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Tricotilomania

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Tricotilomania
Tricotilomania
É quatro vezes mais comum em mulheres do que homens.[1]
Especialidade psiquiatria, psicologia
Classificação e recursos externos
CID-10 F63.3
CID-9 312.39
CID-11 e 270453245 1253999657 e 270453245
OMIM 613229
DiseasesDB 29681
MedlinePlus 001517
eMedicine derm/433 ped/2298
MeSH D014256
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Tricotilomania (trico = cabelo; tilo = puxar) é um transtorno psicológico mais conhecido por seus sintomas do que pelo seu nome. Pessoas que sofrem desse distúrbio de controle de impulsos arrancam os fios de cabelo para controlar a ansiedade e o nervosismo. Algumas enrolam os fios no dedo para depois puxar. Nos casos mais graves acabam ficando calvas ou com grandes falhas no couro cabeludo. Em uma pesquisa, cerca de 4% dos entrevistados relataram já ter arrancado cabelos em um momento de ansiedade.[2]

Sinais e Sintomas

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Ao longo da vida cerca de 0,6% da população arranca os cabelos excessivamente e cerca de 4% arrancam eventualmente.[3]

Algumas pessoas também comem o cabelo arrancado, o que é chamado de tricotilofagia. Esse hábito pode causar:

  • Perda de apetite;
  • Vômito;
  • Náusea;
  • Obstrução gastrointestinal;
  • Sangramento interno;
  • Dores abdominais e;
  • Acúmulo de cabelos no estômago.

Frequentemente exige cirurgia para a remoção do novelo de cabelos que se acumula no estômago e até nos intestinos.

Essas pessoas sabem perfeitamente que esse comportamento não é saudável mas não conseguem resistir ao impulso. Esse comportamento costuma começar ainda na infância ou adolescência e durar por toda a vida, levando-as a uma calvície precoce.

Quando a perda de cabelo fica visível e difícil de esconder, os indivíduos podem se isolar socialmente para não mostrar aos outros, agravando sua baixa autoestima, depressão e ansiedade. Mesmo que não se isolem, críticas ao cabelo também tem efeito similar de agravar os fatores que desencadeiam o transtorno e assim aumentarem a frequência de arrancar cabelos ao invés de diminuir.

As três causas mais comuns são[4]:

Outros transtornos de ansiedade também podem ser fatores desencadeantes da doença, assim como distimia, uma forma mais leve de depressão. Está associada a baixa autoestima, impulsividade e insegurança. Existe uma tendência genética a esse transtorno, relacionada a serotonina, que causa vulnerabilidade a transtornos de humor e ansiosos.[5]

O principal tratamento para a tricotilomania é um tipo de terapia comportamental chamado de treinamento de reversão de hábitos. Com esta abordagem, uma pessoa com tricotilomania primeiro aprende a identificar quando e porque ela tem o desejo de puxar os cabelos. Esta técnica também ensina formas mais saudáveis de relaxamento e outros comportamentos mais adequados para reduzir o estresse no momento de grande tensão. Esta nova atividade, chamada de resposta competitiva, pode ser tão simples como fazer um punho com a mão ou massagear as têmporas, não só para responder ao estresse como também para ocupar as mãos usadas para puxar o cabelo.[1]

A Terapia cognitivo comportamental além de ensinar comportamentos mais saudáveis para relaxamento também aborda qualquer pensamento distorcido que pode ser adicionando ao estresse que desencadeia o comportamento.[1]

Remédios para a ansiedade (ansiolíticos e antidepressivos) podem ser utilizados como parte do tratamento.[5] Inibidores seletivos da recaptação da serotonina podem ser úteis para ajudar a reduzir a impulsividade, a ansiedade, a depressão, a compulsão e melhorar o humor. Uma vez recuperada dos traumas, há chances de os fios de cabelo voltarem a crescer. Contudo, o processo demora, em média, de dois a seis anos quando os cabelos foram arrancados pela raiz.[1]

Recomenda-se o uso de chapéu, lenço ou boné para cobrir a área danificada ou raspar o cabelo para evitar desconforto social. O isolamento social pode agravar a depressão e ansiedade.

Referências

  1. a b c d «What Is Trichotillomania?». WebMD 
  2. Kratochvil CJ, Bloch MH. Trichotillomania across the life span. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry. 2009;48:879-883.
  3. Christenson GA, Mackenzie TB, Mitchell JE (1991). "Characteristics of 60 adult chronic hair pullers". The American Journal of Psychiatry 148 (3): 365–70. PMID 1992841.
  4. Chamberlain SR, Menzies L, Sahakian BJ, Fineberg NA (April 2007). "Lifting the veil on trichotillomania". Am J Psychiatry 164 (4): 568–74. doi:10.1176/appi.ajp.164.4.568. PMID 17403968.
  5. a b pmhdev. «Error 503». PubMed Health 

Ligações externas

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