área para os próximos
três anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

2
Lista de Tabelas

1 Umidade relativa, considerando a média anual e as médias para os perı́odos de


seca e úmido. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2 Relação das espécies selecionadas para o plantio de enriquencimento . . . . . . 22

3
˜
Apresentaçao
˜ feitas pelo Ministério Publico
Em atendimento as solicitaçoes ´ através do processo: 0216.15.000330-
´
1 o senhor Anderson Pires responsável pelo imovel denominado Sı́tio Falcão (Alto da Jacuba)
˜ de Áreas Degradadas, buscando minimizar os
vem apresentar o presente Plano de Recuperaçao
impactos provocados na referida propriedade que se encontra no interior do Parque Estadual do
˜ do plano a partir da aprovaçao
Biribiri, bem como solicita a execuçao ˜ do mesmo pelos órgãos
competentes.
Cabe ainda frisar que uma via de igual teor a presente será protocolada e entregue junto
ao Instituto Estadual de Florestas (IEF) e ou a Superintendência Regional de Meio Ambiente
(SUPRAM).

Atividade Prevista
˜ ambiental, que garantam a sus-
Pretende-se estabelecer as melhores técnicas de recuperaçao
˜ do solo, revegetaçao
tentabilidade através da harmonia paisagı́stica, conservaçao ˜ e retorno da
˜
fauna regional, com isso proporcionando as seguintes condiçoes:

• Proteger o solo contra a erosão superficial.

• Criar condiçoes
˜ para germinaçao
˜ de sementes.

• Reduzir a erodibilidade e incorporar matéria orgânica no solo.

• Ancorar sementes e fertilizantes.

• Reduzir o escoamento superficial da água.

• Possibilitar a infiltraçao
˜ de água no solo.

• Reduzir o carreamento de sedimentos para os cursos d’água.

• Incorporar e manter os nutrientes no solo.

• Melhorar imediatamente o aspecto visual da área degradada.

• Proporcionar rapidez no processo de revegetaçao.


˜

• Impedir a erosão hı́drica.

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˜ do Empreendimento
Caracterizaçao
˜ do PRAD está situada no interior do Parque Estadual do
A área objeto da implantaçao
Biribiri apresentando uma área de aproximadamente 0,4870 hectares, estando situada a direita
do Campus JK da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.
ˆ
No interior da propriedade não é desenvolvida nenhuma atividade de carater economico,
˜ e lazer.
sendo a mesma utilizada somente com o intuito de recreaçao

˜ do Requerente
Identificaçao

´
Proprietario: Anderson Pires
CPF: 574.354.726-20
Endereço Rua Getulio Vargas, 370 - Bairro Vila Operária, Diamantina/MG.
Telefone: 38-9-8835.1092

˜ da Equipe Técnica
Identificaçao

´
Responsavel Técnico pelo projeto: Heverton de Paula
˜ Engenheiro Florestal
Atribuiçao:
CREA/MG: 203.089/D
Endereço Rua Campos Carvalho, 19 – Sala 13, Centro, Diamantina/MG.
Telefone: 38-3531.6900 - 38-99738.3274

Caracterı́sticas do Empreendimento
˜ deste relatorio,
Para a elaboraçao ´ foram realizados os seguintes serviços:

• Levantamento e descriçao
˜ do meio fı́sico, como geologia, recursos hı́dricos, vegetaçao
˜ e
´
do meio antropico presentes na área de interesse e seu entorno;

• Levantamento de dados em relaçao


˜ ao uso e ocupaçao
˜ do solo da área e de seu entorno;

• Estudo de medidas para atenuar eventuais impactos.

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´
Caracterı́sticas do Imovel

Nome:Sı́tio Falcão (Alto da Jacuba)


´
Area Total da Gleba (ha):0,4870
´
Coordenadas geograficas de referência:X = 649287.03 m E , Y = 7987265.07 m S
Roteiro de acesso: Partindo de Diamantina, deve-se seguir pela BR-367 em direçao
˜ a Couto
Magalhães de Minas por aproximadamente 5 km até o portão de entrada da UFVJM e virar a
direita, seguindo para o interior do Parque Estadual do Biribiri, por onde deve-se percorrer
´
aproximadamente 1,5 km até chegar ao imovel ˜ deste plano.
objeto da implantaçao

˜ do Imovel
Figura 1: Localizaçao ´

˜ da altitude, o clima apresenta temperaturas amenas durante boa parte do ano,


Em funçao
´
com média historica para o municı́pio de Diamantina de 18,96o C, oscilando para 16,09o C no
mês mais frio e 21,27o C no mês mais quente. Com média anual de precipitaçao
˜ de 1351,22
˜ bem definidas (uma chuvosa e uma seca).
mm, com duas estaçoes
˜ a melhor classificaçao
Quanto a vegetaçao, ˜ fisionomica
ˆ é a de cerrado, sendo a área carac-
terizada pelo predomı́nio de arbustos existindo também espécies herbáceas e árboreas.

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Diagnostico ambiental da área de influência do empreendi-
mento

Diagnostico ambiental da área de influência do empreendi-


mento

Clima e Temperatura

˜ dos parâmetros Climatologicos


A caracterizaçao ´ para a área de estudo em questão foi ba-
´
seada nas Normais Climatologicas (1961-1990) do INMET e dados pluviométricos da ANA
´
(Hidroweb). O perı́odo das normais climatologicas atendem as nescessidades previstas pela
˜ Meteorologica
Organizaçao ´ Mundial (OMM) com base em princı́pios estatı́sticos de tendência
de valor médio de trinta anos. Desta forma, neste presente item serão explorados os dados
´
climatologicos ˜
existentes para a região, tendo ênfase naqueles que compoem ˜ meteo-
a estaçao
´
rologica de Diamantina.
˜ bem defi-
O clima do municı́pio de Diamantina se caracteriza por apresentar duas estaçoes
nidas: uma seca (de maio a setembro), em que as temperaturas são baixas, e outra úmida (de
˜ de Koppen,
outubro a abril) em que as temperaturas são mais altas. Segundo a classificaçao
o clima da região - comum à cordilheira do Espinhaço como um todo é caracteristicamente
mesotérmico brando, tipo Cwb (intertropical).
Devido as altitudes elevadas, as temperaturas nos meses de verão são agradaveis (22-28o C)
e o inverno apresenta-se pouco rigoroso (10-15o ). Segundo os dados obtidos na estaçao
˜ me-
´
teorologica da área, a média do mês mais frio é 15,3o (julho) e a do mes mais quente 20o C
(fevereiro).

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Figura 2: Gráfico de temperaturas médias mensais, temperaturas máximas mensais, tempe-
raturas mı́nimas mensais, temperatura média anual, temperatura máxima anual e temperatura
mı́nima anual (IGAM, 2013).

Com base na Figura 2 é possı́vel caracterizar que o mês mais frio é julho com tempera-
tura média absoluta de 11C, bem como o perı́odo mais ameno de temperaturas compreende
os meses de junho a agosto, e o mês mais quente é fevereiro com temperatura absoluta média
de 27,8C, sendo o perı́odo de calor caracterizado entre janeiro e março, conforme análise dos
´
dados historicos. Ainda, é possı́vel caracterizar que ao decorrer do ano as temperaturas médias
˜ de amplitude térmica no municı́pio na escala de 16,8 C, vari-
mensais possuem uma variaçao
ando entre 11C a 27,8C, quando avaliado o extremo entre perı́odos de calor e perı́odos de frio
(entre as médias das máximas e das mı́nimas).
Já, a amplitude térmica das médias mı́nimas é caracterizada por 5,2 C , respaldado pela
˜ entre 16,1 o C e 11 C. A amplitude térmica para o perı́odo de calor possui maior
variaçao
˜ caracterizando 6,6 C referente à diferença de 27,8 C e 21,2 C.
variaçao
˜ média ao decorrer dos meses do ano caracteriza duas amplitudes bem de-
A precipitaçao
finidas, o perı́odo chuvoso caracterizado pelos meses de Outubro a Março, que corresponde a
˜ que variam entre 121,5 mm a 307 mm e o perı́odo de seca compreendido entre
precipitaçoes
˜ média
abril a setembro com volumes de chuva variando entre 7,7 mm a 78,8 mm. A precipitaçao
anual acumulada abrange a escala de 1404,7 mm para o municı́pio de Diamantina (Figura 3).

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˜ média mensal para o municı́pio de Diamantina (IGAM,
Figura 3: Histograma de precipitaçao
2013).

O ı́ndice mais conhecido para descrever as caracterı́sticas higrométricas da atmosfera é a


˜ umidade relativa do ar é a razão entre o conteudo
umidade relativa do ar. Por definiçao, ´ de
˜ atual/real, ou seja, a capacidade do ar circulante em captar o vapor de água
vapor na condiçao
˜ A precipitaçao
das superfı́cies livres, solos e vegetaçao. ˜ é derivada desta água atmosférica.
´
A umidade relativa do ar indica o quanto proximo ˜ ao invés de indicar
o ar está da saturaçao,
´ de vapor d’água permanecer constante,
a real quantidade de vapor d’água no ar. Se o conteudo
um decréscimo na temperatura aumentará a umidade relativa do ar e um aumento na temperatura
causa o efeito reverso.
Desta forma, se torna possı́vel verificar que quanto maior a temperatura do ar, maior sua
capacidade em reter vapor d’água. Assim, ao longo do dia com o aumento da temperatura do
˜ e menor a umidade
ar maior a razão de mistura do ar e, portanto, mais distante da saturaçao
relativa. Ainda, é possı́vel diagnosticar que a umidade relativa do ar também decresce com a
altitude e é maior sobre áreas vegetadas do que sobre o solo estéril 1.

Tabela 1: Umidade relativa, considerando a média anual e as médias para os perı́odos de seca e
´
umido.

˜
Estaçao Anual (%) Perı́odo Seco (%) Perı́odo Chuvoso (%)
Diamantina 76,7 74,8 78,5

Em análise da Tabela 1 e Figura 4 se torna possı́vel caracterizar que o perı́odo de menor


umidade corresponde aos meses de inverno (maio a setembro), coincidindo com o perı́odo em
˜ são menos frequentes. A média anual é em torno de 76,7% na estaçao
que as precipitaçoes ˜ de

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Diamantina.

Figura 4: Umidade relativa média mensal ao decorrer do ano (IGAM, 2013).

Em agosto ocorrem as menores médias mensais (UR 69,8%), dependendo principalmente


˜ Os maiores ı́ndices são diagnosticados em dezem-
dos correspondentes valores de precipitaçao.
´
bro, com valores proximos de 81,8% de UR.

Geologia

˜ central da Serra do Espinhaço, o qual apresenta uma


Diamantina está inseria na porçao
˜ no quadro geologico-geotectonico
singular posiçao ´ ˆ brasileiro. A região apresenta terrenos ar-
´
queanos e proterozoicos e que são divididos em quatro conjuntos principais, os quais cada qual
˜ geotectonica
reflete uma evoluçao ˆ distinta.
˜ litologica
O terreno Arqueno ocorre mais ao sul da região representado pela associaçao ´
granı́ticomigmatitico do Complexo de Gouveia e pela sequência superior (Grupo Costa Sena)
´ com predomı́nio de metassedimentos (micaxistos e quartzitos) e
do Supergrupo Rio Parauna
subordinadamente metavulcânicas máficas e félsicas.
´ tardia a mesoproterozoica,
De idade paleoproterozoica ´ ocorrem os metassedimentos do Su-
pergrupo Espinhaço recobrindo discordantemente os terrenos arqueanos e abrangendo grande
˜ metassedimentar de baixo grau metamorfico
parte da área. A associaçao ´ é caracterizada, so-
bretudo, por pacotes alternados de quartzitos e filitos, aparecendo localmente horizontes de
metavulcânicas sinsedimentares e lentes de metaconglomerado polimı́tico portadores de dia-
˜ mais inferiores do conjunto. Esta sequência supracrustal é dividida em dois
mante nas porçoes
˜ São João da Chapada,
grupos. Dentre estes, o grupo Guinda, representado pelas formaçoes

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Sopa-Brumadinho e Galho do Miguel relacionados a ambientes, especialmente fluviais e ma-
˜ (leques aluviais, sistemas fluviais entrelaçados). O
rinhos costeiros no inı́cio da sedimentaçao
˜ carac-
grupo Conselheiro Mata representa as sequências medianas e superiores com deposiçao
terı́sticas de marinhos rasos sob influência de marés.
Na região ocorrem também diques e soleiras de metabásicas intrusivas (metadiabásios e
˜ do Supergrupo Espinhaço, consequência de compressão crustal
metagabros). A deformaçao
regional de W para E, apresenta sistema de anticlinais e sinclinais abertos e assimétricos de ei-
xos N-S e falhamento inverso ou de empurrão, principalmente nas zonas limı́trofes aos terrenos
arqueanos.
´
O grupo Macaubas ´ Superior), de origem glacial, sobrepoe-se
(Proterozoico ˜ ao grupo espinhaço
de forma discordante constituı́do de arenitos lı́ticos e feldspáticos, siltitos e lentes de diamicti-
˜ e eixos de dobras com orientaçao
tos, metamorfisados em fácies xisto-verde, exibindo foliaçao ˜
geral NW-SE.

• Supergrupo Espinhaço, de idade inicial máxima entre 1,75 e 1,80 Ga, é constituı́do pelo
˜ Sopa-Brumadinho), Formaçao
Grupo Guinda (Formaçao ˜ Galho do Miguel e Grupo Con-
˜ Santa Rita, Corrego
selheiro Mata (formaçoes ´ ´
dos Borges e Corrego da Bandeira). Na
˜ Sopa-Brumadinho individualizam-se o Membro Campo Sampaio e a Unidade
Formaçao
Rio Preto. As rochas do Grupo Conselheiro Mata sustentam a Serra do Espinhaço e mo-
delam o escarpamento voltado para a zona de baixadas, ocupada pelo Grupo Bambuı́. As
˜ que compoem
formaçoes ˜ o Grupo Conselheiro Mata são filı́ticas e quartzı́ticas.

• Grupo Macaubas
´ ´
Indiviso (Proterozoico ˜ estreita e contı́nua faixa entre
Superior) compoe
˜ de
as rochas Bambuı́ e Espinhaço. Constituı́do por quartzitos e filitos, com intercalaçoes
metadiamictito.

• Suı́te Metabásica Pedro Lessa ( 900 Ma), com rochas presentes como soleiras e diques
´
intrusivos nas diversas sequências, exceto grupos Macaubas e Bambuı́.

• Coberturas terciário-quaternárias e aluvioes


˜ completam as unidades discriminadas.

˜ Sopa-
O Super Grupo Espinhaço está representado na região pelo Grupo Guinda (Formaçao
˜ Galho do Miguel; e Grupo Conselheiro
Brumadinho-Membro Campos Sampaio); Formaçao
˜ Santa Rita, Formaçao
Mata (Formaçao ˜ Corrego
´ ˜ Corrego
dos Borges e Formaçao ´ da Bandeira).
atriz quartzı́tica e seixos de quartzo e quartzito.

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Pedologia

O solo na Serra do Espinhaço é caracterizado por serem superficiais e rasos com uma cober-
˜
tura detritica composta por cascalhos de quartzo e, ocasionalmente, predominam as concreçoes
ferruginosas. Normalmente, estes solos são deficientes em nutrientes, possuem baixo teor de
´
carbono orgânico e são classificados como Entisolo Distrofico ou Entisolo Psamático (alto teor
de areia). Estes solos, chamados de Neossolos, são caracterizados por um horizonte A mode-
rado, que cobre uma camada mineral de textura grossa, que repousa sobre rocha (quartzito) ou
saprolito (xistos/rochas pelı́ticas).
´
Os neossolos litolicos correspondem ao principal tipo de solos encontrado na Serra do
Espinhaço Meridional e estão associado aos afloramentos quartzı́ticos do Supergrupo Espinhaço.
´
As classes pedologicas ˜ com a geomorfologia, à geologia e o clima da região.
têm estreita relaçao

Figura 5: Mapa de Solos do Municipio de Diamantina/MG

Nas partes altas da serra onde a as formas do relevo são mais suavizadas, o solo pode apre-
sentar maiores profundidades , e é composto basicamente de areia quartzosa e cascalho, sendo
classificado como ”Neossolo Quartzarênico”.
´
Os solos com um horizonte B subjacente a um horizonte humico A, classificados como
´
”Cambissolos Humicos”também são encontrados associados as áreas mais baixas, que são
´
estáveis o suficiente, possibilitando o acumulo de material coluvionar, pedogênese in situ e
˜ do horizonte B.
diferenciaçao

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Eles são encontrados mais frequentemente em declividades de 6 a 20o . Geralmente é nesta
classe de solo, que se encontram os processos erosivos mais acelerados, como voçorocamentos.
Estes solos são fortemente ácidos, com baixos teores de matéria orgânica, baixos teores de
nutrientes, e baixa CTC.
Nas áreas de quartzito, onde os solos grosseiros são predominantes, as perdas de substâncias
orgânicas nos rios representam um componente importante do ciclo do carbono no ecossistema,
˜ escura (indicaçao
fato este evidenciado pela coloraçao ˜ de compostos organo-metálicos) das
´
aguas na drenagem. A perda de grandes quantidades de carbono do sistema sugerindo um
˜ de biomassa devido às
balanço de carbono negativo no solo pode levar a uma baixa produçao
˜ induzidas pelos solos deficientes em nutrientes.
limitaçoes
˜ fica evidente que os solos montanhosos associados ao
Na região da área de intervençao
˜ natural, contudo, as atividades antropicas,
quartzito enfrentam um processo de degradaçao ´
como o desmatamento e incêndios induzidos em algumas áreas, contribuem fortemente para
˜
o processo de degradaçao. Estas áreas são caracterizadas pela ausência de cobertura vege-
˜ do solo e inexistência de um sistema de drenagem superficial eficiente. Como
tal, exposiçao
˜ de sulcos e ravinas em estágio evolutivo acelerado que, aliados à
consequência, há formaçao
˜ pluvial em alguns meses do ano, proporcionam uma rápida erosão, que pode ge-
concentraçao
rar movimentos de massa. As áreas resultantes deste processo apresentam substratos expostos,
˜
permanecendo destituı́das de vegetaçao.

Hidrografia

O municipio de Diamantina está inserido em uma em sua maior parte na Bacia Hidrográfica
˜ noroeste um trecho inserio na Bacia Federal
Federal do Rio Jequitinhonha, tendo na sua porçao
do Rio São Francisco (sub bacia SF5).

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˜ Hidrográficas (RH) existentes no Estado de Minas Gerais (MG).
Figura 6: Divisão das Regioes

A Bacia do Jequitinhonha compreende uma área de 70.315 km2 , sendo que 66.319 km
situam-se em Minas Gerais, enquanto 3.996 km2 pertencem à Bahia, representando 11,3% da
´
area ˜ sub-
do estado mineiro e apenas 0,8% do baiano. A área compreende seis mesorregioes,
˜
divididas em onze microrregioes. ˜ Nordeste e Sudeste, onde está
A bacia se insere nas regioes
94,3% de sua área, confrontando ao sul com a bacia do Rio Doce, a oeste com a bacia do Rio
São Francisco, ao norte com a bacia do Rio Pardo e ao leste com as bacias dos rios Mucuri,
Itanhém, Jucuruçu e Buranhém, além do Oceano Atlântico. Está compreendida entre os parale-
los 16o e 18S e os meridianos 39o e 44o W. Trata-se de um rio federal que percorre uma extensão
de 1.082 km, cuja nascente localiza-se no Pico do Itambé (Serro), na Serra do Espinhaço, nos
arredores da localidade de Capivari, sopé do Morro Redondo, até o Oceano Atlântico, onde
deságua em Belmonte, no estado da Bahia. Pela margem esquerda, seus principais afluentes
são, os rios Itacambiruçu, Salinas, São Pedro e São Francisco, e, pela margem direita, os rios
Araçuaı́, Piauı́ e São Miguel.

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Figura 7: Municipios da Bacia Hidrográficas do Rio Jequitinhonha (IGAM, 2013).

A nı́vel local, o trecho em questão se insere na sub-bacia do Alto Rio Jequitinhonha (JQ1),
˜ do Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas, onde estão municı́pios
situada nas mesorregioes
como Grão Mogol e Diamantina, cuja bacia apresenta uma área de drenagem de 19.803 km2 .
˜ estimada de 100.006 habitantes. O
A bacia abrange 10 sedes municipais com uma populaçao
´
clima é considerado semiumido, apresentando um perı́odo seco entre quatro e 5 meses por ano,
situando-se a disponibilidade hı́drica entre 2 e 10 litros por segundo km2 .
O Índice de Qualidade das Águas na bacia foi considerado “bom”, e dentre os resultados, o
´
de 2005 apresentou os melhores de toda a série historica de monitoramento.

Figura 8: Bacia hidrográfica do Alto Jequitinhonha (IGAM, 2013).

Os principais afluentes do Rio Jequitinhonha são, pela margem esquerda, os rios Itacambiruçu,

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Salinas, Itinga, São Francisco e Vacaria e pela marquem direita, os rios Araçuaı́, São João, São
Miguel e Rubim do Sul.
Especificamente quanto a este segmento, os principais cursos d’água e os de maior porte
´
são o Corrego ´
da Prata (estaca inicial), Corrego ´
Sem Nome (Afluente do Corrego da Prata) –
´
estaca 150, Ribeirão Inferno (estaca 368), Corrego ´
Palmital (estaca 584), Corrego Jacá (estaca
´
657), Corrego ´
Sem Nome (afluente do Corrego ´
dos Borbas, estaca 862), Corrego Sem Nome
´
(Afluente do Corrego dos Borbas – estaca 1125), Rio Jequitinhonha (estaca 1342), Ribeirão das
´
Pedras (estaca 1566) e o Corrego Feijão (estaca 1660). Os demais cursos d’água existentes são
de pequena monta e estão drenados através de bueiros tubulares de concreto, galerias ou pontes
´
provisorias, conforme as suas demandas de vazão.

˜ da Flora
Caracterizaçao

˜ do Brasil apresentado pelo IBGE (2016) e a classificaçao


De acordo com o Mapa de Vegetaçao ˜
de Carvalho e Ribeiro (2008), o empreendimento encontra-se sob o domı́nio do bioma Cerrado.
˜ do Brasil reconstitui com detalhes a provável situaçao
O Mapa de Vegetaçao ˜ original da
˜ representando cartograficamente a abrangência dos seis biomas continentais brasi-
vegetaçao,
ˆ
leiros (Amazonia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa).

˜ dos Biomas Brasileiros


Figura 9: Distribuiçao

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O ambiente florestal sempre foi o mais atingido pelo homem, por isso os ricos e representati-
vos ecossistemas terrestres e aquáticos vêm sendo alterados e devastados. A área em estudo não
foge a esta regra e encontra-se antropizada, em virtude da abertura de estradas no seu interior,
bem como no entorno.
˜ de Ribeiro e Walter (2008) a área diretamente afetada pelo
De acordo com a classificaçao
˜ campestre, . A
empreendimento encontra-se sob o domı́nio do bioma Cerrado, formaçao
˜ e avaliaçao
caracterizaçao ˜ da flora e fauna local visam antecipar medidas de preservaçao
˜ e evi-
tar as não conformidades quanto a leis e normas ambientais que em última instância é o maior
objetivo dos estudos e projetos ambientais.
Os biomas são sistemas em que o solo, o clima, o relevo, a fauna e demais elementos
da natureza interagem entre si formando tipos semelhantes de cobertura vegetal. Em escala
planetária, são unidades que evidenciam grande homogeneidade na natureza de seus elementos.
No Estado de Minas Gerais, o Cerrado é considerado o maior bioma, e possui expressiva
biodiversidade, importantes recursos hı́dricos, além de conhecidas plantas medicinais e animais
˜
ameaçados de extinçao.
˜ o cerrado não é uma região uniforme, é um complexo vegetacional
Quanto à vegetaçao,
formado por árvores, arbustos e gramı́neas e compreende um gradiente de fitofisionomias cor-
respondente a um gradiente de biomassa: campo sujo, campo rupestre, campo cerrado, cerrado
stricto sensu e cerradão (DURIGAN; NISHIKAWA; ROCHA, 2002).
˜
Segundo Carvalho e Ribeiro (2008) o bioma Cerrado é compreendido por três formaçoes,
ˆ
divididas em onze tipos fitofisionomicos ˜ Florestais (Mata
gerais, enquadrados em Formaçoes
Ciliar, Mata de Galeria, Mata Seca e Cerradão), Savânicas (Cerrado sentido restrito, Parque de
Cerrado, Palmeiral e Vereda) e Campestres (Campo Sujo, Campo Rupestre e Campo Limpo),
ˆ
muitos desses tipos fitofisionomicos apresentando subtipos com especificidades, que merecem
˜ Savânicas, que aqui preferimos de-
estudos mais aprofundados, como no caso das Formaçoes
˜ Tı́picas de Cerrado”, visto que as caracterı́sticas paisagı́sticas
nominar como sendo “Formaçoes
˜ edáficas e
e biogeográficas do Cerrado Brasileiro são tı́picas, particularizadas pelas relaçoes
˜ climática regional. Portanto, diferem das caracterı́sticas das Savanas Africanas ou
imposiçao
˜ assemelhadas.
de outras formaçoes
A área diretamente afetada pelo empreendimento encontra-se sob domı́nio do Bioma Cer-
˜ campestre, fitofisionomia caracterı́stica de cerrado stricto sensu (CARVALHO;
rado, formaçao
RIBEIRO, 2008).

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O Cerrado sentido restrito caracteriza-se pela presença de árvores baixas, inclinadas, tortu-
˜ irregulares e retorcidas, e geralmente com evidências de queimadas. Os
osas, com ramificaçoes
arbustos e subarbustos encontram-se espalhados, com algumas espécies apresentando órgãos
´
subterrâneos perenes (xilopodios), ´ queima ou corte. Na época
que permitem a rebrota apos
chuvosa os estratos subarbustivo e herbáceo tornam-se exuberantes devido ao seu rápido cres-
cimento.
´
De acordo com a densidade (estrutura) arboreo-arbustiva, ou do ambiente em que se en-
contram, o Cerrado sentido restrito apresenta quatro subtipos: Cerrado Denso, Cerrado Tı́pico,
Cerrado Ralo e Cerrado Rupestre.
Há locais em que praticamente domina a paisagem, enquanto em outros a flora herbácea pre-
domina. Também são comuns agrupamentos de indivı́duos de uma única espécie, cuja presença
e´ condicionada, entre outros fatores, pela presença de umidade disponı́vel no solo. Algumas
espécies podem crescer diretamente sobre as rochas, sem que haja a presença de solo, como no
caso de algumas Araceas
´ e Orquidaceas.
´ ˜ edáficas
A flora é tı́pica e dependente das condiçoes
´
restritivas e do clima peculiar. Entre as espécies comuns existem inumeras caracterı́sticas xe-
´
romorficas como folhas pequenas, espessadas e coriáceas, além de folhas densamente opostas
cruzadas, determinando uma coluna quadrangular (EITEN, 1978).
¨
As espécies mais frequentes ˜
que compoem esse tipo de fisionomia pertencem às seguintes
famı́lias e gêneros: Asteraceae (Baccharis, Lychnophora, Vernonia), Bromeliaceae (Dyckia,
Tillandsia), Cactaceae (Melocactus, Pilosocereus), Cyperaceae (Bulbostylis, Rhynchospora),
Eriocaulaceae (Eriocaulon, Leiothix, Paepalanthus, Syngonanthus), Iridaceae (Sisyrinchium,
Trimezia), Labiatae (Hyptis), Leguminosae (Calliandra, Chamaecrista, Galactia, Mimosa),
Lentibulariaceae (Utricularia), Lythraceae (Cuphea, Diplusodon), Melastomataceae (Miconia,
Microlicia), Myrtaceae (Myrcia), Orchidaceae (Cyrtopodium, Epidendrum, Habenaria, Koel-
lensteinia, Pelexia), Poaceae (Panicum, mesosetum, Paspalum, trachypogon), Rubiaceae (Chi-
cocca, Declieuxia), Velloziaceae (Vellozia), Vochysiaceae (Qualea) e Xyridaceae (Xyris).

˜ de Área Degradada
Plano de Recuperaçao

˜ no meio ambiente
Alteraçoes

Os danos ambientais causados foram danos indiretos à fauna e danos diretos à flora, ao
˜ do sis-
solo e às águas. Os danos foram agressão à fauna, associada diretamente à modificaçao

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´
tema ecologico local com consequente evasão das espécies que povoavam a área, supressão da
˜ alteraçao
vegetaçao, ˜ da estrutura e qualidade do solo pela supressão de vegetaçao
˜ e construçao
˜
˜
de edificaçoes, assoreamento a jusante causado pelo carregamento de particulas de materiais
˜
utilizados na construçao.

Justificativa

˜ ambiental de remanescentes florestais no cerrado se faz mediante, a manutençao


A proteçao ˜
˜ perma-
da qualidade ambiental de ambientes protegidos por lei como as áreas de preservaçao
˜ de unidades de conservaçao.
nente e reservas legais, como pela criaçao ˜
˜ de áreas degradadas variam de acordo com o impacto sofrido
As formas de recuperaçao
˜ e a proteçao
na área, sempre compreendendo a revegetaçao ˜ dos recursos naturais. Como a
˜ vegetal natural, pelo simples isolamento da área, é um processo lento, de resultados
regeneraçao
´
demorados, recomenda-se o plantio de mudas de espécies arboreas da flora nativa comuns nos
cerrados.
˜ que devem ser planejadas,
O presente projeto se destina a orientar e especificar as açoes
projetadas e realizadas para recuperar a área degradada, cujas caracterı́sticas originais sofreram
˜ A utilizaçao
alteraçoes. ˜ da recuperaçao
˜ florestal é uma medida que tem como objetivo a melho-
´
ria do meio biotico, ˜ das especificidades da flora e fauna locais,
compreendendo a manutençao
˜ entre habitats.
estabelecendo conexoes

˜ Adotadas no PRAD
Formas de Recuperaçao

˜ da avaliaçao
O plano requer emprego de técnicas adequadas que foram definidas em funçao ˜
˜ do local. Desta avaliaçao
detalhada das condiçoes ˜ depende a seleçao
˜ das espécies, métodos de
˜ técnicas de plantio, manutençao
preparo do solo, adubaçao, ˜ e manejo da vegetaçao.
˜
˜ da área a ser recuperada
Definiçao
A área do plano perfaz um total de 0,4870 hectares, correspondente à toda a área da propri-
edade que esta encravada no interior do Parque Estadual do Biribiri.

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Figura 10: Vista áerea da área a ser recuperada, sendo a área objeto destacada em vermelho

˜ da área
Metodologia de recuperaçao

˜ da área em questão o método de enriquecimento com


Neste caso, optamos para recuperaçao
mudas, que será realizado com o objetivo principal de proteger rapidamente o solo contra erosão
˜ A grande vantagem deste método é o controle da densidade
e garantir o sucesso da recuperaçao.
´
de plantio que deverá ser, preferencialmente proximo ao do original – no mesmo ambiente
˜ é de fácil operacionalizaçao
e estágio sucessional. Este método de recuperaçao ˜ e de custo
˜ o plantio pode contemplar espécies
reduzido em áreas de fácil acesso. Conforme a situaçao,
´
arbustivas e arboreas, visando fornecer uma cobertura imediata e proteger melhor o solo. Este
método também é utilizado para introduzir espécies tardias e clı́max em áreas onde já existem
˜ para o desenvolvimento de
certa cobertura florestal (plantios de enriquecimento) e condiçoes
espécies destes grupos, principalmente sombra e solo florestal.
˜ das espécies a serem plantadas e do esquema de distribuiçao
Na definiçao ˜ foram conside-
˜
radas as seguintes questoes: quantas e quais as espécies a serem utilizadas, quantos indivı́duos
˜ das espécies. As espécies selecionadas
de cada espécie e qual o melhor arranjo de distribuiçao
˜ de clima da região, do solo e da umidade do local
estão entre aquelas encontradas nas condiçoes
de plantio.
˜ deste Plano de recuperaçao
O critério proposto para implantaçao ˜ de área degradada é o da
˜ baseada na combinaçao
distribuiçao ˜ de grupos de espécies caracterı́sticas de diferentes estágios
da sucessão secundaria, conhecido como critério sucessional. Este sistema favorece o rápido
˜ da floresta.
recobrimento do solo e garante a auto renovaçao

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Para classificar as espécies quanto à sua estratégia da dinâmica florestal, utilizou-se os
´
critérios propostos por Whitmore (1989), para definir grupos ecologicos ´
para espécies arboreas
de florestas tropicais. Duas categorias maiores se destacam: as espécies pioneiras (P) e as
clı́max. Estas últimas dividem-se em espécies clı́max exigentes de luz (CL) e espécies clı́max
´ perturbaçoes
tolerantes à sombra (CS). As espécies P surgem apos ˜ que expoe
˜ o solo à luz. As
espécies CL também tem este comportamento, mas vivem muito mais que as P e, frequente-
mente tornam-se grandes árvores emergentes. As espécies CS sobrevivem na sombra, onde
crescem lentamente até atingir o dossel.
˜ que na área onde
Com base no modelo de sucessão secundária e levando em consideraçao
˜ o pro-
será implementado este PRAD o solo não está completamente descoberto de vegetaçao,
˜ e enriquecimento poderá se adequar à utilizaçao
cesso de recomposiçao ˜ do esquema de plantio
ˆ
em quinconcio, onde cada muda das espécies clı́max exigente de luz (CL) ou tolerantes à som-
bra (CS) ficará posicionada no centro de um quadrado composto de mudas pioneiras (P).
˜ sugerida consiste em 50% de espécies pioneiras (P), 40% de espécies clı́max
A combinaçao
exigente de luz (CL) e 10% de espécies clı́max tolerantes à sombra (CS), conforme Figura??.

Figura 11: Esquema de plantio proposto.

Sendo:

• À distância entre linhas de espécies pioneiras (P) é de 4,00 metros.

• À distância entre linhas de espécies clı́max (CS e CL) é de 4,00 metros.

• À distância entre linhas de espécies pioneiras (P) e espécies clı́max (CS e CL) é de 2,00
metros

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Espécies indicadas

Considerando a tipologia florestal local, para o PRAD foram sugeridas as seguintes espécies:

˜ das espécies selecionadas para o plantio de enriquencimento


Tabela 2: Relaçao

N. Cientı́fico N. Popular Grupo Famı́lia


Psidium guajava Goiaba branca P MYRTACEAE
Dipteryx alata Vogel Baru´ P FABACEAE
Eriotheca gracilipes Embiruçu P MALVACEAE
Senna macranthera Fedegoso P FABACEAE
Tibouchinia candolleana Quaresmeira P MELASTOMATACEAE
Eremanthus erythropappus Candeia P COMPOSITEAE
Senna multijuca (Rivh.) Canafı́stula P FABACEAE
Ocotea puberula (Reich Nees) Canela pimenta P LAURACEAE
Bauhinia forficata Pata de Vaca P FABACEAE
Cecropia pachystachya ´
Embauba P CECROPIACEAE
Machaerium nyctitans (vell Benth) Jacarandá ferro P BIGNONIACEAE
Acrocomia aculeata ´
Macauba P ARECACEAE
Inga sp Ingá P FABACEAE
Hymenaea stigonocarpa Jatobá CS FABACEAE
Hymenaea courbariul Jatobá CS FABACEAE
Handroanthus serratifolia Ipê amarelo CS BIGNONIACEAE
Xylopia brasilliensis Spreng Pindaı́ba CS ANNONACEAE
Copaifera langsdorffii Desf Copaı́ba CS FABACEAE
Aspidosperma tomentosum Peroba CS APOCYNACEAE
Joannesia princeps Vell Cutieira CS EUPHORBIACEAE
Swartzia lansdorfii Jacarandá banana CS FABACEAE
Cariniana legalis Jequitibá-rosa CS LECYTHIDACEAE
Lecythis pisonis Camb Sapucaia CS LECYTHIDACEAE
Myroxylon peruiferum L.f Balsamo CS FABACEAE
Caryocar brasiliense Pequi CS CARYOCARACEAE

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N. Cientı́fico N. Popular Grupo Famı́lia
Cedrela fissilis Vell. Cedro CL CARYOCARACEAE
Anadenanthera macrocarpa (Benth) Angico Vermelho CL FABACEAE
Plathymenia foliolosa Benth. Vinhático CL FABACEAE
Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Tamboril CL FABACEAE
Albizia niopoides Angico branco CL FABACEAE
Andira anthelmia (Vell) Angelim-do-campo CL FABACEAE
Aspidosperma parvifolium Guatambu CL APOCYNACEAE
Dalbergia nigra ´
Caviuna CL FABACEAE FABOIDEAE
Ceiba speciosa Paineira CL MALVACEAE
Eugenia uniflora Pitanga CL MYRTACEAE
Genipa american Jenipapo CL RUPIACEAE
Cordia sellowiana Louro CL BORAGINACEAE
Tabebuia Alba Ipê-tabaco CL BIGNONIACEAE
Tabebuia vellosoi Ipê cascudo CL BIGNONIACEAE
Zeyheria tuberculosa Ipê preto CL BIGNONIACEAE

˜ e Manutençao
Implantaçao ˜
˜ do relevo e topografia: Não existindo na área alteraçoes
Alteraçao ˜ significativas no solo
˜ é necessário no momento da implantaçao
e relevo ocasionadas pela intervençao, ˜ avaliar a à ne-
cessidade de melhoria no sistema de drenagem pluvial da área, criando dissipadores de energia
˜ de processos erosivos e a perda de mudas.
(valas), para evitar a formaçao
Combate a formigas: Haja visto que o bom desenvolvimento de mudas de qualquer espécie,
depende de alguns cuidados básicos, dentre eles podemos citar o combate às formigas corta-
deiras. Será feito o combate localizado e numa faixa adjacente de 50 (cinquentas) metros, se
˜ que consiste em detectar o formigueiro e proceder o combate do mesmo.
possı́vel, está operaçao
Tal combate procede-se da seguinte forma: medir a área do formigueiro e distribuir o formicida
isca nos olheiros à razão de 6g/m2. Este combate deverá ser efetuado 60(sessenta) dias antes
´ o plantio, sempre que se verificar a presença de formigas na área.
do plantio, durante e apos
Preparo do solo: Quando da época do plantio a cobertura vegetal existente na área não

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˜ e conservaçao
deverá ser retirada, pois estas plantas exercem um papel importante na proteçao ˜
˜ com potencial de competir diretamente com
dos solos. Deverá apenas ser eliminada a vegetaçao
´ o plantio, sendo este controle feito através de coroamento (ao redor das mudas)
as mudas apos
ou em linhas (nas linhas de plantio).
Espaçamento e Alinhamento: Deverá efetuar esforços no sentido de encontrar uma maior
variabilidade das espécies sugeridas para o plantio, um mı́nimo de 5 (cinco) espécies por grupo
˜ de espaçamento é de 4 (quatro) metros x 2 (dois) metros, obede-
P, CL e CS. A recomendaçao
cendo ao esquema anterior, totalizando 1250 (um mil duzentas e cinquenta) mudas por hectares,
ou um total de 532 (quinhentos e trinta dois) mudas para toda a área a ser recuperada; ou seja:

• 266 (duzentas e sessenta e seis) mudas de espécies P

• 213 (duzentas e treze) mudas de espécies CL

• 53 (cinquentas e três) mudas de espécies CS

˜ do numero
Importante considerar que o método é extremamente eficiente para determinaçao ´
˜ do projeto deverá buscar uma melhor
de mudas por área, todavia, quando da implantaçao
˜ e distribuiçao
organizaçao ˜ das mudas no campo evitando que as espécies introduzidas tenham
˜ espacial de plantios comerciais, buscando um rearranjo o mais possı́vel do natural.
organizaçao
˜ As covas deverão obedecer ao padrão de 30 X 30 X 30 cm
Coveamento e Adubaçao:
(trinta centı́metros de comprimento, largura e profundidade).
˜ fı́sicas do solo na implantaçao
Quanto à melhoria da fertilidade e condiçoes ˜ do projeto
˜ básica de N-P-K ou
deverá ser feita de maneira generalizada utilizando-se uma formulaçao
superfosfato simples em quantidades variando de 100 a 150 gramas/planta, aplicados na cova,
se possı́vel incrementar com 3 a 5 litros de esterco bovino curtido por cova.
Plantio: As mudas selecionadas para plantio devem apresentar boas caracterı́sticas fı́sicas,
´ o plantio.
bom estado nutricional e estarem aclimatadas para suportar o estresse durante e apos
No plantio, a embalagem deve ser retirada cuidadosamente, evitando o destorroamento da muda,
o que provoca danos às raı́zes. Raı́zes tortas ou enoveladas devem ser podadas. A muda deverá
ser colocada na cova, que será completada com terra já misturada ao adubo, evitando-se a
˜ do colo ou seu “afogamento”. A terra ao redor da muda deverá ser cuidadosamente
exposiçao
compactada.
´ o inı́cio das chuvas,
Deve-se considerar ainda a época de plantio, que deverá começar apos
quando o solo na profundidade em que será colocada a muda já tiver umidade suficiente. Nesta

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região como o perı́odo das chuvas vai de novembro a fevereiro, é importante que o plantio
ocorra nos meses de dezembro e janeiro, para que as mudas recebam as chuvas restantes do
˜
perı́odo; evitando-se a necessidade de irrigaçao.
Coroamento: Sempre que necessário deverá ser realizado uma capina manual com co-
˜ cortada /
roamento num raio de 50 (cinquenta) centı́metros ao redor da muda. A vegetaçao
´
capinada deverá ser colocada proxima ˜ fı́sicas
a muda com o objetivo de melhorar as condiçoes
´
e estruturais do solo e reduzir a perda de água proxima a muda.
Tratos Culturais: Os cuidados a serem tomados apos
´ o plantio compreendem principal-
mente o controle das ervas daninhas e o combate às formigas. É importante aplicar a técnica
˜ deverá ser feita
de coroamento das mudas citado e como discutido anteriormente a adubaçao
˜ básica de N-P-K (4 – 14 – 8) ou super-
de maneira generalizada utilizando-se uma formulaçao
´
fosfato simples em quantidades variando de 100 a 150 gramas/planta, aplicados na cova. Apos
o primeiro ano de plantio, apresentando sintomas de deficiência nutricional, poderá ser feita
˜ de cobertura com a incorporaçao
uma adubaçao ˜ superficial de 65 gramas/planta de sulfato de
ˆ
amonia ˜ às formigas, deve-se efetuar
e 150 gramas/planta de cloreto de potássio. Com relaçao
˜ periodicas
observaçoes ´ e o combate sempre que se verificar algum dano. Durante o primeiro
ano é necessário um repasse na área a cada 15 (quinze) dias e o combate quando necessário com
uso de iscas granuladas.
Cercamento: Caso seja evidenciada o risco permanente de Pisoteio e Pastoreio de animais
de grande porte (Bovinos, equinos e outros) providenciar o cercamento da área com estacas de
3x3 metros e 4 fios de arame farpado.
Replantio: Apos
´ o primeiro ano do plantio e/ou havendo condiçoes
˜ ideais, observar o as-
˜ da vegetaçao,
pecto de formaçao ˜ identificar se houve perda ou falha de mudas e efetuar o re-
plantio obedecendo ao mesmo esquema proposto anteriormente.
Praticas Conservacionistas:Além de observar todos os aspectos citados anteriormente, é
˜ com relaçao
importante tomar precauçoes ˜ ao fogo. O fogo além de queimar as árvores planta-
˜ natural, pois destroi
das, causa grande dano à regeneraçao ´ a matéria orgânica e, principalmente,
as sementes depositadas no solo.

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˜ Fı́sica
Cronograma de Execuçao

˜ da área para os proximos


Figura 12: Cronograma trimestral das atividades de recuperaçao ´ três
anos

Monitoramento Ambiental
´ o plantio,
O pegamento das mudas deverá ser avaliado num perı́odo de até 30 dias apos
˜ como o replantio de mudas,
quando também será avaliada a necessidade de eventuais correçoes
˜ suplementar, execuçao
adubaçao ˜ de drenagem pluvial ou de correçao
˜ de processos erosivos.
˜ serão feitas no mês seguinte, apos
As substituiçoes ´ a avaliaçao.
˜ O acompanhamento da área
˜ de um relatorio
reflorestada deverá ser registrado mediante a elaboraçao ´ contando com registro
˜ trimensal das medidas de intervençao
fotográfico e uma avaliaçao ˜ e prevençao.
˜ Todas as etapas
deverão ter o acompanhamento e assistência técnica de profissional habilitado. Esse acompa-
´ implementaçao
nhamento deverá ser no mı́nimo de 2 (dois) anos apos ˜ do PRAD, com o objetivo
de avaliar o cumprimento das metas do projeto.
´
Os relatorios serão enviados à SUPRAM e deverão conter, no mı́nimo:

• Medidas de conservaçao
˜ e proteçao
˜ da área recuperada;

• Sucesso da revegetaçao,
˜ propondo replantio se necessário;

• Controle do processo erosivo e outros.

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Tel.: 38-3531-6900
˜ do Projeto
Dos Custos de Implantaçao
˜ para a referida área de 4870 metros qua-
Considerando o Orçamento Geral de Implantaçao
drados no valor de R$ 5911,00 e o Orçamento Geral de Tratos Culturais no valor de R$1398,00
˜ no perı́odo de 2 (dois) anos; para a
por duas vezes, sendo que serão dadas duas manutençoes
˜ do Plano de recuperaçao
implantaçao ˜ da área degradada serão gastos em média R$ 7309,00.

Anderson Pires
CPF: - 574.354.726-20
Requerente

Heverton de Paula
Engenheiro Florestal - CREA/MG - 203.089/D
ART: 14201800000004748550

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Referências Bibliográficas

CARVALHO, A. M. W. B. M. T.; RIBEIRO, J. F. O conceito de savana e de seu componente


cerrado. Cerrado: ecologia e flora, Embrapa Cerrados Planaltina, v. 1, p. 21–45, 2008.
DURIGAN, G.; NISHIKAWA, D. L. L.; ROCHA, E. Caracterização de dois estratos da
vegetação em uma o em uma área de cerrado no municı́pio de brotas, sp, brasil. Acta bot. bras,
SciELO Brasil, v. 16, n. 3, p. 251–262, 2002.
EITEN, G. Delimitation of the cerrado concept. Vegetatio, Springer, v. 36, n. 3, p. 169–178,
1978.
IBGE. Mapa de Biomas e de Vegetação. 2016. Acesso em 27/08/2018. Disponı́vel em:
hhttps://ww2.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/21052004biomashtml.shtmi.
IGAM. Relatório diagnóstico dos afluentes do Alto Jequitinhonha - RT2. [S.l.], 2013.
WHITMORE, T. Canopy gaps and the two major groups of forest trees. Ecology, Wiley Online
Library, v. 70, n. 3, p. 536–538, 1989.

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