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Folheto Inst Equipab5062 - 19csab

O documento descreve os componentes e operação do equipamento de freio AB com válvula de controle ABDX para vagões de carga. O resumo inclui: 1) A válvula de controle ABDX controla o fluxo de ar para o cilindro de freio e carrega os reservatórios auxiliar e de emergência, melhorando o tempo de resposta do freio. 2) Os principais componentes são a válvula de controle, cilindro de freio, reservatórios, válvulas e mangueiras.
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FOLHETO DE INSTRUÇÃO # 5062-19

AGÔSTO, 1999

EQUIPAMENTO DE FREIO AB PARA VAGÕES DE CARGA

VÁLVULA DE CONTRÔLE ABDX(L)

WABTEC CORPORATION
WABCO Freight Car Products
Wimerding, USA

SAB WABCO DO BRASIL S.A.


São Paulo, Basil

AGENTE NO BRASIL
AMECO SISTEMAS E EQUIPAMENTOS LTDA.
Av. Graça Aranha, 57, 11o Andar
Rio de Janeiro – RJ – 20030-002
Telefone : 0xx21 2262-5146
FAX: 0xx21 2532-0548
Email: jblima@ameco.com.br

1
ÍNDICE

1 - INTRODUÇÃO ____________________________________________________ 4
2 - COMPONENTES DO EQUIPAMENTO DE FREIO ______________________ 5
2.1 Válvula de Contrôle ABDX ___________________________________________ 5
2.1.1 - Suporte de Encanamentos ________________________________________ 5
2.1.2 - Porção de Serviço ________________________________________________ 8
2.1.3 - Porção de Emergência ____________________________________________ 9
2.2 - Cilindro de Freio ________________________________________________ 11
2.3 - Coletor de Pó e Torneira de macho Esférico Combinados ________________ 13
2.4 – Reservatório Combinado __________________________________________ 13
2.5 – Ligações e Conexões______________________________________________ 14
2.5.1 – Ligações e Conexões WABCOSEAL _______________________________ 14
2.5.3 - Ligações e Conexões Tipo Soque para Solda _________________________ 17
2.6 – Torneira Interruptora de Macho Esférico_____________________________ 17
2.7 - Retentor de Controle de Alívio FB-3 _________________________________ 20
2.7.1 - Posição de Escape Direto _________________________________________ 21
2.7.2 - Posição de Escape de Alta pressão _________________________________ 22
2.9 - Válvula de Descarga # 8 ___________________________________________ 23
2.9.1 - Operação da Válvula de Descarga # 8 ______________________________ 23
2.9.1.1 - Carregamento ________________________________________________ 24
2.9.1.2 - Serviço ______________________________________________________ 24
2.9.1.3 – Posição de Emergência ________________________________________ 24
2.9.1.4 - Alívio Após a Emergência ______________________________________ 24
2.10 - Válvula de Descarga VX __________________________________________ 24
2.10.1 Operação da Válvula de Descarga VX ______________________________ 25
2.10.1.1 Carregamento/Alívio __________________________________________ 25
2.10.1.2 – Posição de Emergência – Primeiro Estágio _______________________ 25
2.10.1.3 - Posição de Emergência – Segundo Estágio ________________________ 26
2.10.1.4 - Válvula de Escape ___________________________________________ 27
2.11 – Tê de Ramal ___________________________________________________ 28
2.12 - Mangueiras ____________________________________________________ 29
3 - OPERAÇÃO DA VÁLVULA DE CONTRÔLE "ABDX" __________________ 30
3.1 – Alívio e Carregamento - Esquema 1 _________________________________ 30
3.2 – Serviço Rápido Preliminar - Esquema 2 ______________________________ 31

2
3.3 - Serviço - Esquema 3 ______________________________________________ 32
3.4 - Posição de Recobrimento de Serviço - Esquema 4 ______________________ 33
3.5 - Alívio e Carregamento Após Serviço - Esquema 5 ______________________ 34
3.5.1 - Recarregamento Retardado _______________________________________ 34
3.6 - Emergência - Primeiro Estágio - Esquema 6___________________________ 35
3.7 - Emergência – Estágio Final - Esquema 7 _____________________________ 36
3.8 – Alívio Acelerado Após Emergência – Esquema 8 _______________________ 36
3.9 - Operação da Válvula de Alívio – Esquema 8 ___________________________ 37
3.9.1 - Alívio Após Serviço Total _________________________________________ 37
3.9.2 - Alívio Após a Emergência ________________________________________ 38

3
1 - INTRODUÇÃO

O equipamento de freio “AB” com Válvula de Contrôle “ABDX” é funcionalmente


compatível e intercambiável com os equipamentos dotados de Válvulas de Controle
“AB”, “ABD” ou “ABDW”.

FIGURA 1 – VÁLVULA DE CONTRÔLE ABDX

A Válvula de Contrôle ABDX, mostrada na figura 1, proporciona a melhora do tempo de


resposta da pressão dos cilindros de freio durante as aplicações dos freios de serviço. A função
inicial de serviço rápido foi aperfeiçoada através de modificação no conjunto pistão e
diafragma.

A função de serviço rápido original foi melhorada por meio de um novo conjunto de pistão de
serviço, diafragma e fixador do diafragma. A função de serviço rápido contínuo foi integrada
dentro da válvula de gaveta de emergência, eliminando assim a Válvula de Aplicação Acelerada
(A.A.V) que, anteriormente, era um apêndice da Porção de Emergência da Válvula de Contrôle
ABDW.

Outros benefícios da Válvula de Contrôle ABDX incluem a proteção contra da aplicação de


freio de emergência indesejada (UDE), melhoria da proteção contra vazamento, e a eliminação
da necessidade de válvulas auxiliares de serviço rápido contínuo.

Há duas versões da Válvula de Contrôle ABDX: a Válvula de Contrôle ABDX para


vagões curtos, ou seja, com encanamento geral de comprimento inferior a 22,86 m (75')
e a Válvula de Contrôle ABDX-L para vagões longos, ou seja, com encanamento geral
de comprimento superior a 22,86 m (75').

4
2 - COMPONENTES DO EQUIPAMENTO DE FREIO

Abaixo são descritos os componentes que formam o Equipamento de Freio “AB” com Válvula
de Contrôle ABDX.:

2.1 Válvula de Contrôle ABDX

Referir-se às figuras 2 e 3.

FIGURA 2 –VÁLVULA DE CONTRÔLE ABDX FIGURA 3-VÁLVULA DE CONTRÔLE


ABDXL

A Válvula de Contrôle ABDX controla o fluxo de ar de e para o cilindro de freio e


carrega os reservatórios combinados auxiliar e de emergência. Consiste de um Suporte
de Encanamentos, uma Porção de Serviço e uma Porção de Emergência.

2.1.1 - Suporte de Encanamentos

Referir-se às figuras 4,5, e 6.

A Válvula de Contrôle ABDX utiliza o suporte de encanamentos “AB” padrão AAR. Trata-se
de um suporte de duas faces, ao qual são fixadas as porções de serviço e emergência. As figuras
4 e 5 mostram a indicação em das passagens cada uma das faces.

O suporte de encanamentos é semi-permanentemente parafusado ao estrado do vagão, sendo


que todas as ligações dos encanamentos são feitas de forma permanente ao suporte, através de
ligações WABCOSEAL, ligações roscadas tipo GRIPSEAL ou ligações flangeadas tipo soquete
para solda, de forma que as conexões não precisarão ser soltas quando for necessário retirar ou
substituir as porções de serviço ou de emergência da Válvula de Contrôle ABDX. O Suporte de
Encanamentos contém a câmara de ação rápida e um filtro descartável, o qual proporciona
maior vida útil aos componentes internos, minimizando a passagem de partículas à válvula e ao
cilindro de freio. O Suporte de Encanamentos “AB” mais antigos também poderão possuir um
flange para a Válvula de Alívio do cilindro de freio e/ou um flange para a passagem # 11. O

5
suporte de encanamentos da Válvula de Contrôle ABDX-L é o mesmo utilizado para a Válvula
de Contrôle ABDX. A única diferença está nos parafusos de fixação da Porção de Emergência
da Válvula de Contrôle ABDX-L, que são mais longos.

Passagens

a - Para o Reservatório Auxiliar.


b - Para o Encanamento Geral
b2 - Para a Cavidade do Filtro
c3 - Para a Face de Emergência e Ramais c2 e c4.
c4 - Para a Passagem c3
e2 - Para o Reservatório de Emergência e para a Face de
Emergência.
EX - Para o Retentor de Controle de Alívio.

FIGURA 4–SUPORTE DE ENCANAMENTOS-FACE DE SERVIÇO/ IDENTIFICAÇÃO DAS


PASSAGENS

6
Passagens

b - Para o Encanamento Geral.


b4 - Para a Passagem b - Encanamento Geral.
c - Para o Cilindro de Freio
c2 - Para a Passagem c3.
c3 - Para a Face de serviço e ramais c2 e c4.
e3 - Para o Reservatório de Emergência e Face de Serviço.
Q.A.C. – Para a Câmara de Ação Rápida.

FIGURA 5 – SUPORTE DE ENCANAMENTOS–FACE DE EMERGÊNCIA/ IDENTIFICAÇÃO


DAS PASSAGENS.

7
A figura 6 mostra a face do Suporte de Encanamentos onde é feita a ligação da
tubulação, com o número de identificação e o nome das passagens.

Passagem # Descrição Flange


1 Encanamento geral 1"
2 Reservatório de emergência 3/4"
3 Cilindro de freio 3/4"
5 Reservatório auxiliar 3/4"
10 Retentor 3/8"

NOTA: nos suportes mais antigos que possuem a passagem 11 (para


dispositivos auxiliares de freio), tal passagem utiliza um flange de 3/8”.

FIGURA 6 – LIGAÇÕES NO SUPORTE DE ENCANAMENTOS

2.1.2 - Porção de Serviço

A Porção de Serviço controla o fluxo de ar do reservatório auxiliar para os cilindros durante as


aplicações de serviço e o carregamento dos reservatórios auxiliar e de emergência e a descarga
da pressão dos cilindros de freio durante o alívio. A Porção de Serviço também inclui uma
válvula de alívio manual de grande capacidade. Esta válvula de alívio possibilita descarregar só
o cilindro de freio, descarregar o reservatório auxiliar e o cilindro de freio, ou descarregar os
reservatórios e o cilindro de freio. A figura 7 mostra a identificação das passagens na face
parafusada da Porção de Serviço.

8
Passagens

a Para Câmara da Válvula de Gaveta e Válvula de Retenção do Reservatório


Auxiliar
b1 / b3 b1: Para o Pistão de Serviço, Válvula de Gaveta e Válvula de Alívio de
Serviço Acelerado.
b3: Para a Válvula de Retenção de Religamento e Válvula Carretel de
Religamento da Válvula de Alívio
b2 Para a Válvula de Gaveta de Serviço
c1 Para a Válvula Carretel de Alívio e Câmara acima da Válvula de Retenção
do Retentor.
e2 Para os Ramais e4, e2, Válvula de Retenção de Alívio de Serviço
Acelerado e Válvula de Retenção do Reservatório de Emergência na
Válvula Duplex de Alívio
EX Para a Válvula de Gaveta de Serviço e Câmara sob a Válvula de Retenção
do Retentor
Q.S. Para o Volume de Serviço Rápido

FIGURA 7 – FACE PARAFUSADA DA PORÇÃO DE SERVIÇO/IDENTIFICAÇÃO


DAS PASSAGENS

2.1.3 - Porção de Emergência

A Porção de Emergência controla o fluxo de ar dos reservatórios combinados auxiliar e de


emergência para o cilindro de freio durante uma aplicação de emergência. Uma aplicação de
emergência pode ser obtida a qualquer momento independente da condição existente de
aplicação de serviço ou alívio, desde que a pressão de encanamento não tenha sido reduzida
abaixo de 45 psi antes do início da aplicação de emergência. A pressão de ar no cilindro de freio
em uma aplicação de emergência é, aproximadamente, 20% maior do que em uma aplicação de

9
serviço máximo. A pressão de emergência no cilindro de freio é desenvolvida em dois estágios,
reduzindo os efeitos da folga no trem.

A Porção de Emergência também contém a Função de Aplicação Acelerada (AAV), que


acelera o crescimento da pressão de serviço no cilindro de freio em toda a composição
ao descarregar localmente, em cada vagão, a pressão do encanamento geral tão logo a
aplicação de serviço é iniciada. A Porção de Emergência da válvula ABDX é ajustada
para otimizar esta função em vagões curtos, com encanamento geral de comprimento
inferior a 22,86 m (75') e a da ABDX-L para vagões longos, com encanamento geral de
comprimento superior a 22,86 m (75').

A Função de Alívio Acelerado da emergência também acelera o recarregamento do


encanamento geral durante o alívio de uma aplicação de emergência aproveitando o ar
proveniente do cilindro de freio e do reservatório auxiliar. A figura 8 mostra a
identificação das passagens na face parafusada da Porção de Emergência.

10
FIGURA 8 – FACE PARAFUSADA DA PORÇAO DE EMERGÊNCIA – IDENTIFICAÇÃO DAS
PASSAGENS

Passagens

b4 Para a Válvula de Descarga


b7 Para a Câmara de Ação Rápida, Pistão de Emergência, Válvula de
Retenção do Alívio Acelerado da Emergência, Válvula Carretel de
Alta Pressão, e Válvula de Retenção de Alimentação do
Encanamento geral
c Para a Câmara entre a Válvula de Injetora e Pistão, e para Restrição
de Crescimento da Pressão do Cilindro de Freio
c2 Para a Válvula de Injetora
c3 Para a Válvula Carretel de Alívio Acelerado de Emergência e
Válvula Carretel de Alta Pressão
e3 Para a Válvula Carretel de Alta Pressão
Q.A.C Para a Câmara da Válvula de Graduadora e Câmara da Válvula
Carretel de Alívio da Emergência

2.2 - Cilindro de Freio

Cilindros de Freio são dispositivos que, em resposta a um comando de pressão,


produzem uma força mecânica na timoneria do vagão, fazendo com que as sapatas de
freio sejam aplicadas na superfície das rodas durante as aplicações do freio do trem,
reduzindo-lhe a velocidade ou parando-o completamente.

11
O cilindro de freio é normalmente fornecido com uma tampa de pressão lisa. O pistão é
dotado de uma haste oca que facilita a inserção de uma haste de acionamento que fica
ligada às alavancas e tirantes da timoneria de freio. Uma mola de alívio faz o pistão
retornar à posição de alívio quando o ar é retirado da câmara de pressão do cilindro; o
copo gaxeta é pressionado contra a parede do cilindro e evita fugas de ar.

Os cilindros de freio tipo ABU 10”x12” e UAH 8”x 8”, têm a tampa de pressão e corpo
fundidos em um só conjunto. As figuras 9,10 e11 mostram os tipos de cilindros
mencionados.

FIGURA 9 – CILINDRO DE FREIO AB 10” x 12”

FIGURA 10 – CILINDRO DE FREIO UAH 8”x 8”

12
FIGURA 11 – CILINDRO DE FREIO ABU 10”x 12”

2.3 - Coletor de Pó e Torneira de macho Esférico Combinados

Este dispositivo é uma combinação de dois aparelhos: o coletor de pó centrífugo, que


protege a Válvula de Contrôle contra a entrada de pó e sujeira, e a torneira interruptora,
que abre ou fecha a comunicação entre a Válvula de Contrôle e o encanamento geral.

Dotado de flanges para parafusos destinados a ambas as conexões. O flange na


extremidade do Coletor de Pó é preso por parafusos diretamente ao Suporte de
Encanamentos "AB", enquanto o flange na extremidade da torneira é destinado a uma
conexão também do tipo flange.

A função do Coletor de Pó é a de proteger dispositivos e equipamentos contra a entrada


de pó e partículas que poderiam prejudicar o bom funcionamento do equipamento.

A função da Torneira de Macho Esférico é a de permitir ou não a passagem do fluxo de


ar para o equipamento ou dispositivos que a seguem.

FIGURA 12 – COLETOR DE PÓ E TORNEIRA DE MACHO ESFÉRICO COMBINADOS

2.4 – Reservatório Combinado

Os reservatórios auxiliar e de emergência estão combinados em um único reservatório


que é dividido em dois compartimentos, um dos quais é destinado à função de
reservatório auxiliar, enquanto o outro se destina à função de reservatório de

13
emergência. Os reservatórios podem ser dotados de flanges ou conexões roscadas para
conectá-los à tubulação.

FIGURA 13– RESERVATÓRIO COMBINADO AUXILIAR E DE EMERGÊNCIA

2.5 – Ligações e Conexões

As ligações e conexões possibilitam, respectivamente, a execução de ligações à prova


de vazamento das válvulas e acessórios do equipamento de freio à tubulação e a emenda
ou união dos encanamentos, igualmente à prova de vazamentos.

Existem três famílias de ligações e conexões: WABCOSEAL, GRIPSEAL e Flangeadas


tipo Soquete para Solda.

2.5.1 – Ligações e Conexões WABCOSEAL

As ligações e conexões WABCOSEAL utilizam o princípio de flange, sendo este fixado


ao dispositivo por parafusos e vedado contra vazamento através da utilização de uma
junta, conforme mostrado na figura 14. São o tipo mais usado pelas ferrovias brasileiras.

FIGURA 14 – UNIÕES WABCOSEAL

14
Exemplos de componentes WABCOSEAL:

FIGURA 15 – ADAPTADOR RETO WABCOSEAL

FIGURA 16- UNIÃO RETA WABCOSEAL

FIGURA 17- TÊ WABCOSEAL

15
2.5.2 – Ligações e Conexões GRIPSEAL

FIGURA 18- LIGAÇÃO RETA GRIPSEAL

As ligações e conexões GRIPSEAL são do tipo roscado conforme mostrado na figura


18 e utilizam um flange que é fixado ao dispositivo por parafusos, e à tubulação por
meio de um conjunto formado por uma porca de compressão, e um conjunto de anéis
que proporcionam a vedação do conjunto. Alguns componentes GRIPSEAL não são
mais fabricados pela WABTEC.

A figura 19, mostra os vários componentes GRIPSEAL disponíveis

FIGURA 19- LIGAÇÕES E CONEXÕES GRIPSEAL

16
2.5.3 - Ligações e Conexões Tipo Soquete para Solda

FIGURA 20- LIGAÇÃO RETA FLANGEADA TIPO SOQUETE PARA SOLDA

As ligações e conexões tipo soquete para solda são do tipo mostrado na figura 20, e são
compostas de três elementos: o flange, que é fixado ao dispositivo por parafusos, uma junta e
um componente rotativo que é soldado à tubulação. A figura 21 mostra os vários componentes
tipo soquete para solda disponíveis.

FIGURA 21- LIGAÇÕES E CONEXÕES FLANGEADAS TIPO SOQUETE PARA SOLDA

2.6 – Torneira Interruptora de Macho Esférico

As torneiras interruptoras de macho esférico são especialmente projetadas para


possibilitar longos períodos de trabalho sem que apresentem vazamentos ou problemas
de manutenção. A função da torneira de macho esférico ê a de permitir, ou não, a
passagem do fluxo de ar para os equipamentos ou dispositivos que a seguem. O anel de

17
vedação da chave proporciona uma ação vedante, estanque â passagem de ar, e
minimiza a manutenção do macho da torneira. Podem-se citar as seguintes vantagens
das torneiras de macho esférico sobre as de macho cônico:

• Maior intervalo de tempo entre manutenções.


• Maior durabilidade.
• Garantia de melhor funcionamento.
• Facilidade na montagem e desmontagem.

As torneiras angulares e retas podem são instaladas nas extremidades do encanamento


geral e recebem a mangueira para acoplamento pneumático com o vagão seguinte.

As torneiras angulares e retas podem ser fornecidas nas versões com punhos fixos e com
punhos removíveis.

No caso das torneiras de punho fixo, os mesmos são auto-travadores, isto é, são
travados automaticamente nas duas posições, aberta ou fechada. Para movê-lo, é
necessário levantá-lo, ficando assim assegurada a impossibilidade de a torneira abrir ou
fechar acidentalmente por causa da movimentação do trem, ou por choque de objetos,
ferragens ou correntes soltas.

As torneiras estão na posição aberta quando seu punho está paralelo ao encanamento e
na posição fechada quando seu punho forma um ângulo reto com o encanamento no
qual estão instaladas.

• Torneira angular WABCOSEAL, com a conexão tipo WABCOSEAL e punho


fixo mostrada na figura 22.

FIGURA 22 – TORNEIRA ANGULAR WABCOSEAL DE 1.1/4” COM PUNHO AUTO-


TRAVANTE

• Torneira angular WABCOSEAL, com a conexão tipo WABCOSEAL e punho


removível mostrada na figura 23.

18
FIGURA 23 – TORNEIRA ANGULAR WABCOSEAL DE 1.1/4” COM PUNHO REMOVÍVEL

• Torneira angular GRIPSEAL, com a conexão roscada, mostrada na figura 24.


Não é fornecida na versão com punho removível.

FIGURA 24 – TORNEIRA ANGULAR GRIPSEAL DE 1.1/4” COM PUNHO AUTO-TRAVANTE

• Torneira reta WABCOSEAL, com a conexão tipo WABCOSEAL e punho fixo


mostrada na figura 25.

FIGURA 25 – TORNEIRA RETA WABCOSEAL DE 1.1/4” COM PUNHO AUTO-TRAVANTE

19
• Torneira reta WABCOSEAL, com a conexão tipo WABCOSEAL e punho
removível mostrada na figura 26.

FIGURA 26 – TORNEIRA RETA WABCOSEAL DE 1.1/4” COM PUNHO REMOVÍVEL

2.7 - Retentor de Controle de Alívio FB-3

O Retentor de Controle de alívio FB-3, mostrado na figura 27, é um dispositivo de


operação manual utilizado em vagões para controlar a descarga do ar dos cilindros de
freio dos vagões de um trem quando em operação em rampas fortes. É fornecido nas
configurações com duas ou três posições. Nos Retentores com duas posições, as
mesmas são Escape Direto e Escape Direto Lento (SD). Nos Retentores com três
posições, as mesmas são Escape Direto, Escape de Alta Pressão e Escape Direto Lento
(SD).
A Posição de Escape Direto permite que o ar do cilindro de freio seja descarregado para
a atmosfera sem qualquer tipo de restrição, durante o alívio dos freios.

A Posição de Escape de Alta Pressão retém aproximadamente 20 psi no cilindro de


freio, durante o período em que o equipamento de freio está sendo carregado (operação
de alívio). É normalmente utilizada em regiões com rampas muito fortes. Isto não
somente faz com que os freios permaneçam parcialmente aplicados como também
permite sua reaplicação após o alívio muito mais rapidamente.

A Posição de Escape Direto Lento (SD) permite que a descarga do ar do cilindro de


freio durante o carregamento do sistema de freio (operação de alívio) seja feita de forma
mais lenta.

O projeto do Retentor de Controle de Alívio FB-3 inclui um macho esférico que


proporciona uma operação suave, vedação firme e manutenção mínima. O Retentor de

20
Controle de Alívio FB-3 é montado em um suporte semi-permanente apropriado para
conexão tipo flange. Um protetor de descarga de borracha flexível é montado no corpo
do retentor. Na entrada do retentor há um filtro que evita a entrada de partículas
abrasivas e sujeira que possam afetar o bom funcionamento do conjunto.

FIGURA 26 – RETENTOR DE CONTROLE DE ALÍVIO FB-3

Em ambas as Posições Escape Direto e Escape Direto Lento, a descarga do ar do


cilindro de freio é feita até que o mesmo fique à pressão atmosférica.

O Retentor de Controle de Alívio FB-3 foi projetado de forma que em qualquer posição
do punho de comando haverá a descarga completa do ar do cilindro de freio, exceto na
posição de Escape de Alta Pressão onde são retidas aproximadamente 20 psi, conforme
mencionado acima.
O punho do Retentor de Controle de Alívio FB-3 funciona em um arco de 135º com
batentes nos extremos
Abaixo são descritas as posições de operação do Retentor de Controle de Alívio "FB-3".

2.7.1 - Posição de Escape Direto

Conforme mostrado na figura, 27, na Posição de Escape Direto, o punho ë girado para
baixo, ficando paralelo à abertura de descarga (EX) do Retentor. A descarga do ar é
feita através da câmara "A", no corpo do retentor, e através do macho pelas passagens
"a" e "b" e daí para a descarga (EX).

FIGURA 27 – RETENTOR DE CONTROLE DE ALÍVIO FB-3/POSIÇÃO DE ESCAPE DIRETO

21
2.7.2 - Posição de Escape de Alta pressão

Conforme mostrado na figura, 28, na Posição de Alta Pressão, o punho é girado no


sentido horário, em relação à Posição de Escape Direto , em um ângulo de
aproximadamente 45º. O alívio da pressão do cilindro de freio é obtido através do
desalojamento da válvula de retenção de seu assento e através da restrição “d” para a
atmosfera A restrição “d” controla a taxa de descarga do ar proporcionando assim o
tempo necessário de alívio do ar do cilindro de freio.

A mola da válvula de retenção é ajustada para que esta feche a uma pressão de
aproximadamente 20 psi no cilindro de freio.

FIGURA 28 – RETENTOR DE CONTROLE DE ALÍVIO FB-3/POSIÇÃO DE ESCAPE DE


ALTA PRESSÃO

2.7.3 – Posição de Escape Lento (SD)

Mostrada na figura 29, na Posição de Escape Direto Lento – SD, o punho da válvula
FB-3 fica em sua posição extrema superior, a aproximadamente 135° da posição de
Escape Direto, ligando o ar proveniente do cilindro de freio, através da câmara "A",
restrição "e" no macho e pela passagem "f" à atmosfera (EX).

FIGURA 29 – RETENTOR DE CONTROLE DE ALÍVIO FB-3/POSIÇÃO DE ESCAPE


DIRETO LENTO

22
2.9 - Válvula de Descarga # 8

FIGURA 30 – VÁLVULA DE DESCARGA # 8

A Válvula de Descarga n° 8, mostrada na figura 30, é uma válvula do tipo operada por
diafragma que atua durante as aplicações de freio de emergência para descarregar
rapidamente o encanamento geral e transmitir a aplicação do freio de emergência
através de todos os carros da composição.

Ela foi projetada para ser montada em um suporte de encanamentos ou usada com um t
Tê de Ramal (mostrado na figura 37). No caso de vagões de carga, ela pode ser usada
quando o comprimento do encanamento geral é maior que 75 pés.

2.9.1 - Operação da Válvula de Descarga # 8

Referir-se à figura 31 que mostra uma vista diagramática da Válvula de Descarga # 8.

FIGURA 31 – VÁLVULA DE DESCARGA # 8 – VISTA DIAGRAMÁTICA

23
2.9.1.1 - Carregamento

O ar do encanamento geral entra pela passagem "1" e carrega a câmara "K" da válvula.

O pistão se movimenta para cima, na posição de alívio, permitindo que a mola (16)
feche o alojamento da válvula de descarga (17a). Assim, o ar do encanamento geral
fluirá através das passagens "b", "c", "d", "f" e "h", carregando a câmara "H".

2.9.1.2 - Serviço

Quando for feita uma redução em nível de serviço no encanamento geral haverá uma
diminuição da pressão na câmara "H" correspondente à redução de serviço do
encanamento geral, evitando-se, portanto, uma aplicação de emergência indesejada.

Quando a pressão na câmara "K" for reduzida, o ar da câmara "H" será aliviado através
das passagens "f", "d", "c" e "b", estabilizando o pistão (23) e assim evitando qualquer
movimento durante o serviço.

2.9.1.3 – Posição de Emergência

Quando, por qualquer motivo, ocorrer uma redução de pressão no encanamento geral,
em um nível de emergência, o ar da câmara "H" não poderá fluir através das passagens
"f", "d", "c",e "b" para a atmosfera neste mesmo nível. Assim, o diferencial de pressão
entre as faces do pistão (25), fará com que ele se movimente para baixo desalojando a
válvula de descarga (17a), abrindo uma passagem ampla e direta da "K" e encanamento
geral para a atmosfera. Esta descarga local do encanamento geral acelera a redução de
emergência, em série e rapidamente ao longo de toda a composição.

2.9.1.4 - Alívio Após a Emergência

Quando o encanamento geral for recarregado, para aliviar os cilindros de freio após uma
aplicação de emergência, a válvula se reposicionará automaticamente conforme descrito
no item 2.9.1.1.

2.10 - Válvula de Descarga VX

FIGURA 32 – VÁLVULA DE DESCARGA VX

24
A Válvula de Descarga VX, mostrada na figura 32, é uma válvula do tipo operada por
diafragma que atua durante as aplicações de freio de emergência para descarregar
rapidamente o encanamento geral e transmitir a aplicação do freio de emergência
através de todos os carros da composição.

Ela foi projetada para ser montada em um suporte de encanamentos ou usada com um
Tê de Ramal (mostrado na figura37. No caso de vagões de carga, ela pode ser usada
quando o comprimento do encanamento geral é maior que 75 pés.

2.10.1 Operação da Válvula de Descarga VX

2.10.1.1 Carregamento/Alívio

Referir-se à figura 33 que mostra uma vista diagramática da Válvula de Descarga VX.
O ar do encanamento geral entra pela passagem "1" e flui, através de um filtro de tela de
metal, para a cavidade “b” no lado sem mola do conjunto do diafragma da válvula de
descarga e, através da passagem “B”, para a cavidade “b1” acima do conjunto
diafragma/pistão de controle, passa pela sede do pistão de controle e entra na cavidade
“b2” no lado da mola do conjunto do diafragma da válvula de descarga. O ar do
encanamento geral continua a fluir através da passagem na haste do pistão que está
alojado em sua sede onde é bloqueado pela válvula de descarga piloto. O ar do
encanamento geral na cavidade “b1” flui através da restrição de carregamento para a
câmara da pressão de controle Q.

FIGURA 33 – VÁLVULA DE DESCARGA VX - POSIÇÃO DE CARREGAMENTO/ALÍVIO

2.10.1.2 – Posição de Emergência – Primeiro Estágio

25
Referir-se à figura 34 que mostra uma vista diagramática da Válvula de Descarga VX .

Quando, por qualquer motivo, ocorrer uma redução de pressão no encanamento geral,
em um nível de emergência, o ar do encanamento geral nas cavidades “b”, “b1” e “b2”
é reduzido rapidamente, criando um diferencial entre a pressão do encanamento geral
nas cavidades “b”, “b1” e “b2’ e a pressão na câmara da pressão de controle Q. Isto faz
com que o conjunto diafragma/ pistão de controle se mova, desalojando a haste do
pistão de sua sede na válvula piloto de descarga e assentando imediatamente o pistão em
sua sede, no corpo. O assentamento do pistão isola a cavidade “b2” da cavidade “b1”.
O ar da cavidade “b2” é, então, direcionado para a descarga através da passagem na
haste do pistão que está desalojado de sua sede na válvula de descarga piloto. O ar da
cavidade “b2”é descarregado rapidamente devido ao seu pequeno volume.

FIGURA 34 – VÁLVULA DE DESCARGA VX - POSIÇÃO DE CARREGAMENTO/ALÍVIO

2.10.1.3 - Posição de Emergência – Segundo Estágio

Referir-se à figura 35 que mostra uma vista diagramática da Válvula de Descarga VX .

A rápida descarga do ar da cavidade “b2” cria um diferencial de pressão através do


conjunto do diafragma da válvula de descarga, fazendo com que este conjunto seja
desalojado de sua sede e conecte o ar do encanamento geral na passagem 1 e cavidades
“b”e “b1” ao orifício de alta capacidade de descarga de alta capacidade “EX”. O ar na
câmara da pressão de controle Q então flui para a atmosfera através da restrição de
carregamento do pistão de controle, cavidade “b1”, passagem B, cavidade “b” e orifício
de descarga de alta capacidade “EX”.

Quando o ar na câmara da pressão de controle Q é descarregado, o conjunto do

26
diafragma da válvula de descarga e o conjunto diafragma/pistão de controle retornam
para a posição FECHADO ou ALÍVIO pela força exercida pela mola.

FIGURA 35 – VÁLVULA DE DESCARGA VX - POSIÇÃO DE EMERGÊNCIA/SEGUNDO


ESTÁGIO

2.10.1.4 - Válvula de Escape

Referir-se à figura 36 que mostra uma vista diagramática da Válvula de Escape.

O objetivo da Válvula de Escape , que é um dispositivo operado por meio de uma haste
é proporcionar um meio simples de manualmente tornar nula uma operação de
emergência da Válvula de Descarga VX durante o teste de Estabilidade do Serviço da
Válvula de Contrôle com o Dispositivo de Teste de Vagão Isolado (Single Car Test
Device. (Ver item 9.6 da Especificação de Teste WAB/SCT-1).

A Válvula de Escape é mantida em sua posição FECHADA pela força da mola B3


durante a operação normal da Válvula de Descarga VX.

Antes de iniciar o teste de Estabilidade do Serviço da Válvula de Contrôle com o


Dispositivo de Teste de Vagão Isolado (Single Car Test Device), o operador deve abrir
manualmente a Válvula de Escape puxando o anel e a haste B4 para fora. Isto abrirá
uma descarga restrita da câmara da pressão de controle através das passagens B5, B6 e
restrição B7. Uma vez ativada manualmente,a Válvula de Escape permanecerá aberta
devido à ação do ar da câmara da pressão de controle na área do pistão da haste B8 que
se opõe à força da mola B3. A taxa de descarga do ar da câmara da pressão de controle
através da Válvula de escape é suficiente para garantir que a Válvula de Descarga VX

27
não iniciará uma aplicação de emergência enquanto a pressão do encanamento geral
estiver sendo reduzida durante o teste de Estabilidade do Serviço da Válvula de
Contrôle com o Dispositivo de Teste de Vagão Isolado (Single Car Test Device).

Quando o teste de Estabilidade do Serviço da Válvula de Contrôle com o Dispositivo de


Teste de Vagão Isolado (Single Car Test Device) for completado, a Válvula de Escape
deverá ser fechada manualmente, empurrando-se para dentro o anel e a haste B4. Se a
Válvula de Escape for deixada na posição ABERTA inadvertidamente (puxada para
fora), ela automaticamente se reposicionará quando a pressão na câmara da pressão de
controle for reduzida entre 30 e 50 psi.

FIGURA 36 – VÁLVULA DE DESCARGA VX – OPERAÇÃO DA VÁLVULA DE ESCAPE

2.11 – Tê de Ramal

O Tê de Ramal, mostrado na figura 37 é uma ligação usada para unir o cano de ramal ao
encanamento geral e seu objetivo é evitar que a umidade excessiva, proveniente do
encanamento geral, por qualquer motivo, passe para o cano de ramal e daí para a

28
Válvula de Contrôle.

Enquanto que o coletor de pó tipo centrífugo recolhe de forma efetiva, a sujeira e parte
da umidade do cano de ramal, o uso do Tê de Ramal irá auxiliar, na prevenção da
entrada excessiva de umidade para este cano de ramal.

FIGURA 37– TÊ DE RAMAL

2.12 - Mangueiras

As mangueiras, mostradas nas figuras 38 e 39, são elementos flexíveis, formadas por
um tubo de borracha vulcanizada com camadas internas de reforço e, em suas
extremidades, podem ser montados bocais, uniões roscadas e/ou niples roscados fixados
ao tubo de borracha através de braçadeiras metálicas.

As ligações por mangueira fazem com que o encanamento geral seja contínuo através
do trem. Quando os vagões estão por ser separados, como acontece nas manobras, a
mangueira deverá ser antes desacoplada manualmente, para evitar-se sua ruptura ou
estrago. Falha no desacoplamento manual poderá causar deslocamento e quebra do
encanamento geral, bem como danificação da mangueira e bocal de acoplamento.

FIGURA 38– MANGUEIRA COM NIPLE ROSCADO

29
FIGURA 39 – MANGUEIRA COM NIPLE E UNIÃO ROSCADOS

3 - OPERAÇÃO DA VÁLVULA DE CONTRÔLE "ABDX"

(Referir-se aos esquemas no final desta publicação)

3.1 – Alívio e Carregamento - Esquema 1

O ar do encanamento geral passa através do coletor de pó e torneira combinados até a


passagem "b", e daí para o filtro e câmara “b”. Da câmara "b" o ar do encanamento
geral flui através da passagem “b7" para a câmara A na face do pistão de emergência
60, câmara "H" da válvula Carretel de alta pressão 68 e para a parte superior da válvula
de retenção de alívio acelerado da emergência 64.

Na Porção de Serviço, o fluxo segue através da restrição 27 e da passagem "bl" para a


câmara "B" na face superior do diafragma do pistão de serviço 11, para a câmara "C" do
pistão 29 da válvula de alívio acelerado de serviço, para a sede da válvula de gaveta de
serviço, para o lado da mola da válvula de retenção de fluxo inverso de alívio acelerado
de serviço 38 e através da restrição para a passagem “e5". O fluxo de ar passa através da
passagem “b2" e da restrição 26 para carregar o reservatório auxiliar e para a sede da
válvula de gaveta de serviço. A passagem “b3" liga o ar do encanamento geral à face da
válvula Carretel de religamento 19 e ao lado da mola da válvula de retenção de
religamento 35.

A restrição 26 do reservatório auxiliar na passagem "b2" controla a taxa de


carregamento na câmara "Y" enquanto a taxa mais rápida de carregamento na câmara
"B" mantém o pistão de serviço na posição de alívio, a qual posiciona a válvula de
Gaveta de Serviço 13 e a Válvula Graduadora 12 em alívio. A câmara "Y" é ligada
através da passagem "a1” e "a” ao reservatório auxiliar, e também, à câmara localizada
acima da válvula de retenção 41 do reservatório auxiliar, na válvula duplex de alívio, e à
câmara "T" na válvula de alívio acelerado de serviço.

O reservatório de emergência é carregado com o ar que flui do reservatório auxiliar


através da passagem "n" da válvula graduadora de serviço, passagem "m" da válvula de
gaveta, sede “e4" da válvula de gaveta, passagens “e2" e "e", prosseguindo através do

30
encanamento para o reservatório de emergência. O ar do reservatório de emergência,
também passa da passagem “e1” para a cavidade “M” na porção de alívio de serviço
acelerado.
Na Porção de Emergência, o ar do encanamento geral na passagem “b7” flui pela
restrição 53 da válvula de aplicação acelerada (AAV) para a cavidade “b8”. O
carregamento da câmara de ação rápida é feito pela conexão da cavidade “b8” através
da passagem “q1” da câmara de ação rápida na válvula de gaveta de emergência.

A ramificação "b-4", a partir da passagem "b" do encanamento geral, leva à válvula de


descarga 80.

O cilindro de freio é ligado à atmosfera através da passagem “c”, via válvula injetora
73, passagens “c2”, “c1”, cavidade “s” na válvula Carretel de alívio 21do cilindro de
freio, passagens "c5", cavidade "t" na válvula de gaveta da Porção de Serviço, restrição
25 de descarga do cilindro de freio, passagem "EX", através do encanamento, ao
retentor de controle de alívio (descarga).

A câmara "R" do pistão injetor fica sempre ligada ao cilindro de freio através da
restrição 76 e da passagem "c".

3.2 – Serviço Rápido Preliminar - Esquema 2

Com o equipamento de freio carregado à pressão do encanamento geral, conforme


descrito anteriormente, faz-se uma redução de serviço, através do manipulador de freio,
reduzindo-se, desta forma, a pressão do encanamento geral a uma taxa controlada.

A pressão do encanamento geral na câmara "B" na face do pistão de serviço 11 é assim


reduzida e a pressão superior na câmara "Y", movimenta o pistão 11 e a válvula
graduadora 12 para cima. A restrição 26 de carregamento do reservatório auxiliar cria o
diferencial acima mencionado evitando que o ar do reservatório auxiliar, na câmara "Y",
sob o diafragma do pistão de serviço, flua de volta com a mesma rapidez com que a
pressão do encanamento geral é reduzida na câmara "B", acima do diafragma do pistão
de serviço.

A guia da mola estabilizadora prende-se à extremidade da válvula de gaveta de serviço


13, o movimento seguinte do pistão e válvula graduadora 12, em direção à posição de
serviço, comprime a mola estabilizadora 16. Como o nome indica, a mola estabilizadora
oferece uma resistência pré-determinada ao movimento do pistão de serviço e à válvula
graduadora, de forma que uma aplicação de serviço rápido indesejada não ocorra devido
a pequenas flutuações pressão do encanamento geral. Durante este movimento inicial do
pistão de serviço, a válvula graduadora faz a obstrução da passagem "k" da válvula de
gaveta, isolando da passagem "b2" do encanamento geral a câmara "Y" e o reservatório
auxiliar. A válvula graduadora também isola a ligação entre os reservatórios de
emergência e auxiliar, quando a passagem "n" da válvula graduadora se mover para fora
do alinhamento com a passagem "m" da válvula de gaveta. Também descobre a
passagem "d" da válvula de gaveta que liga o ar do reservatório auxiliar à sede da
válvula de gaveta.

31
A compressão adicional da mola estabilizadora promove a ligação da cavidade "h" da
válvula graduadora, passagens "h1" e "h2" na válvula de gaveta, permitindo que o ar do
encanamento geral flua das passagens "bl" para "b6" e para o volume de serviço rá-
pido. Isso produz uma redução local da pressão do encanamento geral ao permitir que
parte do ar deste encanamento flua para o volume de serviço rápido. A redução é
transmitida rapidamente através de ação de onda de pressão, em série, de vagão a vagão.
Cada Válvula de Contrôle "ABDX", por sua vez, atuando em seqüência repetidora, faz
com que a válvula adjacente desenvolva o pronto inicio da aplicação do freio em todos
os vagões do trem. Durante o serviço rápido preliminar, a queda na pressão do
encanamento geral cria um diferencial através do diafragma do pistão de emergência 60,
movendo a válvula de gaveta de emergência para a posição de aplicação.

A restrição “q1” da câmara de ação rápida é isolada da cavidade “b8” e, a passagem


“q2” do respiro preliminar é conectada à atmosfera através cavidade “v3”.

3.3 - Serviço - Esquema 3

Quando o pistão de serviço sobe para a posição de aplicação, a válvula de gaveta de


serviço é movimentada para cima, sobre seu assento, o orifício "h1" fica desalinhado em
relação à passagem "b1" e interrompe o fluxo de ar do encanamento geral entre as
passagens "bl" e "b6", pondo fim à atividade de serviço rápido. O volume de serviço
rápido descarrega então através do orifício 39.

A cavidade "g" da válvula de gaveta faz, então, a comunicação das passagens "b1” e
"b5", permitindo que o ar do encanamento geral flua, a uma velocidade controlada pela
restrição 34 da válvula limitadora de serviço rápido. O fluxo continua através da
passagem "b5", restrição "34", cavidade "F" ao redor da haste da válvula limitadora de
serviço rápido 32, passagem "c9", passagem "c5", cavidade "s" e câmara "N” acima da
válvula Carretel 19, na válvula Carretel de alívio 21, passagens “c1" e “c2”, através da
válvula injetora 73, afastada de seu assento, passagem "c" e encanamento de ligação à
conexão do cilindro de freio.

Simultaneamente, a cavidade "d" da válvula de gaveta de serviço se alinha com a


passagem "c5" na sede, permitindo que o ar do reservatório auxiliar flua para a
passagem "c1" e passagem "c6" da Porção de Emergência. A passagem "c6" conduz à
cavidade "w" da válvula Carretel de alta pressão 68 e, através de "c7" conduz à câmara
"U" do pistão da válvula injetora 74. Conseqüentemente, a pressão para o cilindro de
freio atua em ambos os lados do pistão da válvula injetora 74 e, como a força da mola
72 é maior que a da mola 75, o pistão injetor 74 é posicionado de maneira a manter a
válvula injetora 73 aberta e permitir o aumento irrestrito da pressão no cilindro de freio.

Quando a pressão do cilindro de freio atinge aproximadamente 10psi, esta pressão fica
presente também nas câmaras "F" e "S", empurrando para baixo a válvula limitadora do
serviço rápido. A haste da válvula limitadora corta a comunicação entre a passagem
"b5" do encanamento geral e a passagem "c9" do cilindro de freio, pondo fim ao
segundo estágio do serviço rápido. Assim, com a válvula limitadora fechada obtem-se
uma pressão mínima de 10 psi, aproximadamente, no cilindro de freio, durante uma
redução mínima do encanamento geral.

32
Para aplicações maiores que o serviço mínimo, o ar para o cilindro de freio continua a
fluir do reservatório auxiliar, através do orifício “d” da válvula de gaveta de serviço, até
que seja obtida a pressão requerida no cilindro. Se os freios forem aplicados,
novamente, após um alívio total, o pistão do diafragma de serviço repete a função de
serviço rápido preliminar como descrito anteriormente. Contudo, o fluxo de ar do
encanamento geral para o cilindro de freio - sempre obtido com uma redução inicial do
freio-, não ocorre quando houver uma pressão de 10 psi ou superior no cilindro de freio.

Na Porção de Emergência, a válvula de gaveta de emergência 61 se move um pouco


mais, para a posição de aplicação, fazendo com que a passagem “b9” da válvula de
aplicação acelerada (AAV) conecte a passagem “b8” à cavidade “b10”, descarregando
assim a pressão do encanamento geral através da restrição 53 da válvula de aplicação
acelerada (AAV). No final da aplicação, a passagem “q3” começa a alinhar-se com a
cavidade “v2”, permitindo que a câmara de ação rápida descarregue o ar para a
atmosfera pela passagem 55. A taxas elevadas de redução da pressão no encanamento
geral, a passagem “q3” é completamente aberta e a descarga do volume de ação rápida é
controlada pela restrição de respiro 55.

3.4 - Posição de Recobrimento de Serviço - Esquema 4

Quando a desejada redução da pressão do encanamento geral tiver sido obtida, o ar do


reservatório auxiliar passará a fluir para o cilindro de freio, conforme descrito no
"Serviço", até que a pressão do reservatório auxiliar na câmara "Y" da válvula de gaveta
de serviço seja reduzida para pouco menos que a pressão do encanamento geral na
câmara "B", situada acima do pistão de serviço. A pressão mais alta do encanamento
geral impulsiona o pistão de serviço para baixo, movimentando o pistão e a válvula
graduadora até que a extremidade superior da haste do pistão prenda a válvula de
gaveta. Esta é a posição de "Recobrimento de Serviço" na qual a válvula graduadora faz
a obstrução da passagem "d" de serviço, interrompendo o fluxo de ar do reservatório
auxiliar para a passagem "c5" e para o cilindro de freio. Ainda na posição de
recobrimento de serviço, a passagem de respiro estabilizadora da válvula de gaveta de
serviço liga a passagem "b2" de carregamento do reservatório auxiliar à passagem "n"
da válvula graduadora, ligando-se assim o ar do encanamento geral ao reservatório
auxiliar. Isto irá manter o adequado relacionamento de pressão entre o reservatório
auxiliar e o encanamento geral.

A pressão desenvolvida no cilindro de freio é mantida com o pistão de serviço


permanecendo na "Posição de Recobrimento de Serviço". Se a pressão do cilindro de
freio na passagem "c9", ligando a câmara "F" do pistão da válvula limitadora de serviço
rápido e a câmara "S" cair para abaixo da pressão requisitada, a mola sob o pistão da
válvula limitadora de serviço rápido movimenta o pistão para cima, de modo que o ar do
encanamento geral fique ligado da passagem "b5", à passagem "c9" do cilindro de freio,
restaurando a pressão do cilindro de freio e da câmara "F" do pistão da válvula
limitadora à pressão requisitada, o que irá movimentar o pistão e interromper o fluxo do
encanamento geral para o cilindro de freio.

O pistão de emergência 60 e a válvula gaveta de emergência 61 voltam à posição de


alívio, desconectando a passagem “b9” da válvula de aplicação acelerada (AAV) da
passagem “b8” da sede da válvula de gaveta, desta maneira fazendo cessar a descarga

33
do ar do encanamento geral pela passagem 53. Também, a passagem v2 na sede da
válvula de gaveta é interrompida, cortando o fluxo do ar da câmara de ação rápida para
a descarga via restrição 55.

3.5 - Alívio e Carregamento Após Serviço - Esquema 5

A válvula de alívio de serviço acelerado tem por função acelerar a resposta do alívio do
cilindro de freio fazendo a ligação do reservatório de emergência com o encanamento
geral após uma aplicação de freio de serviço.

Durante uma aplicação de freio de serviço, o reservatório de emergência mantém a


pressão à qual fora carregado anteriormente à aplicação de serviço. Quando a válvula de
gaveta de serviço volta à posição de alívio, realiza-se o alívio do cilindro de freio, e
carregamento do equipamento de freio, conforme descrito na "Posição de Alívio e
Carregamento", com a diferença de que agora o ar do reservatório de emergência passa
a fluir de volta ao encanamento geral para acelerar o alívio. O pistão 29 de alívio
acelerado é mantido à direita pela pressão do reservatório auxiliar na câmara "T". O ar
do reservatório de emergência da passagem "e1" é ligado à câmara "M" sob a válvula de
retenção de alívio acelerado 30.

Como anteriormente descrito no "Alívio e Carregamento", devido à restrição de


carregamento 26, o encanamento geral é carregado a uma taxa mais rápida que o
reservatório auxiliar, de modo que se desenvolve um diferencial de pressão entre as
faces do pistão da válvula de alívio de serviço acelerado. A pressão de ar mais alta do
encanamento geral na câmara "C" movimenta o pistão para a esquerda para levantar a
válvula de retenção de alívio acelerado 30. O ar do reservatório de emergência da
câmara "M" e passagem "e1" passa assim, a fluir para a passagem "e5", levantando de
sua sede a válvula retenção de fluxo inverso 38 e flui através das passagens "b11" e
"bl", para a câmara "B" do pistão de serviço e através da restrição 27, para o
encanamento geral.

O fluxo de ar do reservatório de emergência para a câmara "B" assegura o pronto


retorno do pistão de serviço 11 para a posição de alívio, e o fluxo de ar do reservatório
de emergência através da restrição 27 ajuda a recarregar o encanamento geral e
proporciona auxilio induzido para ajudar o alívio do vagão seguinte. Acelera-se assim o
alívio em composições longas quando dotadas de válvulas de controle "ABD",
"ABDW" ou “ABDX”.

À medida que as câmaras "T" e "Y" do reservatório auxiliar se recarregam,


aproximando-se da equalização com o encanamento geral, o pistão 29 de alívio de
serviço acelerado retorna à posição de alívio. A extremidade da haste impulsora libera a
válvula de retenção de alívio de serviço acelerado 30, de modo que esta volte à sua sede
impelida pela mola 31.

3.5.1 - Recarregamento Retardado

Durante o alívio, quando a pressão do encanamento geral estiver, aproximadamente,


com 3psi acima da pressão do reservatório auxiliar, a mola de retorno 18, na
extremidade do pistão de serviço, será comprimida, assim o pistão de serviço 11, a

34
válvula de gaveta 13 e sua válvula graduadora 12 serão movimentados para a posição
extrema inferior. Este movimento da válvula de gaveta e do pistão restringe o
carregamento do reservatório auxiliar à capacidade do ramal de carregamento restrito
determinado pela passagem "K" da válvula de gaveta. Como apenas os freios dos
vagões da cabeceira do trem assumem a posição de carregamento retardado, o fluxo de
ar do encanamento geral para os reservatórios auxiliares fica restrito à cabeceira do
trem, enquanto a pressão do encanamento geral e do reservatório auxiliar é restaurada
na parte traseira do trem a uma taxa mais rápida, proporcionando, assim, um
recarregamento suficientemente uniforme por todo o trem.

O cilindro de freio é ligado à atmosfera nesta posição, conforme descrito no "Alivio e


Carregamento". A taxa de descarga da pressão do cilindro de freio na posição de
recarregamento retardado é a mesma da posição de carregamento e de alívio normal.
A Porção de Emergência fica na posição de alívio, conforme descrito anteriormente no
"Alívio e Carregamento".

3.6 - Emergência - Primeiro Estágio - Esquema 6

Quando, por qualquer motivo, ocorrer uma redução de pressão do encanamento geral a
uma taxa suficiente para produzir aplicações de emergência, o ar da câmara de ação
rápida não poderá fluir através da passagem de descarga "q3" da válvula graduadora 61
para a atmosfera via a restrição de respiro "55" à mesma taxa; em consequência, um
diferencial de pressões suficiente se desenvolve entre as faces do pistão de emergência
60 para movimentar o pistão e a válvula graduadora 61 para cima, deslocando a sede da
válvula graduadora o suficiente para isolar a passagem de respiro final "q3" da válvula
graduadora da cavidade "v2" e também liberar a passagem “v3” da sede, permitindo que
o ar da câmara de ação rápida possa fluir para a esquerda do pistão 79 da válvula de
descarga. O movimento resultante do pistão 79 da válvula de descarga levanta de sua
sede a válvula de descarga 80, abrindo uma passagem ampla e direta entre a passagem
"b4" do encanamento geral e a atmosfera através do protetor de descarga 82. A descarga
rápida do ar do encanamento geral faz com que uma redução de emergência da pressão
do encanamento geral passe, em série e rapidamente, através da composição devido à
mesma operação das válvulas adjacentes, e assegura o movimento imediato das válvulas
de outros vagões para a posição de emergência.

O ar da câmara de ação rápida flui da passagem "v3" para a câmara "z" sob a válvula
Carretel de alta pressão 68. O ar do encanamento geral na câmara "H", na extremidade
superior da válvula Carretel de alta pressão é descarregado rapidamente através da
passagem "b7". A pressão de ar mais alta da câmara de ação rápida na câmara "z"
movimenta a válvula Carretel de alta pressão "68" para cima, de modo que a cavidade
"w" desliga as passagens "c6" e "c7" (isolando o cilindro de freio da câmara "U" da
válvula injetora) e liga o ar do reservatório de emergência da passagem "e3" para as
passagens "c6" e "c2", passando a válvula de retenção 73 levantada de sua sede para a
passagem "c" e o cilindro de freio. Nesse tempo, a redução da pressão do encanamento
geral fez com que o pistão de serviço e a válvula de gaveta se movimentassem para a
posição de aplicação, na qual a cavidade “d” da válvula de gaveta se alinha com a
passagem "c5". A cavidade "d" da válvula de gaveta liga o ar do reservatório auxiliar às
passagens "c9", "c5", cavidade "s" do pistão 21, passagens "c1" e "c2" combinando com
o fluxo do reservatório de emergência. O ar combinado agora flui pela válvula injetora

35
73 levantada de sua sede 73 para a passagem "c" e para o cilindro de freio. O ar do
reservatório auxiliar e de emergência combinados flui através da restrição 76 para a
câmara "R" do pistão injetor. A mola 72 do pistão injetor mantém a válvula injetora 73
aberta, para permitir que o ar flua sem qualquer restrição até o cilindro de freio.

3.7 - Emergência – Estágio Final - Esquema 7

Quando a pressão houver se elevado a aproximadamente 15 psi no cilindro de freio, a


pressão do ar na câmara “R” movimentará o pistão injetor 74 para a esquerda,
permitindo que a mola 75 faça a mola injetora 73 voltar à sua sede, impedindo o fluxo
desde “c2” via válvula injetora 73. O crescimento final da pressão do cilindro de freio
continua através da restrição 77 e passagem "c". A pressão de ar de ambos os
reservatórios, auxiliar e de emergência flui para o cilindro de freio até que a pressão dos
três volumes se equalizem, proporcionando uma pressão mais alta para o cilindro de
freio que a obtida a partir de uma aplicação completa do freio de serviço. Enquanto a
pressão da câmara de ação rápida estiver sendo descarregada pela passagem “q1” e
cavidade “v2”, e, também, pelo fluxo de ar através da restrição 78 e pelo filtro de
proteção da passagem de descarga 99, a taxa de descarga é tal que a válvula de descarga
80 permanecerá aberta em um tempo definido até que a pressão na câmara "V" seja
reduzida para um determinado valor quando a mola 81 fará a válvula de descarga
retornar à sua sede. O objetivo disso é duplo - primeiro, assegurar a transmissão da ação
rápida, e segundo, evitar o alívio de uma aplicação do freio de emergência por um
tempo prédeterminado depois de iniciada a ação da emergência.

Quando a descarga da câmara de ação rápida atingir a pressão atmosférica, a mola 69


movimentará a válvula Carretel de alta pressão 68 para baixo. A cavidade "u" agora liga
a câmara de ação rápida e a câmara da válvula de descarga "v" à atmosfera. A cavidade
"w" desliga a passagem "c6" do cilindro de freio da passagem “e3”do reservatório de
emergência e liga "c6" à passagem "c7" e à câmara "U" do pistão injetor. Então, a mola
72 movimenta o pistão injetor 74, para a direita, levantando a válvula injetora 73.

3.8 – Alívio Acelerado Após Emergência – Esquema 8

Para fazer-se o alívio após uma aplicação de emergência, o encanamento geral deve ser
recarregado. A pressão do encanamento geral cresce na câmara "A" sobre a face do
pistão de emergência 60, fazendo com que este se desloque para baixo até que sua haste
toque no topo da válvula Carretel de alívio acelerado da emergência 62. A válvula
Carretel de alívio 62 movendo-se para baixo, comprime a mola de retorno 63 de modo
que a cavidade "r" liga a passagem "c3" do cilindro de freio à passagem "c8" da válvula
de retenção de alívio acelerado de emergência. Como o cilindro de freio e o reservatório
auxiliar estão ligados através da cavidade "d” da válvula de gaveta de serviço 13, a
pressão desses volumes combinados sob a válvula de retenção 64 é maior que a pressão
do encanamento geral acima. Assim, o ar do cilindro de freio e do reservatório auxiliar
fluem através das passagens "c3" e "c8" e passando pela válvula de retenção 64
levantada de sua sede para a passagem "b7" do encanamento geral.

Este fluxo continua para o cilindro de freio até que a pressão do encanamento geral suba
até menos que 10 psi da pressão de equalização com as pressões combinadas do cilindro
de freio e reservatório auxiliar, proporcionando assim a elevação inicial rápida e em

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série da pressão do encanamento geral. Como a pressão do reservatório auxiliar está
sendo reduzida parcialmente enquanto a pressão do encanamento geral está inicialmente
sendo incrementada em todo o trem, o desenvolvimento da pressão do encanamento
geral necessária para aliviar os freios é alcançada muito mais rapidamente do que seria,
caso a pressão do encanamento geral fosse aumentada apenas através do manipulador de
freios da locomotiva e tem-se, portanto, um alívio do freio imediato e positivo.

A câmara de ação rápida está sendo carregada através da cavidade "b8" e passagem de
carregamento de ação rápida “q1” na válvula de gaveta de emergência. À medida que a
pressão em ambos os lados do pistão de emergência 60 se aproxima do equilíbrio, a
mola de retorno 63 movimenta o pistão 60 e a válvula Carretel de alívio acelerado de
emergência 62 para fora da posição de alivio acelerado de emergência (ver esquema 1).
A cavidade "r" da válvula Carretel é desligada da passagem "c3" do cilindro de freio,
isolando o fluxo do ar do cilindro de freio para o encanamento geral. Quando a pressão
em elevação do encanamento geral exceder a pressão do reservatório auxiliar, o pistão
de serviço 11 e a sua válvula de gaveta 13 serão movimentados para a posição de alivio.
O cilindro de freio então será aliviado e os reservatórios recarregados como descrito
anteriormente no "Alivio e Recarregamento Após Serviço".

3.9 - Operação da Válvula de Alívio – Esquema 8

A Porção da Válvula de Alívio da Válvula de Contrôle "ABDX" proporciona:

• Meios para descarregar manualmente o ar do cilindro de freio enquanto mantém


o ar armazenado nos reservatórios auxiliar e de emergência.

• Meios para drenar manualmente o ar armazenado no reservatório auxiliar, ou


armazenado em ambos os reservatórios auxiliar e de emergência sendo, em
ambos os casos, drenado o ar do cilindro de freio.

3.9.1 - Alívio Após Serviço Total

Quando se deseja efetuar manualmente o alivio do freio após uma aplicação do freio de
serviço total, mas conservando o ar armazenado nos reservatórios do vagão, é
necessário apenas um puxão momentâneo do punho da válvula de alivio 43. A válvula
irá operar automaticamente para descarregar o ar do cilindro de freio completamente e
então rearmar-se.

Quando o punho da válvula de alivio for puxado, a válvula de retenção de alivio do


reservatório auxiliar 41 ficará levantada de sua sede e o ar do reservatório irá fluir
através da passagem "f" e da cavidade em torno da válvula Carretel de alívio 21 para a
câmara "K" sob o diafragma de alívio "22". O pistão da válvula Carretel de alívio 21 é
assim movimentado para sua posição mais superior e levanta de seu assento a válvula de
alívio, ligando o ar do cilindro de freio através da passagem "c1" e da câmara "N" da
válvula Carretel 19, para descarregá-lo na sede "At" do protetor de descarga. O ar do
cilindro de freio é rapidamente descarregado e o freio aliviado. Na sua posição superior,
a válvula Carretel de alívio 21 também liga o ar através da passagem "c5" e cavidade
"S" à câmara "K", desta forma retendo a válvula de alívio em sua posição superior. Para
destravar a válvula de alívio, um leve aumento na pressão do encanamento geral durante

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o alívio, movimenta o pistão de serviço 11 e a válvula de gaveta 13 para a posição de
alívio. A passagem "c5" e a câmara "K" são ligadas através da cavidade "t" da válvula
de gaveta de serviço à descarga através do encanamento do retentor. Quando a pressão
na câmara "K", sob o diafragma 22 da válvula de alívio, tiver sido reduzida para,
aproximadamente, 5 psi, a mola de retorno 23 fará voltar à sua sede a válvula Carretel
de alívio 21, para desligar da atmosfera a passagem "c1" do cilindro de freio.

Se a válvula de retenção for deixada em uma posição de retenção de pressão, a válvula


de retenção 36 descarregará qualquer pressão de ar do cilindro de freio retida na
passagem "Ex", após o pistão 21 da válvula Carretel de alívio ter sido levantado de sua
sede.

Além da função de alívio do cilindro de freio, a porção da válvula de alívio possui a


função da válvula duplex de alívio do reservatório, que permite que o ar seja drenado do
reservatório auxiliar ou de ambos os reservatórios, auxiliar e de emergência. Em qual-
quer caso, o ar do cilindro de freio também será descarregado à atmosfera conforme
descrito anteriormente. Há menos folga entre a válvula de retenção de alívio 41 do
reservatório auxiliar e sua haste que entre a válvula de retenção de alívio do reservatório
de emergência 40 e sua haste 42. Portanto, para drenar o ar do reservatório auxiliar, o
punho 43 deve ser movimentado parcialmente, de modo a levantar apenas a retenção 41
do reservatório auxiliar; o ar do reservatório auxiliar flui passando pela válvula de
retenção levantada de sua sede e através das passagens restritas "y" para a atmosfera.

Movimentando o punho 43 em todo seu curso, irá também levantar de seu assento a
retenção 40 do reservatório de emergência e descarregar para a atmosfera o ar do
reservatório de emergência juntamente com o ar do reservatório auxiliar. Para drenar
completamente o ar do reservatório auxiliar ou de ambos os reservatórios, o punho de
alívio deve ser mantido puxado até que o ruído do ar sendo descarregado não seja mais
ouvido.

3.9.2 - Alívio Após a Emergência

Quando a pressão do encanamento geral for reduzida à pressão atmosférica, após uma
aplicação de freio de emergência ou uma contínua aplicação de freio de serviço, um
puxão momentâneo do punho 43 da válvula de alivio, para descarregar o ar do cilindro
de freio, não irá fazer com que a válvula de gaveta de serviço se movimente para a
posição de alívio, pois a pressão do reservatório auxiliar se encontra a um alto valor
(pressão de equalização) e a pressão do encanamento geral é a atmosférica.
Conseqüentemente, o ar do reservatório auxiliar na câmara "K" inicialmente trava a
válvula de alívio. A passagem "c1" do cilindro de freio e câmara "N" da válvula
Carretel de religamento ficam abertas para a atmosfera.

Para tal situação, ou qualquer outra em que a pressão do reservatório auxiliar for maior
do que a do encanamento geral, a válvula Carretel 19 é incorporada à posição da válvula
de alívio, para assegurar o funcionamento adequado da Válvula de Contrôle "ABDX".
A válvula Carretel de religamento foi projetada de modo a se mover para cima contra a
força da mola 20 quando existir um diferencial de, aproximadamente, 40 psi entre a
pressão do cilindro de freio e do encanamento geral.

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Durante o recarregamento, quando a pressão do encanamento geral alcançar
aproximadamente 40 psi, a válvula Carretel de religamento 19 será movimentada para
cima, ligando a pressão do reservatório auxiliar na passagem "c5" e a câmara "K"
através da passagem "x" e a válvula de retenção de religamento 35 ao encanamento
geral. A pressão do reservatório auxiliar é reduzida, através da equalização com a
pressão do encanamento geral, até um valor comparável àquele descrito no "Alivio
Acelerado de Emergência".

À medida em que o encanamento geral continuar a ser recarregado e sua pressão


aumentar suficientemente acima da pressão do reservatório auxiliar, o pistão de serviço
e a válvula de gaveta irão se mover para a posição de alívio e a pressão na passagem
"c5" e na câmara "K" irá descarregar para a atmosfera através da cavidade "t" e
passagem "Ex" da válvula de gaveta de serviço. A mola 23 irá forçar a válvula Carretel
de alívio 21 para baixo e vedar a passagem "c1" do cilindro de freio, impedindo a
descarga e religando a passagem "c5" de serviço do cilindro de freio à passagem "c1" do
cilindro de freio.

Versões anteriores da porção da válvula de alívio das porções de serviço das válvulas
ABD e ABDW incluíam uma válvula de retenção de fluxo inverso. Tal válvula era
utilizada quando a Porção de Serviço da válvula ABD era combinada com a Porção de
Emergência AB para formar a Válvula de Contrôle ABD-1 de modo a evitar a
indesejável perda de pressão do reservatório de emergência quando o alívio manual
fosse usado. A partir do momento que a Porção de Emergência das válvulas de controle
ABDX e ABDW incluíram a válvula Carretel de alta pressão 68, que desconecta
automaticamente o reservatório de emergência do cilindro de freio após a câmara de
ação rápida ter o ar descarregado para a atmosfera, a da válvula de retenção de fluxo
inverso não é requerida na Porção de Serviço das válvulas de controle ABD, ABDW ou
ABDX. Por recomendação da AAR, a válvula de retenção de fluxo inverso foi
eliminada da Porção de Serviço (esta área é mostrada nos esquemas de 1 a 8 como uma
cavidade dentro da porção da válvula de alívio da passagem “b3” )

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