Radioatividade
Radioatividade
DEFINIÇÃO
ATIVIDADE QUE CERTOS ÁTOMOS POSSUEM DE
EMITIR RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS E
PARTÍCULAS DE SEUS NÚCLEOS INSTÁVEIS COM O
PROPÓSITO DE ADQUIRIR ESTABILIDADE
ESTABILIDADE NUCLEAR
ADMITE-SE QUE A ESTABILIDADE DE UM NÚCLEO DE
UM ÁTOMO ESTEJA LIGADA À RELAÇÃO ENTRE O
NÚMERO DE NÊUTRONS E O NÚMERO DE PRÓTONS
a) Velocidade:
Inicial: varia de 3000 Km/s até 30.000 Km/s.
Média: 20.000 Km/s ou 5% da velocidade da Luz
b) Poder de ionização (número de íons formados por cm3
na trajetória da partícula)
Alto – a partícula alfa captura 2 elétrons do meio
ambiente e se transforma em um átomo de hélio.
c) Poder de penetração
Pequeno – Podem ser detidas por uma camada de 7
cm de ar, por uma folha de papel ou por uma chapa
de alumínio de 0,06 mm.
d) Danos ao ser humano
Pequeno – quando incidem sobre o corpo humano,
são detidas pela camada de células mortas da pele.
EMISSÕES BETA
São partículas leves, com carga elétrica negativa, e
massa desprezível (semelhante a elétrons)
a) Velocidade:
Inicial: varia de 100.000 Km/s até 290.000 Km/s.
Chegam a atingir 95% da velocidade da Luz
b) Poder de ionização (número de íons formados por cm3
na trajetória da partícula)
Médio – como as partículas beta possuem carga
elétrica (em módulo) bem menor que das partículas
alfa, a ionização que provocam é menor.
c) Poder de penetração
Médio – São entre cinquenta e cem vezes mais
penetrantes que as partículas alfa. Podem ser
detidas por uma chapa de chumbo com espessura de
2 mm ou de alumínio com espessura de 1 cm.
d) Danos ao ser humano
Médio – quando incidem sobre o corpo humano,
podem penetrar até 2 cm e causar sérios danos.
EMISSÕES GAMA
São radiações eletromagnéticas semelhantes aos
raios x. Não possuem carga elétrica e não possuem
massa
a) Velocidade:
300.000 Km/s – velocidade da Luz
b) Poder de ionização (número de íons formados por cm3
na trajetória da partícula)
Pequeno – O poder de ionização depende quase que
exclusivamente da carga elétrica; por isso a radiação
gama praticamente não forma íons.
c) Poder de penetração
Alto – São mais penetrantes que os Raios X, pois
possuem comprimentos de onda entre 0,1 A e 0,001
A. Atravessam milhares de metros no ar; até 25 cm
de madeira ou 15 cm de aço. São detidas por placas
de chumbo de 5 cm ou por grossas paredes de
concreto.
d) Danos ao ser humano
Alto – Podem atravessar completamente o corpo
humano, causando danos irreparáveis
LEIS DA RADIOATIVIDADE
a) Quando um átomo de determinado elemento
químico emite uma partícula alfa ou uma partícula
beta ele se transforma em um átomo de outro
elemento químico.
b) Na radioatividade natural a radiação gama nunca é
emitida sozinha, mas sempre acompanhando a
emissão de uma partícula alfa ou beta.
c) A intensidade da emissão de partículas é
proporcional a quantidade de elemento radioativo.
PRIMEIRA LEI DE SODDY
Quando um átomo emite uma partícula alfa, seu
número atômico (Z) diminui de 2 unidades e seu
número de massa (A) diminui de 4 unidades.
Z X A
2 α4
+ Z-2 Y A-4
Ex.:
92 U238
2 α4
+ 90 Th234
SEGUNDA LEI DE SODDY
Quando um átomo emite uma partícula beta, seu
número atômico (Z) aumenta de 1 unidade e seu
número de massa (A) permanece constante.
Z X A
-1 β 0
+ Z+1 Y A
Ex.:
55Cs 137
-1 β 0
+ 56Ba137
HIPÓTESE DE FERMI
Hipótese para explicar a emissão de partículas -1β0
A partícula -1β0 é emitida quando um nêutron
instável se desintegra convertendo-se em um próton
O próton fica no núcleo e, como a massa do próton é
praticamente igual a massa do nêutron, a massa
total do núcleo atômico não se altera
0 n 1
1p 1
+ -1 β 0
+ 0γ0
+ 0 v 0
Hipótese para explicar a emissão de pósitron (+1β0 ) ou
partícula beta positiva
β + -1
β γ
0 0 0
+1 0
A partícula +1β0 é emitida quando um prótron
instável se desintegra convertendo-se em um
nêutron.
Z X A
+1β 0
+ Z-1Y A
Ex.:
15P 30
+1β 0
+ 14 Si 30
PERÍODO DE MEIA-VIDA
Denomina-se período de meia-vida ou período de
semidesintegração, P, o tempo necessário para que
METADE do número de átomos de uma amostra de
determinado isótopo radioativo se desintegre
P – período de meia-vida
T – tempo decorrido entre n0 a n
Analogamente, podem ser obtidas ainda as
seguintes relações:
m = m0/2x onde m = massa
i = i0/2x onde i = intensidade radioativa
obs:
A intensidade radioativa, i, de uma amostra de um
isótopo radioativo depende do número de partículas
alfa ou beta emitidas pelo núcleo desse isótopo por
unidade de tempo.
DATAÇÃO PELO CARBONO 14
O carbono 14 forma-se naturalmente no ar
atmosférico quando nêutrons dos raios cósmicos
colidem contra núcleos de nitrogênio 14.
Ex.:
7 N14
+ 0n 1
6C 14
+ 1p1
6C14
+ O2(g) 14
CO2(g)
A quantidade de carbono 14 nos tecidos vegetais e
animais vivos é praticamente constante, pois ao
mesmo tempo que o carbono é absorvido pela
alimentação, ele também decai por emissão de
partícula beta negativa.
6C14
-1 β 0
+ 7 N 14
7 N14
+ 2 α4
(9F 18
) 8 O17
+ 1p1
4 Be9
+ 2 α 4
6C12
+ 0 n 1
FISSÃO E FUSÃO NUCLEAR
Fissão nuclear consiste na quebra de um núcleo
atômico pesado e instável provocada por um
bombardeamento de nêutrons moderados, originando
2 núcleos atômicos médios, liberação de 2 ou 3
nêutrons e uma quantidade colossal de energia.
92 U238
(98,282%); 92U235
(0,712%); 92 U234
(0,006%)
Fusão nuclear é a junção de dois ou mais núcleos leves
originando um único núcleo e a liberação de uma
quantidade colossal de energia.
A energia liberada por estrelas como o Sol, é resultado
de uma série de reações de fusão que devem ocorrer,
possivelmente, de acordo com o mecanismo abaixo:
1 H1
+ 1H1
1H2
+ +1β 0
1 H2
+ 1H1
2 He3
2 He 3
+ 1H1
2 He 4
+ +1β 0