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Marvel Team Up Hulk Vs Mr. Hyde

Roteiro meu

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Muito já foi falado por mim neste canal das influências literárias/cinematográficas na criação do

incrível Hulk. Após o inerentemente bestial Lobisomem e o encontro com Monstro


Indestrutível, resultado da ressurreição dos mortos pelos desígnios audaciosos da ciência,
minhas expectativas estavam fixadas no Conde Drácula para ser o próximo vencedor da votação
da enquete, completando assim a trindade de monstros no universo compartilhado da Universal
em vídeos especiais de halloween em que eles combatem o Hulk. Lobisomem, Frankenstein e
drácula, essa é a trindade. Seria até bonito de vê-los em seguimentos perfeitos na minha playlist.
Contudo, para minha surpresa, o Sr. Hyde emergiu como o vencedor desta vez. Uma reviravolta
inesperada! No entanto, sinto-me contente com isso, pois há muito tempo ansiava por contar
essa história em meu canal. Afinal, o surgimento do Hulk foi em partes inspirado na obra de
Robert Louis Stevenson. Não que o Lobisomem e o Monstro de Frankenstein não tenham sua
importância nessa equação, quem viu os últimos vídeos dessa série sabe da minha opinião sobre
a relevância desses dois para a consolidação do Hulk, mas o romance de Stevenson mergulha
profundamente na essência do Hulk, explorando o intrigante aspecto de um cientista com a
“personalidade dividida”.
Da ameaça nuclear ao Dr. Banner e Mr. Hulk.
Quando no inicio dos anos sessenta a dupla Stan Lee e Jack Kirby cria o incrível Hulk, está a
responder uma ânsia profunda e ao espírito de uma época: estamos em plena guerra fria, e a
ameaça nuclear domina a consciência planetária. Mas Lee e Kirby estavam longe de suspeitar
da popularidade e universidade seu personagem viria a atingir.
Quando o Hulk surge, em maio de 1962, são muitas as influências que se misturam para definir
as suas principais características. Como já disse em outros vídeos, Stan Lee citou histórias tão
diversas como o mito de Frankenstein, a história do Dr. Jekkyl e Sr. Hyde, ou mesmo Golem do
imaginario hebreu. Mas desde o princípio, ele surgiu uma uma reação ao pesadelo nuclear e a
ameaça soviética. O Hulk é o cientista atômico Bruce Banner, criador da bomba Gama de raios
gama, que é acidentalmente exposto á radiação de sua arma durante o teste, quando procura
salvar um jovem chamado Rick Jones, que tinha entrado na zona de detonação do engenho. A
tremenda quantidade de raios gama que absorve durante a explosão vai transforma-lo em um
monstro brutal e selvagem, de pele cinzenta e poder incomensurável toda vez que sua pele é
coberta sob o manto escuro da noite e dá lugar a uma raiva incontrolável. Monstro cinzento?
Sim, porquê originalmente o Hulk era suposto ser dessa cor, mas problemas no controle de cores
durante a impressão do primeiro número levaram a que Stan Lee adotasse o verde que se
transformou na cor “oficial” do personagem.
O significado do nome Hulk: Ao delinear claramente as inspirações para a criação do monstro,
restava apenas a tarefa de encontrar-lhe um nome. Stan Lee descreve o desafio de escolher uma
denominação que capturasse a essência de uma criatura de inacreditável força, porém lenta e
não muito inteligente. Apesar de vasculhar enciclopédias e dicionários em busca do termo ideal,
nenhum se mostrava satisfatório. A busca persistente culminou ao deparar-se com a palavra
"hulking", um adjetivo inglês que denota alguém bruto, desajeitado e imponente. Essa palavra
evocou a imagem mental perfeita – ele tinha que ser o... HULK!
Dito isso, os inícios do Hulk foram atribulados. A série seria cancelada após alguns números, e o
Hulk passou a saltar de revista em revista, como verdadeiro artista convidado, desenhado por
vários criadores, com especial relevância para Steve ditko, que ajudou a definir sua imagem. Foi
um dos fundadores dos vingadores – um tema que os recentes filmes da trilogia desse grupo de
super-heróis na Marvel Studios retoma. – e após um ano voltou numa publicação regular numa
revista que dividia com outros personagens do Universo Marvel, a famigerada Tales to atonish.
Ao longo dos anos 60, o seu caráter foi mudando, acompanhando de certo modo as
transformações da sociedade americana. A ameaça nuclear foi se transformando de “perigo
soviético” em “perigo de um holocausto mundial.”, e passou a ser a representação da loucura
prometeica da raça humana, da sua ganância e do medo de que uma nova geração face ao seu
governo ou ao complexo industrial militar: o processo que levou da geração Beats aos hippies,
dos protestos contra a guerra no vietiname ao nascimento da consciência ecológica. Tudo isso o
Hulk representou, e foi nesses anos marcantes que seu mito se solidificou e ganhou forma.
Foi nesse período que se estabeleceu o mecanismo da transformação de Banner em Hulk,
introduzida pelo stress emocional intenso, e Que definiu sua nova personalidade, mais infantil,
mais selvagem e destrutiva, mas talvez mais inocente; foi também nessa altura que a identidade
do Dr. Banner como Hulk foi conhecida, e que ele se tornou um constante fugitivo que
conhecemos, e ao mesmo tempo no Símbolo da perseguição da máquina policial, da resistência
ao militarismo, e do indivíduo pacífico que apenas quer levar uma vida calma e solitária. Não é
por tanto de admirar que sua popularidade tenha vindo a subir ao longo desta época, e que para
a grande surpresa dos próprios editores da Marvel se tenha tornado campeão de vendas nos anos
70.
“Meu demônio, por muito tempo enjaulado, saia rugindo.”
- o médico e o monstro (1886)
Sem dúvida, Lee e Kirby se inspiram na obra de Stevenson: “O Estranho Caso do Dr. Jekyll e
do Sr. Hyde” (1886). porquê Bruce Banner e seu alter ego grande e verde eram – para todos os
efeitos – um Jekyll e Hyde pós-Segunda Guerra Mundial, uma personificação ambulante da
destruição inimaginável esperando para ser desencadeada pela suposição ridícula de que nossa
espécie poderia ser confiável para exercer o incrível poder que reside nos próprios blocos de
construção do universo. Visto através de lentes mais macro, o Hulk representa a arrogância
científica da humanidade, um tema que remonta a mais de 200 anos, desde a publicação de
Frankenstein, de Mary Shelley. Na verdade, os maiores monstros encontrados na cultura pop
sempre representaram algo maior do que eles próprios. Eles não são apenas assustadores – eles
também iluminam nossas falhas e instintos mais básicos. Não importa o quão avançada a
civilização se torne, os humanos sempre serão os assustados e supersticiosos habitantes das
cavernas, amontoados em torno de uma fogueira. Por sua vez, dizem que o escritor escocês se
inspira na vida dupla do ladrão de colarinho branco, William Brodie.

Dizem também que Hyde toma forma – em grande parte – nos sonhos de Stevenson. Uma
anedota afirma: “Nas primeiras horas da manhã”, lembra a Sra. Stevenson, “fui acordada pelos
gritos horrorizados de Louis. “Acordei? Eu estava sonhando com uma doce história de terror.”
Eu o acordei na cena da primeira transformação.”

A verdade é que “hide” em inglês significa: “escondido”. Ao longo do romance: o advogado


Utterson quer resolver o enigma secreto que une seu amigo e cliente, Jekyll (um respeitável
profissional da alta sociedade londrina), e Hyde (um ser deformado, violento, assustador e
implacável). Estamos diante de um “caso”: um caso policial, um caso experimental de
laboratório, um caso moralizante, um caso para o divã do psicólogo ou do psiquiatra. Ou seja,
esta aventura tem todos os ingredientes do terror, da polícia, da ficção científica e dos romances
psicológicos. O leitor presencia a investigação de Utterson: ele reúne pistas e acerta pontas
soltas com o advogado. A confissão final de Jekyll é a evidência convincente que resolve o caso:
o médico toma uma mistura que o transforma em Hyde (seu lado sombrio, oculto e oposto); Ele
vive uma vida dupla por muito tempo, até que às vezes o outro lado não se contenta mais em
sair de sua prisão às vezes e quer se libertar de seu carcereiro.
A primeira aparição o apresenta como “O Incrível Hulk: o homem mais estranho de todos os
tempos”. A capa coloca Banner em primeiro plano e, atrás dele, o Hulk cinza, Entre pontos de
exclamação diz: “Fantasia do jeito que você gosta!” E ele se coloca na interrogação: “Ele é um
monstro ou um homem ou ambos?”
Ao comparar uma história em quadrinhos do Hulk com uma das edições de “O Estranho Caso
do Dr. Jekyll e Mr. Hyde”, ou como é conhecido no Brasil, “O Médico e o Monstro”, as
similaridades se tornam evidentes de imediato. Prossigamos: O que conecta Hulk e Hyde?
Ambos surgem como resultados de cientistas que transformaram seus próprios corpos em
campos de experimentação; a intrigante dualidade identitária se torna a perdição deles; a
investigação científica foge do controle, tornando-se uma ameaça à sociedade; o corpo humano
se torna o campo de batalha onde civilização e primitivismo colidem; os limites morais e éticos
da ciência são desafiados; as emoções transbordam, a raiva se manifesta e suas consequências
são catastróficas; sugere-se que aqueles que não controlam responsavelmente seus impulsos
eventualmente pagarão por seus atos (a primeira condenação provém de uma consciência
sobrecarregada que não dá trégua).
As analogias entre os personagens clássicos da literatura e o Dr. Bruce Banner, juntamente com
seu alter ego, são incontestáveis. Contudo, uma distinção marcante se revela: os raios gama
resultaram de um acidente desencadeado pelo instinto heroico de Banner ao se sacrificar para
salvar outro, lamentavelmente desencadeando o Hulk, que provoca tumulto e destruição. No
conto gótico de Robert Louis Stevenson, o Dr. Jekyll transforma-se no bestial Sr. Hyde ao
consumir seu próprio soro experimental, expondo-se conscientemente. Essa narrativa explora a
dualidade da psique humana, evidenciando como, como Sr. Hyde, Jekyll permite que seu lado
sombrio prevaleça sem remorsos pelos atos violentos. Jekyll absorve o karma de seus próprios
feitos, uma dinâmica diferente de Banner. Nos quadrinhos, Banner não induziu sua condição
como o Dr. Jekyll, mas foi afligido por uma maldição. Entretanto, existe uma versão que
compartilha mais semelhanças na origem do monstro. Para compreender essa conexão,
aprofundemos o contexto geral da narrativa.
O visionário cocriador Jack Kirby, o encarregado da concepção visual do personagem,
compartilhou em entrevistas sua fonte de inspiração: testemunhar uma mãe erguendo um carro
para resgatar seu filho preso embaixo dele. Curiosamente, esse incidente serviu como ponto de
partida para a pesquisa do Dr. David Bruce Banner, retratado pelo carismático ator Bill Bixby na
nostálgica série de TV "O Incrível Hulk" (1977-1982).
Nesta adaptação televisiva, o cientista, perturbado por não ter conseguido erguer o carro para
salvar sua esposa após um acidente, dedicava-se ao estudo das razões pelas quais certas pessoas,
em situações de elevado estresse e iminente perigo de morte, manifestavam uma força sobre-
humana. Ao desvendar que durante tais eventos o nível de raios gama na luz solar excedia o
padrão, Banner embarcou em pesquisas sobre os efeitos dessa radiação no organismo humano.
Em uma experiência não autorizada, na qual ele mesmo se voluntariou como sujeito de teste, o
aparato destinado a expô-lo a raios gama foi recalibrado sem sua ciência, resultando no pobre
doutor recebendo uma dose avultada de radiação. A partir desse ponto, sempre que se feria ou
ficava nervoso, transformava-se numa colossal e musculosa criatura de pele verde,
posteriormente apelidada de Hulk pelos veículos de imprensa (interpretado pelo ator e
fisiculturista Lou Ferrigno).
Entendo que a série tenha ficado um tanto datada e se distanciado consideravelmente da
representação clássica do Gigante Verde nos quadrinhos, mas naquela época, era o que tínhamos
disponível. Apesar de reconhecer as limitações evidentes dessa produção, mantenho um apreço
significativo por ela e acho fantástico como a inspiração de Kirby permeou a essência da versão
televisiva, além de ter resgatado alguns dos elementos fundamentais do conto que inspirou o
Hulk que acabaram por se perder na sua contraparte cômica. No conto original, Para corroborar
a autenticidade de sua proposição acadêmica perante ao público, o Dr. Jekyll tenta conduzir suas
próprias experiências para sentir os resultados em sua própria pele, mas logo se vê prisioneiro
de sua ambição, arrependendo-se ao perceber até que ponto chegou quando suas transformações
tornam-se incontroláveis. A alteração na origem do Hulk em relação aos quadrinhos torna a
encarnação da série mais alinhada com uma parte da discussão que Stevenson buscava
transmitir. Mesmo Que, Bruce Banner, nos quadrinhos, posteriormente admitiu ser o
responsável pelo que lhe aconteceu, ao criar a bomba Gama e se permitir "brincar de Deus".
Cena do episódio piloto:
“eu quero ser o Doutor Banner, não o Dr. Jekkyl!”
Ao longo do tempo, o universo Marvel enriqueceu a narrativa do Incrível homem e monstro:
emergiram interpretações em diversas tonalidades de cor; uma família “superpoderosa” se
consolidou ao seu redor; e ele foi integrado ao prestigioso grupo dos “Vingadores”, além dos
“Defensores”, “panteão”, entre outros. É evidente que observamos uma separação meticulosa
entre o ser humano e a besta: cada um trilhando novos caminhos. Simultaneamente, deparamo-
nos com o “Banner-Hulk”, um Hulk com a mente de um cientista; o “Gravage Hulk sem
Banner”, um gigante com a influência suspensa de sua contraparte humana; o “Hulk da guerra”,
uma espécie de cavaleiro do Apocalipse; o “Hulk Sem Mente”, um ser estupidificado com raiva
e força imensuráveis; o “jovem Hulk Maestro” com cabelos longos e barba, situado no contexto
de uma hipotética terceira guerra mundial. E isso é apenas uma breve referência.
Hulk: ora herói, ora vilão. Com suas calças rasgadas, ele exibe sua fúria desmedida e sua força
sobre-humana pelos corredores do vasto cosmos Marvel. Ninguém é um modelo ininterrupto. O
grande poder implica grande responsabilidade em seu exercício. Quantos de nós não se
tornaram uma espécie de Hulk em algum momento da vida?! Em certas situações, seja na escola
ou ao volante de um carro, talvez trocando um pneu, e refletimos: “Quem me tornei ao reagir
assim na sala de aula da escola?” Experimentamos uma “metamorfose” inesperada
desencadeada pela fúria e/ou pela influência de alguma mistura que consumimos em excesso?
Em 1931, o cinema desenrola o tapete da fama para a quarta encenação da novela gótica de
Stevenson, marcando a estreia do primeiro filme falado. Henry Jekyll, médico na alta sociedade
londrina, conduz experimentos para validar sua teoria. Personificando um verdadeiro
cavalheiro, comprometido com uma dama inglesa interpretada por Rose Hobart, Jekyll sucumbe
aos efeitos da poção que ele próprio prepara e consome, transformando-se na sinistra
encarnação do mal, o Sr. Hyde. Na trama, uma personagem inédita é acrescentada, Ivy, uma
mulher com moral ambígua, atrai a atenção de Jekyll ao ser defendida por ele de um agressor.
Levada até seu apartamento, ela tenta seduzi-lo, enquanto ele, resistindo, têm o animal dentro
dele lambendo os beiços da memória. Na vanguarda, Frederic March brilha nos papéis clássicos
de bem e mal.
Este filme emerge como um dos primeiros a explorar o fenômeno da perseguição, tornando-se um
catalisador para todas as produções subsequentes baseadas na novela gótica de 1886 "O Estranho
Caso do Dr. Jekyll e do Sr. Hyde", concebida pelo renomado autor escocês Robert Louis Stevenson.
Nos anos seguintes, testemunharíamos paródias licenciadas, com a dicotomia entre Jekyll e Hyde
inserida de forma criativa em diversas mídias, incluindo notáveis participações em desenhos
animados, como exemplificado pelo clássico episódio do Pernalonga.
No universo dos quadrinhos, a multifacetada dupla de Stevenson não foi esquecida. Em 1963, fez
sua estreia nas páginas dos quadrinhos do poderoso Thor. Contudo, a narrativa do médico e do
monstro encontrou sua expressão mais refinada no cânone, efetivamente em Marvel Classics #1 e
Supernatural Thrillers #4. Estas revistas tinham como objetivo adaptar de maneira primorosa
clássicas novelas góticas para os quadrinhos, seguindo o estilo distintivo da Marvel, incluindo "O
Homem Invisível" e, é claro, o intrigante "Caso do Dr. Jekyll e Sr. Hyde". Foi nesse cenário que
conhecemos a primeira e original adaptação cômica, em 1973.

Doutor Jekyll (Marvel comics)

No crepúsculo do século XIX, nas entranhas urbanas de Londres, o Dr. Henry Jekyll, médico
imbuido de benigna índole, empenhou-se numa luta titânica para reprimir os impulsos malévolos
latentes em seu ser. Num meticuloso esforço de pesquisa e exploração da dicotomia entre o bem e o
mal, engendrou um elixir que, ao ser administrado, desencadeou sua natureza maléfica por meio de
violentos arroubos físicos. Essa metamorfose o converteu em um bruto violento e assassino,
identificado como Sr. Edward Hyde, cuja surpreendente destreza atlética revelou-se notável. O
processo evolutivo perdurou até que Jekyll, subjugado, tornou-se incapaz de dominar a
transformação.

Utterson, amigo íntimo e advogado de Jekyll, elucidou a complexidade da situação e procurou, com
zelo, oferecer auxílio, enquanto Hyde, por sua vez, aspirava assumir o controle do processo,
evitando a reintegração a Jekyll. Hyde, por fim, converteu-se em alvo da perseguição policial; sua
tentativa de evasão pelos telhados culminou em uma queda fatal, precipitando-o à morte. Após o
derradeiro suspiro, o corpo readquiriu a conformação de Jekyll.

A narrativa de Jekyll foi ulteriormente consignada à ficção literária, imortalizada por Robert Louis
Stevenson em seu romance intitulado “Strange Case of Dr Jekyll and Mr Hyde”. A veracidade desta
trama foi admitida por uma ínfima plêiade de indivíduos, incluindo o Dr. Calvin Zabo, o nosso
próximo objeto de análise e proeminente antagonista que se consagraria como o segundo e principal
Sr. Hyde no universo Marvel.

História: Calvin Zabo, um brilhante cientista de pesquisa médica, sempre foi fascinado pela
história do Dr. Jekyll e Mr. Hyde, de Robert Louis Stevenson. Acreditando que era muito mais
do que um simples relato fictício, Zabo dedicou sua vida a descobrir uma fórmula química que
poderia liberar totalmente o lado bestial de sua natureza humana. Ao perceber que precisaria de
grandes somas de dinheiro para seu projeto, Zabo aumentou seu salário como pesquisador
médico, roubando sistematicamente seus diversos empregadores. Mudando de emprego em
emprego, Zabo conseguiu evitar processos criminais. No entanto, sua reputação duvidosa
rapidamente se espalhou pela comunidade médica. Ao se candidatar ao renomado cirurgião, Dr.
Donald Blake (também conhecido como Thor), Zabo ficou indignado ao ser recusado com base
em suas más ações passadas. Jurando vingança ao médico insensível, Zabo voltou toda sua
atenção para seu projeto. Meses depois, os anos de pesquisa e experimentação meticulosas de
Zabo deram frutos, pois ele descobriu a fórmula que o transformou pela primeira vez em Mr.
Hyde. Cheio de um ódio ardente pela humanidade e acreditando ser a verdadeira personificação
do mal, Mr. Hyde escolheu o Dr. Donald Blake como a primeira vítima de sua ira. Desde então,
ele se tornou um inimigo de lutadores contra o crime na área de Nova York, como demolidor,
Homem-Aranha e Capitão América. Hyde teve uma longa parceria com a Cobra que terminou
em inimizade. Recentemente, Hyde juntou-se aos quarto Mestres do Mal.
Nível de força: Mr. Hyde possui força sobre-humana, permitindo-lhe levantar (pressionar)
aproximadamente 50 toneladas em condições ideais. Características incomuns: O processo
químico que transforma Calvin Zabo em Mr. Hyde é de natureza hormonal, causando a
fabricação instantânea de hormônios mutados que desencadeiam uma transformação física que
abrange todo o seu corpo. O processo completo leva cerca de 30 segundos. De alguma forma
ainda desconhecida, mais de 200 libras de ossos e tecido muscular são adicionados ao corpo de
Hyde. A transformação é extremamente dolorosa e tem vários efeitos colaterais. À medida que
seu corpo se transforma, a pele de Zabo se estica sobre seu volume crescente. A distorção
resultante do tecido afeta todas as suas características físicas. Hyde e Zabo não possuem o
mesmo conjunto de impressões digitais, e a estrutura facial e musculatura de Hyde são
distorcidas de tal forma que ele parece estar usando um semblante perpétuo de raiva. A
personalidade de Zabo também é afetada pela transformação. Ele é preenchido com uma raiva
selvagem e uma ferocidade quase bestial.

Poderes sobre-humanos conhecidos: Além de possuir força sobre-humana, o corpo de Mr. Hyde
possui poderes de recuperação e resistência excepcionais. Ele é fisicamente resistente,
enrijecido a ferimentos e insensível a quantidades extraordinárias de dor.
Trinta e dois anos após a criação do Hulk, a luz solar envolveu completamente o manto sombrio
do Sr. Hyde, banhando pela primeira vez o vergonhoso cinza da pele de Bruce Banner com seu
resplendor vigoroso. Assim, o Hulk e o Sr. Hyde se encontraram pela primeira vez, enquanto as
sombras densas de um túnel sinistro invadem os espaços de um vagão, o Hulk surge, imponente,
no limiar da transformação, nesta ocasião personificando a persona de Joe Tira-Teima.
Sim, após ter chutado o traseiro do Lobisomem á noite, durante o nosso especial de Halloween
de dois anos atrás – acesse o link nos cards –, o Hulk cinza segue em alerta máximo, pronto para
replicar a façanha contra o Sr. Hyde!
Embora nunca atinja o abismo moral de Hyde, há uma notável semelhança com Joe Fixit, a
mais notória manifestação do Hulk Cinzento. Apresentado na edição #347 de “Incredible Hulk”,
criada por Peter David e Jeff Purves, Fixit é uma encarnação astuta e impiedosa do Hulk que se
adaptou rapidamente ao papel de um executor em Las Vegas. Tanto Hyde quanto Fixit
representam distorções do estereótipo do cientista frágil, com sua fúria amplificada ao extremo
mais letal imaginável.

No entanto, apesar de suas ações questionáveis, Fixit demonstrou reter traços heróicos – como
evidenciado na edição 339, onde o Hulk, à beira de atacar Alex, é assolado por lembranças de
abuso paterno. A criança chora ao recordar o acidente que levou à morte de seu pai biológico e
ao confrontar a possibilidade de sua própria morte iminente. Desafiando as expectativas, o Hulk
opta por oferecer consolo a Alex, em vez de feri-lo. Em contraste, Hyde nunca se aproximou de
tal redenção. Fixit pode ter se envolvido em atividades ilícitas, mas, com o tempo, ele se redime.
Hyde pode até nutrir algum afeto por certos humanos, mas isso não altera o fato de que ele é um
indivíduo que se rendeu aos seus instintos mais sombrios. O personagem confronta as inúmeras
falhas que Zabo ainda possui e assume a culpa pelo monstro liberado através de sua
transformação. Assim, ele não é apenas uma reinterpretação do Hulk, mas uma reavaliação
completa do arquétipo que inspirou sua origem.
"A edição #368 de 'O Incrível Hulk' é uma peça notável em minha coleção, destacando-se como
uma das minhas prediletas. Sua singularidade advém, em parte, do magnífico trabalho artístico
de Sam Kieth, anteriormente conhecido por suas contribuições nas cinco primeiras edições de
'Sandman', (que eu particularmente nunca li, mas eu ouço falar que têm qualidade.) A narrativa,
por sua vez, apresenta uma análise profunda e cativante do Hulk sob a perspectiva do Sr. Hyde.
A inteligência e astúcia do Sr. Hyde nesta edição são particularmente notáveis, marcando um
distinto contraste com sua aparição que eu anteriormente havia visto no episódio da série
animada “Thor” dos anos 60, integrante da coleção “Marvel Super Heroes”, a intrínseca
dualidade do Sr. Hyde é habilmente retratada, permitindo uma rica variação em sua
personalidade. Esta edição foi primeiramente disponibilizada no Brasil em janeiro de 1994 pela
Editora Abril Jovem, na versão em formatinho de “O Incrível Hulk”, que veio com o título de
“seleção natural”, e posteriormente, ganhou destaque na coleção “Hulk por Peter David Nº1”,
uma publicação da Panini Comics.
Considerações sobre posicionamento cronológico: Adiado no tempo de publicação para que
Hulk #369 possa ser a primeira aparição de Freedom Force após Atos de Vingança. Isso
significa que Hyde provavelmente escapou depois que Cobra chamou a polícia para ele no final
de Capitão América # 367, mas foi capturado em algum momento após esta edição para que ele
pudesse aparecer em Deathtrap: The Vault (onde Freedom Force também aparece ).
Também nesta edição está a primeira visão do Panteão, incluindo uma aparência quase
totalmente obscurecida de Prometeu.
Agora seria o instante propício para impulsionar meu canal e solicitar que vocês se inscrevam,
cliquem em gostei e espalhem o vídeo. No entanto, neste momento, estou diante de dois leviatãs
indomáveis que pairam sobre mim, e por essa razão... Vamos direto ao filme!
Abertura Mr. Hyde vs Hulk:
História completa.
As forças armadas e o Dr. Samson localizaram o imóvel alugado por Bruce Banner em Las
Vegas, que estava sob vigilância. Quando detectam movimento na entrada, os militares
rapidamente se posicionam armados, causando um susto fatal no entregador de jornais. Dr.
Samson adverte que, sendo pleno dia, o indivíduo procurado estaria em forma humana, não
representando perigo. No entanto, enquanto se organizam, não notam que Banner os espiona
escondido entre os arbustos. Ele cogita entregar-se, mas hesita quando um soldado, alertado por
um ruído, dispara em direção a uma moita, revelando apenas um esquilo assustado. Isso reforça
a ideia de Banner de que talvez não seja prudente se entregar. Paralelamente, um trem ruma para
o leste transportando um passageiro misterioso. Em outro local, numa base secreta incrustada
numa montanha, um sujeito conhecido como Prometeu recebe a missão de localizar um alvo
específico. Em seguida, ele parte velozmente em um veículo avançado.
Em Yucca Flats, enquanto Banner revirava uma caixa de roupas, um militar o surpreende. Com
um movimento rápido, Banner o neutraliza e se apropria do uniforme e arma do soldado,
camuflando-se entre os demais. O grupo parte em direção aos trilhos de trem, determinados a
encontrar Banner. Durante o trajeto, Banner reflete sobre a satisfação de ter enfrentado um de
seus perseguidores. Ao inspecionarem um trem em movimento, Bruce vê a chance de se
esgueirar para dentro de um vagão, eludindo a captura. No entanto, a solidão é quebrada por
uma voz que emerge das sombras, chamando-o. Com a arma em punho, Bruce questiona a
identidade do estranho, que se revela ser Edward. Ao se identificar, Bruce é imediatamente
reconhecido por Edward, apesar da penumbra que os envolve.
Edward discorre sobre sua admiração pela trajetória de Banner, expressando fascínio pela
dualidade atômica que ele representa, comparável ao Dr. Jekyll e Mr. Hyde. Banner, percebendo
a ironia, suspeita que Edward, que tanto venera sua outra metade, possa ser o Hulk. A suspeita
se intensifica quando Edward, com um gesto brusco, quebra o rifle de Bruce ao meio. Edward
então disserta sobre o clássico literário, revelando seu desejo pelo personagem de Mr. Hyde. Em
uma tentativa de fuga, Bruce é surpreendido por uma faca lançada por Edward, que se crava em
sua perna, derrubando-o. Edward teoriza sobre o instinto primitivo e a lei do mais forte
enquanto arremessa Banner contra a parede, traçando um paralelo entre Bruce e Dr. Jekyll, que
tentou eliminar sua contraparte. Decidido a acabar com Banner, Edward não prevê a resistência
de Bruce, que saca uma arma oculta. No entanto, Edward é ágil e não só inutiliza a arma como
também fere Bruce, quebrando o braço dele, revelando-se como o infame e poderoso vilão, Sr.
Hyde.
Hyde decide matar Banner porque não há espaço suficiente no mundo para dois Sr. Hydes. Mas
quando Bruce e Hyde irão entrar em um túnel...
À medida que o crepúsculo se instala, Bruce Banner sofre mais uma metamorfose, emergindo
como o Hulk. Ele enfrenta Sr. Hyde, mas sua força ainda não está no auge, pois a noite não caiu
completamente. Sr. Hyde, ao abrir o teto do vagão, expõe o Hulk à luz do sol agonizante,
ferindo sua pele. Hyde não está chateado por ter que lutar com ele. Ele também encontra um
aspecto psicológico na fraqueza do Hulk cinza à luz do dia. Hulk, buscando escapar, golpeia o
piso e se agarra à parte inferior do vagão. A luta se desenrola através dos compartimentos, e
enquanto o sol se põe, Hyde consegue resistir ao Hulk. No clímax do confronto, com os
adversários em igualdade, Hyde tenta sabotar os últimos vagões sobre uma ponte ferroviária.
Seu plano é frustrado quando a escuridão completa concede ao Hulk sua força total. O gigante
gama lança Hyde para fora do trem e, com um esforço hercúleo, resgata os vagões pendentes da
beira da ponte.
Hyde zomba do Hulk por se preocupar em salvar os “fracos” no trem.
Hyde cai da ponte, dizendo “Você e Banner se merecem”, fazendo o Hulk pensar: “esse
sujeitinho sabe como provocar os outros”.
Contudo, a estrutura da ponte cede, precipitando Hulk e Hyde nas correntezas do rio. Hulk
emerge ileso e, ao retomar seus sentidos, nota o manto de Sr. Hyde balançando em um ramo
próximo. Encantado com a estética da capa, Hulk a desvencilha da árvore, drapeja-a sobre si e
segue seu caminho.

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