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Dependência Emocional

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DEPENDÊNCIA

EMOCIONAL
RESUMO
A dependência emocional é um distúrbio no qual a pessoa
precisa manter relacionamentos para se sentir bem e, sintomas
como insônia, ansiedade e batimentos cardíacos acelerados
ocorrem quando o parceiro ou parceira está ausente. A
dependência emocional prejudica tanto a pessoa dependente
quanto a pessoa que está sujeita a demandas persistentes de
atenção. Qualquer relacionamento baseado em tais
dependências é sempre prejudicial para ambas as partes.
• Palavras-chave: Depressão. Ansiedade. Relacionamento.
INTRODUÇÃO

• A dependência emocional é caracterizada pelo apego excessivo aos outros. Pode ser
um cônjuge, parente ou amigo. No entanto, esse tipo de sentimento é mais comum em
relacionamentos amorosos onde mais emoções e sentimentos são expressos.
• As pessoas dependentes os criticam abertamente e tentam desvalorizá-los. As
conquistas da outras pessoas também são ignoradas, deixando a pessoa no
relacionamento se perguntando por que não é boa o suficiente para o parceiro.
Em outras palavras, uma pessoa emocionalmente dependente tenta isolar seu cônjuge
para que possa ter tudo para si. Também é comum confirmar o vínculo de afeto
perguntando à outra pessoa como ela se sente e se ela pode se separar.
• Os dependentes nem sempre estão totalmente conscientes desse comportamento. A
necessidade de atenção concentrada de um parceiro pode ser motivada por uma
ansiedade extrema ou por um medo irracional de perder um ente querido.
• Deste modo, o objetivo desta pesquisa visa apresentar os sintomas de dependência
emocional, conceituar ansiedade e depressão e o tratamento para tal.
DESENVOLVIMENTO
• A dependência emocional ocorre quando uma pessoa acredita que depende dos
outros para ser feliz, se sentir amada e tomar suas próprias decisões.
• Os relacionamentos românticos desempenham um papel importante na vida das
pessoas, e a emoção que permeia as pessoas é o amor; esta emoção é entendida
em muitas culturas como um elemento fundamental do vínculo entre os casais. Para
Platão (1901) o amor significa desejo pelos outros e representa o principal efeito das
necessidades humanas. É compreensível que essa falta se confunda com amor, e o
medo de perder o outro crescesse e levasse à dependência. Segundo Bastos,
Santos e Stein (2014), o amor romântico muitas vezes possui propriedades que
fazem com que os indivíduos se sintam amados e desejados e produzam felicidade,
mas tais sentimentos nem sempre possuem propriedades saudáveis ​e podem levar
a aspectos patológicos. Numa relação passional em que o indivíduo escolhe um
companheiro por sua própria idealização, a relação pode se tornar uma relação de
dependência, um amor mórbido.
• Segundo Rodrigues e Chalhub (2009), quando uma pessoa
desenvolve o amor mórbido, ela passa a se comportar de forma
sempre carinhosa, prestativa e atenta ao seu parceiro, podendo até
perder o controle sobre os níveis saudáveis ​desses comportamentos
dentro do relacionamento. A dependência emocional é definida como
um distúrbio comportamental habitual em um relacionamento
amoroso em que um indivíduo exige muito do outro para manter a
estabilidade emocional (Bution & Wechsler, 2016).
• Uma das definições de dependência emocional encontradas nos
dicionários de psicologia é:
• 1. Tendência à procura de proteção e ajuda, associada a falta de
decisão, maturidade e autocontrolo.
• 2. Comportamento alicerçado na frustração" (Mesquita & Duarte,
1996, p.61).
• Riso (2014) esclarece que “quando surge a dependência, a renúncia, não
apenas um ato de amor altruísta e generoso, é uma forma de entrega,
uma renúncia baseada no medo, a fim de preservar o bem que o
relacionamento tem a oferecer. Dessa forma, a relação é mantida, mesmo
diante de sentimentos excessivos; há coisas boas que o indivíduo
considera confortáveis ​e que justificam a manutenção do relacionamento.
• A teoria do apego desenvolvida pelo psicanalista John Bowlby (1990), em
seu trabalho com as perspectivas biológica e ética sobre o
comportamento instintivo no desenvolvimento e no apego infantil, levanta
importantes considerações sobre como as crianças se conectam com
seus cuidadores durante a infância, o que pode significar moldar suas
futuras interações sociais.
DEPRESSÃO
• Os seres humanos se relacionam ou se comunicam no nível emocional e reagem de
maneira semelhante a certos estímulos estressantes negativos; portanto, o entendimento
das emoções é um dos principais objetivos da ciência atual, juntamente com o
entendimento e a análise (FÉDIDA, 2017).
• Às vezes, a definição de depressão é feita no quadro de apontar o que não é depressão,
de modo que existe o risco de não levar em consideração estados que podem encobrir
um transtorno depressivo e, portanto, não serem tratados. Conforme Beck (1963),
depressão (psicologia) pode ser considerada um distúrbio mental caracterizado por
sentimentos de inutilidade, culpa, tristeza, desamparo e profunda desesperança. Ao
contrário da tristeza normal ou do luto, após a perda de um ente querido, a depressão
patológica é tristeza sem motivo aparente e também grave e persistente. Pode parecer
acompanhada de vários sintomas concomitantes, incluindo distúrbios do sono e da
comida, perda de iniciativa, autopunição, abandono, inatividade e incapacidade de prazer.
• Frequentemente, de acordo com Bowlby (1990), o termo depressão é confuso e tende
a ser mal interpretado, pois é frequentemente usado para descrever estados normais
de humor negativo que desaparecem facilmente ou são transitórios. Persistência,
gravidade e capacidade de interferir negativamente na vida do indivíduo são a chave
que nos permite distinguir os sintomas clínicos da depressão daqueles outros estados
emocionais negativos e/ou flutuações emocionais, que são habituais, mas não
constituem uma doença.
• Apesar das crenças e mitos populares, os transtornos depressivos não são causados
por fraqueza pessoal, falha de caráter ou como consequência da imaturidade
psicológica latente. Uma combinação complexa de fatores biológicos, psicológicos e
ambientais contribui e desempenha um papel determinante no aparecimento,
consolidação e desenvolvimento dos sintomas característicos da depressão. Embora
várias definições possam ser encontradas sobre esse distúrbio, uma das quais indica
os aspectos fundamentais afirma que é uma alteração primária do humor,
caracterizada por depressão emocional, e que afeta todos os aspectos da vida do
indivíduo (BOWLBY, 1993). É um distúrbio médico importante, com alta morbidade,
mortalidade e impacto econômico.
ANSIEDADE
• A ansiedade é de um transtorno psiquiátrico que acomete em média
5% da população geral. Trata-se de um transtorno crônico e
recorrente no humor, gerando problemas na qualidade de vida dos
indivíduos acometidos e nos indivíduos que com ele convivem
(MACHADO; FERREIRA, 2014).
• Os efeitos que desencadeiam conflitos psíquicos são desagradáveis.
Destes, o mais conhecido e melhor estudado pelos psicanalistas é a
ansiedade. Quando o prazer é combinado com uma antecipação
consciente ou inconsciente de perigo ou calamidade, rotulamos que
afetam a ansiedade. Se o desprazer é intenso, fala-se de terror ou
pânico. Se é mínimo, chamamos de preocupação ou desconforto.
• O papel que a ansiedade desempenha no desencadeamento de conflitos
psíquicos é muito conhecido para exigir repetição. Freud (1926) primeiro delineou
seu papel e listou quatro calamidades ou perigos como seu conteúdo ideacional
na primeira infância: perda de objetos, perda de amor, castração e, após o
desenvolvimento do superego, punição, que passa a incluir as outras três.
• A ansiedade não é a única forma de desprazer que desempenha um papel
importante no conflito psíquico (BRENNER; GAZZINELLI, 1997). O desprazer
também pode ser combinado com ideias de que uma calamidade já ocorreu.
Quando uma calamidade é um fato da vida, quando está no presente e não no
futuro, o efeito desagradável é, por definição, não ansiedade, mas afeto
depressivo. Assim, por exemplo, a ansiedade de separação é desagradável, mais
a (s) ideia (s) de que alguém será abandonado no futuro. O efeito depressivo da
separação, por outro lado, é desagradável mais a (s) ideia (s) de que um já está
abandonado, que já está sozinho. Com alterações adequadas, o mesmo se aplica
a cada uma das outras calamidades da infância que Freud (1926) delineou.
TERAPIA COGNITIVO
COMPORTAMENTAL
• Atualmente conhecida como TCC - Terapia Cognitivo
Comportamental, consiste em um sistema psicoterapêutico
baseado na teoria de que a forma como as pessoas sentem e
se comportam está ligada à forma como interpretam e pensam
as situações. Ou seja, não é o evento em si que determina
como eles se sentem, mas sua resposta emocional, que é
mediada pela percepção da situação (BECK, 1963; 1964). Os
autores também argumentam que, para a TCC, a função
cognitiva desempenha um papel fundamental, pois os humanos
avaliam continuamente a importância dos eventos, e a
cognição está associada às respostas emocionais.
• Segundo Beck (1997), as intervenções mais utilizadas na TCC são: identificação
de pensamentos automáticos, psicoeducação, identificação de crenças centrais e
reestruturação cognitiva, tanto de forma não intencional quanto automática.
Quando distorcidos ou disfuncionais, podem desempenhar um papel importante
na psicopatologia, pois podem desencadear distúrbios que podem ser causados ​
por situações externas ou internas.
• A psicoeducação é um importante recurso no processo de psicoterapia e é o
ponto de partida para o processo. Segundo Barlow (2009), os pacientes devem
ser informados sobre a natureza funcional ou não funcional de suas respostas
comportamentais.
• Depois de identificar o pensamento automático e as crenças disfuncionais do
paciente, a reestruturação cognitiva desempenhou um papel na aplicação das
habilidades de resolução de problemas. Nesse sentido, na reestruturação
cognitiva, o registro de pensamentos disfuncionais (DPR), a descoberta guiada e
o questionamento socrático, são projetados para permitir que os pacientes
descubram, esclareçam e mudem o que atribuem aos eventos perturbadores,
significados e constituem uma alternativa ou resposta racional.
CONCLUSÃO
• A complexidade da dependência emocional e seus sintomas são
proeminentes, além de manifestações psicológicas como desproporção ou
medo excessivo, há também manifestações físicas como dores musculares
e taquicardia. As recomendações de intervenção da TCC visam mitigar o
prognóstico da doença e buscar estratégias de enfrentamento para controlar
a ocorrência de tais eventos com o auxílio da tecnologia.
• Notadamente, a Terapia Cognitivo Comportamental como abordagem
estruturada visa ajudar o paciente a reformular a forma como percebe o
mundo e sua relação com ele através das técnicas fornecidas. Cabe
destacar que, no decorrer da pesquisa, houve muito pouca produção
científica sobre o assunto.
• Em conclusão, pode-se concluir que a Terapia Cognitivo Comportamental
(TCC) é uma opção de tratamento por si só, projetada para minimizar os
sintomas causados ​pela dependência emocional.
REFERÊNCIAS
• BARLOW, David H. e col. Manual clínico dos transtornos psicológicos: tratamento passo a passo. 4. Ed. Porto
Alegre: Artmed; 2009.
• BASTOS, P. A., et al. Atendimento psicoterápico comportamental de uma mulher adulta com comportamentos
característicos de dependência afetiva. Comportamento em foco, 2014.
• BECK, A. T. et al. Cognitive Therapy of Substance Abuse. New York - London: Guilford Press; 1993.
• BECK, A. T. et al. Terapia Cognitiva da depressăo. Porto Alegre: Artes Médicas; 1997.
• BOWLBY, J. Apego e Perda: Apego: A Natureza do Vínculo (2ª ed). (A. Cabral, Trad.). São Paulo: Martins
Fontes.1990.
• FÉDIDA, P. Dos benefícios da depressão: elogio da psicoterapia. São Paulo: Escuta, 2017.
• FREUD, S. Inibições, Sintomas e Ansiedade, 1926.
• MACHADO, L. V.; FERREIRA, R. R. A indústria farmacêutica e psicanálise diante da “Epidemia de Depressão”:
Respostas possíveis. Psicologia em Estudo. Maringá, V.19, n.1, 2014. D
• MESQUITA, R. & Duarte, F. Dicionário de Psicologia. Plátano Editora, 1996.
• PLATÃO. O Banquete. (A. P. Borges, Trad.). Rio de Janeiro: Vozes. (Trabalho original publicado em 1901). 2017.
• RISO, W. Amar ou depender? Como superar a dependência afetiva e fazer do amor uma experiência plena e
saudável. (M. Aseff, Trad.). Porto Alegre: L&PM. 2014.
• RODRIGUES, S.; CHALHUB, A. Amor com Dependência: Um olhar sobre a teoria do apego. 2009.

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