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PARTE 1 CONCEITO SOCIEDADE CIVILa

O documento aborda as Organizações da Sociedade Civil (Terceiro Setor), discutindo seus fundamentos, conceitos e desafios, além de apresentar dados sobre sua evolução no Brasil e no mundo. Destaca a importância do reconhecimento legal e a participação ativa dessas organizações na sociedade, assim como os avanços e retrocessos enfrentados, especialmente em contextos políticos adversos. Enfatiza a necessidade de ação coletiva e articulação entre movimentos sociais para enfrentar a fragmentação e promover a solidariedade baseada em direitos.

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PARTE 1 CONCEITO SOCIEDADE CIVILa

O documento aborda as Organizações da Sociedade Civil (Terceiro Setor), discutindo seus fundamentos, conceitos e desafios, além de apresentar dados sobre sua evolução no Brasil e no mundo. Destaca a importância do reconhecimento legal e a participação ativa dessas organizações na sociedade, assim como os avanços e retrocessos enfrentados, especialmente em contextos políticos adversos. Enfatiza a necessidade de ação coletiva e articulação entre movimentos sociais para enfrentar a fragmentação e promover a solidariedade baseada em direitos.

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ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL

( Terceiro Setor)

Prof. Dra. Márcia Moussallem


EIXOS NORTEADORES

Organizações do Terceiro Setor

• Fundamentos
• Conceitos
• Desafios
• 1948-ONU-Contas nacionais ( Bi-Setorial)
• 1978-Marc Nerfin: Terceiro sistema: no artigo
publicado “ Nem Príncipe Nem Comerciante:
Cidadão”.
-Cidadãos e Associações formam um terceiro
sistema que não é governamental e nem
econômico.

• 1994-Lester Salamon: Primeiras pesquisas- EUA


• 2002-ONU-Conta Satélite ( Terceiro Setor).
Metodologia da ONU para o Terceiro Setor.
CORRENTES
TERCEIRO SETOR
* Conservador: Ações assistencialistas, foco na
gestão/instrumental; parcerias passivas com o Estado e
empresas; projetos isolados e focalizados; discurso da
onipresença; demonização do Estado (“ineficiente ).

• Progressistas: Ações de articulação e mobilização com


outras organizações e movimentos sociais; gestão
instrumental e substantiva; projetos em rede; relação com
o Estado de participação ativa ( direitos sociais, políticas
publicas etc.)

* Paradigma Americano e Paradigma Europeu


Paradigma contemporâneo
Participação da sociedade civil na arena pública

Organizar, Articular e Intervir na realidade


social

Agenda 21: Documento lançado na ECO92 - Rio92, a Conferência das Nações Unidas
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - sistematiza um plano de ações com o
objetivo de alcançar o desenvolvimento sustentável.
Metodologia de Classificação da ONU

• “Manual do Terceiro Setor no Sistema de Contas


Nacionais” (Handbook on Non-Profit Institutions
in the System of National Accounts), publicado
em 2002, e recomendado pela Organização das
Nações Unidas (ONU) para ser aplicado nos
países membros e permitir a inclusão do terceiro
setor no mapa econômico mundial.
CONCEITO
• “Embora a terminologia utilizada e os propósitos específicos a
serem perseguidos variem de lugar para lugar, a realidade
social subjacente é bem singular: uma revolução associativa
está em curso no mundo, a qual faz emergir um expressivo
‘terceiro setor’ global, que é composto de (a)

organizações estruturadas; (b) localizadas fora do aparato


formal do Estado; (c) que não são destinadas a distribuir
lucros auferidos com suas atividades entre os seus diretores
ou entre um conjunto de acionistas; (d) autogovernadas; (e)
envolvendo indivíduos num significativo esforço voluntário.”
TERCEIRO SETOR É FORMADO POR:
( MANUAL DA ONU) 2002
• ASSOCIAÇÕES
• FUNDAÇÕES

* SINDICATOS
* RELIGIÕES
* PARTIDOS POLITICOS
* MOVIMENTOS SOCIAIS/POPULARES
TERMINOLOGIAS
• Terceiro Setor
• Organizações sem fins lucrativos
• Organizações sem fins econômicos
• Ongs- Organizações não governamentais
• Organizações da sociedade civil

Associação Privada Sem Fins Lucrativos ( código


civil brasileiro/2003)
• Primeiro setor: Estado ( público)
• Segundo setor: Mercado/empresas ( privado)
• Terceiro setor: Sociedade civil/organizações
(privado com a finalidade pública)

• Setor dois e meio( 2,5). “ negócios sociais” “ empresas


sociais”. ( “ Novas regras do jogo capitalista”). Muhammad
Yunus-Prêmio Nobel da Paz: 2006
BRASIL
* Código Civil Brasileiro de 2003 ( Associações e Fundações)
- Religiões ( atividades de interesse público e de cunho
social)
• IBGE ( Fundações Privadas e Associações Sem Fins
Lucrativos no Brasil- FASFIL) pesquisa: primeira pesquisa
( 2002); última ( 2010).
- Realização: IBGE, IPEA, Abong,Gife e Secretaria Geral da
Presidência da República.

Obs: em 2010 incorporou pela primeira vez a questão de


gênero e o nível de escolaridade.
BRASIL/UNIVERSIDADE

• As primeiras pesquisas/terceiro setor: 2004-


CETS-Centro de estudos do terceiro setor-FGV).
Parceria: Universidade de Jonhs Hopkins-EUA.
• Primeiros Cursos de Extensão e Pós-graduação
Lato Senso/Administração: FGV/SP ( década de
90); PUC/SP e USP/FIA.

* Em 2004- IBGE adota a metodologia da ONU.


Universidades Internacionais
• The Fund Raising School ( Universidade de Indiana-
EUA). Escola de Captação de Recursos ( criada em
1974; Johns Hopkins

• Universidade de Coimbra/Portugal departamento de


economia e administração)
• Universidade de Siena/Itália
Entre outras.

OBS: Sociedade Internacional de Pesquisadores do


Terceiro Setor ( EUA- Johns Hopkins)
PANORAMA NACIONAL E
INTERNACIONAL

• ABONG: Associação Brasileira de Organizações


Não governamentais. Criada em 1991. Objetivo
promover um intercâmbio entre as
organizações, fortalecer as causas ( papel
Político e de resistência). Têm diversas
parcerias/participação com Fóruns e
Organizações internacionais.
• AGENDA 2030: Criado pela ONU com a finalidade
de formular os objetivos de desenvolvimento
sustentável ( ODS).

• FIP- Fórum Internacional das Plataformas


Nacionais de ONGs. Fundada em Paris ( 2008).
Possui 55 plataformas: África, Europa, Oceania,
América latina ( 21 mil organizações).
• Fórum Social Mundial: “ Um outro mundo é
possível”. Surgiu em Porto Alegre ( 2001). Em
oposição ao Fórum econômico de Davos.
Combate: neoliberalismo, a
globalização/econômica/financeira.

• Mesa de Articulação de Associações


Nacionais e redes Regionais de Ongs da
América Latina e Caribe.
• Gife
• Ethos
• Escola aberta do Terceiro setor
• Observatório da sociedade civil ( Abong)
• Observatório do Terceiro Setor
DADOS-PESQUISA-IBGE
• 1996 a 2002 o número de organizações passou de 105 mil para 276 mil. Em
2010, segundo os últimos levantamentos do IBGE, este número aumentou
para 290,7 mil.

• As áreas de atuação incluem: religião (28,5%), associações patronais e


profissionais (15,5%) e ao desenvolvimento e defesa de direitos (14,6%). As
áreas de saúde, educação, pesquisa e assistência social (18,6%).

• A concentração maior dessas organizações está na região sudeste com


44,2%; em seguida com o nordeste com 22,9%; sul com 21,2%;
posteriormente com um número menor a região norte com 4,9% e o centro-
oeste com 6,5% (IBGE - Fasfil 2010).
• 2006 e 2010, cresceu 15,9% o número de ocupados assalariados,
sendo criados 292,6 mil empregos. Esse crescimento foi mais
significativo nas entidades de desenvolvimento e defesa de
direitos (30,0%) e de saúde (26,5%). Porém, em números
absolutos, na saúde foram criados 120,2 mil empregos novos,
enquanto no desenvolvimento e defesa de direitos, esse número
foi de apenas 27,8 mil.

• Em 2010, as mulheres representavam 62,9% do total de


assalariados nas Fasfil. A forte predominância feminina ocorria
em todas as regiões do país, sendo um pouco maior no Sul
(67,6%) e um pouco menor no Norte (55,2%).
• No período, houve uma elevação, em termos reais, de 6,2% e os
salários médios mensais, que passaram de R$ 1.569,53 para R$
1.667,05. Os ganhos salariais mais relevantes, entre o período
de 2006 a 2010, foram observados nas associações patronais e
profissionais (16,8%) e nas entidades de saúde (15,1%).

• Nesses dois grupos, destacaram-se a elevação nas


remunerações dos ocupados nas associações de produtores
rurais (20,4%) e nas de outros serviços de saúde (25,6%). Nas
associações de moradores o aumento foi de 20,0%. No entanto,
nos centros e associações comunitárias foi de 13,5% e nas
associações profissionais 19,5%.
DADOS MUNDIAIS

• EUA: 1,5 milhões de organizações


• Brasil: 290 mil organizações
• Rússia: 225.647 mil organizações
• Reino unido: 164, 9 mil organizações
• México: 25 mil organizações
• Cuba: Aproximadamente 2 mil organizações
(na área da cultura/artistas
Fonte: Abong/Brasil
AVANÇOS IMPORTANTES
• Constituição de 1988- reconhecimento da organização e
participação social ( reconhecimento da sociedade civil
(organizações/associações, movimentos sociais etc)
como atores sociais e políticos. Marco importante na
construção do “ Estado de Bem estar-social” ( tardio).
-Cenário internacional desfavorável ( Neoliberalismo)

- Ampliação dos espaços de Democracia participativa (a


partir de 2003) conselhos, fóruns, ouvidorias, consultas
públicas (criação, controle e execução das políticas
públicas)
• Decreto número: 8.243 de 2014. Política
Nacional de Participação Social ( PNPS).

OBS: Esse decreto foi derrubado pelo


Congresso Nacional.
Marco Regulatório das Organizações da
Sociedade Civil ( passou a vigorar 2016)

• A Lei n.º 13.019/14, conhecida como Marco


Regulatório das Organizações da Sociedade
Civil. É uma agenda política que tem por
objetivo aperfeiçoar o ambiente jurídico e
institucional no que se refere as relações do
Estado com a sociedade civil ( associações e
fundações/terceiro setor).
Aspectos gerais das mudanças
• Valorização das organizações da sociedade civil (instrumento
jurídico, novas diretrizes e princípios, atuação em rede)
• Transparência e Controle do dinheiro Público (chamamento
público, aprimoramento do Siconv), equipe de trabalho, ficha
limpa para organizações e dirigentes, prestação de contas
simplificada)
• Eficiência nos Projetos ( mais planejamento, monitoramento
e avaliação, resultados)

Fonte: Secretaria geral da Presidência da República


Lei de acesso a Informação

”Lei nº 12.527/2011 regulamenta o direito constitucional


de acesso às informações públicas. Essa norma entrou em vigor em 16 de
maio de 2012 e criou mecanismos que possibilitam, a qualquer pessoa,
física ou jurídica, sem necessidade de apresentar motivo, o recebimento
de informações públicas dos órgãos e entidades.
A Lei vale para os três Poderes da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, inclusive aos Tribunais de Conta e Ministério Público.
Entidades privadas sem fins lucrativos também são obrigadas a dar
publicidade a informações referentes ao recebimento e à destinação dos
recursos públicos por elas recebidos” .

Fonte: Planalto/gov
Marco Civil da Internet
• A Lei 12.965/14, conhecida como o Marco Civil da Internet,
foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff . Entrou em
vigor em 23/06/ 2014. O Marco estabelece princípios,
garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil.
( Debate público sobre a regulamentação).

- Proteção à privacidade dos usuários


- Liberdade de expressão e a retirada de conteúdo do ar
-Garantia da neutralidade de rede

Fonte: cultura digital


RETROCESSOS
• Avanço das pautas conservadoras do
Congresso Nacional:
- Criminalização do aborto;
- Demarcação das terras indígenas
- Diminuição da maioridade penal
- Questões do fundamento/conceito de Família
- Terceirização
etc...
PLC101/2015-Lei antiterrorismo
• Os movimentos sociais, organizações da
sociedade civil e todas as manifestações políticas
passam a ser enquadradas na Lei Antiterrorismo.

• 12 a 30 anos de reclusão quando identificada


com a finalidade de provocar “ terror social”.
PROJETOS DE GOVERNO
ELEIÇÕES 2018
• Projeto: Centro Esquerda/ Esquerda

• Projeto: Extrema Direita

Obs: Extrema Direita: Fim do financiamento


para as ONGs, Politica/ ONGs de Direitos
Humanos, Ausencia de investimento na cultura,
educação etc.; Criminalização dos movimentos
sociais.
OS DESAFIOS DAS ORGANIZAÇÕES DA
SOCIEDADE CIVIL/ TERCEIRO SETOR NA
SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

• Combater a fragmentação e parcialidade das ações e


projetos sociais ( AÇÃO EM REDE). Soluções políticas
e no campo da sustentabilidade/gestão.

• Combater o “ Empreendedorismo individual”. ênfase


na “ AÇÃO COLETIVA” ( rompimento com o
paradigma neoliberal). “ Solidariedade voluntária”
para a “Solidariedade baseada em direitos”
• Homogeneizar as lutas e as ações com os diversos
movimentos socais ( questões sociais não devem
ser encaradas como fragmentos). TOTALIDADE
SOCIAL

• Participação mais ativa na instâncias


democráticas/participativas ( conselhos, fóruns,
etc).
• Cobranças e articulações com o ESTADO e instituições.
( Combate ao “ Estado Mínimo”- ofensiva conservadora
mundial-direita).

• Parcerias com a Universidade: produção de


conhecimento ( avanços importantes nos EUA e Europa).
“ redes de conhecimento”. ( gestão substantiva X
instrumental). Ex: MST

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