Saltar para o conteúdo

Tabarca

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Tunísia Tabarca

‏طبرقة‎

Ṭabarqa • Thabraca • Thabarka • Barga

 
  Município  
Vista do porto e do forte de Tabarca
Vista do porto e do forte de Tabarca
Vista do porto e do forte de Tabarca
Localização
Tabarca está localizado em: Tunísia
Tabarca
Localização de Tabarca na Tunísia
Coordenadas 36° 57′ 15″ N, 8° 45′ 26″ L
País Tunísia
Província Jendouba
Prefeito Noureddine Ben Sassi
Características geográficas
População total (2004) [1] 15 634 hab.
Código postal 2111

Tabarca[2] (em árabe: ‏طبرقة‎; romaniz.: Ṭabarqa; em latim: Thabraca), também chamada Thabarka ou Barga pelos locais e Tabraqua na Antiguidade e Idade Média, é uma cidade e município da costa noroeste da Tunísia, que faz parte da província de Jendouba e em 2004 tinha 15 634 habitantes.[1] No mesmo ano, a delegação de Tabarka tinha 45 494 habitantes.[3]

A cidade situa-se à beira do Mediterrâneo, 15 km a leste da fronteira argelina, 180 km a oeste de Tunes e 67 km a norte de Jendouba. O topónimo, já usado pelos fenícios, é de origem berbere e significa "terra das urzes" ou "terra das estevas". É o centro das populações aldeãs do Djebel Khemir, uma pequena cadeia montanhosa coberta de sobreiros. A cidade é dominada por um monte rochoso sobre o qual se ergue um forte genovês.

É uma cidade turística, popular para a prática de mergulho — os fundos marinhos são abundantes em peixe e pratica-se a caça submarina de garoupas e lagostas. O mar de Tabarca é igualmente conhecido pelo seu coral, usado em joalharia. Todos os verões a cidade acolhe o Festival de Jazz de Tabarka, um evento que também atrai à cidade muitos visitantes. A cidade é servida pelo Aeroporto Internacional de Tabarca-Aïn Draham (IATA: TBJ, ICAO: DTKA), situado 15 km por estrada a leste da cidade.[carece de fontes?]

A história local é uma miscelânea de civilizações berbere, fenícia, cartaginesa, romana, árabe e turca. Tabraca, fundada pelos númidas, torna-se depois uma colónia romana. Os romanos Tabarca como o principal porto de exportação do mármore policromo extraído das pedreiras da cidade de Simito, situada nos montes vizinhos de Kroumirie. Mais tarde, durante o reinado do rei vândalo Genserico, a cidade é dotada de dois mosteiros, um masculino e outro feminino.[carece de fontes?]

Em 702 é travada em Tabraqua a última batalha entre o reino berbere, liderado pela rainha Kahina, e os árabes comandados por Haçane ibne Numane que, depois de ter conquistado Cartago aos bizantinos, recebeu um reforço de 50 000 homens do califa omíada Abedal Maleque ibne Maruane.[4] Apercebendo-se da derrota eminente, a rainha pôs em prática a política de terra queimada para dissuadir os invasores de invadirem os seus territórios. Mandou destruir os castelos e as reservas alimentares e queimar as colheitas e pomares, alienando assim parte do seu próprio povo e a deserção de alguns berberes, que se foi capturada e decapitada numa ravina e a sua cabeça foi enviada ao califa.[carece de fontes?]

De 1542 a 1742 a ilha de Tabarca foi habitada por numerosos colonos, os tabarquinos, originários de Pegli, na Ligúria. Eram principalmente pescadores de coral e comerciantes, organizados pela família nobre genovesa dos Lomellini, que tinha recebido a ilha em concessão por Barba Ruiva, concessão essa confirmada pelo imperador Carlos V, segundo a lenda em recompensa pela intermediação na libertação do corsário Dragute Arrais. Devido ao declínio económico da ilha e à sua sobrepopulação, os membros da colónia começaram a emigrar em 1738 para a ilha de San Pietro, perto da Sardenha, onde fundaram a cidade de Carloforte com o apoio do rei Carlos Emanuel III da Sardenha. O assalto à ilha de Tabarca pelo bei de Tunes em 1742 provoca a dispersão dos seus habitantes, tanto livres como escravos.[carece de fontes?]

O município de Tabarca foi criado por um decreto de 27 de junho de 1892.[5] Em 1952, o dirigente nacionalista Habib Bourguiba, que virá a ser o primeiro presidente da república da Tunísia independente , foi exilado em Tabarca e depois em La Galite pelas autoridades francesas.[carece de fontes?]

Notas e referências

[editar | editar código-fonte]
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em francês cujo título é «Tabarka», especificamente desta versão.
  1. a b «Population, ménages et logements par unité administrative : Gouvernorat : Jendouba». www.ins.nat.tn (em francês). Instituto Nacional de Estatística da Tunísia. 2004. Consultado em 25 de março de 2014 
  2. Mokhtar, Gamal (2010). História Geral da África – Vol. II – África antiga. [S.l.]: UNESCO. p. 495 
  3. «Population, ménages et logements par unité administrative. Gouvernorat : Jendouba». www.ins.nat.tn (em francês). Instituto Nacional de Estatística da Tunísia. 2004. Consultado em 25 de março de 2014 
  4. Ochi, Mohamed Sadok Bel (1981), La conversion des Berbères à l'islam (em francês), Tunes: Maison tunisienne de l'édition, p. 78 
  5. Khémais, Arfaoui (2011), Les élections politiques en Tunisie de 1881 à 1956 : colonialisme et libertés politiques, ISBN 9782296542587 (em francês), Paris: L'Harmattan, p. 139 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Tabarca
pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy