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Transtorno de personalidade esquiva

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Transtorno de personalidade esquiva
Especialidade psiquiatria, psicologia
Classificação e recursos externos
CID-10 F60.6
CID-9 301.82
CID-11 429615620
MedlinePlus 000940
eMedicine 913360
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O transtorno de personalidade esquiva é um transtorno de personalidade caracterizado por um padrão predominante de inibição social, sentimentos de incapacidade, sensitividade extrema a críticas ou repreensões, e uma tendência à solidão ou isolamento. Pessoas que apresentam o transtorno de personalidade esquiva vêem a si mesmas como socialmente ineptas e não atraentes e evitam contato social por medo de serem ridicularizadas, humilhadas ou desprezadas. Os pacientes, tipicamente, mostram-se solitários e relatam o sentimento de distanciamento da sociedade.

Critérios do DSM-5

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O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais quinta edição, DSM-5[1], explica que para ser diagnosticado um transtorno de personalidade deve-se cumprir todos os seguintes critérios:

  • A. Um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia

acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo. Esse padrão manifesta-se em duas (ou mais) das seguintes áreas:

  1. Cognição (i.e., formas de perceber e interpretar a si mesmo, outras pessoas e eventos).
  2. Afetividade (i.e., variação, intensidade, habilidade e adequação da resposta emocional).
  3. Funcionamento interpessoal.
  4. Controle de impulsos.
  • B. O padrão persistente é inflexível e abrange uma faixa ampla de situações pessoais e sociais.
  • C. O padrão persistente provoca sofrimento clinicamente significativo e prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
  • D. O padrão é estável e de longa duração, e seu surgimento ocorre pelo menos a partir da adolescência ou do início da fase adulta.
  • E. O padrão persistente não é mais bem explicado como uma manifestação ou consequência de outro transtorno mental.
  • F. O padrão persistente não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica (p. ex., traumatismo craniencefálico).

Finalmente, para o caso especifico do transtorno de personalidade esquiva, quatro ou mais das seguintes características devem estar presentes:

  1. Evita atividades profissionais que envolvam contato interpessoal significativo por medo de crítica, desaprovação ou rejeição.
  2. Não se dispõe a envolver-se com pessoas, a menos que tenha certeza de que será recebido de forma positiva.
  3. Mostra-se reservado em relacionamentos íntimos devido a medo de passar vergonha ou de ser ridicularizado.
  4. Preocupa-se com críticas ou rejeição em situações sociais.
  5. Inibe-se em situações interpessoais novas em razão de sentimentos de inadequação.
  6. Vê a si mesmo como socialmente incapaz, sem atrativos pessoais ou inferior aos outros.
  7. Reluta de forma incomum em assumir riscos pessoais ou se envolver em quaisquer novas atividades, pois estas podem ser constrangedoras.

Diagnóstico diferencial

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O transtorno de personalidade esquiva é comumente confundido com a fobia social, no entanto, as pessoas afetadas por fobia social experimentam uma enorme ansiedade e apreensão ao confrontarem situações socialmente temidas e fazem de tudo para evitá-las. Nesta patologia, o consciente e o bom senso não são suficientes para superar o excesso de timidez, sendo este de caráter orgânico/cognitivo e fora do alcance de uma decisão racional do paciente. O transtorno de personalidade esquiva é comumente confundido também com transtorno de personalidade antissocial, no entanto, clinicamente, o termo antissocial significa atitudes agressivas e contrárias à sociedade (sociopatia), não inibições sociais. Ainda, o transtorno de personalidade esquiva não deve ser confundido com o transtorno de personalidade esquizoide. Enquanto os esquizoides apresentam falta de interesse nas relações sociais, os esquivos têm muito interesse, mas sua falta de confiança age como um bloqueio em tais relações. Outra diferença é que os esquizoides são imunes às críticas e a elogios, e esquivos são muito sensíveis às mesmas.

Referências

  1. American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5th ed.). Washington, DC: Author.
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